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1.

OTOSCLEROSE (114-117)

Doença não infeciosa localizada do osso da cápsula labiríntica. Caracteriza-se por um aumento
anormal da atividade enzimática das células mesenquimais mesta zona (histiócitos,
osteócitos…). Resulta numa remodelação óssea que provoca a fixação da base do estribo à
janela oval.

Causa não muito explicada mas que assenta em distúrbios genéticos e hormonais (gravidez é
um pico de progressão da doença).

Sintomas (dependem do local do foco esclerótico):

 Surdez de condução do ouvido médio (80% dos indivíduos)


 Surdez mista (em 15%)
 Surdez neuro sensorial (em 5%)
 A surdez é progressiva e afeta inicialmente um ouvido para depois afetar os dois
 Tinnitus constante e progressivo (acúfenos)
 NÃO É CAUSA DE: otalgia, otorreia, tonturas, ou alterações de equilíbrio.

Patogénese (multifocal):

 Hereditariedade e constituição
 Alterações hormonais ou do metabolismo ósseo (gravidez é um pico de progressão da
doença)

Diagnóstico:

 Histórico familiar (comum)


 Otoscopia (ocasionalmente): hiperémia do promontório brilhante através da membrana
timpânica— Sinal de Schwartze
 Sintomas funcionais
 Teste de Gellé’s anormal/negativo(1)
 Audiograma
 Audiometria de impedância (curva normal, mas ausência do reflexo estapediano)
 RX: boa pneumatização do temporal
 O diagnóstico exato é feito por Histologia, mas apenas 10% dos doentes com evidência
histológica têm doença clínica (+brancos).

Diagnóstico diferencial:

 Anomalias congénitas
 Fratura ou deslocação pós traumática dos ossículos
 Processos adesivos
 Timpanoesclerose

Tratamento: Estapedectomia (com ou não aparelho auditivo)

Prognóstico: Manifestação precoce (mau prognóstico)


(1)Teste de Gallé’s: um diapasão é colocado no mesmo local que o T. de Webber. Comprime se o meato auditório externo com
um balão Pollitzer. A pressão extra no meato provoca o enrigecimento da cadeia ossicular o que provoca a redução da condução
por AR e OSSO.

 Gellé’s Positivo (normal ou surdez neuro sensorial): a intensidade do som percebido pelo diapasão o diminui à medida
que se aumenta a pressão do meato, o que indica um estribo móvel
 Gellé’s Negativo (anormal): a intensidade do som percebido não se altera com a variação da pressão, o que indica
estribo rígido.
2. TRAUMATISMOS DO OUVIDO MÉDIO E INTERNO (117-127)

45% das fraturas da base do crânio estendem-se ao osso temporal afetando o ouvido médio e
interno.
2.1 Fraturas do osso temporal
2.2 Concussão labiríntica
2.3 Lesões diretas do ouvido médio e interno
2.4 Barotrauma
2.5 Doença do mergulhador (ou doença do caixão ou doença da descompressão)
2.6 Trauma acústico agudo

2.1 FRATURAS DO OSSO TEMPORAL

FRATURAS DIRETAS por força externa concentrada numa pequena área de superfície (ex: ferida
de tiro) fratura penetrante perfurante com dano cerebral.
FRATURAS INDIRETAS por força externa difusa. 2 rumos:
 Fratura longitudinal: ao longo do eixo piramidal; afeta o ouvido médio.
 Fratura transversal: atravessa o eixo piramidal; afeta o labirinto ósseo e o meato
auditivo interno.
 Em ambos os casos a dura-máter pode estar rasgada produzindo uma conexão aberta
entre o sistema pneumático do osso temporal e o espaço sub aracnóideo na fossa
craniana ( meningite através das trompas de Eustáquio!)

Fratura longitudinal Fratura transversal

Sintomas (ouvido médio) Sintomas (ouvido interno):


 Hemotímpano  CAE intacto
 Rotura do tímpano  Membrana timpânica intacta (ou
 Otorragia com hemotímpano)
 “step formation” no CAE  Surdez
 Surdez do ouvido médio  Vertigem
 Paralisia facial (20% dos doentes)  Nistagmo espontâneo direcionado
 Otorráquia ocasional para o ouvido saudável
 Paralisia facial (50% dos doentes)
 Rinorráquia (tuba de Eustáquio nasofaringe)

Diagnóstico: Diagnóstico:
 Otoscopia  Otoscopia
 RX Schueller  Rx Stenvers
 TC se paralisia facial ou otorreia  TC
 Nota: Não devem ser realizadas  Se paralisia facial : EMG, teste de
manipulações ou seringagens do CAE Schirmer’s e gustometria

Tratamento para a fratura longitudinal e transversal:


 Antibióticos profiláticos pelo risco iminente de meningite (alta dose, longo prazo, largo
espectro) e,
 Cirurgia de emergência, assim que a condição geral do doente o permita (1º Traumatologia;
2º Neurocirurgia; 3º Otorrino; 4º cirurgia maxilo facial; 5º oftalmo) e,
 Exploração do osso temporal
o Meningite precoce mastoidectomia
o Sangramento dos seios  abrir mastoide e ligadura nos seios
o Otorreia persistente reparação da dura
o Fratura com depressão do CAE reconstrução do CAE
o Feridas de tiro no osso temporal desbridamento da área
o Mastoidite crónicamastoidectomia
o Paralisia do nervo facial descompressão do nervo facial
o Surdez pós-traumática Timpanoplastia
o Colesteatoma Pós traumático  mastoidectomia radical e timpanoplastia
Prognóstico:
Complicações precoces: Complicações tardias

 Otite média aguda com mastoidite  Otite média crónica com mastoidite
 Meningite ou labirintite  Meningite otogénica tardia
 Abcesso epidural
 Abcesso cerebral otogénico
 Colesteatoma pós traumático

2.2 CONCUSSÃO LABIRÍNTICA

Doença pós traumática do ouvido interno (surdez e tonturas) na presença de otoscopia e


radiografia normais. Normalmente devido a dano mecânico orgânico (≈ao trauma acústico
agudo). Também poderá estar associado a microfraturas da cápsula labiríntica acompanhado de
sangramento peri e endo oftálmico e distúrbios mecânicos da microcirculação causando
degeneração das células sensitivas cócleo vestibularer.

Sintomas
 Tinnitus
 Surdez neurosensorial uni/bi com recrutamento positivo principalmente para sons
agudos (4000 Hz)
 Tonturas com mudanças deposição ou rápidas
 Perda de equilíbrio

Diagnóstico
 Otoscopia normal
 RX normal (Schueller’s e Stenvers’s)
 Audiograma: surdez neurosensorial com entalhe (“notch”) a 4000Hz ou perda para os
sons agudos com recrutamento
 Nistagmo vestibular provocado na presença de vertigem (sem nistagmo espontâneo)

Diagnóstico diferencial
 Trauma acústico agudo (no qual estão ausentes os sintomas vestibulares)
 Surdez psicogénica pós traumática (na qual os achados são inconsistentes e os sintomas
vestibulares estão ausentes)

Tratamento
 Dextran de baixo peso molecular IV (possíveis CI: HTA ou alergia)
 Medicamentos anti vertiginosos

Prognóstico
Resolve-se espontaneamente em pacientes jovens e naqueles com circulação normal. Nos
restantes apenas se resolve parcialmente. Os defeitos vestibulares irreversíveis são
compensados centralmente.
2.3 LESÕES DIRETAS DO OUVIDO MÉDIO E INTERNO

Possíveis causas de dano à membrana timpânica e ao ouvido médio e interno


 Introdução de objetos pontiagudos (ex. canetas, ganchos, cotonetes)
 Remoção descuidada de corpos estranhos
 Lesões ocupacionais
 Queimaduras ácidas
 Feridas por tiro

Sintomas:
Lesão na Memb timpância Lesão no ouvido médio Lesão no ouvido interno
Dor momentânea Otorragia profusa Tinnitus imediato
Ligeira otorragia Dor Surdez (neurosensorial)
Surdez moderada Surdez (condução) Tonturas
Som pulsante no ouvido Náuseas e vómitos
Paralisia facial ocasional

Diagnóstico
 Otoscopia: membrana timpânica perfurada, sangue no CAE misturado com perilinfa se
lesão no ouvido interno
 Audiograma

2.4 BAROTRAUMA

Mudanças súbitas da pressão atmosférica provocando uma redução da pressão no ouvido


médio (por fecho repentino da tuba de Eustáquio) com consequente sangramento na mucosa
do ouvido médio e do tímpano que levam a que a manobra de Valsalva seja ineficaz passado 2h.

Sintomas
 Dor aguda
 Som pulsante no ouvido
 Surdez
 Vertigens e desequilíbrios (ocasionalmente)

Diagnóstico
 História
 Otoscopia (retração da membrana timpânica, e ocasionalmente hemorragia subepitelial
da pars tensa, transudado por trás da membrana ou hemotímpano)
 Surdez de condução

Tratamento
 Gotas nasais descongestionantes e,
 Cateterização da tuba e,
 Paracentese (ocasionalmente) e,
 Analgésicos e anti inflamatórios orais
 Timpanotomia imediata se surdez neurosensorial (não esquecer que o “normal” é cursar
com surdez de condução) por possível rotura concomitante da janela redonda.

Profilaxia
Evitar andar de avião ou fazer mergulho durante a inflamação da nasofaringe, nariz ou seios
paranasais.
Corrigir deformidades anatómicas que causem obstrução e favoreçam inflamação (desvio do
septo, hipertrofia dos cornetos ou da adenoide).
2.5 DOENÇA DO MERGULHADOR

Trabalhadores ou mergulhadores (a mais de 10 metros de profundidade) que venham à


superfície demasiado rápido por criação de êmbolos gasosos de nitrogénio nas artérias cerebrais
finais que também suprem o ouvido interno.

Sintomas
 Tonturas, vómitos e cefaleias
 Barulho nos ouvidos que rapidamente evolui para perda de audição
 Latência dos sintomas de minutos a horas
 Alterações da visão, ataxia e consciência (em casos severos)

Diagnóstico
 História do acidente
 Surdez neurosensorial
 Nistagmo vestibular espontâneo e provocado

Tratamento: Oxigénio hiperbárico

Prognóstico Depende da severidade e do tempo que demorou a instituir terapêutica. Pode levar
a surdez, cegueira permanentes ou mesmo morte se tratamento atrasado.

2.6 TRAUMA ACÚSTICO AGUDO

Uma causa direta e mecânica devido a sangramento e indireta e metabólica na circulação


provocando uma mesão parcial e reversível das células sensitivas do órgão de Corti.
Existe diferença entre uma lesão provocada pelo barulho de um tiro e por uma explosão. Embora
as propriedades físicas acústicas sejam qualitativamente semelhantes, quantitativamente são
diferentes já que a onda de choque da explosão dura mais de 1,5 ms e a de um tiro dura menos.
A severidade e o local da lesão na cóclea dependem da intensidade do som.
(surdez neurosensorial)

Diagnóstico
 Otoscopia: apenas há alterações no trauma por explosão
 Audiograma:
o Explosão: surdez neurosensorial (ouvido interno) ou mista (ouvido interno e médio)
o Tiro: “notch” aos 4000Hz ou para sons agudos (recrutamento +)
Tratamento
 Dextran IV (idealmente dentro de 24h pós trauma)
 Bloqueio do gânglio estrelado(2) pode ajudar
 Timpanoplastia se lesões do ouvido médio (+ comum com a explosão)

Prognóstico
 Lesões no ouvido médio: normalmente cura sem complicações ou reversível por
operação. Bom prognóstico.
 Lesões no ouvido interno: parcialmente reversível mas por vezes degeneração contínua.

TRAUMA CRÓNICO ACÚSTICO NO OUVIDO INTERNO


Provocado por barulho menos intenso mas mais prolongado que o trauma agudo. A severidade
depende do pico de intensidade do som, da duração da exposição, da sensibilidade do indivíduo
e de fatores emocionais. Sons contínuos ente 85-90 dB (+-2,5) ou impulsos isolados de som
acima dos 135 dB podem provocar dano. Inicialmente surge uma adaptação fisiológica. Com a
exposição prolongada os sintomas começam a surgir mas passam em minutos ou em 2 horas
(2)
Gânglio estrelado faz parte da rede simpática formada pelos gânglios inferiores cervicais e os primeiros gânglios torácicos,
inervando os membros superiores e parcialmente a cara. O seu bloqueio é pela injeção de um anestésico local levando à redução
da dor, inchaço e melhorando a mobilidade.
após cessar a exposição. Quando irreversível, há uma degeneração das células cabeludas
externas  células internas.
(desequilíbrio metabólico por aumento das necessidades de
oxigénio e diminuição do seu aporte)

Sintomas
 Sensação de pressão nos ouvidos e cabeça
 Sensação de surdez Reversíveis assim que o indivíduo se
 Cansaço generalizado e falta de concentração habitua ao som
 Tinnitus

Diagnóstico
 História
 Audiograma tonal: diminuição da acuidade bilateral e inicialmente para os sons agudos
a 4000Hz, mas tardiamente para os sons graves e por último para nas frequências da
voz (agudos graves voz)

Tratamento
NÃO HÁ mas se afetar o dia-a-dia pode se usar aparelhos auditivos.

Profilaxia
Protetores auriculares (rolhão de algodão não protege!), reduzir tempo de exposição, diminuir
som da maquinaria.
3. TUMORES DO OUVIDO (127-134)

3.1 Paraganglioma não cromafin (tumor glomus)


3.2 Tumores ósseos
3.3 Carcinoma do ouvido médio
3.4 Neuronioma acústico ou schwannoma
3.5 Neuroma do nervo facial
3.6 Histiocitose ou reticuloendoteliose
3.7 Colesteatoma congénito
O Tumor Glomus
é o tumor
3.1 PARAGANGLIOMA NÃO CRORMAFIN (TUMOR GLOMUS)
verdadeiro mais
frequente do
É o tumor verdadeiro mais frequente do ouvido médio. ouvido médio.

Desenvolve-se a partir da neuro ectoderme tendo uma estrutura similar ao tumor do tecido
quimiorrecetor do corpo carotídeo. Tem grande vascularização. Os locais prediletos são o plexo
timpânico (limitado ao ouvido médio, 1), o bulbo da VJI (sem destruição óssea,2; com extensão
óssea à mastoide e petroso,3; com extensão intracraniana,4), e o nervo petroso superficial
pequeno.

Sintomas
 Tinnitus unilateral síncrono com a pulsação
 Surdez unilateral e sensação de pressão
 Alterações do equilíbrio
 Síndrome do forâmen jugular (Lesões dos nervos cranianos inferiores hipoglosso,
glossofaíngeo, vago): paralisia facial, paralisia do palato, rouquidão, dificuldade na
deglutição e mais tardiamente paralisia da língua

Diagnóstico
 Clínica
 Otoscopia: tumor vermelho a brilhar através da membrana timpânica
 Testes de audição: surdez de condução unilateral nos estádios iniciais; também sensorial
mais tardiamente; total quando atingir o labirinto (condução mista total)
 TC para avaliar a extensão intracraneana

Tratamento Cirurgia

Prognóstico
Tumor de crescimento LENTO. Em casos avançados a morte pode advir da compressão do tronco
cerebral ou por trombose da carótica.

3.2 TUMORES ÓSSEOS


Raros e incluem:
 Osteoma
 Tumor das células gigantes
 Granuloma eosinofílico
 Plasmocitoma solitário
3.3 CARCINOMA DO OUVIDO MÉDIO O Carcinoma
mais comum do
ouvido médio é
+ comum: Carcinoma espinocelular queratinizado entre a junção do CAE e da membrana escamoso
timpânica. queratinizado.
Raros: adenocarcinoma (mucosa do ouvido médio), carcinoma adenocístico e sarcoma

Sintomas
 Dores neurálgicas no ouvido
 Otorreia fétida e sanguinolenta
 Surdez progressiva
 Ocasionalmente: tonturas, alterações do equilíbrio, paralisia do nervo facial, cefaleia
intensa (se o tumor invadir a dura)

Diagnóstico
 Otoscopia: pólipo sangrante, destruição da membrana timpânica por granulações
hemorrágicas, destruição da parede POSTERIOR do meato
 Paralisia facial periférica, linfonodos palpáveis, nistagmo vestibular espontâneo para o
lado saudável
 RX e TC: destruição do osso temporal a partir do ouvido médio e CAE
 Audiograma: surdez de condução, mista ou mesmo total

Tratamento Cirurgia ou RT

Prognóstico Frequentemente recorre no pescoço.

3.4 NEURONIOMA ACÚSTICO OU SCHWANNOMA

Tumor benigno, origem nas células de Schwann no nervo vestibular (ramo do n.c. vestibulococlear VIII).
Pacientes com neurofibromatose de von Recklinghausen têm alto risco para neuromas do nervo
auditivo e facial. Dependendo do local da origem e do seu tamanho:
 Pequenos tumores 1-8mm ou Neuroma acústico lateral: exclusivamente no meato
auditivo interno MAIsintomas localizados
 Tumores médios até 2,5cm ou Neuroma acústico médiolateral: parcialmente no MAI e
parcialmente no ângulo cerebelo pontino sintomas localizados + sintomas por dano
às estruturas vizinhas
 Grandes tumores > 2,5 cm ou Neuroma acústico medial: exclusivamente no ângulo
crebelopontino sintomas leves do n.c. VIII + sintomas marcados dos n.c. adjacentes,
tronco cerebral e cerebelo e de HIC

Sintomas

Sintomas Focais Sintomas associados Sintomas de HIC


Tinnitus (70%) Paralisia/espasmo uni do n. Cefaleia occipital
Surdez unilateral progressiva facial Vómito em projétil
(45%) Visão dupla Diminuição da visão e
Perda de audição súbita Reflexo corneano ausente papilidema
(40%) Ataxia (cerebelar) Alterações da personalidade
Surdez flutuante (10%) Alt sensibilidade da face uni
Tonturas (30%) Braços mexem
desajeitadamente

SUSPEITAR: surdez neurosensorial unilateral progressiva ou perda de audição unilateral


recorrente.
Diagnóstico
 Audiometria: surdez neuro sensorial retro coclear - focal
 Reflexo estapediano (ausente) - focal
 Testes vestibulares com nistagmografia – ausência da resposta calórica e nistagmo
espontâneo para o ouvido saudável – focal. Nistagmo provocado para o lado do tumor
– compressão do tronco cerebral
 CT com contraste EV
 RM com gadolínio (mostra os tumores inferiores a 20mm)
 LCR: proteínorráquia> 100mg/100ml sem pleocitose
 Diagnóstico diferencial:
o Doença de Ménière’s
o Surdez súbita
o Colesteatoma congénito no angulo cerebelo pontino
o Meningioma ou neuroma do nervo facial
o Sífilis congénita

Tratamento Neurocirurgia ou cirurgia otológica ou uma combinação.

Prognóstico Crescimento LENTO. Diagnóstico tardio. Bom prognóstico nos tumores pequenos e
médios.

3.5 NEUROMA DO NERVO FACIAL

Sintomas
 Paralisia facial progressiva ou espasmo hemifacial
 Dependendo local, cursa ou não com sintomas semelhantes ao neuroma auditivo

3.6 HISTIOCITOSE OU RETICULOENDOTELIOSE


Pg 134 NÃO ME APETECE RESUMIR

3.7 COLESTEATOMA CONGÉNITO OU VERDADEIRO (do osso temporal)

Raro. Sem ligação ao CAE nem à membrana timpânica. Normalmente oculto atrás de uma
membrana timpânica oculta.
4 LESÕES TÓXICAS DOS APARELHOS AUDITIVO E DO EQUILÍBRIO (136-138)

Toxinas exógenas: antibióticos (+aminoglicosídeos; quinina, salicilatos), diuréticos (furosemida,


reversível em 90%), toxinas tóxicas ocupacionais (arsénico, mercúrio, chumbo, fosfato orgânico,
sulfúrico, CO, benzol e anilina), tabaco, álcool.

Toxinas endógenas: toxinas bacterianas e metabólitos tóxicos de doenças metabólicas como


diabetes e doença renal.

Sintomas
 Tinnitus  o 1º sintoma
 Surdez neurosensorial pura progressiva e bilateral. Inicialmente para sons agudos, mas
depois também para as frequências médias e baixas.
 Vertigem posicional e associada a náusea
 Alterações do equilíbrio e da marcha
 Oscilopsia (i.e. fraqueza na fixação por distúrbio vestíbulo coclear)

ANTIBIÓTICOS AMINOGLICOSÍDEOS

Patogénese:

Devido a:
 Tempo de semi vida longoretenção por longos períodos
 Maior concentração nos fluídos ou ouvido interno que nos restantes fluidos do corpo

Provoca:
 1º Degeneração das células cabeludas externas 2º degeneração das células cabeludas
internas a concentrações mais elevadas 3º degeneração da estria vascular, dos vasos
do ouvido interno e das células ganglionares Dano irreversível coclear e vestibular

Diagnóstico (6 meses até ao diagnóstico)


 Audiograma: surdez neuro sensorial progressiva (sons agudos)
 Testes vestibulares: nistagmo espontâneo
 Função renal: anormal

Tratamento
 Parar imediatamente os aminoglicosídeos e,
 Dextran IV (melhora metabolismo endo e perilinfático do ouvido interno) e,
 Cortisona (certos casos)
5 PATOLOGIA DA PIRÂMIDE, VESTÍBULO E SEPTO NASAIS (203-207, 260-262)

Sintomas principais
 Secreção nasal aumentada
 Obstrução nasal
 Sangramento
 Odor fétido
 Olfato ausente ou alterado
 Cefaleias ou dores na cara
 Doenças dos órgãos vizinhos (dentes, sistema lacrimal, olhos, boca e garganta)

5.1 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS


A) Inflamações confinadas ao nariz externo (excluindo se inflamações da cavidade nasal como
rinites e corpo estranho)
5.1.1 Eczema nasal
5.1.2 Foliculite do vestíbulo nasal (sicosis) e furúnculo nasal
5.1.3 Erisipela
5.1.4 Rinofima
5.1.5 Lupus vulgaris
5.1.6 Ulceras do frio e queimaduras
B) Inflamações localizadas na cavidade nasal
Rinite aguda
Rinite alérgica
Rinite vasomotora
Corpos estranhos no nariz
Não é para ver por este livro…
Rinite anterior sicca
Rinite crónica
5.2 DOENÇAS DO SEPTO
5.2.1 Desvio do septo nasal
5.2.2 Hematoma septal e abcesso septal
5.2.3 Perfuração septal
5.2.4 Nariz em sela (saddlenose, Duckbill)

5.1 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS

A pele do nariz e da cara é afetada pelas mesmas doenças dermatológicas que afetam o resto
do corpo e são tratadas como tal. As mais importantes a nível do nariz são:

5.1.1 ECZEMA NASAL

Causada por secreção nasal anormal, alergia de contacto ou fatores promotores como DM,
eczema generalizado e alergias alimentares em crianças.

Sintomas
 Húmido nas fases inicias (com vesículas e pústulas)
 Mais tardiamente crostas e depois fissuras dolorosas
 No estado crónico Coceira, ardejamento e descamação
 Afeta pele do nariz e do vestíbulo. Nunca afeta a mucosa

Tratamento
 Pomada gordurosa suave para amolecer as crostas seguido de corticosteroide
 Solução de nitrato de prata para as fissuras
 Eliminar a causa
5.1.2 FOLICULITE DO VESTÍBULO NASAL (SICOSIS) E FURÚNCULO NASAL

É uma piodermia por estafilococos com origem nos folículos pilosos do vestíbulo nasal ou do
lábio superior. Limitada à pele.

Sintomas
 Dor e sensibilidade à compressão
 Sensação de pressão na ponta do nariz, seguida de vermelhidão e inchaço da ponta e
das asas do nariz e do lábio superior.
 Febre
 Mais tarde inicia se a formação de um furúnculo (foliculite furúnculo) com pus e
centro necrótico

Tratamento
 Foliculite circunscrita: Cremes antibióticos (tópicos)
 Suspeita de início de furúnculo: Antibióticos orais em alta dose e longo prazo e tópicos
 Dieta de fluidos e descanso da voz (para diminuir o movimento da ponta do nariz e lábio
superior)
 Manipulação do nariz está proibida (espremer um furúnculo pode levar à disseminação
da infeção provocando tromboflebite e trombose do seio cavernoso)

5.1.3 ERISIPELA

Por estreptococos. Porta de entrada é uma pequena abrasão na pele. Período de incubação de
algumas horas a 2 dias.

Sintomas
 Inicia com alta febre com arrepios
 Dor marcada e vermelhidão circunscrita à pele edematosa
 Extensão para os dois lados do nariz (em forma de borboleta)

Tratamento (resolve-se em 1 semana com o tratamento indicado)


 Antibióticos (continuar por 8 dias após o exantema desaparecer)

5.1.4 RINOFIMA

Associado à rosácea e à hipertrofia das glândulas sebáceas do nariz.

Sintomas
 Engrossamento da pele sobre a parte cartilaginosa do nariz
 Pseudotumor granuloso vermelho azulado evolui para um inchaço protuberante
marcado do nariz anterior que pode obstruir a respiração e a alimentação.
 Normalmente em homens mais velhos

Tratamento Cirurgia (remoção do tecido com bisturi ou laser CO2)

5.2 DOENÇAS DO SEPTO


5.2.1 Desvio do septo nasal
5.2.2 Hematoma septal e abcesso septal
5.2.3 Perfuração septal
5.2.4 Nariz em sela (saddlenose, Duckbill)
5.2.1 DESVIO DO SEPTO NASAL

Primário quando por desenvolvimento inadequado da cartilagem e do osso (partes do septo


demasiado grandes para o espaço). Secundário quando traumático (partes do septo são
deslocadas e curam em posições incorretas).

Sintomas
 Obstrução nasal (normalmente unilateral)
 Hiposmia ou anosmia
 Cefaleias

Diagnóstico
 Rinoscopia
 Rinomanometria (por vezes)

Tratamento Cirurgia (septoplastia ou resseção da submucosa do septo de Killian)

5.2.2 HEMATOMA SEPTAL E ABCESSO SEPTAL

Normalmente ocorre por trauma e em crianças. Trauma contundente no nariz efeito de corte
com separação e elevação do mucoperiósteum formação de hematoma no novo espaço se
infecionarabcesso

Sintomas
 Obstrução nasal
 Sensibilidade e dor
 Se abcesso: dor local aumentada, com cefaleia, febre e vermelhidão da ponte to nariz

Tratamento
 Incisão e drenagem do hematoma
 Tamponamento das narinas (auxilia na re-aderência)
 Se abcesso: drenar, mas deixar dreno para impedir a necrose, e dar antibiótico

5.2.3 PERFURAÇÃO SEPTAL

Devido a trauma, operação ao nariz, rinite sicca anterior, “nose picking”, snifar cocaína, infeção
(lúpus, sífilis).

Sintomas
 Crostas
 Otorragias frequentes
 Assobio durante a inspiração e expiração se perfuração pequena

Tratamento Cirurgia (também pode ser tratamento conservativo com lavagens frequentes)

NARIZ EM SELA (SADDLENOSE, DUCKBILL)

Devido a trauma, abcesso septal, cirurgia ao nariz incorreta ou congénita. Ausência parcial ou
total da cartilagem do nariz.

Sintomas
 Perfil típico do nariz
 Obstrução nasal

Tratamento Rinoplastia
5 TUMORES DAS FOSSAS NASAIS E SEIOS PERINASAIS (289-298)

6.1 TUMORES BENIGNOS (raros na cavidade nasal e seios)


6.1.1 Osteoma
6.1.2 Fibroma ossificante (displasia fibrosa)
6.1.3 Papiloma
6.1.4 Hemangioma e Linfangioma
6.1.5 Glioma
6.1.6 Angiofibroma nasofaríngeo (no próximo capítulo)
6.2 TUMORES MALIGNOS
6.2.1 Carcinoma basocelular
6.2.2 Carcinoma escamoso/pavimento celular queratinizado Nariz externo
6.2.3 Melanoma maligno
6.2.4 Carcinoma de células escamosas
6.2.5 Adenocarcinoma
6.2.6 Carcinoma adenoquístico Cavidade nasal e seios paranasais
6.2.7 Histiocitose X (granuloma eosinofílico) e rabdomiossarcoma
+ comuns em crianças
6.2.8 Mesenquimais (raros)

6.1 BENIGNOS

6.1.1 OSTEOMA (benigno)

Mais comum nos seios FRONTAL e ETMOIDAL.

Sintomas
 Cefaleia e pressão na cabeça
 Sinusite recorrente ou mucocelos (por obstrução à drenagem)
 Deslocação do olho (por vezes)

Diagnóstico
 Rx dos seios: tumor calcificado bem demarcado
 Biópsia

Tratamento Cirurgia de remoção a partir dos respetivos seios

6.1.2 FIBROMA OSSIFICANTE – DISPLASIA FICROSA (benigno)

Principalmente no terço médio da face e na base do crânio em crianças e adolescente.

Sintomas
 Expansão unilateral do esqueleto facial
 Cefaleias
 Diminuição do campo de visão

Diagnóstico
 Rx: tumor radiopaco a surgir do esqueleto normal
 Biópsia

Tratamento Apenas remoção parcial é possível


6.1.3 PAPILOMA (benigno)

Raros. Tendência a MALIGNIZAR (principalmente o papiloma invertido) e a recorrer.

Sintomas
 Obstrução nasal
 Epistáxis

Diagnóstico Rinoscopia com Biópsia

Tratamento Excisão cirúrgica. Não são radiossensíveis.

6.1.4 HEMANGIOMAS E LIFANGIOMAS capilares ou cavernosos (benigno)

Normalmente congénitos. 90% no 1º ano de vida. 60% no sexo feminino. São os tumores
benignos mais comuns na infância. Pode ocorrer remissão espontânea (> 1º ano de vida).

Tratamento
 Como pode ocorrer remissão espontânea, este deve ser preterido (adiado) até aos 3, 4
anos de vida.
 É cirúrgico (remoção por laser ou criocirurgia; a RT é desaconselhada porque pode
influenciar o crescimento das estruturas ósseas da pele)

6.1.5 GLIOMA (benigno)

Tumores congénito e benigno da região frontal ou da raíz do nariz na linha média e consiste em
tecido glial sólido.

6.2 MALIGNOS

Keratoma senil e xeroderma pigmentoso são lesões pré cancerosas

6.2.1 CARCINOMA BASOCELULAR (maligno, nariz EXTERNO)

Localizações: 86% na cabeça; 26% no nariz, 19% na área temporal e frontal, 16% na bochecha,
14% no olho nos cantos mediais, 11% no pavilhão da orelha. Tumores
malignos do nariz
É o tumor maligno mais comum do nariz externo. externo;
-1º Basalioma
Sem preferência de sexo, surge aos 60-70 anos de idade. -2º Pavimentocel

Raramente metastiza.

Sintomas
 Inicialmente, pequeno nódulo firme com centro retraído e de crescimento lento.
 Posteriormente ulcera e infiltra se superficialmente nas camadas
 Pode sofrer degeneração maligna se tiver sido previamente irradiado ou
insuficientemente excisado

Diagnóstico Biópsia

Tratamento Excisão generosa com uma boa margem seguida de reconstrução imediata
6.2.2 CARCINOMA ESCAMOSO/PAVIMENTO CELULAR QUERATINIZADO (maligno, nariz
externo)

É o 2º tumor maligno mais comum no nariz externo. É mais comum no terço inferior da face.

Sintomas
Começa como uma lesão pré cancerosa ou como uma lesão que não cura. Cresce RAPIDAMENTE
e forma uma úlcera.

Diagnóstico Biópsia

Tratamento Remoção generosa (osso e cartilagem). Reconstrução após 1 ano se não houver
recorrência.

Melanoma
maligno é o
6.2.3 MELANOMA MALIGNO (maligno, nariz externo) tumor da pele
mais comum
É o tumor da pele mais comum.

+ sexo feminino (2:1); + 20 - 60 anos. Normalmente surge de um sinal pigmentado com os já


conhecidos sintomas de suspeita, mas também pode surgir de pele aparentemente normal.

Diagnóstico
 A biópsia deve ser EVITADA porque ativa e espalha o tumor.
 Suspeita em dermatologia

Tratamento Cirurgia de remoção extensa e imediata assim que hajam suspeitas suficientes.
Carcinomas
malignos das
TUMORES MALIGNOS DAS CAVIDADES NASAIS E SEIOS PARANASAIS cavidades e seios
paranasais:
6.2.4 Carcinoma de células escamosas - é o tumor maligno mais comum das cavidades -1º Pavimentocel
-2º Adenocarcino
e seios paranasais
6.2.5 Adenocarcinoma - é o 2º tumor maligno mais frequente das cavidades e seios
paranasais.
6.2.6 Carcinoma adenoquístico
6.2.7 Histiocitose x (granuloma eosinofílico) e rabdomiossarcoma – comuns em
crianças
6.2.8 MESENQUIMAIS (RAROS)

Sintomas
 Tumores nas cavidades nasais normalmente SILENCIOSOS durante um longo período
(diagnóstico tardio)
 Sintomas de suspeição (especialmente se> 50 anos):
o Obstrução nasal unilateral
o Secreção nasal crónica
o Secreção sanguinolenta
o Secreção fétida
o Perda da sensação de um dos ramos do trigémeo
o Inchaço da bochecha ou do ângulo medial
o Sensação de pressão na cara ou cabeça
o Sensação de plenitude no nariz
o Cefaleia resistente apenas ocorre em fases avançadas (tumor alcança a dura)
o Sinais de invasão da vizinhança: restrição dos movimentos oculares, proptose,
edema do tecido mole no angulo medial do olho, das pálpebras e perda dos
dentes
Diagnóstico
 História
 Endoscopia
 Rx e TC
 Angiografia e análise do LCR se suspeita de invasão da base do crânio

Tratamento
 Cirurgia com reconstrução posterior (o método preferencial)
 Radioterapia (isoladamente está reservada para tumores radiossensíveis como os
mesenqui9mais e para os tumores inoperáveis mas também para os pequenos e
externos sem invasão. Nas outras situações é combinado com cirurgia)
 Quimioterapia (sem utilidade; usada apenas para paliação)

Prognóstico
Niveis de Sébileaus (pior prognóstico de I III, ou seja, melhor prognóstico no terço inferior
do que no superior)

Plano de Oehngren: melhor


prognóstico na zona anterior que na
posterior
7 TUMORES MALIGNOS DA CAVIDADE ORAL, LÍNGUA, OROFARINGE (376-385)

7.1 TUMORES BENIGNOS DA CAVIDADE ORAL, LINGUA E OROFARINGE


7.1.1 Hemangioma e linfangioma
7.1.2 Papiloma
7.1.3 Tumores linguais da tiroide
7.1.4 Tumores de órgãos vizinhos que se extendem para a boca e orofaringe
7.2 TUMORES MALIGNOS DA CAVIDADE ORAL, LINGUA E OROFARINGE
Carcinoma escamoso queratinizado (o + comum)
7.2.1 Carcinoma do lábio
7.2.2 Carcinoma da cavidade oral e corpo da língua
7.2.3 Carcinoma da base da língua e amígdalas
7.3 TUMORES BENIGNOS DA NASOFARINGE
Angiofibroma nasofaríngeo (o + comum)
7.4 TUMORES MALIGNOS DA NASOFARINGE
Carcinoma das células escamosas e Tumor linfoepitelial

7.1 TUMORES BENIGNOS DA CAVIDADE ORAL, LINGUA E OROFARINGE

Podem ter origem no tecido conjuntivo (+fibroma, lipoma, mixoma, condroma, hemangioma,
linfangioma, neurinoma) ou no epitélio (papiloma, queratoacantoma, adenoma verdadeiro, e
adenopma pleomórfico)

Diagnóstico Biópsia

Tratamento Remoção cirúrgica

7.1.1 HEMANGIOMA E LINFANGIOMA (conjuntivo; benigno)

Normalmente congénito. 90 % no sexo feminino

Sintomas
 Locais prediletos: língua, bochecha e parótida
 Podem ameaçar a vida quando são extensos: sangramentos, obstrução nasal ou à
alimentação

Tratamento
 Normalmente resolvem espontaneamente antes dos 2 anos de vidaremoção cirúrgica
deve ser adiada até aos 3, a anos de idade, se possível
 Radioterapia não está indicada pelo risco de afeção do desenvolvimento do esqueleto
facial
 Se o tumor crescer muito rapidamenteembolização dos vasos da artéria carótida
externa ou stilbestrol

7.1.2 PAPILOMA Papiloma na boca normalmente não causa sintomas. Tratamento apenas
se a lesão estende para a faringe ou para laringe.

7.1.3 TUMORES LINGUAIS DA TIROIDE


Benignosorofa
ringe
7.1.4 ESTENSÃO DE TUMORES DE ÓRGÃOS VIZINHOS
Os mais frequentes são os provenientes da glândula parótida através do espaço retro Malignos
mandibular até à orofaringe. Pelo contrário, os tumores malignos estendem se mais cavidade oral

frequentemente para a cavidade oral e não para a orofaringe


7.2 TUMORES MALIGNOS DA CAVIDADE ORAL, LINGUA E OROFARINGE
O Carcinoma
escamoso
A maioria são CARCINOMAS ESCAMOSOS QUERATINIZADOS. Adenocarcinomas são raros. queratinizado é o
Na cavidade oral, são mais comuns no lábio inferior e na lateral da língua (50%) tumor maligno
mais comum da
cavidade ORAL.
7.2.1 Carcinomas do lábio
 + brancos; + sexo masculino (30:1); 60-65 anos; + lábio inferior
 Fatores de risco: exposição a UV, fraca higiene oral, tabaco, consumo excessivo de
álcool Lábio superior
 + Lábio inferior: + carcinoma escamoso bem diferenciado, crescimento lento, não basalioma
metastiza
Lábio inferior
 Lábio superior: carcinoma células basais, prognóstico menos favorável carcinoma céll
7.2.2 Carcinoma da cavidade oral e corpo da língua escamosas
 + sexo masculino (70:30), 50-60 anos
 Fatores de risco: tabaco, abuso de álcool, fraca higiene oral
 + Carcinomas escamosos bem diferenciados, 50% metastizam
 Localização: + na área de drenagem da boca, parte lateral da língua
7.2.3 Carcinoma da base da língua e amígdalas
 + sexo masculino (4:1), 50-70 anos, abuso de álcool e tabaco
 + Carcinoma de células escamosas bem diferenciado, 60% metastizam, é comum um
segundo carcinoma concomintante no trato aerodigestivo superior
 Tratamento: remoção das amígdalas, da base da língua, da parede da hipofaringe,
palato mole, ramo ascendente da mandíbula
 A Quimioterapia é muito útil neste tumores, e é muito mais que paliação

Sintomas suspeitos de malignidade


 Úlcera oral que não cura rapidamente.
 Área hiperqueratócica
 Nos estágios iniciais sem dor. Dor aparece com aumento do tamanho do tumor, assim
com a infiltração e linfadenopatia
 Sintomas de tumor no pavimento da boca e língua:
o Mínimos inicialmente  diagnóstico tardio
o Sintomas Tardios Sinais de alerta nas úlceras:
 Úlcera  Persistente >3 semanas
 Dor que irradia para ouvido e garganta  Superfície rugosa
 Odor fétido  Alteração da cor
 Sialorreia
 Dificuldade a falar e engolir
 Linfadenopatia e perda de peso
 Sintomas de tumor na orofaringe (base da língua e amígdalas):
o Sintomas precoces
o Dor severa a engolir inicialmente unilateral
o Amígdalas com úlcera, aumento do tamanho e endurecimento!
o Hálito fétido
o Trismos e língua fixa!
o Perda de peso

Diagnóstico Diagnóstico diferencial


 Palpação e,  Sífilis grau 3
 Biópsia  Tuberculose
 Angina
 Agranulocitose
7.3 TUMORES BENIGNOS DA NASOFARINGE
+ ANGIOFIBROMA NASOFARÍNGEO
Exclusiva do sexo
Ocorre exclusivamente no sexo masculino MASCULINO
Começa aos 10 anos. Apesar de se dizer que costuma resolver espontaneamente depois dos 20-
25 anos, não acontece sempre. Histologicamente
É um tumor histologicamente benigno mas clinicamente maligno devido ao seu crescimento BENIGNO mas
clinicamente
expansivo e rápido. MALIGNO
Cresce a partir do esfenoide ao qual está firmemente aderido. Após preencher a nasofaringe
envia ramificações para os seios nasais, maxila superior, seios esfenoidal, fossa pterigopalatina,
bochecha, seio etmoidal e órbita invasão craniana (base do crânio)

Sintomas
 Obstrução nasal crescente
 Rinossinusite purulenta (devido à obstrução da nasofaringe)
 Sangramentos espontâneos graves do nariz ou faringe
 Rinolalia clausa
 Cefaleias
 Obstrução do ostium e da tuba de Eustáquio surdez de condução, coriza do ouvido
médio e otite média purulenta
 Em estágios avançados pode provocar inchaço da parte lateral do nariz, bochecha e
exoftalmos

Diagnóstico
 Rinoscopia posterior: massa tumoral suave cinzento avermelhada com superfície bem
marcada com os vasos
 Palpação: muito duro à palpação (deve ser feito cuidadosamente pelo risco de
sangramento)
 TC
 Angiografia das carótidas externa e interna bilaterais
 Bioópsia é perigosa pelo risco de sangramento massivo.

Tratamento
 Não responde à Quimioterapia (muita fibrina?)
 Terapêutica de embolização de ramos da carótida (para reduzir risco de sangramento
durante a cirurgia) seguida de cirurgia de remoção

7.4 TUMORES MALIGNOS DA NASOFARINGE


Carcinoma das células escamosas
Tumor linfoepitelial (anaplásico)
+ sexo masculino (2:1)

Sintomas Semelhantes aos sintomas do Angiofibroma nasofaríngeo

Diagnóstico
 Semelhante ao do Angiofibroma nasofaríngeo.
 A demonstração de antigénios ou anticorpos EBV também é importante.~

Tratamento
 RADIOTERAPIA é o tratamento de escolha para os tumores mesenquimais e carcinomas
anaplásicos. Pode ser combinada com quimioterapia.
 Cirurgia de remoção é apenas considerado para tumores muito pequenos e circunscritos
e em que seja verificado a sua não extensão para a tuba de Eustáquio ou base do crânio.
8 MALFORMAÇÕES CONGÉNITAS LARINGOTRAQUEAIS (399-402)

8.1 Laringomalácia (75%)


Disfonia
8.2 Distúrbios neurogénicos (10%)

8.3 Atresias e webs Dispneia Disfagia


8.4 Laringocelos
3
8.5 Estenoses subglóticas sintomas
cardinais
8.6 Hemangioma

8.1 LARINGOMALÁCIA
Anomalias congénitas
da laringe:
É a anomalia congénita da laringe mais frequente. - 1º Laringomalácia
Metabolismo anormal do cálciofraqueza do esqueleto laríngeo supraglótico (epiglote) (75%)
- 2º distúrbios
neurogénicos (10%)
Sintomas
 Estridor inspiratório (que começa imediatamente ou alguma semana pós parto)
 Cianose (em casos severos)
 Sintomas pioram durante a alimentação

Diagnóstico
 Laringoscopia direta e broncoscopia:
o Epiglote em forma de ómega e laxa
o Cordas vocais normais em aspeto e função
Tratamento
 Observação cuidadosa da criança e tranquilização dos pais
 A epiglote torna-se mais rígida ao longo das semanas e os sintomas vão desaparecendo
 Traqueotomia ou entubação só em casos severos

8.2 DISTÚRBIOS NEUROGÉNICOS

Podem ter causa idiopática, anomalia congénita cardiovascular ou extensão exagerada do


pescoço durante o parto.

Sintomas
 Se unilateral: um pequeno grito e um choro fraco
 Se bilateral: estridor inspiratório

Diagnóstico
 Laringoscopia direta: uma ou as duas cordas vocais na posição paramediana

Tratamento
 Se unilateral: não requer tratamento
 Se bilateral: entubação inicial e traqueotomia posterior se persistência da obstrução
 Larga percentagem recupera espontaneamente
8.3 ATRESIAS E WEBS

Sintomas
 Tentativas de respiração poderosas mas inúteis
 Cianose e incapacidade de chorar ao nascimento  morte

Diagnóstico
 Laringoscopia direta: atrésia ou (subtotal) web na glote

Tratamento
 Separação endoscópica da web, ou
 Traqueotomia no período imediato pós parto

8.4 LARINGOCELO

Laringocelos internos pousam sobre a laringe na prega vestibular.


Laringocelos externos formam uma massa palpável no pescoço já que são prolongações do
ventrículo pela membrana tirohiodeia.
É um saco cego, cheio de ar ou muco.

Sintomas
 Dispneia e disfagia
 Sensação de corpo estranho

Diagnóstico
 Laringoscopia
 Palpação: nódulo mole; aumenta de tamanho ao soprar, tocar instrumento de sopro e
com o esforço
 TC

Tratamento
 Expectante se dispneia não severa
 Mais tarde remoção por incisão externa ou endoscopicamente se pequeno e interno

8.5 ESTENOSE SUBGLÓTICA


Anomalia da cartilagem cricoideia

Sintomas
 Estridor inspiratório e expiratório
 Sem anormalidade da voz (sem disfonia!)

Diagnóstico
 Laringoscopia
 Traqueoscopia
 Imagiologia

8.6 HEMANGIOMA

Sintomas Diagnóstico Laringoscopia


 Rouquidão
 Obstrução respiratória Tratamento
 Sangramento espontâneo  Expectante (regressão espontânea)
 Criocirurgia ou laser ser obstrução respiratória ou sangramentos
perigosos.
9 LESÕES BENIGNAS E PRÉ-MALIGNAS DA LARINGE (420-423)

9.1 Tumores benignos


9.1.1 Pólipos das cordas vocais
9.1.2 Edema de Reinke
9.1.3 Papiloma
9.1.4 Quisto de retenção
9.1.5 Condroma
9.2 Leucoplasia, displasia, e carcinoma in situ da mucosa laríngea
9.3 Tumores malignos (próximo capítulo 10)

9.1 TUMORES BENIGNOS


O Pólipo das cordas
9.1.1 PÓLIPPO DAS CORDAS VOCAIS vocais é o tumor
benigno mais comum
das cordas vocais
É o tumor benigno mais comum das cordas vocais.
+ sexo masculino; 30-50 anos; iniciado por agentes que provocam inflamação laríngea, voz
hipercinética e abuso vocal.

Sintomas
 Rouquidão
 Afonia
 Ataques de tosse
 Dispneia (pólipos grandes)
 Se pólipo tiver pedículo e saltar entre cordas vocais, poderá haver breves momentos em
qua voz é normal

Diagnóstico
 Laringoscopia: pópilo na borda livre da corda vocal, séssil ou pediculado,
seroedematoso, fibroso se antigo

Tratamento Remoção do pólipo por microcirurgia endolaríngea com preservação do ligamentos


e músculos vocais

9.1.2 EDEMA DE REINKE

Edema bilateral e abrangente da mucosa das cordas vocais no espaço de Reinke


+ fumadores; + profissionais com grande demanda da voz

Sintomas
 Rouquidão e engrossamento da voz
 Difonia
 Estridor com o esforço (edema marcado)

Diagnóstico Laringoscopia: edema bilateral e extenso nas cordas vocais

Tratamento
 Remoção da mucosa por decorticação com preservação
 Se a comissura anterior estiver afetada: as cordas devem ser separadas para prevenir
adesões futuras (laser CO2)
9.1.3 PAPILOMA
Tem etiologia VIRAL.
Alguns papilomas juvenis resolvem espontaneamente na puberdade. Papilomas:
- etiologia VIRAL
Papilomas em adultos desde a infância não são incomuns e são considerados lesões pré - nas crianças
cancerosas. benignos
- nos adultos pré
Sintomas malignos

 Rouquidão severa
 Obstrução respiratória

Diagnóstico
 Laringoscopia direta: podem ter aspeto amarelado, granuloso, viloso ou de amora
 Exame histológico

Tratamento
 CIRURGIA
 Regressão espontânea raramente ocorre
 Vacinais e antivirais sem sucesso

9.1.4 QUISTOS DE RETENÇÂO

Origem nas glândulas mucosas. Podem aparência vítrea, branca ou azul.


Removidos por microcirurgia.

9.1.5 CONDROMAS
Tumor com origem na cartilagem cricóideia e crescimento lento

Sintomas Rouquidão, Dispneia, Disfagia, glogus

Tratamento Cirurgia. São radioresistentes

9.2 LEUCOPLASIA, DISPLASIA, E CARCINOMA IN SITU DA MUCOSA LARÍNGEA

Uma LEUCOPLASIA surge por agentes como tabaco, radiação. Abrange diferentes lesões com
diferentes graus de severidade. É sempre necessário estudá-la porque pode ser uma lesão pré-
maligna ou maligna. Assim sendo:
 Grau I: displasia simples: hiperplasia epitelial sem alteração da estrutura celular
 Grau II: displasia de médio grau: LESÃO PRÉ MALIGNA, perda da polaridade basal da
célula, polimorfismo
 Grau III: displasia de alto grau: CARCINOMA IN SITU
Devem ser removidas para diagnóstico e para tratamento definitivo.
10 TUMORES DA LARINGE (423-426)

TUMORES MALIGNOS DA LARINGE – CARCINOMA LARÍNGEO

40% dos carcinomas da cabeça e pescoço são carcinomas laríngeos


Tem origem em carcinoma in situ. A maioria são carcinomas escamosos queratinizados ou não
queratinizados
45-75 anos; +sexo masculino (10:1); + tabaco; + álcool em excesso; + exposição crónica a metais
pesados

Sintomas
 Rouquidão (1º sintoma e o principal quando atinge glote) SUSPEITAR rouquidão
 Sensação de corpo estranho com duração superior a 2
 Necessidade de limpar garganta e tosse ou 3 semanas
 Dor de garganta e disfagia
 Hemoptise
(….estou farta…desisto…para mais informações páginas 424, 425 e 426)

Diagnóstico
 Laringoscopia indireta (extensão e mobilidade das cordas vocais?)
 Microlaringoscopia (avaliar ângulos escondidos e características da superfície)
 TC ou RMN (avaliar a profundidade)
11 CORPOS ESTRANHOS LARINGOTRAQUEAIS (414, 452, 453)

11.1 CORPOS ESTRANHOS LARÍNGEOS

Na laringe são mais raros que a traqueia ou brônquios. Objetos pontiagudos ou largos podem
ficar empactados na laringe. Por vezes pode ser expelido pela tosse, mas normalmente é
aspirado.

Sintomas iniciais
 Ataques de tosse
 Dor tipo facada na laringe
 Disfagia
 Dispneia por edema da mucosa (em crianças)

Diagnóstico
 Laringoscopia indireta
 Laringotraqueobroncoscopia

Tratamento
 Remoção com endoscópico rígido
 Traqueotomia pode ser necessária antes da remoção de um corpo maior associado a
edema
 Esteroides (edema em crianças)

11.2 CORPOS ESTRANHOS NA TRAQUEIA E BRÔNQUIOS

+ comuns que na laringe; + no brônquio direito

+ crianças (1-3 anos), por aspiração de amendoins, moedas, ervilhas

Sintomas (de início súbito)


 Tosse
 Dispneia com cianose
 Dor
 Rouquidão intermitente
 Pode haver ocasiões livres de sintomas

Diagnóstico
 História
 Percussão: timpanismo
 Auscultação: silvo estenótico e roncos ao nível da obstrução
 Se provoca oclusão do brônquio: ausência de sons respiratórios nesse lado,
movimento atrasado de respiração nessa metade do tórax

Tratamento Broncoscopia é o procedimento terapêutico mais importante. Excisão por


endoscopia

Suspeita de corpo estranho


traqueobronquial é
indicação absoluta para
endoscopia
12 CORPOS ESTRANHOS DO ESÓFAGO (465, 466)

+ crianças (<3anos), engolem moedas, espinhas de peixe, brinquedos, ossos, sementes grandes

+no primeiro esfíncter. Corpos retidos ou impactados podem provocar a necrose do tecido e
provocar, dependendo do local, mediastinite, pleurite ou peritonite abcesso esofágico
enfisema

Sintomas
 Disfagia considerável (dificuldade em engolir)
 Odinofagia (dor a engolir): +referenciada ao pescoço e retroesternal e menos
epigástrica
 Ataques de tosse
 Sintomas de perigo de vida: dor severa nas costas entre as omoplatas e
retroesternal indica mediastinite precoce

Diangóstico
 História
 RX lateral do pescoço e tórax (posição de objetos radiopacos)
 Gastrografina (para corpos estranhos radiolucentes)
 Esofagoscopia (para diagnóstico e tratamento)

Tratamento
 Remoção do corpo com esofagoscópio rígido e se não resultar, esofagotomia cervical
 Se perfuração: suturar e antibióticos
 Se paraesofagite ou abcesso: drenagem
O QUE É…

RECRUTAMENTO AUDITIVO

É um dos sintomas da surdez neurosensorial.

O recrutamento tem origem nas células ciliadas externas (“outter hair cells”):
 Intervêm na transformação de ondas sonoras em impulsos elétricos
 Parte mais frágil da audição, sujeitas a lesões genéticas, infeciosas, inflamatórias, tóxicas ou por excesso
de barulho
 Quando lesadas, não se regeneram

Lesão das células ciliadas surdez neurosensorial  Sistema auditivo recruta células ciliadas
vizinhas para ajudar na função das lesadas (especialmente na surdez para sons agudos) MAS as células
ciliadas são responsáveis por captar sons mais agudos ou graves dependendo da sua localização
na cóclea (recrutamento de células para diferentes frequências) Estímulo auditivo exagerado “alto
demais” (diminuição da faixa auditiva entre som baixo/inaudível e alto/desconfortável…é o 8 ou
80)

Sendo assim NÃO HÁ RECRUTAMENTO com:

 Anacusia (lesão total)


 Surdez de condução (otosclerose e otites)

SURDEZ DE CONDUÇÃO VS SURDEZ NEUROSENSORIAL

Surdez de condução Surdez neurosensorial


Otosclerose Concussão labiríntica
Fratura longitudinal do temporal Fratura transversal do temporal
Barotrauma Doenças do mergulhador
Angiofibroma Nasofaríngea Neuroma do acústico ou Schwannoma
Lesão tóxica
ÍNDICE

1 Otosclerose--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1
2 Traumatismos do ouvido médio e interno
2.1 Fraturas do osso temporal------------------------------------------------------------------------------- 2
2.2 Concussão labiríntica------------------------------------------------------------------------------------- 3
2.3 Lesões diretas do ouvido médio e interno----------------------------------------------------------- 4
2.4 Barotrauma------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2.5 Doença do mergulhador--------------------------------------------------------------------------------- 5
2.6 Trauma acústico agudo----------------------------------------------------------------------------------- 5
3 Tumores do ouvido
3.1 Paraganglioma não cromafin (tumor glomus)------------------------------------------------------ 7
3.2 Tumores ósseos------------------------------------------------------------------------------------------- 7
3.3 Carcinoma do ouvido médio---------------------------------------------------------------------------- 8
3.4 Neuronioma acústico ou schwannoma-------------------------------------------------------------- 8
3.5 Neuroma do nervo facial-------------------------------------------------------------------------------- 9
3.6 Histiocitose ou reticuloendoteliose------------------------------------------------------------------ 9
3.7 Colesteatoma congénito-------------------------------------------------------------------------------- 9
4 Lesões tóxicas do aparelho auditivo e do equilíbrio---------------------------------------------------- 10
5 Patologia da pirâmide, vestíbulos e septos nasais
5.1 Doenças inflamatórias do nariz e seios paranasais
5.1.1 Eczema nasal--------------------------------------------------------------------------------------- 11
5.1.2 Foliculite do vestíbulo nasal (sicosis) e furúnculo nasal---------------------------------- 12
5.1.3 Erisipela----------------------------------------------------------------------------------------------12
5.1.4 Rinofima---------------------------------------------------------------------------------------------12
5.1.5 Lupus vulgaris
5.1.6 Ulceras do frio e queimaduras
5.2 Doenças do septo
5.2.1 Desvio do septo nasal---------------------------------------------------------------------------- 13
5.2.2 Hematoma septal e abcesso septal----------------------------------------------------------- 13
5.2.3 Perfuração septal----------------------------------------------------------------------------------13
5.2.4 Nariz em sela (saddlenose, Duckbill)----------------------------------------------------------13
6 Tumores das fossas nasais e seios paranasais
6.1 Tumores benignos
6.1.1 Osteoma----------------------------------------------------------------------------------------- 14
6.1.2 Fibroma ossificante (displasia fibrosa)--------------------------------------------------- 14
6.1.3 Papiloma-----------------------------------------------------------------------------------------15
6.1.4 Hemangioma e Linfangioma---------------------------------------------------------------- 15
6.1.5 Glioma--------------------------------------------------------------------------------------------15
6.2 Tumores malignos
6.2.1 Carcinoma basocelular----------------------------------------------------------------------- 15
6.2.2 Carcinoma escamoso/pavimento celular queratinizado-----------------------------16
6.2.3 Melanoma maligno----------------------------------------------------------------------------16
6.2.4 Carcinoma de células escamosas---------------------------------------------------------- 16
6.2.5 Adenocarcinoma-------------------------------------------------------------------------------16
6.2.6 Carcinoma adenoquístico--------------------------------------------------------------------16
6.2.7 Histiocitose X (granuloma eosinofílico) e rabdomiossarcoma
6.2.8 Mesenquimais (raros)
7 Tumores malignos da cavidade oral, língua, orofaringe e nasofaringe
7.1 Tumores benignos da cavidade oral, lingua e orofaringe------------------------------------------18
7.1.1 Hemangioma e linfangioma
7.1.2 Papiloma
7.1.3 Tumores linguais da tiroide
7.1.4 Tumores de órgãos vizinhos que se extendem para a boca e orofaringe
7.2 Tumores malignos da cavidade oral, lingua e orofaringe------------------------------------------19
7.2.1 Carcinoma do lábio
7.2.2 Carcinoma da cavidade oral e corpo da língua
7.2.3 Carcinoma da base da língua e amígdalas
7.3 Tumores benignos da nasofaringe----------------------------------------------------------------------- 20
Angiofibroma nasofaríngeo
7.4 Tumores malignos da nasofaringe----------------------------------------------------------------------- 20
Carcinoma das células escamosas
Tumor linfoepitelial
8 Malformações congénitas laringotraqueais
8.1 Laringomalácia (75%)----------------------------------------------------------------------------------- 21
8.2 Distúrbios neurogénicos (10%)----------------------------------------------------------------------- 21
8.3 Atresias e webs------------------------------------------------------------------------------------------- 22
8.4 Laringocelos----------------------------------------------------------------------------------------------- 22
8.5 Estenoses subglóticas----------------------------------------------------------------------------------- 22
8.6 Hemangioma---------------------------------------------------------------------------------------------- 22
9 Lesões benignas e pré malignas da laringe
9.1 Tumores benignos
9.1.1 Pólipos das cordas vocais------------------------------------------------------------------------23
9.1.2 Edema de Reinke---------------------------------------------------------------------------------- 23
9.1.3 Papiloma-------------------------------------------------------------------------------------------- 24
9.1.4 Quisto de retenção
9.1.5 Condroma
9.2 Leucoplasia, displasia, e carcinoma in situ da mucosa laríngea-------------------------------- 24
9.3 Tumores malignos (próximo capítulo 10)
10 Tumores malignos da laringe-------------------------------------------------------------------------------- 25
11 Corpos estranhos laringotraqueais------------------------------------------------------------------------ 26
12 Corpos estranhos do esófago--------------------------------------------------------------------------------27

Gaku 

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