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INTERVALOS

Aplicação prática para guitarra e violão.

Definição: Distância entre 2 notas.

A importância dos intervalos fica clara quando pensamos que acordes e escalas são formados
por grupos de notas e se alterarmos uma nota que seja, alteramos totalmente o som desse
acorde ou escala.
É exatamente essa arquitetura do som, esse posicionamento, essa distância entre uma nota e
outra que vai nos dar os diferentes sons das escalas e acordes.

O menor intervalo do sistema tonal é o semitom.

A soma de dois semitons compõe o intervalo de tom.

Os intervalos podem ser ascendentes: (caminhando para região aguda do instrumento)


ou descendentes: (caminhando para região grave).

Também podem ser melódicos:(quando as 2 notas são tocadas separadamente)


ou harmônicos: (quando 2 notas são tocadas ao mesmo tempo).

A aplicação prática dos intervalos melódicos e harmônicos podem ser feitos de forma simultânea,
porém, a sonoridade de um intervalo harmônico é mais robusta pois faz uso de 2 notas
simultâneas.

OBSERVAÇÃO:
Intervalos harmônicos não são acordes. Um acorde é necessariamente o empilhamento de pelo
menos 3 notas, portanto, sempre quando temos apenas 2 notas estamos tocando 1 intervalo
harmônico.

Ozi Souza – Professor de Guitarra e Violão


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INTERVALOS

Para definir os intervalos usaremos a escala maior natural como ponto de partida.

Tendo como referência a nota DÓ (Fundamental ou Tônica) como ponto inicial, chamaremos os
intervalos de segunda (1-2), terça (1-3), sexta (1-6) e sétima (1-7), de intervalos maiores.

Os intervalos de quarta (1-4), quinta (1-5) e oitava (1-8) são os intervalos justos.

Do Re Mi Fa Sol La Si Do
T 2M 3M 4J 5J 6M 7M 8J

Os intervalos de 1 até 8 são os intervalos simples, pois estão inseridos dentro de uma oitava.

Quando ultrapassam a oitava são chamados de intervalos compostos.

Na prática teremos 9, 11 e 13

Do Re Mi Fa Sol La Si Do
T 2M 3M 4J 5J 6M 7M 8J

9M 11J 13M

Ozi Souza – Professor de Guitarra e Violão


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INTERVALOS

REGRAS

 Reduzindo um semitom do intervalo maior ele se torna menor.

Do Reb Re Mib Mi Fa Sol Lab La Sib Si Do


T 2m 2M 3m 3M 4J 5J 6m 6M 7m 7M 8J

9m 9M 11J 13m 13M

 Aumentando um semitom do intervalo maior ele se torna aumentado

Obs: esta regra não se aplicará na 6ª

Do Re Ré# Mi Fa Sol La Si Do
T 2M 2aum 3M 4J 5J 6M 7M 8J

9M 9aum 11J 13M

Nesse momento ocorrerá a Enarmonia.

Este é o nome dado quando duas notas têm a mesma altura, mas nomes diferentes.

Por exemplo, uma segunda aumentada é enarmônica de uma terça menor.

 Reduzindo um semitom do intervalo justo ele se torna diminuto.

Obs: esta regra se aplicará (na prática do instrumento) apenas com a 5ª.

DÓ RÉ MI FÁ Solb SOL LA SI DÓ
T 2M 3M 4J 5dim 5J 6M 7M 8J

 Quando aumentamos um semitom do intervalo justo ele se torna aumentado.

DÓ RÉ MI FÁ Fá# SOL Sol# LA SI DÓ


T 2M 3M 4J 4aum 5J 5aum 6M 7M 8J

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INTERVALOS

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Acrescentando uma nova informação ao que vimos antes:

 Quando reduzimos um semitom do intervalo menor ele se torna diminuto.

Obs: esta regra se aplicará (na prática do instrumento) apenas com a 7ª.

DÓ RÉ MI FÁ SOL LA Sib SI DÓ
T 2M 3ªM 4J 5J 7dim 7m 7M 8J
9M 11J

Ozi Souza – Professor de Guitarra e Violão


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INTERVALOS

Tabela de distâncias:

Segunda menor: Distância de ½ tom.

Segunda maior: Distância de 1 tom.

Terça menor: Distância de 1 tom e ½.

Terça maior: Distância de 2 tons.

Quarta justa: Distância de 2 tons e ½.

Quarta aumentada*: Distância de 3.

Quinta justa: Distância de 3 tons e ½ .

Quinta aumentada*: Distância de 4 tons.

Sexta maior*: Distância de 4 tons e ½.

Sétima menor: Distância de 5 tons.

Sétima maior: Distância de 5 tons e ½.


* Enarmônicos

Ozi Souza – Professor de Guitarra e Violão


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INTERVALOS

Prática

Para calcularmos um intervalo, procedemos através de duas etapas:

1) contamos as notas, a partir da primeira até a segunda (como fizemos acima)


2) conferimos se o intervalo é maior ou justo (contamos seus tons e semitons) ou não.

Uma DICA

Ao identificar um intervalo que contenha alterações (por exemplo Ré#-Lá), podemos, antes de
mais nada, ignorar, temporariamente, a alteração (nesse caso o #), então calcular a distância
entre as notas “reais” (Ré-Lá = 5J). Feito isso, voltamos a considerar a alteração, para ver o seu
efeito sobre o intervalo (no exemplo, o # reduz a distância entre as duas notas, portanto o
intervalo será de 5dim.

A REGRA DO NOVE e a inversão de intervalos

Todo intervalo pode ser invertido.


A soma dos números referentes à classificação de um intervalo e sua inversão dá sempre nove,
vejamos:

A inversão de um intervalo de 7ª cria um intervalo de 2ª.


A inversão de um intervalo de 6ª cria um intervalo de 3ª.
A inversão de um intervalo de 5ª cria um intervalo de 4ª.

Podemos, então, representar isso como mostra a imagem abaixo:


2ª e 7ª são complementares, assim como os intervalos de 3ª e de 6ª, e como os intervalos de 4ª e
de 5ª.

9 - 2 = 7.
A inversão de um intervalo de segunda cria um intervalo de sétima.

9 - 3 = 6.
A inversão de um intervalo de terça cria um intervalo de sexta.

9 - 4 = 5.
A inversão de um intervalo de quarta cria um intervalo de quinta.

Há, ainda, um detalhe que completa essa regra das inversões:

UM INVERVALO maior se torna menor; diminuto se torna aumentado; justo se torna justo.

Ozi Souza – Professor de Guitarra e Violão


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