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Este artigo elaborado por Marcio Pochmann, visa entender as distinções e disparidades
em ações de proteção social nos países capitalistas, destacando a diferença entre os países
capitalistas periféricos e centrais, sendo preponderante mencionar as dificuldades e limitações
encontradas para implementação das políticas de proteção social nos países periféricos ( a
exemplo do Brasil). Impulsionado por um desejo internacional de mudanças sociais no começo
do século XX e de uma política socialista, que pudesse atender maior parte da população,
tentando sanar com a desigualdade, que as relações sociais e as políticas de atenção e proteção
vieram a ganhar uma pouco mais de atenção no sistema de governo. Nesse sentido esse artigo
traz a tona como a construção das políticas sociais sobre uma lógica do capitalismo, e a sua
necessidade de instalar ações de proteção social, chamando para atuação do próprio Estado nas
relações econômicas, mas atentando que essa lógica não se deu de forma igualitária, uma vez
que a própria relação entre os países capitalistas sobre construiu de forma hierárquica, mesmo
com a implantação da política de Estado de bem estar social, nessa questão o artigo se direciona
para a consolidação das políticas sociais no Brasil, contribuindo para um melhor entendimento
sobre a construção e a mudanças ocorridas na proteção social e sua importância e limitações nos
países periféricos. Dessa forma, espera-se contribuir para um melhor entendimento dos
obstáculos e limites da evolução da proteção social num país periférico do sistema capitalista
mundial (POCHMANN, 2004, pag. 3).
Desenvolvimento
Sobre lógica de rompimento com a política liberal, o Estado, para não só reforça
seu papel hegemônico como também, a soberania do país, encontrou nas
políticas públicas, uma ferramenta que possibilitasse sua ascensão durante o
século XX, as conquistas sociais, não só mantia as lutas e as tentativas de
revoluções políticas, como também dava uma nova cara ao capitalismo, o
mantendo como um sistema predominante e satisfatório, durante o período da
guerra-fria, assim o autor deste artigo aponta para questão de restringir o livre
mercado, não perdendo o foco do capitalismo de manter as distinções de classe e
as competições sociais, mas fortalecendo o seu papel e organizando as estruturas
sociais para evitar um possível conflito.