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DERIVADAS

Origem do conceito de derivada de uma função


O conceito de função que hoje pode parecer simples é o resultado de uma lenta e longa
evolução histórica iniciada na Antiguidade. Só no séc. XVII, quando Descartes e Pierre Fermat
introduziram as coordenadas cartesianas, se tornou possível transformar problemas geométricos em
problemas algébricos e estudar analiticamente funções. Foi enquanto se dedicava ao estudo de
algumas destas funções que Fermat deu conta das limitações do
conceito clássico de reta tangente a uma curva como sendo aquela
que encontrava a curva num único ponto. Tornou-se assim
importante reformular tal conceito e encontrar um processo de traçar
uma tangente a um gráfico num dado ponto - esta dificuldade ficou
conhecida na História da Matemática como o "Problema da
Tangente".

3.1. Derivada no ponto xo

Definição
Seja f uma função definida em um intervalo aberto I e xo um elemento de I. Chama-se derivada
de f no ponto xo o limite
f x   f x o 
lim
x x o x  xo

se este existir e for finito.


A derivada de f no ponto xo é habitualmente indicada com uma das seguintes notações:

 df 
f' (x o ) ou   ou Dfx o 
 dx  x xo

A diferença x  x  x o é chamada de acréscimo ou incremento da variável x relativamente ao

ponto xo. A diferença y  f x   f x o  é chamada de acréscimo ou incremento da função f

y f x   f x o 
relativamente ao ponto xo. O quociente  recebe o nome de razão incremental de f
x x  xo

relativamente ao ponto xo.


Podemos indicar a derivada de f no ponto xo pode ser indicada das seguintes formas:

f x   f x o  y f x  x   f x o 
f' x o   l i m ou f' x o   lim ou f' x o   lim o
x x o x  xo x 0 x x 0 x

1
Quando existe f’(xo) dizemos que f é derivável no ponto xo. Dizemos também que f é derivável
no intervalo aberto I quando existe f’(xo) para todo x o  I .

Exemplos
1. Calculemos a derivada de f x   2x no ponto x o  3 .
Solução
f x   f 3 2x  6 2x  3
f' 3  lim  lim  lim 2
x 3 x 3 x 3 x  3 x 3 x  3

Outra maneira de proceder seria esta:


f 3  x   f 3 23  x   6
f' 3  lim  lim  lim 2  2
x 0 x x 0 x x 0

2. Calculemos a derivada de f x   x 2  x no ponto x o  1 .


Solução

f' 1  lim


f 1  x   f 1
 lim
   
1  x 2  1  x   12  1

x 0 x x 0 x
x 2  3x
lim  lim x  3  3
x 0 x x 0

3. Calculemos a derivada de f x   3 x no ponto x o  0 .


Solução

f x   f 0 3
x 1 1
f' 0   lim  lim  lim portanto, como l i m   , não existe f' 0 .
x 0 x0 x 0 x x 0 3 2
x x 0 3 2
x

Exercícios
Nos problemas que seguem, calcule f' x o  .

1. f x   3x  1 , x o  2

2. f x   x 2  2x  5 , x o  1

3. f x   x , x o  1

4. f x   x 3 , x o  1

Respostas: 3; 4; ½ ; 3
3.2. Interpretação geométrica da derivada

Seja f uma função definida em um intervalo aberto I. Admitamos que existe a derivada de f no
ponto x o  I .

Dado um ponto x  I , tal que x ≠ xo, considerando a reta s determinada pelos pontos P(xo, f(xo))
e Q(x, f(x)).

A reta s é secante com o gráfico de f e seu coeficiente angular é:

f x   f x o 
tg  
x  xo
portanto, tg(α) é a razão incremental de f relativamente ao ponto xo.

Se f é contínua em I, então, quando x tende a xo, Q desloca-se sobre o gráfico da função e


aproxima-se de P. Consequentemente, a reta s desloca-se tomando sucessivamente as posições s1, s2,
s3, .... e tende a coincidir com a reta t, tangente à curva no ponto P.
f x   f x o   
Como existe f' x o   l i m  l i m tg   tg l i m    tg concluímos:
x x o x  xo x x o
 xxo 

A derivada de uma função f no ponto xo é igual ao coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f
no ponto de abcissa xo.

Quando queremos obter a equação de uma reta


passando por P(xo, yo) e com coeficiente angular m, utilizamos a
relação da Geometria Analítica, que determina a equação de
uma reta
y  y o  m x  x o 
ou
y  f(x o )  f' (x o ) x  x o 
Exemplo
Qual é a equação da reta tangente à curva y  x 2  3x no seu ponto de abcissa 4?

Solução
x o  4  f x o   4 2  3  4  16  12  4
Então P(4, 4) é o ponto da tangência.

f' x o   f' (4)  lim


f x   f 4 
 lim
 
x 2  3x  4

x 4 x4 x 4 x4
x  4 x  1
lim  limx  1  5 ,
x 4 x4 x 4

Portanto, o coeficiente angular de t é 5 e sua equação é:

y  4  5x  4  ou y  5x  16

Exercícios
Determine, em cada caso, a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto xo. Represente
graficamente cada situação.
a) f x   x  1, x o  3
b) f x   x 2  2x , xo  1
1
c) f x   , x o  1
x
d) f x   x , x o  4
Respostas: a) y  x  1 ; b) y  1 ; c) y  x  2 ; d) y  14 x  1

3.3. Definição de função derivada

Seja f uma função derivável no intervalo aberto I. Para cada xo pertencente a I existe e é único o
f x o  x   f x o 
limite f' x o   lim .
x 0 x
Portanto, podemos definir uma função f': I  R que associa a cada x o  I a derivada de f no ponto

xo. Esta função é chamada função derivada de f ou, simplesmente, derivada de f.


df
Habitualmente a derivada de f é representada por f ’ou ou Df.
dx

A lei de f’(x) pode ser determinada a partir da lei f(x), aplicando-se a definição de derivada de uma
funç ão, num ponto genérico x  I :

f x  x   f x 
f' x   lim
x 0 x
A partir da definição da derivada, originam-se as regras (teoremas) de derivação que
determinam da mesma forma o coeficiente angular da reta tangente a um ponto de uma curva, ou
seja, o crescimento ou decrescimento da curva em qualquer ponto desta.

3.4. Regras de derivação


Sejam u  ux  e v  vx  funções deriváveis.
Se ux   c, c R, então u' x   0 .
Se ux   mx  b; m, bR e a  0, então u' x   m .
Se ux   x n , nR, então u' x   n x n1 .

Regra de Soma: As funções u  v são deriváveis e


u  v ' x   u' (x)  v' (x)
Regra do Produto: A função u v é derivável e
u  v ' x   u' (x)  vx)  u(x)  v' (x)
u
Regra do quociente: A função é derivável e
v
u u' (x)  v(x)  u(x)  v' (x)
 ' x   s e vx   0
v v(x)2

Exemplos
Calcular a derivada de
a) y  3  y 

b) y  x 7  y 

c) y  4x 5  y 

d) y  x 3  2x 4  y 

e) y  (x 2  4)2  y 
2
f) y  x 3  x 5  3  y 
5
g) y  x 3 (x 2  3)  y 

l) f x   x 3  22x  1  f ' (x) 

x3  2
m) y   y' 
2x  1
x3 2 1
n) y   2   2 x  5  y 
x 5x x

o) f x   4 x 3  2x x  2    f ' (x) 

3x 2  5
p) y   y' 
2x 2  1

Regra da Cadeia: Utilizada quando trabalhamos com funções compostas y  g  f (x) , como por
exemplo v(x)  (x 9  x 6  1)100 . Para determinar a derivada de uma função composta de forma mais
simples, usamos o teorema da regra da Cadeia.

Teorema: Seja vx   u(x)n , funções diferenciáveis, então:

v' x   n u(x)n1  u' (x)

Exemplos
Calcular a derivada de:
a) y  x 3  2
100

b) y  2x 2  x  1

2x  3
c) y  3
x2


d) y  3 x 2  2x  2 
2

Exercícios
I - Obtenha a derivada de cada uma das seguintes funções.
1. y( x)  x 3  3x 2  5x  2 9. h( x) 
5x
1 8 1  2x 2
2. y ( x)  x  x4
8 x3  8
10. f ( x) 
1 x3  8
3. f ( x)  x 2  3x 
2x  1
x2 11. f ( x)  3x  1
3 5 x5
4. g ( x)   4
x 2
x 
12. f ( x)  x 2  4 x  5 
3

f ( s)  3 ( s 3  s 2 )
f (t )  2t 
5. 2
13. 4
 7t 3  2t  1
6. 
f ( x)  2 x  1 5 x  6 x
4
 3

14. f ( x)  x  4
2

x  2x  12
7. h( x)  15. h(u)  3u 2  5 3u  1
3 2
x 2  2x  1
16. g ( x)  2 x  5 4 x  3
1 2
x
8. f ( x) 
x 1
2 1 1
 y7 23. f ( x)  4 x 2  5 x

17. f ( y )    2

 y  2
24. f ( x)  3 2 x 3 5x 2  x
2
18. f ( x)  2
7 x  3x  1 25. g (t )  2t 
2
19. f (r )  r 2  1 2r  5 t
3 2

20. f ( z) 
z 2
5  3
26. f ( x) 
x 2 1

z  4
2 2 x
x 1
27. h( x) 
21. f ( x)  3x  5
2
3 3
x 1
2x  5 28. f ( x)  x 2  5 3 x 2  3
22. g ( x) 
3x  1

Respostas

1. y' (x)  3x 2  6x  5 17. f'(y)  18y  7y  23


2. y'(x)  x 7  4x 3 18. c

19. f' (r) r 2  1 2r  516r 2  30r  4 


2 2
3. F' (x)  2x  3 
x3
20. f ' (z)  2z  z 2  5 z 2  22z 2  4 3
2
6 20
4. g' (x)   3  5
x x 1
21. f'(x)  23x  5 3
5. f' (s)  3 3s 2  2s 
17
6. f' (x)  70x 6  60x 4  15x 2  6 22. g' (x) 
2 2x  5 3x  13
4x  1
7. H' (x)   1 3
x  13 23. f ' (x)  2x

2
5 
 x 2
2
1
8. f' (x)   6x 2  10x  1
x  12 24. F' (x) 
51  2x 2  33 2x 3  5x 2  x 
2

9. h' (x) 
1  2x  2 2
25. g' (t) 
1
 2
t
48x 2 2t t 2
10. f' (x) 
x  8
3 2
26. F' (x) 
1

6x  10x  1
2 x2 x2  1
11. f' (x)  x5
x  52 27. h' (x) 
6 x  1 3 x  14
f'(x)  6x  2x 2  4x  5
2
12.
x5x 2  1
13. f'(t)  28t  21t  22t  7t  2t  1
3 2 4 3
28. f' (x) 
3 x 2  5 3 x 2  3
2

14. f'(x)  2x  4  3

15. h'(u)  63u  13u2  5 12u2  3u  5


2

16. g'(x)  2 12x  172x  52 4x  33


Derivadas das Funções Elementares

Função exeponencial: Se u x   ax então, u ' x   ax  lna


Em particular se ux   e x então u ' x   e x

Exemplos
Calcular a derivada das seguintes funções:
a) y  22x 1
y
2
1 x f)
b) y  e2x d) y    ex
2
c) y  e x
e) y  2  3e x
2
2
g) y  2e x  2e x  2e

Função Logarítmica: Seja aR tal que 0  a  1 e y = loga u(x) então, y '  u' (x)
u(x).l na

Para o caso de y = ln u(x) temos: y '  u' (x)


u(x)

Exemplos
Calcular a derivada das funções abaixo:
a) y  logx 2  1 d) y  ln2x 

b) y  log3 x 2 e) y  5x  ln 2x 

 
c) y  l n x 2 f) y  5x ln 2x 

Funções trigonométricas: Sejam u=u(x) e v=v(x) funções diferenciáveis, então:


y  senu então, y  u'  cos u

y  cos u então, y   -u' senu

y  tg u então, y   u'  sec2 u

y  cotg u então, y   u'  cossec2 u

y  secu então, y  u'  secu  tg u

y  cossecu então, y  u'  cossecu  cotg u


Exemplos
Calcular a derivada das funções abaixo:
a) y  sen(x 2 ) d) y  tg3x  

b) y  sen2 (x) e) y  cot g2x   sec2  x 

c) y  3 cos2x  f) y  cos ec x 

Exercícios
Utilize o formulário e encontre a derivada das funções abaixo:
1 x 2  sen( x) cos( x)
a) y  b) y  c) y 
sen( x) ex x  ex
tg ( x)
d) y  tg 2 ( x) e) y = f) y  sen 3 ( x)
sen( x)  cos( x)
g) y  log2 (cos(x)) h) y  sen(x) i) y  arcsen(x) 2
 4x  1  1
j) y  tg h   k) y  cot gh  
 5   x

Respostas

 cosx   s enx 
a) y'  g) y' 
s en2 x  cosx l n2
b) y'  e x x 2 cosx   2x  x 2 senx  cosx 
h) y' 
 xsenx   cosx   cosx  2 s enx 
c) y' 
x 2e x 2 arcs enx 
i) y' 
d) y'  2tgx sec2 x  1  x2
e) 4  4x  1 
j) y'  s ech2  
senx   cosx   senx cos x   cosx sen x  5
2 2
 5 
y' 
cos2 x senx   cosx 2 1
cos s ech2  
k) y'  x
f) y'  3sen x cosx 
2
2 x
3.5. DERIVAÇÃO IMPLÍCITA
Se y é uma função de x definida pela equação y = 3x2 + 5x + 1, então y é definida explicitamente
em termos de x e podemos escrever y = f(x) onde f(x) = 3x2 + 5x + 1.
Entretanto, nem todas as funções estão definidas explicitamente. Por exemplo, a equação:
x – 2x = 3y 6 + y5 – y2, não pode ser resolvida para y explicitamente como uma função de x. Neste caso
6

dizemos que y é definida implicitamente pela equação dada. Podemos encontrar a derivada de y em
relação a x, pelo processo denominado diferenciação implícita.
dy 6x 5  2
Dx = 6x5 – 2 e Dy = 18y5 + 5y4 –2y, então  .
dx 18y 5  5y 4  2y

Exemplos
1) Derive as seguintes funções implicitamente
x  2y
a) 2x3y + 3xy3 =5 b) x 2  c) y  xy  3x 3
x  2y

Exercícios
1) Derive implicitamente as seguintes funções:
a) 8x 2  y 2  10 b) 4x 3  2y 3  x
c) 5x 2  xy  4y 2  0 d) 2x  xy  y 3  16
e) x 2  seny   y 2  1 f) xy  tgy 

2) Calcule a inclinação da reta tangente à circunferência x 2  y 2  25 no ponto 3, 4 . Qual é a


inclinação no ponto 3,  4 ?

3) Determine todos os pontos da curva x 2  y 2  2x  4y , nos quais a reta tangente à curva é


horizontal. Existe algum ponto da curva para o qual a tangente seja vertical?

Respostas
dy  8x dy 12x 2  1 dy 10x  y 
1) a)  b)  c) 
dx y dx 6y 2 dx x  8y 

dy


 4 xy  y  dy

 4x seny  dy

y
d)

dx  x  6y 2 xy  e)
dx cosy   4y seny 
f)
dx x  sec2 y 

3) 1,  0,27 e 1,  3,73; não


3 3
2)  e
4 4
3.6. DERIVADA DE ORDEM SUPERIOR
A segunda derivada de uma função f(x) fornece informações sobre a derivada primeira, ou seja,
é a taxa de variação da taxa de variação, no caso de um movimento, a derivada primeira define a
velocidade e a derivada segunda define a aceleração. Para a análise do comportamento gráfico de
uma função, a derivada de segunda ordem fornece informações sobre a concavidade de f(x).
De um modo geral, se uma função é derivável, então a derivada f ' é novamente derivável, e a
segunda derivada de f é representada por f ' ' e assim por diante.
dy
f (x)  y(x)   D x , são representações da derivada primeira
dx
d2 y
f (x)  y(x)   D x2 , são representações da derivada segunda
dx2
d3 y
f (x)  y(x)   D x3 , são representações da derivada terceira ...
dx3

Exercícios
2
1. Seja a equação do movimento S  t  com S em metros e t em segundos. Encontre os valores
t2
1
da velocidade e da aceleração quando t  s .
2

2. Determine a derivada 2ª das funções dadas:


(x 2  2x)
a) y  x 2 x 2  7 b) y  x 2sen(2x) c) y 
2x  3

4. APLICAÇÕES DA DERIVADA

4.1. A DERIVADA COMO TAXA DE VARIAÇÃO

Velocidade instantânea
Definição: Definimos a velocidade média de uma partícula no movimento retilíneo como sendo
o quociente da variação da distância pela variação do tempo.

Exemplo
1. Uma partícula move-se sobre uma linha reta com a equação do movimento: S(t)  3t2  t , calcular a
velocidade da partícula no instante em que t = 2 segundos.
Solução: S´(t)= 6t + 1
S´(2) = 13m/s
Taxa da variação instantânea em geral
As considerações a respeito da taxa de variação da distância em relação ao tempo poderão ser
generalizadas e assim serão aplicáveis para quaisquer quantidades variáveis de qualquer espécie. Por exemplo,
a taxa de crescimento de bactérias, a taxa de variação de uma reação química. Em economia, a receita
marginal, o custo marginal e o lucro marginal, são taxas de variação.

Exemplos
x3
1) Se R(x) for o rendimento total recebido das vendas de x aparelhos de televisão e R(x)  600x  ,
20
determine:
a) a função taxa de variação do rendimento ou o rendimento marginal;
b) a taxa de variação do rendimento quando x = 20;
3x 2 3(20)2
Solução: a) R(x)  600  ; b) R(20)  600   540
20 20

2) Uma bola é lançada verticalmente para cima, desde o solo. A equação do movimento é S(t)  5t2  20t (S
em m e t em seg.), determine:
a) a velocidade instantânea em t=1seg;
b) a velocidade instantânea em t=3seg;
c) o instante em que a bola começa retornar ao solo.
Solução: a) S´(1)  10  20  10m / s ; b) S´(3)  30  20  10m / s ; c) S´(t)  0  t  2 seg

4.2. MÁXIMOS E MÍNIMOS


Função crescente e decrescente
1. Uma função f(x) é crescente quando f ' (x)  0 ;
2. Uma função f(x) é decrescente quando f ' (x)  0 ;
3. Pontos críticos: valores de x para os quais f ' (x)  0 ou não existe (podem ser ponto de máximo, de mínimo
ou de inflexão).

Testes para máximos e mínimos locais


a) Teste da primeira derivada
1. Se f '(x) passa de + para -, f (x) passa por um máximo;
2. Se f '(x) passa de - para +, f(x) passa por um mínimo;
3. Se f '(x) não muda de sinal, f(x) não passa por máximo nem por mínimo, pode ser um ponto de inflexão.
b) Teste da segunda derivada:
1. Se f ''(x0 ) < 0, f(x) passa por um máximo;
2. Se f ''(x0 ) > 0, f(x) passa por um mínimo;
3. Se f ''(x0 ) = 0, o teste falha.
Obs.: x0 é o ponto crítico determinado pela derivada
primeira.
Ponto de inflexão
É o(s) ponto(s) onde a curva muda de concavidade. Uma
curva y = f(x) tem um ponto de inflexão quando:
f ''(x) = 0 ou não existe Inflexão

f ''(x) troca de sinal quando x passa por x0.


Se f ''(x) > 0 a concavidade é voltada para cima
Se f ''(x) < 0 a concavidade é voltada para baixo

Exemplos
1) Quando uma droga é injetada em um músculo, a concentração da droga nas veias tem uma
curva tempo-concentração como aparece no gráfico (adaptado de GOLDSTEIN, 2000) a seguir.

Quando t = 0 não há nenhuma droga nas veias, quando injetada no músculo, a droga começa a
se difundir na corrente sanguínea. A concentração aumenta e atinge o seu máximo em
aproximadamente 2 horas. Depois desse instante começa a ser removida do sangue pelos processos
metabólicos do organismo. A concentração da droga se reduz a um nível tão pequeno que para todos
os objetivos práticos ela é zero.

2) Estudar a variação de cada função identificando ponto de máximo e mínimo.


a) Seja dada a função f (x)  4x 2  3x  10 , vamos estudar o sinal da f ' (x) . Temos que
f ' (x)  -8x - 3 . Observamos que f ' (x) é uma função do 1º grau, que intercepta o eixo x no ponto
3
x   , então temos a seguinte representação:
8

+ -

3

8
Observando a representação acima podemos afirmar que:
3 3
f é estritamente crescente em:   ,   ; f é estritamente decrescente em:   ,   
 8   8 
3
x é o valor onde obtemos o ponto de máximo absoluto da função dada .
8
Representando a função f (x)  4x 2  3x  10 podemos constatar as afirmações acima

b) Seja dada a função f (x)  x 3  3x  10 . Temos que f ' (x)  3x 2 - 3 . Para f ' (x)  0 tem-se que
x  1 ou x  1 . A f ' (x) é uma parábola de concavidade para cima (a >0 ) que intercepta o eixo x
nos pontos –1 e 1. Representando, podemos observar que:

f é estritamente crescente em :  ,1    1, 


f’(x)
+ +
f é estritamente decrescente em :   1, 1 
_
x = -1 é ponto de máximo local ; A(-1, 12)
-1 1
x = 0 é ponto de inflexão ; I(0, 10)
x = 1 é ponto de mínimo local; B(1, 8)

Representando a função f(x)  x 3  3x  10 podemos constatar as afirmações acima


x3 5 2
c) Seja a função f(x)   x  6x  10 . Temos que f (x)  x 2  5x  6 é uma função quadrática de
3 2
concavidade voltada para cima. Os pontos críticos obtidos de x 2  5x  6  0 são x = 2 ou x = 3 .
Temos então:

f é estritamente crescente em:   , 2    3, 


f é estritamente decrescente em:  2, 3 
+ _ +
x = 2 é ponto de máximo local ; A (2, -5.33)
2 3 x = 5/2 é ponto de inflexão I (2.5 , -5,4)
x = 3 é ponto de mínimo local ; B (3, -5.5)

x3 5 2
Representando a função f(x)   x  6x  10 podemos constatar as
3 2
afirmações acima

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