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Tarefa 4

Como vocês podem ter notado o caderno de estudos traz um resumo das principais
fontes de poluição, mas não tem a pretensão alguma de esgotar o tema, o que desejamos
é incutir nos senhores que esta variável (meio ambiente) deve ser considerada e
efetivamente trabalhada pelos engenheiros de segurança do trabalho.

Na Unidade I delineiam-se as principais causas e ou fontes de poluição, e por incrível


que pareça tal situação se faz presente em microcosmos onde um especialista em
segurança do trabalho poderá atuar. A proposta aqui é a seguinte: apresentaremos uma
situação real de uma atividade econômica tão corriqueira que promoverá os diversos
tipos de poluição, e os senhores deverão desenvolver um plano de ação para a solução
do caso sem contudo inviabilizar a atividade econômica da empresa. Vamos lá?

Trata-se de uma Santa Casa de Misericórdia (hospital sem fins lucrativos com
administração privada, mas vinculado ao Sistema Único de Saúde) inaugurado no inicio
da década de 1980, para atender uma população de 70.000 habitantes, com um corpo
profissional de 450 pessoas. É praxe o gap de até 120 dias para recebimento das
consultas, exames e cirurgias realizadas, tanto pelo SUS como por outros planos de
saúde. Hoje depois de 30 anos de inaugurado o hospital não sofreu nenhuma
intervenção de reforma pesada, somente reformas pequenas e reparos emergenciais, sem
alterar o perfil da infraestrutura existente. Este hospital passou a atender uma população
de 210.000 pessoas, um crescimento de 300%, e o corpo técnico cresceu somente 10%.
Com as constantes alterações da cobertura mínima exigida para os planos de saúde, e
com a necessidade de manter a relação com as operadoras de plano de saúde, a Santa
Casa, ampliou os procedimentos que realizava, sobrecarregando a infraestrutura, já
precária, por mais de 30 anos sem intervenção e manutenção devidas. Listemos
algumas: 1. A Santa Casa foi favorecida por emendas de parlamentares da região e
adquiriu diversos aparelhos de diagnóstico de última geração, que foram instalados sem
que a rede elétrica existente fosse capaz de atender a nova demanda – consequência:
equipamentos novos fechados e ainda embalados, e picos de energia, com frequência de
curtos circuitos em diversos pontos do hospital; 2. O sistema de tratamento de esgoto
dimensionado dentro da Santa Casa (uma pequena ETE), com o objetivo de evitar o
encaminhamento para a rede de possíveis contaminantes, não atende mais a demanda
(pois cresceu 3 vezes), e é comum o seu transbordamento contaminando o solo e a área
onde se localiza a ETE (sem falar do mau cheiro) – com o crescimento da demanda,
passar ao lado da ETE para chegar ao hospital passou a ser normal para uma parcela dos
pacientes; 3. Antes da Lei nº12.305/2010 e da RDC nº306/2004 da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária o resíduo de serviço de saúde era coletado pela municipalidade sem
custo adicional para o hospital. Agora o serviço é privado e para diminuir custos parte
do resíduo mais perigoso é levado por um dos diretores e enterrado num terreno baldio
ao lado do hospital próximo a uma nascente, e o grosso do resíduo é levado em
caminhões abertos (onde se permite o escoamento de chorume) para o lixão da
prefeitura onde é depositado – o caminhão pertence à Santa Casa e quem realiza o
serviço é o pessoal de limpeza e conservação do hospital. 4. Finalmente, para se atender
a demanda por vapor e água quente o hospital as caldeiras (duas) funcionam mais de 18
horas por dia, quando tinham sido projetadas para funcionarem cada uma 12 horas,
utilizando óleo diesel, mas devido a grande demanda foi feito adaptações na caldeira
para que a mesma trabalha-se acima de seu regime de trabalho e o combustível foi
substituído por BPF, que é mais barato que o óleo diesel, mas que se a caldeira não
estiver bem regulada, a emissão de fuligem (fumaça preta) pela chaminé é flagrante,
ficando aquele cheiro característico no ar.

Bem senhores, o que é demostrado aqui é o retrato de vários hospitais existentes neste
imenso país. Focando tão somente nas questões ambientais (não abordaremos nenhuma
questão se segurança do trabalho), gostariam que me indicassem na forma de tabela as
principais fontes de poluição as suas consequências diretas para a atividade
desenvolvida e a solução que os senhores encontraram para equaciona-las e/ou mitiga-
las, garantindo a sobrevivência da atividade (lembre-se é a Santa Casa que paga o seu
salário).

Boa elucubração.

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