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Descrição do campo: pequeno histórico, público alvo, equipe de trabalho e atividades

realizadas pelo grupo.

O projeto Equobrasil – Centro de Equoterapia do RpMont, do Regimento da Polícia


Montada do Espírito Santo, oferece o serviço de equoterapia ao público em geral desde
1996. A idéia da equoterapia foi trazida à polícia militar por uma policial, que conheceu
o método em Brasília. Após apresentá-lo, ela recebeu apoio da corporação para
implementá-lo no Espírito Santo. O regimento pode aproveitar o seu espaço físico, os
animais e os profissionais para oferecer o serviço à população. De início, o serviço não
contava com especificidade profissional, a equipe era formada por militares, que não
tinham uma formação específica para compor uma equipe multidisciplinar de
equoterapia.

Hoje a equipe é coordenada pelo psicólogo primeiro sargento Alberto Pereira da Silva,
também possui educador físico, Thor Dietrich, fisioterapeuta, pedagogo, equitador
(????). Foi uma conquista do atual coordenador a inclusão de policiais militares cuja
formação profissional compõe a especificidade sugerida pela literatura a uma equipe
multidisciplinar de equoterapia. Hoje o serviço dispõe de uma equipe multidisciplinar
que tem condição de abarcar a complexidade dos casos atendidos com maior
propriedade.

O público majoritário do serviço são pessoas com deficiências, entretanto, também são
atendidos outros diagnósticos como depressão, autismo, dificuldade escolar, etc. O
serviço se destina a pacientes que tem encaminhamento médico, com laudo. Também
são atendidos pelo serviço pessoas em tratamento de reabilitação, internadas em uma
clínica para dependentes químicos da polícia militar. Além disso, existem instituições
com as quais o centro de equoterapia possui uma relação de parceria estabelecida, como
a Apae e Pestalozzi. A seleção dos praticantes é feita por ordem de inscrição. O serviço
conta com uma fila de espera bem longa, uma vez que não tem capacidade de atender a
demanda. Os parentes de militares, no entanto, têm atendimento preferencial no serviço.

É importante estar atento ao fato que, apesar da amplitude do campo da equoterapia,


existem contraindicações para realizar o tratamento, tais como: Pessoas que possuem
problemas de coluna e quadril, algumas pessoas com síndrome de Down com
instabilidade atlantoaxial, alegias ao cavalo, hipertensão (quando não está controlada),
cardiopatias agudas e osteoporose (Silva, 2006).
Apesar da diversidade do público atendido, há uma dimensão trabalhada no serviço que
abrange a maior parte das particularidades dos praticantes: a inclusão social. A maioria
de pacientes apresenta limitações físicas e mentais, ou uma condição psíquica
complicada. Geralmente são pessoas que, devido as suas incapacidades, apresentam
problemas de auto-estima. Sabemos que estas particularidades físicas e subjetivas, em
nossa cultura, são permeadas por uma série de exclusões. Atenta a este fato, um dos
objetivos do serviço é reinserir os praticantes em sociedade.

O grupo multidisciplinar realiza 50 atendimentos diretos por semana. A duração do


tratamento é, em média, de uma a dois anos, com a freqüência de um ou dois encontros
semanais, de trinta minutos. Antes de iniciar a terapia, o praticante ou seu responsável
realiza uma anamnese com um profissional da equipe. Após a anamnese é iniciada a
aproximação com o cavalo, etapa que precede a montagem. A aproximação tem uma
duração bastante variável; nela o praticante acaricia o animal, o alimenta, o escova.
Além destas atividades, a equipe pode inserir outras atividades a aproximação,
dependendo da particularidade de cada caso.

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