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09/05/2018 Como Argumentar que Deus Não Existe: 19 Passos

Como Argumentar que Deus Não Existe


4 Partes: Usando a ciência para negar a existência de Deus Usando evidências culturais para provar que Deus não existe
Usando argumentos filosóficos para argumentar que Deus não existe Preparando-se para discutir religião

A maioria das pessoas acredita que Deus existe. Pode ser difícil apresentar argumentos eficazes sobre a inexistência de
Deus. No entanto, evidências científicas, culturais e filosóficas podem ser usadas ao desenvolver argumentos para explicar
que Deus não existe. Seja qual for sua abordagem, lembre-se de manter a educação e a consideração com o próximo ao
discutir se Deus existe ou não.

Parte
Usando a ciência para negar a existência de Deus
1

1 Proponha que seres vivos não são perfeitos. Esse argumento gera a seguinte pergunta: se Deus é
perfeito, por que nos criou com imperfeições? Nós somos vulneráveis à várias doenças, nossos ossos se
quebram facilmente e nossas mentes e corpos perecem ao longo do tempo. Você também pode falar sobre
nossos joelhos pouco flexíveis, espinhas dorsais fracas e ossos pélvicos que dificultam o parto.[1] Juntas,
essas evidências biológicas indicam que Deus não existe (ou, então, que ele não nos criou à sua imagem e
semelhança, deixando-nos imperfeitos, o que nos faz crer que não devemos adorá-lo).
Os crentes provavelmente dirão que se Deus é perfeito, ele nos criou da melhor forma que poderia.
Eles também podem falar que o que vemos como imperfeição, pode, na realidade, ter um propósito nos
planos de Deus.

2 Mostre o histórico de substituição do sobrenatural com explicações naturais.[2] O argumento de


“Deus das lacunas” é bem comum para justificar a existência de Deus. Ele alega que, embora a ciência
moderna seja capaz de explicar muitas coisas, ela não é capaz de explicar outras. Você pode refutar esse
argumento ao dizer que cada vez mais descobrimos mais coisas e que as explicações naturais vêm
substituindo as explicações teístas, enquanto que explicações teístas jamais substituem as explicações
naturais.
Você pode citar o exemplo da evolução como uma área onde a ciência substituiu a crença teísta prévia
ao explicar a variedade de espécies do mundo.
Argumente que a religião sempre é usada para explicar o inexplicável. Os gregos usavam Poseidon
para justificar terremotos, o que agora sabemos que ocorre por conta dos movimentos das placas
tectônicas a fim de aliviar a pressão do choque entre elas.

3 Demonstre a imprecisão do criacionismo. O criacionismo é a crença de que Deus criou o mundo, cerca
de 5 a 6 mil anos atrás. Usufrua de todos os fatos que desmentem essa crença, como o processo
evolucionário, fósseis, datação por radiocarbono e testemunhos de gelo para argumentar que Deus não existe.
[3]

Por exemplo, você pode dizer “Arqueólogos sempre encontram rochas que existem há milhões ou
talvez bilhões de anos. Isso não prova que Deus não existe?"

Parte
Usando evidências culturais para provar que Deus não existe
2

1 Argumente que a crença em Deus é socialmente determinada. Há diversas variações dessa ideia.
Você pode explicar que em países relativamente pobres, quase todo mundo acredita em Deus, enquanto
que em países mais desenvolvidos, há um grande número de ateus.[4] Você também pode falar que pessoas
com nível educacional mais elevado têm maiores chances de seguirem o ateísmo do que aquelas que têm um

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nível educacional inferior. Juntos, esses fatos formam um forte argumento de que Deus é apenas um produto
cultural, altamente dependente das condições sociais de uma população.
Você também pode sugerir que as pessoas criadas em uma certa religião tendem a se manter nela pelo
resto da vida. Aqueles que não foram criados em um ambiente religioso, no entanto, dificilmente
passam a seguir uma religião posteriormente.[5]

2 Explique que só porque a maioria das pessoas acredita em Deus, não quer dizer que isso seja
verdade.[6] Uma razão comum para acreditar em Deus é que quase todo mundo acredita. Esse
argumento de “senso comum” também prevê que a fé em Deus é tão grande que essa crença só pode ser algo
natural. No entanto, você pode contra-argumentar dizendo que só porque um monte de gente acredita, não
quer dizer que é verdade. Diga, por exemplo, que por muito tempo, as pessoas achavam que a escravidão
aceitável.
Sugira que se as pessoas não são expostas as ideias da existência de Deus, elas não terão essa
crença.

3 Explore a variedade de crenças religiosas.[7] As identidades e características dos deuses cristãos,


hindus e budistas são bem diferentes. Portanto, você pode dizer que mesmo que algum Deus exista de
fato, não é possível saber qual deles é o correto.
Esse é o argumento das revelações inconsistentes.

4 Demonstre as contradições nas passagens religiosas. A maioria das religiões tem textos sagrados que
agem tanto como produto quanto evidência da existência de Deus. Se você puder demonstrar que um
texto sagrado é inconsistente ou tem falhas, você terá uma justificativa sólida da inexistência de Deus.
Por exemplo, se Deus é descrito em alguma passagem como um ser misericordioso, mas depois
destrói um vilarejo ou país, você pode usar isso como uma contradição aparente que demonstra que
Deus não existe (ou que a passagem bíblica é falaciosa).
No caso da Bíblia, frequentemente muitos versículos, histórias e anedotas foram falsificadas ou
alteradas em algum momento. Por exemplo, em Marcos 9:29, João 7:53 e 8:11 há passagens que
foram copiadas de outras fontes.[8] Explique que isso demonstra que os textos sagrados são apenas
um apanhado de ideias criativas produzidas por pessoas, sem qualquer inspiração divina.

Parte
Usando argumentos filosóficos para argumentar que Deus não existe
3

1 Argumente que, se Deus existe, ele jamais permitiria tanta descrença. Esse argumento propõe que
onde o ateísmo existe, Deus faria uma intervenção pessoalmente no mundo, se revelando aos ateus.[9] O
fato de que muitos ateus existem, no entanto, e que Deus não está interessado em persuadi-los através de
uma intervenção divina indica que ele não existe.
Os crentes podem contra-argumentar dizendo que Deus permite o livre arbítrio e, portanto, a descrença
também é um resultado disso. Eles podem citar exemplos específicos em textos sagrados onde Deus
se relevou para aqueles que não acreditavam.

2 Explore a inconsistência na crença da outra pessoa. Se a fé da pessoa é baseada na ideia de que


Deus criou o universo porque “tudo tem um início e um fim”, você pode perguntar: “Se isso é verdade,
então como Deus foi criado?”[10]. Isso vai enfatizar para a outra pessoa que ela está erroneamente concluindo
que Deus existe quando, na verdade, a mesma premissa básica (de que todas as coisas têm um início) pode
levar a diferentes conclusões.
Pessoas que acreditam em Deus podem dizer que dada a sua onipotência, ele está fora do espaço e
tempo, sendo a exceção da regra de que tudo tem um começo e fim. Se eles refutarem esse argumento
de alguma fora, discuta a ideia de onipotência.

3 Explore a questão do mal.[11] O problema do mal questiona como Deus pode existir se o mal existe. Em
outras palavras, se Deus existe e é bom, então todo mal deveria ser eliminado. “Se Deus realmente se

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importasse conosco, não teríamos guerras”, é um argumento que você pode usar.
O outro lado pode responder: “Os governos dos homens são ímpios e falíveis. São as pessoas que
causam o mal, não Deus.”. Nesse sentido, a pessoa pode, novamente, insistir na ideia do livre arbítrio e
na noção de que Deus é responsável por todas as maldades do mundo.
Você pode dar um passo adiante e dizer que mesmo que um Deus conivente à maldade exista, não
vale a pena adorá-lo.

4 Demonstre que a maldade não exige qualquer crença religiosa.[12] Muitas pessoas acreditam que sem
religião, o mundo decairia sob o caos imoral. Admita que, embora você não seja perfeito, ninguém é, e a
crença em Deus não necessariamente leva as pessoas a serem melhores do que as outras.
Você também pode reverter essa preposição argumentando que não só uma religião necessariamente
significa bondade, como pode levar ao mal, já que muitas pessoas religiosas cometem atos imorais em
nome de seu Deus. Fale, por exemplo, da Inquisição Espanhola ou do terrorismo religioso ao redor do
mundo.
Em adição, animais que são incapazes de entender nosso conceito de religião mostram evidências
claras de compreensão do comportamento moral e distinção entre certo e errado.

5 Demonstre que uma boa vida não precisa de Deus. Muitas pessoas acreditam que só quem acredita
em Deus pode ter uma vida rica, feliz e completa.[13] No entanto, você pode apontar que muitas pessoas
que não acreditam em Deus são tão bem-sucedidas quanto quem tem religião e, às vezes, até mais.
Por exemplo, você pode falar sobre Richard Dawkins ou Christopher Hitchens, que chegaram ao
sucesso independentemente da sua descrença em Deus.

6 Explique a contradição entre a onisciência e o livre arbítrio. A onisciência é a habilidade de saber tudo
e vai no sentido contrário à maioria dos dogmas religiosos. O livre arbítrio se refere à ideia de que você
tem consciência sobre seus próprios atos e, portanto, é responsável por eles. A maioria das religiões acredita
nos dois conceitos, mas eles são incompatíveis.
Diga para seu colega de conversa: “Se Deus sabe de tudo que acontece e tudo que vai acontecer, além
de todos os pensamentos que sua mente cria antes de você se dar conta, seu futuro é uma conclusão
antecipada. Se esse for o caso, então como Deus pode nos julgar pelos nossos atos?".
Pessoas que acreditam em Deus podem responder que, embora Deus saiba as decisões de cada um
com antecedência, as ações individuais ainda dependem do livre arbítrio.

7 Demonstre a impossibilidade da onipotência.[14] Onipotência é a habilidade de fazer qualquer coisa.


Se Deus pode fazer qualquer coisa, ele poderia, por exemplo, desenhar um círculo quadrado. No entanto,
isso é logicamente incoerente, e não faz sentido acreditar que Deus seja onipotente.
Outra presunção logicamente impossível que Deus não pode fazer, por exemplo, é conhecer e não
conhecer alguém ao mesmo tempo.
Você também pode argumentar que, se Deus é onipotente, por que ele permite que desastres naturais,
massacres e guerras aconteçam?

8 Jogue a discussão para eles. Na realidade, é impossível provar que algo não existe. Qualquer coisa
pode existir, mas para uma crença ser válida e levada em conta, é preciso muita evidência.[15] Proponha
que, em vez de provar que Deus existe, a pessoa deve provar que Deus não existe.
Por exemplo, você pode perguntar o que acontece após a morte. Boa parte das pessoas que acreditam
em Deus acredita que há vida após a morte. Peça evidências disso.
Entidades espirituais, como deuses, demônios, céu, inferno, anjos, entre outros nunca foram (e não
podem ser) cientificamente examinados. Ressalte que essas características espirituais não podem ter
sua existência provada.

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Preparando-se para discutir religião
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1 Faça seu dever de casa.[16]Prepare-se para argumentar que Deus não existe ao se familiarizar com os
argumentos e ideias principais de ateus conhecidos. O livro "Deus não é grande", escrito por Christopher
Hitchens, por exemplo, é uma boa forma de começar. "Deus, um delírio", de Richard Dawkins, é outra fonte
excelente de argumentos racionais contra a existência de uma divindade.
Além de pesquisar argumentos a favor do ateísmo, investigue as justificativas da perspetiva religiosa.
Familiarize-se com as questões ou crenças que podem levantar contra-argumentos e esteja certo de
que você é capaz de defender sua própria perspectiva.

2 Forme seus argumentos de forma lógica.[17] Se seus argumentos não forem apresentados de forma
direta e compreensível, sua mensagem ficará confusa. Por exemplo, ao explicar como a religião de uma
pessoa é determinada culturalmente, você deve fazer a pessoa concordar com cada uma das suas premissas
(os fatos básicos que levarão à sua conclusão.
Você pode dizer: “O México foi colonizado por um país católico, certo?".
Quando a pessoa concordar, siga para a próxima premissa, que pode ser: “E a maioria dos mexicanos
é católico, certo?".
Quando a pessoa confirmar, siga para a sua conclusão e diga, por exemplo, que a maioria dos
mexicanos acredita em Deus simplesmente por conta da cultura religiosa implantada lá.

3 Seja gentil ao discutir a existência de Deus. A crença em Deus é um tópico de discussão sensível.
Aproxime-se do debate em uma conversa onde ambos tenham pontos válidos. Fale de forma amigável.
Peça motivos dos quais a pessoa tem tanta fé em sua crença. Ouça as respostas pacientemente e molde os
seus argumentos com cautela, pensando no que a pessoa está dizendo.[18]
Peça para a pessoa passar algumas referências (físicas ou virtuais) que você possa usar para aprender
mais sobre a perspectiva e a crença dela.
A crença em Deus é complicada e os argumentos sobre a existência de Deus — seja concordando ou
discordando — não podem ser tomados como fato.

4 Mantenha a calma. A existência de Deus é um assunto que evoca muitas emoções. Se você ficar muito
animado ou contrariado com a discussão, você pode acabar dizendo algo incoerente ou que possa causar
arrependimento.[19] Tente respirar fundo para manter a calma. Respire lentamente pelo nariz por cinco
segundos e solte o ar pela boca por três segundos. Repita até se acalmar.
Diminua a velocidade do seu discurso para que você tenha mais tempo para pensar e também para
não dizer algo do qual se arrependerá depois.
Se você começar a sentir raiva, diga apenas “vamos concordar que discordamos” e encerre o assunto.
Seja educado ao falar sobre Deus. Lembre-se que muitas pessoas são sensíveis quanto a religião que
seguem. Respeite aqueles que acreditam em Deus. Não use linguagem vexatória ou acusatória, como
“mau”, “idiota" ou “louco”. Não xingue a outra pessoa.
No final, em vez de finalizar com um argumento conciso, a outra pessoa provavelmente dirá algo como
“sinto muito que você vai para o inferno”. Evite retrucar de forma passivo-agressiva.

Dicas

Você não precisa necessariamente argumentar que Deus não existe com cada crente que encontrar. Bons amigos não
precisam concordar uns com os outros pelo bem da amizade. Se você sempre levanta uma discussão ou tenta
“convertê-los”, esteja preparado para ter menos amigos.
Algumas pessoas se voltam para a religião para superar uma experiência ruim na vida, como vícios ou uma morte
trágica. Embora uma religião muitas vezes traga efeitos positivos na vida das pessoas que precisam, isso não significa
que as ideias por trás daquela determinada religião são verdadeiras. Se você encontrar alguém nessa situação, tenha
cuidado para não ofender a pessoa, mas também não se sinta pressionado a evitá-la ou fingir que pensa igual a ela.

Avisos

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Seja educado ao discutir sobre religião.

Fontes e Citações

1. http://nautil.us/issue/24/error/top-10-design-flaws-in-the-human-body
2. http://www.alternet.org/story/154774/the_top_10_reasons_i_don't_believe_in_god
3. http://www.talkorigins.org/faqs/dalrymple/scientific_age_earth.html

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