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SENAC - SERVIÇO NACIONAL DE

APRENDIZAGEM COMERCIAL.

JOSÉ EDMILSON CAZÉ DA SILVA.

IMPLANTANDO A AGENDA 21 NA ESCOLA.

São Paulo
2006
JOSÉ EDMILSON CAZÉ DA SILVA

IMPLANTANDO A AGENDA 21 NA
ESCOLA

Coordenadora do Curso Prof ª Ivete França de Carvalho.


Orientador: Prof. Alexandre J. Firme-Vieira.

São Paulo – 2006.

2
Dados de Catalogação na Publicação (CIP)

SILVA, José Edmilson Cazé da Silva.Implantando a Agenda 21 na


Escola.São Paulo, 2006.

Trabalho de
Conclusão de
Curso de
Especialização
em Educação
Ambiental
(Lato Senso)do
SENAC –RJ.

3
JOSÉ EDMILSON CAZÉ DA SILVA

IMPLANTANDO A AGENDA 21 NA ESCOLA

Trabalho de
Conclusão
de Curso de
Especialização
em Educação
Ambiental do
Senac Rio de
Janeiro(Lato
Senso)Educação
à Distância.

Aprovado em ___/____2006

Banca Examinadora:

Profª. Marina Peixoto de Mendonça Nery.


_______________________________

Profª Coordenadora: Ivete França de Carvalho.


______________________________

Prof. Orientador: Alexandre J. Firme-Vieira.


______________________________
4
Aos meus pais, pelo esforço e dedicação.

5
Agradeço à Representante do SENAC, Profª.Marina Peixoto de
Mendonça Nery;
A Coordenadora do Curso, prof ª Ivete França de Carvalho;
Ao Prof. Orientador Alexandre J Firme Vieira;
Aos Tutores;
Aos Colegas do Curso;
A todas, as minhas amigas e amigos que me incentivaram.

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Resumo.

Este trabalho parte do presente, de que a Escola é fundamental no processo de formação do


cidadão, e não pode estar distante das questões que ocorrem no exterior dela, como as questões
ambientais, de saúde, violência, etc. A Educação Ambiental se torna emergente para todos, seja
nas escolas, sindicatos, igrejas, empresas, onde se possa discutir os problemas ambientais,
propondo idéias para uma melhor organização da sociedade.A Escola adquire cada vez mais
importância, pois deve formar cidadãos conscientes, participativos e solidários.Dessa
importância, surge a Agenda 21 na Escola, como um compromisso de todos aqueles que fazem
parte da Escola e da sociedade. Para tanto é necessário que haja um trabalho conjunto, para que
sejam discutidas as dimensões econômicas, sociais, ambientais, que haja um debate constante
no ambiente escolar, e que se crie canais permanentes de participação e fortalecimento da
comunidade, em relação a sua qualidade de vida e ao meio ambiente.

Palavras chave: Agenda 21, Escola, Participação e Sociedade.

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Summary.

This work has left of a gift of that the School is basic in the process of formation of the citizen,
and cannot be distant of the questions that they occur in the exterior of it, as the ambient
questions, of health, violence, etc. An Ambient Education if it becomes emergent for all, either in
the school, unions, churches, companies, where if it can argue the ambient problems, considering
ideas for one better organization of society. A School, acquires each time more importance,
therefore it must form conscientious, participate citizens and solitaire. Of this importance,
appears Agenda 21 in the School, as a commitment of all those that they are part of the School
and the society. For in such a way it is necessary that it has a joint work, so that the economic
dimensions are argued, social, ambient that has a constant debate in the pertaining to school
environment, and that if creates permanent canals of participation and strengthening of the
community, in relation its quality of life and to the environment.

Words key: Agenda 21, School, Participation and Society.

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Sumário

1. Introdução.__________________________________________________pg.10

1.1. Educar para a sustentabilidade.__________________________________ pg.12

1.2. Construindo a Agenda 21 na Escola._____________________________ pg.14

2. Justificativa pg.15

2.1. Objetivo Geral_______________________________________________ pg.16

2.2. Objetivos Específicos_________________________________________ pg.17

2.3. Diagnóstico_________________________________________________ pg.17

2.4. Tema Gerador_______________________________________________ pg.18

2.5. Resultados esperados__________________________________________ pg.22

2.6. Metodologia_________________________________________________ pg.23

2.7. Acompanhamento e Avaliação__________________________________ pg.24

3. Cronograma Financeiro________________________________________ pg.25

4. Considerações Finais__________________________________________ pg.25

9
5. Bibliografia__________________________________________________ pg.27

1.INTRODUÇÃO.

O ensino tem papel fundamental, sobretudo, como importante


instrumento de inclusão social e cidadania. Deve ser reconhecido como
um processo no qual indivíduos possam desenvolver plenamente suas
potencialidades e agregar conhecimentos que permitam sua efetiva
participação nas decisões que afetam o desenvolvimento de sua
comunidade e, conseqüentemente, de sua cidade, de seu estado, de seu
país.
Em 1977, a UNESCO convocou a primeira Conferência
Intergovernamental sobre Educação Ambiental, realizada em Tbilisi, na
Geórgia, antiga URSS. A Conferência discutiu, entre outras questões, os
pré-supostos da Educação para contribuir na resolução dos problemas
ambientais, bem como estratégias para sua implantação no âmbito dos
diferentes países. Segundo a Declaração de Tbilisi, a Educação
Ambiental deve, preparar o individuo mediante a compreensão dos
principais problemas do mundo contemporâneo, possibilitando-lhe
conhecimentos técnicos e as qualificações necessárias para desempenhar
uma função produtiva com vistas a melhorar a vida e proteger o meio
ambiente, considerando os valores éticos (Livro Eletrônico, pg.216)”.
Em consonância às Leis Brasileiras e Acordos Mundiais em relação ao
Meio Ambiente, a Agenda 21 se insere como necessária para a tomada de
consciência da questão ambiental, promovendo o desenvolvimento
sustentável, buscando uma sociedade mais solidária e igualitária.
. "O ensino é fundamental, para conferir consciência ambiental e ética,
valores e atitudes, técnicas e comportamentos em consonância com o

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desenvolvimento sustentável e que favoreçam a participação pública nas
tomadas de decisão (Capítulo 36, Agenda 21)".
A Constituição Federal, ao determinar o Meio Ambiente ecologicamente
equilibrado como um direito do cidadão, estabelece relação entre
qualidade ambiental e cidadania. Para garantir esse direito, a Carta
Magna determina que uma das obrigações do Poder Público seja a
promoção da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública.
Não é possível falar de Educação Ambiental sob uma perspectiva
nacional ou mundial, sem analisar o local, isto é vivenciar os problemas
locais sem esquecer porem que todos, se inter-relacionam.
Segundo Carvalho, ‘discutir as raízes da construção social da questão
ambiental e suas implicações no cenário contemporâneo, nos parece
relevante para compreender o campo de atuação do (a) educador (a)
ambiental. Afinal, este (a) profissional-militante está ele (a) mesmo (a)
surgindo no bojo desse movimento histórico que tem evidenciado a
questão ambiental como um novo campo de ação política pedagógica “.
(e-book. p1)”.
A Educação Ambiental não pode ser tratada apenas como um apêndice
das disciplinas de ensino fundamental e médio, mas como elemento de
foco, num contexto holístico, onde todas as áreas do conhecimento se
integrem para uma melhor organização do meio ambiente.

1.1.EDUCAR PARA A SUSTENTABILIDADE.

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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da
Educação e Cultura, a principal função de trabalhar o tema meio
ambiente é contribuir, para a formação de cidadãos conscientes, aptos a
decidirem e atuarem na realidade sócio-ambiental de forma
comprometida com a vida, tanto em nível local como global.
Portanto, é necessário que a escola não transmita somente informações e
conceitos, mas que esteja comprometida com a formação de valores
éticos sócio-ambientais, por uma sociedade mais participativa, fraterna e
solidária, que vise o desenvolvimento sustentável, garantindo melhor
qualidade de vida para as populações presentes e futuras.
A percepção de que o ser humano destrói o meio ambiente de forma
avassaladora nos últimos 30 anos, e que esta ameaçando a sua própria
existência, levaram os cientistas através de estudos, mostrar para a
opinião pública mundial, a amplitude da contaminação do ar, da água, da
terra, efeito estufa, chuva ácida, poluição dos oceanos etc.
Um dos marcos mais importantes em relação à questão Ambiental, a
Conferencia Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
ocorrida no Rio de Janeiro em junho de 1992, organizada pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
A Rio 92 com ficou conhecida, trouxe ao Brasil mais de uma centena de
chefes de Estados, que visava principalmente, informar ao mundo da
necessidade em torno de se propor um desenvolvimento, submetido aos
limites toleráveis da natureza.
Isso quer dizer que, se propunha um desenvolvimento sustentável, que
garantisse o crescimento, a produção, a exploração, dentro de uma ótica
sustentável, sem comprometer os recursos naturais, garantindo qualidade
de vida para o presente e às futuras gerações.
De acordo com Dias, (Dias, 2002 p. 64).

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Desenvolvimento sustentável é um tipo de desenvolvimento que busca
compatibilizar o atendimento das necessidades sociais e econômicos do ser
humano com as necessidades de preservação da vida na terra... Acredita-se que
o desenvolvimento Sustentável seja a forma mais viável de sairmos da rota da
miséria, exclusão social e econômica, consumismo, desperdício e degradação
ambiental em que a sociedade humana se encontra.

O modelo de desenvolvimento econômico gerou enormes problemas. Se,


por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro
lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia a dia.
Diante disso, surge a idéia do desenvolvimento sustentável, buscando
conciliar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental e, o fim
da pobreza no mundo.
A Educação não pode se omitir, dessa questão tão importante que é a
Educação Ambiental.
Educar para a sustentabilidade envolve um processo político pedagógico,
que coloca a compreensão da vida como foco central. O educando
experimenta, um aprendizado da sua realidade, que supera o seu
conhecimento da natureza, gerando um sentido de pertencimento do seu
meio.
Ao se desenvolver um currículo que ensine aos alunos os pressupostos da
ecologia, os profissionais de educação, desenvolvem em seus alunos
atitudes e valores, transformado-os em cidadãos críticos e atuantes, que
respeitarão a natureza e o seu meio.
Uma das formas de trabalhar a educação para a sustentabilidade na
escola e atingir a comunidade, é a ação do professor, na sala de aula e
nas reuniões de pais, conselho de escola, etc. Por meio de atividades
como, debates, trabalhos escolares, pesquisas, leitura, etc, os alunos
compreendem os problemas que afetam a sua comunidade, a refletir e
criticar as ações que degradam o meio ambiente.

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1.2.CONSTRUINDO A AGENDA 21 NA ESCOLA.

A Agenda 21 é um plano de ação, aprovado na Conferência das Nações


Unidas para o Meio-Ambiente e Desenvolvimento, a Rio - 92, realizada
no Brasil. Nela estão definidos os compromissos assumidos por 179
países para construir um novo modelo de desenvolvimento que resulte em
melhor qualidade de vida para a humanidade.
Desde 2002, o Brasil tem Agenda 21 Brasileira, feita com a participação
de milhares de pessoas.
A Agenda 21 é um programa de ação para todo o planeta.Nos seus 40
capítulos, que abordam tudo, as florestas, os desertos, o ar, o mar, etc.
Nela estão marcados os compromissos dos seres humanos com o século
XXI, visando garantir um futuro melhor para o planeta, respeitando as
gerações presentes assim como as futuras e o seu meio.
Os governantes dos países participantes da Conferência Rio-92, além
desse compromisso global, criaram as Agendas 21 nacionais, estendendo
- a todos os estados, municípios, bairros, escolas e comunidades de seus
países.
A partir de agora é só traçar um plano e se organizar para se chegar aos
objetivos.

2. JUSTIFICATIVA.

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Ao depararmos com a problemática ambiental, é urgente que todos
tenham consciência, de que é necessário um novo paradigma de
desenvolvimento, que privilegie a manutenção dos recursos naturais para
as populações do presente e as futuras gerações.
A Escola como espaço de aprendizagem formal tem um papel
fundamental na conscientização das pessoas para repensar as questões
ambientais.
Para isso, temos várias leis que instituíram a Educação Ambiental como
tema emergente para ser trabalhada no espaço escolar.
Portanto não se trata de modismo, mas uma necessidade permanente de
se discutir os problemas que atinge a todos.
Ao escolher o tema, Implantando a Agenda 21 na Escola, demonstrei a
necessidade de tratar a questões ambientais de forma ampla e integrada
com as varias disciplinas do conhecimento, em consonância ao arcabouço
de leis relacionadas à questão ambiental e ao pedido dos jovens
delegados e delegadas da Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo
Meio Ambiente, ocorrida em Brasília, em 2003, que solicitavam a
criação de conselhos jovens e de Agendas 21 nas escolas como espaços
de participação em defesa do meio ambiente.
A Agenda 21 é um instrumento de fundamental importância na
construção de uma nova postura que se quer alcançar, no sentido de
gerar um ambiente propicio, para uma sociedade democrática, ética,
solidária, participativa, plural, voltada para o desenvolvimento
sustentável.
Ao envolver alunos, comunidade e profissionais do ensino, a Agenda 21
atinge os seus objetivos, que é gerar uma nova mentalidade na relação do
ser humano com o seu meio, inseridos numa sociedade economicamente
sustentável que reflita sobre a relação e integração de todos no espaço
geográfico.
A Agenda 21 na Escola contribui para a construção da cidadania
ambiental, pois ao se trabalhar os problemas e as possíveis soluções os

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alunos, educadores e comunidade estarão refletindo sobre a sua
realidade, propondo um meio ambiente equilibrado e melhor qualidade de
vida para todos.
Ao propor a Agenda 21 na Escola, um compromisso que é necessário para
que tenha êxito, é a articulação de todos os setores da instituição escolar
e da comunidade e enquanto proponente desse projeto, devo ser o elo
entre as varias organizações da Escola como o Conselho de Escola,
Associação de Pais e Mestres, Grêmio Estudantil, etc.

2.1 OBJETIVO GERAL.

Construir a Agenda 21 na Escola, buscando valores éticos, democráticos,


plurais, participativos, que respeitem o meio ambiente e lutem para a
melhoria da qualidade de vida de todos, voltados para uma sociedade
sustentável em que cada um exerça a cidadania plena.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.

-Educar para a cidadania participativa e solidária;


-Promover a saúde evitando a doença;
-Promover o desenvolvimento sustentável;
-Promover a educação ambiental como tema interdisciplinar e
transversal;

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-Promover a consciência critica ambiental.

2.3.DIAGNÓSTICO.

A metodologia utilizada para diagnosticar os problemas ambientais será


a pesquisa com os alunos e a comunidade, reuniões, debates, palestras,
etc.
Um exemplo desse diagnostico, foi a pesquisa realizada em setembro de
2005 com 128 alunos das 5ª séries da E M E F Octávio
Mangabeira.Segundo 66% apontaram a questão do lixo como o principal
problema ambiental, 23% apontaram a poluição dos rios e córregos, 9% a
destruição da vegetação nativa e 2% os animais abandonados. A questão
da destinação dos resíduos domésticos e comerciais foi o principal
problema apontado.

2.4.TEMA GERADOR.

Após diagnosticar os problemas, surgem os temas geradores que devem


ser trabalhados por todas as disciplinas.Um exemplo de como planejar a
Educação Ambiental está no quadro abaixo o cronograma de atividades a
ser seguido pelos Educadores.

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TEMA GERADOR: MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA
Atividades Meses
Discipl Atividades
Assunto Público alvo na sala de Utilizados
inas extraclasse.
aula. .
Alunos do Trabalhar a
Matéria prima, 02
Ensino Visita a um observação
resíduo e Todas Fevereiro
Fundamental parque. feita pelos
reciclagem. e Março
(EF) alunos.
Atividades Os alunos
Poluição e Alunos do 02
campo de apontam as
contaminação da Todas Ensino Abril e
observação da causas da
água. Fundamental. Maio
poluição poluição.
Efeitos daa Alunos do Pesquisa nos
Os alunos
poluição e as Ensino postos de
apresentam 02
doenças Fundamental e saúde para
Todas para a sala Junho e
provocadas pela comunidade. identificar as
as Julho.
degradação do principais
conclusões.
meio ambiente. doenças.
Visita a uma
feira livre ou Apresentar
Fome, consumismo
lixão e as
e desperdício. 02
Alunos doo EF fotografar o conclusões
Os três Rs e a Todas Agosto e
e Comunidade. que pode e que e as fotos
conscientização Setembro.
não pode ser para os
ambiental.
reciclado. colegas

Pesquisa
02
sobre
Hábitos saudáveis Alunos do EF Palestra com Outubro e
Todas alimentos
de alimentação e Comunidade. nutricionista Novembro
baratos e
.
nutritivos.

Ao final do ano letivo, em dezembro, os alunos e educadores montarão


um trabalho conjunto expondo a produção feita durante o ano.
No começo do ano letivo, a Escola deverá juntamente com a eleição do
Conselho de Escola, eleger também a COM-VIDA que deverá acompanhar
o planejamento da Educação Ambiental na Unidade.

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A COM – VIDA é composta por membros da comunidade interessados no
tema, funcionários, estudantes e professores, coordenadores, tendo o
diretor e o seu assistente, como membros efetivos.

ORGANIZAÇÃO DA COM – VIDA NA ESCOLA.

A Com - vida é a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida. Ela


segue as orientações da carta Jovens Cuidando do Brasil, na qual 400
delegados e delegados da Conferência Nacional Infanto-Juvenil de 2003
que propunham a criação e valorização de espaços de participação em
promoção da qualidade ambiental escolar e a formação de conselhos
jovens nas escolas e em outros espaços da sociedade.
Para que a COM – VIDA funcione é necessário um grupo que coordene e
oriente as atividades, sendo composto por 12 pessoas que participaram
da Conferência do Meio Ambiente na Escola, que se denominará Ação
Ambiental, sendo assim distribuídos:
02 estudantes, delegados ou suplentes eleitos na Conferência do Meio
Ambiente;
03 funcionários escolhidos pela Com – Vida;
03 professores;
02 coordenadores;
02 membros da comunidade.
A COM – VIDA terá vigência de um ano sendo eleita por voto direto de
todos os alunos, a partir quarto ano do primeiro ciclo do ensino
fundamental, pelos pais e todos interessados, além da direção,
professores e funcionários da Escola.
A Com - vida se reunirá uma vez por mês ou extraordinariamente quando
se fizer necessário.
São responsabilidades do grupo Ação Ambiental:
-Registrar em livro próprio as suas reuniões;

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-Procurar parcerias para implementar as propostas;
-Se integrar com outros grupos organizados da Escola, como o -Conselho
de Escola, Grêmio e Associação de Pais e Mestres;
-Promover a interação com a comunidade escolar, e com outras escolas;
-Divulgar os resultados das conquistas para a comunidade escolar;
-Dedicar-se ao cumprimento de todas as ações planejadas;
-Cabe à Escola garantir o funcionamento da COM – VIDA, como espaço
para reuniões proporcionando, equipamentos, materiais, etc.
A Agenda 21 é uma construção permanente, assim como a COM – VIDA
por isso exige planejamento, metodologia e acima de tudo ação.
O desenvolvimento acelerado da cidade, durante praticamente todo o
século XX resultou em graves problemas de poluição ambiental e saúde
pública. As dezenas de milhares de indústrias lançam no ar e nos cursos
fluviais da capital, centenas de toneladas de rejeitos sem tratamento; as
moradias sem infra-estrutura de saneamento têm o esgoto a céu aberto,
que deságuam nos cursos fluviais ou penetram na terra e contaminam os
lençóis freáticos; e os veículos automotores que circulam pela cidade
emitem vastas quantidades de monóxido de carbono.
Apesar de toda legislação em causa da questão ambiental, é preciso mais
do que isso é necessário que se fortaleçam os canais de participação, de
todos os órgãos públicos e da comunidade para que se estabeleça a
cidadania plena.
O arcabouço de leis garante legitimidade à construção da Agenda 21 na
Escola e a torna estratégica para construção de uma sociedade
sustentável.
A dimensão política está inserida no projeto da Agenda 21 na Escola,
pois ao se trabalhar conjuntamente os problemas e soluções apontadas
pelos participantes, estes passam a ter uma visão global, sendo mais
fácil resolver as dificuldades.

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O projeto de construção da Agenda 21 na Escola envolve a educação
formal e não formal, pois visa alem dos alunos, também os sues
familiares, que serão chamados a participar através de reuniões e
convocações da Escola, alem do contato com outros órgãos públicos.
A contribuição da Agenda 21 na Escola faz dela um fórum permanente de
discussões dos problemas e soluções relacionados à saúde e educação
ambiental.
Ao serem chamados para participar das soluções dos problemas, pais,
alunos, funcionários, professores, coordenadores, diretores e
comunidade, juntamente com o poder publico, serão os protagonistas das
mudanças, e assim imbuídos de poder para transformar a realidade onde
vivem.
São mudanças de hábitos e atitudes simples, que podem levar a
consciência coletiva para resolver os problemas que nos atingem.
A consciência critica, somente se fará através da educação, seja formal
ou informal.
De acordo com Mauro Guimarães, (e - book. Bl 4.p.1).

Em EA é preciso que o educador trabalhe intensamente a integração


entre o ser humano e o ambiente e se conscientize de que o ser humano é
natureza e não apenas parte dela. Ao assimilar esta visão (holística), a noção do
ser humano sobre o meio ambiente perde o seu valor, já que estando integrado
em uma unidade (ser humano/natureza) inexiste a dominação de alguma coisa

sobre a outra, pois já não há mais separação.

Isso quer dizer que a idéia antropocêntrica dualista inexiste nessa


concepção de Educação Ambiental, pois ao se trabalhar holisticamente o
educador ambiental rompe com a lógica cartesiana da Educação.
Portanto, segundo Guimarães, (Guimarães, 2002).

Confirma-se assim na EA um conhecido lema ecológico, o de: agir localmente e


pensar globalmente Ressalva-se que esse agir e este pensar não são separados,

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mas constituem a práxis da EA que atua consciente da globalidade que existe em
cada local e em cada individuo, consciente da globalidade que existe em cada
local e em cada individuo, consciente de que a ação local e/ou individual agem
sincronicamente no global, superando a separação entre o local e o global, entre
o individuo e a natureza, alcançando uma consciência planetária que não é
apenas compreender, mas também se sentir e agir integrado a esta relação: ser

humano/ natureza: adquirindo, assim, uma cidadania planetária.

É essa consciência o objetivo de uma nova era de resgate, do dialogo, da


reflexão, como união de todos para essa cidadania planetária.

2.5.RESULTADOS ESPERADOS.

O que se espera desse projeto é que a médio e longo prazo, ao se


construir a Agenda 21 e a COM - VIDA na Escola haja uma nova postura
de todos os envolvidos.
Que se criem valores e sejam, participativos, solidários, voltados para
uma sociedade economicamente sustentável e crie opções de
sobrevivência para os mais carentes.
Que esse projeto possa ampliar a consciência ambiental da necessidade
de buscarmos soluções para os problemas que nos afetam.
Espera-se que a Educação Ambiental seja impulsionadora pela
contribuição de todas as disciplinas envolvidas no ensino fundamental.

2.6.METODOLOGIA.

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Para se construir a Agenda 21 na escola, adotei, por exemplo, a árvore
construída na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, durante a Eco -92.
Uma das formas de fazer os alunos refletirem sobre a sua realidade, são
as oficinas ambientais.
Na sala de aula, o professor desenha uma arvore numa cartolina ou lousa
e pede para que os alunos em pequenos grupos, respondam as seguintes
perguntas:
a)Como é a escola dos nossos sonhos?
b)Como é o bairro dos nossos sonhos?
c)Quais as dificuldades encontradas para realizar os nossos sonhos?
d)Quais os principais problemas de nossa comunidade?
e)Como viviam as pessoas antigamente?
Depois de respondidas, o professor cola na arvore para que os colegas
visualizem e compararem a respostas dos outros.
Esse tipo de oficina pode ser feito na sala de aula, na reunião de Pais e
Mestres, na reunião do Conselho de Escola, ou em outras organizações
da instituição escolar.
Outra experiência interessante é a do jornal mural, onde os alunos,
através de pesquisas com os pais e na comunidade discutem os principais
problemas e soluções para o seu bairro. Depois colam o resultado de suas
pesquisas no jornal mural.
Esse tipo de atividade contribui para a divulgação e a compreensão dos
problemas da sua região.
Como podemos notar, através desses exemplos, construir a Agenda 21 na
Escola é um processo contínuo, daí, portanto ser necessário que a
problemática ambiental, esteja institucionalizada na Escola, que não seja
apenas um tema a ser trabalhado durante um determinado período, mas,
permanente.
Para se realizar esse projeto, serão utilizados questionários, entrevistas,
palestras, vivencia dos alunos e comunidade.

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Como os atores serão envolvidos?
Os beneficiários do projeto serão um total de 2400 alunos e cerca de
10.000 moradores da comunidade que serão convocados a participar dos
projetos implantados na Escola, através de reuniões, palestras e cursos.
As ações ocorrerão de forma permanente, através de reuniões mensais e
as que se fizerem necessárias.
É essencial que cada educador trabalhe os Temas Geradores, que serão
discutidos nas reuniões pedagógicas e grupos de trabalho.

2.7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO.

O acompanhamento e avaliação do projeto serão feitos através de,


pesquisas com os alunos e com os seus pais, nas reuniões da COM –
VIDA, Reunião do Conselho de Escola, Reunião de APM, Postos de
Saúde, Secretária do Verde e Meio Ambiente, etc.
Os executores do projeto, (alunos, comunidade, educadores) através de
reuniões apontarão as possíveis soluções encontradas, para resolver os
problemas detectados.
Os resultados das ações serão medidos através da pesquisa de dados
sobre os problemas diagnosticados.
Quanto aos indicadores quantitativos e qualitativos do projeto, serão
feitos levantamentos e tabulações de questionários propostos
comparando-se os dados apresentados no inicio do projeto com as
atuações feitas ao longo do tempo.

3. CRONOGRAMA FINANCEIRO.

Para se garantir o funcionamento do projeto é necessário o gasto mensal


(excetuando-se o material permanente) das quantias abaixo:

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Material Permanente R$ 1.230,00
Material de Consumo R$ 280,00
Recursos Humanos R$ 350,00
Correio R$ 183,00
Transporte R$ 165,00
Total R$ 2.208,00

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

O presente trabalho, representa uma contribuição que busca acrescentar


no debate da questão da Educação Ambiental e propor a Agenda 21 na
Escola, como compromisso assumido por todos aqueles que lutam por
uma melhor qualidade de vida numa sociedade ecologicamente
sustentável.
Para tanto, se exige monitoramento e avaliação constante, do projeto
apresentado, para que os objetivos traçados se transforme em realidade.
Segundo Andrade e Loureiro, (e-book. Bl.4,p.2).

a Educação Ambiental precisa ser vista como uma requalificação da


educação, contribuindo para a reconstrução da relação sociedade-natureza
vigente e o exercício da cidadania plena e ecológica

Essa postura levará uma nova ética para as pessoas, com mudanças na
realidade e nos valores sociais.

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Dificuldades aparecerão, mas é preciso salientar que todo projeto exige
dedicação e vontade acima de tudo, para mudar as estruturas arraigadas
na Escola, que impedem o entendimento local e global dos problemas.
Para Bezerra e Ribas, (Senac, 2005).

A compreensão das questões ambientais urbanas impõe, a necessidade de estudos


interdisciplinares, que articulem diversas disciplinas visando obter um
conhecimento integrado desta complexa problemática. Não se trata, entretanto,
de aprender mais coisas, mas sim de pensar de outra maneira os problemas
identificados, compartilhando conceitos e metodologias particulares para então,
construir novos conceitos e metodologias que tratem os problemas sob um ponto
de vista totalizante.

É esse o objetivo do projeto, tornar real o sonho, fazendo da Escola um


espaço privilegiado para o debate das questões ambientais e de qualidade
de vida.
Espera-se que com esse trabalho, as pessoas possam mudar
comportamentos, que compreendam que a discussão da problemática
ambiental se faz urgente, para que possamos construir uma nova ética
que valorize a vida e a participação de todos os envolvidos.
Que a Agenda 21 na Escola e a Com – Vida promova a participação
solidária, e que todos reflitam sobre a sua realidade e se unam para
propor mudanças que visem uma economia sustentável, que promova a
melhoria da qualidade de vida da população, sobretudo aquelas mais
carentes.

5. BIBLIOGRAFIA.

26
ANDRADE, André Luís; LOUREIRO, Carlos Frederico B. Monitoramento
e avaliação de projetos em educação ambiental, In SENAC Nacional, bl.
4.p.2.

BEZERRA, Maria do Carmo; RIBAS, Otto.Desafio da gestão ambiental


urbana.In SENAC Nacional, 2005.-bl. 3. e.book. p 2.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. A questão ambiental e a


emergência de um campo de ação político - pedagógica. In SENAC
Nacional, 2005(e – book. p.1).

DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à Temática Ambiental.SP.Global


Editora, p.63,4. 2ªed. 2002.

FORMANDO COM – VIDA Comissão do Meio Ambiente e Qualidade de


Vida na Escola: construindo Agenda 21 na Escola/Ministério da
Educação, Ministério do Meio Ambiente - Brasília: MEC, Coordenação
Geral de Educação Ambiental, 2004.

GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (des) caminhos do meio


ambiente. 9ª ed.p.142.Contexto, São Paulo, 2001.

NEIVA, Álvaro & colaboradores.Agenda 21-O futuro que o brasileiro


quer.Revista Ecologia e Desenvolvimento, Editora Terceiro Mundo, RJ,
ano11, nº 93, p.12.Jun.2001.

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