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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FACULDADE DE SAÚDE

CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ


CURSO: Engenharia Ambiental e Sanitária
DISCIPLINA: Legislação Ambiental Aplicada à Engenharia
PROFESSOR: Adriana Saraiva dos Reis

ATIVIDADE DISCENTE

Rodrigo Rodrigues

Teresina, setembro de 2017


LISTA DE EXERCICIO DE ANÁLISE AMBIENTAL

1 – Defina impacto ambiental de acordo com a resolução CONAMA.

Impacto ambiental são alterações no ambiente causadas pelo desenvolvimento


das atividades humanas no espaço geográfico. Nesse sentido, eles podem ser
positivos, quando resultam em melhorias para o ambiente, ou negativos,
quando essas alterações causam algum risco para o ser humano ou para os
recursos naturais encontrados no espaço.

Apesar de possuir essas duas classificações, o termo impacto ambiental é mais


utilizado em referência aos aspectos negativos das atividades humanas sobre
a natureza. Isso ocorre em virtude do modelo de desenvolvimento da
sociedade moderna, que se baseou na exploração intensiva dos recursos
naturais do mundo, que são vistos como uma fonte inesgotável de matéria-
prima e de energia para a produção dos mais diversos produtos.

Entre os principais impactos ambientais negativos causados pelo

desenvolvimento das atividades humanas, destacam-se:

 Redução da biodiversidade de plantas e animais: Com o


desenvolvimento das atividades humanas, principalmente após a
Revolução Industrial, tornou-se cada vez mais comum a substituição da
vegetação nativa por construções humanas. As vegetações dos mais
diferentes biomas foram sendo substituídas por estradas, fazendas,
indústrias e cidades, reduzindo, assim, o habitat de muitas espécies de
animais e plantas. Com isso, muitas espécies já desapareceram ou
correm risco de extinção caso sejam mantidas as formas atuais de
apropriação da natureza.
 Contaminação do ar, água, fauna e flora: As atividades humanas geram
muitos resíduos, que se acumulam na natureza e causam a poluição e
contaminação do ar, água, solo, fauna, flora e até mesmo do próprio
homem.
 Compactação, impermeabilização, redução da fertilidade e erosão do
solo: As atividades agropecuárias, quando realizadas sem consciência
ambiental, favorecem a compactação, a redução da fertilidade e a
erosão do solo, que, em longo prazo, dificultam ou impossibilitam o
desenvolvimento dessas atividades e causam danos, muitas vezes,
irreversíveis para o solo. As massas asfálticas utilizadas nas cidades e
estradas, por sua vez, impermeabilizam o solo, isto é, compromete a
infiltração da água, o que ocasiona alagamentos e dificuldades de
abastecimento das águas subterrâneas.
 Esgotamento dos mananciais: A maioria das atividades humanas
necessita de uma grande quantidade de água, o que causa a exploração
intensiva dos cursos d'água para abastecer indústrias, fazendas e
cidades. Apesar de a água ser um recurso abundante no planeta Terra, a
crescente demanda aliada à má utilização dos recursos hídricos já tem
causado escassez de água ou crises de água (falta periódica de água)
em locais que não sofriam com esse problema, como o Brasil, que,
apesar de ter uma grande quantidade de canais fluviais, periodicamente
tem tido problemas em relação à disponibilidade de água em seus
mananciais.
 Alterações climáticas: O desenvolvimento da sociedade capitalista tem
causado grandes alterações no clima mundial. Acredita-se que ele tenha
contribuído para a intensificação do efeito estufa e aquecimento global
do mundo, uma vez que os gases emitidos pelas indústrias e
automóveis contribuem para a conservação do calor na atmosfera,
aumentando assim, o efeito estufa, e, consequentemente, a temperatura
no planeta Terra.
 Destruição da camada de ozônio: Os gases lançados na atmosfera,
principalmente os CFCs, contribuem para a destruição da camada de
ozônio, já que, como o gás ozônio é muito instável, a acumulação dos
gases na atmosfera favorece a degradação de suas moléculas, que se
ligam às moléculas dos gases poluidores, formando outras substâncias.

A crescente produção e a destinação indevida de resíduos sólidos têm


causado a poluição da água em todo o mundo. Atualmente, em virtude
do comprometimento da vida no planeta, cresceu o debate, a nível
internacional, sobre as questões ambientais mundiais. É cada vez mais
comum o estudo sobre os impactos ambientais para que haja
conscientização da população e de governantes sobre a necessidade de
se praticar um desenvolvimento sustentável, que promova o
desenvolvimento econômico sem comprometer o meio ambiente e a
oferta de recursos naturais para o futuro. Com isso, diversas medidas
(como o Protocolo de Kyoto e o Protocolo de Montreal) têm sido
tomadas para reverter o quadro de degradação ambiental existente no
mundo atual, aumentando, assim, a quantidade de impactos ambientais
positivos. Essas medidas esbarram em interesses econômicos,
principalmente de países desenvolvidos, que acreditam que esse
desenvolvimento sustentável é inviável, pois essas medidas teriam um
alto custo e limitariam a extração dos recursos naturais e de fontes de
energia, diminuindo, assim, a produtividade e o desenvolvimento de
suas economias.

OBS: Definição retirada da Resolução nº 001, Artigo 1º, do CONAMA


(Conselho Nacional do Meio Ambiente).

2 – Dê exemplos de atividades que necessitam da elaboração do


EIA/RIMA para licenciamento das mesmas por órgãos competentes.

A Resolução CONAMA nº 01/86, ao tratar do assunto cita as atividades que


precisam elaborar EIA/RIMA, sem, contudo excluir outras que o órgão
ambiental competente possa exigir conforme sua avaliação do caso:

• Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

• Ferrovias;
• Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

• Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32,


de 18.11.66;

• Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de


esgotos sanitários;

• Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;

• Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem


para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação,
abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de
cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias,
diques;

• Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

• Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de


Mineração;

• Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou


perigosos;

• Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia


primária, acima de 10MW;

• Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos,


siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de
recursos hídricos);

• Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;

• Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100


hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;

• Projetos urbanísticos, acima de 100 ha. Ou em áreas consideradas de


relevante interesse ambiental a critério do IBAMA e dos órgãos municipais e
estaduais competentes;

• Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez


toneladas por dia. Ainda sobre o assunto, o artigo 3º, desta Resolução diz
"Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo RIMA,
a ser submetido à aprovação do IBAMA, o licenciamento de atividades que, por
lei, seja de competência federal." e o art. 4º estipula que "Os órgãos ambientais
competentes e os órgãos setoriais do SISNAMA deverão compatibilizar os
processos de licenciamento com as etapas de planejamento e implantação das
atividades modificadoras do meio Ambiente respeitado os critérios e diretrizes
estabelecidos por esta Resolução e tendo por base a natureza o porte e as
peculiaridades de cada atividade".
 Complexos e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos,
siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha);

 Distritos industriais e zonas estritamente industriais;

 Exploração econômica de madeira ou de lenha em áreas acima de 100


hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;

 Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas


de relevante interesse ambiental a critério do órgão licenciador;

 Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos


similares, em quantidade superior a 10 toneladas por dia;

 Projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 hectares


ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em
termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental,
inclusive nas áreas de proteção ambiental;

 Qualquer atividade que seja potencialmente lesiva ao patrimônio


espeleológico nacional;

 Outras atividades ou empreendimentos, a critério do órgão licenciador.

3 – Quais as diretrizes gerais que além dos princípios e objetivos


expressos na legislação, os Estudos de Impacto Ambiental devem
também obedecer?
O artigo 5° da resolução 001, o estudo de impacto ambiental, além de
atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de
Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:

I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,


confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas
fases de implantação e operação da atividade;
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada
pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em
todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em
implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental o
órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Município, fixará
as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características
ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para
conclusão e análise dos estudos.
4 – Quais as atividades técnicas mínimas para a elaboração do Estudo de
Impacto Ambiental?
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e
análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo
a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto,
considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos
minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime
hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando
as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e
econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação
permanente;
c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a
sócia economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos
e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade
local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através
de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos
prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e
negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médios e
longos prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas
propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios
sociais.
III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a
eficiência de cada uma delas.
IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os
impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem
considerados).
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto Ambiental o
órgão estadual competente; ou o IBAMA ou quando couber, o Município
fornecerá as instruções adicionais que se fizerem necessárias, pelas
peculiaridades do projeto e características ambientais da área.
5 – O que é o RIMA e qual o objetivo da formulação do mesmo?
É o Estudo e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA são dois
documentos distintos, que servem como instrumento de Avaliação e Impacto
Ambiental–AIA, parte integrante do processo de licenciamento ambiental. No
EIA é apresentado o detalhamento de todos os levantamentos técnicos e no
RIMA é apresentada a conclusão do estudo, em linguagem acessível, para
facilitar a análise por parte do público interessado.
Essa exigência teve como base a Lei Federal n.º 6.938/81 que instituiu a
Política Nacional de Meio Ambiente,uma exigência nos Órgãos Ambientais
brasileiros a partir da Resolução do CONAMA n.º 001 de 23/01/86 O EIA/RIMA
está vinculado à Licença Prévia, por se tratar de um estudo prévio dos
impactos que poderão vir a ocorrer, com a instalação e/ou operação de um
dado empreendimento.
A exigência do EIA/RIMA é definida por meio da integração dos parâmetros:
porte e localização do empreendimento. O EIA/RIMA deverá ser elaborado por
uma equipe técnica multi e interdisciplinar que se responsabilize pelos diversos
assuntos referentes aos meios físico, biológico e socioeconômico da área
onde será instalado o empreendimento.
Portanto, para sua análise, Órgão Ambiental deverá também formar uma
equipe constituída por diversos profissionais com correspondência em termos
da especificidade da formação da equipe do proponente, e se, necessário, até
interinstitucional.
Por ser um instrumento democrático de planejamento, durante a análise do
EIA/RIMA, além da participação da população diretamente junto ao Órgão
Ambiental, pode-se realizar as Audiências Públicas. Essas significam o
momento mais importante de participação e manifestação da comunidade
envolvida e/ou das organizações que as representam.

RIMA é a sigla que descreve relatório de impacto ambiental, é um relatório


construído a partir do EIA (Estudo de Impacto ambiental), ao qual toda
população tem acesso e participa da aprovação do processo de licenciamento
ambiental.

6- Defina Política Nacional do Meio Ambiente e quais são seus objetivos?


O Art. 2º da lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 diz que a Política
Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no
País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios:

I - Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o


meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado
e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle E zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - Acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - Recuperação de áreas degradadas;
IX - Proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente.

7- O que é Lei Ambiental?


É o conjunto de normas jurídicas que se destinam a disciplinar a
atividade humana, para torná-la compatível com a proteção do meio ambiente
A legislação ambiental brasileira, para atingir seus objetivos de preservação,
criou direito e deveres para o cidadão.
A chamada Lei de Crimes Ambientais. Define, em seu artigo 60, como crime
ambiental passível de detenção, multa ou ambos, cumulativamente, a prática
de atividades potencialmente poluidoras sem o devido licenciamento ambiental.
Na mesma Lei, o Artigo 66 trata da punição prevista para o funcionário público
que fizer “... afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar
informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou
licenciamento ambiental". Instrumentos de conservação do meio ambiente,
normas de uso dos diversos ecossistemas, normas para disciplinares
atividades relacionadas à ecologia e ainda diversas tipos de unidades de
conservação. Lei 9.605/98
8- Relate os marcos ambientais que marcaram as Décadas de 30, 70, 80, 90
e o Século XXI?
De acordo com Liszt Vieira e Renato Cader, presidente do Instituto de
Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Doutor em Sociologia pelo
IUPERJ e Gestor Governamental do Ministério do Planejamento, Programa de
Doutorado em Ambiente e Sociedade da UNICAMP, respectivamente, na década
de 30 o Brasil inicia um período de consolidação de investimentos públicos e
privados em grandes obras de infraestrutura. Nessa época não se falava em
desenvolvimento sustentável, porém, já havia uma vertente de política ambiental
orientada apenas para preservação.
Existia um movimento de políticos, jornalistas e cientistas que se
organizavam para discutir políticas de proteção ao patrimônio natural. Esses
grupos contribuíram para elaboração do primeiro Código Florestal Brasileiro em
1934 – instituído pelo Decreto 23793/1934 – onde eram definidas bases para
proteção dos ecossistemas florestais e para regulação da exploração dos
recursos madeireiros.

O Código Florestal contribuiu para a criação do primeiro Parque Nacional


brasileiro em 1937, o Parque Nacional de Itatiaia, e dois anos depois foram
criados os Parques Nacionais de Iguaçu e da Serra dos Órgãos. Porém, nos
vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política ambiental
preservacionista dos anos 30 foi colocada em segundo plano nas décadas de 40
e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no
desenvolvimento acelerado.

Nessa década de 60, a preocupação com a conservação do meio


ambiente foi institucionalizada com a aprovação da Lei Nº 4.771 de 15/09/1965,
que instituía o novo Código Florestal Brasileiro, que visava, sobretudo à
conservação dos recursos florestais, criando novas tipologias de áreas
protegidas com as Áreas de Preservação Permanente, que permaneceriam
intocáveis para garantir a integridade dos serviços ambientais; e a Reserva
Legal, que transferia compulsoriamente para os proprietários rurais a
responsabilidade e o ônus da proteção.

Quase dois anos após a criação do novo código florestal brasileiro foi
criado o Instituo Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que tinha a
missão de formular a política florestal no país e adotar as medidas necessárias à
utilização racional, à proteção e à conservação dos recursos naturais
renováveis. A década de 70 se inicia com a realização da Conferência de
Estocolmo de 1972, onde o Brasil defendia a ideia de que o melhor instrumento
para combater a poluição é o desenvolvimento econômico e social.
Diante das pressões externas e da sociedade que acusavam o governo
brasileiro de defender o desenvolvimento a qualquer custo, era emergente a
necessidade de se criar um projeto ambiental nacional que contribuísse para
reduzir os impactos ambientais decorrentes do crescimento causado pela
política desenvolvimentista.
Como resposta, foi criada em 1973, a Secretaria Especial de Meio
Ambiente (SEMA), vinculada ao Ministério do Interior, “orientada para
conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais”, passando
a dividir funções com o IBDF.
Nessa década ganhava força a visão de eco- desenvolvimento que já
defendia a conciliação dos aspectos econômicos, sociais e ambientais no
desenvolvimento. Essa visão começa a ser internalizado na política ambiental
brasileira com a promulgação da lei Nº 6938/81, que instituiu a Política Nacional
de Meio Ambiente. A mesma passa a utilizar como instrumento de planejamento
do desenvolvimento dos territórios o Zoneamento Econômico Ecológico e como
um dos instrumentos de política ambiental a “avaliação de impactos ambientais”.
Além disso, cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que passam a ser os principais
instrumentos de uma política ambiental orientada para ações descentralizadas.
Logo, as atividades causadoras de degradação ambiental passaram a
depender do prévio licenciamento do órgão estadual competente, integrante do
SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA). A Lei cria a obrigação do licenciamento e a resolução Nº
1/1986 do Conselho Nacional do Meio ambiente (CONAMA) cita as atividades
que precisam elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA). Assim, a década de 80 é marcada com um grande
avanço na política ambiental no Brasil e a concepção de compatibilizar meio
ambiente e desenvolvimento foi fortalecido nas esferas nacional e internacional
quando a Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em
1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um
novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por
representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários.
Com a Constituição de 1988 as políticas ambientais evoluem e estados e
municípios passam a ter competência para formularem suas próprias políticas,
ao mesmo tempo em que determina ser direito de todos um meio ambiente
ecologicamente equilibrado e que é dever do poder público e da coletividade
defendê-lo e preservá-lo.
No plano institucional, a área ambiental do Estado, influenciada pela
Constituição de 88, transformava-se com a criação do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 1989, que passa a
ter a missão de formular, coordenar e executar a Política Nacional de Meio
Ambiente. Logo após, em 1992, foi criado o Ministério do Meio Ambiente, órgão
de hierarquia superior que passa a ter a missão de formular a Política de Meio
Ambiente no Brasil e o IBAMA passa a ter uma atuação mais voltada para
fiscalização. A década de 90 se inicia com avanço na estrutura dos órgãos
ambientais de Estado e também nas discussões sobre a necessidade de
implementação de um modelo de desenvolvimento ambiental e socialmente
sustentável em escala planetária.

Essas discussões culminaram com a realização da II Conferência das


Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO’92), repercutindo
profundamente na política ambiental brasileira. A Conferência reuniu 179 Chefes
de Estado e de Governo, empresários e contou com uma inédita participação da
sociedade civil por meio do Fórum das ONGs. Diversos documentos foram
assinados como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do
Clima, a Convenção da Diversidade Biológica, a Carta da Terra, o Protocolo de
Florestas, a Agenda 21 Global, entre outros. A RIO’92 foi um divisor de águas na
política ambiental, pois além de contribuir para maior participação das ONGs,
trouxe também o universo empresarial para as questões ambientais, e os
investimentos das empresas em meio ambiente passaram a ser crescentes nos
anos subsequentes. Além disso, a Conferência lançou novas políticas
fomentadas por doações de cooperação internacional como o Programa Piloto
para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil- PPG7.
A RIO’92, de uma forma geral, não produziu mecanismos efetivos de
alcance global para assegurar a aplicação de suas resoluções - a
responsabilidade pelo cumprimento das decisões foi transferida aos Estados,
que prioriza seus interesses nacionais. Após a RIO’92, a política ambiental no
Brasil dá um salto qualitativo com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais ou
Lei da Natureza, Nº 9.605/98. A sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o
Ministério Público passaram a contar com um instrumento que lhes garante
agilidade e eficácia na punição aos infratores do meio ambiente. Com o
surgimento da Lei, as pessoas jurídicas passaram a ser responsabilizadas
criminalmente, permitindo a responsabilização da pessoa física autora ou
coautora da infração.
O ano de 2000 se inicia com a aprovação da Lei Nº 9985/2000, que institui
o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC), dividindo
as unidades de conservação em Unidades de Proteção Integral e Unidades de
Uso sustentável. O SNUC reflete um avanço na política ambiental brasileira
considerando que veio fortalecer a perspectiva de uso sustentável dos recursos
naturais, das medidas compensatórias e de uma descentralização mais
controlada da política ambiental no Brasil.
Dois anos após a criação do SNUC, foi lançada a Agenda 21 Brasileira em
2002, com vasta consulta à população brasileira, universidades, organizações
não governamentais, órgãos públicos dos diversos entes federativos. A criação
da Agenda 21 Brasileira foi um avanço na medida em que sensibilizam os
governos locais e estaduais a encararem suas responsabilidades para um
desenvolvimento sustentável, e a tomarem iniciativas para elaboração de suas
Agendas 21 locais, por meio de planejamento estratégico e participativo. A
política ambiental brasileira hoje deve ser pautada como prioridade na agenda
internacional uma vez que os maiores problemas globais, como o das mudanças
climáticas, têm forte relação de dependência com a política ambiental brasileira.
O Brasil é um dos maiores emissores de Gás de Efeito Estufa do mundo e a
maior parte dessas emissões é proveniente do desmatamento da Amazônia, o
que reflete a importância da política florestal brasileira. O meio ambiente precisa
ser prioridade na agenda do Governo.

9- Qual é a competência do SISNAMA, CONAMA, MMA, IBAMA. Órgãos


Seccionais e Órgãos Locais?
SISNAMA: Criado pela Lei 6.938/1981, regulamentada pelo Decreto
99274/1990, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) é a estrutura
adotada para a gestão ambiental no Brasil, e é formado pelos órgãos e
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
responsáveis pela proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no
Brasil.

O Departamento de Coordenação do Sisnama no MMA tem como atribuições


promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações
direcionadas à implementação de políticas públicas de meio ambiente, e
incentivar a descentralização da gestão ambiental e a repartição de
competências entre as três esferas de Governo.

CONAMA: O Conselho Nacional do Meio Ambiente é o órgão consultivo e


deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído
pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
regulamentada pelo Decreto 99.274/90.

MMA: O Ministério do Meio Ambiente (MMA), criado em novembro de 1992,


tem como missão promover a adoção de princípios e estratégias para o
conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso
sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a
inserção do desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação
de políticas públicas, de forma transversal e compartilhada, participativa e
democrática, em todos os níveis e instâncias de governo e sociedade.

IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis, A incumbência de agir em caso de emergência ambiental é de
todos os entes da federação – União, Estados, Distrito Federal e Municípios –
haja vista a competência comum estabelecida para a matéria no artigo 23 da
Constituição Federal de 1988. Dessa forma, aquele que estiver mais
aparelhado, melhor preparado e em condições de atender ao acidente
ambiental tem o dever legal de fazê-lo.
A atribuição do IBAMA na questão de acidentes e emergências ambientais,
estabelecida no Decreto nº 6.099/2007, é de prestar assistência e apoio
operacional às instituições públicas e à sociedade, realizando ações de
coordenação, controle, supervisão, normatização, monitoramento e orientação
da execução das ações federais referentes às emergências ambientais.
Para dar cumprimento dessa atribuição, a Coordenação-Geral de Emergências
Ambientais (Cgema) conta com 2 (duas) Coordenações: de Prevenção e
Gestão de Riscos Ambientais (Cprev), e de Atendimento a Acidentes
Tecnológicos e Naturais (Coate), situadas no Edifício-Sede do Ibama em
Brasília/DF, e 27 (vinte e sete) Núcleos de Prevenção e Atendimento a
Emergências Ambientais (Nupaem) instalados em cada uma das
Superintendências do Ibama nos estados. Essas coordenações e núcleos são
formados por equipe multidisciplinar (biólogos, agrônomos, geólogos, químicos
etc.), treinada e capacitada para realizar ações de gestão, prevenção e
resposta a incidentes.

Órgãos locais: Os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle


e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.

10- Defina o que regulamenta a Lei Federal 9.605 de 12/02/1998 que trata de
“Lei de Crimes Ambientais”.
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

11- Qual é o Objetivo da TCFA?


A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA – foi instituída pelo
Ibama através da Lei 10.165/ 2000, que veio a modificar a Lei 6.938/81, com a
introdução dos artigos 17-B, 17-C, 17-D 17-E 17-F 17-G 17-H e 17- I, criando o
Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras. O objetivo
da TCFA é fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama).
O marco institucional e legal para o compartilhamento dos valores da
TCFACE é a Lei Federal supracitada e a Lei de nº 15.093/2011 editadas no
Estado do Ceará.
O recolhimento da TCFACE deve ser efetuado pelos responsáveis por
atividades potencialmente poluidoras, ao final de cada trimestre, com a
tolerância de pagamento sem juros e multa até o 5º dia útil do mês
subsequente.

12- A quem acomete a competência de licenciar as obras potencialmente


poluidoras?
Os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente.

13- Relate sobre a expressão “A obrigação do poluidor”, fundamente-se


de acordo com os princípios da política nacional do meio ambiente.
Simples e claramente aquele que polui tem a obrigação de reparar os
danos cometidos contra o meio ambiente independentemente do grau de culpa
que possuir.

14- Quais o objetivo do Código florestal brasileiro (Lei nº 4.771, de 15 de


setembro de 1965) - (D. O. U. DE 16/09/05)?
O Art. 1° diz que as florestas existentes no território nacional e as demais
formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são
bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os
direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e
especialmente esta Lei estabelecem. Parágrafo único. As ações ou omissões
contrárias às disposições deste Código na utilização e exploração das florestas
são consideradas uso nocivo da propriedade (art. 302, XI b, do Código de
Processo Civil).

15- De acordo com a Lei das florestas nº 4.771 de 15/09/1965 o que


determina sobre áreas de preservação e sobre as propriedades rurais?
Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as
florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

Ao longo dos rios ou de outro qualquer curso d'água, em faixa marginal


A)
cuja largura mínima será:
1- De 5 (cinco) metros para os rios de menos de 10 (dez) metros de largura:
Igual à metade da largura dos cursos que meçam de 10 (dez) a 200
2-
(duzentos) metros de distância entre as margens;
3- De 100 (cem) metros para todos os cursos cuja largura seja superior a
200 (duzentos) metros.
(b) Ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;
Nas nascentes, mesmo nos chamados "olhos d'água", seja qual for a sua
C)
situação topográfica;
D) No topo de morros, montes, montanhas e serras;
Nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°,
E)
equivalente a 100% na linha de maior declive;
F) Nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
G) Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas;
Em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, nos campos
H)
naturais ou artificiais, as florestas nativas e as vegetações campestres.
Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim
declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de
vegetação natural destinadas:
a) Atenuar a erosão das terras;
B) A fixar as dunas;
C) A formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
A auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades
D)
militares;
E) A proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
F) A asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;
G) A manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
H) A assegurar condições de bem-estar público.
§ 1° A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só
será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for
necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade
pública ou interesse social.
§ 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao
regime de preservação permanente pelo só efeito desta Lei.
E sobre propriedades rurais diz:
Parágrafo único do Art. 16°. Nas propriedades rurais, compreendidas na alínea
"a" deste artigo, com área entre vinte (20) a cinquenta (50) hectares computar-
se-ão, para efeito de fixação do limite percentual, além da cobertura florestal de
qualquer natureza, os maciços de porte arbóreo, sejam frutícolas, ornamentais
ou industriais.

Art. 17. Nos loteamentos de propriedades rurais, a área destinada a


completar o limite percentual fixado na letra a do artigo antecedente, poderá
ser agrupada numa só porção em condomínio entre os adquirentes.

16- Conceitue área de preservação permanente.

De acordo com o Código Florestal (Lei nº 4.771/65), são consideradas


áreas de preservação permanente (APP) aquelas protegidas nos termos da lei,
cobertas ou não por vegetação nativa, com as funções ambientais de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade e
o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
17- Identifique as condições para ampliar ou reduzir as reservas legais.

No Art. 13 da lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, diz que quando


indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE estadual, realizado
segundo metodologia unificada, o poder público federal poderá:

I - Reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante


recomposição, regeneração ou compensação da Reserva Legal de imóveis
com área rural consolidada, situados em área de floresta localizada na
Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade, excluídas
as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos
hídricos e os corredores ecológicos;

II - Ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento)


dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais de
proteção à biodiversidade ou de redução de emissão de gases de efeito estufa.

1o No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de


imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área
superior aos percentuais exigidos no referido inciso poderá instituir servidão
ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, de 31 de agosto
de 1981, e Cota de Reserva Ambiental.

2o Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-


Econômicos - ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida em norma
federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da publicação desta
Lei, para a sua elaboração e aprovação.

18- Quais são as contravenções penais impostas pelo código florestal?

No decreto de lei Nº 3.914, de 9 de dezembro de 1941 diz:

Art. 3º Os fatos definidos como crimes no Código Florestal, quando irão


compreendidos em disposição do Código Penal, passam a constituir
contravenções, punidas com a pena de prisão simples, por três meses a um
ano, ou de multa, de um conto de réis a dez contos de réis, ou com ambas as
penas, cumulativamente.

Art. 4º Quem cometer contravenção prevista no Código Florestal será


punido com pena de prisão simples, por quinze dias a três meses, ou de multa,
de duzentos mil réis a cinco contos de réis, ou com ambas as penas,
cumulativamente.

Art. 5º Os fatos definidos como crimes no Código de Pesca (decreto-lei n.


794, de 19 de outubro do 1938) passam a constituir contravenções, punidas
com a pena de prisão simples, por três meses a um ano, ou de multa, de
quinhentos mil réis a dez contos de réis, ou com ambas as penas,
cumulativamente.

Art. 12 Quando, por fato cometido antes da vigência do Código Penal, se


tiver de pronunciar condenação, de acordo com a lei anterior, atender-se-á ao
seguinte:

I – A pena de prisão celular, ou de prisão com trabalho, será substituída


pela de reclusão, ou de detenção, se uma destas for a pena cominada para o
mesmo fato pelo Código Penal;

II – A pena de prisão celular ou de prisão com trabalho será substituída


pela de prisão simples, se o fato estiver definido como contravenção na lei
anterior, ou na Lei das Contravenções Penais.

Art. 19 O juiz aplicará o disposto no art. 2º, parágrafo único. In fine, do código
Penal, nos seguintes casos:

I – Se o Código ou a Lei das Contravenções penais cominar para o fato


pena de multa, isoladamente, e na sentença tiver sido imposta pena privativa
de liberdade;

19- O que é licenciamento ambiental e quais as atividades que estão


sujeitas ao licenciamento?
Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o
órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando
as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso.
As atividades que precisam de licenciamento ambiental são várias, entra elas:
Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações:
 Fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores.
 Fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para
telecomunicação e informática.
 Fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos
 Indústria de material de transporte:
 Fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e
acessórios.
 Fabricação e montagem de aeronaves
 Fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes
Indústria de madeira:
 Serraria e desdobramento de madeira
 Preservação de madeira
 Fabricação de estruturas de madeira e de móveis
Indústria de papel e celulose:
 Fabricação de celulose e pasta mecânica
 Fabricação de papel e papelão
 Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra
prensada
Indústria de borracha:
 Beneficiamento de borracha natural
 Fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de
pneumáticos
 Fabricação de laminados e fios de borracha
 Fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de
borracha, inclusive látex

20- Quais os tipos de Leis Ambientais existentes? O que essas leis


propõem?
 Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – Número 6.938 de
17/01/1981: Instituí a PNMA e o Sisnama, estipulando e definindo,
dentre outros preceitos, que o poluidor é obrigado a indenizar danos
ambientais que causar, independentemente da culpa e que o Ministério
Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio
ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar
prejuízos causados. Criou ainda obrigatoriedade dos estudos e
respectivos relatórios de impacto ambiental.

 Lei dos Crimes Ambientais – Número 9.605 de 12/02/1998: Responsável


pela reordenação da legislação ambiental brasileira no que se refere às
infrações e punições. Dentre várias inovações e determinações,
destaca-se, por exemplo, a possibilidade de penalização das pessoas
jurídicas no caso de ocorrência de crimes ambientais estipulados pela
própria lei.

 Lei de Recursos Hídricos – Número 9.433 de 08/01/1997: Instituí a


Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de
Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado
de valor econômico, que pode ter usos múltiplos – consumo humano,
produção de energia, transporte, lançamento de esgotos. A lei prevê
também a criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos
Hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de
informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua
gestão.

 Novo Código Florestal Brasileiro – Número 12.651 de 25/05/2012:


Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo revogado o Código
Florestal Brasileiro de 1965. Desde a década de 1990, a proposta de
reforma do Código Florestal suscitou polêmica entre ruralistas e
ambientalistas.

 .

 Lei da Ação Civil Pública – Número 7.347 de 24/07/1985: Lei de


interesses difusos trata da ação civil pública de responsabilidades por
danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio
artístico, turístico ou paisagístico, de responsabilidade do Ministério
Público Brasileiro.

 Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos – Número 12.305 de


02/08/2010: Lei que estabelece a Política Nacional dos Resíduos
Sólidos, responsável pela implementação de programas e mecanismos
que visam promover a boa gestão e descarte de resíduos sólidos
provenientes da ação humana, principalmente decorrente de atividades
econômicas.

A existência de inúmeras e importantíssimas resoluções do Conselho


Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, as quais regulam matérias de extremo
interesse e peculiaridade ao direito ambiental brasileiro. Tais resoluções,
embora não sejam leis, integram o ordenamento jurídico nacional –
compreendido por diversos instrumentos normativos, como as Leis, decretos,
resoluções, etc.

21- Qual a diferença entre política pública e política ambiental?

Política ambiental no Brasil refere-se ao modo como, em retrospectiva, o


Brasil, por meio de seus governos, vem tratando a questão ambiental através
dos anos. Já o conceito de política pública está restrito a uma atividade
especializada do estado moderno.

22- Quais os temas que norteiam o estudo das políticas ambientais?


 Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
 Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
 Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
 Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
 Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
 Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
 Acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
 Recuperação de áreas degradadas;
 Proteção de áreas ameaçadas de degradação e;
 Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação
da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na
defesa do meio ambiente.

23- Cite no mínimo 05 princípios que norteiam o Direito ambiental.

 Meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental;


 Solidariedade intergeracional;
 Natureza pública da proteção ambiental;
 Desenvolvimento sustentável;
 Poluidor pagador;
 Usuário pagador;
 Prevenção e precaução;
 Participação;
24- Cite algumas leis brasileiras que regulamentam as políticas
ambientais.
 Lei 4771 de 15/09/1965
Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de
preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória):
uma faixa de 10 a 500 metros nas margens dos rios (dependendo da largura do
curso d'água), a beira de lagos e de reservatórios de água, os topos de morro,
encostas com declividade superior a 45º e locais acima de 1800 metros de
altitude. Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do país
preservem 20% da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada no
registro de imóveis, a partir do que fica proibido o desmatamento, mesmo que a
área seja vendida ou repartida. As sanções que existiam na lei foram
criminalizadas a partir da Lei dos Crimes Ambientais, de 1998.

 Lei 7661, de 16/05/1988


Regulamentada pela Resolução nº 01 da Comissão Interministerial para os
Recursos do Mar em 21/12/1990, esta lei traz as diretrizes para criar o Plano
Nacional de Gerenciamento Costeiro. Define Zona Costeira como o espaço
geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo os recursos naturais
e abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre. O Plano Nacional de
Gerenciamento Costeiro (GERCO) deve prever o zoneamento de toda esta
extensa área, trazendo normas para o uso de solo, da água e do subsolo, de
modo a priorizar a proteção e conservação dos recursos naturais, o patrimônio
histórico, paleontológico, arqueológico, cultural e paisagístico. Permite aos
Estados e Municípios costeiros instituírem seus próprios planos de
gerenciamento costeiro, desde que prevalecem as normas mais restritivas. As,
praias são bens públicos de uso do povo, assegurando-se o livre acesso a elas
e ao mar. O gerenciamento costeiro deve obedecer as normas do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

 Lei 7.735, de 22/02/1989


Lei que criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), incorporando a Secretaria Especial do Meio
Ambiente (que era subordinada ao Ministério do Interior) e as agências federais
na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Ao IBAMA compete
executar e fazer executar a política nacional do meio ambiente, atuando para
conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais
(hoje o IBAMA subordina-se ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos e da Amazônia Legal).

 Lei 6.766 de 19/12/1979


Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de
preservação ecológica, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde,
em terrenos alagadiços. Da área total, 35% devem se destinar ao uso
comunitário (equipamentos de educação, saúde lazer, etc.). O projeto deve ser
apresentado e aprovado previamente pelo Poder Municipal, sendo que as vias
e áreas públicas passarão para o domínio da Prefeitura, após a instalação do
empreendimento. Obs.: a partir da Resolução 001 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA) de 23 de janeiro de 1986, quando o
empreendimento prevê construção de mais de mil casas, tornou-se obrigatório
fazer um Estudo Prévio de Impacto Ambiental.

 Lei 8.171 de 17/01/199


Esta lei, que dispõe sobre Política Agrícola, coloca a proteção do meio
ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. Num capítulo
inteiramente dedicado ao tema, define que o Poder Público (federação,
estados, municípios) deve disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da
água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos para ordenar a
ocupação de diversas atividades produtivas (inclusive instalação de
hidrelétricas), desenvolver programas de educação ambiental, fomentar a
produção de mudas de espécies nativas, entre outros. Mas a fiscalização e uso
racional destes recursos também cabem aos proprietários de direito e aos
beneficiários da reforma agrária. As bacias hidrográficas são definidas como as
unidades básicas de planejamento, uso, conservação e recuperação dos
recursos naturais, sendo que os órgãos competentes devem criar planos
plurianuais para a proteção ambiental. A pesquisa agrícola deve respeitar a
preservação da saúde e do ambiente, preservando ao máximo a
heterogeneidade genética.

 Lei 6.938, de 17/01/1981


A mais importante lei ambiental. Define que o poluidor é obrigado a
indenizar danos ambientais que causar, independentemente de culpa. O
Ministério Público (Promotor Público) pode propor ações de responsabilidade
civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de
recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Também esta lei criou os Estudos
e respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), regulamentados em
1986 pela Resolução 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA). O EIA/RIMA deve ser feito antes da implantação de atividade
econômica que afete significativamente o meio ambiente, como estrada,
indústria, ou aterros sanitários, devendo detalhar os impactos positivos e
negativos que possam ocorrer por causa das obras ou após a instalação do
empreendimento, mostrando ainda como evitar impactos negativos. Se não for
aprovado, o empreendimento não pode ser implantado.

25- De acordo com a Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999, o que seria a


Educação Ambiental? O que esta Lei propõe?

Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos


quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente
da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos
os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não
formal.

Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à
educação ambiental, incumbindo:

I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição


Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental,
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento
da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

II - Às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira


integrada aos programas educacionais que desenvolvem;

III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -


Sisnama, promover ações de educação ambiental integrada aos programas de
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

IV - Aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e


permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;

V - Às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,


promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à
melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre
as repercussões do processo produtivo no meio ambiente;

VI - À sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação


de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva
voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.

26- De acordo com a Lei nº 9605 de 12/02/1998, o que seriam Crimes


Ambientais?

Condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

27- O que caracteriza o Licenciamento Ambiental? Em que está pratica


ajuda o Meio Ambiente?
É o procedimento no qual o poder público, representado por
órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação de
atividades, que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras.

O licenciamento ambiental vem, então, como um importante instrumento


de gestão da Administração Pública: por meio dele é exercido o necessário
controle sobre as atividades humanas que interferem nas condições
ambientais. Através dele há a conciliação do desenvolvimento econômico com
o uso dos recursos naturais, de modo a assegurar a sustentabilidade do meio
ambiente, nos seus aspectos físicos, socioculturais e econômicos.

O licenciamento ambiental é uma exigência legal a que estão sujeitos


todos os empreendimentos ou atividades que empregam recursos naturais ou
que possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente.

28- Como se dá o processo de Licenciamento Ambiental?


O processo de licenciamento ambiental possui três etapas:

• Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento
da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Esta licença
apenas aprova a viabilidade ambiental e estabelece as exigências técnicas (as
"condicionantes") para o desenvolvimento do projeto, mas não autoriza sua
instalação.

Nesta fase, caberá ao empreendedor atender ao art. 225, §1º, IV da


Constituição Federal e da Resolução 001/86 do Conama, elaborando os
estudos ambientais que serão entregues ao Órgão Ambiental para análise e
deferimento. No caso de uma obra de significativo impacto ambiental, na fase
da licença prévia o responsável deve providenciar o Estudo e Relatório de
Impacto Ambiental (EIA/RIMA).

O documento técnico-científico traz um diagnóstico ambiental, analisa


impacto e suas medidas compensatórias. Tais estudos endereçados,
respectivamente, para a Administração Pública e para a sociedade, abordam
necessariamente as condições da biota, dos recursos ambientais, as questões
paisagísticas, as questões sanitárias e o desenvolvimento socioeconômico da
região; e visam dar publicidade e transparência ao projeto.

• Licença Instalação (LI) - Esta aprova os projetos. É a licença que autoriza o


início da obra de implantação do projeto. É concedida depois de atendidas as
condições da Licença Prévia.

• Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento


do empreendimento/obra, das atividades produtivas. É concedida depois que é
concedida após vistoria para verificar se todas as exigências foram atendidas.

29- Cite os tipos de Licença e as Caracterize.


Licença prévia, de instalação e de operação.
A licença prévia destina-se à aprovação do projeto, envolvendo a
localização e viabilidade e tem prazo máximo de 05 anos. Para dar
continuidade ao empreendimento será necessária a licença de instalação, que
autoriza sua instalação e eventuais edificações, nos termos do projeto
previamente aprovado, tendo duração máxima de 06 anos. Por fim, a licença
de operação é a última a ser concedida, desde que as condições
estabelecidas nas licenças anteriores tenham sido cumpridas. Esta licença
terá prazo mínimo de 04 anos e máximo de 10 anos.
30-Qual o objetivo da Lei nº 69381 que rege a Política Nacional Meio
Ambiente?
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
I - Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
V - Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
VI - Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o
uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - Proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação
da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente.

31- Quais são os fatores que podem indicar no ambiente o Impacto


Ambiental?
Impactos ambientais são quaisquer modificações do meio ambiente,
positiva ou negativa, resultante ou não dos aspectos ambientais da
organização. A identificação de impactos ambientais de uma organização é
umas das etapas mais importantes da implementação do sistema de gestão
ambiental. Uma das maneiras de realizar esta identificação pode ser a
construção de uma matriz que relacione os aspectos e impactos ambientais.

32- Como se dá os estudos de Impacto Ambiental (EIA)?


Ele descreve as consequências da atividade que visa ser instalada sobre os
diversos meios ambientais como natureza, patrimônio cultural e histórico e o
meio ambiente de trabalho.

O estudo de impacto ambiental constituem um conjunto de atividades


científicas e técnicas que constituem o diagnóstico ambiental ambiental, a
identificação previsão e medição de impactos, a interpretação e valorização
dos mesmos, a definição das medidas mitigadoras(destinadas a prevenir
impactos negativos) e programas de monitorização destes impactos.
A resolução CONAMA Nº 001/86 define que o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) é o conjunto de estudos realizados por especialistas de
diversas áreas, com dados técnicos detalhados. O acesso a ele é restrito, em
respeito ao sigilo industrial. No artigo 6° dessa resolução define que
o EIA desenvolverá as seguintes atividades técnicas:

I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e


análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo
a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto,
considerando:

a) o meio físico – o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos


minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime
hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;

b) o meio biológico e os ecossistemas naturais – a fauna e a flora,


destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico
e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação
permanente;

c) o meio socioeconômico – o uso e ocupação do solo, os usos da água e a


sócio economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos
e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade
local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

II – Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através


de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos
prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e
negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e
longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas
propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios
sociais.

III – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a
eficiência de cada uma delas.

IV – Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os


impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem
considerados).

33- O que é o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?


O relatório de impacto ambiental, RIMA, refletirá as conclusões do
estudo de impacto ambiental (EIA). O RIMA deve ser apresentado de forma
objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas
em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e
demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as
vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências
ambientais de sua implementação.

34- O que é Licenciamento Ambiental?


É o procedimento no qual o poder público, representado por
órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação de
atividades, que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras.

35- Quais são as fases de um estudo de Impacto Ambiental?


I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e
análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo
a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto;

II – Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através


de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos
prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e
negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e
longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas
propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios
sociais.

III – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a
eficiência de cada uma delas.

IV – Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os


impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem
considerados).

36- Qual é a relação que existe entre EIA (Licenciamento Ambiental) e


RIMA (Relatório Ambiental)?
O EIA é responsável por dizer a respeito da coleta de material, analise,
bibliografia, bem como estudo das prováveis consequências ambientais que
podem ser causados pela obra. Este estudo tem por finalidade analisar os
impactos causados pela obra, propondo condições para sua implantação e
qual o procedimento que deverá ser adotado para sua construção.
O RIMA é um relatório conclusivo que traduz os termos técnicos para
esclarecimento, analisando o Impacto Ambiental. Este relatório é responsável
pelos levantamentos e conclusões, devendo o órgão público licenciador
analisar o relatório observando as condições de empreendimento. Recebido o
RIMA o mesmo será publicado em edital, anunciado pela imprensa local
abrindo o prazo de 45 dias para solicitação de audiência pública que poderá
ser requerida por 50 ou mais cidadãos ou pelo Ministério Público, onde após
a realização de quantas audiências forem necessárias é elaborado o parecer
final, podendo ser autorizado um licenciamento prévio para realização da obra
ou o indeferimento do projeto.
37- Cite alguns objetivos de se realizar um estudo de Impacto Ambiental?

O objetivo do EIA/RIMA é demonstrar que há como recomendação uma


atuação cautelosa e preventiva em relação à intervenção ao meio ambiente.
Utilizando-se como regra do princípio da precaução, no caso de dúvida decide
em favor do meio ambiente e não do lucro imediato, demonstrando que este
estudo apresenta assim, alternativas menos impactantes ao meio ambiente.
Mostrar a importância do EIA/RIMA, demonstrando a natureza
preventiva do direito ambiental frente à manifestação humana, em seus atos
preparatórios do projeto para obtenção do licenciamento ambiental na
implantação da obra ou atividade.
Demonstrar aos críticos do estudo do impacto ambiental a evidência atual de
sua importância, não sendo este um fator de atraso e demora na implantação
da obra ou atividade nos projetos de grande relevância social, como
questionado.

38- Quais são os tipos de Impacto Ambiental existente? Caracterize-os.


Existem vários tipos de impactos no meio ambiente, como:
 Impacto positivo ou benéfico: quando a ação resulta na melhoria da
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
 Impacto negativo ou adverso: quando a ação resulta em danos à
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
 Impacto direto: quando resulta de uma simples relação de causa e
efeito, também chamado impacto primário ou de primeira ordem;
 Impacto indireto: quando é uma reação secundária em relação à ação
ou quando é parte de uma cadeia de reações;
 Impacto local: quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas
imediações;
 Impacto regional: quando o efeito se propaga por uma área e suas
imediações;
 Impacto estratégico: quando é afetado um componente ou recurso
ambiental de importância coletiva ou nacional;
 Impacto imediato: quando o efeito surge no instante em que se dá a
ação;
 Impacto a médio e longo prazo: quando o efeito se manifesta depois de
decorrido certo tempo após a ação;
 Impacto temporário: quando o efeito permanece por um tempo
determinado;
 Impacto permanente: quando, uma vez executada a ação, os efeitos não
cessam de se manifestar, num horizonte temporal conhecido.

39- Quais as atividades precisam de projetos sujeitos ao Estudo de


Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?
O EIA/Rima é exigido para os seguintes empreendimentos ou atividades, de
acordo com a Resolução Conama 01/86:
 Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
 Ferrovias;
 Portos e terminais de minério, de petróleo e de produtos químicos;
 Aeroportos;
 Oleodutos;
 Gasodutos;
 Minerodutos;
 Troncos coletores e emissários de esgoto sanitário;
 Linhas de transmissão de energia elétrica com tensão acima de 230 KV;
 Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como
barragem para fins hidrelétricos, acima de 10 MW, barragens de
saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, para
drenagem ou para irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de
barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;
 Extração de combustível fóssil;
 Extração de minério;
 Aterro sanitário;
 Processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
 Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia
primária, acima de 10 MW;
 Complexos e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos,
siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha);
 Distritos industriais e zonas estritamente industriais;
 Exploração econômica de madeira ou de lenha em áreas acima de 100
hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
 Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas
de relevante interesse ambiental a critério do órgão licenciador;
 Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos
similares, em quantidade superior a 10 toneladas por dia;
 Projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 hectares
ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em
termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental,
inclusive nas áreas de proteção ambiental;
 Qualquer atividade que seja potencialmente lesiva ao patrimônio
espeleológico nacional;
 Outras atividades ou empreendimentos, a critério do órgão licenciador.

40- Quais são as diretrizes para a elaboração de um Estudo de Impacto


Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?
O Artigo 5º da resolução CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986 diz
que: O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial
os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio
Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,
confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas
fases de implantação e operação da atividade;
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada
pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em
todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em
implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto
ambiental o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o
Município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e
características ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os
prazos para conclusão e análise dos estudos.

41- Qual o papel da Avaliação de Impacto Ambiental?


A Avaliação de Impacto Ambiental pode ser definida como uma série de
procedimentos legais, institucionais e técnico-científicos, com o objetivo
caracterizarem e identificar impactos potenciais na instalação futura de um
empreendimento, ou seja, prever a magnitude e a importância desses
impactos.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é uma ferramenta que ajuda empresas
a desenvolver projetos e realizar mudanças estruturais, seguindo uma política
de respeito ao meio ambiente. Por meio da AIA, é possível analisar o risco de
problemas ambientais, com base em estudos e análises criteriosas de equipes
especializadas em questões ecológicas.
A Avaliação de Impactos Ambientais é estabelecida pela Política Nacional do
Meio Ambiental (PNMA). Dentre os principais documentos exigidos para que a
AIA esteja completa e correta, vale destacar o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), que traz as conclusões sobre os possíveis impactos ambientais.
Licenças ambientais e imagem da empresa
Todas as licenças ambientais necessárias para expansões empresariais ou
utilização de recursos naturais dependem da realização de uma Avaliação de
Impacto Ambiental, ou seja, são necessários o AIA e o RIMA para que a
empresa consiga aprovações municipais, estaduais e federais para viabilização
de projetos que envolvam atividades relacionada ao meio ambiente.

Ao estabelecer uma Avaliação de Impacto Ambiental, a empresa também


estará contribuindo diretamente para melhora de sua imagem no mercado. Isso
porque a realização da AIA é uma atitude ecologicamente correta e que agrega
valor aos produtos e serviços oferecidos.

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