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DIREITO DA INSOLVÊNCIA

 2012 Carla de Sousa


2.
APRESENTAÇÃO À INSOLVÊNCIA

Carla de Sousa | Fase Complementar 2


2.1. A SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA
● É considerado em situação de insolvência o
devedor que se encontre impossibilitado de
cumprir as suas obrigações vencidas. (Artigo
3º, nº 1, CIRE)

● As pessoas colectivas e os patrimónios


autónomos (...), são também considerados
insolventes quando o seu passivo seja
manifestamente superior ao activo,
avaliados segundo as normas contabilísticas
aplicáveis. (Artigo 3º, nº 2, CIRE)
Carla de Sousa | Fase Complementar 3
2.1. A SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA

● Não existe insolvência quando o activo,


avaliado de acordo com determinadas regras,
seja superior ao passivo.(Artigo 3º, nº 3, CIRE)

● Equipara-se à situação de insolvência actual


a que seja meramente iminente, no caso de
apresentação pelo devedor à insolvência. (Artigo
3º, nº 4, CIRE)

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2.1. A SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA

● A situação de insolvência é o único


pressuposto à sua declaração;

● Em caso de insolvência eminente, pode o


próprio devedor apresentar-se à insolvência (ou
requerer PER);

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2.1. A SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA

● Pessoas Colectivas / Patrimónios Autónomos:

● A avaliação do património obedece às normas


contabilísticas que, conforme os casos sejam
aplicáveis;
● Possibilidade de reavaliação do activo/passivo em
função da conjugação dos critérios constantes das
alíneas do nº 3, artigo 3º, do CIRE:
– Determinará de forma definitiva a aferição do valor
patrimonial da empresa.

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2.1. A SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA
● QUEM FAZ ESTA AVALIAÇÃO?
● Na apresentação à Insolvência – a questão não se
coloca, pois esta desencadeia a imediata declaração
de insolvência (artigo 28º, CIRE)
● No pedido de Insolvência por outro legitimado:
– Pela regra do ónus da prova (artigo 342º, CC),
caberia ao credor demonstrar a situação de
insolvência do devedor, contudo, este não tem, nem
pode ter elementos fiáveis para proceder a esta
avaliação patrimonial – bastar-lhe-á demonstrar
algum dos factos estatuídos no artigo 20º do CIRE:
Ao devedor competirá demonstrar que o seu activo
supera o passivo, caso assim o entenda.
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2.2. SUJEITOS PASSIVOS DA DECLARAÇÃO
DE INSOLVÊNCIA
Artigo 2º
1 - Podem ser objecto de processo de insolvência:
a) Quaisquer pessoas singulares ou colectivas;
b) A herança jacente;
c) As associações sem personalidade jurídica e as comissões especiais;
d) As sociedades civis;
e) As sociedades comerciais e as sociedades civis sob a forma comercial até à
data do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem;
f) As cooperativas, antes do registo da sua constituição;
g) O estabelecimento individual de responsabilidade limitada;
h) Quaisquer outros patrimónios autónomos.
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2.2. SUJEITOS PASSIVOS DA DECLARAÇÃO
DE INSOLVÊNCIA
● Excepções (nº 2, artigo 2º, CIRE): não podem ser objecto
de processo de insolvência:
● a) As pessoas colectivas públicas;
● b) as entidades públicas empresariais;
● c) As empresas de seguros, as instituições de crédito,
as sociedades financeiras, as empresas de
investimento e os organismos de investimento
colectivo.
– Por exigência de directivas comunitárias, estas
entidades seguem regimes especiais.

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2.2. SUJEITOS PASSIVOS DA DECLARAÇÃO
DE INSOLVÊNCIA


Coligação?
● À excepção da insolvência de ambos os cônjuges
(264º), o CIRE não viabiliza a coligação de devedores –
só a apensação de processos (86º).

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2.3. IMPULSO PROCESSUAL

● Legitimidade processual activa:

● Devedor (não sendo pessoa singular capaz, o órgão


social incumbido da sua administração ou os
responsáveis legais pelas suas dívidas] (artigos 18º e
19º);
● Qualquer credor (artigo 20º);
● Ministério Público (em representação das entidades
cujos interesses lhe estão legalmente confiados) (artigo
20º)

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

Artigo 18.º
Dever de apresentação à insolvência

1 - O devedor deve requerer a declaração da sua insolvência dentro dos


30 dias seguintes à data do conhecimento da situação de
insolvência, tal como descrita no n.º 1 do artigo 3.º, ou à data em que
devesse conhecê-la.
2 - (...)
3 - Quando o devedor seja titular de uma empresa, presume-se de
forma inilidível o conhecimento da situação de insolvência decorridos
pelo menos três meses sobre o incumprimento generalizado de
obrigações de algum dos tipos referidos na alínea g) do n.º 1 do artigo
20.º

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

EXCEPÇÃO: Exceptuam-se do dever de apresentação à insolvência as


pessoas singulares que não sejam titulares de uma empresa na data em
que incorram em situação de insolvência. (Artigo 18º, nº 2, CIRE).

CONTUDO:

● Se ocorrer prejuízo para credores sem que aquele se tenha


apresentado nos 6 meses seguintes à verificação da situação de
insolvência – Indeferimento liminar do pedido de exoneração do
passivo restante (artigo 238.º,nº1, alínea d), CIRE)

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

OBJECTIVOS:

●Promover o início atempado do processo de insolvência estimulando a


diligência processual;

●Reforçar tal dever com previsão de sanções em caso de incumprimento


do dever:

● SANÇÕES PENAIS:

● pena prisão até um ano, multa até 120 dias (possibilidade de


agravamento de 1/3 nos seus limites máximo e mínimo) –
artigos 227º, 228º, nº 1, al. b), 229º-A do Código Penal.

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

SANÇÕES CIVIS:

●Consequências - Qualificação da Insolvência – art.185º e ss. do


CIRE:

1. Presunção ilidível de culpa grave em face do incumprimento de


apresentação à insolvência – artigo 186º, nº3, al. a);

2. Insolvência qualificada como culposa:

● Restituição dos bens recebidos em pagamento dos créditos;


● Perda dos créditos sobre a insolvência (artigo 189º, nº 2,al. d));
● Inibição para administração de património de terceiros– de 2 a 10
anos (artigo 189º, nº 2, al. b));
● Inibição para o exercício do comércio e ocupação de certos cargos
- de 2 a 10 anos (artigo 189º, nº 2, al. c)*)
...
*Cfr: Declaração de Inconstitucionalidade TC quanto à anterior redacção [ Ac. 235/09 de 12.5]
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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO


Ao Devedor titular de uma empresa:

● Presume-se de forma inilidível o conhecimento da situação


decorridos 3 meses sobre o incumprimento generalizado de algum
dos tipos de dívidas referidas na alínea g) do n.º 1 do artigo 20º;

● Concretização do dever através da instauração do processo, dando


lugar à imediata declaração judicial de insolvência

Excepções: manifesta improcedência do pedido/existência de


excepções dilatórias insupríveis (artigo 27º, nº 1,al. a);

● A apresentação fora de prazo equivale a dever incumprido.

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

● Ao Devedor Pessoa Colectiva / Património Autónomo:

● Não há dever de apresentação, ainda que se verifique superioridade


manifesta do passivo sobre o activo desde que, não obstante esse
facto, a susceptibilidade de cumprimento regular e atempado da
generalidade das obrigações se mantenha.

(cfr. remissão do artigo18º, nº 1 para o artigo 3º, nº 1, CIRE)

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

● Início do Prazo:

● Conhecimento da situação de insolvência, ou,



Sendo anterior, do momento em que o devedor a devia
conhecer:
● Equiparação do Devedor a um homem médio colocado na
situação concreta do agente;

● Impossibilidade de alegação de factos demonstrativos do


desconhecimento – a simples ocorrência objectiva da situação
gera o dever deapresentação.

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

● PEDIDO POR OUTRO LEGITIMADO:

● OPOSIÇÃO DO DEVEDOR por inexistência da situação de


insolvência (cfr. Artigo 30º, nº 3)

● Cabe ao DEVEDOR ILIDIR A PRESUNÇÃO DO FACTO-ÍNDICE


alegado pelo requerente (cfr. Artigo 20º)

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

A QUEM COMPETE A APRESENTAÇÃO?


● DEVEDOR PESSOA SINGULAR – ao próprio [sendo incapaz – seu


legal representante (noção artigo 6º/1, b), CIRE;]

● PESSOA COLECTIVA/PATRIMÓNIO AUTÓNOMO – órgão


incumbido da sua administração/ qualquer um dos seus
administradores – artigo 19.º, CIRE [noção de administradores/
responsáveis legais art.6/1,a), CIRE]

Carla de Sousa | Fase Complementar 20


2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

A QUEM COMPETE A APRESENTAÇÃO?

● Artigo 6º, nº 2, CIRE:


«Para efeitos deste Código, são considerados responsáveis legais
as pessoas que, nos termos da lei, respondam pessoal e
ilimitadamente pela generalidade das dívidas do insolvente,
ainda que a título subsidiário.»

● O que se compreende: a situação destes responsáveis agrava-se


com o agravamento da situação do insolvente.

● A instauração da acção e correspondente declaração de


insolvência estanca a responsabilidade do requerente.

● A instauração depende da verificação de algum dos factos-indício


do Artigo 20º, nº 1,CIRE.

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO


O Devedor que se Apresente à Insolvência, pode:

● Sendo titular de uma empresa – solicitar que a administração da


massa insolvente lhe continue a ser confiada [artigo 224º, nº 2, al. a)
CIRE];

● Sendo Pessoa Singular – requerer [artigo 23º, nº 2, al. a)], no


requerimento de apresentação ou no prazo de 10 dias posteriores à
citação, a exoneração do passivo restante [artigos 235º, 236º] –

● Atenção: este pedido será rejeitado se deduzido após a


Assembleia de apreciação do relatório.

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO


Requerimento por outros legitimados:

● Qualquer credor, ainda que condicional e qualquer que seja a


natureza do seu crédito;
● Ministério Público, em representação das entidades cujos interesses
lhe estão legalmente confiados;

● Desde que se verifique(m) algum(ns) dos factos-indícios


descritos no nº 1, do artigo 20º do CIRE;

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2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO
● Requerimento por outros legitimados:

● O Requerente deve, além dos factos geradores do incumprimento,


alegar circunstâncias que evidenciam a impossibilidade do devedor
cumprir as suas obrigações vencidas;

● EXCEPÇÃO: Artigo 20º, nº 1, al. g) do CIRE:


Incumprimento generalizado, nos últimos seis meses, de dívidas de
algum dos seguintes tipos:
● i) Tributárias;

● ii) De contribuições e quotizações para a segurança social;

● iii) Dívidas emergentes de contrato de trabalho, ou da violação ou

cessação deste contrato;


● iv) Rendas de qualquer tipo de locação, incluindo financeira,

prestações do preço da compra ou de empréstimo garantido pela


respectiva hipoteca, relativamente a local em que o devedor
realize a sua actividade ou tenha a sua sede ou residência.
Carla de Sousa | Fase Complementar 24
2.4. DEVER DE APRESENTAÇÃO

● Apresentado o Requerimento:

● Pelo devedor - reconhecimento da situação de insolvência, que é


imediatamente declarada;

● Por outro legitimado – procede-se à citação pessoal do devedor


[artigo 29º, nº 1, CIRE] para que este, querendo, deduza oposição
[artigo 30º, CIRE];

● A CITAÇÃO é efectuada sem prejuízo da adopção das medidas


cautelares que o Juiz entender por convenientes perante a
avaliação da situação concreta.

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2.5. MEDIDAS CAUTELARES


Podem ser ordenadas:

● Previamente à citação, se for indispensável para tornar efectivo o


seu efeito útil [artigo 31º nº 3, CIRE];

● Antes da distribuição da p.i., a solicitação do requerente,


considerando o Juiz justificada a precedência [artigo 31º, nº 4,
CIRE];

● Antes de proferida sentença declaratória da insolvência [artigo 31º


nº 1, CIRE].

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2.5. MEDIDAS CAUTELARES

● OBJECTIVO: Evitar a prática de actos de má gestão

• Compreendem:

● Privação do devedor dos poderes de administração e de


disposição dos seus bens;

● Nomeação de um administrador judicial.


provisório, com poderes exclusivos para
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

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2.5. MEDIDAS CAUTELARES

● Decretação das medidas:

● Por iniciativa do Tribunal;


● A requerimento do autor da acção.

● Depois de tomada a decisão:

● Notificação ao devedor, para garantia da eficácia plena da decisão e


das providências decretadas e para assegurar o contraditório;
● Reconhecimento ao devedor do direito de oposição, por falta de
fundamento, devendo este também contestar o pedido de decretação
de insolvência.
provisório, com poderes exclusivos para
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

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2.5. MEDIDAS CAUTELARES

QUE MEDIDAS?

● Qualquer uma das constantes no C.P.C. [art.384º e ss.];


Nomeação de um administrador judicial provisório –
pode ter poderes para alienar e onerar o património [a
generalidade dele ou certos bens] do devedor quer em
exclusividade, quer com mero carácter curatório,
limitando-os ao devedor – cfr. Artigo 33º, CIRE;lor quer em
exclusividade, quer com mero
carácter curatório, limitando-os ao devedor;a
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

Carla de Sousa | Fase Complementar 29


2.5. MEDIDAS CAUTELARES

QUE MEDIDAS?

● Se assim entender, o Juiz pode apenas determinar ao


devedor o impedimento da prática de certos actos ou
categoria de actos, sem designar administrador que o
substitua.r com mero
carácter curatório, limitando-os ao devedor;a
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

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2.5. MEDIDAS CAUTELARES

A DECISÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES É


RECORRÍVEL.

● CONTUDO, o recurso tem efeito devolutivo, o que


acabará por ditar a sua inutilidade superveniente .r com mero
carácter curatório, limitando-os ao devedor;a
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

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2.5. MEDIDAS CAUTELARES

CESSAÇÃO DAS MEDIDAS:

• Decretação da insolvência – as providências cessam.


• Com a sentença absolutória – caducam imediatamente
ainda que não tenha havido trânsito em julgado da sentença
de modo a evitar as consequências que daí adviriam para o
devedor.r com mero
carácter

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2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

Artigo 35º
Tem lugar se houver oposição do devedor ou quando a
audiência deste tiver sido dispensada (cfr. Artigo 12º)

Artigo 30º
Oposição do devedor
carácter

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2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO
APÓS CITAÇÃO:
● O devedor não deduz oposição – consideram-se

confessados os factos e é declarada a insolvência (artigo


30º, nº 5, CIRE);

• O devedor deduz oposição – DEVE ALEGAR:

● Inexistência de facto - índice (artigo 30º, nº 3);


● Inexistência da situação de insolvência (artigo
30º, nº 3);
● Provar a sua solvência baseando-se na
escrituração legalmente organizada, sem prejuízo
do disposto no artigo 3º, nº 3 (artigo 30º, nº 4)s ao
devedor;a
administrar
Carla odepatrimónio doComplementar
Sousa | Fase devedor ou para 34
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,
2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

Deduzida Oposição:

● Marcação da audiência de discussão e


julgamento para os 5 dias subsequentes;

● Notificam-se o requerente e o devedor para


comparecerem pessoalmente ou se fazerem
representar por quem tenha poderes para
transigir (artigo 35º, nº 1) ao devedor; a
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

Carla de Sousa | Fase Complementar 35


2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

Cenário 1
● Nem o devedor nem um representante seu comparecem –
CONSIDERAM-SE CONFESSADOS OS FACTOS ALEGADOS NA P.I.
- artigo 35º, nº 2, CIRE;

●Se forem subsumíveis no nº 1 do artigo 20º - É PROFERIDA


DE IMEDIATO SENTENÇA DECLARATÓRIA DE INSOLVÊNCIA –
artigo 35º, nº 4, CIRE.
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

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2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

Cenário 2
● Comparece o devedor ou um seu representante mas não o
requerente nem um seu representante – CONSIDERA-SE TER
HAVIDO DESISTÊNCIA DO PEDIDO (Cfr. Artigo 35º, nº 3, CIRE) e é
proferida SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA de desistência
do pedido (Cfr. Artigo 35º, nº 4, CIRE)
administrar o património do devedor ou para
assistir o devedor nessa administração [art.31º/2,

Carla de Sousa | Fase Complementar 37


2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

Cenário 3
● Comparecem ambas as partes:

● Reclamações eventualmente apresentadas são logo


decididas seguindo-se, de imediato, a produção de
prova [Artigo 35º, nº 6]
● O juiz decide a matéria de facto com base nos
elementos de prova produzidos e nas alegações feitas
● É PROFERIDA SENTENÇA:
● » De declaração de insolvência;

● »De indeferimento do pedido

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2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

●Não podendo ser proferida de imediato a decisão,


se-lo-á nos 5 dias seguintes (Artigo 35º, nº 8, CIRE)

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2.6. AUDIÊNCIA DE DISCUSSÃO E JULGAMENTO

EXCEPCIONALMENTE:
● Pode ser dispensada a citação ou a audiência do devedor
SEMPRE que a citação acarrete demora excessiva pelo facto do
devedor, pessoa singular, residir no estrangeiro ou ser
desconhecido o seu paradeiro (artigo 12º, nº 1)

● Nesta situação, sempre que possível deve ouvir-se (artigo 12º,


nº 2):
● um representante do devedor;

● o seu cônjuge;

● um seu parente;

● pessoa com quem ele viva em união de facto.

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