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impugnação. )
VI – CONCLUSÕES
65- A liquidação que ora se impugna está ferida de ilegalidade, por caducidade
do direito da administração fiscal liquidar o imposto para o ano de 1995, em
31/12/2000.
66- A Administração Fiscal violou o disposto nos artigos 33.° do CPT, 79.° do
CIRC e 103.º, n.º 3 da CRP, ao emitir uma liquidação após ultrapassado o prazo de
caducidade.
67- A aplicação de métodos indiciários ao contribuinte é ilegal, por violação do
artigo 51.° do CIRC, na redacção em vigor à data da verificação do facto tributário.
68- A Administração Fiscal violou o disposto nos artigos 81.° do CPT, 74.°/3,
75.°, 77.° e 85.° da LGT, 268.°, n.° 3 da CRP e 123.° do CPA, pois não fundamentou a
necessidade de aplicar métodos indiciários.
69- A liquidação que ora se impugna está ferida de ilegalidade, devendo ser
anulada, por violação do disposto nos artigos 16.°, n.° 3, 17.°, 51.°, n.° 1 e n.° 2, 52.° e
79.° do CIRC, na redacção em vigor à data da verificação do facto tributário, 74.°, n.°
3, 77.°, 85.°, 87.° e seguintes da LGT, 33.°, 78.° e 81.° do CPT e 103.°, n.° 3 e 268.°,
n.° 3 da CRP.
70- A dívida em causa, respeitando a IRC de 1995, mostra-se também já
prescrita.
O ADVOGADO
Fica V. Exa por este meio notificado, nos termos do n.° 6 do art.° 111.° do
CPPT, da decisão proferida nos termos do disposto no n° 4 do art. 111 ° do mesmo
diploma, pelo Exm° Sr. Director de Finanças Adjunto (por delegação Exm.° Sr.
Director da 1a Direcção de Finanças de Lx) no processo de impugnação supra
identificado, da qual se junta cópia, devendo no prazo de oito dias pronunciar-se,
prosseguindo o processo se nada disser.
Conclui-se com esta análise que o n.° de barcos comprados mais os existentes no
inicio do ano, foi igual ao n.° de barcos vendidos menos os existentes no final do ano.
MARGEM MÉDIA DE LUCRO BRUTO S/ PREÇO DE VENDA
Segundo o relatório dos serviços de fiscalização, foi apurada por
amostragem directa; uma margem de comercialização de 32,5% (anexo à
presente informação , sendo < calculo efectuado com base no preço de
compra(sendo que nalguns casos apenas se teve em conta o preço de factura) e
como preço de venda os preços fixados nos produtos em exposição.
Não foi porem , esta a margem utilizada para determinação do volume de
vendas presumido, mas uma margem de 17,5% retirada de uns mapas fornecidos
pela impugnante, que são documentos extracontabilísticos elaborados como meros
indicadores de gestão a titulo meramente informativo.
A impugnante para provar que a margem aplicada pelos serviços da AF,
nada tinha a ver com a realidade da sua política empresarial elaborou os mapas
anexos à petição da impugnação e que ora se anexam à presente informação (anexo
4 com 38 fls.), onde faz o cruzamento entre factura de venda e respectivos compra,
considerando como custo de aquisição o preço de compra acrescido de outros
encargos de compra, (as facturas de venda e serviços prestados relacionadas
correspondem 95,4% dos proveitos, os custos relacionados totalizam 94%do
CMVC (custo da mercadoria vendida e consumida)
Os preços de venda, bem como os preços de custo constantes dos mapas
citados são os que constam lançados na contabilidade com base nos devidos
suportes documentais anexando-se alguns a título de exemplo (anexos 5 a 23
compostos por facturas de venda e respectivo documento de custo)
A fiscalização não questionou:
A veracidade dos Preços de Venda constantes das facturas
A veracidade dos custos de aquisição
Sendo possível estabelecer uma relação directa entre factura de venda e
respectiva factura de compra e ainda conhecer os demais encargos de compra de
forma apurar o correcto preço de aquisição entende-se que a empresa utilizou o
procedimento correcto para apuramento da margem bruta., cujo valor apurado
(14,2%) nada tem a ver com a utilizada pela AF 17,5%).
Importa no entanto relembrar que em sede de comissão de revisão
constituída nos termos do art.º 85.° do CPT, os vogais chegaram a acordo,
aceitando um volume de vendas + 28 616 706$00 de apurado por métodos
indiciados (com base na margem bruta s/ vendas de 17 5%) e consequentemente o
LUCRO TRIBUTÁVEL de 37 057 796$00.
As correcções efectuadas não só provocaram correcções a nível de IRC, mas
também nível de IVA, tendo-lhe sido presumidos vendas omissas de igual
montante - 28 616 706$00 - com base no mesmo critério . A impugnante solicitou a
revisão nos termos do art 91° da LGT, tendo a sido revista nos termos do n°3 e 4°
do citado art 91°, tendo os peritos por unanimidade decidido proceder à alteração
dos valores anteriormente apurados, com base nos novos elementos de prova
apresentados pela empresa
Assim, procederam aos seguintes cálculos:
CMV................ ................................................... .............355 133 011$00
Margem s/pc....................................................................... 16,55%
Vendas Presumidas (355 133 011 $00*1,1655). .................413 907 524$00
Vendas Declaradas............................................................. 401 847 550$00
Vendas Omissas........................................................ ....... 12 059 974$00
sendo que a margem bruta s/preço de custo de 16,55%, corresponde à margem
bruta s/ preço de venda apurada pela impugnante de 14,2% ( anexa-se acta da
reunião - anexo 24)
Face ao exposto e tendo em conta a decisão dos peritos que analisaram o
pedido de revisão da matéria tributável para efeitos de IVA , procedendo ao
apuramento de novos valores com base na margem bruta de comercialização s/
preço de venda de 14,2% apurado pela impugnante, entende-se que o LUCRO
TRIBUTÁVEL anteriormente fixado em 37 057 796$00., deverá ser alterado para
20 501 064$00 assim calculado :
LUCRO TRIBUTÁVEL DECLARADO... ......................... 3 489 146$00
CORRECÇÕES............................:......................................... 17 011 918$00
Técnicas...............................................................4 951 944$00
Vendas apuradas por métodos indiciários .....12059974$00
LUCRO TRIBUTÁVEL CORRIGIDO................................ 20 501 064$00
Superiormente, porém, melhor se decidira.
CERTIDÃO
------Certifico em cumprimento do despacho exarado no requerimento retro que
faz parte integrante da presente certidão e, em face dos elementos oficiais e
disponíveis neste Serviço de Finanças, por mim compulsados, verifiquei que o
processo de execução fiscal n° 3.123-00/10203000, instaurado contra a firma
Marítima-Comércio e Indústria, Máquinas e Equipamentos, SA por dívida de IRC
dos anos de 1996 e 1995, a que respeitam as liquidações n.°s 8310004007 e
8310004006, nos montantes respectivos de 14.291.021$00 e 22.010.422$00, foi
declarado extinto por anulação da dívida que lhe deu origem, nos termos do art.0
270.° do Código de Procedimento e de Processo Tributário, pelo despacho de
01.08. l0 do Chefe deste Serviço de Finanças, de cujo teor se junta fotocópia, bem
como das fotocópias das ordens de anulação que deram origem ao referido
despacho de extinção.--------------------------------------
------Por ser verdade e para que passe a constar, passei a presente certidão que vou
assinar, datar e autenticar com o selo branco em uso neste Serviço de Finanças de
Lisboa Seis, aos treze dias do mês de Setembro de dois mil c um.
Importa o custo da presente certidão em 880$00 (oitocentos e oitenta
escudos), registada sob o n° AO-0474938.
------------------------A Técnica de Adm. Tributária - Adj.--------------------
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE COBRANÇA DE IR
Apartado 10062'- 1018 Lisboa CODEX' Telefone 383 42 00 - Linha Azul 382 06 00
Ex»o Sanhor
CHEFE DA REPARTIÇÃO DE FINANÇAS DE;
LISBOA-6 BAIRRO
N2 de Ordem
010015473
Motivo (1)
1
Data da Anulação
2001/05/04
ORDEM DE ANULAÇÃO
N2(s) Identificação Fiscal
500190(...)
None(s) / Morada
M COMÉRCIO E INDUSTRIA MAQUINAS E EQUIPAMENTOS SA
LISBOA
Nº da Certidão
00000071762
Ano da Liquidação
2000
Nº da Liquidação
8310004007
Inposto
IRC Importância a anular 14.291.021 $
J.COMP. JUROS
Lisboa, 2001/08/02
O Director-Geral,
N2 de Ordem
010018115
Motivo (1)
1
Data da Anulação
2001/05/30
ORDEM DE ANULAÇÃO
N2(s) Identificação Fiscal
500190(...)
None(s) / Morada
M COMÉRCIO E INDUSTRIA MAQUINAS E EQUIPAMENTOS SA
LISBOA
Nº da Certidão
00000071761
Ano da Liquidação
2000
Nº da Liquidação
8310004007
Inposto
IRS
IRC Importância a anular 22.010.422 $
J.COMP. JUROS
Lisboa, 2001/08/02
O Director-Geral
Distrito de Lisboa
Serviço de Finanças de Lisboa 6
TERMO DE JUNTADA
Aos nove dias do mês de Agosto de dois mil e um, juntei a estes autos as
ordens de anulação que antecedem.
O Escrivão,
INFORMAÇÃO
Para os devidos efeitos, tenho a honra de informar V.Exa. que, as
liquidações de IRC dos anos de 1996 e 1995 nos montantes de 14.291.021$00 e
22.010.422$00 constantes das certidões de dívida de fls. 2 e 3 foram anuladas na
sua totalidade, em face das ordens de anulação que antecedem.
Deste modo, afigura-se-me que a execução poderá ser declarada extinta por
anulação da dívida que lhe deu origem, nos termos do artº 270° do Código de
Procedimento e de Processo Tributário, devendo ser ordenado o levantamento da
garantia bancária prestada a fls. 21.
Serviço de Finanças de Lisboa 6, 01.08.10
A Técnica de Adm. Tributária-Adj.
CONCLUSÃO em 01.08.10
Conclusão em 01.08.10
DESPACHO
Vistos os autos e a informação supra, declaro extinta a presente execução
por anulação da dívida que lhe deu origem, nos termos do artº 270º do Código de
Procedimento e de Processo Tributário, e ordeno o levantamento da garantia
bancária prestada a fls.
Diligências e averbamentos necessários. Arquive-se.
Serviço de Finanças de Lisboa 6, d.s.
O Chefe do Serviço de Finanças,
RECEBIMENTO na mesma data.
DOCUMENTO N.º 4 que consta de fls. 40 a 43
Designação Social: M Com e IND Máq e EQ. AS , LISBOA NIPC: 500 190 (...)
Ordens de Serviço: n° 25503. 25504 e 25505 de 12/02/98
Data Conclusão: 01/07/98
Exercício(s) Fiscalizado(s): 1994 1995 1996
Relatório com 16 páginas
DESPACHO
Concordo com os pareceres e com o relatório da acção anexo.
Dos fundamentos deles constante resulta que se encontram verificados os pressupostos
estabelecidos no artº 51° do código do IRC para o apuramento da matéria colectável com
recurso a métodos indiciários, não sendo, também, possível a quantificação directa e exacta da
matéria colectável.
Desta forma, nos termos e com os fundamentos referenciados, determino a revisão da
matéria colectável com recurso à aplicação de métodos indiciários para o seu apuramento
relativamente aos exercícios acima enunciados.
Remetam-se os documentos de correcção à Área da Tributação - Ocidental para
tramitação ulterior. Remeta-se o auto de noticia à Área de Justiça Tributária. Proceda-se
como vem proposto.
Lisboa, 31 de Dezembro de 1998
Por delegação do DDF, in DR II Série, de 98/04/(..)
I.R. I.V.A.
NOTIFICAÇÃO
Fica V. Exa., por este meio notificado, de que a reclamação apresentada ao
abrigo do artigo 84.° do CPT, foi apreciada pela Comissão de Revisão, conforme
consta da acta n.° 225/99, de 22/12/1999, de que se junta fotocópia.
Com os melhores cumprimentos.
O Director de Finanças Por Delegação,
D. R. N°. 18(.), de (.....) II Série
SERVIÇOS DE .APOIO ÀS COMISSÕES DE REVISÃO
Rua Artilharia l, n.º 106 '1099-072 LISBOA
TOTAL 405.538.260$00
1995
Quanto a este exercício, mantêm-se os valores apurados pela fiscalização:
MBV= 17,5%
Vendas Presumidas- CMVC/Vendas Presumidas =17,5%
(Vendas Presumidas - 355 133 011$00)/Vendas Presumidas = 17,5%
Vendas Presumidas = 430 464 256$00
Acréscimo à Matéria Colectável: Vendas Presumidas - Vendas Declaradas
430 464 256$00 - 401 847 550$00 = 28 616
706$00
A partir deste valor de vendas presumido, obtêm-se uma margem de lucro
sobre o custo de 21,2%: (430 464 256$ - 355 133 011$)/355 133 011$ = 21,2%
(Obs: As Margens apresentadas pela Contabilidade são de 11,62% sobre as
Vendas - 13,15% sobre o CMVC)
1996
Para este exercício, aplicámos a margem de 23,7% sobre o custo declarado,
tomando em consideração o acréscimo revelado pela contabilidade entre os
exercícios de 1995 e 1996. De salientar que a margem apurada pela fiscalização,
foge à normalidade das margens apuradas no sector por empresas com a mesma
actividade.
As Margens apresentadas pela Contabilidade são de 13,5% sobre as Vendas
- 15,67% sobre o CMVC.
CMV 235085991$00 '
ML 23.7%
Lucro Bruto 55 715 379$00
Vendas Presumidas 290801370$00
Vendas declaradas 271924482$00
Acréscimo à Matéria Colectável: Vendas Presumidas - Vendas Declaradas
290 801 370$00 - 271 924 482$00 = 18.876.888$00 montante este que irá ser tido em
conta no apuramento do lucro tributável.
Assinaram:
O Presidente
O Vogal do Contribuinte
O vogal da Fazenda Nacional
M. 5 0 0 1 9 0 (. . .)
Comércio
de
Máquinas
e
Equipame
ntos SA
SEDE
LISBOA
Verificando todos os elementos integrantes do processo de reclamação, bem
como a regularidade da constituição e funcionamento da Comissão de Revisão,
confirmo nos termos do n° 4 do artigo 87°. do Código de Processo Tributário, o
acordo estabelecido.
Notifique-se.
1.ª Direcção de Finanças de Lisboa, aos 22 de Dezembro de 1999.
O Director de Finanças
TRIBUNAL TRIBUTÁRIO DE l.ª INSTÂNCIA DE LISBOA
Representação da Fazenda Pública
Autos de Impugnação n° (...)/2001 2 ° Juízo - 2a Secção
Impugnante: M. Comércio de Máquinas e Equipamentos SA
PARECER
Confirmo a informação no sentido de indeferir liminarmente a p.i. uma vez que o acto
impugnado é modificativo de outro acto tributário objecto de impugnação onde a autora desistiu do
pedido.
Se assim se não entender deve manter-se o acto impugnado e remeterem-se os autos ao T.T.
de 1ª Instância de Lisboa para decisão final
Lx 01/12/ 20
O Subdirector Tributário
DESPACHO:
Concordo. Remetam-se os autos ao RFP junto do T.T. de 1ª Instância de Lisboa.-
LX 21/12/2001
O Director de Finanças por Subdelegação ( desp. Nº (...) DR II
Série de (...)
6° Serviço de Finanças de Lisboa
REPARTIÇÃO DE FINANÇAS
PROC.° DE IMPUGNAÇÃO N.° (…)/01 - 2° Juízo , 2a Secção
CONTRIBUIÇÃO OU IMPOSTO IRC 1995
ANO
NOME DO IMPUGNANTE M. Comércio de Máquinas e Equipamentos SA
A Advogada