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Resumo:
O objetivo desta pesquisa-ação foi preparar líderes da Usina Estreliana como agentes
multiplicadores para o processo de mudança na cultura organizacional. Os objetivos
específicos foram: sensibilizar os participantes para o novo modelo de gestão, com foco
nos resultados; trabalhar o desempenho individual e das equipes da Usina; disseminar
aspectos motivacionais e de comprometimento para todos os trabalhadores. Realizada
em 04 oficinas e 10 encontros com o grupo de líderes formais dos setores: escritório,
campo e da fábrica, num total de 20 (vinte) participantes. Na fundamentação teórica, foi
utilizada a Psicodinâmica do Trabalho e o Método Paulo Freire, adaptado às oficinas.
As manifestações de prazer e sofrimento e o significado do trabalho foram aspectos
tratados a cada encontro, além da conscientização do impacto de cada setor para os
resultados da Empresa. Os resultados deste estudo indicaram uma melhoria significativa
nas vivências de prazer no trabalho, confirmada pelos sentimentos de reconhecido e
valorização expressados, bem como a conscientização de seu papel e do seu trabalho
para os resultados da Estreliana, que refletiram na posição do ranking das usinas. Em
2004, ela encontrava-se em 11º lugar, passando a ocupar o 1º lugar na safra 2006/2007.
Introdução:
Metodologia
Método: Pesquisa-Intervenção
Etapas/Procedimentos:
c) Estratégias de Ação:
No desenvolvimento das oficinas e dos encontros foram adaptadas as fases de
aplicação proposta pelo Método Paulo Freire. Na 1ª fase, foi realizado um levantamento
do universo de conhecimento do Grupo em relação à rotina de suas tarefas e o sentido e
significado de seu trabalho. Nesta fase ocorreram as interações, proposta pelo autor, de
aproximação e conhecimento mútuo, quando as facilitadoras passaram a conhecer a
realidade de cada um dos integrantes, bem como a dinâmica grupal; na 2ª fase, a escolha
dos temas e seus respectivos enfoques foi refletida no Grupo, considerando tanto os
aspectos conceituais/técnicos quanto à realidade de cada locus de trabalho. E ainda os
aspectos facilitadores e dificultadores para a condução do Grupo, bem como sua
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realidade social, cultural e política; na 3ª fase, foram criadas situações existenciais
inseridas na realidade deste Grupo. Para tanto, utilizou-se a análise de casos hipotéticos
problematizados, além da análise e discussão de filmes e textos, com o intuito de abrir
perspectivas para reflexão crítica dos problemas vividos por cada membro, dentro da
cultura organizacional; na 4ª fase, estabeleceu-se, juntamente com os participantes, os
modos para a condução das temáticas a serem trabalhadas, de forma crítica e
participativa, mediante debates. Observa-se, portanto, que este procedimento constitui
as fases de Investigação, Tematização e Problematização, propostas por Paulo Freire.
Quanto à sistemática de ação também foi utilizado, o modelo proposto por
Mendes (2004), Dejours (1992, 1994, 2004), Neves (2001, 2003) que visa possibilitar
uma organização de trabalho saudável e produtiva e, para tanto, inclui: (1) visibilidade
da fala e das ações: estimular a fala dos trabalhadores (Grupo dos Vinte), onde é
possível resignificar vivências de sofrimento em razão das contradições da organização
do trabalho, em prazer e comprometimento; (2) gestão com base na variabilidade,
flexibilidade e contradições: o próprio modelo utilizado no Programa de Sensibilização
permitiu utilizar tais formas de gestão; (3) planejamento e previsibilidade das ações: a
participação e reprodução nos grupos de trabalho na Usina garantiu tal uso; (4)
compatibilidades entre competências profissionais e condições, organização e relações
sócio-profissionais de trabalho: possível nas oportunidades de melhorias identificadas
pelas facilitadoras no relatório avaliativo do trabalho de consultoria de gestão de
pessoas; (5) gestão por meio da análise, crítica e proposição: foi proposto como modelo
de gestão dos trabalhadores, através da formação dos líderes do Grupo dos Vinte; e (6)
fortalecimento do coletivo de trabalhadores: identificado na melhoria da auto-estima, do
nível de comprometimento, do reconhecimento e da valorização expressados pelos
participantes no decorrer dos encontros.
Os eventos realizados e as temáticas trabalhadas estão abaixo discriminadas:
1. Palestra Magna de Abertura
Tema: “O Futuro é agora”
Público: Todos os gestores e líderes da Usina Estreliana
2. Oficinas de Sensibilização:
Temas discutidos e trabalhados com/pelo Grupo:
“Sou Estreliana com muito orgulho”
“Construindo um futuro de sucesso”
“Ser protagonista – estar motivado contagia”
“Canal Estreliana – comunicação eficaz”
3. Encontros Quinzenais:
Os temas que emergiram provenientes das oficinas e que embasaram a
construção dos encontros foram: Marketing Pessoal e Auto-estima; Projeto de Vida;
Significado do Trabalho; Satisfação e Motivação no Trabalho; Relacionamento
Interpessoal; Formação de Líderes Eficazes; Avaliação do Desempenho Individual;
Avaliação do Desempenho da Equipe; Desenvolvendo as Competências dos Liderados;
e Cana +: O Papel de Cada Um.
Resultados:
115,00
110,00
Oportunidades de Melhoria Identificadas
92,45
90,00
89,17
Conclusão
1- Qual o cenário atual da Estreliana e a estratégia usada para que ela saísse daquela
situação em que se encontrava?
3- Qual o objetivo de toda essa mudança e de todo esse investimento e seus resultados
alcançados?