You are on page 1of 51

DE JUSTO SIERRA A VASCONCELOS.

LA UNIVERSIDAD NACIONAL
DURANTE LA REVOLUCIÓN
MEXICANA

J a v i e r GARCIADIEGO D A N T A N

El Colegio de México

FALSOS MOTIVOS

D O N E D M U N D O O ' G O R M A N APENAS escribió sobre asuntos de his-


toria m o d e r n a y c o n t e m p o r á n e a de M é x i c o . Sus temas fue-
r o n otros: historia e historiografía coloniales y del siglo X I X ,
y eso llamado "filosofía de la historia". Sobre los tiempos
m á s recientes e s c r i b i ó u n a breve reflexión acerca de la his-
toriografía de la r e v o l u c i ó n mexicana, 1 unas provocadoras
p á g i n a s d e n t r o de u n n o t a b l e ensayo reciente {México, el
trauma de su historia), y u n breve estudio sobre el papel de
Justo Sierra en la f u n d a c i ó n de la Universidad N a c i o n a l
de M é x i c o . Las motivaciones que lo llevaron a escribir este
ú l t i m o ensayo son obvias: p o r u n lado, su a d m i r a c i ó n p o r
Sierra; p o r el o t r o , su a m o r a la i n s t i t u c i ó n . 2 La fecha en
que fue p u b l i c a d o p e r m i t e adivinar la de r e d a c c i ó n : a fina-
les del decenio de los cuarenta, lo que da a su tesis u n a
edad mediosecular. 3

1
P u b l i c a d o o r i g i n a l m e n t e e n el t o m o d e d i c a d o a la c u l t u r a , de la
c o n o c i d a o b r a c o n m e m o r a t i v a México, cincuenta años de revolución, y re-
e d i t a d o e n Seis estudios históricos de tema mexicano, 1960, p p . 203-220.
2
Si La invención de América, 1958, e s t á d e d i c a d a a la UNAM " c o n g r a t i -
t u d y a m o r " , México, el trauma de su historia, 1977, se l o vuelve a d e d i c a r
" c o n filial g r a t i t u d " , l l a m á n d o l a " m a d r e p í a " .
3
Por esos a ñ o s O ' G o r m a n t r a b a j ó sobre la o b r a de Sierra, c o m o l o
p r u e b a n las a n o t a c i o n e s a la Historia de la Antigüedad y a la Evolución polí-

HMex, XLVI: 4, 1996 769


770 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

¿En q u é consiste la tesis de O ' G o r m a n sobre los o r í g e n e s


de la Universidad Nacional? ¿ E n q u é circunstancias histó-
ricas s u r g i ó ésta, a j u i c i o de d o n E d m u n d o ? ¿ C u á l e s f u e r o n
las causas, c u á l e s sus objetivos? E l c é l e b r e y p o l é m i c o his-
toriador n o deja lugar a dudas: m á s que de u n a f u n d a c i ó n ,
se trató de la " r e c r e a c i ó n " de u n a institución; a d e m á s , ase-
gura que tal "fue o b r a " de Sierra, de cuyas manos " s a l i ó " la
Universidad N a c i o n a l en 1910, t r a n s f o r m a n d o la "ausen-
cia" en "presencia". D i c h a "ausencia" h a b í a sido p o c o p r o -
longada, y motivada p o r intereses políticos. D u r a n t e el
siglo X I X los gobiernos liberales consideraron u n a " o b l i -
gada muestra" de sus convicciones s u p r i m i r la Universi-
dad, heredera de la N a c i o n a l y Pontificia, c o m o para los
conservadores reinstalarla era signo de lealtad a sus p r i n -
cipios. Por ello O ' G o r m a n la l l a m ó "ave f é n i x " cuyo mila-
gro p o l i n g e n é s i c o fue r e p e t i d o en u n par de "muertes y
resurrecciones", aunque lo cierto es que la p r i m e r a desa-
p a r i c i ó n fue e f í m e r a — c o n V a l e n t í n G ó m e z F a r í a s en
1833— y la segunda fue p r o l o n g a d a , c o n pretensiones de
ser u n a d e c i s i ó n definitiva a p a r t i r d e l t r i u n f o de la R e p ú -
blica restaurada, en 1867.
El c u m p l i m i e n t o de esa costumbre política fue r o t o p o r
el p a r a d ó j i c o e m p e r a d o r M a x i m i l i a n o , liberal "encarama-
do en u n t r o n o conservador", cuyas ideas sobre la instruc-
ción p ú b l i c a son u n claro antecedente de las que luego
s o s t e n d r í a n "los liberales d e l p o r f i r i s m o " . 4 Su propuesta
era "de b u e n a fe", p e r o i m p l i c a b a u n pecado p o l í t i c o . L o
m i s m o p o d r í a decirse de Justo Sierra, q u i e n c o n d e n ó a sus
antecesores los liberales, en concreto a G ó m e z F a r í a s y a
J o s é M a r í a Luis M o r a , pues c o n la s u p r e s i ó n de la univer-
sidad en 1833 i n t e n t a r o n "mejorar destruyendo en lugar
de transformar m e j o r a n d o " . L o que les r e c l a m ó Sierra es

tica del pueblo mexicano, t.x y XII de las Obras Completas, p u b l i c a d a s p o r l a


U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o e n 1948.
4
O ' G o r m a n sostiene q u e las ideas educativas de M a x i m i l i a n o n o s ó l o
e r a n liberales y progresistas, sino t a m b i é n semejantes a las sostenidas p o r
e l p o s i t i v i s m o , t a n t o p o r e l p a p e l q u e a s i g n ó a las ciencias c o m o p o r e l
q u e d i o a ia filosofía y a l a m e t a f í s i c a , a l a c u a l p r o s c r i b í a .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 771

q u e n o hubiesen creado, para sustituir a la vetusta institu-


c i ó n c o l o n i a l , u n a universidad "nacional y e m i n e n t e m e n t e
laica". Su crítica a los liberales mexicanos p o r identificar a
t o d a universidad c o n la r e a c c i ó n es c o n t u n d e n t e : le pare-
ce u n a m e d i d a "apenas pensada". 5
El mayor esfuerzo en la vida de Sierra fue, precisamen-
te, revertir tal postura; así, se a f a n ó obsesivamente en crear
u n a universidad de ese t i p o , pues era la institución que
m e j o r encabezaba "los esfuerzos colectivos de la sociedad
m o d e r n a para emanciparse i n t e g r a l m e n t e d e l e s p í r i t u vie-
j o " . 6 A l m a r g e n de numerosas diferencias sustanciales con
los liberales, los positivistas, que d o m i n a r o n el sistema
n a c i o n a l de i n s t r u c c i ó n p ú b l i c a superior desde 1867, tam-
b i é n eran contrarios al establecimiento de u n a universidad,
t a n t o p o r conveniencias p o l í t i c a s c o m o p o r p r i n c i p i o s
doctrinales. Esto hace m á s a d m i r a b l e el esfuerzo de d o n
Justo, pues era u n m i e m b r o destacado —canonizado, dice
O ' G o r m a n — del g r u p o de positivistas mexicanos. 7 Su
l u c h a n o fue s ó l o p e d a g ó g i c a sino t a m b i é n política. Si b i e n
n o se puede c o i n c i d i r c o n O ' G o r m a n respecto al c a r á c t e r
de Sierra c o m o j e r a r c a d e l positivismo mexicano, pues
siempre fue cuestionado p o r los m á s o r t o d o x o s c o m o u n
pensador ecléctico falto de disciplina 8 es de compartirse la
a d m i r a c i ó n que profesa a d o n Justo, pues su lucha p o r
la f u n d a c i ó n de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l i m p l i c ó serios dis-
tanciamientos de sus principales c o m p a ñ e r o s p o l í t i c o s e
intelectuales, ya fueran liberales o positivistas.
Es i n d i s c u t i b l e que la é p o c a "de o r o " del positivismo fue
la R e p ú b l i c a restaurada, en t a n t o que entre 1877-1880 sur-

5
SIERRA, 1 9 4 8 , p . 207.
6
SIERRA, 1948.
7
Para c o n o c e r los aspectos b i o g r á f i c o s de S i e r r a v é a s e la o b r a de
DUMAS, 1986.
8
S e g ú n Agustín A r a g ó n , último apóstol del positivismo mexicano,
S i e r r a era " u n m e t a f í s i c o q u e q u i e r e a ratos seguir los senderos de la
c i e n c i a y a ratos s o n r í e a la t e o l o g í a " , p o r l o q u e l o califica de "falso posi-
tivista q u e i g n o r a las d o c t r i n a s positivistas", v é a s e HERNÁNDEZ LONA, 1 9 6 7 ,
pp. 3 6 8 - 3 8 1 . C o m p r e n s i b l e m e n t e , intelectuales católicos c o m o T r i n i d a d
S á n c h e z Santos l o t a c h a b a n de p e n s a d o r g u b e r n a m e n t a l y positivista.
V é a s e El País ( 1 9 y 2 1 m a y o 1 9 1 0 ) .
772 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

g i e r o n algunas críticas importantes que buscaban sacrificar


la directriz teórica general en aras de estudios especializa-
dos y p r á c t i c o s ; en tanto que se d i o la p o l é m i c a en t o r n o al
l i b r o de l ó g i c a que d e b í a usarse en la p r e p a r a t o r i a — e l d e l
positivista Bain o el del krausista T i b e r g h i e n — , y dado que
el m i n i s t r o Ezequiel Montes p r o p u s o u n a nueva ley de ins-
t r u c c i ó n p ú b l i c a , abiertamente antipositivista. 9 A n t e la pre-
sión de la o p i n i ó n p ú b l i c a , mayoritariamente católica, el
g o b i e r n o prefirió d i s m i n u i r el d o m i n i o positivista en las
educaciones m e d i a y superior d e l p a í s . Incluso en la C á m a -
ra de D i p u t a d o s se p r o p u s o la s u p r e s i ó n de la Escuela
N a c i o n a l Preparatoria, a l e g á n d o s e que cinco a ñ o s eran
demasiados para b r i n d a r a los j ó v e n e s u n a e n s e ñ a n z a gene-
ral, c u a n d o lo que se r e q u e r í a era u n a r á p i d a especializa-
c i ó n . Es u n h e c h o que el positivismo p a s ó m o m e n t o s de
a p u r o , pues d o n P o r f i r i o buscaba c o n d e n u e d o la estabili-
dad p o l í t i c a , alcanzable c o n consensos i d e o l ó g i c o s , p e r o
n o c o n p o l é m i c a s doctrinarias.
S e g ú n E d m u n d o O ' G o r m a n , el j o v e n d i p u t a d o Sierra
p r e s e n t ó intempestiva y sorpresivamente su proyecto de
c r e a c i ó n de u n a universidad, a p r i n c i p i o s de 1 8 8 1 1 0 bus-
c a n d o neutralizar el i m p a c t o de tales propuestas antipo-
sitivistas. E n su proyecto Sierra p r o p o n í a u n a universidad
positivista y vinculada c o n el g o b i e r n o aunque c o n i n -
d e p e n d e n c i a a c a d é m i c a ; el objetivo era doble: preservar al
positivismo en u n a institución i m p o r t a n t e , p o r si acaso
prosperaban los ataques contra la preparatoria, y conservar
la confianza y s i m p a t í a de la m a y o r í a de las autoridades. L a
d e m a n d a de i n d e p e n d e n c i a a c a d é m i c a era clave, pues
p r o t e g í a al positivismo de ataques de los políticos y fun-
cionarios en t u r n o . Así, en r e s u m e n , para O ' G o r m a n el
proyecto universitario de Sierra de 1881 buscaba "la salva-
c i ó n d e l positivismo m e x i c a n o " .

9
E l m e j o r y m á s r e c i e n t e e s t u d i o sobre e l t e m a es e l de H A L E , 1 9 9 1 .
O b v i a m e n t e , t a m b i é n d e b e consultarse e l l i b r o ya c l á s i c o d e ZEA, 1 9 6 8 .
1 0
E n f e b r e r o l o p u b l i c ó e n su p e r i ó d i c o , La Libertad, p a r a q u e fue-
r a c o n o c i d o p o r la o p i n i ó n p ú b l i c a , y l o p r e s e n t ó o f i c i a l m e n t e en la C á m a -
r a de D i p u t a d o s (7 a b r . ) . Las c r í t i c a s al p r o y e c t o de Sierra, hechas p o r
L u i s E. R u i z y E n r i q u e M . de los R í o s , e n HERNÁNDEZ LUNA, 1948, p p . 139-151.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 773

L a tesis de O ' G o r m a n , casi 50 a ñ o s d e s p u é s de haber sido


f o r m u l a d a , muestra ya algunas fisuras. Por u n lado, dado que
eran entonces numerosos los diputados positivistas, es de pre-
guntarse ¿ p o r q u é n o tuvo m e j o r destino tal proyecto? E n r i -
gor, e l proyecto de Sierra de 1881 no p o d í a ser apoyado p o r
los diputados positivistas, y tampoco p o r los m á s claramente
liberales, pues ambos eran enemigos de la reapertura de la
universidad. Esto es, los diputados positivistas n o estaban de
acuerdo e n que para defender al positivismo se r e q u e r í a fun-
dar u n a universidad. A d e m á s , el sistema educativo a d o l e c í a
todavía de graves deficiencias y carencias en los niveles pre-
vios, p o r l o que la c r e a c i ó n de tal institución resultaba su¬
perflua e inútil. Por ú l t i m o , era e r r ó n e o p o l í t i c a m e n t e , pues
aquellos eran tiempos de reconciliación y n o h u b i e r a sido
o p o r t u n o reactivar explosivos y a ñ e j o s conflictos ideológicos.
El m i s m o O ' G o r m a n r e c o n o c í a lo riesgoso que era atribuir-
le a Sierra e n 1881 tales objetivos, pues finalmente n o era to-
davía sino u n d i p u t a d o de poco m á s de 30 a ñ o s e n busca de
redefinir sus alianzas políticas. Por ello sostiene t a m b i é n que
esa p r i m e r a propuesta para recrear la universidad nacional
fue u n a " o c u r r e n c i a . . . peregrina", pues " n i la d o c t r i n a a la
moda, n i los intereses políticos dominantes p a r e c í a n exigir
esa novedad". Así l o haya dicho O ' G o r m a n , n o es creíble que
Sierra fuera u n h o m b r e de "ocurrencias peregrinas". Entre
esto e i n t e n t a r salvar al positivismo, m e d i a u n abismo.
U n o de los objetivos de O ' G o r m a n fue comparar y dis-
t i n g u i r los proyectos de 1881 y 1910, a partir de la respectiva
postura filosófica y p e d a g ó g i c a de Sierra, para explicar así la
fundación universitaria de 1910. Sin embargo, lo cierto es que
n o c o m p a r ó los cambios en la situación de d o n Justo n i las
diferentes circunstancias nacionales de 1881 y 1910, que es
d o n d e radica la posible e x p l i c a c i ó n de dicha f u n d a c i ó n . Cla-
ro está que los proyectos son distintos, pues los separan 30
a ñ o s : si al p r i n c i p i o Sierra era u n " d o c t r i n a r i o de hueso co-
l o r a d o " , a pesar de sus innatas preocupaciones metafísicas y
religiosas, a partir de 1895 se distanció del "círculo encantado
del d o g m a positivista". N o era sólo el a b a n d o n o de u n cre-
d o filosófico d e t e r m i n a d o , sino que Sierra l l e g ó a sostener
que a principios del siglo X X el m u n d o se h a b í a "transformado
774 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

en o t r o m u n d o " , q u e d a n d o todo e n duda, cuestionado, ne-


gado, incluidas, obviamente, las doctrinas positivistas.
A l m a r g e n de los cambios experimentados p o r Sierra, la
c r e a c i ó n de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l , e n septiembre de
1910, d e p e n d i ó de la nueva situación n a c i o n a l e n materia
educativa. A diferencia de 1881, ahora ya se p o d í a c o r o n a r
u n sistema que h a b í a h e c h o grandes progresos d u r a n t e
esos 30 a ñ o s . 1 1 Sin e m b a r g o , s e g ú n O ' G o r m a n , si e n 1881
Sierra h a b í a buscado salvar al positivismo, e n 1910 preten-
dió " a b r i r posibilidades frescas para tratar de c o m p r e n d e r
lo h u m a n o " , c o r r i g i e n d o , expresa y definitivamente, "la r u -
ta trazada p o r e l positivismo". Sin embargo, si l o que Sierra
buscaba e n 1910 era superar al positivismo, c o m o asegu-
ra d o n E d m u n d o , la f u n d a c i ó n de la Universidad N a c i o n a l
sería e l resultado de la a p o s t a s í a filosófica de u n m i n i s t r o .
Vista así, su c r e a c i ó n sería, simplemente, u n a respuesta ins-
t i t u c i o n a l al desgarramiento intelectual sufrido p o r Justo
Sierra. A casi 50 a ñ o s de distancia la tesis de O ' G o r m a n
sigue siendo respaldada p o r u n n ú m e r o considerable de
alumnos y simpatizantes. 1 2 L a p r i m e r a h i p ó t e s i s alternativa
s u r e i ó n o hace m u c h o c u a n d o se a f i r m ó que d i c h a fun-
d a c i ó n h a b í a buscado m o d e r n i z a r la e d u c a c i ó n superior
del p a í s , c o n vías a agilizar su desarrollo e c o n ó m i c o . 1 3 C o n
todo l o cierto es aue el Drovecto de Sierra de 1910 exclu-
ve abierta v claramente el estudio de carreras industriales
c o m o las ciencias q u í m i c a s , así c o m o las de naturaleza
administrativa. E n palabras de Sierra, la U n i v e r s i d a d Na-
cional n o p o d r í a dedicarse estudios "concretos y utilita-
rios" c o m o t a m p o c o a "industriales".

ORÍGENES POLÍTICOS

Dado q u e n o parece v e r o s í m i l la c o n j e t u r a de q u e e n el
f o n d o Sierra buscaba superar al positivismo, y d a d o que

1 1
E l m á s r e c i e n t e e s t u d i o sobre e l t e m a es e l d e BAZANT, 1 9 9 3 .
1 2
V é a s e VILLEGAS, 1 9 8 4 , p p . 76-106.
1 3
GARCÍA VERÁSTEGUI, 1 9 8 4 .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 775

t a m p o c o es aceptable la hipótesis de la f u n d a c i ó n de la u n i -
versidad c o m o h e r r a m i e n t a para aumentar el desarrollo
e c o n ó m i c o nacional, ¿cuál fue el verdadero m o t i v o de su
f u n d a c i ó n ? Si O ' G o r m a n acepta que las muertes y resu-
rrecciones de la institución a lo largo del siglo X I X t u v i e r o n
razones políticas, y si acepta que lo m i s m o s u c e d i ó al i n t e n -
t o de 1881, ¿ p o r q u é n o aceptar que las motivaciones de
1910 f u e r o n asimismo políticas? Para empezar, Sierra era
entonces m u c h o m á s poderoso que en 1881, c o m o exitoso
secretario de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a y m i e m b r o del influyen-
te g r u p o de los "científicos". A d e m á s , hoy parece claro que
d i c h a f u n d a c i ó n o b e d e c í a m á s a la c o y u n t u r a político-di-
p l o m á t i c a que a demandas a c a d é m i c a s o a necesidades
s o c i o e c o n ó m i c a s , pues el objetivo de d o n P o r f i r i o era dar-
le realce y s o l e m n i d a d a los festejos p o r el centenario de la
i n d e p e n d e n c i a , y demostrar que M é x i c o era u n p a í s civili-
zado, de o r d e n y progreso.
Los objetivos p o l í t i c o - d i p l o m á t i c o s se c o n f i r m a n al
constatarse que Sierra y sus colaboradores d e d i c a r o n m á s
t i e m p o y esfuerzos a los preparativos protocolarios que a la
e l a b o r a c i ó n d e l proyecto m i s m o . F u e r o n muchas las u n i -
versidades extranjeras invitadas a ser testigos del aconteci-
m i e n t o , aunque p o r razones e c o n ó m i c o - g e o g r á f i c a s las
instituciones estadounidenses t u v i e r o n m á s facilidades
para enviar representantes. 1 4 Los fines políticos se ratifican
p o r el o t o r g a m i e n t o , d u r a n t e la c e r e m o n i a i n a u g u r a l , de
varios doctorados honoris causa a grandes estadistas y filán-
tropos internacionales y nacionales. La cuidadosa selección
p o r nacionalidad o p o s t u r a p o l í t i c a i n d i c a que el objetivo
era la c o n c i l i a c i ó n de i d e o l o g í a s y n o el ajuste de cuentas
c o n d e t e r m i n a d a c o r r i e n t e filosófica, así c o m o complacer
a las potencias internacionales y a los principales grupos
p o l í t i c o s e intelectuales nacionales va fueran positivistas
liberales o c a t ó l i c o s . 1 5

1 4
A H U N A M , UN, R, c. 2, e x p . 33. Las u n i v e r s i d a d e s de P a r í s , Sala-
m a n c a y B e r k e l e y f u e r o n , p o r distintas razones, d i s t i n g u i d a s c o m o
" m a d r i n a s " de la institución reciente.
1 5
U n a lista p r e l i m i n a r de p r e m i a d o s fue e l a b o r a d a p o r E z e q u i e l A .
C h á v e z e i n c l u í a a casi 30 c i e n t í f i c o s , dos escritores, u n e d u c a d o r y u n ex-
776 JAVIER GARCIADIEGO DAN T A N

A l m a r g e n de que los objetivos p o l í t i c o - d i p l o m á t i c o s se


hayan l o g r a d o y de que la c e r e m o n i a de f u n d a c i ó n de la
Universidad Nacional haya t e n i d o "severa grandeza", tan-
to p o r l o selecto de la c o n c u r r e n c i a c o m o p o r el discurso
de Sierra, 1 6 no debe sobreestimarse el peso y t a m a ñ o de la
institución creada: m á s que u n a universidad, lo que en ver-
d a d se c r e ó fue tan s ó l o u n a p e q u e ñ a oficina r e c t o r i l para
que dirigiera, de manera l i m i t a d a pues n o sería a u t ó n o m a ,
las escuelas profesionales existentes — I n g e n i e r o s , Juris-
p r u d e n c i a , M e d i c i n a y Bellas Artes ( s e c c i ó n A r q u i t e c t u r a )
así c o m o la p r e p a r a t o r i a y la novedosa Escuela de Altos
Estudios. O ' G o r m a n s o b r e e s t i m ó n o s ó l o la d i m e n s i ó n real
de la institución fundada, sino t a m b i é n el papel d e l p r o p i o
Sierra. H o y resulta evidente que el proyecto universitario
de 1910 fue obra, b á s i c a m e n t e , del subsecretario d o n Eze-
quiel C h á v e z , a q u i e n n i siquiera m e n c i o n a d o n E d m u n d o .
E n efecto, Chávez fue enviado — p o r Sierra— varias veces
a Estados U n i d o s para que estudiara el f u n c i o n a m i e n t o de
varias universidades, se le r e s p o n s a b i l i z ó de redactar la p r i -
m e r a versión de su ley o r g á n i c a , y fue sin d u d a el d i s e ñ a d o r
de la Escuela de Altos Estudios, dependencia indispensable
para la i n s t a l a c i ó n de la Universidad N a c i o n a l en 1910. 1 7
Respecto a la s o b r e e s t i m a c i ó n en que O ' G o r m a n i n c u -
rrió en r e l a c i ó n c o n la i n s t i t u c i ó n fundada, es preciso dis-

p r e s i d e n t e e s t a d o u n i d e n s e , así c o m o a tres m e x i c a n o s . E n la s e l e c c i ó n
d e f i n i t i v a , r e h e c h a s e g u r a m e n t e p o r S i e r r a con i n s t r u c c i o n e s d e l p r o p i o
d o n P o r f i r i o , se r e d u j o el n ú m e r o d e c i e n t í f i c o s a tres, se a g r e g ó e l es-
p a ñ o l Rafael A l t a m i r a - m á s p o r su l a b o r h i s p a n o a m e r i c a n i s t a q u e p o r
su o b r a d e j u r i s t a o h i s t o r i a d o r - , e l m o n a r c a i t a l i a n o V í c t o r M a n u e l I I I
y el filantrópico i n d u s t r i a l estadounidense A n d r e w Carnegie, y se conservo

LT^lT-ef H° 1 K
T
°?SeVe.!t,a „^ r ^ S e r a ^ n S n rn^
dernizan^ e v l u a n t r ó n i c c i v A s u s t t a R i v é m L e r d o t e c a t ¿ i c o o r o v i n c i a n o
m u y c o n o c i d o p o r sus posturas liberales y p o r sus capacidades c o m o i n -
telecto ( p o l í g r a f o y o r a d o r sagrado). V é a s e A H U N A M , UN,R,c.2, exp. 27,
ff. 485-490, 493-494 y 514-515 y e x p . 28, ff. 516-517.
16
A H U N A M , UN, R, e x p . 22, ff. 445-447 y e x p . 32, f. 570. Ellmparcial
(22 y 23 sep. 1 9 1 0 ) ; El País (23 sep. 1 9 1 0 ) ; SIERRA, 1948, v, p p . 447-462, y
GARCÍA, 1911, p. 203.
1 7
G I A V E Z , 1964; HERNÁNDEZ L U N A , 1 9 8 1 , y MARÍA Y CAMPOS, 1975, pp. 66¬
74 (apéndice 5 ) .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 777

t i n g u i r l o realmente creado de sus secuelas de m e d i a n o


y largo plazos. En 1910 n o se e r i g i e r o n nuevas instalacio-
nes; las escuelas profesionales conservaron sus planes y pro-
gramas y sus mismas autoridades; asimismo, la decisión de
1910 n o i m p l i c ó la sustitución de los viejos docentes por los
m i e m b r o s de u n a nueva g e n e r a c i ó n , n i t a m p o c o la adop-
c i ó n d e nuevas posturas y p r o c e d i m i e n t o s p e d a g ó g i c o s .
Obviamente, n i se c o n f o r m ó u n cuerpo profesoral de tiem-
p o c o m p l e t o , n i a u m e n t ó la p o b l a c i ó n estudiantil. Esto
es, la f u n d a c i ó n de la Universidad N a c i o n a l en septiembre
de 1910 n o trajo n i c r e c i m i e n t o n i m e j o r a m i e n t o de las es-
cuelas profesionales; cuando m á s , a u m e n t ó su i n t e g r a c i ó n
administrativa y política. C o n t o d o , a pesar de haber sido
u n a d e c i s i ó n l i m i t a d a p e r o l u c i d o r a , fue de enormes con-
secuencias a m e d i a n o y largo plazos. Se g e s t ó u n e m b r i ó n .
L a idea fundamental de O ' G o r m a n era que la f u n d a c i ó n
de la Universidad N a c i o n a l fue u n severo golpe al positi-
vismo, credo filosófico ya en crisis y d e l que Sierra se h a b í a
alejado h a c í a m á s de diez a ñ o s . Si el objetivo era sólo dar-
le c o b i j o a la filosofía, h u b i e r a sido suficiente, y m á s fácil
p a r a e l c é l e b r e m i n i s t r o p o r f i r i a n o , la c r e a c i ó n de u n a
escuela c o m o l a de Altos Estudios. Sin embargo, ello n o
h u b i e r a sido lustroso, lo que c o n f i r m a que el móvil fue m á s
p o l í t i c o q u e a c a d é m i c o . Sobre todo, u n a revisión cuida-
dosa de la s i t u a c i ó n real de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l al mo-
m e n t o de su c r e a c i ó n desmiente la h i p ó t e s i s d e l supuesto
ataque al positivismo. N o sólo las escuelas profesionales
conservaron inalterados sus planes y programas de estudio,
esencialmente positivistas, sino que c o m o directores de las
secciones fundamentales — l a p r e p a r a t o r i a y altos estu-
d i o s — f u e r o n designados dos destacados positivistas orto-
doxos, M a n u e l Flores y P o r f i r i o Parra. Si b i e n es cierto que
el p r i m e r rector, J o a q u í n E g u í a Lis, e r a u n ferviente ca-
t ó l i c o , y el p r i m e r secretario, A n t o n i o Caso, era el m e j o r
representante de las nuevas corrientes filosóficas, clara-
m e n t e espiritualistas, ello p r u e b a el c a r á c t e r conciliador de
S i e r r a . 1 8 M á s que u n a a c t i t u d de e n t e r r a m i e n t o intelectual

1 8
ALVARADO, 1988, p p . 183-199 y DÍAZ ZERMEÑO, 1986. P a r a E g u í a L i s véa-
778 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

abiertamente antipositivista, en 1910 p r e v a l e c i ó u n espíri-


tu fundacional y conciliador.19

ALTERNATIVA JUVENIL

A u n q u e d o n E d m u n d o n o se p r o p u s o analizarla, lo cierto
es que resulta i m p o r t a n t e estudiar la respuesta de la co-
m u n i d a d universitaria a la generosa d e c i s i ó n de Sierra. Fi-
n a l m e n t e , los verdaderos constructores de la institución
f u e r o n los m i e m b r o s de su c o m u n i d a d . E l m i s m o mes de
septiembre de 1910, los estudiantes organizaron su p r i m e r
congreso n a c i o n a l . 2 0 Mientras que d o n P o r f i r i o y sus co-
laboradores creyeron que los j ó v e n e s deseaban participar
en los festejos d e l centenario o ser i n c o r p o r a d o s al apara-
to g u b e r n a m e n t a l , en verdad éstos resolvieron demostrar
que m e r e c í a n tener u n a mayor p a r t i c i p a c i ó n en su edu-
cación.
L o i m p o r t a n t e es que las propuestas de los estudiantes
respecto a la e d u c a c i ó n superior diferían notablemente del
proyecto de Sierra y C h á v e z . Para comenzar, la convocato-
ria n o se r e d u c í a a las escuelas universitarias sino que
i n c l u í a t a m b i é n a instituciones menospreciadas p o r Sierra
y C h á v e z , como las escuelas de A g r i c u l t u r a , Comercio, Den-
tal, H o m e o p á t i c a y, sobre todo, la N o r m a l . 2 1 Por lo tanto,
su proyecto n o era d e c i m o n ó n i c o , c o m o el de Sierra y
C h á v e z , que s ó l o c o n t e m p l a b a las carreras tradicionales
y vetaba estudios prácticos o de rango n o universitario, aun-
que p o r o t r o lado, h a c í a de la Escuela N a c i o n a l Prepara-
t o r i a u n a d e p e n d e n c i a vital en su proyecto. M á s a ú n , los
delegados estudiantiles solicitaron la c r e a c i ó n de institu-
ciones dedicadas a las e n s e ñ a n z a s a g r í c o l a e i n d u s t r i a l , así

se A H U N A M , T. Para los p r i m e r o s a ñ o s d e Caso c o n s ú l t e s e el p r i m e r


c a p í t u l o de l a o b r a de CARMEL REYES, 1 9 8 6 .
1 9
GARCIADIEGO, 1996.
2 0
VELAZQUEZ, 1994.
21
A d e m á s de la p r e n s a de a q u e l l o s d í a s , c o n s ú l t e s e e n e l A G N , IPy
BA, c. 3 1 8 .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 779

c o m o la de escuelas profesionales "libres" y provincianas.


Los proyectos n o p o d í a n ser m á s d i s í m b o l o s .
Asimismo, luego de varios días de discursos y discusiones,
los j ó v e n e s acordaron solicitar la s u p r e s i ó n de los castigos, la
entrega de premios útiles, la a d o p c i ó n de u n sistema combi-
nado de e x á m e n e s y reconocimientos —que d e b í a n ser teó-
rico-prácticos— y que se buscara una f o r m a para mejorar la
calidad del profesorado. A d e m á s , p i d i e r o n tener mayor par-
ticipación en el gobierno de las instituciones educativas, lo que
iba contra lo que se c o n c e d í a en la legislación de la nueva u n i -
versidad. Así, el proyecto emanado del Primer Congreso Na-
cional de Estudiantes debe serviste como prueba irrefutable
de que el de Sierra y Chávez, p o r encomiable que fuera, re-
sultaba centralista, restrictivo y estrecho, dejaba insatisfechas
las demandas de la mayor parte de los j ó v e n e s del país, y n o
r e s p o n d í a a los requerimientos s o c i o e c o n ó m i c o s nacionales.
E n resumen, la postura de aquellos j ó v e n e s mostraba que el
proyecto de Sierray Chávez n a c í a obsoleto, reflejando el ago-
tamiento y la decrepitud de todo el sistema p o r f i r i a n o .
A l m a r g e n de su naturaleza educativa, la r e u n i ó n se
convirtió en u n f o r o p o l í t i c o de clara o p o s i c i ó n al p o r f i -
riato. Esta a c t i t u d resulta comprensible si se considera la
r a d i c a l i z a c i ó n reciente de la clase m e d i a d e b i d o al movi-
m i e n t o reyista, a la c a m p a ñ a antirreeleccionista, al fraude
electoral y al encarcelamiento de M a d e r o . 2 2 De h e c h o ,
algunos delegados t e n í a n ya u n a m i l i t a n c i a oposicionista
previa: el p o b l a n o Alfonso Cabrera, creador de la idea y
estudiante de m e d i c i n a , era h e r m a n o del c o n o c i d o reyista
Luis Cabrera y s o b r i n o de D a n i e l Cabrera, d i r e c t o r de El
Hijo del Ahuizote, d e l que Alfonso llegó a ser administrador,
l o que le valió m á s de u n encarcelamiento; 2 3 otros ejemplos

2 2
Hay q u i e n e s o p i n a n q u e e n la r a d i c a l i z a c i ó n p o l í t i c a de los j ó v e n e s
t a m b i é n i n f l u y ó la g r o s e r a a c t i t u d q u e e l g o b i e r n o p o r f i r i s t a t u v o c o n el
p o e t a n i c a r a g ü e n s e R u b é n D a r í o . M i e n t r a s que las a u t o r i d a d e s a d u j e r o n
q u e D a r í o c a r e c í a de las d e b i d a s c r e d e n c i a l e s c o m o r e p r e s e n t a n t e o f i -
c i a l de su p a í s a los festejos d e l c e n t e n a r i o , los o p o s i t o r e s a l e g a r o n q u e
la p o s t u r a g u b e r n a m e n t a l buscaba c o m p l a c e r al g o b i e r n o de W a s h i n g -
t o n , c o n t r a r i o a D a r í o p o r su y a n c o f o b i a .
2 3
A H U N A M , A, e x p . 30383. Diccionario, 1990, v, p p . 588-589.
780 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

p o d r í a n ser Alfonso G. A l a r c ó n , h i j o de u n político guerre-


rense que sufrió el e n c o n o de Díaz, y Luis S á n c h e z P o n t ó n ,
antirreeleccionista p o b l a n o . 2 4 L o que resulta i n d u d a b l e es
que el oposicionismo d e l congreso inició o a u m e n t ó la po-
litización de numerosos delegados, algunos de los cuales
d e s t a c a r í a n en las contiendas políticas de los a ñ o s siguien-
tes, c o m o J e s ú s A c u ñ a , Francisco Castillo N á j e r a , Luis L .
L e ó n , A u r e l i o M a n r i q u e , A a r ó n S á e n z y Basilio V a d i l l o . U n
par de meses d e s p u é s , a p r i n c i p i o s de noviembre, los estu-
diantes universitarios capitalinos radicalizaron su postura
política p o r razones nacionalistas, pues organizaron unas
violentas expresiones y a n c ó f o b a s en r e p u d i o d e l lincha-
m i e n t o de u n mexicano en Texas. Sin embargo, sus críticas
i n c l u y e r o n al p e r i ó d i c o porfirista Ellmparáal, y p o r ende al
r é g i m e n de Díaz, a c u s á n d o l o de carecer de nacionalismo. 2 5
Con todo, los d e s ó r d e n e s s ó l o se p r o l o n g a r o n u n par de
días. A d e m á s , n o h u b o c o n t i n u i d a d entre el oposicionismo
de septiembre y n o v i e m b r e y el estallido de la l u c h a made-
rista. Esto es, la m a y o r í a de los estudiantes universitarios
capitalinos n o s u s c r i b i ó la r e b e l i ó n contra P o r f i r i o D í a z .
Deseaban ciertos cambios, p e r o n i radicales n i violentos.
Las explicaciones m á s v e r o s í m i l e s p o d r í a n ser el o r i g e n
s o c i o e c o n ó m i c o de los estudiantes y los beneficios otorga-
dos al sector universitario p o r Díaz y Sierra. Si se considera
que hacia 1910 la p o b l a c i ó n total de estudiantes universi-
tarios n o llegaba a 1 000 j ó v e n e s , 2 6 se t e n d r á que aceptar
que la m a y o r í a p e r t e n e c í a a las clases alta y media-alta,
y que incluso m u c h o s estaban relacionados con las p r i n c i -
pales autoridades y funcionarios d e l r é g i m e n , lo que h a c í a
que tales j ó v e n e s fueran porfiristas devotos. A d e m á s , el
g o b i e r n o de D í a z h a b í a privilegiado el f o m e n t o a la edu-
c a c i ó n superior, tanto en t é r m i n o s institucionales — c o n -

24
Diccionario, 1990, t. ni, p p . 410-411; t. v, p p . 656-657, y HUERTA
JARAMILLO, 1992.
2 5
A r n o l d S h a n k i n , c ó n s u l de Estados U n i d o s e n la c i u d a d de M é x i -
co, al secretario de Estado (9 n o v . 1 9 1 0 ) , e n RDS 8 1 2 . 0 0 / 3 8 5 ; TheMexi-
can Herald (10 n o v . 1 9 1 0 ) , y ElPaís (11 n o v . 1 9 1 0 ) .
2 6
J u r i s p r u d e n c i a t e n í a 229, m e d i c i n a 443, i n g e n i e r í a 232, y la s e c c i ó n
de a r q u i t e c t u r a d e bellas artes t e n í a 3 1 .
D E JUSTO SIERRA A V A S C O N C E L O S 781

s i d é r e s e la c r e a c i ó n de la S e c r e t a r í a de I n s t r u c c i ó n Públi-
ca en 1905 y la de la Universidad Nacional en 1910— c o m o
de rango personal —becas y apoyos. Por ú l t i m o , la paz y el
progreso e c o n ó m i c o alcanzados durante el p e r i o d o f u e r o n
factores especialmente apreciados p o r el sector profesio-
nal. Su a c t i t u d , e n t o d o caso, coincide con la de la clase
m e d i a u r b a n a e n general, refractaria en alto grado a la
l u c h a revolucionaria.
Sordos al llamado de M a d e r o para finales de n o v i e m b r e
de 1910, s ó l o p u e d e apreciarse cierta p a r t i c i p a c i ó n estu-
d i a n t i l e n el c o m p l o t de Tacubaya, de marzo de 1911,
c o m o lo demuestra la presencia de j ó v e n e s c o m o J o s é
D o m i n g o R a m í r e z G a r r i d o , J o s é Siurob y L e ó n Gual, de
M e d i c i n a , o Rafael Cal y Mayor, de J u r i s p r u d e n c i a . 2 7 Sin
embargo, lo revelador es que hacia marzo la situación de
D í a z ya era grave, a pesar de lo cual la m a y o r í a d e l estu-
diantado s e g u í a a p o y á n d o l o . O t r a e x c e p c i ó n sería el con-
flicto en la escuela de A g r i c u l t u r a , que de a c a d é m i c o
e v o l u c i o n ó a p o l í t i c o : de la r e n u n c i a del d i r e c t o r los alum-
nos pasaron a p e d i r la d i m i s i ó n de d o n P o r f i r i o . 2 8 C o n
t o d o , m á s que é s t a o cualquier o t r a e x c e p c i ó n , c o m o el
caso de E n r i q u e Estrada, estudiante de Ingenieros que
se i n c o r p o r ó a la l u c h a , 2 9 el p o r f i r i s m o de los estudiantes se
reflejó en sus homenajes al E j é r c i t o Federal, Olegario M o -
l i n a y L i m a n t o u r , y e n haber t e n i d o como p r i n c i p a l ocupa-
c i ó n gremial d u r a n t e las semanas de la lucha u n concurso
de p o e s í a y la i n a u g u r a c i ó n de su Casino del Estudiante. 3 0

2 7
R a m í r e z G a r r i d o era m a d e r i s t a desde la é p o c a d e l C l u b C e n t r a l A n -
t i r r e e l e c c i o n i s t a , de m e d i a d o s de 1 9 0 9 , y h a b í a p a r t i c i p a d o e n los dis-
t u r b i o s a n t i y a n q u i s de n o v i e m b r e . V é a s e RAMÍREZ GARRIDO, 1 9 4 3 , p p . 1 0 9 ¬
1 1 9 . S i u r o b t a m b i é n h a b í a p a r t i c i p a d o e n las manifestaciones antiyanquis.
2 8
E n t r e los cabecillas d e l m o v i m i e n t o destacan los n o m b r e s de L u i s
L . L e ó n , Tuan de D i o s B o j ó r q u e z y M a r t e R. G ó m e z , t o d o s , p o s t e r i o r -
m e n t e , p a r t i c i p a n t e s e n la l u c h a r e v o l u c i o n a r i a .
29
Estrada era h e r m a n o m e n o r de R o q u e , u n o de los p r i n c i p a l e s co-
l a b o r a d o r e s de M a d e r o . L a p r e s i ó n g u b e r n a m e n t a l lo h i z o a b a n d o n a r
sus estudios e i n c o r p o r a r s e a la l u c h a . V é a s e A H U N A M , A, e x p . 3 0 8 5 0 ;
Diccionario, 1 9 9 0 , t. viu, p p . 8 6 - 8 8 .
:v)
El Correo Español (11 nov. 1 9 1 0 ; 2 5 ene.; 4, 1 1 , 1 2 y 2 3 feb.; 1 7 y 2 1
m a r . , y 1" abr. 1 9 1 1 ) v Elhnlmraal ( 1 4 dic. 1 9 1 0 ) .
782 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

Ilustrativamente, luego de que d o n P o r f i r i o r e n u n c i a r a


a la presidencia de la n a c i ó n numerosos estudiantes orga-
n i z a r o n u n a m a n i f e s t a c i ó n para felicitarlo p o r su e s p í r i t u
de sacrificio y p e d i r l e que p e r m a n e c i e r a en el país, d o n d e
le p r o m e t í a n que sería adecuadamente h o n r a d o . 3 1 N o cabe
la m e n o r d u d a que aquellos j ó v e n e s p o d í a n organizar u n
congreso c o n propuestas educativas alternativas, o provo-
car disturbios de c a r á c t e r nacionalista. Sin embargo, n o
deseaban el fin d e l sistema de su é p o c a , l o que explica que
u n gran n ú m e r o haya simpatizado c o n el m o d e r a d o movi-
m i e n t o reyista, p e r o sólo unos cuantos c o n la c o r r i e n t e
revolucionaria. Los universitarios n o sólo n o apoyaron la
lucha maderista sino que la m e n o s p r e c i a r o n . A c t u a b a n
c o m o si nada h u b i e r a sucedido en el p a í s entre finales de
1910 y mediados de 1911; c o m o si Sierra h u b i e r a de estar
siempre para protegerla; c o m o si n o p u d i e r a ser víctima de
revanchismos, al ser considerada u n a institución p o r f i r i a -
na. N u n c a se i m a g i n a r o n que los cambios s o b r e v e n d r í a n
de m a n e r a forzada, e i m p e d i r í a n que Sierra dejara c o m o
sucesor a su p r i n c i p a l colaborador, Ezequiel C h á v e z , 3 2 res-
ponsable del proyecto fundacional de la Universidad Nacio-
nal, lo que garantizaba u n a e n o r m e dosis de c o n t i n u i d a d .

REVANCHISMOS POLÍTICO Y PEDAGÓGICO

E l sucesor fue Jorge V e r a E s t a ñ o l , q u i e n estuvo en el cargo


apenas dos meses, p o r lo que n o l l e g ó a tener entonces
influencia en la vida universitaria. A d e m á s , Vera era u n dis-
t i n g u i d o profesor de J u r i s p r u d e n c i a , lo que i m p e d í a cual-
q u i e r tipo de ataque a la institución. Las tribulaciones de
ésta comenzaron d e s p u é s , d u r a n t e el g o b i e r n o transicional
de Francisco L e ó n de la Barra, pues c o m o secretario de Ins-
t r u c c i ó n P ú b l i c a q u e d ó Francisco V á z q u e z G ó m e z . 3 3 Ade-
m á s de ser m é d i c o — o f i c i a b a de o f t a l m ó l o g o — y c a u d i l l o

3 1
R D S , 8 3 2 . 0 0 / 1 9 4 3 , 2170, 2037 y 2048 y El Diario (24 m a y o 1 9 1 1 ) .
3 2
SIERRA, 1948.
3 3
A G N , IPy BA, c. 278, e x p . 1 (59) f. 8 y BIP, xvn, p . 116.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 783

r e v o l u c i o n a r i o , V á z q u e z G ó m e z estaba b i e n enterado de
los principales problemas de que a d o l e c í a la e d u c a c i ó n
s u p e r i o r del país y era u n f u r i b u n d o reyista, enemigo p o r
t a n t o de los "científicos". Por lo m i s m o , resulta compren-
sible que desde u n p r i n c i p i o se haya volcado a combatir el
d o m i n i o de éstos en la Universidad N a c i o n a l , o r d e n a n d o
i n m e d i a t a m e n t e que se i n t r o d u j e r a n cambios en los planes
de estudio y programas de cada escuela. 3 4 Su interferencia,
legal p e r o desusual p o r d e s c o r t é s , p r o v o c ó diversas res-
puestas de los universitarios: la m á s grave fue la r e n u n c i a
de su segunda a u t o r i d a d , A n t o n i o Caso. 3 5
Obviamente, V á z q u e z G ó m e z a p r o v e c h ó el puesto para
r e m o v e r a varios positivistas de los cargos directivos: el
d o c t o r M a n u e l Flores tuvo que dejar la d i r e c c i ó n de la pre-
p a r a t o r i a , 3 6 asimismo, dado que en la Escuela de Juris-
p r u d e n c i a el h o m b r e de mayor i n f l u e n c i a era Vera E s t a ñ o l
desde la salida del d i r e c t o r p o r f i r i s t a Pablo Macedo, el ex-
reyista V á z q u e z G ó m e z se l a n z ó c o n t r a Vera c o n el objeto
de ganar para su g r u p o el c o n t r o l de esa escuela. 3 7 S ó l o así
se explica la llegada a ésta de Luis Cabrera, t a m b i é n exre-
yista y c o n t u m a z e n e m i g o de los " c i e n t í f i c o s " . 3 8 A u n q u e
V á z q u e z G ó m e z sólo p e r m a n e c i ó cinco meses en el minis-
t e r i o , p r o v o c ó que se a h o n d a r a la a n i m a d v e r s i ó n entre la
U n i v e r s i d a d Nacional y el proceso revolucionario. Su e r r o r
fue que i n t e n t ó acabar c o n la h e g e m o n í a de los "científi-
cos" y d e l positivismo, cuando p o r su parte él c a r e c í a de la
suficiente fuerza política. T e n í a planes destructivos, pero
n o u n proyecto alternativo.

3 4
F r a n c i s c o V á z q u e z G ó m e z a J o a q u í n E g u í a Lis, r e c t o r de la U n i -
v e r s i d a d N a c i o n a l ( 9 j u n . 1 9 1 1 ) , e n A H U N A M , UN, R, c. 4, exp. 57, ff. 9
y 12.
3 5
L a r e n u n c i a se r e d u c í a al p u e s t o de secretario, p e r o n o afectaba su
c a r á c t e r d o c e n t e . V é a s e A H U N A M , UN, R, e x p . 63, ff. 145-146 y El Impar¬
cial ( F j u l . 1 9 1 1 ) .
3 6
A H U N A M , UN, R, c. 4, e x p . 63, f. 1462.
3 7
FP, e x p . 20736. A H U N A M , UN, R, c. 4, e x p . 63, f. 1470; A G N , IPy
BA, c. 284, e x p . 13 (4) f. 59, y ElImparríal (3, 2 5 y 2 8 j u n . 1911).
3 8
L a m e j o r estudiosa de L u i s C a b r e r a es E u g e n i a M e y e r . V é a s e su
e s t u d i o i n t r o d u c t o r i o a la e d i c i ó n d e las Obras Completas de Luis Cabrera,
MEYER, 1974.
784 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

¿ C u á l fue la conducta de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l a la
llegada de M a d e r o a la silla presidencial? S e g ú n el rector
E g u í a Lis, los meses de V á z q u e z G ó m e z f u e r o n anormales,
y la m a r c h a de la institución d u r a n t e 1912 fue satisfacto-
r i a . 3 9 Sin embargo, en r i g o r n o todos sus problemas se
d e b i e r o n a los afanes y malos modales de V á z q u e z G ó m e z ,
pues m u c h o s p r o v e n í a n de las limitaciones del proyecto de
Sierra y de las condiciones reales de las escuelas. Altos Estu-
dios sufriría p o r su p r e m a t u r a f u n d a c i ó n y su abigarrado
p r o y e c t o , 4 0 mientras M e d i c i n a lo h a r í a p o r sus carencias
materiales, su s o b r e p o b l a c i ó n j u v e n i l y su mayor indisci-
p l i n a estudiantil. Obviamente, la política tuvo efectos direc-
tos e inmediatos en la marcha de las escuelas, p e r o n o se
p u e d e r e d u c i r ello al encono " a n t i c i e n t í f i c o " de V á z q u e z
G ó m e z . J u r i s p r u d e n c i a sufrió u n a gran inestabilidad y u n
n o t o r i o e m p o b r e c i m i e n t o docente p o r q u e numerosos fun-
cionarios y profesores l l e n a r o n las plazas políticas y b u r o -
cráticas vacantes p o r los tres cambios de g o b i e r n o nacional
acaecidos en 1911 y p o r la inestabilidad m i n i s t e r i a l del
g o b i e r n o de M a d e r o a lo largo de 1912. Sin embargo, la
mayor m e r m a docente registrada en Jurisprudencia ese
a ñ o se d e b i ó a que se c r e ó u n a institución secesionista: la
Escuela L i b r e de D e r e c h o . 4 1 C o n t o d o , los problemas
de estas escuelas n o p u e d e n generalizarse a las otras: la de
Ingenieros y la Preparatoria l a b o r a r o n aceptablemente,
p o r q u e los cambios directivos en esta ú l t i m a resultaron
aceptables y p o r q u e en la p r i m e r a n o los h u b o .
I n d u d a b l e m e n t e , los mayores p r o b l e m a s de la Universi-
dad N a c i o n a l durante sus p r i m e r o s a ñ o s n o se d e b i e r o n a
las graves transformaciones p o l í t i c a s de entonces, sino a la
naturaleza abigarrada, a n a c r ó n i c a y c o n t r a d i c t o r i a de su
proyecto fundacional. Para comenzar, la e d u c a c i ó n que se
o f r e c í a era demasiado amplia, pues c o m p r e n d í a desde
estudios preparatorianos hasta de e s p e c i a í i z a c i ó n . H u b o

I n f o r m e de Labores d e l R e c t o r (sep. 1910-sep. 1912), BJP, xxi, p. 288.


3 9

« V é a n s e Ruiz GAYTAN, 1954 y DOCOING, 1990-1991.


41
Para j u r i s p r u d e n c i a v é a s e BIP, xvui, p p . 202-204. xxi, p p . 306-307,
330, 337 v 340. V é a s e t a m b i é n A G N , IPy BA, c. 280, e x p . 3.21 (145) f. 1;
c. 284, e x p . 14, f. 15. A H U N A M , UN, R,c. 4, e x p . 63, ff. 1468-1470.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 785

quienes s e ñ a l a r o n que el p r o b l e m a era menos de a m p l i -


t u d que de naturaleza, pues los objetivos de la Preparato-
r i a eran distintos a los de las escuelas universitarias: si
a q u é l l a i m p a r t í a e d u c a c i ó n general, éstas d e b í a n capacitar
a los j ó v e n e s en campos profesionales e s p e c í f i c o s . A pesar
de ello, Sierra y C h á v e z forzaron la i n t e g r a c i ó n de la Pre-
p a r a t o r i a a la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l . 4 2 L o p a r a d ó j i c o es
que, p o r o t r o lado, vetaron la inclusión de estudios a u t é n -
ticamente profesionales en la naciente institución, c o m o
los de O d o n t o l o g í a y P e d a g o g í a ; asimismo, se r e c h a z ó la
i n c o r p o r a c i ó n de "carreras concretas y utilitarias", c o m o
E c o n o m í a y C o m e r c i o , y de "carreras industriales", aunque
se r e c o n o c i ó que éstas s e r í a n integradas en u n f u t u r o n o
m u y l e j a n o . 4 3 E n r e s u m e n , la Universidad N a c i o n a l n a c i ó
a n a c r ó n i c a , en c u a n t o l i m i t a d a a los estudios profesionales
d e c i m o n ó n i c o s ; s u r g i ó asimismo contradictoria, p o r cjue su
oferta, educativa era al m i s m o t i e m p o , a m p l i a y estrecha.
El c a r á c t e r abigarrado se lo d i o sobre t o d o la Escuela de
Altos Estudios, ú n i c a d e p e n d e n c i a a c a d é m i c a creada en
1910, para la o c a s i ó n , p e r o cuya d i r e c c i ó n fue asignada, pa-
r a d ó j i c a m e n t e , a u n e d u c a d o r positivista, P o r f i r i o P a r r a . 4 4
Para c o l m o , los ambiciosos objetivos de la escuela suscita-
ban algunas confusiones, lo que d i o lugar a su variada evo-
l u c i ó n en los a ñ o s siguientes: perfeccionar la i n s t r u c c i ó n
o b t e n i d a en las escuelas profesionales, desarrollar la inves-
tigación y preparar docentes para las propias dependencias
universitarias. Es i n d u d a b l e que si b i e n e l p r o y e c t o re-
q u e r í a ajustes y precisiones, era previsor y visionario. Sin
embargo, si sus fines e r a n , p o r lo amplios y ambiciosos,
inalcanzables a c o r t o y m e d i a n o plazos, su naturaleza era
igualmente compleja. T e n d r í a tres secciones: ciencias exac-
tas, h u m a n i d a d e s y ciencias sociales. Para darle c u e r p o y
c o n t e n i d o a la p r i m e r a se le asignaron los Institutos M é -
dico, P a t o l ó g i c o y B a c t e r i o l ó g i c o ; para d á r s e l o s a la ú l t i m a

4 2
L a p o l é m i c a al r e s p e c t o , e n BIP, xiv, p p . 5 0 0 - 5 0 1 .
4 3
SIERRA, 1 9 4 8 , t. v, p p . 457-458.
4 4
Parra, m é d i c o y escritor, h a b í a sido p r o f e s o r e n la p r e p a r a t o r i a y e n
la Escuela de M e d i c i n a , y h a b í a sido s e n a d o r gracias al a p o y o d e l g r u p o
d e los " c i e n t í f i c o s " . V é a s e ALVARADO, 1 9 8 8 .
786 JAVIER GARC1ADIEGO D A N T A N

se le asignaron la i n s p e c c i ó n de m o n u m e n t o s a r q u e o l ó -
gicos y el museo respectivo; sin embargo, la s e c c i ó n de
humanidades q u e d ó , ilustrativamente, sin c u e r p o n i sus-
tancia. O t r o p r o b l e m a grave fue que se f u n d ó la escuela
p o r decreto, sin d e m a n d a estudiantil n i oferta docente,
complaciendo s ó l o a u n a m i n o r í a selecta. Peor a ú n , s u r g i ó
sin p l a n n i p r o g r a m a ; luego de u n a ñ o de creada n o se
sabía q u é cursos se i m p a r t i r í a n en el siguiente a ñ o lectivo. 4 5
Asimismo, los p r i m e r o s tres docentes en Altos Estudios fue-
r o n extranjeros, y dos de ellos i m p a r t i e r o n sus clases en
inglés, sobre materias sin arraigo a c a d é m i c o en el p a í s . 4 6
Por su parte, las exageradas exigencias impuestas a los j ó -
venes que p r e t e n d í a n inscribirse en tales cursos d i e r o n
como resultado que la aran m a y o r í a asistiera c o m o simples
"oyentes" y p o r l o m i s m o sin sentir plena responsabilidad.
C o m p a r a d o c o n estos problemas palidece la falta de ins-
talaciones propias y de u n a b i b l i o t e c a adecuada. 4 7
C o n t r a l o que t r a d i c i o n a l m e n t e se sostiene, la Escuela
de Altos Estudios n o se f u n d ó c o m o u n a institución h u m a -
nística y antipositivista. 4 8 Sin embargo, u n a casualidad per-
sonal y u n a c o y u n t u r a p o l í t i c a m o d i f i c a r o n a b r u p t a m e n t e
el proyecto o r i g i n a l . S u c e d i ó que a mediados de 1912
m u r i ó su d i r e c t o r P o r f i r i o Parra, que fue sustituido p o r A l -
fonso P r u n e d a , m é d i c o de p r o f e s i ó n , e x p e r i m e n t a d o edu-
cador, r e c i é n distanciado entonces del positivismo y c o n
grandes intereses c u l t u r a l e s . 4 9 P r u n e d a n o m b r ó c o m o
secretario de la escuela al j o v e n Alfonso Reyes, estudiante
de J u r i s p r u d e n c i a y escritor en ciernes. A u n q u e ambos
eran p o l í t i c a y p e d a g ó g i c a m e n t e aceptables p o r la c o m u -
n i d a d universitaria, es i n d u d a b l e que c o n ello el g o b i e r n o
maderista buscaba arrancar al g r u p o de los " c i e n t í f i c o s " el

45
BIP, xvi, p . 76; xvni, p p . 27 y 610.
4 6
Los p r o f e s o r e s e r a n los estadounidenses James M a r k B a l d w i n y
F r a n z Boas, y e l g e r m a n o c h i l e n o Carlos R e i c h e . E l p r i m e r o d a r í a u n
curso de p s i c o s o c i o l o g í a ; e l s e g u n d o u n o de a n t r o p o l o g í a y o t r o d e
antropometría.
47
BIP, xvi, p . 82; xvm, p p . 606-609; xix, p . 526; x x i , p . 313.
4 8
C o n s ú l t e n s e los estudios citados e n la n o t a 40.
4 9
V é a s e su c o p i o s o e x p e d i e n t e e n A H U N A M , T, e x p . 577. .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 787

c o n t r o l de la escuela. A c a d é m i c a m e n t e , la gran secuela


d e l cambio fue el peso que c o m e n z a r o n a tener los es-
tudios h u m a n í s t i c o s : Reyes c r e ó i n m e d i a t a m e n t e la sección
de lengua nacional y literatura, gracias a la c o l a b o r a c i ó n de
sus c o m p a ñ e r o s del Ateneo de la J u v e n t u d , con u n pro-
g r a m a d e f i n i d o y riguroso y c o n el objetivo de preparar
docentes para dichas materias. Asimismo, A n t o n i o Caso
c o m e n z ó a i m p a r t i r u n curso " l i b r e " de filosofía, tenien-
d o c o m o alumnos destacados a sus c o m p a ñ e r o s ateneístas.
En cambio, resultó significativa la p o s p o s i c i ó n o el recha-
zo a cursos de física y b i o l o g í a , 5 0 lo que c o n f i r m a la total
m o d i f i c a c i ó n del proyecto o r i g i n a l : en 1912 su manejo
p a s ó de los "científicos" a los a t e n e í s t a s ; lo que fue u n cen-
t r o de investigación y e s p e c i a l i z a c i ó n se convirtió en u n
á r e a de difusión c u l t u r a l ; p a s ó de ser la dependencia u n i -
versitaria consentida y m á s p r o m i s o r i a a ser u n a institución
amenazada y severamente cuestionada, al grado de que
varios diputados p r o p u s i e r o n que se le retirara el subsidio
p o r inútil y superflua, mientras los positivistas m á s ortodo-
xos, c o m o A g u s t í n A r a g ó n y H o r a c i o Barreda, exigieron
que se disolviera. 5 1 A u n q u e la institución sobrevivió a tales
embates, lo cierto es que el subsidio le fue d i s m i n u i d o , p o r
l o que a d e m á s de los otros p r o b l e m a s que enfrentaba, des-
de entonces sufrió carencias e c o n ó m i c a s . L a compara-
ción de su situación en 1910 c o n la de 1912 es conmovedora.

ANTIMADERISMO UNIVERSITARIO

Es i n d u d a b l e que la a f i r m a c i ó n d e l rector E g u í a Lis sobre


la b u e n a m a r c h a de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l durante 1912
fue i n g e n u a p o r optimista, o simplemente falaz. A d e m á s de
los problemas en altos estudios, los estudiantes sostuvieron
u n i m p o r t a n t e m o v i m i e n t o p o l í t i c o antigubernamental, la

50
El Impartial (13 y 16 m a r . 1 9 1 2 ) ; Nueva Era (28 m a y o ; I a y 11 j u n .
1912).
51
Sus p r i n c i p a l e s c r í t i c o s e n e l C o n g r e s o f u e r o n J o s é M a . L o z a n o y
F r a n c i s c o de P. O l a g u í b e l .
788 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

Escuela de J u r i s p r u d e n c i a sufrió u n a d r á s t i c a escisión y


la Universidad Nacional en su c o n j u n t o fue desafiada como
institución de m i n o r í a selecta, incapaz de d i f u n d i r conoci-
mientos y c u l t u r a entre los grupos sociales emergentes e n
ese m o m e n t o . Sin duda, e l activismo p o l í t i c o de l a comu-
n i d a d universitaria durante 1912 fue m u y superior al de los
a ñ o s i n m e d i a t a m e n t e precedentes. Sobre todo, cuando
p o r e l desplome sucesivo de los reyistas y de los "científi-
cos", ambos sus protectores y referentes políticos, los u n i -
versitarios n o p a r t i c i p a r o n e n l a l u c h a antirreeleccionista
de 1909-1910, y menos a ú n e n l a l u c h a armada maderis-
ta d e 1910-1911, la que les r e s u l t ó e x t r a ñ a y distante.
E l cambio que i m p l i c ó su activismo de 1912 refleja la nue-
va s i t u a c i ó n nacional: c o n la llegada de M a d e r o h a b í a u n
a m b i e n t e menos a u t o r i t a r i o y represivo y el aparato políti-
co-administrativo se h a b í a t o r n a d o p e r m e a b l e a las pre-
tensiones de profesores, egresados y alumnos. E n r i g o r ,
c o m e n z a r o n a actuar en p o l í t i c a desde la segunda m i t a d de
1911, e n la c o n t i e n d a electoral entre M a d e r o , Reyes y Le-
ó n de l a Barra, q u i e n d e b i ó haberse l i m i t a d o a organizar
tales comicios. Curiosamente, a u n q u e la s i t u a c i ó n era o r i -
g i n a l y los p r o c e d i m i e n t o s novedosos, los universitarios
p e r m a n e c i e r o n b á s i c a m e n t e fieles a sus viejas preferencias.
Así, m o s t r a r o n considerables s i m p a t í a s p o r L e ó n de la Ba-
r r a , a n t i g u o profesor en la P r e p a r a t o r i a , 5 2 y p o r B e r n a r d o
Reyes, q u i e n p r o m e t í a u n sistema p o l í t i c o m á s abierto y po-
p u l a r que los "científicos" p o r lo que varios j ó v e n e s crearon
el C l u b Reyista de Estudiantes. 5 3 Sin e m b a r g o , t a m b i é n Ma-
d e r o o f r e c í a u n sistema similar, y t e n í a m á s probabilidades
que Reyes de ganar las elecciones y, p o r ende, de c u m p l i r
sus promesas. ¿Cuál fue la r e l a c i ó n , entonces, entre M a d e r o
y la c o m u n i d a d universitaria?
Si al p r i n c i p i o las relaciones entre éstos f u e r o n tibias,
t e n d i e r o n a enfriarse a lo largo de 1912. Acaso los conflic-

5 2
A H U N A M , UN, R, c. 4, exp. 63, f. 1464; Ellmparáal (3 y 4 j u l . 1911),
y El País (18, 22, 26 y 29 sep. y 7, 16, 17 y 29 oct. 1 9 1 1 ) .
5 3
A H U N A M , UN, R, c. 4, e x p . 63, f. 1468; BIP, x x i , p p . 339-340, y El
Iraparcial (8 y 11 ago. 1 9 1 1 ) , y PRIETO LAURENS, 1968, p . 2 6 .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 789

tos s u r g i e r o n desde la s e l e c c i ó n de J o s é M a r í a Pino S u á r e z


c o m o candidato a la vicepresidencia, desplazando a Váz-
quez G ó m e z , y sobre todo desde la d e c l a r a c i ó n de su t r i u n -
fo electoral, a u n q u e si les i m p o r t a r a la vicepresidencia
h u b i e r a n protestado cuando Díaz prefirió a C o r r a l p o r
sobre su q u e r i d o B e r n a r d o Reyes. ¿ C u á l fue el m o t i v o real
d e l distanciamiento? N o lo fue, tampoco, la postura de
M a d e r o ante la Universidad Nacional, pues fue c o n ella
c o m p l a c i e n t e y continuista: E g u í a Lis p e r m a n e c i ó c o m o
rector, y el profesor universitario M i g u e l D í a z L o m b a r d o
fue designado m i n i s t r o de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a . 5 4 T a l pare-
ce que el e n f r e n t a m i e n t o definitivo sobrevino a p r i n c i p i o s
de 1912, c u a n d o los j ó v e n e s acusaron a M a d e r o y a sus
principales colaboradores — J o s é Vasconcelos y M a n u e l
Calero de intentar i m p e d i r , p o r sus conocidas posiciones
antiestadounidenses, que el escritor argentino M a n u e l
U g a r t e i m p a r t i e r a u n a conferencia Así el g o b i e r n o fue
acusado de a u t o r i t a r i o y dictatorial, p o r ser e n e m i g o de la
l i b e r t a d de e x p r e s i ó n , y de falto de nacionalismo,' p o r ser
cobarde frente a Estados U n i d o s Los jóvenes universitarios
organizaron asambleas v manifestaciones calleieras- sus crí-
ticas f u e r o n eraves v altisonantes. E l resultado fue eme se
a h o n d a r o n las diferencias entre M a d e r o y los università-
rios a u n a u e debe decirse aue aauella Dostura estudiantil
fue c o h e r e n t e con su nacionalismo y su latinoamericanis¬
m o expresados en varias ocasiones a lo largo del decenio 5 5
El caso de U g a r t e a s u s t ó a M a d e r o y lo d e c i d i ó a ser
m e n o s tolerante v resnetuoso con e l sector educativo P o r
ello se nroDuso colocar en él a ^ente r e c o n o c i d a m e n t e
maderista con el obieto de c o n t r o l a r n o l í t i c a m e n t e e l
m e d i o Para su desgracia, la d e c i s i ó n le r e s u l t ó contrapro¬
ducente Para comenzar d e s i o n ó al v i c e n r e s i d e n t e Pino
S n á r e z nara rme además se e n r a r r a r a d e la S e r r e t a r í a He
W r u ^
sería m ^

a d o p t o u n espíritu r e v o l u d ^

54
BIP, xix, p p . 6-7.
» Y W K E L E W C H , 1992, p p . 41-49.
790 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

cería la e d u c a c i ó n superior sino la elemental y p o p u l a r . E l


rechazo de los universitarios a su d e s i g n a c i ó n y p r o p ó s i t o s
fue abierto, i n m e d i a t o y u n á n i m e . C o m o era previsible,
Pino S u á r e z p r o c e d i ó a remover a los directores de las
escuelas universitarias que n o le eran afines. 5 6 U n c a m b i o
resultó especialmente conflictivo: la sustitución de Pedro
L a s c u r á i n p o r Luis Cabrera, en Jurisprudencia.
El n o m b r a m i e n t o de Cabrera, en abril de 1912, fue vis-
to c o m o u n abierto d e s a f í o a los "científicos", dado que
Cabrera h a b í a sido u n o de sus críticos m á s acervos y p e r t i -
naces en las p o s t r i m e r í a s d e l porfíriato. Previsiblemente, su
d i r e c c i ó n fue r e p u d i a d a desde u n p r i n c i p i o . Para c o l m o , el
mismo Cabrera a g r a v ó la situación c o n su i m p u l s i v i d a d
política: en lugar de buscar alguna solidaridad y de esta-
blecer ciertas alianzas, sus malos modales t o r n a r o n m á s rea-
cia a la c o m u n i d a d . El i n t e n t o de i m p o n e r algunas medidas
disciplinarias y ciertas reformas a c a d é m i c a s p r o v o c ó el aira-
do rechazo de los estudiantes, que amenazaron con ponerse
en huelga, al t i e m p o que c o m e n z a r o n a exigir la r e n u n c i a
de C a b r e r a . 5 7 E l conflicto se d e s a r r o l l ó v i o l e n t a y vertigi-
nosamente: Cabrera, apoyado p o r Pino S u á r e z , se n e g ó a
r e n u n c i a r y e x i g i ó que los inconformes c o n la nueva mar-
cha de la escuela cancelaran su inscripción. Los j ó v e n e s res-
p o n d i e r o n de m a n e r a radical y solidaria: c o n t i n u a r o n su
lucha c o n t r a Cabrera y p i d i e r o n a sus profesores la impar-
tición t e m p o r a l de sus lecciones fuera de las instalaciones.
Hasta entonces el m o v i m i e n t o se d e s a r r o l l ó d e n t r o de los
m á r g e n e s tradicionales de ese t i p o de conflictos. Sin em-
bargo, m u y p r o n t o c a m b i ó el curso de é s t e , y c o n ello su
naturaleza. 5 8
E n efecto, c o n el abierto concurso de los profesores se d i -
s e ñ ó u n ambicioso objetivo: crear u n a nueva escuela de le-
yes, i n d e p e n d i e n t e d e l g o b i e r n o . Es incuestionable que los

36
BIP, x x i , p p . 304-312 y El Imparáal ( l s y 6 m a r . y 25 abr. 1 9 1 2 ) .
5 7
Para u n a n a r r a c i ó n y u n a n á l i s i s m á s a m p l i o s d e estos sucesos véa-
se GARCIADIEGO, 1993.
3 8
J a i m e d e l A r e n a l , el " c l á s i c o e n la m a t e r i a " sostiene u n a i n t e r p r e -
t a c i ó n d i f e r e n t e . Para tal efecto valen sus e s p l é n d i d o s estudios y sus
valiosos rescates d o c u m e n t a l e s .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 791

profesores de J u r i s p r u d e n c i a , cuya m a y o r í a estaba ligada a


l a política porfirista, ya c o m o "científicos", ya como reyistas,
percibieron el riesgo de que llegaran a la institución los h o m -
bres y los p r i n c i p i o s revolucionarios. Sin embargo, la p r o n -
ta y decisiva p a r t i c i p a c i ó n de varios distinguidos juristas aje-
nos a la escuela c o n f i r m a que el conflicto t r a s c e n d i ó los
l í m i t e s i n s t i t u c i o n a l e s , c o n v i r t i é n d o l o en u n a l u c h a de
los mejores abogados c o n t r a el p r i m e r i n t e n t o de los re-
volucionarios p o r i m p o n e r u n a nueva política universitaria,
e n u n a lucha p o r defender su ú l t i m a trinchera, la ú n i c a ins-
titución que todavía d o m i n a b a n : la Universidad Nacional,
e n general, y la Escuela de J u r i s p r u d e n c i a , en particular.
Si el c a r á c t e r a c a d é m i c o del conflicto lo daban los es-
t u d i a n t e s y profesores c o m o A n t o n i o Caso, Carlos D í a z
D u f o o , E d u a r d o Pallares y D e m e t r i o Sodi, la p a r t i c i p a c i ó n
de gente c o m o Francisco L e ó n de la Barra, J o s é M a r í a
L o z a n o , E m i l i o Rabasa e incluso Jorge Vera E s t a ñ o l , le
i m p r e g n a b a n u n e n o r m e c o n t e n i d o político. C o n todo, n o
p u e d e decirse que la l u c h a p o r la c r e a c i ó n de la Escuela
L i b r e de D e r e c h o haya sido u n a cruzada revanchista de los
"científicos". T a m b i é n p a r t i c i p a r o n destacados juristas ca-
tólicos, liberales y reyistas. El r á p i d o e innegable éxito de la
nueva institución c o n f i r m a el peso y la i n f l u e n c i a de los
intereses p o l í t i c o s involucrados. C o m o q u i e r a que haya si-
d o , la m e r m a sufrida p o r j u r i s p r u d e n c i a , en docentes y
alumnos, fue m a y ú s c u l a , p o r lo que debe afirmarse que la
verdadera s i t u a c i ó n de la Universidad N a c i o n a l d u r a n t e
1912 distó de ser idílica.
Pocos meses d e s p u é s la Universidad N a c i o n a l e n f r e n t ó
o t r o p r o b l e m a de h o n d o significado: varios de sus profe-
sores m á s j ó v e n e s d e c i d i e r o n crear u n a institución alter-
nativa, la Universidad Popular, que d e b í a realizar o b r a de
d i v u l g a c i ó n científica y c u l t u r a l entre grupos marginados
de la e d u c a c i ó n m e d i a y superior. Si b i e n n u n c a se p l a n t e ó
c o m o el resultado de u n a escisión, n i fue p r o d u c t o del espí-
r i t u latinoamericanista de los j ó v e n e s o de la c o m p e t e n c i a
entre " c i e n t í f i c o s " y revolucionarios p o r el c o n t r o l de la
e d u c a c i ó n superior, la c r e a c i ó n de la Universidad P o p u l a r
fue consecuencia, en ú l t i m a instancia, de que la Universi-
792 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

dad N a c i o n a l haya sido incapaz de ajustarse a la nueva


s i t u a c i ó n s o c i o p o l í t i c a d e l p a í s . Así, la propuesta tuvo que
p r o v e n i r de otras esferas; en concreto, de algunos de los
m i e m b r o s del g r u p o c u l t u r a l A t e n e o de la J u v e n t u d que
t e n í a n m á s intereses p o l í t i c o s , c o m o J o s é Vasconcelos,
A l f o n s o Pruneda, A l b e r t o J. P a ñ i y M a r t í n Luis G u z m á n . 5 9
A diferencia de la Escuela L i b r e de Derecho, que de solu-
c i ó n c o y u n t u r a l se convirtió en institución p e r m a n e n t e , la
U n i v e r s i d a d Popular realizó u n a labor admirable durante
aproximadamente diez a ñ o s , pero se hizo prescindible cuan-
do la Universidad N a c i o n a l y la S e c r e t a r í a de E d u c a c i ó n
P ú b l i c a , con Vasconcelos, c u m p l i e r o n c o n creces su com-
p r o m i s o de difusión c u l t u r a l , y la Universidad N a c i o n a l
p u d o ajustarse a la nueva s i t u a c i ó n s o c i o p o l í t i c a d e l p a í s . 6 0

C U R I O S A A L I A N Z A : SABLES Y T O G A S

El a ñ o de 1912 fue para la Universidad Nacional, igual que


para todos los á m b i t o s de la vida nacional, u n p e r i o d o de
redefiniciones y conflictos, de constante tensión. Los estu-
diantes dejaron su p r o l o n g a d o apoliticismo y se opusieron
a las autoridades educativas y al aparato gubernamental; los
educadores del antiguo r é g i m e n p e l e a r o n c o n t r a los nue-
vos profesores p o r el d o m i n i o de la e d u c a c i ó n media supe-
r i o r ; se hizo evidente que las clases sociales emergentes
comenzaban a d e m a n d a r e d u c a c i ó n , p o r lo que se h a c í a
necesario m o d i f i c a r el proyecto universitario de P o r f i r i o
D í a z y j u s t o Sierra. A p r i n c i p i o s de 1913, cuando se supo-
n í a que s e g u i r í a n surgiendo este t i p o de problemas, Made-
r o fue derrocado p o r V i c t o r i a n o H u e r t a , con q u i e n se
m o d i f i c ó , i n m e d i a t a y r a d i c a l m e n t e , el proyecto guberna-
m e n t a l universitario.

5 9
A d e m á s de r e c o m e n d a r s e l a r e v i s i ó n de los r e c u e n t o s a u t o b i o g r á f i -
cos de los i n v o l u c r a d o s , c o m o P a ñ i , Reyes y Vasconcelos, o la c o r r e s p o n -
d e n c i a cruzada e n t r e ellos — n o t a b l e m e n t e P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a , Guz-
m á n , Reyes y j u l i o T o r r i — , d e b e consultarse a INNES, 1973, p p . 110-122.
6 0
E n 1920 Vasconcelos i n t e g r ó los objetivos d e la U n i v e r s i d a d P o p u -
l a r a las l a b o r e s de l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 793

E l a n t i m a d e r i s m o de la mayor parte de la c o m u n i d a d
universitaria explica su r á p i d o y d e c i d i d o apoyo al gobier-
n o de V i c t o r i a n o H u e r t a , entre cuyos colaboradores figu-
r a r í a n numerosos profesores de p r e s t i g i o , 6 1 c o m o R o d o l f o
Reyes, Francisco L e ó n de la Barra v J o r g e V e r a E s t a ñ o l , en
e l p r i m e r gabinete, o Carlos Pereyra, A u r e l i a n o U r r u t i a y
N e m e s i o G a r c í a N a r a n j o en a l g u n o de los subsecuentes.
O b v i a m e n t e , la lista de universitarios distinguidos que apo-
y a r o n a H u e r t a o colaboraron c o n él a u m e n t a r í a de incluir-
se a subsecretarios, diputados, senadores y directores de
diarios prohuertistas: a q u í los ejemplos p o d r í a n ser E n r i -
q u e G o n z á l e z M a r t í n e z , J o s é M a r í a L o z a n o y E m i l i o Raba-
sa. A su vez, H u e r t a se beneficiaba de tal apoyo p o r q u e
daba u n a i m a g e n menos militarista y m á s civilizada de su
g o b i e r n o . Por su parte, los universitarios c r e y e r o n que los
anteriores funcionarios educativos y el viejo profesorado
r e c u p e r a r í a n el c o n t r o l d e l sector, e n todas sus institucio-
nes y dependencias. 6 2 Para evidenciar que la amenaza de
Cabrera h a b í a desaparecido M i e u e l M a c e d o y Carlos D í a z
D u f o o v o l v i e r o n a e n s e ñ a r en J u r i s p r u d e n c i a , c o m o Perey-
r a y M a n u e l Flores regresaron a la P r e p a r a t o r i a . 6 3
E n t é r m i n o s generales, puede afirmarse que las escuelas
universitarias l a b o r a r o n m u y aceptablemente d u r a n t e el
h u e r t i s m o , y que los estudiantes a b a n d o n a r o n su activismo
p o l í t i c o de 1912, d e b i d o a que se vetó c u a l q u i e r f o r m a de
o p o s i c i o n i s m o y a que desaparecieron las contiendas elec-
torales. O b v i a m e n t e , H u e r t a sufrió la o p o s i c i ó n y r e b e l d í a
de varios m i e m b r o s de la c o m u n i d a d — f u n c i o n a r i o s , pro-
fesores y estudiantes— de filiación maderista cuya postura
r e s p o n d i ó a la a c t i t u d d e l g o b i e r n o i i a c i a ellos. A quienes
p r e s i o n ó severamente, p r o n t o se i n c o r p o r a r o n a la l u c h a

6 1
T a m b i é n c o l a b o r a r o n r e c o n o c i d o s escritores, q u i e n e s si b i e n e r a n
ajenos a la c o m u n i d a d u n i v e r s i t a r i a , t e n í a n u n p r e s t i g i o q u e los h a c í a
m u y i n f l u y e n t e s e n é s t a . A l g u n o s e j e m p l o s s e r í a n Salvador D í a z M i r ó n ,
F e d e r i c o G a m b o a , J o s é L ó p e z P o r t i l l o y Rojas y J o s é J u a n T a b l a d a .
6 2
A G N , IPy BA, c. 284, e x p . 15 (368) f. 87; (369) f. 120; (373) f. 245,
y El Imparáal (16 m a r . 1 9 1 3 ) .
1,3
I n f o r m e p r e s i d e n c i a l de H u e r t a (abr. 1 9 1 3 ) , e n Los presidentes,
1985, m, p p . 48-49.
794 JAVIER G A R C I A D I E G O D A N T A N

constitucionalista, c o m o J o s é Vasconcelos, M a r t í n Luis


G u z m á n , Isidro Fabela y A l b e r t o J. P a ñ i . 6 4 A u n q u e hoy son
famosos precisamente p o r su p a r t i c i p a c i ó n e n la l u c h a
revolucionaria, l o cierto es que entonces distaban de ser
profesores influyentes que p u d i e r a n atraer al a l u m n a d o .
Asimismo, h u b o funcionarios educativos maderistas, c o m o
J o s é I n é s Novelo y Félix Palavicini, que h i c i e r o n u n a labor
oposicionista legal y pacífica contra H u e r t a , p o r lo que pu-
d i e r o n permanecer en M é x i c o hasta el d e r r u m b e d e l huer-
tismo. P o r ú l t i m o , h u b o directivos universitarios c o m o
V a l e n t í n G a m a y A l f o n s o P r u n e d a , maderistas m o d e r a -
dos y pasivos, q u e p e r d i e r o n su i n f l u e n c i a e n e l m e d i o ,
p e r o c o n t i n u a r o n l a b o r a n d o en él a lo largo del g o b i e r n o
huertista.65
H u e r t a t a m b i é n e n f r e n t ó l a o p o s i c i ó n de varios estu-
diantes que simpatizaban con M a d e r o o c o n los rebeldes
constitucionalistas. U n o de ellos fue Gustavo Espinoza Mí-
reles, q u i e n luego de incorporarse a los alzados p a s ó a ser
secretario particular de Carranza; o t r o fue A a r ó n S á e n z ,
p r o n t o m i e m b r o d e l estado mayor de O b r e g ó n ; u n o m á s
fue A r n u l f o G o n z á l e z , maderista desde 1909. 6 6 T a m b i é n
destacaron J e s ú s A c u ñ a , r e c i e n t e m e n t e t i t u l a d o de aboga-
do, Basilio V a d i l l o , de la N o r m a l , que e n c a b e z ó u n g r u p o
en e l q u e figuraban A d o l f o Cienfuegos y Gabriel Leyva;
Luis L . L e ó n , a g r ó n o m o y n o v i l l e r o ; el t a b a s q u e ñ o J o s é
D o m i n g o R a m í r e z G a r r i d o , de O d o n t o l o g í a , y j o s é Siurob,
luego m é d i c o de las fuerzas obregonistas. 6 7

6 4
C o n s ú l t e n s e los relatos a u t o b i o g r á f i c o s d e é s t o s , e s p e c i a l m e n t e VAS-
CONCELOS, 1 9 4 8 ; PALAVICINI, 1 9 3 7 , p p . 173-188, y P A Ñ I , 1936, p p . 123-126.
V é a s e t a m b i é n l a Correspondenáa e n t r e A l f o n s o Reyes y P e d r o H e n r í q u e z
U r e ñ a , REYES y HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 6 , p p . 2 0 7 , 2 4 6 y 2 6 5 .
6 5
A G N , IPy BA ( 3 6 7 ) , f. 49; ( 3 6 8 ) , f. 100; ( 3 6 9 ) , f. 126; ( 3 7 0 ) . f. 172.
i. 284; (372) f. 249; c 293, e x p . 7, f. 1 A H U N A M , UN, R, c 6, e x p . 74,
f. 2080; e x p . 78, f. 2310. A H U N A M , T, e x p . 604. A E C H , U, c. 1, doc. 7 1 .
c. 2, doc. 159; c. 6, doc. 6. Ellmparcial (12 ago. 1912 y 21 d i c . 1 9 1 3 ) . El
País (25 ene. 1 9 1 4 ) .
66
Diccionario, 1990, i , p p . 350-353. Entrevista a S á e n z , e n URIÓSTEGUI,
1970, p p . 357-362.
6 7
A H U N A M , A, e x p . 2 7 0 1 . Diccionario, 1990, i , p p . 251-252, ORTEGA,
1955, p p . 29-30 y L E Ó N , 1987, p p . 19-24.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 795

Por m á s n o m b r e s que se agregaran, es incuestionable


que la p a r t i c i p a c i ó n de los estudiantes universitarios en la
l u c h a antihuertista fue escasa. Esto se explica p o r el o r i g e n
social de la m a y o r í a , p o r q u e la lucha se d e s a r r o l l ó en esce-
narios lejanos de la c i u d a d de M é x i c o y p o r q u e fue u n a
l u c h a b á s i c a m e n t e r u r a l . E n t o d o caso, la i m p o r t a n c i a de
los estudiantes fue p o l í t i c a , intelectual y administrativa,
m á s que bélica, c o m o secretarios y ayudantes de varios jefes
y cabecillas, fueran éstos Carranza, O b r e g ó n o L u c i o Blan-
co. E n t r e los que llegaron a e m p u ñ a r las armas con relati-
va n o t o r i e d a d destacan E n r i q u e Estrada, que o p e r ó en los
límites entre Jalisco y Zacatecas, y M a n u e l P é r e z T r e v i ñ o ,
todos de Ingenieros, este ú l t i m o p r o n t o se i n c o r p o r ó a las
fuerzas de Pablo G o n z á l e z aunque luego destacara c o n el
g r u p o sonorense. Por su parte, Rafael Cal y Mayor, chia-
paneco, y Gustavo Baz, de M e d i c i n a , se i n c o r p o r a r o n a los
alzados zapatistas. 6 8 Por ú l t i m o , fue d e t e r m i n a n t e para la
r e l a c i ó n entre H u e r t a y la c o m u n i d a d universitaria el i n -
tento de u n a d o c e n a de preparatorianos, encabezados p o r
J o r g e Prieto L a u r e n s y J o s é A . I n c l á n , p o r incorporarse en
a b r i l de 1913 a las fuerzas zapatistas que o p e r a b a n en la
zona d e l Ajusco. A pesar de que Prieto Laurens h a b í a sido
sucesivamente reyista y m i l i t a n t e c a t ó l i c o , e I n c l á n ya ha-
b í a l u c h a d o c o m o zapatista en 1911, lo que demostraba su
c o m p l e t a c o n c i e n t i z a c i ó n p o l í t i c a , los j ó v e n e s f u e r o n tra-
tados c o n i n d u l g e n c i a considerable, seguramente p o r la
i n t e r c e s i ó n de varios m i e m b r o s d e l gabinete, c o m o L e ó n
de la Barra, y de varios d i p u t a d o s c o m o L o z a n o , Q u e r i d o
M o h e n o y J o s é N a t i v i d a d M a c í a s . T a m b i é n fue decisiva
la p r e s i ó n de sus c o m p a ñ e r o s estudiantes, quienes orga-
n i z a r o n u n a e n o r m e m a n i f e s t a c i ó n en d e m a n d a de garan-
tías para la vida e i n t e g r i d a d de sus c o n d i s c í p u l o s . Sobre
t o d o , H u e r t a n o deseaba p e r d e r el apoyo de los universi-
tarios, pues h u b i e r a afectado la c o m p o s i c i ó n de su gabi-
nete. A d e m á s , dar nuevas muestras de excesiva severidad,
a dos meses de t o m a r el p o d e r , h u b i e r a afectado su v u l -

68
Dicáonano, 1990, i , p p . 409-410; n, p p . 48-50; ni, p p . 4 5 4 y 618-619;
vm, p p . 886-888, y M E D I N A N E R I , 1979, p p . 43-74.
796 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

nerable r e p u t a c i ó n personal y p o l í t i c a . Pero t a m p o c o de-


seaba H u e r t a p e r d e r la confianza y s i m p a t í a de las clases
m e d i a y alta capitalinas. Los j ó v e n e s f u e r o n p r o n t o libe-
rados, y se declararon a r r e p e n t i d o s de su "aventura" p r o -
m e t i e n d o alejarse de la p o l í t i c a y concentrarse en sus
estudios. 6 9
E n realidad, si b i e n la respuesta de H u e r t a fue inmedia-
ta y aparentemente m a g n á n i m a , ese i n t e n t o de los prepa-
ratorianos prozapatistas, c o n algunas muestras posteriores
de nuevas politizaciones estudiantiles, hizo que H u e r t a
d i s e ñ a r a u n a estrategia preventiva y disciplinaria: la m i l i t a -
rización de la e d u c a c i ó n superior, que c o m e n z ó con la Pre-
paratoria y se limitó a ella. Ilustrativamente, la respuesta de
la c o m u n i d a d a tan grave i n t e r v e n c i o n i s m o g u b e r n a m e n -
tal fue entre complaciente y resignada. La resistencia fue
m i n o r i t a r i a , d é b i l y e f í m e r a : acaso el ú n i c o profesor que
p r o t e s t ó fue A n t o n i o Caso, q u i e n s e n t e n c i ó que el p a í s
necesitaba "escuelas en los cuarteles y n o soldados en las
escuelas". 7 0 C o n todo, p o r tibia que haya sido la o p o s i c i ó n
preparatoriana, evitó que H u e r t a militarizara las d e m á s
escuelas universitarias. A u n q u e su objetivo ú l t i m o fuera la
militarización de toda la e d u c a c i ó n , p r i m e r o q u e r í a evitar
la o p o s i c i ó n estudiantil v la p é r d i d a del apovo de los pro-
fesores Hábil político H u e r t a dispuso que la militarización
fuera m á s aparatosa y p r o t o c o l a r i a que rigurosa E l resul-
tado fue el esperado- no h u b o d e s p u é s otras incorporacio-
nes de estudiantes a los e j é r c i t o s rebeldes. 7 1
La r e l a c i ó n entre H u e r t a y la c o m u n i d a d universitaria
n o puede limitarse a u n i n i c i o h a l a g ü e ñ o ensombrecido
d e s p u é s p o r la militarización de la preparatoria. L o cier-
to es que c o n f o r m e crecieron las desavenencias entre los
gobiernos m e x i c a n o y estadounidense, a u m e n t a r o n las ex-

69
El Imparáal (24, 26 y 2 8 - 3 0 abr. y 14 y 2 0 mayo 1913). El País (25
abr. 1 9 1 3 ) . PRIETO LAURENS, 1 9 6 8 , pp. 1 0 y 20-23.
A G N , IPy BA, c. 2 8 5 e x p . 1 , f. 3 0 ; e x p . 1 1 , ff. 6 4 - 1 1 ¡ . Los presidentes,
7 0

1985, ni, p . 8 1 . El Imparáal ( 9 y 2 0 mayo; 7 , 1 3 y 2 7 jun.; 2 y 4 jul. 1 9 1 3 ) .


71
A G N , IPy BA, c. 2 8 1 , e x p . 4 1 ( 2 0 6 ) f. 1.' A H U N A M , UN, R, c.b.,
e x p . 7 5 , ff. 2 1 2 0 - 2 1 2 1 , 2 1 2 4 , 2 1 3 4 , 2 1 3 5 , 2 1 4 5 . El Imparáal (22, 25 y 27
jun.; 4 , 8 , 1 1 - 1 4 , 2 8 - 3 0 ago. 1 9 1 3 ) . El País ( 8 , 1 2 - 1 3 jul. 1913).
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 797

presiones nacionalistas de los universitarios, que se tradu-


j e r o n e n u n abierto respaldo a H u e r t a . E n efecto, h u b o
varias movilizaciones estudiantiles contra e l g o b i e r n o de
W a s h i n g t o n y en favor de la p o l í t i c a d i p l o m á t i c a de H u e r -
ta, encabezada sucesivamente p o r sus admirados L e ó n de
la Barra, Federico Gamboa y J o s é L ó p e z P o r t i l l o . 7 2 Obvia-
m e n t e , las m á s intensas expresiones de su yancofobia fue-
r o n provocadas p o r la invasión estadounidense a Veracruz,
e n a b r i l de 1914: se p r o f u n d i z ó entonces la alianza entre
H u e r t a y los universitarios, 7 3 acaso algo deteriorada p o r las
r e n u n c i a s de varios profesores a sus puestos e n los sucesi-
vos gabinetes de H u e r t a .
¿ C u á l e s f u e r o n las secuelas a c a d é m i c a s de la militariza-
c i ó n de la preparatoria y de las diversas manifestaciones de
y a n c o f o b i a que t u v i e r o n lugar a l o largo del huertismo?
¿ C u á l fue el resultado de la alianza entre H u e r t a y la U n i -
versidad Nacional? E n t é r m i n o s generales las labores en
e d u c a c i ó n superior f u e r o n m á s que aceptables. Sobre todo
p o r q u e ésta c o m e n z ó a volverse m á s p r á c t i c a y menos teó-
rica. L a g r a n paradoja consistió e n que, si p o r u n lado, se
d i o u n a r e c u p e r a c i ó n de los educadores porfiristas, p o r el
o t r o , se d i o u n golpe d e m o l e d o r a la e d u c a c i ó n p o r f í r i a n a .
Es incuestionable que fue c o n Nemesio G a r c í a N a r a n j o
c o m o m i n i s t r o de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a c u a n d o e l positivis-
m o c o m e n z ó a ser desplazado p o r el p r a g m a t i s m o . 7 4 Obvia-
m e n t e , los beneficios en la e d u c a c i ó n superior t a m b i é n se
o b t u v i e r o n gracias a la t r a n q u i l i d a d m i l i t a r de que g o z ó l a
c i u d a d de M é x i c o hasta la c a í d a de H u e r t a , y p o r las sen-
satas designaciones q u e se h i c i e r o n e n las dependencias
universitarias: p e r m a n e c i e r o n i n i c i a l m e n t e en sus puestos
el r e c t o r E g u í a Lis, A u r e l i a n o U r r u t i a y Luis Salazar, direc-
tores de M e d i c i n a e Ingenieros. A su vez, Gama, P r u n e d a
y C a b r e r a f u e r o n sustituidos p o r M i g u e l Ávalos, Ezequiel

T¿
El Imparcial (8-11, 1 4 y 2 9 age 1 9 1 4 ) . El País ( 8 y 1 2 - 1 3 jul. 1913).
7 3
A H U N A M , UN, R, c. 1 4 , exp. 6 3 , f. 1 4 6 9 ; c. 6 , e x p . 8 4 , f. 2 4 0 . El País
( 2 7 y 2 9 a b r . ; 8 , 1 1 , 2 2 v 3 0 m a y o 1 9 1 4 ) . GARCÍA N A R A N ( O , 1 9 4 6 - 1 9 4 8 , vn,
pp. 277-278 y 283-285. '
7 4
El c a m b i o refleja l a c r e c i e n t e i n f l u e n c i a e n M é x i c o d e los nuevos
p r o c e d i m i e n t o s p e d a g ó g i c o s estadounidenses.
798 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

C h á v e z y J u l i o G a r c í a , en la Preparatoria, Altos Estudios y


Jurisprudencia: Ávalos argumentaba ser el h e r e d e r o de Sie-
rra, C h á v e z h a b í a sido el autor del proyecto de c r e a c i ó n de
esa escuela y G a r c í a ya h a b í a d e s e m p e ñ a d o antes ese pues-
t o . 7 5 L a m e j o r í a fue notable en M e d i c i n a , pues a la ense-
ñ a n z a e n ella se a g r e g ó el imprescindible aspecto p r á c t i c o ,
al asimilar a la institución el H o s p i t a l General y los institu-
tos M é d i c o , P a t o l ó g i c o y B a c t e r i o l ó g i c o . 7 6 Fue tan exitoso
el d e s e m p e ñ o de U r r u t i a , que ayuda a explicar su desig-
n a c i ó n c o m o secretario de G o b e r n a c i ó n , n o m b r a m i e n t o
que ratificó la alianza entre H u e r t a y los universitarios.
T a m b i é n h u b o u n a clara m e j o r í a en J u r i s p r u d e n c i a ,
pues ya sin Cabrera v o l v i e r o n varios de los profesores sece-
sionistas que se h a b í a n refugiado en la Escuela L i b r e de
Derecho, c o m o Carlos Díaz D u f o o , M i g u e l Macedo, Deme-
t r i o Sodi y Jorge Vera E s t a ñ o l . V o l v i e r o n t a m b i é n algunos
a l u m n o s , a u n q u e durante u n t i e m p o considerable n o
h a b r í a problemas de s o b r e p o b l a c i ó n e s t u d i a n t i l . 7 7 Incluso
la Escuela de Altos Estudios tuvo u n a considerable m e j o r í a .
A u n q u e su creador, Ezequiel C h á v e z , fue designado c o m o
d i r e c t o r , n o p r e t e n d i ó obligarla a apegarse a d i c h o pro-
yecto: la escuela c o n s e r v ó la naturaleza human ista que le
h a b í a n impreso los ateneístas en 1912, al t i e m p o que inten-
tó d i f u n d i r conocimientos abiertamente p r á c t i c o s sobre
electricidad, salud y temas similares. A h o r a fue menos pre-
tensiosa la institución: no se h a b l ó de i n v e s t i g a c i ó n n i de
posgrados, y se limitó a reclamar su u t i l i d a d c o m o forma-
d o r a de profesores universitarios de física y q u í m i c a , o de
literatura.78
A pesar de estos logros, la m a r c h a de la Universidad
N a c i o n a l d u r a n t e el g o b i e r n o huertista se c a r a c t e r i z ó p o r
el decaimiento del positivismo, lo que implicaba u n cambio
radical en la esencia y naturaleza de los p r i n c i p i o s educa-

7 5
A G N , IPy BA, c. 284, exp. 15 (367) ff. 49 y 58 (368) ff. 56 y 100. BIP,
xxi, p . 337.
7 6
A G N , G, PR, c. 116 e x p . 2. Ellmparcial (4, 10 y 14 m a y o 1913).
7 7
A E C H , U, c. 3, docs. 51-53 y 57-59.
7 8
A H U N A M , UN, R, c. 5, e x p . 64, f. 1642. A G N , IPy BA, c. 285, e x p .
1, f. 30. Ellmparcial (26 ago.; 5 oct. y 19 n o v . 1 9 1 3 ) . El País (18 j u l . 1913).
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 799

tivos establecidos. F u e r o n H u e r t a y Nemesio G a r c í a Naran-


j o quienes asestaron los p r i m e r o s golpes radicales al sis-
t e m a de e d u c a c i ó n superior p o r f i r i a n o . E n c o m p a r a c i ó n ,
los golpes de V á z q u e z G ó m e z y Cabrera p a r e c í a n simples
escarceos p o l í t i c o s . L o p a r a d ó j i c o es que estos ú l t i m o s ha-
b í a n provocado grandes reacciones negativas en la mayor
parte de la c o m u n i d a d universitaria, mientras que los cam-
bios realizados p o r G a r c í a N a r a n j o a p r i n c i p i o s de 1914
f u e r o n aceptados c o n mas j ú b i l o que r e s i g n a c i ó n . Segura-
m e n t e influyó que los principales positivistas ya h a b í a n
m U e r t o —Sierra y P o r f i r i o Parra—, o h a b í a n visto langui-
decer su i n f l u e n c i a — M a n u e l Flores y J o s é Terres—, o
h a b í a n a b a n d o n a d o la d o c t r i n a —Ezequiel C h á v e z . Tam-
b i é n fue decisivo el h á b i l manejo político que G a r c í a
N a r a n j o hizo de t o d o el proceso: fue generoso c o n los
viejos profesores positivistas y respetuoso de los usos v
costumbres d e l sector. 7 9 G a r c í a N a r a n j o adujo que la Pre-
paratoria era la d e p e n d e n c i a universitaria que m á s urgen-
temente r e q u e r í a desprenderse de su rígida v a n a c r ó n i c a
d o c t r i n a positivista, envejecida d e s p u é s de 50 a ñ o s de cam-
bios p r o f u n d o s en el p a í s y en t o d o el m u n d o intelectual.
C o m o hábil p o l í t i c o aue era a t e n u ó su golpe intelectual v
p e d a g ó g i c o con favores e c o n ó m i c o s y políticos: relevó de
la d i r e c c i ó n al positivista M i g u e l Ávalos v d e s i g n ó en su
lugar a Genaro G a r c í a a n t e r i o r m e n t e su profesor v iefe
c o n lo que g a n ó el apovo de u n t u t o r sabio laborioso v
prestigiado aue contaba a d e m á s c o n u n a considerable
experiencia p o l í t i c a . 8 0 '

A u n q u e la propuesta de r e f o r m a p r o v i n i e r a finalmente
de las autoridades educativas gubernamentales, a diferen-
cia de V á z q u e z G ó m e z y Cabrera, el m i n i s t r o G a r c í a Naran-
j o era considerado u n intelectual y discutió los principales
aspectos de su proyecto c o n universitarios c o m o Erasmo
Castellanos Q u i n t o , Ezequiel C h á v e z y, sobre todo, A n t o -

7 9
O r g a n i z ó h o m e n a j e s a E d u a r d o Liceaga, J a c i n t o Pallares y M a n u e l
Flores.
8 0
A G N , IPy BA, c. 284. e x p . 5 ( 3 7 7 ) , ff. 394 y 460. El Imparcial (16-17
d i c . 1913). G a r c í a se h a b í a t i t u l a d o de a b o g a d o e n 1891 y h a b í a sido
varias veces d i p u t a d o desde 1894. V é a s e A P Í U N A M , i , e x p . 619.
800 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

n i o Caso. L a i n f l u e n c i a de éstos fue tal —aceptada p o r el


p r o p i o G a r c í a N a r a n j o — , que la lucha c o n t r a el positivis-
m o debe ser vista t a m b i é n c o m o u n a labor de los p r i n c i p a -
les universitarios de entonces. Es u n hecho que el proyecto
de G a r c í a N a r a n j o t a m b i é n se e n r i q u e c i ó al discutirse for-
malmente en el Consejo Universitario, sobre todo p o r con-
sejeros c o m o V a l e n t í n Gama, Pedro H e n r í q u e z U r e ñ a y
Federico Mariscal. 8 1 E l c a m b i o de p r o g r a m a en la prepa-
ratoria i m p l i c ó la a p a r i c i ó n de cursos sobre ética, filosofía
y arte, o la a s i g n a c i ó n de mayor i m p o r t a n c i a a los ya esta-
blecidos de historia y l i t e r a t u r a , a cambio de lo cual se
s u p r i m i e r o n algunos que f u e r o n considerados " i n f r u c t u o -
sos". Obviamente, dado que los profesores positivistas eran
incapaces de i m p a r t i r estos cursos, tuvo que contratarse a
j ó v e n e s que d o m i n a b a n las h u m a n i d a d e s y las nuevas co-
rrientes de p e n s a m i e n t o , 8 2 lo que p r u e b a que u n a reforma
p e d a g ó g i c a tiene mayor efecto que cualquier ataque políti-
co. Así, dicha r e f o r m a n o se r e d u j o a la Preparatoria, sino
que t a m b i é n se i n t r o d u j e r o n cambios significativos en Me-
dicina, I n g e n i e r í a y J u r i s p r u d e n c i a , todos ellos tendientes
a i m p a r t i r u n a e d u c a c i ó n m á s p r á c t i c a y m o d e r n a . Por últi-
m o , al pasar C h á v e z de Altos Estudios a la rectoría, su lugar
fue ocupado p o r A n t o n i o Caso, q u i e n dio a la filosofía m á s
peso que el que h a b í a comenzado a tener desde 1912. 8 3
La d e s i g n a c i ó n de Ezequiel C h á v e z c o m o rector, a fina-
les de 1913, fue u n a b e n é f i c a d e c i s i ó n para la Universidad

8 1
AGN, IPy BA, c. 285, exp. 7, f. 10. REYES y ENRÍQLEZ UREÑA, 1986,
p p . 250, 265 y 2 8 1 . GARCÍA NARAN,O, 1946-1948, viíi, p p . 204-205.
8 2
P or e n t o n c e s i n g r e s a r o n a! c u e r p o d o c e n t e de la p r e p a r a t o r i a ,
j ó v e n e s c o m o G e n a r o F e r n á n d e z M a c G r e g o r , Carlos G o n z á l e z P e ñ a ,
Julio T o r r i , A n t o n i o Castro L e a l , A l b e r t o V á z q u e z d e l M e r c a d o y M a n u e l
T o u s s a i n t , e n t r e o t r o s . C o m o p r i n c i p a l c o l a b o r a d o r d e l d i r e c t o r Gena-
r o G a r c í a fue n o m b r a d o M a r i a n o Silva y Aceves, a t e n e í s t a , escritor e n
ciernes y p r o f e s o r de l i t e r a t u r a i n d i a e n la Escuela de A l t o s Estudios. T r á -
tese de maderistas, c o n s t i t u c i o n a l i s t a s o de huertistas, el p r o c e s o revo-
l u c i o n a r i o i m p l i c a b a p a r a t o d o s u n relevo g e n e r a c i o n a l .
8 3
A G N , IPy BA, c. 284, e x p . 15 (377) f. 373. A E C H , II, c. 2, doc. 157.
AHUNAM, UN, II c. 6, e x p . 8 1 . f. 2 3 4 1 . GARCÍA NARANJO, 1946-1948, vm,
p p . 139, 180 y 222-226. Ellmparrial (4, 19-30 d i c . 1913; 2, 7, 1 1 , 24 y 26
m a r . ; 16 abr.; 6 y 15 j u n . , y 16 j u l . 1 9 1 4 ) . El País (8 ene.; 15 feb., y 7, 22
y 31 m a r . 1 9 1 4 ) .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 801

N a c i o n a l . 8 4 Si su p a r t i c i p a c i ó n en la c r e a c i ó n de ésta en
1910 h a c í a suponer que C h á v e z s e r í a extremadamente fiel
al proyecto o r i g i n a l , lo que c o n t r a v e n d r í a cualquier p l a n
de r e f o r m a , lo cierto es que d o n Ezequiel t e n í a una enor-
m e capacidad de a d a p t a c i ó n : h a b í a a b a n d o n a d o el positi-
vismo y p e r c i b í a los cambios intelectuales, p e d a g ó g i c o s y
s o c i o p o l í t i c o s que estaban sucediendo en el país. L o que
n o varió fue su laboriosidad y su f é r r e a actitud en defensa
de la institución. E n concreto, C h á v e z b u s c ó fortalecer las
funciones del rector y d e l Consejo Universitario, i n t e n t ó
conseguir el m e j o r profesorado disponible y se a f a n ó p o r
d a r l e a la institución u n sentido a u t é n t i c o de c o m u n i d a d .
Incluso d e c i d i ó desligar a la preparatoria de la Universidad
N a c i o n a l , 8 5 pero ésta, c o m o todas las disposiciones del go-
b i e r n o de H u e r t a , fue derogada a la c a í d a de éste, a media-
dos de 1914. L o que n o p u d o hacerse — n i se d e s e ó — fue
d e t e n e r el proceso de cambio i n i c i a d o ; y el fin del antiguo
r é g i m e n y la c o n s t r u c c i ó n de u n o nuevo lo agilizarían y ra-
dicalizarían.

IRRUPCIÓN Y CAMBIO

E n u n b r e v e e s c r i t o casi 40 a ñ o s p o s t e r i o r , E d m u n d o
O ' G o r m a n volvió a r e f e r i r s e a j u s t o S i e r r a y a su m a y o r
c r e a c i ó n . Sin e m b a r g o , e n esta o c a s i ó n O ' G o r m a n p r o -
l o n g ó su análisis y d i j o que si b i e n la Universidad Nacional
era " p o r f i r i a n a en su cuna", los gobiernos revolucionarios
n o h a b í a n r e p u d i a d o tal legado, sino que lo h a b í a n h e c h o
suyo, para l o cual la institución tuvo que pasar p o r u n pro-

8 4
A G N , IPy BA, c. 284, exp. 15 ( 3 7 6 ) , f. 347. Ellmparáal (27 y 30 n o v .
y 2 d i c . 1 9 1 3 ) . L o c u r i o s o es q u e C h á v e z n o era la p r i m e r a o p c i ó n p a r a
e l p u e s t o : antes se p e n s ó e n E m i l i o Rabasa y A n t o n i o Caso. Por tener los
tres, c a r a c t e r í s t i c a s t a n distintas r e s u l t a o b l i g a d o d u d a r de q u e las auto-
r i d a d e s t u v i e r a n u n p r o y e c t o c o h e r e n t e y d e f i n i t i v o sobre la e d u c a c i ó n
superior que el país r e q u e r í a .
8 5
A H U N A M , UN, R, c. 5, e x p . 64, f, 1642; A E C H , U, c. 4, doc. 55-56
y 76-77; c. 2, d o c . 1 6 1 ; c. 6, e x p . 87, ff. 2422-2431 y 2451-2455; exp. 72,
ff. 2044-2046, y c. 6, exp. 75, ff. 2154-2155, 2159 y 2168.
802 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

ceso de ajuste y de cambios. Desafortunadamente, O'Gor-


m a n n o hizo p ú b l i c a su c o n c e p c i ó n sobre ambos aspec-
tos; tan sólo a s e g u r ó que la Universidad N a c i o n a l se hizo
revolucionaria mediante u n "riguroso desarrollo" y en cum-
p l i m i e n t o "de su noble m i s i ó n " . 8 6 Para analizar este asun-
to es preciso descifrar varios enigmas: ¿ c ó m o e n f r e n t ó la
institución la llegada de la revolución triunfante a la ciudad
de M é x i c o ? ¿ C ó m o sobrevivió a la d e r r o t a p o l í t i c a de sus
principales actores? ¿ C ó m o se convirtió en u n a universidad
revolucionaria?
Venustiano Carranza n o m b r ó c o m o su p r i m e r encargado
d e l M i n i s t e r i o de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a al t a b a s q u e ñ o Félix
Palavicini, a g r ó n o m o de p r o f e s i ó n , p e r o dedicado desde
finales d e l p o r f i r i a t o a asuntos intelectuales y p e d a g ó g i c o s ,
q u i e n a d e m á s contaba c o n u n a e x p e r i e n c i a política consi-
derable y con suficientes credenciales revolucionarias, 8 7 lo
que h a c í a previsible que trajera u n nuevo proyecto de edu-
c a c i ó n superior. Para comenzar, i n m e d i a t a m e n t e p r o c e d i ó
a relevar al personal que h a b í a l a b o r a d o c o n H u e r t a , fue-
r o n cesados varios profesores abiertamente huertistas "por
e x i g i r l o así la necesidad de moralizar el espíritu p ú b l i c o " , 8 8
y d e s m i l i t a r i z ó la preparatoria, que volvió a quedar inte-
grada a la Universidad N a c i o n a l en tanto que se descono-
ció la r e f o r m a huertista. Sobre todo, el p r i n c i p a l aspecto de
su proyecto era p r e t e n d e r otorgarle la a u t o n o m í a a la. ins¬
titución, auncjue n o está claro si era. u n o f r e c i m i e n t o liber-
t a r i o a u t é n t i c o o u n a propuesta o p o r t u n i s t a para ganar
aDovo Donular si b i e n lo m á s p r o b a b l e es eme hava sido
u n a m a n i f e s t a c i ó n del radicalismo - c o m p a r a t i v a m e n t e ha-
blando que c a m p e ó en el carrancismo durante 1914-1915.
El t r i u n f o de los alzados i m p l i c a b a nuevos h o m b r e s y
nuevas ideas. A d e m á s de Palavicini, f u e r o n responsables de

8 6
O ' G O R M A N , 1986, p. 13.
87
BE, i : 1, 1914, p p . 7-15. A H U N A M , UN, R, c. 8, e x p . 105. El Liberal
(17, 19, 21 y 25-26 ago. y 2 sep. 1 9 1 4 ) . PALAVICINI, 1937, p . 207.
8 8
E n t r e otros, f u e r o n cesados E n r i q u e G o n z á l e z M a r t í n e z , R o d o l -
f o Reyes, F r a n c i c o E l g u e r o y A n t o n i o R a m o s P e d r u e z a , o A l f o n s o T e j a
Z a b r e y M a n u e l H e r r e r a y Lasso. A G N , G, PR, c. 22, exps. 2, 3 y 5; c . 1 2 6 ,
exps. 81 y 93-94.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 803

la e d u c a c i ó n superior: Alfonso Cravioto, V a l e n t í n Gama


— n u e v o rector—, Martín Luis G u z m á n , J o s é N a t i v i d a d
M a c í a s , J o s é Vasconcelos, el " D r . A t l " , A l f o n s o H e r r e r a y
A l f o n s o Cabrera, entre otros. A u n q u e c o n diferencias res-
pecto a su calidad a c a d é m i c a y su filiación e i d e o l o g í a polí-
ticas, todos eran partidarios de construir u n nuevo Estado
y aceptables en el sector universitario, lo que explica su dis-
c i p l i n a d a respuesta p o l í t i c a . 8 9 C o n todo, n i n g u n o de éstos
t e n í a la calidad y experiencia de los directivos universita-
rios anteriores: Palivicini n o era G a r c í a N a r a n j o , c o m o
G a m a n o era C h á v e z n i M a r t í n Luis G u z m á n era H e n r í -
quez U r e ñ a . Mayores diferencias h a b í a en el profesorado,
pues n o era posible sustituir i n m e d i a t a m e n t e a docentes
c o m o J o a q u í n C a s a s ú s , E n r i q u e G o n z á l e z M a r t í n e z , Carlos
Pereyra, R o d o l f o Reyes, Jorge Vera E s t a ñ o l y A u r e l i a n o
U r r u t i a . E n resumen con la llegada de los constitucionalis-
tas la Universidad Nacional p u d o seguir laborando aunque
c o n u n t e m p o r a l decaimiento en su calidad a c a d é m i c a
E l p r o b l e m a i n m e d i a t o que e n f r e n t ó el proyecto carran-
cista fue la inestabilidad político-militar que sufrió el p a í s
desde finales de 1914 hasta la segunda m i t a d de 1915. Ya
c o n algunos programas de estudio reformados, c o m o los
de J u r i s p r u d e n c i a y M e d i c i n a , y ya firmada la ley que otor-
gaba su a u t o n o m í a a la Universidad N a c i o n a l , 9 0 Carranza
tuvo que h u i r de la c i u d a d de M é x i c o , o c u p a d a p o r los
convencionistas que, comprensiblemente, traían su p r o p i o
proyecto universitario. E l p r i m e r g r u p o convencionista que
d e t e n t ó el p o d e r estaba encabezado p o r Eulalio G u t i é r r e z ,
q u i e n puso c o m o secretario de I n s t r u c c i ó n a J o s é Vascon-
celos, q u i e n , a su vez, n o m b r ó c o m o colaboradores p r i n c i -
pales a varios de sus c o m p a ñ e r o s a t e n e í s t a s — M a r t í n Luis
G u z m á n , M a r i a n o Silva y Aceves y J u l i o T o r r i — p e r o q u i e n
t a m b i é n i n t e g r ó u n e c l é c t i c o e q u i p o de trabajo c o n perso-
nas provenientes de los diversos grupos que c o n f o r m a b a n

8 9
A H U N A M , T, exps. 560, 6 4 0 , 1 5 7 8 y 1723; A G N , G, PR, c. 119, e x p .
22. BE, i - l , 1914, p p . 31 32, 40, 43-46 y 74-81.
9 0
A H U N A M , UN, R, c. 6, e x p . 87, E. 2482-2487. BE, i : l , p p . 43-54,183
y 194.
804 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

la C o n v e n c i ó n , c o m o el o f t a l m ó l o g o m i c h o a c a n o M i g u e l
Silva. 9 1 Sin embargo, d e n t r o de la Universidad N a c i o n a l ,
Vasconcelos d e s c a n s ó en educadores probados, sin i m p o r -
tarle sus ligas c o n los gobiernos de Díaz y H u e r t a , c o m o
Ezequiel C h á v e z , J e s ú s G a l i n d o y V i l l a , J u l i o G a r c í a y, cla-
ro está, A n t o n i o Caso. Si b i e n Vasconcelos t a m b i é n d e c i d i ó
otorgar l a i n d e p e n d e n c i a a la institución, q u e se restruc-
turaría a p a r t i r de u n proyecto hecho p o r u n g r u p o p l u r a l
de universitarios destacados, 9 2 s u c e d i ó q u e e l g o b i e r n o de
Eulalio G u t i é r r e z p r o n t o tuvo que salir h u y e n d o de l a ciu-
dad de M é x i c o , l o q u e hizo abortar — l é a s e p o s p o n e r — al
plan vasconcelista.
El resto de 1915 fue u n a d u r a p r u e b a para la Universi-
dad N a c i o n a l , d e b i d o al caos provocado p o r l a conflictiva
situación político-militar del p a í s . D e s p u é s de G u t i é r r e z , l a
ciudad d e M é x i c o fue d o m i n a d a , p o r escasas dos semanas,
p o r Roque G o n z á l e z Garza y la facción villista de la Con-
v e n c i ó n . Posteriormente, fue ocupada p o r Alvaro Obre-
g ó n , sólo p o r mes y m e d i o , lapso durante el cual n o h u b o
una p o l í t i c a universitaria, ya que la s o l u c i ó n de los proble-
mas militares era, m á s que p r i o r i t a r i a , urgente. Esto expli-
ca que O b r e g ó n sí desarrollara, e n cambio, u n a estrategia
política d i r i g i d a al m á s numeroso sector universitario, el de
los estudiantes, a quienes trató de atraer e i n v o l u c r a r en la
lucha c o n t r a los ejércitos villista y zapatista: el resultado n o
fue despreciable, pues desde entonces l o g r ó el apoyo de
varios estudiantes de M e d i c i n a , imprescindibles e n la cre-
ciente p r o f e s i o n a l i z a c i ó n de su e j é r c i t o . 9 3
A l a b a n d o n a r O b r e g ó n la ciudad de M é x i c o , ésta fue
recuperada p o r los convencionistas, encabezados p o r
G o n z á l e z Garza. P r o b a b l e m e n t e los peores meses sufridos
por la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l durante todo e l decenio fue-
r o n aquellos de mediados de 1915, d u r a n t e e l segundo

91
El Monitor ( 6 , 9 y 2 7 die. 1 9 1 4 ) .
9 2
A H U N A M , UN, R, c. 7 , e x p . 1 0 3 , f. 2 9 5 0 . El Monitor ( 5 , 6 , 8-9,1 1 ,
1 3 y 1 7 d i e . 1 9 1 4 ) . M A R I A Y CAMPOS, 1 9 7 5 , p p . 1 6 4 - 1 7 7 .
9 3
A G N , G, PR, e. 5 , e x p . 1 1 . El Pueblo ( 1 2 feb. 1 9 1 5 ) . La Convention
( 2 7 f e b . 1 9 1 5 ) . GRACIA GARCIA, 1 9 1 1 , p . 2 1 5 .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 805

m a n d a t o de G o n z á l e z Garza. E l secretario de I n s t r u c c i ó n
fue J o a q u í n Ramos Roa, y el rector fue, otra vez, Valen-
tín Gama. E n el f o n d o , el p r o b l e m a es que se trataba de u n
g o b i e r n o m u y vulnerable, sin u n proyecto nacional, defi-
n i d o , lo cual se reflejaba en su p o l í t i c a universitaria. A
pesar de haber sido rector meses antes y d i r e c t o r de la pre-
paratoria c o n M a d e r o , Gama se d e b a t í a entre desaparecer
o fortalecer a la Universidad Nacional. De esa m a g n i t u d
era su dilema: volver a la s i t u a c i ó n a n t e r i o r a 1910, c o n
escuelas profesionales independientes, o construir u n a uni-
versidad t r a d i c i o n a l , c o n u n rector p r á c t i c a m e n t e o m n í -
m o d o . De hecho, Gama p r o p u s o que se hiciera u n a nueva
ley constitutiva, c o n base en u n a c o m i s i ó n f o r m a d a p o r él,
Federico Cervantes y R a m ó n L ó p e z Velarde. El resultado
fue que se p r o p u s o disolver la Universidad Nacional y que
los asuntos universitarios los resolviera u n a j u n t a directi-
va de i n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , c o n f o r m a d a p o r los directores y
u n delegado de cada escuela. 9 4
La U n i v e r s i d a d Nacional t o d a v í a p a s a r í a peores amena-
zas, c u a n d o la f a c c i ó n villista de la C o n v e n c i ó n fue susti-
t u i d a p o r u n a zapatista encabezada p o r Francisco Lagos
C h á z a r o . E l secretario de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a fue O t i l i o
M o n t a ñ o , antes profesor r u r a l en el estado de Morelos y
autor del Plan de Ayala. T a n p r o n t o se dio el cambio de
g o b i e r n o , Gama r e n u n c i ó a la r e c t o r í a , p e r o nunca se
n o m b r ó u n sustituto, p o r lo que la institución p e r m a n e c i ó
acéfala. M u c h o m á s grave que la incapacidad o la falta de
autoridades fue la parálisis casi total de las actividades aca-
d é m i c a s : muchos de los mejores profesores se encontraban
exiliados; otros s i m p l e m e n t e dejaron de c u m p l i r c o n sus
actividades docentes. Esto ú l t i m o se d e b i ó a lo difícil que
se t o r n ó en la c i u d a d la vida cotidiana — i r r e g u l a r i d a d en
el abasto, d e s q u i c i a m i e n t o m o n e t a r i o , alarmante insalu-
b r i d a d y falta de seguridad— y a que todos p e r c i b i e r o n que
el r é g i m e n de Lagos C h á z a r o d u r a r í a poco, p o r lo que pre-

9 4
A H U N A M , T, e x p . 604; A H U N A M , UN, R, c. 6, e x p . 75, ff. 2204,
2206, 2208 y 2210; c. 7, e x p . 1 0 1 , ff. 2888, 2 8 9 0 1 ; e x p . 103, ff. 2958, 2959
y 2974: e x p . 104, ff. 3122 y 3123.
806 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

firieron n o colaborar c o n él para evitar represalias d e l


g o b i e r n o constitucionalista, previsible t r i u n f a d o r en la gue-
r r a de facciones; sobre t o d o , los universitarios a d v i r t i e r o n
que la institución n o t e n í a f u t u r o e n el proyecto educativo
de O t i l i o M o n t a ñ o , comprensiblemente dedicado a la edu-
cación rural y rudimentaria.95
P a r a d ó j i c a m e n t e , p o r p o b r e que haya sido el desempe-
ñ o a c a d é m i c o de la Universidad Nacional durante 1915, en
t é r m i n o s p o l í t i c o s fue sin d u d a el p e r i o d o m á s agitado e
i m p o r t a n t e d e l decenio. E n el f o n d o , l o que los estudian-
tes h i c i e r o n fue aceptar y c o m p r e n d e r la d e r r o t a definiti-
va del antiguo r é g i m e n , y simpatizar y colaborar con el
s u r g i m i e n t o del nuevo. Así hayan sido proconvencionistas
o proconstitucionalistas, los j ó v e n e s universitarios comen-
zaron a dejar de ser los v á s t a g o s de las familias beneficiadas
p o r el p o r f i r i a t o . I n d u d a b l e m e n t e , el suceso que m e j o r
ilustra d i c h o cambio es la c o l a b o r a c i ó n de varios alumnos
de la Escuela de A g r i c u l t u r a en los procesos de r e f o r m a
agraria en C h i h u a h u a y Morelos, aunque t a m b i é n fue igual-
m e n t e significativa la s i m p a t í a de numerosos estudiantes
de m e d i c i n a c o n las fuerzas armadas constitucionalistas. 9 6

El. CAMBIO, ¿ M O D E R A D O O RADICAL?

E l apoyo del sector universitario a los constitucionalistas


c r e c i ó c o n su t r i u n f o ; a d e m á s , a finales de 1915 éstos pre-
sentaron u n proyecto que i m p l i c a b a reformas profundas,
p e r o atinadas y m a y o r i t a r i a m e n t e aceptables: se renovaba
el o f r e c i m i e n t o de a u t o n o m í a y se p r o m e t í a m e j o r a r y
actualizar a la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l m e d i a n t e cambios en
los planes y programas de estudio. Sin embargo, l o cierto
es que n o se o t o r g ó tal i n d e p e n d e n c i a , y que la preparato-

9 5
A H U N A M , UN, R, c. 7, e x p . 96, ff. 2719 bis, 2712 bis, 2735, 2736 bis
y 2737; e x p . 1 0 1 , ff. 2882-2883; e x p . 103, ff. 2977-3000. El Renovador
( 1 7 j u n . y l a y 3 j u l . 1915).
9 6
GÓMEZ, 1961 y 1966. Diccionario, 1990, i , p . 509; n, p p . 79 y 956-958;
ni, p p . 109 y 5 8 1 .
DE JUSTO SIERRA A VASCONCELOS 807

r i a q u e d ó escindida de la institución; a d e m á s , ésta p e r d i ó


m u c h a s otras dependencias dedicadas a la investigación y
a la difusión de la cultura: el i n t e n t o era r e d u c i r l a a la suma
de las escuelas profesionales, a g r e g á n d o l e ahora la de
o d o n t o l o g í a y la de q u í m i c a , de i n m i n e n t e c r e a c i ó n . 9 7 E n
r e s u m e n , se buscaba reducir la Universidad Nacional a una
d i m e n s i ó n apropiada, y m o d e r n i z a r l a de acuerdo con el
e s p í r i t u de su t i e m p o .
Desafortunadamente, el proyecto n o c o i n c i d í a con sus
posibilidades inmediatas n i c o n la nueva situación real.
Para comenzar, los principales pedagogos carrancistas asu-
m i e r o n otras responsabilidades — p i é n s e s e en Palavicini y
su propuesta de u n a nueva c o n s t i t u c i ó n o su d i r e c c i ó n de
u n nuevo p e r i ó d i c o , El Universal—; a d e m á s , puesto que se
p r e t e n d í a evitar riesgos como los de finales de 1914, cuando
se a c u d i ó a intelectuales destacados, p e r o independientes
o contrarios p o l í t i c a m e n t e , ahora se buscaron colabora-
dores mediocres p e r o disciplinados, p o r lo que la educa-
c i ó n s u p e r i o r q u e d ó bajo la f é r u l a de Alfonso H e r r e r a o
F e r n a n d o L i z a r d i . 9 8 Así, en lugar de hacerse a u t ó n o m a ,
d u r a n t e 1916 la Universidad N a c i o n a l se t o r n ó creciente-
m e n t e carrancista. E n t é r m i n o s a c a d é m i c o s su r e n d i m i e n -
to fue m e d i o c r e : se c a r e c í a de los mejores profesores de
a n t a ñ o , los recursos e c o n ó m i c o s escaseaban y la situación
sanitaria de la ciudad s e g u í a siendo mala. Sin embargo, p o r
o t r o l a d o c o n t i n u ó el proceso de hacer cada vez m á s prác-
tica la e d u c a c i ó n superior, y c o m e n z ó a integrarse una, n i i C "
va p l a n i l l a de profesores con la. suma, de j ó v e n e s docentes
y los mejores maestros que p u d i e r o n conservar su puesto. 9 9

9 7
A H U N A M , UN, R, c. 6, e x p . 87; e x p , 106, f. 3 2 2 1 . BE, 1914, i : 4,
p p . 27-32. El Demócrata (25 ene.; 8 m a r . , y 20 m a y o 1 9 1 6 ) .
9 8
H e r r e r a , n o r m a l i s t a c a m p e c h a n o , h a b í a f u n d a d o l a Escuela Pes¬
talozzi e n M é r i d a y h a b í a r a d i c a d o e n P u e b l a , d o n d e e n t r ó e n c o n t a c t o
c o n A q u i l e s S e r d á n ; p o s t e r i o r m e n t e fue m u y c e r c a n o a j e s ú s Carranza.
L i z a r d i q u i e n , a su vez, era m i e m b r o d e l g r u p o p o l í t i c o d e l r e c t o r Ma-
tías y a m b o s guanajuatenses.
9 9
A H U N A M , UN, R, c. 8, e x p . 116, ff. 3488-3490, 3493-3494, 3516¬
1519 y 3 5 2 4 . A H U N A M , T, exps. 5 7 7 , 1 2 8 9 y 1514. BE, 1914, i:2, p p . 223;
i:4, p p . 33-34, Boletín de la Universidad, i : l , p p . 34-37. El Pueblo (2 m a r . y
17 m a y o 1 9 1 6 ) .
808 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

Asimismo, se b u s c ó que la e d u c a c i ó n superior fuera útil a la


t r a n s f o r m a c i ó n s o c i o e c o n ó m i c a del país, para lo cual se cre-
a r o n carreras concretas, c o m o contabilidad, veterinaria y
q u í m i c a , vetadas antes p o r el proyecto universitario de Jus-
to Sierra. Sobre todo, a diferencia de éste, que s o ñ ó con una
universidad culturalista y partidario de la m i n o r í a selecta,
ahora se deseaba u n a institución m á s compenetrada c o n los
problemas s o c i o e c o n ó m i c o s del país. A l m a r g e n de la me-
d i o c r i d a d imperante, a m e d i a n o y largo plazos los cambios
realizados p o r los carrancistas serían fundamentales.
D a d o que desde 1916 el carrancismo fue menos radical
que en 1914-1915, h u b o cambios en lo concerniente a la
vida p o l í t i c a de la institución. Para comenzar, el g o b i e r n o
ya n o fue tan agresivo v sectario c o m o d u r a n t e los a ñ o s
anteriores; a d e m á s , b u s c ó establecer u n a b u e n a r e l a c i ó n
con la c o m u n i d a d universitaria, alegando que p r e t e n d í a
i m p o n e r u n gobierno ordenado, m o d e r n o y civilizado, c o n
u n aparato b u r o c r á t i c o que r e q u e r í a d e l concurso i n m e -
diato de los profesionistas, que iban a ser igualmente i m -
portantes en la r e c o n s t r u c c i ó n s o c i o e c o n ó m i c a d e l p a í s . 1 0 0
T a l identificación de intereses dio lugar a u n a c o l a b o r a c i ó n
política. Numerosos estudiantes se o r g a n i z a r o n para co-
laborar en las elecciones que llevarían a d o n Venustiano
a la presidencia c o n s t i t u c i o n a l . 1 0 1 Sobre t o d o , fue i m p o r -
tante la p a r t i c i p a c i ó n de la c o m u n i d a d universitaria — e n
especial la de Jurisprudencia, p o r obvias razones— en la
p r o m u l g a c i ó n de la C o n s t i t u c i ó n de 1917: la idea de ela-
b o r a r toda u n a nueva carta m a g n a fue de Palavicini; Luis
M a n u e l Rojas, jefe del D e p a r t a m e n t o de Bellas Artes, fue
presidente d e l Congreso; t a m b i é n f u e r o n constituyentes
Alfonso Cravioto y J o s é Natividad M a c í a s , rector de la insti-
tución y cuya presencia simbolizaba la alianza con el gobier-
n o r e v o l u c i o n a r i o ; es m á s , dicha alianza la c o n f i r m a b a n la
p a r t i c i p a c i ó n de Alfonso H e r r e r a , secretario universitario,
y de F e r n a n d o L i z a r d i , d i r e c t o r de J u r i s p r u d e n c i a y secre-

BE, 1914, i:4, p p . 32 y 45-48.


100

El Pueblo (4, 22 y 27 m a y o ; l 9 , 10 y 15 j u n . ; 4, 14 y 16 n o v . 1916, y


101

21 m a r . y 27 abr. 1 9 1 7 ) .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 809

tario del Congreso. La lista de los r e c i é n egresados partici-


pantes es abultada, e incluso h u b o estudiantes todavía en
activo c o m o E m i l i o A r a u j o , F i d e l j i m é n e z y R a m ó n Rosas.
Por último, aunque n o eran diputados constituyentes, algu-
nos alumnos destacados de j u r i s p r u d e n c i a fueron invitados
p o r L i z a r d i para presenciar las sesiones: tal fue el caso de
M a n u e l G ó m e z M o r í n y de Vicente L o m b a r d o Toleda-
n o . 1 0 2 En resumen, si la p a r t i c i p a c i ó n de los universitarios
en la lucha armada h a b í a sido magna, su c o l a b o r a c i ó n en
la c o n s t r u c c i ó n d e l nuevo M é x i c o fue, desde u n p r i n c i p i o ,
invaluable.
La coincidencia de los ideales e intereses de los univer-
sitarios con los de los carrancistas se m a n i f e s t ó t a m b i é n en
el o t r o gran c o n f l i c t o p o l í t i c o de la é p o c a ; la e x p e d i c i ó n
punitiva. Sin e m b a r g o , m á s que manifestaciones exaltadas
de yancofobia, los estudiantes expresaron u n nacionalismo
m o d e r a d o , o r d e n a d o y responsable, acorde con el r i t m o y
t o n o de la postura d i p l o m á t i c a de Carranza. En consecuen-
cia, f u e r o n m e n o r e s las alteraciones de la vida a c a d é m i c a
c o t i d i a n a . 1 0 3 Si b i e n la yancofobia de los j ó v e n e s de 1916
fue menos violenta que la de 1910-1914, en esta o c a s i ó n
d i c h a postura se c o m p l e t ó c o n u n explícito latinoamerica¬
nismo, lo que d i o lugar a otra coincidencia político-ideo-
l ó g i c a con el g o b i e r n o de Carranza, así como a una serie de
favores y c a n o n j í a s d e l g o b i e r n o para los estudiantes, en
aras de m a n t e n e r y a c r e c e n t a r su alianza: fue e n t o n c e s
c u a n d o algunos j ó v e n e s mexicanos c o m e n z a r o n a viajar a
S u d a m é r i c a a costa d e l g o b i e r n o . 1 0 4 El o r i g e n de esa alian-
za, tan distinta r e s p e c t o a su postura frente a M a d e r o , radi-
ca en que los estudiantes universitarios c a m b i a r o n hacia
1915: quedaban cada vez menos testigos de los tiempos
dorados de Justo Sierra, y t a m b i é n eran menos los vásta-

1 0 2
A M G M , v o i . 5 6 1 , e x p . 1768. Para u n listado c o m p l e t o c o n u n a
c a r a c t e r i z a c i ó n c o n f i a b l e de los d i p u t a d o s , v é a s e ROMERO FLORES, 1986.
m
L a p r u e b a d e l c o n t r o l g u b e r n a m e n t a l sobre las m a n i f e s t a c i o n e s
e s t u d i a n t i l e s , en A G N , G, PR, c. 7 e x p . 3 1 . Para el i m p a c t o en las labo-
res escolares, A H U N A M , UN, R, c. 7, e x p . 103, f. 3093 bis y c. 8, exp. ni,
f. 3353 bis.
m
V i a j a r o n p o c o s , c o m o e m p l e a d o s m e n o r e s de las legaciones.
810 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

gos de las grandes familias porfiristas, pues éstas se encon-


traban en el exilio. Por lo tanto, resulta comprensible que
s i m p a t i z a r a n c o n la f a c c i ó n m á s c i v i l i z a d a y m o d e r a d a
e n t r e los r e v o l u c i o n a r i o s . C o n s e c u e n t e s c o n los t i e m -
pos, los estudiantes se d e d i c a r o n entonces a labores or-
ganizativas: en mayo de 1916 c r e a r o n el Congreso L o c a l
Estudiantil, cuyos p r i m e r o s presidentes f u e r o n Jorge Prie-
to Laurens, E n r i q u e Soto P e i m b e r t y M i g u e l T o r n e r . 1 0 5
C o n el i n i c i o de la vida constitucional en M é x i c o , al
a m p a r o de la C o n s t i t u c i ó n de 1917, d e s a p a r e c i ó la Secre-
taría de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a y la Universidad Nacional p a s ó
a d e p e n d e r del D e p a r t a m e n t o Universitario y de Bellas
Artes, de naturaleza menos a c a d é m i c a y sí m á s p o l í t i c o -
b u r o c r á t i c a . La c o n c l u s i ó n obvia es que Carranza h a b í a
olvidado su promesa de otorgar la a u t o n o m í a a la institu-
c i ó n , pues ahora la c o n v e r t í a e n u n a simple d e p e n d e n c i a
g u b e r n a m e n t a l . A pesar de ello, el reclamo de la c o m u n i -
dad fue t i b i o . C o n t o d o , si e n 1914-1915 las ideas autono-
mistas p r o v e n í a n de algunos funcionarios carrancistas y de
la élite universitaria, ahora se manifestaron al respecto jóve-
nes que i n i c i a r o n entonces su p a r t i c i p a c i ó n en la vida polí-
tica nacional, c o m o A n t o n i o Castro Leal, Alfonso Caso,
Manuel G ó m e z Morín, Vicente Lombardo Toledano y
Alberto Vázquez del Mercado.106
Casi al m i s m o t i e m p o s u r g i ó el c o n f l i c t o p o r la escisión
de la preparatoria. De h e c h o , la l u c h a p o r q u e permane-
ciera integrada a la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l fue m á s v i o l e n t a
que el reclamo autonomista. C o m o dijera u n o de estos
nuevos l í d e r e s estudiantiles, p o d í a tolerarse que p o r u n
t i e m p o la institución n o fuera i n d e p e n d i e n t e , p e r o n u n c a
que se le m u t i l a r a . 1 0 7 A pesar de la u n á n i m e defensa he-
cha p o r la c o m u n i d a d , la preparatoria p e r m a n e c i ó ajena a
la Universidad N a c i o n a l , d e c i s i ó n que p r o v o c ó el mayor

105
El Demócrata (8 m a y o 1916 y 11 abr. 1 9 1 7 ) . Excelsior (9 abr. 1 9 1 7 ) .
El Pueblo (2 d i e . 1 9 1 6 ) .
106
El Demócrata ( 2 6 j u l . 1 9 1 7 ) . Excelsior (17 y 2 5 j u l . 1917). El Univer-
.sa/(8 y 30 sep. 1 9 1 7 ) .
1 0 7
E l a r g u m e n t o fue de L o m b a r d o T o l e d a n o . V é a s e Boletín Universi-
tario, i : l , p p . 249 y 264.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 811

e n f r e n t a m i e n t o del presidente Carranza c o n la c o m u n i d a d


universitaria. Incapaces de lograr la d e v o l u c i ó n de la en-
t r a ñ a b l e escuela, numerosos universitarios p r o c e d i e r o n a
instaurar u n a preparatoria " l i b r e " , c o n sede en Altos Estu-
dios. Si los miembros del g r u p o de "los siete sabios" h a b í a n
comenzado ya su vida política, ahora t u v i e r o n o p o r t u n i d a d
de i n i c i a r su vida d o c e n t e . 1 0 8 C u a l q u i e r a que fuera el pres-
t i g i o posterior de este g r u p o de universitarios, es indudable
que d u r a n t e esos a ñ o s la institución estuvo lejos de tener el
b r i l l o que le h a b í a vaticinado Justo Sierra.
L a e v o l u c i ó n de la Universidad N a c i o n a l entre 1917 y la
p r i m e r a m i t a d de 1920 puede considerarse c o m o u n pro-
ceso de cambio hacia u n t i p o m á s m o d e r n o de e d u c a c i ó n
superior. A d e m á s , n o obstante las serias limitaciones finan-
cieras, puede asegurarse que a p a r t i r de 1918 tuvo u n b u e n
d e s e m p e ñ o , con u n a m e j o r í a modesta, p e r o constante. Se
g o z ó de estabilidad político-administrativa en el sector, y la
institución no sufrió nuevas amenazas. E l rector siguió sien-
d o J o s é N a t i v i d a d M a c í a s , q u i e n era u n h o m b r e t r a n q u i l o
y m o d e r a d o , c o n b u e n a experiencia político-administrati-
v a . 1 0 9 Los directores de las escuelas f u e r o n universitarios de
regular prestigio, pero crecientemente dedicados sólo a sus
escuelas. L a m e j o r í a a c a d é m i c a t a m b i é n se d e b i ó a cambios
en los programas —sobre todo en M e d i c i n a e I n g e n i e r í a —
y en los p r o c e d i m i e n t o s de e n s e ñ a n z a y e v a l u a c i ó n , así
c o m o a la i m p l a n t a c i ó n de u n a m e j o r disciplina y a la recu-
p e r a c i ó n de algunos de los principales profesores de anta-
ñ o , c o m o Ezequiel C h á v e z , y A n t o n i o Rivas M e r c a d o . 1 1 0 E l
regreso de éstos v otros profesores porfiristas n o implicaba
la r e s t a u r a c i ó n d e l proyecto universitario sierrista E l ca-
rraxicista. era. m i n o r í a selecta, adjudicaba a la institución
c o m p r o m i s o s s o c i o e c o n ó m i c o s v t e n í a c o m o obietivo fun¬
d a m e n t a l la p r e p a r a c i ó n profesional de la nueva clase

1 0 8
A G N , G, PR, c. 264, e x p . 74, Excelsior (17 y 19 ene. y 29 abr. 1 9 1 8 ) .
El Universal (19 abr. 1 9 1 8 ) .
1 0 9
A G N , G, PR, c. 42, e x p . 2 y c. 107, e x p . 73. A H U N A M , T, exp. 1578.
1 1 0
A H U N A M , UN, R, c. 7, e x p . 100, f. 2810 y c. 9, e x p . 125, f. 3744.
A H U N A M , T, e x p . 3 4 1 . A G N , IPy BA, c. 296, e x p . 27, f. 1. Boletín Uni-
versitario, n : l , p . 263. Excelsior (2 f e b . 1 9 2 0 ) .
812 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

social q u e h a b í a t o m a d o el p o d e r nacional. A d e m á s , signo


de los tiempos, la Universidad Nacional t e n d i ó a establecer
m á s v í n c u l o s c o n las instituciones de e d u c a c i ó n superior
estadounidenses, a diferencia de Sierra, m á s proclive a l o
europeo.111
N o cabe la m e n o r d u d a de que l a aceptable m a r c h a de
la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l durante esos a ñ o s se d e b i ó a la i n -
existencia de movimientos estudiantiles oposicionistas. E n
p r i m e r lugar, los j ó v e n e s de entonces se c o n c e n t r a r o n e n
labores de o r g a n i z a c i ó n g r e m i a l , cuyo p r i n c i p a l objetivo
era la c r e a c i ó n de l a C o n f e d e r a c i ó n de Estudiantes M e x i -
canos, de alcance nacional. Asimismo, las actividades po-
líticas m á s importantes estaban encaminadas a lograr el
c o n t r o l d e l Congreso Local Estudiantil, sobre todo cuando
el g r u p o f u n d a d o r de Jorge Prieto Laurens y M i g u e l Tor¬
ner fue desplazado, a finales de 1917, p o r u n nuevo t i p o de
estudiantes. E n efecto, entonces a s u m i e r o n el liderazgo
j ó v e n e s c o n intereses m á s a c a d é m i c o s e institucionales:
mientras que el g r u p o de Prieto Laurens estaba esencial-
m e n t e interesado e n la p o l í t i c a nacional, c o m o l o p r u e b a
su p a r t i c i p a c i ó n e n el Partido Cooperatista y e n e l Conse-
j o M u n i c i p a l de la c i u d a d de M é x i c o , el nuevo g r u p o — e n
el que destacaban M i g u e l Palacios Macedo, T e ó f i l o Olea,
M a n u e l G ó m e z M o r í n , Vicente L o m b a r d o T o l e d a n o y Nar-
ciso Bassols— estaba dedicado a labores intelectuales, u n i -
versitarias, pues de la c o n s t r u c c i ó n de instalaciones se p a s ó
a la o r g a n i z a c i ó n de conferencias y a l a r e a l i z a c i ó n de u n a
c a m p a ñ a p o r el m e j o r a m i e n t o de la e d u c a c i ó n p ú b l i c a .
O t r o asunto que los d i s t i n g u i ó fue la o b s e s i ó n de los p r i -
meros p o r viajar a S u d a m é r i c a a costa del g o b i e r n o , para
establecer v í n c u l o s con sus c o n g é n e r e s sudamericanos. 1 1 2

111
E l r e c t o r M a r í a s h i z o u n viaje a las u n i v e r s i d a d e s de Texas, Arizo¬
n a y B e r k e l e y d u r a n t e 1919.
" 2
A M G M , v o l . 5 6 2 , e x p . 1770. Excelsior ( 2 1 y 26 n o v . ; 2 d i c . 1917; 24
feb., y 8 j u l . 1918). El Universal (6 oct. 1917; 4 m a r . 1918, y 10 m a r . 1919).
E l m e j o r e s t u d i o sobre las actividades j u v e n i l e s d e G ó m e z M o r í n v L o m -
b a r d o es e l de E n r i q u e K r a u z e . KRAUZE, 1976. E l m e j o r t e s t i m o n i o es e l
d e CALDERÓN VEGA, 1 9 6 1 .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 813

De cualquier m a n e r a , ambos grupos f u e r o n proguberna-


mentales: c o m p a r t i e r o n su nacionalismo c o n Carranza, su
civilismo y su m o d e r a c i ó n en política social, y n i n g u n o pue-
de ser acusado de e n e m i g o d e l proceso revolucion ario.
E l m o t i v o de su nueva postura política p u e d e explicarse
p o r la i n m i n e n c i a de u n crecimiento e c o n ó m i c o y de u n
progreso social que d e m a n d a r í a las labores profesionales
de los j ó v e n e s de clase media. Asimismo, se explica p o r la
d i s p o n i b i l i d a d laboral del aparato gubernamental: M a d e r o
n o d e s m a n t e l ó al sistema porfirista, lo que le i m p i d i ó ofre-
cer numerosos puestos a los j ó v e n e s y a sus profesores.
H u e r t a , en cambio, ante el envejecimiento y e x i l i o de los
porfiristas, y p o r su r e p u d i o a cualquier e l e m e n t o revolu-
cionario, tuvo que g o b e r n a r con u n nuevo aparato, recluta-
d o de la c o m u n i d a d universitaria, lo que explica su alianza
c o n ella. L o m i s m o p u e d e decirse del carrancismo, pues
u n a vez desmantelado el aparato g u b e r n a m e n t a l d e l anti-
guo r é g i m e n , tuvo que c o n s t r u i r u n o , e n t e r a m e n t e nuevo
a p a r t i r de u n a alianza entre j ó v e n e s y revolucionarios. Si
el cambio se h a b í a dado a p a r t i r de 1916, o t r a transforma-
ción i m p o r t a n t e estaba p r ó x i m a a sobrevenir hacia 1920.

EPÍLOGO

De los m u c h o s cambios que t r a j e r o n a la U n i v e r s i d a d Na-


cional, las convulsiones políticas del decenio, el m á s imp or-
tante fue el provocado c o n el d e r r o c a m i e n t o de Carranza
p o r la revuelta aguaprietista, a mediados de 1920. Por ella
llegaron los sonorenses al p o d e r y J o s é Vasconcelos a
la r e c t o r í a y, u n a ñ o d e s p u é s , a la S e c r e t a r í a de E d u c a c i ó n
P ú b l i c a creada p o r él. C o m o rector se d e d i c ó a integrar
d e n t r o d e l proceso revolucionario a la c o m u n i d a d universi-
taria y a la institución en su c o n j u n t o , desde sus instalacio-
nes hasta su filosofía p e d a g ó g i c a . F u e r o n de tal m a g n i t u d
los cambios impulsados p o r Vasconcelos, que la naturale-
za de la i n s t i t u c i ó n creada en 1910 se m o d i f i c o í n t i m a y
esencialmente en 1920. P r i m e r o , i m p r e g n ó a los universita-
rios de espíritu c o m u n i t a r i o y ele u n i n é d i t o afán de colabo-
814 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

ración revolucionaria. Asimismo, l o g r ó que la Universidad


Nacional se volviera m á s a c a d é m i c a , pero h a c i é n d o l a , para-
d ó j i c a m e n t e , m á s abierta y popular. A d e m á s de atender los
urgentes reclamos del p u e b l o analfabeto, Vasconcelos pro-
cedió a ofrecer u n a m p l i o p r o g r a m a cultural. Si se compa-
ran los proyectos universitarios de Sierra y Vasconcelos, p o r
más que p u e d a n encontrarse similitudes y continuidades,
como otorgar u n lugar central a la Preparatoria, resulta ob-
vio que la Universidad Nacional sobrevivió al proceso revo-
lucionario a cambio de sufrir profundas transformaciones,
que f u e r o n encabezadas, radicalizadas o c o n c l u i d a s p o r
Vasconcelos. A pesar de la brevedad de su rectorado, su i n -
fluencia fue definitiva, al grado de poderse afirmar que la
institución f u n d a d a en 1910 fue abierta, nuevamente, en
1920. Por lo tanto, en realidad sus fundadores f u e r o n dos,
Sierra y Vasconcelos. Si ambos pueden ser vistos c o m o los
principales educadores de nuestras historias m o d e r n a y con-
t e m p o r á n e a , y si ambos tuvieron una coherente y rica visión
de la historia nacional, lo m i s m o puede decirse de d o n Ed-
m u n d o O ' G o r m a n ; de los tres puede decirse que fueron
auténticos civilizadores.

SIGLAS Y REFERENCIAS

AECH, U A r c h i v o E z e q u i e l C h á v e z , r a m o Universidad, M é x i c o .
A G N , G, PR A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i ó n , F o n d o Gobernación,
r a m o Periodo Revolucionario, M é x i c o .
A G N , IPy BA A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i ó n , F o n d o Instrucción
Pública y Bellas Artes, M é x i c o .
AHUNAM, A A r c h i v o H i s t ó r i c o de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l Autó-
n o m a de M é x i c o , F o n d o Alumnos. M é x i c o .
AHUNAM, T A r c h i v o H i s t ó r i c o de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l Autó-
n o m a de M é x i c o , F o n d o Trabajadores. M é x i c o .
A H U N A M , UN, A r c h i v o H i s t ó r i c o de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l Autó-
R n o m a de M é x i c o , F o n d o Universidad Nacional, ramo
Rectoría. M é x i c o .
AMGM Archivo Manuel Gómez Morín. México.
BE Boletín de Educación. M é x i c o : M i n i s t e r i o d e E d u c a c i ó n
P ú b l i c a y Bellas A r t e s .
BIP Boletín de Instrucción Pública. M é x i c o : S e c r e t a r í a de
I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a y Bellas Artes.
RDS R e c o r d s o f t h e D e p a r t m e n t o f State.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 815

Ai.VARAD o, L o u r d e s

1988 " P o r f i r i o P a r r a y G u t i é r r e z . Semblanza b i o g r á f i c a " , e n


Estudios de Historia Moderna y Contemporánea de México,
x i , p p . 183-199.

BAZANT, M í l a d a

1993 Historia de la educación durante el porfiriato. M é x i c o : E l


Colegio de México.

CALDERÓN VEGA, L u i s

1961 Los siete sabios de México. M é x i c o : Jus.

C A R M E L REVÉS, R a ú l

1986 Retorno a Caso. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó -


n o m a de M é x i c o .

CHÁVEZ, L e t i c i a

1964 Recordando a mi padre. M é x i c o : A s o c i a c i ó n C i v i l Eze-


q u i e l A . C h á v e z , 10 vols.

D Í A Z ZERMEÑO, H é c t o r

1986 " I n t r o d u c c i ó n " a M a n u e l Flores: Tratado elemental de


pedagogía. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a
de M é x i c o .

Diccionario

1990 Diccionario Histórico y Biográfico de la Revolución Mexi-


cana. M é x i c o : I n s t i t u t o N a c i o n a l d e E s t u d i o s H i s t ó r i -
cos d e l a R e v o l u c i ó n M e x i c a n a , v o l . 1 .

DOCOING, P a t r i c i a

1990-1991 La pedagogía en la Universidad de México, 1881-1954.


M é x i c o : Universidad Nacional A u t ó n o m a de M é x i c o ,
2 vols.

DUMAS, C l a u d e

1986 Justo Sierra y el México de su tiempo. M é x i c o : U n i v e r s i d a d


N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o .

GARCÍA, G e n a r o

1911 Crónica oficial de las fiestas del primer centenario de la inde-


pendencia de México. M é x i c o : M u s e o N a c i o n a l .

GARCÍA NARANJO, N e m e s i o

1946-1948 Memorias. M o n t e r r e y : T a l l e r e s d e E l P o r v e n i r , 10 vols.


816 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

GARCÍA VERÁSTEGUI, Lía

1984 Del provecho nacional para una universidad en México.


1867-1910. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a
de M é x i c o .

GARCIADIEGO, J a v i e r

1993 "Los o r í g e n e s d e la Escuela L i b r e de D e r e c h o " , e n


Revista de Investigaciones Jurídicas, 17, p p . 119-120.
1996 Rudos contra científicos. La Universidad Nacional durante
la Revolución Mexicana. M é x i c o : E l C o l e g i o de M é x i c o .

GÓMEZ, M a r t e R.

1961 Las comisiones agrarias del Sur. M é x i c o : L i b r e r í a de


Manuel Porrúa j .
1966 La reforma agraria en las filas villislas. M é x i c o : I n s t i t u -
t o N a c i o n a l de E s t u d i o s de la R e v o l u c i ó n M e x i c a n a .

GRACIA GARCÍA, G u a d a l u p e

1982 El servicio médico durante la Revolución Mexicana. M é x i -


co: E d i t o r e s M e x i c a n o s U n i d o s .

H A I E, C h a r l e s
1991 La transformación del liberalismo en México a fines del sido
xix. M é x i c o : V u e l t a .

HERNÁNDEZ L U N A , Ji i a n

1967 " S o b r e la f u n d a c i ó n de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l .
A n t o n i o Caso vs. A g u s t í n A r a g ó n " , e n Historia Mexi-
cana, xvi:3(63) ( e n e . - m a r . ) , p p . 368-381.
1981 Ezequiel Chávez, impulsor de la educación mexicana, M é x i -
co: U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o .

HERNÁNDEZ L U N A , J u a n (comp.)

1948 La universidad de Justo Sierra, M é x i c o : S e c r e t a r í a de


Educación Pública.

HUERTA JARAMILEO, A n a María Dolores

1992 Los estudiantes poblanos en 1910. Puebla: G o b i e r n o d e l


Estado.

iNXEsJohn S.

1973 " T h e U n i v e r s i d a d P o p u l a r M e x i c a n a " , e n The Amen-


cas, 30 ( j u ! . ) , p p . 110-122.

KRAUZK, E n r i q u e

1976 Caudillos culturales en la Revolución Mexicana, M é x i c o :


Siglo V e i n t i u n o E d i t o r e s .
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 817

L E Ó N , L u i s L.

1987 Crónica del poder. En los recuerdos de un político en el Méxi-


co revolucionario. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó -
mica.

M A R Í A Y CAMPOS, A l f o n s o de

1975 Estudio histórico-jurídico de la Universidad Nacional


(1881-1929). M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o -
m a de M é x i c o .

MEDINA NURI, H é c t o r

1979 Gustavo Baz. Guerrillero de Emiliano Zapata. M é x i c o : s.e.

MEYER, E u g e n i a

1974 E s t u d i o i n t r o d u c t o r i o a Obras completas de Luis Cabre-


ra. M é x i c o : E d i c i o n e s Oasis, 4 vols.

O'GORMAN, Edmundo

1948 Historia de la Antigüedad (t. x de las Obras Completas).


M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o .
1958 La invención de América; el universalismo de la cultura de
Occidente. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a .
1960 Seis estudios históricos de tema mexicano. X a l a p a : U n i -
versidad Veracruzana.
1960-1961 México, cincuenta años de revolución. M é x i c o : F o n d o de
Cultura Económica.
1977 México, el trauma de su historia. M é x i c o : Universidad
N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o .
1986 Homenaje al fundador de la Universidad Naáonal de Méxi-
co, don Justo Sierra, septiembre 13 de 1985. M é x i c o : Cen-
t r o de Estudios de H i s t o r i a d e M é x i c o , C o n d u m e x .

ORTEGA, J o s é J u a n

1955 Odisea estudiantil universitaria. M é x i c o : s.e.

PAEAVIG.NI, F é l i x F u l g e n c i o

1937 Mi vida revolucionaria. M é x i c o Botas.

P A Ñ I , A l b e r t o J.
1936 Mi contribución al nuevo régimen (1910-1933). México:
Cultura.

Los presidentes
1985 Los presidentes de México ante la Nación. 1821-1984,
informes manifiestos y documentos. M é x i c o : L I I Legisla-
t u r a de la C á m a r a d e D i p u t a d o s , 6 vols.
818 JAVIER GARCIADIEGO D A N T A N

PRIETO LAURENS, J o r g e

1968 Cincuenta años de política mexicana. Memorias políticas.


M é x i c o : s.e.

RAMÍREZ GARRIDO, J. D .

1943 Así fue... M é x i c o : I m p r e n t a N i g r o m a n t e .

REYES, A l f o n s o y P e d r o HENRÍQUEZ UREÑA

1986 Correspondencia; 1907-1914. Ureña. M é x i c o : F o n d o d e


Cultura Económica.

ROMERO FLORES, J e s ú s

1986 Historia del Congreso Constituyente, 1916-1917. M é x i c o :


I n s t i t u t o N a c i o n a l d e E s t u d i o s H i s t ó r i c o s d e l a Revo-
lución Mexicana.

Ruiz GAYTÁN, B e a t r i z
1954 Apuntes para la historia de la Facultad deFilosofía. M é x i -
co: J u n t a M e x i c a n a d e I n v e s t i g a c i o n e s H i s t ó r i c a s .

SIERRA, J u s t o

1948a Historia de la Antigüedad, e n Obras Completas, t. x. M é x i -


co: U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o .
1948b Evolución política del pueblo mexicano, e n Obras Comple-
tas), t . x i i . M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a
de M é x i c o .

URIÓSTEGUI MIRANDA, P í n d a r o

1970 Testimonios del proceso revolucionario mexicano. M é x i c o :


Talleres de A r g r i n .

VASCONCELOS, J o s é

1948 La Tormenta; segunda parte de Ulises Criollo. M é x i c o :


Botas.

VELÁZQUEZ, M a r í a d e L o u r d e s
1994 " L a p r o p u e s t a e s t u d i a n t i l d e r e f o r m a e n 1910",
e n Tradición y reforma en la Universidad de México.
México: Grupo Editorial Miguel Ángel Porrúa, pp.
203-236.

VILLEGAS, G l o r i a

1984 "La Universidad de Justo Sierra y la R e v o l u c i ó n " , e n


Memoria del primer encuentro de historia sobre la Universi-
dad. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e
México.
D E J U S T O SIERRA A V A S C O N C E L O S 819

YANKELEVICH, P a b l o
1992 "Ellos y n o s o t r o s : e s c e n o g r a f í a a n t i m a d e r i s t a y f e r v o r
l a t i n o a m e r i c a n o e n u n a c o n f e r e n c i a de U g a r t e e n
M é x i c o " , e n Eslabones, 4 ( j u l . - d i c ) , p p . 41-49.

ZEA, L e o p o l d o
1968 El positivismo en México. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a
Económica.

You might also like