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Rocha (fdr
Demócrito
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João Dumm
Direçã
Presidência
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Gerência Peda
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rinhos em
Curso quad tos e aplicações
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estratégias,
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Cortez
Amaurício Editoração Ele
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Raymundo ição de Design
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ordenação Geral e
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Editorial Amaurício cristiano
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Karlson Gr sos Ilustração
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Coordenação de Projeto Gráf
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Conteúdo
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Gestão de Projetos

ndação
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do Te rm o de Fomento celeb
decorrência
HQ Ceará 2, em o nº 001/2017.
te do projeto Fortaleza, sob
fas cíc ulo é parte integran M un ici pa l de
Este R) e a Pre fei tura
cha (FD
Demócrito Ro

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Coleção Quadrinhos em Sala de Aula: estratégias, instrumentos


C939 e aplicações / coordenação de Raymundo Netto, Waldomiro
Vergueiro; ilustrado por Cristiano Lopez. - Fortaleza, CE:
Fundação Demócrito Rocha, 2018.
192 p. : il. ; 25cm x 29,5cm. - (Curso em 12 fascículos).

ISBN: 978-85-7529-853-4 (Coleção)


ISBN: 978-85-7529-854-1 (Fascículo 1)

1. Quadrinhos. 2. Curso. 3. Sala de aula. I. Netto, Raymundo. II.


Vergueiro, Waldomiro. III. Lopez, Cristiano. IV. Título. V. Série. igor
2018-325 CDD 741.5
CDU 741.5

Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410

Índice para catálogo sistemático:


1. Quadrinhos 741.5
2. Quadrinhos 741.5

KIM
Todos os direitos desta edição reservados à:

Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora


CEP 60055-402 - Fortaleza- Ceará
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax: 3255.6271
fdr.org.br | fundacao@fdr.com.br
A P R E S E N T A Ç Ã O
1.
É um pássaro? É um avião? Não, é o curso de extensão
Quadrinhos em Sala de Aula: estratégias, instru-
mentos e aplicações,, da Universidade Aberta do Nordeste
(Uane) da Fundação Demócrito Rocha (FDR) em parceria com
a Prefeitura Municipal de Fortaleza. Com 160h, na modalida-
de de ensino a distância (EaD), GRATUITO e aberto a todo o
país,, objetiva fornecer aos profissionais da educação, quadri-
nistas, pesquisadores e interessados pelo tema subsídios para,
conhecendo todos os principais elementos da linguagem, parti-
cularidades e recursos dos quadrinhos, poder explorar adequa-
damente as suas possibilidades, introduzindo-os na sua prática
didática, enriquecendo, dinamizando e otimizando o processo
de ensino-aprendizagem. E mais: democratizando o acesso a
conteúdos que, por meios comuns, não seriam atraentes nem
conquistariam outros públicos com menos fluência leitora, além
de estimular o raciocínio crítico, a criatividade e a imaginação.
capit
Para isso, trazemos a você 12 fascículos, 12 videoaulas,
ão
fraud
12 radioaulas (em podcasts no AVA e transmitidas pela rádio

e
O POVO/CBN AM 1.010), 4 webconferências e muito, muito
mais. E, ao final, a sua certificação pela Universidade Federal
do Ceará (UFC).
As videoaulas podem ser assistidas pelo AVA, quando você
quiser, e pelo Canal Futura,, em sua TV, às quintas-feiras, às
16h301, de 9 de abril a 25 de junho de 2018.
Aos interessados no estado do Ceará serão disponibiliza-
dos fascículos impressos, encartados gratuitamente no jornal
O POVO às segundas-feiras, no mesmo período.
Você é nosso convidado para, com a ajuda de nossos ami-
guinhos Kim, Igor, Lena e o misterioso Capitão Fraude,
nos reunirmos, ensinarmos e aprendermos juntos em nossa
sala de aula virtual (AVA):

r . o r g . b r
ava.fd e
rtilhe, divulgu
Curta, compa
:
e inscreva-se já
Netto
Raymundo
Geral
Coordenação

ise na TV O
lena
exibição e de repr
1. Os horários de aberto) | 23
canais 48.1 (canal
POVO (Ceará) nos ilizados no AVA.
lt ip la y | 24 Ne t serão disponib
Mu
E S C O L A .. . C O M B In am?
2. hq E
meio de co-
o- ca íss e be m se manifestar contra um e as
de quarenta anos, pr tão popular, que invad
Quem hoje tem mais i- m un ica çã o de m as sa
duções suces-
ar-se de ter sido reprim ográficas em megapro
vavelmente pode lembr de ler te las cin em at ra cria-
infância por gostar sso na TV e evoluindo pa
do ou subestimado na o siv as , fa ze nd o su ce s
ria s em qu ad rin ho s. Naquela época, elas nã m ais am bic ios as , at raindo públicos de toda
histó ndia- çõ es envergo-
adultos em geral. Ente entos que, hoje, não se
eram bem-vistas pelos ial às as ida de s e se gm
gens e
ou poderia ser prejudic r no peito seus persona
se que a sua leitura era os nh am de es ta m pa
s motivos que discutirem
crianças. E isso por vário heróis preferidos. as restrições con-
mais adian te . Qu e nã o haja dúvidas:
adrinhos para a esco la, ainda
Levar as histórias em qu tra as his tó ria s em quadrinhos na escola
s coisas não combinavam
. mbatê-las é o
então, nem pensar! Essa çã o de ex ist em e a melhor forma de co particu-
A escola seria o lugar de
estudo, de constru
co nh ec im en to so bre a sua linguagem e
para ta-
cid ad ão res pe ita do r das leis, que colabora ida de s, a ca pa cit aç ão para aplicá-los corre
um ão. lar mais eficientes
de. Enfim, uma obrigaç busca de alter nativas
a melhoria da socieda o la- m en te e a cia entre
s eram apenas para e permitam consonân
Histórias em quadrinho elhor de ap lic aç ão , qu
quem não tem nada m hos e prática doce
nte.
zer, divertimento, para es tu do qu ad rin
o combinavam com
para fazer na vida. Nã
as a sério.
nem poderiam ser levad -
diversas razões, a situa
Hoje, entretanto, por se pa ra
am. A distância que
ção e o discurso mudar de.
HQ s do am bie nt e es colar já não é tão gran
as de
e elas estão nas salas
Podemos até dizer qu ou e
nifica que tudo mud
aula. Porém, isso não sig o
s mundos possíveis, com
que vivemos o melhor do m uit as
rário, ainda existem
diria Voltaire. Ao cont ofes-
e preconceito entre pr
dúvidas, inquietações rível
ensino, pais e, por inc
sores, autoridades de pe cto s,
nos. Em muitos as
que pareça, até entre alu s na
es contra os quadrinho
sentimos que as restriçõ en as po stas
aram, foram ap
sala de aula não acab não
sem saído de moda ou
de lado, como se tives

4
Da mesma forma, para quem pensa que a solu- curso, que foi elaborado por pessoas que conhe-
ção para os problemas da educação no Brasil está cem e acreditam nas histórias em quadrinhos e no
nas histórias em quadrinhos, respondemos que, que elas podem contribuir para a melhoria da edu-
infelizmente, isso não é verdade. Eles são bem cação no país, em todos os níveis de ensino, e que
maiores que as possibilidades dos quadrinhos, e, não têm dúvidas de que uma aplicação adequada
mesmo hipoteticamente falando, os poderes dos pode trazer novos ares à sala de aula, ajudando
heróis dos gibis não são suficientes para resolvê e unindo professores e alunos a caminharem em
-los. Mas que essas palavras não representem um direção ao conhecimento e à cidadania.
elemento de desânimo para os professores e todos
os demais alunos que nos acompanharão neste

5
para curiosos
s educacionais
iliz ar os quad rinhos com fin
Uma ex periência be m-
su ce did a de ut e de France en BD*,
ed ito ra La uros se , que pu blicou L’Histoir tarde, tam-
da
aconteceu por meio eu ce rc a de 600 mi l coleções. Mais
7 an os ve nd nos EUA, Ja-
em 8 volumes, que em bli co u Dé co uv rir La Bible, de pois editada
ivos, pu
bém com fins educat
pão, Itália e Espa nh a.
s na França.
se ch am am as histórias em quad rinho
(*) Bande Dessinée (B
D) é como

c a m in h o d a s H Q
3. O longo
s

até a escola
-
vos meios de comunica
- O aparecimento de no s,
deste curso apresenta ersificados e sofisticado
Em outros fascículos da s HQ s. ção e entretenimento div ad rin ho s
da linguagem previa, levar os qu
remos as características sa- ao invés de, como se em
s transmitem suas men z com que eles atingiss
Entenderemos como ela fi- ao desaparecimento, fe ssí-
cas que possuem, bene ssem limites antes impo
gens e as opções gráfi ica çã o novos ambientes, cruza nic os ”,
artística e de comun “quadrinhos eletrô
ciando-se da tradição e veis. As webcomics, os se
la im ag em qu e ac om panhou o homem desd nc iam qu e a lin gu agem dos quadrinhos
pe de ev ide -
transformarem no meio impresso e invadiu os dis
seus princípios, até se o po - libertou dos grilhões do ta ble ts
de grande penetraçã óveis (smartphones,
comunicação de massa positivos eletrônicos m -
so cia is e outras mídias e su
pular de hoje em dia. etc.) , alé m da s red es
undo, as publicações de todo o momento, inclus
ive
Nas várias partes do m re- portes que surgem a
rtuns, tiras de jornal, este fascículo.
quadrinhos (charges, ca , em agora, enquanto se lê
álbuns, graphic novels) ente quando se fala em
vistas em quadrinhos, clara O que primeiro vem à m
ução (como a lin ha ução editorial, seja em
diversos estilos de prod quadrinhos é a sua prod s,
pe ia, os m an gá s do Japão e os manhwas da a de rev ist as (o s gib is) ou em jornais (charge
eu ro tu - fo rm a-
as po r um pú bl ico en , a popularidade dos qu
Coreia) , sã o co ns um id em um cartuns e tiras). De fato pr inc í-
r ela s e in se rid o a essa produção, a
sia sm ad o e an sio so po ol ó- drinhos ocorreu devido em
po p fa sc in an te , te cn ação e comercialização
m er ca do de cu ltu ra pio impressa, sua divulg
6
na do .
gi co e in te rc or re lac io
massiva, com
s dé ca da de 19 30, e sua disseminação n-
ando praticamente a to
do s de todos os tipos, abra
escala industrial, cheg centenas de aventureiro r-heróis, persona-
os quadrantes do mun
do. ge nd o he róis mascarados, supe
omorfizados, crian
tem muita noçã o so br e ças traves-
O leitor comum não os ge ns an tr op de
o, m as o qu e m ov e a indústria das HQs sã
o
s, co wb oy s, ex plo ra dores interplanetários,
iss as sa em quadrinhos
profissionais que, muit selvagens, as narrativas
esforços conjuntos de co nt a- am bie nt es sivamente
conhecem, não têm voltar quase que exclu
vezes, nem sequer se s pa ssa ra m a se o a
tre si ou viv em em locais, culturas e paíse cri an ça s e ad ole scentes. Estes, segund
to en os a pa ra do, eram se-
quadrinhos os primeir edominava nesse perío
diferentes. Foram os pr e- vis ão qu e pr cediam
ção de conteúdo, pois te influenciáveis, que
incorporar a padroniza re s frá ge is, alt am en
at ing ir pú bli co s diversos em várias parte
s
en te ao qu e re ce bia m por intermédio dos
cisav am e facil m ir aquilo que
o, abordar temáticas qu tendendo a reproduz
do mundo e, para tant e os qu ad rin ho s,
tos do público, mas qu essionava.
não afastassem segmen ua rd a da glo- mais os impr vida sobre as
atraísse. Também estiv
er am na va ng
, M uit as pessoas ficaram em dú
s processos de pr od uç ão revistas em
balização econômica no i- av en tu ra s fa nt as iosas das páginas das de-
ev taram o quanto elas po
sc an do alt er na tiv as que garantissem a sobr ad rin ho s e se pe rg un
bu ti- qu de leituras con-
em um mercado compe r seus filhos e alunos
vência de seus produtos rin ho s ria m af as ta literários,
60, revistas em quad r profundidade (livros
tivo. Já na década de 19 no sid er ad as de m aio
caminho para um
Latina eram produzidas plo), dificultando seu
distribuídas na América m ais or - po r ex em pação repre-
a editorial estava to sadio. Essa preocu
México, onde a indústri es . am ad ur ec im en s qua-
produção eram menor ento para a entrada do
ganizada e os custos de se nt ou um im pe dim
tórias em quadrinhos nas salas de aula, banim
ento que ocorreu
A popularidade das his a “d es - dr inh os sora.
ra que surgisse um forma violenta e repres
também concorreu pa m m uit as ve ze s de
efeitos que elas poderia
confiança” quanto aos os: animais ou seres
to res . Iss o oc orreu porque, a partir Antropomorfizad
provoc ar no s lei
quadrinhos, na terísticas humanas.
en to da s rev ist as em ina nimados tomando carac
do aparecim

SAIBA MAIS
O ambiente de desconfi
ança em relação às HQ
cação floresceu após a s e edu- Wertham era diretor do
Segunda Guerra Mund maior hospital de Nova
dos Estados Unidos, be ial, a partir suas palavras de alarde York e
rço dos quadrinhos ind encontraram eco, princi
dos. Na cidade de Nova ust rializa- te depois que lançou palmen-
York, o dr. Fredric We o livro Seduction of the
(1895-1981), psiquiatra rth am (Sedução do Inocente) Innocent
alemão naturalizado, inic . O título já dá uma ide
campanha de alerta con iou uma ele defendia: que as rev ia do que
tra os malefícios que a istas em quadrinhos era
revistas em quadrinhos leitura de ponsáveis pela perdição m res-
poderia trazer aos joven da juventude. Sua atu
mericanos. Baseado na s norte-a- muitos estragos no me ação fez
s observações que fazia io, causando a queima
tratamento de jovens tra du rante o tas em escolas, ameaç de revis-
nsgressores ou malcomp as de prisão de distrib
ele publicou artigos na ort ados, constituição de um sub uid ores e a
imprensa especializada, comitê para estudo da
palestras em escolas, pa mi nis trou Senado norte-american s HQs pelo
rticipou de programas o e, finalmente, a elabo
televisão, sempre salien de rádio e um código de ética, ração de
tando os aspectos nega que obrigava os editores
HQs e sua leitura. Ele tivos das parâmetros muito rígido a seguir
investiu fortemente con s de conteúdo.
materiais (especialmen tra esses
te as revistas de terror Essa visão dos malefício
se), denunciando-os com e sus pen- s das revistas em quad
o ameaça à juventude. em consequência, de rinhos e,
Par a ele, todo tipo de HQs, ind

7
nada do que era produ ependente-
zido pela indústria dos mente da forma com
tinha salvação e só trazia quadrinhos o era publicada, foi dis
influências ruins para os para outros países, inc seminada
levando-os à criminalida jovens, lusive no Brasil, fazendo
de, ao homossexualism a entrada dos quadrin com que
da dos valores sagrados o e à per- hos na sala de aula fos
à sociedade norte-ameri por várias décadas. se adiada
cana.
p o r c im a d a s H Qs
4. A volta
ou
tura, arquitetura, teatro
s como a literatura, pin os tr a-
olvimento das Ciência ias de décadas de
Felizmente, o desenv rti r cinema. As consequênc te
Estudos Culturais, a pa pensantes, especialmen
da Comunicação e dos de cismo dos ambientes
ssibilitou que os meios tempo para desaparecer.
da década de 1960, po dos educativos, levam
tos de forma men os ap o- tar que as coisas mu-
comunicação fossem vis cia, O importante é consta s-
panharam essa tendên lentamente do que go
ca líp tic a. As HQ s ac om daram, embora mais
televisão, o rádio e os
jor- gerações cresceram na
que atingiu também a taríamos. As últimas
eber a atenção das te eli s
de parte da resistência
nais. Elas passaram a rec percepção de que gran ,
r destaque no sistema
glo-
a de sp rovida de fundamento
intelectualizadas e a te tico co nt ra as HQ s er as
tendo seu aspecto ar tís rmações preconceituos
bal de comunicação, sustentada mais por afi a re a-
. que por aquilo que
reconhecido e valorizado em relação ao meio do s
primeiros a enxergar o tores e apreciadores do
Os europeus fora m os
le lidade demonstrava a lei no vo
s como artefato cultura os. A partir de sse
potencial dos quadrinho produtos quadrinístic
que aí se deu o início de
um ão, ficou mais fácil para
artístico. Pode-se dizer qu ad rin ho s, entendimento e percepç
cultural dos
processo de legitimação - amento, repulsa, exclu
são.
Ostracismo: Afast
no en
çado. Infelizmente,
atualmente, bem avan
m uit o há a se r fe ito até que os quadrinhos
tant o, s,
patamar das outras arte
sejam vistos no mesmo

8
m artes,
A ap ro xim aç ão dos quadrinhos co
ocorreu com outras m
a- ratu-
os quadrinhos, como at é en tã o, m ais co nceituadas, como a lite
literárias (romances po
li- vistas da série
nifestações artísticas e et c.) , ra , po r ex emplo, foi feita nas re dedi-
ciais, ficção científica,
literatura fantástic a
Cl as sic s Illu str at ed , hoje considerada cult,
m vis to s na pa rti cu laridade de sua estrutu
ra
da à ad ap ta çã o de ob ras literárias importantes
se re ó- ca s
sados sob uma ótica pr rinística. A linguagem do
gráfico-narrativa e anali para a linguagem quad m en te ,
pria, mais positiva. qu ad rin ho s fo i ta mbém utilizada politica
adrinhos, é certo, se Tsé-Tung, em
Esse olhar sobre os qu as HQ s co m o ac on teceu na China de Mao nvolvidas
E, por sua vez, educativas foram dese
tornou mais simpático. os qu e ca m pa nh as do re-
esmo se considerarm gráfica sequencial, visan
também evoluíram. M i- co m a lin gu ag em
e, no México,
rmato que mais dissem a ideologia dominante,
apenas o produto ou fo as re vis - pr od uz ir aram em
na a linguagem dos qu
adrinhos, ou seja,
ço on de ag ên cia s governamentais a utiliz ,a
s pe rió dic as ou gib is, constataremos o avan m pa nh as de ed uc aç ão popular. Além disso
ta ca a a
resentando tramas mais linguagem dos quadrinhos serviu e continu
gráfico e temático, ap o do s m en to
a maior exploraçã apoio técnico no treina
bem elaboradas e um se r ut iliz ad a pa ra
cto s ar tís tic os , alé m de seu refinamento. O ins tru çã o de pe sso al em funções especializa-
aspe , ou is. Em nível
to e sofisticação do meio ldados ou operários fabr
próprio desenvolvimen co n- da s, co m o so iaram
bem como sua particip
ação no ambiente de m ais av an ça do , as últimas décadas evidenc
- a transmissão
igiu a presença de artis o dos quadrinhos para
vergência das mídias, ex r à al- a ad eq ua çã o a filo-
tas mais talentosos, ca
pazes de responde
o de m en sa ge ns qu e enfocavam áreas com
plexas da indústria com a psicologia e a econom
ia.
tura das demandas com ais int eg ra - so fi a, e as histórias
consumidor m do isso, não admira qu
das exigências de um uç õe s, Co m tu utiliza-
do às mídias e atualiz
ado sobre as prod em qu ad rin ho s ta mbém passassem a ser a
au to re s, os pe rso na ge ns e o desenvolvimento s em liv ro s did át ico s. No Brasil, isso ocorreu
os da umas edito-
temático dos quadrinho
s.
fa m i- pa rti r da dé ca da de 1960, quando alg s para
A percepção daqueles
que não tinham
ra s de sse tip o de ob ras contrataram autore
o do conteúdo
só veio confirmar aquil er, em quadrinhos, parte
liaridade com as HQs de su a de se nv olv adirem
que, para os amantes do
meio, fazia parte
de se us liv ro s. Da í, para os quadrinhos inv
produtores, que enxerg
a- s pe-
realidade de leitores e as pr ov as de ve sti bu lar e serem considerado
ada Nona Arte como o benéficos
vam os produtos da cham - las au to rid ad es governamentais com
nsmissão de conhec im en sso.
instrumentos para a tra ao pr oc es so de en sino, foi apenas um pa
educativos. Revistas em
to, instrução e preceitos e
educacional, como Tru
quadrinhos de caráter ics já
ics e Real Fact Com
Comics, Real Life Com s
da de 1940 nos Estado
existiam desde a déca na ge ns ,
ias sobre perso
Unidos, trazendo antolog os .
rias e eventos históric
histórias, figuras literá s
s revistas em quadrinho
Em outros países, essa (o nd e a
s, como na Itália
também foram comun ri-
eja Ca tó lic a ut iliz ou a linguagem dos quad
Igr
vida de santos), e aqui
nhos para divulgação da ca-
r Adolfo Aizen publi
no Brasil, onde o edito
a história do Brasil e a
va revistas que contavam asileiras.
as br
vida das figuras históric

9
B R A A S U A M E N T E !
A
ssaram a ter outra
dades educacionais pa
o das HQs até a sala es e benefícios da ut
i-
Não foi fácil o caminh visão das possibi lidad
istiram três fases s em sala de au la. .
de au la. No Brasil, ex lização dos quadrinho
ição, a inf iltração e a
nesse trajeto: a reje ão, que agora vi-
Finalmente, na inclus
inclusão. o consideradas como
ve mos, as HQs já sã
rinhos não eram do processo didá-
Na rejeição, os quad ele mento constituinte
au la. Qualquer alu no r meio de diversas
tolerados na sala de tico. Isto ocorreu po
ta para a sala de au la a Lei de Diretri-
que levasse uma revis medidas formais, como
arrancada de suas ão Nacional (LDB),
corria o risco de vê-la zes e Bases da Educaç
diretoria, ter os pais ze mb ro de 1996, que
mãos, ser chamado à promulgada em 20 de
r conh ecimento da de de inserção de
convocados para toma apontava a necessida
tras re presálias. Nes- nifestações artís-
atitude indevida e ou outras linguagens e ma
ofessor ousava falar amental e médio; os
se período, nenh um pr ticas nos ensinos fu nd
la de au la, pois elas es Nacionais (PC N),
em quad rinhos em sa Parâmetros Curricu lar
, que trou xeram uma
eram algo proibido. no final dos anos 1990
e se constituiu à me- s pedagógicas aplica-
Na infiltração, qu releitu ra das prática
novo referencial a
es de docentes as- das na escola, criando
dida que novas geraçõ ofessores nos ensinos
s, surgindo um novo ser adotado pelos pr
su miram suas fu nçõe , e neles incluindo as
hos. Professores fu ndamental e médio
olhar para os quadrin hos; e a inclusão das
nhecem o potencial histórias em quad rin
mais propositivos reco ucacionais específ ico
s,
Arte, fami liarizam- HQs em projetos ed
da linguagem da Nona cional Bibliot eca da
se com seus produtos
e desenvolvem como o Programa Na
au la, abordando tros projetos esta-
atividades em sala de Escola (P NBE), e de ou
visionários, ver- e inclue m e distribuem
temas diversos. São duais e mu nicipais qu
da educação, iras pu blicações de
dadeiros guerrilheiros para as escola brasile
su bmissão a hos destinadas a
que não aceitavam a histórias em quad rin
totalitária. de uso dos professo-
uma prática caduca e constituir um acervo
didáticas.
Aos poucos, seu trab
alho criou res em suas práticas
u, e as autori-
raízes, prolifero

10
a s h is t ó r ia s e m
ar
5. O Porquê de us la de aula
quadrinhos em sa
Como afirmamos, não podemos esperar que Um bom motivo para o uso de HQs como veí-
as HQs sejam a solução da educação no Brasil, ou culo de provocação ou transmissão de conheci-
mesmo em qualquer outro país, por outro lado, mento é a sua capacidade de promover a interação
estamos convictos de que qualquer política séria e ampliar o diálogo professor-aluno. As revistas em
para o aprimoramento da educação estará fadada quadrinhos são muito populares entre crianças e
ao fracasso se deixar de considerar o potencial e a jovens, não representando uma invasão de seu
inclusão dos quadrinhos no ambiente escolar. mundo ou a imposição de elemento estranho à
São várias as razões para recomendar a aplica- sua realidade. Fáceis de ser obtidas e manuseadas,
ção dos quadrinhos na sala de aula. Entre elas são também relativamente baratas quando
elas, podemos destacar que, de maneira geral, as comparadas a outros produtos. Seu processo de
HQs já fazem parte do imaginário e da cultura de criação é relativamente simples, permitindo a ela-
nossa sociedade, com sua linguagem sendo encon- boração em salas de aula, com poucos recursos e
trada em diferentes espaços, meios e atividades, gastos (folhas em branco, papel e lápis de cor po-
como na publicidade, revistas, livros didáticos ou dem produzir bons resultados). E, mais importante,
não, jornais, videogames, campanhas e softwares as histórias em quadrinhos ajudam na socialização
educativos e até em provas do Enem. Elas afetam a de crianças e jovens, que nelas encontram elemen-
população todos os dias e são de fácil entendimen- tos para discussão, troca de ideias e expressão.
to, não implicando conhecimento aprofundado ou
nenhuma tecnologia específica.

para curiosos

Dos quatro maiores


empresários da impr
sa brasileira no sécu en-
lo 20, três começara
no segmento de revis m
tas como editores de
quad rinhos: Roberto
Marinh o, Adolfo Aizen
e Victor Civita (a Edito
ra Ab ril nasceu, em
1950, com um gibi, O
raio vermelh o, e, de po
arrebatou o mercad is,
o com Pato Donald ).
hoje megaconglomer O
ado editorial Record,
Alf redo Machado, co de
meçou como o primeir
distribuidor de quad rin o
hos do Brasil. Esses
empresários montar
am seus impérios edito
riais a partir do negó -
cio lucrativo das HQs,
cujas vendas impu lsi
onaram seus negócio
(Go
s”
nçalo Junior, em A gu

11
erra dos gibis. Compan
hia das
Letras: Rio de Janeiro
, 2004.)
o m e n t o s e e m q ue
6. Em que m
d o s u t il iz a r a s HQs
conte ú
a que as histórias em
A experiência demonstr te
r utilizadas basicamen
quadrinhos podem se o
disciplinas, tanto com
em todas as áreas e de co n-
fundamentos
fonte de informação ou s
olvimento de atividade
teúdo, como no desenv
artes, elas podem ser
específicas. Nas aulas de
de manifestação artísti-
estudadas como forma
agem, códigos utilizados
ca, enfocando sua lingu m
s de geografia, pode
e estrutura narrativa. Na s, es -
em locais específico
ser discutidas histórias is
topográficos ou cultura
tudando-se elementos , po de m
s de história
de países ou regiões. Na ol-
sas épocas de desenv
fundamentar as diver o
ndo para identificaçã
vimento histórico, servi re s na
ologias dos auto
de anacronismos ou ide
bo ra çã o da na rra tiv a. Nas de língua portu-
ela enfoque de pontos
guesa a, podem auxiliar no gí-
ica (locuções verbais,
específicos de gramát de
imento e interpretação
rias etc.) ou no entend o na s de
ica, assim com
textos. Nas aulas de fís
a, podem oferecer b- su
biologia e/ou químic -
de teorias diversas, quan
sídios para a discussão os do s
elementos narrativ
do contrastadas com
r diante.
quadrinhos. E assim po -
essor, ciente de suas ne
Nesse sentido, cada of pr
cia l de
onhecendo o poten
cessidades didáticas e rec ri-
da linguagem dos quad
uso e as características pe cu lia rid a-
de material e as
nhos, a disponibilidade co m
sua ambiência escolar,
des de seus alunos e a utili-
ger a melhor forma de
criatividade, poderá ele ca diá ria.
ísticos em sua práti
zar os produtos quadrin

12
u t il iz a r a s H Q
7. Como
s

em sala de aula
Nessa questão, não existe uma regra abso- alunos, bem como à sensibilidade de saber quan-
luta que garanta 100% o êxito de tal aplicação. do e como deve utilizar os quadrinhos e mesmo
Podemos apresentar práticas já desenvolvidas quando deve não fazê-lo, evitando qualquer tipo
por educadores, que podem servir como um nor- de pressão, o que poderia trazer efeitos contrários
te ou orientação para os seus colegas da mesma aos desejados.
ou de outras disciplinas do currículo. Mas afir- Nem todos os alunos se identificam imediata-
mar que existem receitas prontas para o sucesso, mente com as produções em quadrinhos. Alguns,
seria uma temeridade. talvez, podem até ter dificuldades para encontrar o
De maneira geral, é possível defender que o seu espaço em um processo didático que as envol-
aspecto mais importante para a melhor utilização va. Perseverança e persistência são palavras-chave
das histórias em quadrinhos em sala de aula não nesses momentos. Cabem aos professores buscar
está nelas em si, mas sim em um dos principais alternativas adequadas para suas necessidades.
agentes do processo educativo: o(a) professor(a). Assim, da mesma forma que deverão utilizar de
Nesse sentido, não parece haver substitutivo à al- sua sensibilidade para inserir as HQs em sua ro-
tura para a criatividade do docente, esteja em que tina, não deve faltar a eles o discernimento para
nível de ensino estiver. Essa criatividade está ligada identificar a hora em que as HQs não conseguem
à identificação do docente com as HQs, ao entu- se concretizar como resposta aos seus objetivos.
siasmo com que se utiliza os produtos e elementos Nesses casos, é preciso buscar outras mídias, que
da linguagem, que certamente contagiará os seus possam oferecer melhor resultado.

para curiosos

seu de histórias em
O mais importante mu
, com um acervo de 8
quad rinhos da Eu ropa
encontra-se em An-
mi l desenh os originais, e
da França, cidade qu
goulême, no sudoeste
ncia para os fãs de
se tornou uma referê -
o de festivais interna
HQs com a realizaçã .Pran ch as
desde 1974
cionais sobre o te ma
ra Ti ntin no Tibete, de
de desenh os da ob
onagens famosos,
1959, e de outros pers ia-
o Maltese, além de cr
como Asterix e Cort e
autores como Cham
ções mais antigas de

13
umas das raridades
Winsor McCay, são alg
no local.
que pode m ser vistas
lientar a propriedade
is: Ética, Por último, deve-se sa
Temas Transversa
em
tórias em quadrinhos
ambiente, da utilização das his lm en te
orientação sexual, meio coletivos, especia
saúde, pluralidade cultu
ral e projetos individuais ou a-
s a dar conta dos cham
ns um o. em propostas destinada
ersais definid
trabalho e co pe los
dos temas transv
os
Essas
es Nacionais (PCNs).
Ambiente de Cola
boração: No Parâmetros Curricular re-
ente favoráveis a cong
curso em EaD Quadrin
hos em temáticas são especialm , alé m
riadas áreas. Assim
Sala de Aula, teremos
um grupo gar professores de va qu e
s a compreensão de
aberto no Facebook, ac
om nha-
pa de transmitir aos aluno nto,
tutores da ocorre como um conju
do e/ou mediado por o processo educativo te s res-
s que os operação dos agen
Uane, no qual esperamo com a participação e co as
alunos e alunas possam
interagir e
ns áv eis pe las vá ria s disciplinas do currículo,
po ão
colaborar com o apren
dizado uns s concorrem para a criaç
histórias em quadrinho
colaboração en tre
de um ambiente de
ess e aprendi-
dos outros. Ou seja, áti-
zado colaborativo
pe rmite que do o alcance de sua pr
sucesso os professores, amplian os pr o-
o sucesso de um ajude
no um desafio que
95). ca educativa. Trata-se de te .
dos outros (Gokhale, 19 frentar coletivamen
fessores devem en tem
ar é que a experiência
O que podemos afirm stu ma
tipo de atividade co
demonstrado que esse
nte positivos.
gerar resultados basta

8. Conclusão
dito a respeito das re-
Existe muito mais a ser
quadrinhos e a escola
lações entre histórias em
o surgimento cada vez
e isso, por si só, justifica s
uisas, dissertações e tese
mais crescente de pesq no en si-
a sua aplicação
que se debrucem sobre
no e na educação.
apenas a abertura dessa
Este fascículo constitui ícu-
ngará nos próximos fasc
discussão, que se prolo tre
las, webconferências, en
los, videoaulas, radioau m os pa ra
e disponibilizare
outras ferramentas qu
o de nossos cursistas.
enriquecer o aprendizad
ser esta uma viagem
Não temos dúvida de dos
o maravilhoso mundo
fascinante, pela qual rá
ad rin ho s, em su as rel ações com o ensino, se
qu r no-
tado, buscando revela
desvendado e apresen em e
dos aqueles que viv
vos horizontes para to ar o
red ita m no po te nc ial da educação para mud
ac bém
que os quadrinhos tam
mundo. Potencial esse -
acreditar. Basta se mco
têm. Basta sonhar. Basta
14 prometer com eles.
a i s s o b r e h q
leia e saiba m
s

rinhos
a bo a lit erat ura sobre histórias em quad
os um er me-
É possível encontrarm os pr of es so re s e professoras a conh ec
e educação que pode
aj udar e definirão as suas
do s qu ad rin ho s e proporcionar ideias qu
lhor a linguagem
ão:
estratégias de aplicaç
educação.
IVA , Fab io. Hi stó ria s em quadrinhos na
s na esco- PA
rias em quadrinho Recife: Editora Quadro
a Quadro, 2017.
CALAZANS, Flávio. Histó udia de Sales
la. São Paulo: Paulus, 20
04, Costa; ALCÂNTARA, Clá
i. Campinas: PEREIRA, Ana Carolina erd isc ipli naridade e
ucação está no gib quadrinhos: int
CARVALHO, Djota. A ed (org.). Histórias em 17 .
itora Reflexão, 20
Papirus, 2006. educação. São Paulo: Ed
hos: leitura Como usar
História em quadrin IRO, Waldomiro (org.).
LUYTEN, Sonia (org.). RAMA, Angela; VERGUE de aula. 3.ed.
es Paulinas, 1989, adrinhos na sala
crítica. São Paulo: Ediçõ as histórias em qu
adrinhos & São Paulo: Ed. Contexto
, 2009.
AGA, Amaro (org.). Qu
MODENESI, Thiago; BR rapes. 3v. lo da (org.).
itora Universidade Guara SILVA, Marta Regina Pau
educação. Recife: Ed SANTOS NETO, Elydio; : for ma ção e prá-
hos & educação
Histórias em quadrin , 20 11 .
rdo: Editora Metodista
tica docente. São Berna
lo da (org.).
SILVA, Marta Regina Pau
SANTOS NETO, Elydio; uc ativas: so-
hos e práticas ed
Histórias em quadrin nte ed ucacional.
s e fanzines no ambie
bre a produção de HQ
13.
São Paulo: Criativo, 20
ulo. (org.).
miro; RAMOS, Pa
VERGUEIRO, Waldo à prática. São
ucação: da rejeição
Quadrinhos na ed
2009.
Paulo: Ed. Contexto,

15
WALDOMIRO VERGUEIRO (Autor)
é graduado em Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
(FESPSP) e mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade
de São Paulo (ECA-USP). É professor titular sênior do Departamento de Informação e Cultura da ECA. Fundador e
coordenador do Observatório de Histórias em Quadrinhos (ECA-USP), membro do Conselho Consultivo e colabo-
rador do periódico especializado International Journal of Comic Art. Organizador das Jornadas Internacionais de
Histórias em Quadrinhos. Autor e organizador de diversos livros sobre histórias em quadrinhos, em 2007 ganhou o
Troféu HQMIX na categoria “Melhor Livro Teórico” com O Tico-Tico: centenário da primeira revista de quadrinhos
do Brasil (co-organizado por Roberto Elísio dos Santos). Dedicou-se especialmente à discussão da aplicação de qua-
drinhos no ensino, temática sobre a qual organizou os livros Como usar histórias em quadrinhos na sala de aula,
atualmente em sua 3ª edição, e Quadrinhos e Educação: da rejeição à prática, além de colaborar com capítulos em
vários livros e orientar pesquisas de mestrado e doutorado sobre o tema. Escreveu dezenas de artigos sobre histórias
em quadrinhos, publicados em revistas especializadas no Brasil e no exterior.

CRISTIANO LOPEZ (Ilustrador)


é desenhista, Ilustrador e quadrinista. É desenhista-projetista do Núcleo de Ensino a Distância da Universidade de Fortaleza
e ilustrador e chargista freelancer para o jornal Agrovalor
Agrovalor, revista Ponto Empresarial (Sescap-CE) e Editora do Brasil.

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