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INTRODUÇÃO

Este trabalho propõe-se a descrever uma reflexão filosófica da ética do


homem, do mundo, da felicidade, da lei natural, do bem e da justiça. Temas de
controvérsias de obras da Idade Média cristã por Tomás de Aquino com visão
teológica, com melhor argumentação filosófica, entretanto, intrinsecamente
dependentes da transcendência, da fé e da esperança, noções que ultrapassam o
discurso filosófico.

O presente estudo visa analisar a ética de Tomás e dos medievais em geral,


no âmbito da antropologia, da política e da metafísica; como procedem os cristãos
que crêem num cosmos criado por Deus e orientado para a eternidade.

Esta pesquisa inicia a discussão das seguintes perguntas: será que para os
medievais a ética necessariamente deve ter um fundamento divino? Será a ética
mais teológica que filosófica?

Tem-se como objetivo a especificação por Tomás de Aquino, da ética em


virtudes morais, intelectuais, vida política e regimes de poder, juntamente com sua
contextualização no mundo real da vida humana direcionado para seu Criador.
2 A VERTICALIZAÇÃO DA ÉTICA

2.1 BIOGRAFIA – TOMÁZ DE AQUINO

Tomás de Aquino nasceu por volta do ano de 1225, no Castelo do pai, o


conde Landulf de Aquino, localizado em Roccasecca, no mesmo Condado de
Aquino (Reino da Sicília, no atual Lácio). Sua mãe era a condessa Teodora de
Tehate. Tomás era ligado á dinastia Hohenstaufen do Sacro Império romano –
Germânico. Seu irmão de Landulf Sinibald era abade da original abadia beneditina
em Monte Cassino. Os demais filhos da família seguiram uma carreira militar.

A família pretendia que Tomás seguisse seu tio na abadia, isto teria sido um
caminho normal para a carreira do filho mais novo de uma família da nobreza
sulista italiana.

Aos cinco anos Tomás começou sua carreira em Monte Cassino, mas depois
que o conflito militar que ocorreu entre o imperador Frederico II e o papa Gregório
IX na abadia no início de 1239, ele foi matriculado na STUDIUM GENERALE
(Universidade), criada na época recentemente por Frederico II, em Nápoles. Foi lá
que Tomás provavelmente foi induzido nas obras de Aristóteles, Averróis e
Maimônides, todos que influenciaram sua filosofia teológica.

Durante seus estudos em Nápoles que Tomás sofreu a influência de João de


São Juliano, um pregador dominicano em Nápoles que fazia parte do esforço ativo
intentado pela ordem dominicana para recrutar seguidores devotos. Nessa época
seu professor de aritmética, geometria, astronomia e música era Pedro de Ibérnia.

Aos 19 anos de idade, contra a vontade da família, entrou na ordem fundada


por Domingos de Gusmão. Estudou Filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde
se dedicou ao ensino e ao estudo de questões filosóficas e teológicas. Estudou
teologia em Colônia e em Paris, onde se tornou discípulo de Santo Alberto Magno
que o “descobriu” e se impressionou com a sua inteligência. Por este tempo foi
apelidado de “boi mudo”. Dele disse Santo Alberto Magno; “Quando este boi mugir,
o mundo inteiro ouvirá o seu mugido”.
Foi mestre na Universidade de Paris no reinado de Luiz IX de França.
Morreu com 49 anos de idade na Abadia de Fossanova, quando se dirigia para
Lião a fim de participar do Concílio de Lião, a pedido do Papa.

2.2 Filosofia

Seu maior mérito foi a síntese do cristianismo com a visão aristotélica do


mundo, introduzindo o aristotelismo, sendo redescoberto na Idade Média, na
Escolástica anterior, compaginou um e outro, de forma a obter uma sólida base
filosófica para a teologia e retificando o materialismo de Aristóteles. Em suas duas
summae, sistematizou o conhecimento teológico e filosófico de sua época: a
Summa theologiae e a Summa contra gentiles.

A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma


Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese
definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou
que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem.
Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão. Explica que toda a
criação é boa, tudo o que existe é bom, por participar do ser de Deus, o mal é a
ausência de uma perfeição devida e a essência do mal é a privação ou ausência
do bem.

Além da sua Teologia e da Filosofia, desenvolveu também uma teoria do


conhecimento e uma Antropologia, deixou também escrito conselhos políticos: Do
governo do Príncipe, ao rei de Chipre, que se contrapõe, do ponto de vista da ética,
ao O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Com o uso da razão é possível demonstrar a
existência de Deus, para isto propõe as 5 vias de demonstração:

Primeira via
Primeiro motor imóvel: tudo o que se move é movido por alguém, é
impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento dos
movidos, pois do contrário nunca se chegaria ao movimento presente, logo
há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que
por ninguém foi movido.
Segunda via
Causa primeira: decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas
coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém
tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário
não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa
sequência infinita.
Terceira via
Ser necessário: existem seres que podem ser ou não ser (contingentes),
mas nem todos os seres podem ser desnecessários se não o mundo não
existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos
seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum
outro ser.
Quarta via
Ser perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais
perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo,
logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é
a causa da perfeição dos demais seres.
Quinta via
Inteligência ordenadora: existe uma ordem no universo que é facilmente
verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem
pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o
universo na forma ordenada.

2.3 A Verdade

"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência".


Tomás de Aquino concluiu que a descoberta da verdade ia além do que é visível.
Antigos filósofos acreditavam que era verdade somente o que poderia ser visto.
Aquino já questiona que a verdade era todas as coisas porque todas são reais,
visíveis ou invisíveis, exemplificando: uma pedra que está no fundo do oceano não
deixa de ser uma pedra real e verdadeira só porque não pode ser vista.

Aquino concorda e aprimora Agostinho de Hipona quando diz que "A


verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". A verdade está nas coisas e
no intelecto e ambas convergem junto com o ser. O "não-ser" não pode ser
verdade até o intelecto o tornar conhecida, ou seja, isso é apreendido através da
razão. Aquino chega a conclusão que só se pode conhecer a verdade se você
conhece o que é o ser. A verdade é uma virtude como diz Aristóteles, porém o bem
é posterior a verdade. Isso porque a verdade está mais próximo do ser, mais
intimamente e o que o sujeito ser do bem depende do intelecto, "racionalmente a
verdade é anterior". Exemplificando: o intelecto apreende o ser em si; depois, a
definição do ser, por último a apetência do ser. Ou seja, primeiramente a noção do
ser; depois, a construção da verdade, por fim, o bem. Sobre a eternidade da
verdade ele, Tomás, discorda em partes com Agostinho.

Para Agostinho a verdade é definitiva. Imutável. Já para Aquino, a verdade é


a consequência de fatos causados no passado. Então na supressão desses fatos à
verdade deixa de existir. O exemplo que Tomás de Aquino traz é o seguinte: A frase
"Sócrates está sentado" é a verdade. Seja por uma matéria, uma observação ou
analise, mas ele está sentado. Ao se levantar, ficando de pé, ele deixa de estar
sentado. Alterando a verdade para a segunda opção, mudando a primeira.
Contudo, ambos concordam que na verdade divina a verdade por não ter sido
criada, já que Deus sempre existiu, não pode ser desfeita no passado e então é
imutável.

3 ÉTICA DE TOMÁS DE AQUINO

Segundo Tomás de Aquino, a ética consiste em agir de acordo com a


natureza racional. Todo o homem é dotado de livre-arbítrio, orientado pela
consciência e tem uma capacidade inata de captar, intuitivamente, os ditames da
ordem moral. O primeiro postulado da ordem moral é: faz o bem e evita o mal.
Há uma Lei Divina, revelada por Deus aos homens, que consiste nos Dez
Mandamentos.

Há uma Lei Eterna, que é o plano racional de Deus que ordena todo o
universo e uma Lei Natural, que é conceituada como a participação da Lei Eterna
na criatura racional, ou seja, aquilo que o homem é levado a fazer pela sua
natureza racional.

A Lei Positiva é a lei feita pelo homem, de modo a possibilitar uma vida em
sociedade. Esta subordina-se à Lei Natural, não podendo contrariá-la sob pena de
se tornar uma lei injusta; não há a obrigação de obedecer à lei injusta (este é o
fundamento objectivo e racional da verdadeira objecção de consciência).
A Justiça consiste na disposição constante da vontade em dar a cada um o que é
seu - suum cuique tribuere - e classifica-se como comutativa, distributiva e legal,
conforme se faça entre iguais, do soberano para os súbditos e destes para com
aquele, respectivamente.

3.1 Pensamento

Partindo de um conceito aristotélico, Aquino desenvolveu uma concepção


hilemórfica do ser humano, definindo o ser humano como uma unidade formada
por dois elementos distintos: a matéria primeira (potencialidade) e a forma
substancial (o princípio realizador). Esses dois princípios se unem na realidade do
corpo e da alma no ser humano. Ninguém pode existir na ausência desses dois
elementos.

A concepção hilemórfica é coerente com a crença segundo a qual Jesus


Cristo, como salvador de toda a humanidade, é ao mesmo tempo plenamente
humano e plenamente divino. Seu poder salvador está diretamente relacionado
com a unidade, no homem ou na mulher, do corpo e da alma. Para Aquino, o
conceito hilemórfico do homem implica a hominização posterior, que ele professava
firmemente. Uma vez que corpo e alma se unem para formar um ser humano, não
pode existir alma humana em corpo que ainda não é plenamente humano.

O feto em desenvolvimento não tem a forma substancial da pessoa humana.


Tomás de Aquino aceitou a ideia aristotélica de que primeiro o feto é dotado de
uma alma vegetativa, depois, de uma alma animal, em seguida, quando o corpo já
se desenvolveu, de uma alma racional. Cada uma dessas "almas" é integrada à
alma que a sucede até que ocorra, enfim, a união definitiva alma-corpo.
Conforme as próprias palavras de Aquino:

A alma vegetativa, que vem primeiro, quando o embrião vive como


uma planta, corrompe-se e é sucedida por uma alma mais perfeita, que é ao
mesmo tempo nutritiva e sensitiva, quando o embrião vive uma vida animal;
quando ela se corrompe, é sucedida pela alma racional induzida do exterior
(…) Já que a alma se une ao corpo como sua forma, ela não se une a um
corpo que não seja aquele do qual ela é propriamente o ato. A alma é agora
o ato de um corpo orgânico".

3.2 A ÉTICA SEGUNDO S. TOMAZ DE AQUINO

3.2.1 Ética, Cristianismo, Moral e Religião.


Tomás de Aquino separou a teologia da filosofia através do seu sistema
tomista. A teologia de Aquino é bastante complexa e por isso seria fastidioso inclui-
la num postal generalista. O que mais me atrai em Aquino é a sua filosofia, e desta,
a ética e a estética; é disto que vou falar comparando esses conceitos de Aquino
com a cultura contemporânea. Antes de entrar no tema, é de notar que Aquino
considerava a monarquia como o sistema político ideal, por ser o que mais se
parece com o próprio governo divino do mundo. Não podia de fazer notar a minha
concordância.

Na sua ética, Tomás de Aquino parte do princípio da existência de Deus,


porque nenhuma ética é possível sem uma metafísica qualquer; aliás, este é o
grande problema ético dos ateístas, e a necessidade da transformação do ateísmo
em naturalismo reflete a necessidade ética de uma “metafísica”, o que na prática
significa “religião”. Tomás de Aquino parte da lógica sustentada da liberdade do ser
humano ― o livre arbítrio ― o que para mim é ideia agradável. O ser humano é
livre; Deus não lhe tolheu a liberdade. O ordenamento finalista do universo não
elimina nem diminui a liberdade do Homem.

3.2.2 O Mal e o Bem

O mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. Neste aspecto,


S. Tomás de Aquino segue S. Agostinho na teoria da não-substancialidade do mal,
em confronto com as ideias de Mani (maniqueísmo). Também esta ideia é-me
agradável; o mal não é intrínseco ao ser humano senão na sua condição de
ignorância ou ausência de sabedoria, da mesma forma que o mal é a ausência do
bem.

Tomás de Aquino existem duas espécies de “mal”: a “pena” e a “culpa”. A


“pena” tem em Aquino um significado parecido no Budismo com o de Kharma; a
“pena” é a deficiência da forma ou de uma das suas partes, necessária para a
integridade de algo. A “culpa” é, dos males, o maior ― que a providência tenta
corrigir ou eliminar com a “pena”. Para S. Tomás de Aquino, só lhe faltava
reconhecer a reencarnação para transformar a “pena” em Kharma e a “culpa” em
Samsara.

Para Tomás de Aquino, a “culpa” é o acto humano de escolha deliberada do


mal; a “culpa” não é inconsciente: o ser humano com culpa sabe que a tem,
através da “consciência”. Contudo, o ser humano é dotado de capacidade para
distinguir o Bem, e naturalmente tende para ele; assim como o ser humano tem
uma aptidão natural para entender os princípios da ciência, essa mesma aptidão
serve também para o ser humano entender os princípios práticos dos quais
dependem as boas acções. Através da sínderese ― que é exactamente essa
aptidão prática que permite ao Homem distinguir o Bem — o ser humano tende a
rejeitar a ausência de Bem.

Ao contrário do que defende o naturalismo ateísta contemporâneo, S. Tomás


de Aquino distingue a liberdade do ser humano da falta de liberdade do resto da
natureza. As potências naturais (as faculdades naturais) não têm possibilidade de
escolha nem têm liberdade; agem de um modo constante e infalível como agem os
agentes que a Física ou a Química observam. Contudo, as potências racionais
podem agir em vários sentidos segundo livre escolha. O habitus, segundo S.
Tomás de Aquino, é a predisposição humana que é constante, mas não necessária
ou infalível, de escolher em determinado sentido ― o habitus é a tendência de
comportamento de um ser humano em particular, em pleno exercício da sua
liberdade, ou de uma sociedade determinada, em geral.

Tomás de Aquino aceita a distinção aristotélica entre “virtudes intelectuais” e


“virtudes morais”, sendo que estas últimas são a justiça, a temperança, a prudência
e a fortaleza. As virtudes intelectuais e as virtudes morais são virtudes humanas
que conduzem o ser humano à felicidade que o Homem pode conseguir nesta vida
com as suas próprias forças naturais. Mas para além destas, o Homem dispõe das
“virtudes teologais” directamente infundidas por Deus: a fé, a esperança e a
caridade.
3.2.3 A Lei Natural

Em toda a ética de Tomás de Aquino está presente o direito natural


(jusnaturalismo). Existe uma lei eterna ― uma lei que governa todo o universo e
que existe na lógica do surgimento desse universo. A lei natural que existe no
Homem é um reflexo (ou uma “participação”) dessa lei eterna que rege o universo.

A lei natural tem três características fundamentais:

1. A inclinação para o bem natural. A auto-conservação do Homem ― como


a de qualquer ser vivo ― é uma revelação desta primeira característica. Por
isso, o aborto e o suicídio (eutanásia) vão contra a lei natural.
2. A inclinação especial para determinados actos, que são os que a
natureza ensinou a todos os animais, como a união do macho e da fêmea, a
educação dos filhos e outros semelhantes. Por isso, o comportamento e a
cultura “gay” vai contra a lei natural.
3. A inclinação para o Bem segundo a natureza racional que é própria do
Homem, como é a inclinação para conhecer a Verdade, a sociabilidade, a
cultura, a tradição, etc.

3.2.4 A estética

O belo, segundo S. Tomás de Aquino, é um aspecto ou uma característica do Bem.


O belo é idêntico ao Bem, sendo que o Bem é aquilo que todos desejam e,
portanto, é a própria teleologia (o Fim). O belo também é desejado, e portanto tem
um valor teleológico. Porém, ao contrário do Bem, o belo só se refere aos sentidos
(faculdade cognoscitiva) ― visão, audição ― e à consciência das coisas (que inclui
outros sentidos: o tacto, o olfacto, o gosto). Portanto, a beleza só se refere aos
sentidos que têm maior valor cognoscitivo e que servem a Razão. O que agrada na
beleza não é o objecto em si, mas a apreensão do objecto.
Tomás de Aquino atribui ao “belo” três características essenciais:

 A integridade da perfeição. Tudo o que é reduzido ou incompleto é feio.


 A proporção das partes; a clareza. Esta característica aplica-se não só
nas coisas sensíveis (arte em geral) mas também nas coisas do espírito. Um
corpo proporcionado é belo assim como um discurso ou uma acção bem
proporcionada tem a clareza espiritual da razão.
 A verdade da beleza. O belo existe mesmo que represente um objecto feio.
CONCLUSÃO

Tomás de Aquino nasceu de uma família da nobreza italiana (condes de


Aquino) em Roccasecca, Cassino, Itália, em 1226. Faleceu a 7 de Março de 1274.
Ética na vida profissional, social e cristã. O termo ÉTICA tem sido muito discutido
nos últimos tempos dentro da sociedade brasileira. Vários tipos de problemas
sociais vêm acontecendo ligados aos trabalhos executados por profissionais de
diversas áreas; e a mídia vem divulgando de maneira óbvia para toda população.

Também são mostradas condutas de políticos, empresários e funcionários


públicos que denigrem a imagem do ser humano, criando um constrangimento
público inevitável e desolador. Envergonha-nos ver na mídia certo acontecimentos
de policiais corrompidos, assassinos de fardas, onde a ordem, honra estão abaixo
do dinheiro, trazendo prejuízos e insegurança a toda sociedade brasileira.
Profissionais liberais que praticam atos que desabonam uma boa conduta
profissional que lesa o patrimônio público, gerando prejuízos de natureza social
irreparável, em alguns casos, e em outros, perdendo o conceito de moral e
respeito. O que seria ética nestes casos? Será um termo usado em grandes
corporações somente? Ou quem sabe uma palavra que aprendemos no meio
acadêmico que se espera ser implantado no futuro?

Mas quando uma ação do homem atinge o seu próximo e o prejudica, gera
toda uma situação de injustiça e desconforto, em que a própria sociedade irá julgar
a maneira como se fez determinada atitude censurável. A família também irá julgá-
lo, e o indivíduo será forçado a refletir sobre o que praticou. Há um modus vivendi,
do latim que quer dizer modo de viver, conduta de vida em cada ser humano que
pratica no meio em que vive e atua, seja como trabalhador ou indivíduo dentro da
comunidade ou sociedade, e ambiente familiar.

A ética profissional está pautada em normas estabelecidas por órgãos de


classe ou associações, mas se a pessoa não tiver uma base familiar bem
estruturada e uma vida emocional equilibrada, ela passará a transferir para
profissão este desequilíbrio. A boa vontade articula-se com um segundo pólo
central da ética: o dever. A boa vontade consiste no cumprimento do dever moral e,
desde já podemos antecipar, nisto consiste toda a moral: a decisão da razão e da
vontade de cumprir o dever moral exclusivamente por dever.

A ética profissional tem um leque enorme de temas que o envolve, podemos


citar aqui uma vida regrada dentro de padrões sociais; uma obediência a certas
normas, mas quando temos isso tudo dentro de nós, funciona com bastante
harmonia e perfeição. Não somos perfeitos, mas desejamos ou devemos desejar
fazer o correto; não seguir o errado; praticar atos que conduzem os bens comuns,
de todos que estão à nossa volta ou em nossa roda. A Bíblia diz - em Gálatas,
capítulo 06, versículo 07 - que “tudo o que o homem semear isso também ceifará”.

Refletindo parcialmente sobre esse texto da Palavra de Deus você com


certeza irá ter suas conclusões. Nos dias atuais fala-se muito no mundo como
aldeia global, como uma só casa, quer dizer, que tudo o que você fizer aqui irá
refletir em qualquer lugar do planeta e na eternidade. Há uma grande preocupação
com as escassezes naturais, claramente a Amazônia é invadida por estrangeiros
pesquisadores querendo de certa forma fiscalizar e controlar o que resta para o
mundo. “Mundus est omnium communis patria”, que do latim quer dizer “o mundo é
a pátria comum de todos”. Ouve-se muito de globalização, o efeito estufa e suas
conseqüências sobre o planeta. Sabemos que isso foi e continua sendo resultado
das ações desastrosas do homem sobre a Terra, em busca de riquezas e do
progresso, sem, contudo, pensar em planejar o futuro.

Atualmente, o mundo está sofrendo em decorrência da falta da ética na vida


do homem. E para concluir, reflita sobre seus atos, suas ações e suas atitudes
tomadas hoje, pois com toda certeza isso refletirá manhã, ou na sua vida na sua
geração ou na vida do planeta. Ética apresenta o que você é dentro de você, sua
capacidade de ser e fazer, para você e seu próximo. Portanto, cultive atitudes,
demonstrem uma pessoa que é um ser humano, que pode ser reconhecido como
tal, pensa no que faz. Em nossas vidas seja profissional, familiar e cristã
precisamos ter harmonia e ligação entre todas as áreas, pois, o pilar não pode
sofrer nenhum dano ou abalo.
Como disse Tomás de Aquino na verticalização da ética: A natureza
providenciou previamente para os animais defesos, pele e garras, enquanto o
homem recebeu da sua natureza a razão e nas mãos pelas quais concebe e
constrói o mundo, ou destrói no seu livre arbítrio.

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