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DADOS GERAIS:

O Palácio de Tiradentes faz parte do projeto para nova sede do governo


estadual mineiro. A Cidade Administrativa Tancredo Neves é constituída pelo
Palácio Tiradentes, os edifícios Minas e Gerais, centro de convivência, Auditório
Juscelino Kubitschek e instalações de apoio.

Vistos da rodovia, os dois prédios ocupados pelas secretarias,


desalinhados, estão à direita do terreno, com as faces principais
voltadas para a estrada e o fundo do lote, intercalados pelo volume do
centro de convivência. À esquerda deles situa-se o auditório, à direita
do qual está o palácio, em alinhamento desigual. (Projeto Design,
2010)

FIGURA: Implantação da Cidade administrativa de Minas Gerais. Fonte: (FINESTRA, ed. 63,
20-?)

Localizado em um terreno com cerca de 804 mil m² na


Serra verde, tem como área construída um valor de 310 mil
m², a 18 km do Centro da capital, nos limites de Belo
Horizonte, Vespasiano e Santa Luzia. O projeto arquitetônico
foi feito pelo engenheiro e arquiteto Oscar Niemeyer e seu
projeto estrutural pelo José Carlos Sussekind com
investimento de 1,6 bilhão de reais e terá a circulação de 18
mil funcionários e dez mil visitantes diários. (TÉCHNE,2010)
Fonte: (FINESTRA,
ed. 63, 20-?)
A única obra do conjunto a ser estudada especificamente pelo referido
relatório é o Palácio Tiradentes conhecido pela sua grandiosidade como o maior
vão livro do mundo com 147,50 m de comprimento e 26 m de largura, além de
ser o edifício mais complexo do centro administrativo com aproximadamente 20
mil m² de área construída e com um custo de 374 milhões. Com seu início em
2003 e fim em 2010, a obra foi executada por concreto protendido e aço, o
edifício é basicamente a junção de dois grandes pórticos dispostos
paralelamente que constituem os quatro únicos pontos de apoio da estrutura,
onde em sua cobertura há tirantes metálicos protendidos e presos suspendendo
uma grande caixa de bloco estrutural. (FINESTRA, ed. 63, 20-?)

FIGURA: Palácio Tiradentes. Fonte: Projeto Design, 2010

O objetivo do prédio era abrigar a sede do Executivo de Minas, contendo


o Gabinete do Governador, Secretarias de Estado do Governo (Segov), da Casa
Civil e de Relações Institucionais (SECCRI) e da Secretaria Geral do Governo
(SGG) e uma área nobre para exposições. No entanto, o Governo de Minhas
decidiu desativar o palácio no início do ano de 2018 com o intuito de reduzir 40%
dos gastos com insumos diversos.
O tipo de estrutura desse edifício é o chamado pórtico. Segundo, AMÉLIA
A. E SILVERIO, (s.d.), é uma armação reticulada formada por várias barras
situadas em um único plano, com carregamento atuante no mesmo plano do
sistema estrutural, ou seja, carga coplanar e apresenta ligações rígidas nos nós
entre as barras. Os dois pórticos, em conjunto com os elementos secundários,
formam o esqueleto resistente do sistema construtivo, onde são fixados os
componentes de cobertura e vedação lateral.
Por serem formados por barras, esse tipo de estrutura acaba formando
quadros entre si. Dentre os tipos de quadros isostáticos planos, o Palácio de
Tiradentes pode ser classificado como um quadrado bi apoiado sem articulações
e com tirantes. Esse elemento também bi apoiado transfere as cargas do palácio
até a cobertura dos pórticos como uma ligação de primeiro gênero, no qual
surgem apenas forças da direção do seu eixo (esforço normal). Ela recebe o
nome de tirante, pois, está tracionada. (AMÉLIA A. e SILVERIO, s.d.)

FIGURA: Esquema de quadro bi apoiado com tirantes produzido a partir de artigo por FRANCISCA, M. e BEZERRA, R.
DESCRIÇÃO:

AMBIENTES E QUADRO DE ÁREAS

O palácio do Governo é distribuído basicamente em cinco pavimentos, um


térreo e subsolo. Cada ambiente foi projetado pensando em atender 160
funcionários e se mostra como uma obra monumental e altamente tecnológica.
Analisando o projeto de baixo para cima, tem-se o subsolo como primeiro
ambiente. Esse patamar é acessado por uma rampa de 6 m de largura e 28 m
de extensão e é destinada a estacionamentos e instalações servidas por nove
elevadores. Não foram publicados números estimando da área do subsolo.
(TÉCHNE,2010)

FIGURA: Corte do Palácio Tirantes onde é possível localizar subsolo acima da fundação do prédio. Fonte: (FINESTRA,
ed. 63, 20-?)
O térreo do palácio estende-se por mais um pouco que a caixa suspensa
pelos pórticos, dessa forma possui uma área maior que 3 mil m². É um ambiente
amplo e livre de alvenarias, no qual sua delimitação se dá pelo limite do piso e
os quatro pilares que o circunda.
Os cinco pavimentos são os elementos que mais despertam curiosidades
ao público por estar presa a cobertura passando uma sensação de flutuação e
liberdade. Os quatro primeiros pavimentos se classificam como tipo, ou seja, é
um pavimento padrão que se repete em planta no edifício. O quinto pavimento é
um andar técnico, que é utilizado para ocultar o grande volume de instalações,
cablagem, tubulações e condutores diversos das zonas de trabalhos da Sede do
Governos. Todos os pavimentos possuem uma metragem de 3 mil m², e em seus
interiores a configuração é de planta livre e de inexistência de paredes
estruturais, proporcionando uma grande flexibilidade de uso dos espaços
(TÉCHNE,2010)
O primeiro pavimento é destinado a uma área de exposição, biblioteca,
cozinhas industrial e banheiros.

FIGURA: Planta baixa do primeiro pavimento do Palácio do governador em Minas Gerais. Fonte: (FINESTRA, ed. 63,
20-?)

O segundo e terceiro pavimento são de uso das secretarias do governo e


possuem mesma arranjo de corredores largos e plantas livres. O quarto
pavimento é destinado somente a governadoria, com um gabinete de 206 m²
acompanhado de banheiro e sala de estar. Além desses arranjos principais,
ainda há uma torre cilíndrica como heliponto, um trapézio cego e um parlatório
com rampa como componentes de apoio para a construção. Os dois primeiros
volumes citados encontram-se na fachada oeste, sendo o trapézio destinado as
circulações verticais (escadas e cinco elevadores interligados aos pavimentos
através de passarelas) e a torre cilíndrica com 10 m de diâmetro e 37 de altura,
e nela embutida dois elevadores e escadas também com passarelas ligadas ao
palácio. No topo da torre, existe uma estrutura circular para heliponto, com
diâmetro de 30 m, excêntrica 5 m em relação ao eixo da torre, e com balanço de
cerca de 22m. (TÉCHNE,2010)

FIGURA: Fachada Oeste do Palácio Tiradentes. Fonte: (FINESTRA, ed. 63, 20-?)

“Junto à fachada leste do palácio foi projetado um parlatório, no nível do


primeiro pavimento, ao qual se liga por uma passarela. Uma rampa em curva,
com largura variável, liga o piso da praça cívica a essa passarela, com a qual se
une estruturalmente. ” (TÉCHNE,2010)

FIGURA: Fachada Leste do Palácio Tiradentes. Fonte: (FINESTRA, ed. 63, 20-?)

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