Universidade Federal de Pernambuco

Engenharia Mecânica

Unidade IV – Parte I
Eixos – Chavetas – Estrias - Pinos de articulação
Projeto de Máquinas, Norton, 4taEd

Elementos de Máquinas
Prof. Dr. Justo Emilio Alvarez Jácobo
IV. Eixos, chavetas, estrias e pinos
Proposta do capítulo (Parte I)
4.1- Carga em eixos
4.2- Conexões e concentração de tensões
4.3- Materiais para eixo
4.4- Potência no eixo
4.5- Cargas no eixo
4.6- Tensões no eixo
4.7- Falha do eixo em carregamento combinado
4.8- Projeto do eixo
Exemplo 10.1
Exemplo 10.2

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IV. Eixos
Eixos de transmissão (ou simplesmente eixos)

transmitem rotação e torque

Referencia: http://eurobotica2012.blogspot.com.br/2012/04/rodas-e-eixos-encontro-iii.html

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IV. Eixos

Fig. Tensões
variando no
tempo

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 IV. Eixos
4.1- Carga em eixos
 Torção devido ao torque transmitido
 Flexão devido às cargas transversais (em engrenagens ou polias)


Frequentemente ocorrem em combinação
Os dois tipos de cargas citados acima, ainda podem ser de caráter:

 fixo (constante)  ex.: eixo não rotativo – não transmite torque

(ou viga redonda)
 variar no tempo
Trabalharemos com eixos rotativos e seu projeto para cargas de fadiga
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 IV. Eixos
4.2- Conexões e concentração de tensões
Comum  eixos tenham um número de degraus onde d mude
 acomodar elementos fixados (mancais, engrenagens etc.)
 precisão e localização axial dos elementos fixados
 criar d apropriado para alojar peças padronizadas

Consequência: concentração de tensão

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 IV. Eixos
4.2- Conexões e concentração de tensões
 chavetas, anéis retentores ou pinos transversais servem para
segurar/fixar elementos;
• Chavetas => ranhura (eixo e peça) + parafuso (fixador)
• Anéis retentores descavam o eixo
• Pinos transversais criam um furo através do eixo

Consequência: concentração de tensão

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IV. Eixos
4.3- Materiais para eixo

 para minimizar as deflexões: aço (↑ E – Módulo de elasticidade)

 ambientes marítimos ou corrosivos: bronze ou aço inoxidável

 maior parte dos eixos é de aço de baixo ou médio carbono,

obtido por laminação a frio (d < 3 in) ou a quente (d > 3 in)

 aços liga quando se precisa ↑ resistência

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 IV. Eixos
4.4- Potência no eixo
P  potência
P T T  torque
ω  velocidade angular
4.5- Cargas no eixo

Caso mais geral: torque variado e momento variado em combinação

Pode haver cargas axiais: minimizar a porção de seu comprimento

sujeito à cargas axiais, descarregando-as através de
mancais axiais o mais próximo da fonte de carga

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 IV. Eixos
4.6- Tensões no eixo (seção transversal circular)

Ma y 32 M a
Tensão de flexão alternada  a  K f a  K f
I  d 3

tensão normal
Mmy 32 M m
Tensão de flexão média  m  K fm  m  K fm
I  d3

Kf : fator de concentração de tensões de fadiga por flexão para componentes alternante

Kfm : fator de concentração de tensões de fadiga por flexão para componentes média

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 IV. Eixos
Tensão torcional de cisalhamento alternada

Ta r 16 Ta
 a  K fs  a  K fs
J d 3

Tensão torcional de cisalhamento média

Tm r 16 Tm
 m  K fsm  m  K fsm
J  d3

tensão de cisalhamento
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 IV. Eixos
Carga axial  apenas componente média

F 4F
m  K fm m  K fm
axial
A
axial
d 2

tensão normal

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 IV. Eixos
4.7- Falha do eixo em carregamento combinado
Estudos de falha por fadiga de aços dúcteis e fofo frágeis sob flexão
e torção combinados  Davies e Gough e Pollard (Inglaterra 1930)
Fig. Resultados dos testes
de fadiga para amostras de
aço sujeitas à torção e
flexão combinadas. (Design
of Transmission Shafting,
ANSI/ASME Standard
B106.1M-1985)

A combinação de torção
e flexão em materiais
dúcteis em fadiga segue
a relação elíptica como
definida pelas equações
na figura.

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IV. Eixos
4.8- Projeto do eixo
• Precisam ser consideradas tanto as tensões quanto as deflexões
• para o projeto do eixo.
• O eixo é projetado pela 1ª vez, usando considerações de tensão.
• As deflexões são calculadas após a geometria completamente definida.
• Se as frequências das funções de força forem próx. às freq. Naturais do eixo,
a ressonância pode criar vibrações, tensões elevadas e grandes deflexões.
Considerações gerais
1. O comprimento do eixo deve ser mantido o menor possível, minimizar
trechos em balanço.
2. usar viga bi-apoiada sempre que possível
3. eixo vazado tem melhor relação rigidez/massa e ωn maior
4. concentradores de tensão longe das regiões de grandes momentos
fletores (=> grandes raios, e aliviadores de tensão)
5. Se o obj é minimizar a deflexão use aço de baixo carbono.

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IV. Eixos
4.8- Projeto do eixo
Considerações gerais
6. As deflexões nas posições de engrenagens < 0,005in, inclinação relativa
entre eixos de engrenagens <0,03º.
7. Para mancais de luva, a deflexão ao longo do comprimento deve ser
menor a espessura da película de óleo no mancal.
8. Mancais de rolamento não autoalinhantes, a inclinação do eixo nos
mancais deve ser < 0,04º.
9. Se tiver cargas axiais de compressão, deverão ser descarregadas por meio
de um único mancal para cada direção de carga.
10. A primeira freq. natural do eixo deve ser pelo menos 3 vezes a freq.
máxima de carga esperada em serviço (fator x10 preferível mas difícil em
sistemas mecânicos)

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 IV. Eixos
4.8- Projeto do eixo  flexão alternada (σm = 0) e torção fixa (τa = 0)
Método ASME  norma ANSI/ASME B106.1M-1985
2
a   m 
2

     1
 
 S e   S ys 
1
 1
 3

 32 N f  M  3  2
T 
2
 2

d   k f a
   k fsm m   
   S e  4  S y   
   
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 IV. Eixos
4.8- Projeto do eixo  flexão variada e torção variada

1
  2 

k f M a   4 k fsTa  k fm M m   4 k fsmTm   
3
23 2 3 2
 32 N 

d 
f
  
   Se Sut 
   

(Eq 10.8)

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IV. Eixos
Exemplo 10.1:

Projete um eixo para suportar os complementos mostrados na figura a seguir,

com um coeficiente de segurança de projeto mínimo de 2,5.

Este eixo deve transmitir 2 HP a 1725 rpm.

O torque e a força na engrenagem são constantes no tempo.

Será usado aço para obter vida infinita.

Pressuponha um fator de concentração de tensão de 3,5 para o degrau nos
raios de flexão, 2,0 para o degrau nos raios em torção e 4,0 nas chavetas.
Aço 1020: Sut = 65 kpsi
Sy = 38 kpsi

Dado: 1 HP = 6600 in lb/s

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IV. Eixos
Exemplo 10.1:
Projeto do eixo  flexão alternada (σm = 0) e torção fixa (τa = 0)

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IV. Eixos
Solução 10.1: (Pag 560)

Torque uniforme

10.1a- Torque

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IV. Eixos
Solução 10.1:
10.1b- Forças tangenciais na polia

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IV. Eixos
Solução 10.1:
10.1c- Forças de reação

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IV. Eixos
Solução 10.1:
10.1d- Carga de cisalhamento e Momento Fletor

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IV. Eixos
Solução 10.1:

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IV. Eixos
Solução 10.1:

25/04/2017 Elementos de Máquinas - Prof. Dr. Justo Emilio Alvarez Jácobo 25

IV. Eixos
Solução 10.1:
10.1e- Material

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IV. Eixos
Solução 10.1:

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IV. Eixos
Solução 10.1:

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IV. Eixos
Solução 10.1:

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IV. Eixos
Solução 10.1:

𝑑0 =?
𝑑1 = 0,517 in
𝑑2 = 0,531 in
𝑑3 = 0,411 in

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 IV. Eixos
Solução 10.1:

𝐴 = 𝜋𝑟 2

𝑑0 =? 𝑑0 =? 𝑑0 =? 𝑑0 =? 𝑑0 = 0,75 in
𝑑1 = 0,517 in 𝑑1 = 0,517 in 𝑑1 = 0,517 in 𝑑1 = 0,625 in 𝑑1 = 0,625 in
𝑑2 = 0,531 in 𝑑2 = 0,591 in 𝑑2 = 0,591 in 𝑑2 = 0,591 in 𝑑2 = 0,591 in
𝑑3 = 0,411 in 𝑑3 = 0,411 in 𝑑3 = 0,50 in 𝑑3 = 0,50 in 𝑑3 = 0,50 in

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IV. Eixos
Solução 10.1:

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IV. Eixos
Exemplo 10.2:
Refaça o exercício anterior (10.1) considerando que o torque e o
momento variam no tempo de modo repetitivo. Isto é, suas
componentes alternantes e média são de igual magnitude. As
componentes media e alternante do torque são 73 lb-in, fazendo
o torque máximo duas vezes o valor médio do Exemplo 10.1. As
componentes média e alternante do momento são iguais em
magnitude.

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IV. Eixos
Exemplo 10.2:
Projeto do eixo  flexão variada e torção variada

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IV. Eixos
Solução 10.2: (Pag 565)

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IV. Eixos
Solução 10.2:

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IV. Eixos
Solução 10.2:

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IV. Eixos
Solução 10.2:

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IV. Eixos
Solução 10.2:

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IV. Eixos

Obrigado pela atenção!!

Referencia: http://eurobotica2012.blogspot.com.br/2012/04/rodas-e-eixos-encontro-iii.html

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