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Investimentos
Ficha Técnica
MINISTÉRIO DE TRABALHO Coordenação do Projeto Qualifica Brasil Gerente do Núcleo de Produção de Materiais
Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa (Coordenadora Geral) Rute Nogueira de Morais Bicalho
Ministro do Trabalho Wilsa Maria Ramos
Ronaldo Nogueira Valdir Adilson Steinke Autor
Luis Fernando Ramos Molinaro César Augusto Tibúrcio Silva
Secretário de Políticas Públicas de Emprego Humberto Abdalla Júnior
Leonardo José Arantes Rafael Timóteo de Sousa Jr Equipe de Designer Instrucional
Rute Nogueira de Morais Bicalho
Diretor do Departamento de Políticas de Empregabilidade Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Janaína Angelina Teixeira
Higino Brito Vieira IBICT Márlon Cavalcanti Lima
Cecília Leite - Diretora Simone Escalante Bordallo
Chefe da Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) Tiago Emmanuel Nunes Braga Virgínia Maria Soares de Almeida
Angelo Marcio Fernandes de Sousa Filho Marcus Vinicius Carneiro Magalhães
Realização
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Instituto de Artes (IDA-UnB), Instituto de Psicologia (IP-UnB), Revisor ortográfico
Instituto de Letras (LET-UnB), Departamento de Engenharia Samantha Resende Nascimento
Reitora Elétrica (ENE – UnB), Departamento de Geografia (GEA – UnB),
Márcia Abrahão Moura Faculdade de Ciência da Informação (FCI-UnB). Ilustrador
Ana Maria Silva Sena Pereira
Vice-reitor Apoio
Enrique Huelva Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC-MEC) Desenvolvedor de Vídeos Animados
Paulo Fernando Santos Nisio
Decana de Pesquisa e Inovação Gestão de Negócios e Tecnologia da Informação
Maria Emília Machado Telles Walter Loureine Rapôso Oliveira Garcez Desenvolvedor de Ambiente Virtual de Aprendizagem
Wellington Lima de Jesus Filho Osvaldo Corrêa
Decana de Extensão
Olgamir Amancia Coordenação da Unidade de Pedagogia Projeto Gráfico
Danielle Xabregas Pamplona Nogueira Márlon Cavalcanti Lima
Lívia Veleda Sousa e Melo
Este material foi produzido por conteudista(s) da Universidade de Brasília (UnB) exclusivamente para a Escola do Trabalhador.
Licença de uso e compartilhamento Creative Commons Atribuição-Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
O que você vai estudar
Tema 1 Tema 2
Tema 3 Tema 4
Vamos começar?
Tema 1 O Valor do Dinheiro no Tempo
Balanço Patrimonial
Dica: Nós iremos tratar aqui somente dos juros compostos, que é o
conceito relevante para fins de decisão financeira.
As questões norteadoras do curso são:
• Como tomar uma decisão financeira de longo prazo?
• Quais as principais técnicas para tomar uma decisão de
investimento?
• O que deve ser considerado em um fluxo de caixa projetado?
• Como mensurar o custo de oportunidade do capital?
figura ao lado:
100
Valor do Dinheiro
10% ao ano ou 0,1
no Tempo
0 1
Lembrando que usamos na fórmula “0,1” que
Valor Futuro corresponde a 10 por cento ou 10 sobre 100.
Na sua vida pessoal este conceito pode ser muito útil. EXERCÍCIOS
Encontre o valor futuro para as seguintes
Se você deseja comprar um produto no final do ano,
situações:
depositar este dinheiro hoje pode ser uma estratégia a) VP = 350,00; i = 5% ao ano; n = 4 anos
interessante. Sabendo a taxa de juros da aplicação, b) VP = 100,00; i = 15% ao ano; n = 1 ano
poderá descobrir quanto terá no futuro. c) VP = 800,00; i = 12% ao ano; n = 15 anos
d) VP = 100,00; i = 10% ao ano; n = 10 anos
e) VP = 380,00; i = 8% ao ano; n = 5 anos
No LibraOffice
Fórmula =FV(taxa; período; 0; valor presente) Respostas: 425,43; 402,50; 1915,75; 907,81; 514,26
VF = VP (1+i) n =FV(10%;1;0;100;0)
DICA: Veja os resultados da letra “b” e “d” e
compare com o exemplo. Quanto maior o
No Excel
Exemplo: =VF(taxa; período; 0; valor presente) prazo, maior o valor futuro e também quanto
1
VF = 100 x (1 + 0,1) = 110,00 =VF(10%;1;0;110) maior a taxa, maior o valor futuro.
Valor Presente
um valor futuro.
?
Valor do Dinheiro
10% ao ano ou 0,1
no Tempo
0 1
EXERCÍCIOS
periódicos ?
que podem
ocorrer a cada
mês, 100 100 100 100 100
trimestre,
semestre,
ano…
0 1 2 3 4 5
Tema 1 Anuidade
EXERCÍCIOS
Determine o valor presente das seguintes situações:
Fórmula a) Anuidade = 300,00; i = 6% ao ano; n = 7 anos
No LibraOffice
VP = [VF / (1+i) 1]+[VF / =PV(taxa; 0; períodos; valores) b) Anuidade = 250,00; i = 1% ao mês; n = 6 meses
(1+i) 2]+...+[VF / (1+i) n] =PV(10%;0;5;100;0) c) Anuidade = 170,00; i = 3% ao mês; n = 12 meses
d) Anuidade = 100,00; i = 12% ao ano; n = 3 anos
e) Anuidade = 700,00; i = 2% ao mês; n = 24 meses
Exemplo:
VP = [100 / (1 + 0,1) 1 ]+[100 / Resposta: 1674,71; 1448,87; 1692,18; 240,18; 13239,75
2
No Excel
(1 + 0,1) ]+...+[100 / (1 + =VP(taxa; 0; períodos; valores)
0,1) 5]= 379,08 =VP(10%;0;5;100)
Anuidade Balanço Patrimonial
?
0 1 2 3 4 5
Anuidade
Fórmula
1
No LibraOffice
VF = VP x (1+i) + VP x =FV(taxa; 0; períodos; valores)
(1+i) 2]+...+ VP x (1+i) n =FV(10%;0;5;100;0)
Exemplo:
VF = 100 x (1 + 0,1) 1 + 100 x (1 No Excel
+ 0,1) 2+...+ 100 x (1 + 0,1) 5= =VF(taxa; 0; períodos; valores)
379,08 =VF(10%;0;5;100)
Anuidade
Na sua vida pessoal este conceito pode ser muito útil. EXERCÍCIOS
Imagine que você esteja fazendo uma economia para Determine o valor futuro das seguintes situações:
seu filho, depositando R$50 por mês numa caderneta
de poupança. Se a taxa de juros for de 0,5% ao mês, a) Anuidade = 300,00; i = 6% ao ano; n = 7 anos
você pode descobrir quanto ele terá quando fizer 21 b) Anuidade = 140,00; i = 1% ao mês; n = 6 meses
anos, por exemplo: c) Anuidade = 600,00; i = 2% ao mês; n = 24 meses
d) Anuidade = 400,00; i = 12% ao ano; n = 21 anos
e) Anuidade = 700,00; i = 3% ao mês; n = 4 meses
Anuidade = R$50;
n = 21 x12 ou 252 meses; Resposta: 2518,15; 861,28; 18.253,12; 2928,54
i = 0,5% ao mês
0 1
100
Obtenção da Taxa de Juros
Período de tempo 1
Obtenção da Taxa de Juros
No LibraOffice
Fórmula =IRR(VALORES)
n
ATENÇÃO
VF = VP x (1+i) =IRR(-100;110) Ao colocar os
valores na fórmula é
importante que o
No Excel primeiro esteja com
Exemplo: =TIR(VALORES) o sinal negativo.
110 = 100 x (1 + i) 1 =TIR(-100;110)
i = 10%
Obtenção da Taxa de Juros
Também é possível obter uma taxa numa situação de 100 100 100 100 100
anuidade. Veja o exemplo:
0 1 2 3 4 5
Anuidades $ 100,00
Número de Anuidades 5
379
No LibraOffice
Fórmula =IRR(VALORES)
VP = [VF x (1+i) 1]+[VF x =IRR(-379;100;100;100;100;100)
(1+i) 2]+...+[VF x (1+i) n]
Exemplo: No Excel
379 = 100 x (1 + i) 1 + 100 x =TIR(VALORES)
(1+i) 2+...+100 x (1 + i) 5 =TIR(-379;100;100;100;100;100)
i = 10%
Obtenção da Taxa de Juros
1 992,06
Perpetuidade refere-se a um fluxo constante,
por um período de tempo tendendo a 10 9573,72
infinito.
50 R$ 41.076,53
1000 R$ 124.956,71
Perpetuidade Balanço Patrimonial
No LibraOffice
=PV(taxa; Número Grande; Valor)
Fórmula =PV(0,8%;99999;-1000)
VP = A / i
No Excel
=VP(taxa; Número Grande; Valor)
Exemplo: =VP(0,8%;99999;-1000)
VP = 1.000 / 0,008 = 125.000
Perpetuidade
EXERCÍCIOS
QUAL É A MOTIVAÇÃO?
QUAL A RELAÇÃO ENTRE SI?
Substituição de equipamentos, expansão
Independentes, dependentes ou
para mercados existentes; expansão para
mutuamente excludente. No primeiro
novos mercados ou novos produtos;
caso a decisão está entre “aceitar” ou
projetos obrigatórios por lei. O último tipo
“rejeitar”; no segundo caso, aceitando
é imposto e a análise de investimento
um investimento, automaticamente
será sempre no sentido de reduzir o
aceita o outro; no terceiro,
impacto financeiro. É o caso da obrigação
escolhendo um a empresa irá rejeitar
de instalar um equipamento de segurança
o outro.
ou para cadeirantes.
Técnicas de investimento Balanço Patrimonial
decididos na mais alta esfera da empresa; No fluxo convencional, nos primeiros anos
pequenos projetos podem ser decididos temos saídas de caixa maiores que as
Fluxo
Técnicas de Análise de Investimentos: Projetos
Balanço Patrimonial
DEFINIÇÃO: Corresponde ao fluxo de caixa Na planilha eletrônica LibraOffice usamos a função NPV:
futuro, trazidos a valor presente, por uma = Investimento + NPV (taxa de desconto; Fluxo de Caixa)
ATENÇÃO
Para os fluxos apresentados no exemplo e usando uma taxa de 5%: Lembre-se ao digitar a fórmula
na planilha de não incluir na
função NPV (no LibraOffice ou
Projeto A Projeto B Projeto C Projeto D VPL no Excel) o valor do
investimento.
Investimento -100 -100 -100 -100
Ano 4 - 24.000 - -
EXERCÍCIOS
Vamos voltar ao exemplo que apresentamos
anteriormente, do Projeto III. O investimento no
ano zero seria de 25.000 e nos três anos
seguintes teria um fluxo de caixa positivo de
11.500. No exemplo consideramos uma taxa de
desconto de 10%. Verifique o que ocorre com o
projeto caso a taxa de desconto seja de 0%, 5%,
15% e 20%.
EXEMPLO
EXEMPLO
Voltemos ao gráfico que apresentamos
anteriormente, com diferentes VPLs para
diferentes taxas.
:
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Ano 4 - 24.000 - -
Observe que a coluna do fluxo de caixa do projeto GRANDE é igual a soma dos projetos
separados. A aditividade permite que os projetos sejam analisados em separados. No VPL é
respeitada a aditividade; mas na TIR, não.
Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Princípio da Aditividade
Veja que o VPL do projeto GRANDE é a soma do VPL dos projetos individuais:
190.082 = 142.975 + 47.107
Mas na TIR isto não ocorre.
Taxa Interna de Retorno (TIR) e fluxos não convencionais
Não pode ser usada em fluxos não convencionais
Estudamos que o fluxo não convencional é aquele que ocorre mais de uma mudança no
sinal do fluxo de caixa. Suponha o seguinte fluxo de caixa:
Período Fluxo
0 -140.000
1 370.000
2 -240.000
Se você calcular a taxa interna de retorno na planilha, o resultado será de 14,3%. Mas
este resultado é enganoso. Vamos mostrar usando um pouco de cálculo:
Taxa Interna de Retorno (TIR) e fluxos não convencionais
A TIR corresponde a taxa onde o VPL é igual a zero. Ou seja: Ou seja, estamos com uma equação do
segundo grau, um problema da matemática.
-140.000 + [370.000/(1+i)] - [240.000/ (1+i)2] = 0 Temos duas respostas corretas: 14,3% e
50%. Mas qual seria a resposta correta?
Vamos substituir o (1+i) por “x”:
Em resumo, quando o fluxo é não
-140.000 + (370.000 / x ) - (240.000/ x2) = 0 convencional nós podemos encontrar
mais de uma resposta para TIR ou até
Isto é igual a nenhuma resposta. E não saberemos
como agir numa situação como esta. E se
-140.000 x2 + 370.000 x - 240.000 = 0 você colocar os valores numa planilha, o
resultado pode ser uma mensagem de erro.
Tente calcular, por exemplo, o seguinte
fluxo: Ano 0 = -250; Ano 1 = 500; e Ano 2 =
-360.
:
Taxa Interna de Retorno (TIR) e suposição de reinvestimento
Fluxo de Caixa
Ano 0 -25.000
Ano 1 11.500
Ano 2 11.500
Ano 3 11.500
4 48.477
− 1=0,18 ou 18%.
25.000
Vamos imaginar que a empresa não consiga investir o fluxo a 18% e sim a 12%. Temos então:
4 43.462
− 1=0,148 ou 14,8%
25.000
Taxa Interna de Retorno (TIR) e suposição de reinvestimento
SIMPLIFICANDO
EXEMPLO
Fórmula
[FC1 / (1+i)1 ] + [FC2 / (1+i)2 ] + … + [FCn / (1+i)n ] / -FC0
Tema 2 Índice de Lucratividade
PONTOS POSITIVO
Índice de Lucratividade ou IL O projeto A seria rejeitado. O melhor • É um número relativo.
Projeto A = 0,952 projeto é o D, seguindo do B e C. • Pode ser usado nas situações onde a
Projeto B = 1,043 empresa não tem capital para fazer
Projeto C = 1,029 todos os projetos.
Projeto D = 1,107
Índice de Lucratividade
EXERCÍCIOS
Determine o IL usando uma taxa de desconto de 10%.
Ano 4 - 24.000 - -
De uma maneira geral, os projetos de Admita uma taxa de desconto de 13%. Os valores obtidos nas
técnicas de investimento são os seguintes:
investimentos são superiores ao volume
de recursos disponíveis para
Investimento VPL TIR IL
investimento. Uma empresa pode ter
A 652 21,48% 1,130
planos ambiciosos de expansão, mas isto
não garante a decisão, já que depende da B 250 16,65% 1,063
Este é um cuidado que devemos ter ao usar o valor Usando uma taxa de desconto de 18%
presente líquido. Vamos imaginar que existem dois temos o seguinte VPL:
projetos com os seguintes fluxos:
VPL projeto M = 262
Ano Projeto M Projeto J VPL projeto J = 220
0 -8.000 -8.000
Ou seja, o projeto M é melhor que o projeto
1 3.800 5.250 J. Mas observe que o projeto irá terminar no
2 3.800 5.250 segundo ano e o melhor projeto precisa de
mais um ano.
3 3.800
Balanço Patrimonial
Projeto com Vida útil diferente
PRIMEIRA SOLUÇÃO
Assumir reinvestimentos dos projetos até que a vida útil
coincida. Vejamos o caso do nosso exemplo:
SEGUNDA TENTATIVA DE SOLUÇÃO Basta usar esta expressão. E o “n” corresponde a vida útil
Em lugar de fazer o cálculo da primeira tentativa, de cada projeto. Vamos fazer isto para os dois projetos:
podemos usar uma expressão que assume
reinvestimento ao infinito dos projetos.
A fórmula é a seguinte:
Para aplicar as técnicas que estudamos (Payback, VPL, TIR e IL) nós
O fluxo de caixa precisamos da estimativa dos fluxos de caixa e de uma estimativa do
inclui os custo de oportunidade do capital.
recebimentos,
pagamentos, O que entra nesta estimativa do fluxo de caixa? Isto inclui os
INVESTIMENTO INICIAL
Nos gastos com investimento inicial é necessário considerar não
somente a aquisição de máquinas, computadores e terrenos, mas
também o eventual aumento no capital de giro, gastos para colocar os
ativos em condições de uso e eventuais fluxos de caixa com os
equipamentos antigos.
Fluxo de Caixa
Balanço Patrimonial
IMPOSTOS
Certos investimentos podem aumentar ou diminuir os impostos a serem
pagos por uma empresa. Isto deve ser levado em consideração na decisão
financeira, no fluxo de caixa. Vamos voltar ao exemplo que apresentamos
sobre o canibalismo. Após a análise, a empresa desistiu do projeto.
Entretanto, o governo local decidiu conceder um incentivo fiscal para a
empresa: nos primeiros três anos ela paga menos imposto e depois o
imposto é maior. Veja o exemplo ao lado.
VALOR RESIDUAL
O valor residual refere-se ao valor de venda das máquinas,
computadores, móveis e outros itens no final da sua vida útil. Inclui os
gastos com remoção com estes itens. Em uma usina nuclear o gasto
com a remoção do material radioativo pode ser muito expressivo e deve
entrar no fluxo de caixa.
Fluxo de Caixa
Balanço Patrimonial
INFLAÇÃO
A inflação deve ser considerada no fluxo de caixa
quando afeta o mesmo. Se uma empresa tem os TAXA NOMINAL = (1 + Taxa Real) x (1 + Inflação) - 1
recebimentos reajustados por um índice específico, isto
deve ser considerado. O mais importante é que se a Suponha uma taxa Selic, nominal, de 8% ao ano. A
projeção for feita considerando a variação nos preços inflação é de 2% ao ano. A taxa real é dada por:
(ou seja, a inflação) a taxa de desconto usada deve
também incluir a inflação. Assim temos a seguinte regra: 8% = (1 + Taxa Real) x (1 + 2%) - 1
se usar fluxo de caixa nominal (com a inflação) deve-se (1 + 8%) = (1 + Taxa Real) x (1 + 2%)
descontar com uma taxa nominal. Se o fluxo de caixa for (1 + Taxa Real) = (1 + 8%) / (1 + 2%)
real, supondo sem o efeito inflacionário, a taxa de Taxa Real = 5,88%
desconto deve ser real. Para os casos reais pode-se
usar a seguinte relação:
Fluxo de Caixa
Balanço Patrimonial
DESPESA FINANCEIRA
A despesa financeira diz respeito aos juros e outras despesas resultantes dos
empréstimos e financiamentos. Os pagamentos para as instituições financeiras e
outros emprestadores pode ou não ser incluídos no fluxo de caixa. Caso estejam
inclusas na estimativa do fluxo de caixa estamos tratando de um fluxo para os
acionistas. Se estes pagamentos não forem considerados, estamos falando do
fluxo de caixa operacional. O importante aqui é a taxa de desconto. No primeiro
caso, é o custo de oportunidade dos acionistas. No segundo caso, é uma média
ponderada do custo de oportunidade dos acionistas e o custo da dívida.
desconto
Imagine uma encruzilhada onde você tem duas opções de destino. Você
deve refletir deve escolher uma das opções. O custo de oportunidade é aquilo que você
o custo de deixou de fazer, ou seja, o outro caminho que você não escolheu.
oportunidade
do capital. E quando você tiver mais de duas opções?
O custo de oportunidade é a melhor entre as opções que você não
escolheu. Basicamente o que estou abrindo mão para aceitar algo. Você
está terminando este curso, no qual dedicou horas de estudo. O seu custo
de oportunidade foi aquilo que você deixou de fazer: assistir televisão, sair
com os amigos, fazer um curso pago e assim por diante.
LEMBRE-SE
EXEMPLO
Uma pessoa decidiu investir num negócio o valor de R$50 mil. Ele está
estimando que irá obter um fluxo de caixa positivo de R$20 mil no
primeiro ano, R$25 mil no segundo ano, R$30 mil no terceiro ano e
assim por diante, até o ano dez. Vamos supor que esta pessoa tinha os
recursos aplicados em títulos públicos a 7% ao ano. Esta não é uma boa
taxa de desconto, já que o risco do investimento é muito maior.
Anuidade: série de entrada ou saída de caixa com Payback: técnica de investimento que mede em Taxa de Juros: corresponde ao aluguel do dinheiro.
o mesmo valor. Apesar da denominação, pode ser quanto tempo o investimento será pago Taxa Interna de Retorno: técnica de investimento
com periodicidade mensal, semestral, anual etc Perpetuidade: fluxo de caixa constante por um que corresponde a taxa em que o VPL é igual a
Canibalismo: quando um investimento irá afetar período de tempo tendendo ao infinito zero.
negativamente a rentabilidade de outro Princípio da Aditividade: a possibilidade de analisar Valor Futuro: valor que será recebido em um
Custo Perdido: gasto passado, já realizado. Não um projeto nas suas partes ou somar dois ou mais período de tempo no futuro
deve ser considerado para fins de decisão de projetos independentes. A única técnica de Valor Presente: corresponde ao valor no momento
investimento. investimento que respeita este princípio é o Valor presente
Fluxo convencional: tipo de fluxo de caixa onde Presente líquido Valor Presente Líquido: técnica de investimento
ocorre somente uma mudança de sinal: primeiro Racionamento: situação de uma empresa que que mede o valor atual dos fluxos de caixa futuro
acontece os fluxos de caixa negativo e depois os possui mais projetos de investimento do que usando uma taxa de desconto que reflita o custo de
positivos recursos disponíveis para fazê-los oportunidade do capital. É a melhor técnica de
Fluxo não convencional: tipo de fluxo de caixa Sinergia: quando um investimento irá afetar investimento.
onde existe mais de um troca de sinal. positivamente a outro
Índice de Lucratividade: técnica de investimento Taxa de desconto: valor usado para descontar o
que relaciona as entradas de caixa, a valor fluxo de caixa no VPL e no índice de lucratividade,
presente, com o investimento realizado. além de servir de parâmetro comparativo para TIR.
Corresponde ao custo de oportunidade do capital.