Dia". “Antes de ele entrar para o de redação do candomblé, eu avisei para a professora e ela logo disse que ele Dandara 2018 não entraria no colégio. Eu expliquei que ele teria que usar branco e as guias, mas ela não aceitou”, contou Profª.; Claudia Alves carneiro indignada a mãe do estudante ao G1, Rita de Cássia. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação e até o horário de publicação desta reportagem não obteve resposta. No dia 25 de agosto, depois quase um mês sem ir à escola, o jovem tentou voltar. “Eu levei o meu filho e, na porta da escola, ela [diretora] não viu que eu estava atrás e colocou a mão no peito dele e disse: ‘Aqui você Aluno é barrado em escola não entra’. E eu expliquei que ele teria municipal do Rio por usar guias que usar as guias e o branco por três do candomblé meses e aí ela respondeu: ‘O 'Ele foi muito humilhado', disse a mãe sobre o ocorrido no dia problema é seu’”, disse Rita de 25 de agosto. Cássia. Jovem caracterizou o episódio Rita ressaltou que o filho de sentiu como discriminação e mudou humilhado diante dos amigos do de escola. colégio e chorou muito. “Se ela A rotina de ir à escola virou motivo de estivesse esperado todo mundo constrangimento para um aluno que entrar e me chamasse no canto para estava se iniciando no candomblé. tentar encontrar uma forma para Aos 12 anos, o estudante da quarta colocar ele pra dentro seria uma série do ensino fundamental Escola coisa. Mas, não. Ela barrou ele na Municipal Francisco Campos, no frente de todo mundo. Eu discuti, falei Grajaú, na Zona Norte do Rio, foi palavrão feio pra ela, eu admito, mas barrado pela diretora da instituição ela não poderia ter feito isso com ele. por usar bermudas brancas e guias Ele foi muito humilhado”, afirmou a por baixo do uniforme, segundo a mãe. família. A denúncia foi publicada www.correio24horas.com.br/.../menino-de-12-anos-e-proibido-de-entrar-em-escola-no-..
Art. 16 do Estatuto da Criança e do
Adolescente - Lei 8069/90 ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; VI - participar da vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
A liberdade religiosa da criança e do adolescente e a
tensão com a função educativa do poder familiar Luís Paulo dos Santos Pontes Mestrando do Programa de pós-graduação stricto sensu em Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza
O CONTEÚDO DO DIREITO À LIBERDADE RELIGIOSA
A liberdade religiosa foi um direito construído a duras penas pela
sociedade ocidental. Inicialmente esteve associado à busca por uma tolerância religiosa, muito mais voltada a não imposição de uma religião oficial pelo Estado, do que propriamente ao reconhecimento da dignidade e da liberdade de autodeterminação do indivíduo. Com a quebra da unidade religiosa entre os cristãos, o surgimento das minorias religiosas propagavam o direito de profissão de fé que erigiu-se em defesa da liberdade religiosa. Inicialmente, constituía um direito fundamental de oposição à pretensão estatal de impor uma religião oficial. Hoje, também constitui um direito fundamental oponível aos particulares e um direito de personalidade, decorrente do direito de autodeterminação quanto à fé e ao culto. Por meio das normas de direito constitucional e civil, notadamente sob a influencia da cláusula geral de tutela, cujos corolários são os princípios da dignidade da pessoa humana, a liberdade e a igualdade1, a pessoa ocupa o núcleo central do ordenamento jurídico2 e recebe especial proteção ao desenvolvimento de sua personalidade nas diversas dimensões, inclusive, espiritual. A liberdade religiosa emerge como uma especialidade do direito geral de liberdade, envolvendo a liberdade de crença e a liberdade de culto. Considerando a liberdade de consciência como o direito que tem a pessoa de agir segundo as suas convicções3, é possível dizer que esta abrange a liberdade de crença. Enquanto a liberdade de consciência implica na adesão a certos valores morais e espirituais, independentemente de qualquer aspecto religioso, a liberdade de crença consiste na profissão de uma fé ou no direito de não professar fé alguma4. Por meio da liberdade de crença e de consciência, as pessoas exercem a sua autodeterminação ético-existencial, o âmbito de sua racionalidade e consciência nos diversos campos, como o filosófico, o ideológico e o religioso.5 Enquanto a liberdade de crença envolve a contemplação e a adesão ao corpo de doutrina de uma determinada religião ou seita, a liberdade de culto, representa o direito de expressão pública dessa crença, por meio da prática dos ritos, das cerimonias, manifestações, reuniões, fidelidades aos hábitos e tradições tal como indicados pela religião escolhida 6. No plano das liberdades espirituais, a Constituição Brasileira também assegura o direito a liberdade de organização religiosa, na medida em que estabelece as normas de estabelecimento e organização das igrejas. O Estado deve proteger o exercício desses direitos e assegurar que sejam realizados na maior medida possível.7 Ao cabo e ao fim, a liberdade religiosa é uma das facetas do direito a autodeterminação que representa a faculdade que tem a pessoa de escrever o pergaminho da própria vida, por meio do autogoverno e do seu poder de definição8. Observe-se, porém, que o exercício da crença e culto não pode implicar na violação de direitos de terceiros e nem sempre poderá afetar direitos indisponíveis. Para as hipóteses de colisão ou conflito aparente com outros direitos fundamentais de igual hierarquia, deve-se aplicar a solução pelos critérios hermenêuticos apropriados. No que se refere aos incapazes, a liberdade religiosa ganha especial conotação. Ainda que expressamente garantido por diversos instrumentos internacionais 9 e nacionais, o direito à liberdade de crença e culto das crianças e dos adolescentes poderá encontrar óbice no regime das incapacidades e nos institutos do poder familiar e do direito protetivo. https://seer.imed.edu.br/index.php/revistadedireito/article/view/861/965
PRECONCEITO RELIGIOSO: Intolerância com a fé atravessa a história e pode
se manifestar pelo desrespeito e violência. Nem crianças são poupadas. Redija um texto em prosa dissertativa- argumentativa, utilizando os co- nhecimentos adquiridos no decorrer de seus estudos, pontuando, relacionando e ressaltando as causas e as consequências. INSTRUÇÕES PARA O SEU TEXTO: ‡ A redação deve apresentar 30 linhas. Menos que 15 linhas, ela será anulada. O texto deve ser escrito à caneta preta. Cópia dos textos da Proposta de Redação, poderá acarretar em desconto em sua nota.