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Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN: 1982-478

Junior JCO, Oliveira LD, Sá RM. Fatores de adesão e não adesão das mulheres ao exame colpacitológico

FATORES DE ADESÃO E NÃO ADESÃO DAS MULHERES AO EXAME


COLPACITOLÓGICO
FACTORS OF MEMBERSHIP AND NOT MEMBERSHIP NO WOMEN ON
EXAMINATION PAP SMEAR
FACTORES DE MIEMBROS Y NO MIEMBROS EN MUJERES SOBRE LO
EXAMEN COLPACITOLOGICO

Juarez Coimbra Ormonde Junior1, Larrisa Danieli de


Oliveira2, Rosiély Maria de Sá3

RESUMO vergonha. O procedimento é


O estudo apresenta resultados sobre a considerado o meio mais eficaz para o
adesão das mulheres ao exame diagnóstico do câncer de colo do útero,
colpacitológico na unidade de saúde. visto que a maioria dos casos ocorre de
Teve por finalidade produzir forma silenciosa, o que torna necessário
conhecimento acerca da adesão das trabalhar com a sensibilização das
mulheres ao procedimento, contribuindo mulheres, tarefa que se mostra função
para a melhoria da qualidade de vida. O imprescindível para a enfermagem.
objetivo foi identificar fatores da adesão Descritores: Colo do Útero;
e não adesão para a realização do Colposcopia; Neoplasias do colo do
exame. Trata-se de uma pesquisa Útero.
descritiva com abordagem quantitativa,
realizada com 30 usuárias da unidade de ABSTRACT
saúde em Diamantino-MT no ano de This study brings up the results about
2013. Os dados foram coletados por women’s accession to check the
questionário estruturado com usuárias colposcopy examination in health’s
cadastradas entre 25 a 59 anos de idade. units. Aimed to produce knowledge
O estudo revelou que pode haver uma about the procedure women’s demand,
relação direta entre o nível educacional helping to improve the quality of life.
das mulheres entrevistadas e o nível de The objective was to identify factors of
adesão ao exame. Revela também que membership and non-membership for
um dos fatores para a não adesão seria a the exam. This is a descriptive research
with quantitative approach, performed
1
professor da faculdade de enfermagem da
universidade estadual de Mato Grosso – UNEMAT. with 30 users of the health unit in
Email: coimbra.juarez@gmail.com
2
Especialista em Urgência e Emergência. E-mail: Diamantino - MT in the year 2013. Data
rendimentoblog@gmail.com
3
Vinculada a Universidade do Estado de Mato Grosso. were collected by structured

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questionnaire with users enrolled cuestionario estructurado con usuarias


between 25 and 59 years old. The study registradas entre 25 a 59 años de edad.
revealed that there may be a direct El estudio reveló que puede haber una
relationship between the educational relación directa entre el nivel
level of the women interviewed and the educacional de mujeres entrevistadas y
level of adherence to examination. Also el nivel de adhesión al examen. Revela
reveals that one of the factors for non- también que uno de los factores para la
adherence would be ashamed. The no adhesión sería la vergüenza. El
procedure is considered the most procedimiento es considerado un medio
effective means for the diagnosis of más eficaz para el diagnóstico del
cervical cancer, since most cases occur cáncer de la cuello del útero, visto que
silently, which makes it necessary to la mayoría de casos ocurre de forma
work with the awareness of women, a silenciosa, lo que vuelve necesario
task which proves essential role for trabajar con sensibilidad con las
nursing. mujeres, tarea que muestra una función
Descriptors: Cervical; Colposcopy; imprescindible para la enfermería.
Neoplasm’s of the cervix. Descriptores: Cuello del útero,
Colposcopía, Neoplasia del cuello
RESUMEN uterino.
El estudio presenta resultados sobre la
adhesión de mujeres al examen INTRODUÇÃO
colpacitológico en la unidad de salud. O presente estudo buscou
Tuvo por finalidad producir compreender os motivos que levam a
conocimiento acerca de la adhesión de adesão e não adesão das mulheres ao
mujeres al procedimiento, exame Colpocitológico (CCO). Ele é
contribuyendo para la mejora de la recomendado para todas as mulheres
cualidad de vida. El objetivo fue sexualmente ativas, independente da
identificar factores de la adhesión y no idade. É um exame tolerável pelas
adhesión para la realización del examen. usuárias e disponível pelo Sistema
Se trata de un estudio descriptivo con Único de Saúde (SUS). O CCO é
enfoque cuantitativo, realizada con 30 utilizado em diversos países para o
usuarias de la unidad de salud en rastreamento e detecção precoce do
Diamantino-MT en el año 2013. Los câncer de colo uterino. Dada a lenta
datos fueron recogidos por un evolução deste câncer, é possível o

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diagnóstico ainda na fase intra-epitelial técnica inadequada das citologias. O


(não-invasiva) em mulheres baixo nível socioeconômico das
assintomáticas, quando o tratamento é mulheres em aderir aos chamados de
de baixo custo e tem elevado percentual participação do programa de prevenção
de cura (LEAL et al. 2003). de câncer de colo de útero realizados
O câncer de colo do útero é uma pelo Sistema Único de Saúde também é
doença de crescimento lento e pode um fator relevante (UCHIMURA,
ocorrer de forma silenciosa. A detecção 2009).
precoce do câncer do colo do útero ou Diante de tais fatores, objetivou-
de lesões precursoras aumenta a taxa de se investigar os motivos da adesão e não
curabilidade em até 100%, e em grande adesão de mulheres à realização do
número de vezes, a resolução se dará exame colpocitológico (CCO). O
ainda em nível ambulatorial (BRASIL, mesmo procura definir se aspectos
2002a). sociais como, idade, nível de
A neoplasia cervical, no Brasil, escolaridade e renda salarial
representa o terceiro tipo mais comum influenciam na realização do exame.
de neoplasia maligna que acomete Também foi levado em consideração:
mulheres, depois do câncer de pele não- medos, vergonhas e crenças das
melanoma e do câncer de mama. As usuárias e como esses fatores podem
taxas brutas de incidência, por 100.000 influenciar na realização da coleta de
mulheres, estimada para o ano de 2008, CCO, bem como se as ações educativas
foi de 19,18 para o País (FERNANDES programadas pelos profissionais de
et al. 2009). saúde são medidas efetivas para a
Apesar de ser um procedimento realização do exame pelas mesmas.
simples, o exame de colpocitologia Considera-se adesão das
apresenta desvantagens e necessita de mulheres ao exame colpocitológico
várias etapas e enfrenta diversas aquelas que realizam anualmente. As
dificuldades, como por exemplo: que não aderem são aquelas que nunca
incapacidade dos municípios em realizaram o mesmo. Assim, tem-se
cumprir suas metas mesmo com a como hipótese que a idade influencie na
ampliação da cobertura populacional; adesão das mulheres ao exame
capacidade operacional limitada da rede colpocitológico, pois, é muito comum a
de serviços de saúde na coleta e mulher pensar que não possui mais a
transporte; bem como a interpretação necessidade de realizá-lo por não estar

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mais em idade fértil ou não ter mais retornam para saber o resultado
relações sexuais. O nível de (BRASIL, 2008).
escolaridade e renda salarial pode levar Este estudo possui grande
a informações errôneas sobre a doença e relevância, pois poderá subsidiar os
pode também influenciar na percepção profissionais de enfermagem na
da mulher quanto à necessidade de elaboração de ações holísticas que
realizar o exame ou ainda ocorre por permitam a ampliação do acesso,
vezes uma desvalorização do serviço conhecimento e cobertura das mulheres
público e algumas mulheres optam por ao exame.
realizar este no serviço privado.
Também se acredita que caso o METODOLOGIA
examinador seja homem, pode ser que a Esta pesquisa foi desenvolvida a
mulher tenha receio ou partir do levantamento descritivo com
constrangimento. Considerando também abordagem quantitativa. O local de
haver muitas dúvidas e estudo foi a Unidade de Saúde da
desconhecimento da população sobre o Família do Bom Jesus, bairro Novo
exame colpocitológico, torna-se Diamantino, na cidade de Diamantino –
necessário trabalhar com a MT. Os sujeitos deste estudo foram
sensibilização das mulheres e prevenção mulheres residentes na área de
desses agravos. cobertura da referida unidade de saúde.
Estudos sobre a atitude das Os questionários foram apresentados às
mulheres brasileiras quanto a prevenção mulheres que realizam regularmente o
e ao não atendimento aos programas de exame CCO e àquelas que nunca
captação mostram que as principais realizaram ou apenas o fizeram uma
causas da resistência estariam vez, independente da idade, de acordo
relacionadas às questões culturais: com o cálculo de amostragem.
vergonha, medo de doer, religião, Os sujeitos foram 30 (trinta)
desconhecimento do exame e de onde mulheres, sendo 15 (quinze) delas que
realizá-lo, parceiros que não permitem já fizeram e fazem anualmente o exame
que as mulheres compareçam para preventivo do câncer do colo do útero e
realizá-lo. Observaram-se também 15 (quinze) mulheres que nunca
outras barreiras, como o medo “do realizaram o exame. A seleção das
resultado ser positivo”: muitas mulheres participantes deu-se aleatoriamente e
que chegam a fazer o procedimento não

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quanto à disposição das mesmas em das mesmas ao exame


participar da pesquisa. Colpocitológico (CCO).
A coleta de dados ocorreu por  Os Profissionais e suas
meio de questionário, seguido por um ações: nesta categoria
roteiro estruturado individual. A mesma avaliaram-se as ações
ocorreu entre os dias dezessete (17) a realizadas pelos
vinte e três (23) de Janeiro de 2014. O profissionais da área de
procedimento foi iniciado após Saúde da Unidade.
aprovação do Comitê de Ética da  Perfil Psicossocial: nesta
Universidade do Estado de Mato Grosso categoria foram
– MT sob CAEE de número avaliados os medos,
25167513.6.0000.5166. A pesquisa foi recusas, crenças e como
conduzida de acordo com os padrões estes interferem na
éticos exigidos conforme a resolução de realização do
nº 466/2012. procedimento.
Os dados foram coletados por Os resultados obtidos foram
meio da busca ativa, com o auxílio de redigidos e analisados no programa
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) Microsoft Excel 2007 e apresentados
e organizados por grupos de mulheres em forma de tabelas para melhor
cadastradas na unidade de saúde, que compreensão.
aderem e as que não aderem ao exame
colpacitológico, interpretados por meio RESULTADOS E DISCUSSÃO
de tabelas e gráficos. Para o Ministério da Saúde, a
A análise dos dados obtidos teoria mais aceita para a explicação do
através dos 30 questionários das aparecimento do câncer do colo do
usuárias nos possibilitou chegar às útero repousa na transmissão sexual.
categorias analíticas descritas a seguir: Desde 1992, a Organização Mundial de
 Perfil Socioeconômico Saúde (OMS) considera que a
das usuárias da Unidade persistência da infecção pelo Vírus do
de Saúde: nesta categoria Papiloma Humano (HPV) em altas
foram avaliados a idade, cargas virais representa o principal fator
renda salarial, de risco para o desenvolvimento da
escolaridade e como doença. A prevalência do HPV na
estes definem a adesão população em geral é alta (5 a 20% das

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mulheres sexualmente ativas mostram sexual precoce e também agentes


positividade em testes moleculares) e infecciosos como o vírus da
este aumento tem sido sentido a partir Imunodeficiência Humana (HIV) e
de 1960, coincidente com o aumento do Chlamydia trachomatis (INCA, 2010).
uso de contraceptivos orais, diminuição O câncer do colo do útero é o
do uso de outros métodos de barreira e segundo tipo de câncer mais frequente
avanço tecnológico nos métodos entre as mulheres no mundo, com
diagnósticos (BRASIL, 2002a). aproximadamente 500 mil casos novos
A infecção pelo papilomavírus por ano, sendo responsável pelo óbito
humano (HPV) é frequentemente de 230 mil mulheres por ano. Sua
comum em adultos jovens de ambos os incidência é cerca de duas vezes mais
sexos, com prevalência estimada entre elevada em países em desenvolvimento
20 e 46%. A disseminação do HPV quando comparada com países
tende a ser universal entre os indivíduos desenvolvidos. A incidência de câncer
sexualmente ativos, sendo o homem um de colo do útero evidencia-se na faixa
importante fator propagador desse vírus etária de 20 a 29 e o risco aumenta
entre as mulheres (REIS et al. 2010). rapidamente até atingir seu pico,
A maior parte dos casos de geralmente na faixa etária de 45 a 49
câncer do colo do útero são causados anos. Ao mesmo tempo, com exceção
por um dos 13 tipos do HPV. Foram do câncer de pele, é o câncer que
identificados os tipos HPV 16, apresenta maior potencial de prevenção
responsável pelo maior número de casos e cura quando diagnosticado
(50%), seguido pelo HPV 18 (12%) precocemente (BRASIL, 2011).
como os principais agentes etiológicos
desse tipo de câncer. Outros fatores que 3.1 Perfil socioeconômico das usuárias
contribuem para o surgimento desse da Unidade de Saúde
tumor são o tabagismo, multiplicidade Os perfis socioeconômicos das
de parceiros sexuais, o uso de usuárias que aderem ao exame estão
contraceptivos orais, multiparidade, apresentados por estado civil, renda
baixa ingestão de vitaminas, iniciação salarial e escolaridade.

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Tabela 1: Perfil Socioeconômico das usuárias da Unidade de Saúde que aderem ao


exame colpocitológico. Diamantino, Mato Grosso. 2013.
Estado Civil N
%
Casada 03 20
Solteira 04
26,7
Estável 06
40
Outros 02
13,3
Total 15
100
Fonte: Elaboração do autor.

A tabela 1 demonstra que houve


predominância (40%) em mulheres com
união estável.

Tabela 1b: Perfil Socioeconômico das usuárias que não aderem ao exame na Unidade
de Saúde. Diamantino, Mato Grosso. 2013.
Estado Civil N
%
Casada 06
40
Solteira 04
26,7
Estável 04
26,7
Outros 01
6,6
Total 15
100
Fonte: Elaboração do autor.

Percebe-se que na tabela 1b introduzido no Brasil desde a década de


houve predominância de mulheres 1950, estima-se que cerca de 40% das
casadas (40%) em relação a não adesão mulheres brasileiras nunca tenham sido
ao exame colpacitológico. submetidas ao exame. O Ministério da
Apesar do Exame Saúde prioriza a faixa etária de 25 a 59
Colpacitológico (CCO) ter sido anos, com ênfase em mulheres que

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nunca realizaram exame citológico. preconizam a prevenção e controle deste


Deve-se dar preferência à busca dessas câncer: o Programa Viva Mulher e o
mulheres, nessa faixa etária, mas o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação
exame preventivo deve ser realizado em do SUS (OLIVEIRA, 2010).
todas as mulheres sexualmente ativas O Instituto Nacional do Câncer
(BRASIL, 2008; CRUZ, 2008). (INCA) entrou em concordância sobre a
A forma mais eficaz de controlar Prevenção do Câncer do Colo do Útero
esse tipo de tumor é diagnosticar e tratar (PCCU) no Brasil, orientando sobre
as lesões precursoras (neoplasias intra- algumas normas, entre elas: oferecer
epiteliais), e as lesões tumorais rastreamento com o exame
invasoras em seus estágios iniciais, colpocitológico a mulheres a partir dos
quando a cura é possível em 18 anos de idade ou com vida sexual
praticamente 100% dos casos, o que ativa em qualquer idade; a
pode ser facilmente detectado através da periodicidade do rastreamento a cada
realização periódica do exame três anos, após dois exames com
Colpocitológico (FERREIRA; resultados normais consecutivos,
OLIVEIRA, 2006). intervalo de um ano; mulheres em
As medidas preventivas grupos de risco; mulheres portadoras de
especificamente dirigidas ao câncer do Síndrome da Imunodeficiência
colo do útero foram fortalecidas no Adquirida (AIDS) devem realizar o
início da década de 80, com a criação rastreamento anualmente e mulheres
do Programa de Assistência Integral à histerectomizadas por outras razões, que
Saúde da Mulher (PAISM). não o câncer do colo do útero, não
Posteriormente, duas iniciativas devem ser incluídas no rastreamento
governamentais foram criadas e (OLIVEIRA; PINTO, 2007)

Tabela 1.2: Renda salarial das mulheres que aderem ao exame Colpocitológico.
Diamantino, Mato Grosso. 2013.
Renda Salarial N %
Até 1 (um) salário mínimo 10 66,7
Até 2 (dois) salários 03 20
3 (três) ou mais salários 02 13,3
Total 15 100
Fonte: Elaboração do autor.

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Tabela 1.2b: Renda salarial das mulheres que não aderem ao exame Colpocitológico.
Diamantino, Mato Grosso. 2013.
Renda Salarial N %
Até 1 (um) salário mínimo 08
53,3
Até 2 (dois) salários 04
26,7
3 (três) ou mais salários 03
20
Total 15
100
Fonte: Elaboração do autor.

Na tabela 1.2 e tabela 1.2b, não consultaram no último ano


pode-se perceber a predominância em (BRASIL, 2002a; NOVAIS et al. 2003).
relação as que aderem e não aderem ao A falta de qualificação para o
exame, da renda salarial de até um trabalho, principalmente a educação
salário mínimo. básica, constitui um funil econômico,
Ao se analisar fatores pois é capaz de provocar relevantes
associados a não atualização do exame alterações na competitividade sistêmica,
citopotológico, observa-se que os na renda e emprego e na qualidade de
fatores que levam a não adesão do vida, provocando efeitos
exame vêm repetindo-se em diversos multiplicadores. O ensino no Brasil
estudos do Brasil. Entre eles: mulheres constitui um foco de vulnerabilidade
pertencentes às faixas etárias mais para o desenvolvimento
jovens não brancas, com baixo nível socioeconômico, a integração da
socioeconômico, com baixa sociedade e busca de qualidade de vida
escolaridade, sem companheiro e que (MACHADO, 2006).

Tabela 1.3: Escolaridade das mulheres que aderem ao exame. Diamantino, Mato
Grosso. 2013.
Escolaridade N %
1º grau incompleto 00 -
2º grau incompleto 01 6,7
2º grau completo 13 86,6
3º grau incompleto 01 6,7
Total 15 100
Fonte: Elaboração do autor.

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Na tabela 1.3 houve maior completo (86,6%) e nenhuma com 1º


incidência de mulheres com 2º grau grau incompleto
.

Tabela 1.3b: Escolaridade das mulheres que não aderem ao exame. Diamantino, Mato
Grosso. 2013.
Escolaridade N
%
1º grau incompleto 05
33,3
1º grau completo 01
6,7
2º grau incompleto 03
20
2º grau completo 05
33,3
3º grau completo 01
6,7
Total 15
100
Fonte: Elaboração do autor.

Na tabela 1.3 foi evidenciado, suscetíveis ao acometimento do câncer


diante da amostra pesquisada, 86% da de colo de útero. Deste modo,
amostra possui 2º grau completo (ensino considera-se que estas mulheres estão
médio), já a tabela 1.3b, mostra um expostas a um maior risco de
número elevado de mulheres que morbimortalidade, por utilizarem com
cursaram o 1º grau incompleto, quanto o menor frequência os serviços que visam
2º grau completo. Logo, observa-se que à promoção da saúde e a prevenção de
pode, não necessariamente, haver uma doenças. Durante a consulta
relação direta entre o nível educacional ginecológica de enfermagem, o
das mulheres entrevistadas e o nível de enfermeiro atua desenvolvendo sempre
adesão ao exame. a educação em saúde, realizando
Existe uma relação elevada entre orientações das mais diversas. O baixo
baixo nível de escolaridade e renda índice de escolaridade da clientela pode
familiar, fazendo com que mulheres impedir que ocorra um melhor
pertencentes a esta relação sejam mais desenvolvimento das ações de saúde,

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devido a má compreensão dessas incentivou as usuárias que aderem para


orientações (MOURA et al., 2010). realização do exame na Unidade.
Percebe-se na tabela 2 que o que
OS PROFISSIONAIS E SUAS incentivou as mulheres a realizar o
AÇÕES exame colpocitológico (CCO), foram as
Nesta categoria procurou-se orientações da equipe de saúde (80%).
avaliar se alguma ação dos profissionais

Tabela 2: Os Profissionais e suas ações (O que incentivou a realizar o exame).


Diamantino, Mato Grosso. 2013.
Incentivo N %
Campanha na televisão 00 -
Orientação da equipe de saúde 12 80
Amigos 00 -
Outros 03 20
Total 15
100
Fonte: Elaboração do autor.

É fundamental que os serviços que o enfermeiro é um importante


de saúde orientem sobre o que é, e qual integrante da equipe multiprofissional
a importância do exame preventivo, da Estratégia Saúde da Família (ESF).
pois a sua realização periódica permite Os enfermeiros exercem atividades
reduzir a mortalidade por câncer do colo técnicas específicas de sua competência,
do útero na população de risco. Os administrativas e educativas e através
profissionais e os grupos sociais, assim do vínculo com as usuárias, concentrar
como as equipes de saúde, têm a esforços para reduzir os tabus, mitos e
responsabilidade de contribuir para a preconceitos e buscar o convencimento
mediação entre os diferentes interesses, da clientela feminina sobre os seus
em relação à saúde, existentes na benefícios da prevenção (MELO et al.
sociedade (CASARIN e PICOLLI, 2012).
2011). A Estratégia Saúde da Família
As Unidades de Atenção (ESF) iniciou-se em 1993, sendo
Primária a Saúde (APS) são regulamentada em 1994, como uma
consideradas porta de entrada do estratégia do Ministério da Saúde (MS)
usuário no sistema de saúde, espaço em para mudar a forma tradicional de

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prestação de assistência, visando controle do câncer do colo do útero e de


estimular a implementação de um novo mama (OLIVEIRA, 2010).
modelo de Atenção Primária que Para Oliveira e Pinto (2007)
resolvesse a maior parte dos problemas além de um programa de rastreamento,
de saúde. Na Estratégia Saúde da o enfermeiro deve realizar uma
Família, o profissional enfermeiro atua capacitação de recursos humanos,
na Educação em Saúde, esclarecendo a organização de recursos materiais e
importância da prevenção; procede ao físicos, é necessário que ocorra a
exame físico cefalocaudal; coleta divulgação de informações prévias e
material para citologia oncótica; orientação para as diferentes camadas
interpreta resultados; e, sempre que da população, principalmente para as
necessário, encaminha e monitora os ca- camadas mais simples. A
sos suspeitos ou confirmados de câncer desinformação é uma barreira para o
(DUARTE et al. 2011; BESEN et al. sucesso de qualquer projeto que
2007). objetive contemplar grandes
Os profissionais enfermeiros populações.
devem realizar ações de controle do Conforme Duarte et al. (2011) o
câncer de colo do útero priorizando enfermeiro tem responsabilidade
aquelas de critérios de risco, conjunta com outros profissionais na
vulnerabilidade e desigualdade, como prevenção, na detecção inicial, no
ações de controle, promoção, diagnóstico e no tratamento do câncer
prevenção, rastreamento/detecção uterino, contribuindo com a redução da
precoce, diagnóstico, tratamento, morbimortalidade nesse grupo
reabilitação e cuidados paliativos. populacional.
Devem também alimentar e analisar os O enfermeiro possui habilidades
Sistemas de Informação da Atenção para elaborar estratégias de
Básica (SIAB) e o Sistema de aprendizagem, visando a busca do
Informação de Controle do Câncer do serviço de saúde pelos usuários. É sua
Colo do Útero (SISCOLO), conhecer os função contribuir na divulgação de
hábitos de vida, os aspectos culturais, informações sobre promoção da saúde
éticos e religiosos das famílias por meio de estratégias educativas para
assistidas, realizar e participar das as usuárias e educação permanente para
atividades de educação permanente os que atuam nesse serviço (DEUS,
relativas à saúde da mulher e ao 2011).

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em relação às mulheres que não aderem


PERFIL PSICOSSOCIAL ao exame (por que não realizam o
Foram avaliados os medos, exame de prevenção do câncer de colo
recusas, crenças e como estes interferem de útero).

Tabela 3: Perfil Psicossocial das mulheres que não aderem ao exame. Diamantino,
Mato Grosso. 2013.
N %
Não gosta do atendimento 00 -
Falta de tempo 04 26,7
Sente vergonha 07 46,6
Constrangimento 04 26,7
Desconfortável 00 -
Profissional homem 00 -
Religião 00 -
Outros 00 -
Total 15 100
Fonte: Elaboração do autor.

Na tabela 3 demonstra maior vergonha em relação às suas partes


incidência (46,6%) de mulheres que (FERREIRA, 2009).
sente vergonha em realizar o exame Pode-se observar que a adesão
colpocitológico, seguido por falta de feminina aos programas de prevenção
tempo e constrangimento. não está diretamente associada à oferta
A maneira como algumas dos serviços de saúde que
mulheres se manifestaram ao se disponibilizam tais atendimentos. Para
depararem com a exposição de seu garantir uma assistência integral e
corpo, vê-lo sendo manipulado e preventiva, é importante olhar o outro
examinado por um profissional da sem pré-julgamentos de suas atitudes e
saúde, mostra o quanto a sexualidade concepções, acolhendo e propondo a
possui influência sobre a vida da prevenção na perspectiva do outro por
mulher; afinal, trata-se de tocar, meio de orientações que não visem
manusear e expor órgãos e zonas somente o procedimento técnico. Isso
erógenas. Então surge o fato de as porque o exame em si causa ameaça e
mulheres associarem sempre a medo, provocando reações na mulher,
exposição das genitálias à sexualidade, que muitas vezes podem não ser
produzindo esse sentimento de expressos na fala, mas ser evidentes
pela fuga do exame. As que nunca se
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submeteram ao exame também fazem dos Agentes Comunitários de Saúde,


suas representações negativas pelas façam o rastreamento das mulheres que
experiências de outras pessoas e têm a não realizaram ou realizam com baixa
conduta de não realizá-lo (FERREIRA, frequência este exame, pois é de suma
2009). importância conhecer fatores da não
Crenças podem ser definidas adesão para direcionar a criação de
como aquelas que são especialmente estratégias para a busca ativa das
impregnadas de afeto e emoção e vêm mesmas. O estudo revelou que o nível
sendo caracterizadas como valores. de escolaridade e examinador do sexo
Estes valores, apesar de também masculino não necessariamente, pode
dinâmicos e participantes de um sistema levar a informações errôneas sobre a
em desenvolvimento, são mais doença, nem influenciar na percepção
resistentes à mudança, pois são dotados da mulher quanto à necessidade de
de afeto e que possuem uma importante realizar o exame.
função de organização semiótica Conclui-se que o fato deste
(BRANCO, 2006). exame ser o meio mais eficaz para
A prevenção ainda é a forma descoberta e também pelo câncer de
mais eficaz para evitar o câncer, porém colo do útero ocorrer em sua maioria de
a adesão dos indivíduos aos forma silenciosa, torna-se necessário
comportamentos preventivos de saúde trabalhar com a sensibilização das
ainda é dificultada principalmente mulheres e prevenção de agravos.
devido a uma errônea valorização de Tarefa que se mostra função
aspectos culturais que não contribuem imprescindível da enfermagem.
na mudança de atitudes (FERREIRA,
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Sources of funding: No
Conflict of interest: No
22. UCHIMURA, N. S. et al. Date of first submission: 2014-07-21
Last received: 2014-12-18
Qualidade e Desempenho das Accepted: 2015-01-12
Publishing: 2015-01-30
Colpacitologias na Prevenção de Câncer

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