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Língua

Portuguesa
Gramática
9
unidade 1 Orações coordenadas (revisão)
unidade 2 Morfossintaxe
unidade 3 Orações subordinadas
unidade 4 Conjunções subordinativas
roman sigaev/shutterstock

1 • 2 • 3 • 4
EF2 - 6º ao 9º ano
Ícones utilizados neste material
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Cálculo mental WQ WebQuest

TED Atividade na
plataforma Ted-Ed
Relações de
coordenação e
subordinação
Em um jogo de vôlei, é importante
que as jogadoras estejam em perfeita
coordenação. Ao mesmo tempo,
precisam jogar de forma subordinada,
respeitando o posicionamento das
colegas, complementando seus lances
etc. O mesmo ocorre com as orações
no período composto. As orações, no
período composto, podem ligar-se por
meio de conjunções coordenativas ou
subordinativas, dependendo da relação
que estabelecem entre si.

Professor: As páginas de abertura promovem a verificação


e a exploração dos conhecimentos prévios dos alunos. São
um convite à discussão e à leitura de imagens. As questões
elencadas permitem avaliar o grau de conhecimento da
classe e podem orientar a condução mais adequada dos
assuntos que serão abordados. Deixe que os alunos respon-
dam às perguntas livremente.

Jogo de vôlei da seleção brasileira contra a


seleção do Japão, pelas semifinais dos Jogos
Olímpicos de Londres, 2012.

Observe a imagem. Em seguida, responda oralmente.

1 Que jogo está sendo mostrado?


2 Além das jogadoras, o que mais pode ser visto?
3 A cena é estática ou tem movimento?
Professor: O encaminhamento de todas as respostas e discussões desta abertura está no Plano de Aulas.

2
KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP Photo

Reúna-se com alguns colegas, conversem sobre o exercício anterior e respondam às


seguintes questões no caderno.

1 Que tipo de relação existe entre as jogadoras durante a partida? É possível afirmar que uma
depende da outra?
2 Se a rede fosse retirada, as jogadoras poderiam continuar a partida? O que aconteceria?
3 O que aconteceria se as jogadoras saíssem da cena?
4 Depois de responder a essas três questões escreva um pequeno texto, descrevendo a cena.

3
1 Orações coordenadas (revisão)
UNIDADE

Orações coordenadas
Leia as tiras abaixo.

calvin e haroldo bill waterson


calvin & hobbes, bill watterson


© 1995 watterson/dist. by universal uclick

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
calvin & hobbes, bill watterson
© 1995 watterson/dist. by universal uclick
1 Releia os trechos sublinhados nas duas tiras. Em ambos os casos, os períodos são compostos.
O que indica isso?
O fato de haver três orações no primeiro período e duas no segundo, indicadas pelas formas verbais estou,

vejo e estou (no primeiro período), e parece mudar e fica (no segundo período).

2 Agora compare estes dois períodos.

Período 1 Estou com dor de garganta, dor de ouvido, dor de estômago, vejo pontinhos
pretos e estou zonzo.

Período 2 Eu acho que não deveria ir à escola hoje.

a) Em qual dos períodos as duas orações estão sintaticamente ligadas, isto é, uma delas exerce
função sintática em relação à outra? Explique.
Período 2. A oração "que não deveria ir à escola hoje" é objeto direto da oração "Eu acho".

b) Em qual período as duas orações não estão sintaticamente ligadas? Explique.


Período 1. Porque cada oração apresenta sujeito (eu, eu e eu), verbo (estou, vejo e estou) e

complemento próprios (pontinhos pretos, objeto direto do verbo ver).

4
Conjunções coordenativas
1 Releia estes períodos destacados nas tiras.

Período 1
Estou com dor de garganta, dor de ouvido, dor de estômago, vejo pontinhos
pretos e estou zonzo.

Período 2 Nada parece mudar de um dia para o outro, mas de repente tudo fica diferente.

Marque a alternativa que não explica adequadamente a relação estabelecida pelas conjun-
ções e e mas.
( ) Em 1, a conjunção aditiva e estabelece uma relação de adição.
( X ) Em 2, a conjunção adversativa mas introduz uma conclusão.
( ) Em 2, a conjunção adversativa mas introduz uma oposição.

No período “Estou com dor de garganta, vejo pontinhos pretos, estou zonzo”, as
orações não vêm acompanhadas de conjunção. Por isso, são chamadas orações coor-
denadas assindéticas.
Nos períodos “Estou com dor de garganta, dor de ouvido, dor de estômago, vejo
pontinhos pretos e estou zonzo” e “Nada parece mudar de um dia para o outro, mas
de repente tudo fica diferente”, as orações introduzidas pelas conjunções e e mas são
chamadas orações coordenadas sindéticas.

Classificação das orações coordenadas sindéticas


A classificação das orações coordenadas sindéticas depende da relação de senti-
do que elas expressam.
• Aditivas. Somam orações de idêntica função e são introduzidas pelas conjun-
ções e, nem, mas também, ou: O meu amigo não veio nem me telefonou.
• Adversativas. Conferem ideia de contraste, oposição em relação à outra, e são
introduzidas pelas conjunções mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entan-
to: Tive muito trabalho, mas o resultado foi satisfatório.
• Alternativas. Conferem alternância entre os fatos e são introduzidas pelas con-
junções ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer: Ora ela brincava, ora provocava o
irmão.
• Conclusivas. Indicam conclusão, consequência, e são introduzidas pelas con-
junções logo, pois, portanto, por isso, por conseguinte, assim: Estou bem preparada,
portanto vou me sair bem nas provas.
• Explicativas. Justificam a ideia da primeira oração e são introduzidas pelas con-
junções pois, que, porquanto, porque: Fazia de tudo para agradar, pois tivera fama
de antipático.

5
Atividades • unidade 1 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Forme períodos compostos por coordenação com as conjunções adequadas. Em seguida, classi-
fique as orações sindéticas dos períodos compostos.

a) Maria não almoçou. Maria não jantou.


Maria não almoçou nem (e não) jantou. (aditiva)

b) Gosto de futebol. Não gosto de basquete.


Gosto de futebol, mas (porém, no entanto) não (gosto) de basquete. (adversativa)

c) Fez um curso de jardinagem. Queria mudar de profissão.


Fez um curso de jardinagem, pois (porque) queria mudar de profissão. (explicativa)

d) A noite estava muito fria. Todos dormiram com cobertores.


A noite estava muito fria, portanto (logo, por isso) todos dormiram com cobertores. (conclusiva)

e) Guardo dinheiro. Compro uma roupa nova.


Ou (ora) guardo dinheiro ou (ora) compro uma roupa nova. (alternativa)

2 Classifique as orações coordenadas sindéticas dos períodos compostos formados no exercício

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
anterior.
aditiva
a) Oração coordenada sindética .
adversativa
b) Oração coordenada sindética .

c) Oração coordenada sindética explicativa .

d) Oração coordenada sindética conclusiva .

e) Oração coordenada sindética alternativa .

3 Leia estes períodos compostos e indique a relação que as conjunções coordenativas destacadas
estabelecem entre as orações. Oriente-se pelo quadro.

adição oposição alternância conclusão explicação

a) Na área dos golfinhos há mais oxigênio, pois as águas se renovam mais e permitem a vida de
uma quantidade maior de peixes.
Explicação e adição.

b) As áreas com mais oxigênio são, portanto, o lugar ideal para os golfinhos se alimentarem.
Conclusão.

c) Todos os golfinhos nascem com nadadeiras dorsais lisas, mas, com o tempo, podem se ferir e
criar cicatrizes.
Oposição e adição.

d) As cobras são répteis carnívoros, ou seja, alimentam-se de outros animais.


Explicação.

e) Ou preservamos o meio ambiente ou perecemos com ele.


Alternância.

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4 Leia este texto e classifique as orações coordenadas destacadas nos itens.

Prova falsa
Quem teve a ideia foi o padrinho da caçula – ele me conta. Trouxe o cachorro de
presente e logo a família inteira se apaixonou pelo bicho. Ele até que não é contra isso
de se ter um animalzinho em casa, desde que seja obediente e com um mínimo de
educação.
– Mas o cachorro era um chato – desabafou.
Desses cachorrinhos de raça, cheios de nhe-nhe-nhem, que comem comidinha es-
pecial, precisam de muitos cuidados, enfim, um chato de galocha. E, como se isto não
bastasse, implicava com o dono da casa.
– Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas, quando eu entrava em casa, vinha
logo com aquele latido fininho e antipático de cachorro de francesa.
Ainda por cima era puxa-saco.
PORTO, Sérgio (Stanislaw Ponte Preta). Prova falsa.
Em: Dois amigos e um chato. São Paulo: Moderna, 1986. p. 52-56. (Coleção Veredas.)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a)
(...) e logo a família inteira se apaixonou pelo bicho.

Oração coordenada sindética aditiva.

b)
(...) e com um mínimo de educação.

Oração coordenada sindética aditiva.

c)
– Mas o cachorro era um chato (...).

Oração coordenada sindética adversativa.

d)
(...) precisam de muitos cuidados (...).

Oração coordenada assindética.

5 Os períodos a seguir estão relacionados pela mesma conjunção, mas a relação entre suas orações
não é a mesma. Reescreva-os usando a conjunção adequada para estabelecer a relação indicada
entre parênteses.

a) Nosso craque jogou muito bem e o time não venceu. (oposição)


Nosso craque jogou muito bem, mas (porém, contudo) o time não venceu.

b) O candidato conseguiu a maioria dos votos e ganhou as eleições. (conclusão)


O candidato conseguiu a maioria dos votos, por isso (portanto, logo) ganhou as eleições.

c) Fui a Roma e não vi o Papa. (oposição)


Fui a Roma, mas (porém, entretanto, contudo) não vi o Papa.

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Gramática em contexto
1 Leia o poema.

Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.




2.
E se encorpando em tela, entre todos,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Professor: Não se pretende
esgotar o estudo do poema. O se erguendo tenda, onde entrem todos,
propósito da atividade é res-
saltar o uso da conjunção adi- se entretendendo para todos, no toldo
tiva e no encadeamento das
ações dos galos para que se (a manhã) que plana livre de armação.
reflita sobre o valor da união.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

MELO NETO, João Cabral de. Tecendo a manhã. Em: Os melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. Seleção de
Antonio Carlos Sechin. São Paulo: Global, 1985. p. 188.

a) Qual é o tema do poema?


O tema do poema é o valor da união, representada pelo canto de vários galos na construção da manhã.

b) Que metáfora o poeta utilizou para se referir à manhã?


A manhã é “toldo de um tecido tão aéreo”.

c) Que verbo é essencial no poema?


O verbo tecer.

d) Qual é a conjunção coordenativa predominante na segunda estrofe?


A conjunção e.

e) Como essa conjunção está relacionada ao tema do poema?


O tema do poema é a união. A conjunção aditiva e reforça esse tema ao unir os galos.

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Atividades • unidade 1 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Assinale o(s) período(s) em que todas as orações são assindéticas.


( ) A criança gritava, pulava e se debatia.
( X ) Não ouvia, não falava, não se mexia.
( ) O migrante andou pela cidade, percorreu muitas empresas, mas não conseguiu emprego.
( X ) A mãe faz recomendações à filha, fecha a porta, vai ao supermercado.
( ) As árvores balançam, o vento sopra e a chuva cai.

2 Sublinhe e classifique as orações coordenadas sindéticas destes períodos. Professor: Explique aos alunos
que, neste caso, são duas ora-
a) Quer você queira, quer não, vai ser o nosso candidato. Alternativas. ções: Quer você queira, quer
[você] não [queira]...
b) A árvore deveria estar podre, pois o vento a derrubou. Explicativa.

c) O vento foi muito forte, por isso derrubou a árvore. Conclusiva.

d) O rapaz não tinha experiência, todavia não lhe faltava boa vontade. Adversativa.

e) A ordem era absurda, por isso todos os funcionários protestaram. Conclusiva.

f ) Os meninos não se mexiam nem falavam. Aditiva.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3 Assinale o período em que a conjunção foi usada de forma inadequada para estabelecer a relação
de ideias.
( ) Comprei uma passagem para Madri, mas era Barcelona que me atraía.
( X ) Fizemos as tarefas do dia, por isso era necessário.
( ) Ora a criança chorava, ora ria.
( ) O juiz declarou o réu culpado e levantou-se em seguida.

4 Corrija o período que você assinalou na questão anterior, usando a conjunção adequada para
estabelecer a relação de sentido.
Fizemos as tarefas do dia porque era necessário.

5 Acesse o site <http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/9-bichos-com-caras-bizarras/>” e leia o Professor: Peça aos alunos


que salvem esse texto ou
texto, intitulado "9 bichos com caras bizarras". adicionem a página à lista de
favoritos, pois vão utilizá-lo
a) Qual é o tema do texto? novamente na atividade 4 da
página 29 deste módulo.
Animais com caras bizarras.

b) Identifique um período composto por coordenação que apresenta uma sequência de carac-
terísticas de um dos animais comentados no texto e também uma opinião a respeito dele.
Classifique as orações desse período.
“Ele vive no fundo dos oceanos, não passa de 12 cm e é completamente inofensivo, mas sua aparência é

coisa de pesadelo.”

“Ele vive no fundo dos oceanos”: coordenada assindética; “não passa de 12 cm”: coordenada assindética;

“e é completamente inofensivo”: coordenada sindética aditiva; “mas sua aparência é coisa de pesadelo”:

coordenada sindética adversativa.

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2 Morfossintaxe
UNIDADE

Morfossintaxe dos termos da oração


HAGAR DIK BROWNE

© 2014 King Features Syndicate/Ipress

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 Em que consiste o humor da tira?
No fato de Hagar querer trocar um barco que está praticamente afundado.

2 Observe que o substantivo barco aparece na fala de Hagar e na fala do vendedor.


a) Qual é a função sintática de barco na fala de Hagar?
Núcleo do objeto direto.

b) Na fala do vendedor, qual é a função sintática da palavra barco?


Núcleo do sujeito.

A morfologia refere-se à classe gramatical de uma palavra (substantivo, adjetivo, arti-


go, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição).
A sintaxe refere-se à função sintática dessas palavras, isto é, à função que exercem
na oração.
Morfossintaxe é o estudo da relação entre a classe gramatical de uma palavra e sua
função sintática na oração.
“Seu barco está em bom estado?” “Quero comprar um barco.”

substantivo (classe gramatical morfologia) substantivo (classe gramatical morfologia)
núcleo do sujeito (função sintática sintaxe) núcleo do objeto direto (função sintática sintaxe)

Dessa forma, as classes de palavras exercem diferentes funções nas frases e orações, sem
deixar de considerar o contexto e a situação de comunicação em que aparecem.

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3 Leia este trecho de crônica, observando as ocorrências da palavra rato.

O ratinho curioso
Abriu os olhos e ficou à escuta. Sendo roída? “O rato
roeu a roupa do rei”, escrevia ela nas suas aulas de datilo-

Nature Art/Shutterstock
grafia. Só podia ser um rato!
Ela não conseguiu dormir. Bem que dois dias antes,
quando estava assistindo à novela na televisão, tinha
visto com o rabo de olho uma pequenina sombra
deslizar junto à parede do fundo. (...) Agora tinha
certeza: um rato, só podia ser. Talvez um camun-
dongo, mas um camundongo não deixava de ser um
rato.
(...) Encolheu-se na cama horrorizada:
um rato no apartamento recém-alugado e
decorado (...).
SABINO, Fernando. O ratinho curioso. Em: Cara ou
coroa? São Paulo: Ática, 2005. p. 82-83.

a) Qual é a classe gramatical da palavra rato no texto?


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Substantivo.

b) Qual é a função sintática da palavra rato no texto?


Na frase: o rato roeu a roupa do rei, o rato exerce a função de sujeito. Na frase: só podia ser um rato, ele

exerce a função de objeto direto. Na frase: agora tinha certeza: um rato, só podia ser, ele exerce a função

de núcleo do aposto. Na frase: mas um camundongo não deixava de ser um rato, ele exerce a função de

núcleo do predicativo do sujeito. E na frase: encolheu-se na cama horrorizada: um rato no

apartamento(...), ele exerce a função de núcleo do aposto.

4 Releia estas orações.

Oração 1 "O rato roeu a roupa do rei" (...).

Oração 2 (...) mas um camundongo não deixava de ser um rato.

Oração 3 Encolheu-se na cama horrorizada: um rato no apartamento


recém-alugado e decorado (...).

Qual é a função sintática da palavra destacada em cada oração?

núcleo do sujeito
Oração 1:

Oração 2: núcleo do predicativo do sujeito

núcleo do aposto
Oração 3:

Como pôde ser observado, uma mesma classe gramatical pode exercer diferentes fun-
ções sintáticas na oração. Veja os quadros a seguir.

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Termos da oração
Função Classes gramaticais que exercem
Definição
sintática essa função (núcleos)

É o termo ao qual se refere o verbo da oração. •• Substantivo (ou palavra


substantivada):
Determinado
Aqueles irmãos pareciam gêmeos.
•• Simples (um só núcleo): O anoitecer pegou-nos de surpresa.
Eu saí.
•• Composto (mais de um núcleo):
•• Pronome:
Eu e ela saímos.
Ela nadava muito.
•• Implícito na desinência verbal: Aquilo foi inesperado.
Saímos. (sujeito: nós) Quem sabe a resposta?
Ninguém conhecia o caminho.
Indeterminado
Sujeito •• Com verbo na terceira pessoa do plural:
Discutiram calorosamente a questão. •• Numeral:
Dois terços dos alunos participaram
•• Com verbo intransitivo e transitivo indireto
do desfile.
na terceira pessoa do singular + se:
Come-se bem aqui.
Precisa-se de empregados.

Oração sem sujeito


•• Com verbos como chover, nevar, haver (no

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sentido de “existir” ou “acontecer”):
Nevou em Santa Catarina.
Não havia testemunhas.

É a declaração feita sobre o sujeito. •• Verbo


O garoto caiu da moto.
•• Verbal (sem verbo de ligação):
Eu saí. •• Substantivo ou expressão
substantivada:
•• Nominal (com verbo de ligação + predicati-
Aquele professor parece um artista.
vo):
A vida é um constante recomeçar.
Eu estou cansada.
Predicado •• Adjetivo ou locução adjetiva:
•• Verbo-nominal (sem verbo de ligação + pre-
Ela ficou doente.
dicativo do sujeito ou do objeto):
O menino ficou de castigo.
Eu saí cansada.
O juiz julgou o réu culpado. •• Pronome:
Meu livro é aquele.
•• Numeral:
Somos sete em casa.

São associados ao verbo e o complementam, •• Substantivo (ou termo equivalente):


indicando o alvo da ação verbal. Comprei óculos novos.
Objetos •• Objeto direto (sem preposição): Comeram metade do bolo.
direto e Contemplei o espetáculo. Gosto muito de você.
indireto •• Objeto indireto (com preposição):
Assisti ao espetáculo.
Compadeceu-se dos desabrigados.

É o termo associado a um verbo, a um •• Advérbio (ou locução adverbial):


adjetivo ou a um advérbio e expressa uma Os bombeiros estão sempre atentos
circunstância (tempo, modo, causa, condição, para atender com rapidez aos
Adjunto comparação, conse­quência, proporção etc.): chamados.
adverbial Ela fala bem.
Ela vive bem.
A criança aprende aos poucos.
Ela vive muito bem.
Ela tem uma vida muito boa.

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Função Classes gramaticais que exercem
Definição
sintática essa função (núcleos)

É o termo que complementa o sentido de •• Substantivo (ou termo equivalente):


certos nomes – substantivos, adjetivos Tenho necessidade de sua ajuda.
e advérbios – dotados de transitividade, Ela tem amor por mim.
da qual o complemento nominal funciona Ele é responsável por dois terços
como alvo (à semelhança do objeto, alvo do orçamento.
da ação verbal).

Complemento •• CN de substantivos (sempre abstratos):


nominal O combate às gorduras é uma questão
de saúde.
•• CN de adjetivos:
Ele era igual ao pai.
•• CN de advérbios:
Relativamente ao resultado, não pode-
mos nos queixar.

Atribui uma qualidade ao sujeito ou ao •• Substantivo, adjetivo (ou locução


objeto. adjetiva):
•• Predicativo do sujeito (com ou sem verbo A mãe dele era atriz.
Considero bela a vida.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

de ligação):
Predicativo Seu destino parecia insuportável. Este barco é de madeira.
Cheguei animado da reunião. •• Numeral:
•• Predicativo do objeto: Dois e dois são quatro.
Considero você uma exceção. •• Pronome:
Saúde é tudo na vida.

É o termo asssociado a um substantivo •• Artigo, adjetivo (ou locução adjetiva):


da oração sem intermédio de verbo. Um lindo arco-íris surgiu no céu
depois do temporal.
Ela ganhou um anel de ouro.
Observação: É possível que um substantivo
tenha mais de um adjunto adnominal: •• Pronome:
Adjunto
adnominal Meu precioso anel de brilhante. Meus amigos fizeram um passeio
de barco pelo rio Negro.
•• Numeral:
Os primeiros visitantes chegaram
de manhã.

É o termo que explica, resume ou esclarece •• Substantivo (ou termo equivalente):


um substantivo da oração, ao qual é Maria, minha prima, não veio.
equivalente. Os mais interessados, nós, não
Observação: O aposto costuma vir concordamos.
Aposto
entre vírgulas, com exceção do que é
especificativo (cidade de Parauapebas,
governador Mem de Sá).

13
Atividades • unidade 2 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Releia estas orações extraídas da crônica "A cadeira do dentista". Observe as ocorrências da palavra
anestesia.

Oração 1 – A anestesia vai impedir a dor (...).


Oração 2 – E eu vou impedir a anestesia (...).

a) Qual é a classificação morfológica da palavra anestesia?


Anestesia é substantivo.

b) Classifique sintaticamente a palavra anestesia nessas orações.

Oração 1: núcleo do sujeito .

Oração 2: núcleo do objeto direto .

c) Qual é o sujeito da oração 2?


O sujeito é eu.

d) Como é classificada morfologicamente a palavra que ocupa a função de núcleo do sujeito da


oração 2?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É um pronome pessoal do caso reto.

minduim 2 Leia esta tira. charles schulz

© 2010 king features/ipress


a) O que constrói o humor da tira?
O fato de Patty Pimentinha estar distraída, encantada com os números, quando deveria estar resolvendo

problemas de divisão. Porque ela gosta dos números, mas não gosta de aritmética.

b) Observe na tira as palavras substantivadas sublinhadas. Qual é a classe gramatical dessas


palavras?
A classe dos numerais.

c) Essas palavras são determinadas por qual classe gramatical?


Pelo artigo definido o.

d) Que função sintática elas exercem?


Dois, sete e oito: objeto indireto; três, cinco, quatro, nove e dez: núcleo do sujeito.

e) Identifique na tira e transcreva três predicados verbais e três nominais.


Verbais: Fez os problemas de divisão?; Estraga os números mais rápido do que muita aritmética!; Gosto

do sete e do oito.; Gosto mais do dois.; Sempre me assusta.

Nominais: São lindos.; É sempre agradável.; É ótimo.; São malvados.

14
A bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar Tento. Cada uma das
tiras que formam a
a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era bola de couro.
mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos di-
zem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.
VERÍSSIMO. Luís Fernando. A bola. Em: Festa de criança. São Paulo: Ática, 2003. p. 29.

a) Qual é a função sintática dos substantivos destacados no texto?


Pai: núcleo do sujeito; bola: núcleo do objeto direto; filho: núcleo do objeto indireto; garoto: núcleo do

sujeito.

b) Identifique no texto um numeral e duas locuções adjetivas que desempenham a função de


adjunto adnominal.
Numeral: primeira; locuções adjetivas: de couro, de plástico, do pai.

3 Leia estas tiras.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

calvin e haroldo bill waterson

calvin & hobbes, bill watterson


© 1995 watterson/dist. by universal uclick

a) No segundo quadrinho da primeira tira, a que objeto se referem as orações “É bom?”, “É emo-
cionante?”, “É divertido?”?
Referem-se ao livro.

b) Que adjetivos Calvin utiliza para caracterizar esse objeto? Classifique-os sintaticamente.
Bom, emocionante, divertido. São predicativos do sujeito.

c) Que adjetivos Calvin utiliza no primeiro quadrinho da segunda tira para se referir ao substanti-
vo livro e ao pronome algo? Qual é a função sintática desses adjetivos?
Chato e divertido, respectivamente. Função sintática: adjuntos adnominais.

15
Gramática em contexto
Leia esta peça publicitária.

ministério do meio ambiente


Disponível em: <http://ambientalsustentavel.org>. Acesso em: 22 ago. 2014.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 Qual é o tema da propaganda?
A redução do consumo de sacos plásticos para preservar o ambiente.

2 Que substantivos estão diretamente relacionados ao tema?


Os substantivos saco e sacos.

3 Releia a oração de maior destaque na propaganda.

Saco é um saco.

a) Qual é o significado do substantivo saco nas duas ocorrências?


Na primeira ocorrência, o significado é literal: “embalagem (no caso, de plástico) para carregar

diferentes coisas”. Na segunda, o significado é “amolação”, “chateação”.

b) Qual é a função sintática do substantivo saco nas duas ocorrências?


Na primeira ocorrência, é núcleo do sujeito. Na segunda, é predicativo do sujeito.

4 Qual é sua opinião sobre a peça publicitária? Justifique.


Resposta pessoal.

16
Atividades • unidade 2 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Qual é a função sintática dos substantivos destacados nas orações?


a) Assisti a uma cena impressionante.
Núcleo do objeto indireto.

b) Fatos inacreditáveis relatou aquele turista.


Fatos: núcleo do objeto direto; turista: núcleo do sujeito.

c) Naquela época, todos eram revolucionários.


Predicativo do sujeito.

d) Aquele desconhecido fez elogios à beleza da sua irmã.


Complemento nominal.

2 Leia este trecho.

Bem, meus pais se mudaram para aquele bairro quando minha mãe ficou grávida de
mim. Minha avó tinha morrido quando ela era bem pequena e por isso ela praticamente
não tinha quem a ajudasse durante a gravidez. Naquela mesma época, mamãe frequen-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tava muito uma floricultura do bairro cujo dono era um senhor japonês. Um dia ele
lhe perguntou se ela precisava de alguém que a ajudasse. Minha mãe concordou. E foi
assim que eu ganhei uma avó japonesa de presente.
(...) Toyoko foi contratada por meus pais para cuidar de minha mãe durante a gra-
videz e ser minha babá quando eu nascesse.
Acontece que quando ela chegou em casa trazendo seu lindo futon, aquele
acolchoado estampado que se usa no Japão para dormir, com seu rosto delicado, corpo
delgado, jeito doce e elegante, minha mãe a adorou. Um mês depois e as duas já haviam
se adotado mutuamente.
PRIETO, Heloisa. Dragões Negros. São Paulo: Moderna, 2006. p. 8.

Complete o quadro de acordo com a classe gramatical e a função sintática das palavras e expres-
sões destacadas no trecho.

Palavra ou expressão Classe gramatical Função sintática

mãe substantivo núcleo do sujeito

grávida substantivo predicativo do sujeito

praticamente advérbio adjunto adverbial

do bairro locução adjetiva adjunto adnominal

senhor substantivo predicativo do sujeito

lhe pronome pessoal do caso oblíquo objeto indireto

avó substantivo núcleo do objeto direto

ela pronome pessoal do caso reto núcleo do sujeito

doce adjetivo adjunto adnominal

elegante adjetivo adjunto adnominal

17
Ortografia
Expressões parônimas
1 Leia estes períodos e observe as expressões destacadas.
Período 1 Os conselhos do pai vieram ao encontro dos desejos da mãe, que ficou satisfeita.

Período 2 Seus argumentos vieram de encontro aos nossos, o que provocou uma grande con-
fusão na cabeça da adolescente.

Qual é o significado das expressões destacadas?


ao encontro dos expressa concordância, satisfação
Período 1: .

Período 2: de encontro aos expressa discordância .

2 Leia as frases e complete-as com as expressões que estão entre parênteses, fazendo as modifica-
ções necessárias:

a) Concordo com tudo o que você expôs. Suas ideias vieram ao encontro das
minhas. (de encontro a/ao encontro de)
ao encontro do
b) Este evento é importante para a cultura brasileira e vem
que praticamos como política em nosso ministério. (de encontro a/ao encontro de)

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de encontro às
c) Discordo de você, suas ideias vêm minhas. (de encontro a/
ao encontro de)

d) Não votarei em quem vai de encontro a princípios éticos. (de encontro


a/ao encontro de)

A forma e a pronúncia das palavras parônimas não são iguais, mas assemelham-se
tanto que podem confundir.
A expressão de encontro a tem sentido de oposição; já a expressão ao encontro de tem o
sentido de concordância. Como foi possível observar nos exemplos, a mudança da prepo-
sição altera o significado da locução.

3 Leia e explique o sentido das expressões destacadas.


a) Em vez de ir ao cinema foi ao teatro.
No lugar de.

b) O preço do café, ao invés de baixar, elevou-se.


Ao contrário de.

c) Ele fez uma palestra acerca de questões ambientais.


A respeito de.

d) Moro a cerca de quinhentos metros da escola.


A aproximadamente.

e) Há cerca de um ano estive em Paris.


Há aproximadamente.

18
Alguns casos de locuções prepositivas

Locução prepositiva é uma expressão formada por duas ou mais palavras que equiva-
lem a uma preposição. É sempre finalizada por uma preposição.
• A par de. “Estar ciente de”, “ter conhecimento de”: Após ler o jornal, ficamos a par de tudo.
• Ao par. É usada apenas em uma relação de câmbio, ou seja, indica equivalência de
valores financeiros: Moedas fortes mantêm o câmbio ao par.
• Ao encontro de. “De acordo com” (situação favorável): As decisões vieram ao encontro
de nossas expectativas.
• De encontro a. “Contrário a” (oposição): As decisões vieram de encontro a nossas expectativas.
• Ao invés de. “Ao contrário de” (ideias contrárias, opostas): Ao invés de subir, desceu.
• Em vez de. “No lugar de”: Em vez de fazer o trabalho de Geografia, faça o de História.
Observação
Em vez de pode substituir ao invés de, mas a substituição contrária não pode ocorrer.
• Ao nível de. “À mesma altura”: A cidade de Santos fica ao nível do mar.
Observação
Não existe a nível de.
• Em via de. “Prestes a”, “a caminho de”: A casa está em via de ser derrubada.
Observação
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Não existe em vias de.


• Acerca de. “Sobre”, “a respeito de”: Conversamos acerca dos problemas de violência
contra as crianças.
• A cerca de/cerca de. “Perto de”, “aproximadamente”: O carro só parou a cerca de um
metro do precipício. Andamos cerca de vinte quilômetros para encontrar água.
• Há cerca de. Período aproximado de tempo transcorrido; o mesmo que “faz aproxi-
madamente”: O ônibus partiu há cerca de vinte minutos.

Alguns casos de locuções conjuntivas


Locução conjuntiva é uma expressão formada por duas ou mais palavras que equiva-
lem a uma conjunção.
• À medida que. Ideia de proporção e substituível por conforme, à proporção que, ao mes-
mo tempo que: À medida que ia chegando perto da cidade, seu coração acelerava.
• Na medida em que. Ideia de causa, substituível por uma vez que, tendo em vista que, já
que. Ideia de proporção, substituível por na razão proporcional em que, porque, desde
que: Na medida em que você está feliz, nós também ficamos felizes.
Observação
Não existe à medida em que.
• Antes que. Ideia de anterioridade: Ele fugiu antes que a polícia chegasse.
Observação
Não existem antes de que, de formas que, de maneiras que, de modos que.
• Apesar de que. Ideia contrária a outra, sem contudo anulá-la: Seguimos viagem, apesar
de que estivéssemos cansados.
Observação
Não existe apesar que.

19
Atividades • unidade 2 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

Professor: Lembre aos alunos 1 As orientações abaixo foram extraídas de Educação para o trânsito, do Detran de Curitiba (PR).
que o item a permite as duas
possibilidades. Complete com as expressões em vez de ou ao invés de.

a) Ao invés de acelerar quando um condutor pede passagem,


diminua a velocidade e deixe-o passar. Você não está disputando um lugar no pódio.
Em vez de
b) buzinar excessivamente no trânsito, mantenha a
calma. Você conhece alguém que goste de buzina?

c) Em vez de mudar bruscamente de pista, confira antes o retro-


visor e use as setas. Você não anda sozinho pelas vias.
Em vez de
d) deixar seu carro em fila dupla, atrapalhando os
outros, ande um pouco mais. Há sempre uma vaga livre adiante.

e) Entrou à esquerda ao invés de à direita.

2 Assinale as orações em que há locuções empregadas incorretamente.


( ) Tenho mais esperanças à medida que o tempo passa.
( X ) Vamos conversar, quero que você me ponha ao par de tudo.
( ) Sempre tivemos desentendimentos, mas agora suas propostas vieram ao encontro do que

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eu penso.
( X ) Hoje estamos de acordo, apesar que tivemos algumas divergências no passado.
( X ) Ao invés de partir, poderemos caminhar de encontro à felicidade.
( X ) Descobre-se o mundo na medida em que se aprende a ler e a escrever.

3 Reescreva corretamente as frases marcadas na questão anterior.


Vamos conversar, quero que você me ponha a par de tudo.

Hoje estamos de acordo, apesar de que tivemos algumas divergências no passado.

Em vez de partir, poderemos caminhar ao encontro da felicidade.

Descobre-se o mundo à medida que se aprende a ler e a escrever.

4 O que significam as expressões destacadas?


a) Fomos à reunião e ficamos a par de tudo.
Tomamos conhecimento de tudo.

b) O carro foi de encontro ao muro.


Contra o muro.

c) Em vez de ir à festa, fomos dormir.


Em lugar de.

d) É melhor ir embora antes que fique tarde.


Ideia de anterioridade.

20
5 Substitua as palavras destacadas nas frases pelas locuções do quadro.

em via de de encontro a ao encontro de na medida em que

a) A decisão do pai foi contrária aos desejos da família.


A decisão do pai foi de encontro aos desejos da família.

b) A nova lei foi favorável aos novos métodos de ensino.


A nova lei foi ao encontro dos novos métodos de ensino.

c) As mudanças que você esperava estão prestes a acontecer.


As mudanças que você esperava estão em via de acontecer.

d) Já que os pagamentos foram efetuados, você voltou a ter crédito.


Na medida em que os pagamentos foram efetuados, você voltou a ter crédito.

6 Redija frases usando as seguintes locuções. Respostas possíveis:


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a) A par de
Os leitores da internet ficam a par de tudo em tempo quase real.

b) Ao par
O euro está quase ao par do dólar.

c) Antes que
As chuvas devem chegar antes que a festa acabe.

d) Em vez de
Em vez de criar gado, ele cultiva hortaliças.

e) Ao invés de
Ao invés de derrubar árvores, os criadores de gado deveriam preservar a vegetação.

f ) À medida que
O eclipse da lua é um fenômeno que ocorre à medida que o Sol, a Lua e a Terra se alinham.

g) À proporção que
À proporção que o dia da prova se aproxima, a ansiedade aumenta.

7 Complete as frases com uma das expressões do quadro.

há cerca de a cerca de cerca de acerca de

a) Queríamos falar com nossos pais acerca da viagem para o Sul. Professor: Chame a atenção
dos alunos para a contração
há cerca de da preposição de com o arti-
b) Todos os turistas estrangeiros chegaram meia hora. go a.

c) Cerca de mil visitantes compareceram aos jogos da escola.

d) As aulas do colégio começaram há cerca de uma semana.


acerca dos
e) Sabemos muito pouco costumes de nossos índios.
21
3 Orações subordinadas
UNIDADE

Coordenação e subordinação
As orações coordenadas são sintaticamente independentes, isto é, não exercem fun-
ção sintática entre si, porém estão ligadas semanticamente, porque uma complementa a
outra em relação ao significado.
As orações subordinadas, no entanto, dependem sintaticamente da oração principal.
Elas exercem uma função sintática em relação à principal, além de completar ou ampliar
seu significado.

Classificação das orações subordinadas


1 Leia esta tira.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GARFIELD JIM DAVIS

Garfield, Jim Davis © 1995 Paws, Inc. All Rights


Reserved/Dist. Universal Uclick
DAVIS, Jim. Toneladas de diversão. Porto Alegre: L&PM, 2006. p. 107.

a) Releia a fala de Garfield no primeiro quadrinho e explique por que é um período composto por
duas orações.
Porque cada forma verbal (vou mostrar e sou) corresponde a uma oração.

b) Em comparação com essa fala de Garfield, por que o período “Vou mostrar ao mundo minha
boa disposição” é um período simples?
Porque tem apenas uma forma verbal (vou mostrar), que constitui uma só oração.

c) Qual é a função sintática da expressão minha boa disposição?


Objeto direto.

d) Releia a fala do primeiro quadrinho e responda: qual é o objeto direto do verbo mostrar?

Vou mostrar ao mundo que não sou preguiçoso!

O objeto direto (oracional) do verbo é que não sou preguiçoso.

22
2 Leia os períodos abaixo.
Período 1 Sua presença é importante. (período simples)
Período 2 É importante que você esteja presente. (período composto)

a) No período 1, qual é o sujeito?


Sua presença.

b) No período 2, qual é o sujeito?


Que você esteja presente.

No período “Vou mostrar ao mundo que não sou preguiçoso” há duas orações:
“Vou mostrar ao mundo” e “que não sou preguiçoso”.
No período “Vou mostrar ao mundo minha boa disposição” há apenas uma
oração, em que a expressão “minha boa disposição” exerce a função sintática de
objeto direto da locução verbal “vou mostrar”.
Do mesmo modo, a oração “que não sou preguiçoso” exerce a função sintática
de objeto direto, própria de um substantivo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

No período “Sua presença é importante” há também apenas uma oração, em


que “sua presença” exerce a função de sujeito. Já no período “É importante que
você esteja presente” a oração “que você esteja presente” exerce a função sintática
de sujeito, também própria de substantivo.
As orações que exercem função sintática própria de substantivo são chamadas
orações subordinadas substantivas.
Essas orações podem funcionar como objeto direto, objeto indireto, comple-
mento nominal, predicativo ou aposto de outra oração.
A oração subordinada substantiva é classificada de acordo com a função que
desempenha na outra oração.

3 Transforme este período simples em composto, substituindo a palavra destacada por uma
oração.

Renata teve uma reação espantosa.


Renata teve uma reação que espantou a todos.

No primeiro caso, a palavra espantosa tem função de adjetivo.


No segundo, a função de adjetivo é desempenhada por uma oração, classificada,
portanto, como subordinada adjetiva.
Renata teve uma reação espantosa. Renata teve uma reação que espantou a todos.

substantivo adjetivo substantivo oração subordinada adjetiva

A oração “que espantou a todos” do período composto desempenha a função sin-


tática de adjetivo, por isso recebe o nome de oração subordinada adjetiva.

23
4 Agora, compare estes dois períodos.
Período 1 Antigamente, os homens falavam uma só língua.

Período 2 Depois que desafiaram a Deus, os homens não se entendiam mais.

a) Que palavras ou expressões marcam o tempo nos dois períodos?

Período 1: Antigamente .

Período 2: Depois que desafiaram a Deus .

b) No período 1, que classe gramatical exerce essa função?


Um advérbio de tempo.

c) A que termo da oração está associada essa palavra?


À forma verbal falavam.

d) No período 2, que oração exerce a função de adjunto adverbial de tempo?


Uma oração organizada em torno do verbo desafiar (desafiaram) e associada ao verbo entender (não se

entendiam).

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A oração “Depois que desafiaram a Deus” exerce o papel de adjunto adverbial de
tempo, função regularmente exercida por um advérbio. Por isso ela é classificada como
oração subordinada adverbial.

Orações substantivas, adjetivas e adverbiais

As orações subordinadas sempre exercem uma função sintática em relação à oração


principal. Elas se classificam em:

• Substantivas. Exercem as funções sintáticas próprias do substantivo: sujeito, predi-


cativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e aposto. Esses termos
aparecem desenvolvidos em orações.
O ator reconheceu seu engano.

verbo complemento do verbo
(substantivo no papel de objeto direto)
O ator reconheceu que se enganara.

verbo complemento do verbo
(oração substantiva no papel de objeto direto)

• Adjetivas. Exercem a função sintática própria do adjetivo.


Trata-se de um filme inesquecível.

substantivo adjetivo no papel de adjunto adnominal
Trata-se de um filme que não se pode esquecer.

substantivo oração adjetiva no papel de adjunto adnominal

24
• Adverbiais. Exercem a função sintática própria do advérbio.
O garoto não vai à escola debaixo de forte chuva.
Professor: Explicite os efeitos
verbo adjunto adverbial (função de advérbio) de sentido suscitados pelas
O garoto não vai à escola quando chove muito. escolhas sintáticas, depen-
dendo das circunstâncias de
produção e necessidades dos
verbo oração adverbial no papel de adjunto adverbial autores.

Orações subordinadas reduzidas


1 Compare estes períodos.
Período 1 Terminada a prova, os alunos encontraram-se no pátio.

Período 2 Ao terminar a prova, os alunos encontraram-se no pátio.

Período 3 Terminando a prova, os alunos encontraram-se no pátio.

Período 4 Quando terminaram a prova, os alunos encontraram-se no pátio.

a) Todas as frases expressam a mesma ideia básica? Professor: Leve os alunos a


perceber que sim, embora o
Resposta pessoal. efeito expressivo de cada uma
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guarde nuanças (diferentes


gradações de sentido) próprias.

b) Transcreva a oração que, caso a caso, exerce a função de adjunto adverbial de tempo em rela-
ção ao verbo da oração principal.

Período 1: Terminada a prova .

Período 2: Ao terminar a prova .

Período 3: Terminando a prova .

Período 4: Quando terminaram a prova .

c) Como podem ser classificadas essas orações?


Como orações subordinadas adverbiais (de tempo).

d) Em que tempo e modo estão os verbos dessas orações subordinadas em cada período?

Período 1: particípio passado .

Período 2: infinitivo .

Período 3: gerúndio .
pretérito perfeito do indicativo
Período 4: .

e) Em um dos períodos há uma conjunção adverbial de tempo. Qual?


No período 4: quando.

Percebe-se que os períodos 1, 2 e 3 se iniciam por uma oração subordinada reduzida.


As orações subordinadas reduzidas não são introduzidas por conjunções nem por
pronomes relativos, e o verbo delas apresenta-se em uma das três formas nominais –
infinitivo (pessoal ou impessoal): terminar; gerúndio: terminando; particípio: terminado.

25
Atividades • unidade 3 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

Professor: Neste e nos próxi- 1 Leia estas orações.


mos exercícios desta seção fica
a seu critério considerar ape- Oração 1 Depois do almoço virei buscá-lo.
nas a classificação relacionada
à função desempenhada pelas
orações, uma vez que a classifi-
Oração 2 O único a chegar foi justamente o garoto de bicicleta.
cação mais pormenorizada virá
nas próximas unidades. Oração 3 A candidata sem chances desistiu.
Oração 4 Ao som da sirene, mexam-se!

a) Em quais delas os termos destacados têm função adverbial? E adjetiva?


Orações 1 e 4: função adverbial (Depois do almoço e Ao som da sirene). Orações 2 e 3: função adjetiva (de

bicicleta e sem chances).

b) Transforme os termos destacados em orações subordinadas.


Depois de almoçar, virei buscá-lo.
Oração 1:

Oração 2: O único a chegar foi justamente o garoto que estava de bicicleta.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Oração 3: A candidata que não tinha chances desistiu.

Quando ouvirem o som da sirene, mexam-se!


Oração 4:

c) Classifique as orações subordinadas desenvolvidas na atividade anterior.

Oração 1: oração subordinada adverbial temporal .


Oração 2: oração subordinada adjetiva .
oração subordinada adjetiva
Oração 3: .
oração subordinada adverbial temporal
Oração 4: .

2 Leia o trecho da página ao lado e identifique a função sintática das orações destacadas e nume-
radas. Depois, determine se elas são substantivas, adjetivas ou adverbiais e informe a que termo
estão associadas, conforme mostra o quadro.

Aposto, complemento nominal e objeto direto exercem a função de substantivo


(oração subordinada substantiva).

Adjunto adnominal exerce a função de adjetivo (oração subordinada adjetiva).

Adjunto adverbial exerce a função de advérbio (oração subordinada adverbial).

26
(...) Estou escrevendo sem parar há cinco horas, sem tirar os dedos do te-
clado, sem pensar no que estou falando, sem saber o que fazer. Acho que vou
pirar. (1) São três horas da manhã e o Brasil está mudo desde as três horas da
tarde de ontem. Essa foi a chamada do Jornal Nacional: “O país está mudo”.
Mais uma vez, é terça-feira. Exatamente ao meio-dia, não se sabe por quê,
“especialistas ainda investigam a causa”, houve uma pane geral no sistema de
telefonia. (...)
Aconteceu quando eu estava no meio de um papo com a Duna. (2) No
meio de uma frase que não foi enviada. (3) Acho que não foi. Não sei se foi.
Não dá para saber em que ponto nossa conversa foi interrompida. Só sei de
uma coisa: não era uma conversa qualquer. (4) Foi aí que peguei o celular
para mandar um torpedo com a segunda metade da frase, e vi que ele estava
morto. Achei que fosse uma praga, do tipo maldição astral. Coloquei o celular
para carregar, embora não pudesse ser isso. (5) Coloquei mesmo assim.
(...)
São seis da manhã, e a cidade está virada do avesso. (...)
Nas bancas de jornal, o mesmo cartaz improvisado. Um em folha de cader-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

no, outro numa folha de cartolina cor-de-rosa: “Não temos jornal”.


A padaria está lotada de gente. Todos com a cabeça virada para a televisão
em cima do balcão. Um homem alto, de terno, faz um “shhh” escandaloso. Pri-
meiro aparecem as palavras PANE GERAL. Depois entra a imagem do repórter,
no estúdio, falando para a câmera:
“A Anatel acaba de informar que não há previsão para o restabelecimento
do serviço de telefonia no país. Segundo fontes...” Então tudo fica preto. (...)
Sei lá por quê, começo a correr. (...) Corro muito mais do que consigo, como se
aquilo que vejo ali na frente (6) fosse céu, e não muro. Posso me espatifar a qualquer
instante, mas isso não importa. Quando estou para cair de quatro, pego mais impulso.
Só penso em Duna. Quero chegar logo na escola para olhar para ela. Tenho certeza de
que só de olhar vou saber (7) se o que ela propôs era verdade ou não. (...)
ÍNDIGO. O colapso dos bibelôs. São Paulo: Moderna, 2008. p. 17-20.

1: Objeto direto – oração subordinada substantiva objetiva direta, associada à forma verbal acho.

2: Advérbio – oração subordinada adverbial temporal, associada à forma verbal aconteceu.

3: Adjetivo – oração subordinada adjetiva restritiva, associada ao substantivo frase.

4: Aposto – oração subordinada substantiva apositiva, associada ao substantivo coisa.

5: Advérbio – oração subordinada adverbial temporal, associada à forma verbal carregar.

6: Adjetivo – oração subordinada adjetiva restritiva, associada ao pronome aquilo.

7: Substantivo – oração subordinada substantiva completiva nominal, associada ao substantivo certeza.

27
Gramática em contexto
Leia este poema.

Poema da necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,


é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso viver com os homens,


é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e anunciar o FIM DO MUNDO.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poema da necessidade.
Em: Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. 47.

1 Para você, o que significa o título do poema?


Resposta pessoal.

2 No início de cada verso, o poeta recorre a um efeito expressivo comum à poesia. Identifique-o e
explique com que finalidade ele usa esse recurso.
O poeta recorreu ao efeito expressivo da repetição (É preciso... / é preciso) para ressaltar a

insistência com que somos impelidos, a todo instante, à satisfação das muitas necessidades e

obrigações cotidianas. Além disso, a repetição imprime ritmo ao poema.

3 Que tipo de oração subordinada se repete no poema? Que classificação ela recebe?
Oração subordinada substantiva (subjetiva) reduzida de infinitivo.

4 Desenvolva as orações reduzidas da primeira estrofe.


É preciso que João se case,

é preciso que se suporte Antônio,

é preciso que se odeie Melquíades,

é preciso que substituam nós todos.

5 Com o desdobramento, altera-se o efeito expressivo da estrofe? Por quê?


Em princípio, o verbo na forma nominal (infinitivo, equivalente a um substantivo) costuma imprimir mais

expressividade ao texto.

28
Atividades • unidade 3 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Transforme as orações subordinadas desenvolvidas (em destaque) em orações subordinadas re-


duzidas, de acordo com a indicação entre parênteses.

a) A plateia mostrava que estava interessada no assunto. (reduzida de infinitivo)


A plateia mostrava estar interessada no assunto.

b) Já que queria votos, o candidato fez mil promessas. (reduzida de gerúndio)


Querendo votos, o candidato fez mil promessas.

c) O dinheiro, que retirou da magra poupança, não ajudou muito. (reduzida de particípio)
O dinheiro, retirado da magra poupança, não ajudou muito.

2 Escreva uma oração principal para cada um destes períodos compostos. Respostas possíveis:
a) O presidente declarou que a inflação não se alteraria durante o novo período.

b) Lembre-se de que violência gera mais violência.

c) Não se sabe se o cineasta concederá a entrevista ainda hoje.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

É necessário
d) que você leve seus documentos.

e) Todos sabem que o rapaz é inocente.

f ) O professor espera que os alunos entreguem as provas.

3 Escreva uma oração subordinada para cada um destes períodos compostos, de acordo com a
orientação entre parênteses. Respostas possíveis:

a) Eu estava no banho quando o carteiro tocou a campainha .


(adverbial, associada à forma verbal estava)
que eu nasci
b) Foi naquela casa . (adjetiva, associada ao substantivo casa)
que eu tire boas notas
c) Meus pais esperam . (substantiva, associada
à forma verbal esperam)

d) Chocolate é o doce de que mais gosto . (adjetiva, associada ao


substantivo doce)

e) Fique brincando aqui enquanto eu faço compras . (adverbial, associada à


locução verbal fique brincando)

4 Da mesma maneira que você fez na atividade 5 da página 9, acesse o texto “9 bichos com caras
bizarras” no site da revista Superinteressante.

a) Localize uma oração subordinada adjetiva que identifica a região onde vive um dos animais
mencionados no texto.
“(...) essa toupeira, que vive em partes do Canadá e dos Estados Unidos, tem um nariz especial para

compensar a quase falta de visão.”

b) Transforme essa oração em adjunto adnominal.


Resposta possível: “(...) essa toupeira, nativa do Canadá e dos Estados Unidos (...)”.

29
4 Conjunções subordinativas
UNIDADE

1 Leia esta tira e atente para a fala de Hagar.


hagar dik browne

© 2014 King Features Syndicate/Ipress


a) Assinale a alternativa que melhor explica a função da palavra quando na fala de Hagar.
( X ) Liga orações, estabelecendo uma relação entre elas.
( ) Liga palavras em uma oração.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A palavra quando é uma conjunção.

b) Na fala de Hagar, a conjunção quando indica uma circunstância de tempo, de causa ou de


finalidade? Justifique.
Indica uma circunstância de tempo, porque se refere a uma ação ocorrida em um período

determinado.

c) É correto afirmar que a oração “Quando olho para trás” desempenha a função de adjunto ad-
verbial em relação à outra oração? Por quê?
Sim, porque a oração é subordinada adverbial.

d) Assinale a afirmação que indica o tipo de relação estabelecido entre as orações ligadas pela
conjunção quando.
( ) Relação entre duas orações de função gramatical equivalente.
( X ) Relação de subordinação, porque inicia uma oração que exerce uma função sintática em
relação a outra oração.

A palavra quando é uma conjunção subordinativa porque introduz uma oração subordinada.
As conjunções subordinativas adverbiais introduzem orações que exprimem diferen-
tes circunstâncias. As conjunções subordinativas integrantes introduzem orações que
desempenham papel equivalente ao de um substantivo.
As conjunções formadas por advérbios, preposições e particípios acrescidos de que,
como, depois que, para que e visto que são chamadas locuções conjuntivas.
As conjunções subordinativas ligam duas orações, em uma relação em que uma de-
pende da outra para ter seu sentido completo ou determinado.
A menina suspirou depois que recebeu a notícia.

oração principal oração subordinada
Observação
As conjunções subordinativas podem introduzir orações substantivas ou adverbiais.

30
Classificação das conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas são classificadas de acordo com o sentido das relações
que estabelecem.
• Causais (exprimem causa): porque, como, uma vez que, já que, visto que: Não fui à festa
porque precisei viajar naquele dia.
• Comparativas (estabelecem comparação): como, mais (do) que, menos (do) que: As
Concessão. Em
crianças são mais barulhentas que os adultos.
gramática, menção a
• Concessivas (exprimem concessão): embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, fato contrário ao da
ação principal, mas
conquanto: Embora estivesse chovendo, fomos passear.
que não a impede de
• Condicionais (exprimem condição ou hipótese): se, caso, desde que, contanto que, a menos ocorrer.
que: Pode trazer seus amigos para jantar, desde que eles ajudem a lavar os pratos depois. Conformidade.
Ato ou efeito de se
• Conformativas (exprimem conformidade): conforme, consoante, segundo, como: Os conformar, de aceitar,
voluntários apagaram o incêndio, conforme foram instruídos pelos bombeiros. de se pôr de acordo
com algo.
• Consecutivas (exprimem consequência): tanto / tal / tão / tamanho, que, de forma que, de
sorte que, de maneira que: Ele estava tão distraído que não percebeu a hora de descer do ônibus.
• Finais (exprimem finalidade): para que, a fim de que, porque, que: Para que o passeio
fosse mais bem aproveitado, saíram cedo de casa.
• Integrantes (introduzem orações substantivas): que, se: Espero que você me acompa-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nhe neste passeio. Não sei se posso resolver o problema.


• Proporcionais (estabelecem proporção): à medida que, à proporção que, ao passo que,
quanto mais... mais, quanto mais... menos: À medida que se aproximavam da cachoeira,
o ruído das águas intensificava-se.
• Temporais (indicam tempo): quando, enquanto, depois que, antes que, desde que, assim
que, logo que: O galo canta quando chega a madrugada.

Conjunções subordinativas no contexto


1 Classifique as orações destacadas como subordinada substantiva ou subordinada adverbial. Pro-
cure associá-las ao verbo da oração principal.
a) Não sei se posso acreditar nestas pesquisas.
Oração subordinada substantiva (objetiva direta), associada à forma verbal sei.

b) Desistirei do trabalho se não acreditar nestas pesquisas.


Oração subordinada adverbial (condicional), associada à forma verbal desistirei.

2 Que critério foi usado para classificar as orações da questão anterior?


Professor: Os alunos devem observar que, em a, a oração subordinada está associada ao verbo da primeira oração
para completar-lhe o sentido. Já em b, ela desempenha a função de adjunto adverbial.

3 Classifique o termo se em cada uma dessas orações.


a) conjunção integrante; b) conjunção condicional.

A classificação das conjunções depende do contexto em que elas são empregadas.

31
Atividades • unidade 4 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Complete este trecho com as conjunções sugeridas no quadro.

já que tanto... quanto quando

Ratos de laboratórios têm medo de homens – e isso é um problema


para a ciência
Homens e ratos têm uma relação próxima __quando__ se trata de ciência. Afinal, é
impressionante o número de roedores usados em pesquisas todos os anos – estima-se
que 25 milhões de ratos de laboratório sejam vendidos por criadores todos os anos (isso
sem contar as crias nascidas nos próprios laboratórios). E os bichos fornecem a cientis-
tas dados sobre seu comportamento e seu organismo. Mas agora um novo estudo está
colocando em xeque praticamente todas as pesquisas feitas com os bichinhos.
Segundo a pesquisa da Universidade McGill, os ratos têm medo de homens e não
de mulheres. E isso significa que os estudos conduzidos pelas mãos de pesquisadores
do sexo masculino podem ter outros resultados, __já que__, sendo manipulados por
homens, os ratos estariam estressados. E os efeitos do estresse podem alterar __tanto__
o comportamento __quanto__ o organismo dos animais.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GALASTRI, Luciana. Ratos de laboratórios têm medo de homens – e isso é um problema para a ciência. Galileu, 29 abr.
2014. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em: ago. 2014. (Adaptado.)

Professor: O objetivo da ati-


vidade é analisar a relação es-
2 Reúna as orações de cada alternativa em um único período. Para isso, empregue e classifique as
tabelecida pelas conjunções. conjunções subordinativas adverbiais adequadas. Respostas possíveis:
Isso evita que os alunos ape-
nas decorem a classificação a) A escola pública passa por maus momentos. Faltam investimentos no setor.
das conjunções.
A escola pública passa por maus momentos porque faltam investimentos no setor.

Porque: conjunção causal.

b) Não como chocolate. Gosto muito de chocolate. Não quero engordar.


Não como chocolate, embora goste muito, porque não quero engordar.

Embora: conjunção concessiva; porque: conjunção causal.

c) Joana não assistiu ao último filme de seu diretor predileto. Ela assiste a todos os filmes exibidos
na cidade.
Joana não assistiu ao último filme de seu diretor predileto, embora assista a todos os filmes exibidos na

cidade.

Embora: conjunção concessiva.

d) Gosto do inverno. Gosto do verão também.


Gosto tanto do inverno quanto do verão.

Tanto... quanto: conjunção comparativa.

32
3 Duas locuções conjuntivas do quadro substituem adequadamente a conjunção destacada na
frase a seguir. Escolha uma delas e reescreva o período.

desde que ainda que sem que mesmo que contanto que

Embora a fonte não fosse confiável, a notícia logo se espalharia pelo bairro.
Ainda que (ou mesmo que) a fonte não fosse confiável, a notícia logo se espalharia pelo bairro.

4 Elabore dois períodos compostos cujas orações subordinadas se iniciem por uma das conjunções
mencionadas no quadro da questão anterior.
Respostas possíveis: Desde que necessário, trabalhe bastante. Decida, contanto que não sofra com isso.

Gramática em contexto
Leia este poema.

Se eu fosse um padre
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
– muito menos no Anjo Rebelado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:


nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,


desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma


... e um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo poema sempre leva a Deus!
QUINTANA, Mário. Se eu fosse um padre. Em: Nova antologia poética. São Paulo: Globo, 1998. p. 105.

1 Qual é o tema desse poema?


O tema é a poesia e seu alcance.

2 O poema é um soneto. Explique por quê.


O soneto é uma forma fixa de poema, com duas estrofes de quatro versos e duas de três, caso desse poema.

3 Na primeira e na segunda estrofe, que conjunção indica condição? Por que ela é importante?
A conjunção se (“Se eu fosse um padre”). Ela indica que, para a poesia se aproximar do divino, seria

necessário que o poeta fosse um padre.

4 Na última estrofe, há uma conjunção subordinativa. O que essa conjunção expressa? Explique.
A conjunção é ainda que (conjunção subordinativa concessiva). Ela expressa que, mesmo que o poema de

Deus se afaste, ele sempre leva a Ele. Com isso, o poeta afirma o caráter sagrado da poesia.

33
Atividades • unidade 4 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Classifique as conjunções destacadas.

a) Eu já estou indo, vê se não demora.


Conjunção integrante.

b) Para que comprar esse livro, se eu já comprei um igual?


Conjunção condicional.

c) Ele lhe falou que já tinha assistido àquele filme.


Conjunção integrante.

d) O sol está tão forte que chega a ofuscar.


Conjunção consecutiva.

2 Associe os períodos às relações expressas pelas conjunções subordinativas.


( a ) Causa ( c ) Coma, mesmo que seja um pouco.
( b ) Comparação ( d ) Caso não a encontre, volto para casa.
( c ) Concessão ( g ) Caminhe rápido para que cheguemos no horário.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
( d ) Hipótese, condição ( h ) Quanto mais você fala, mais ela se aborrece.
( e ) Conformidade ( f ) O impacto foi tão forte que as paredes tremeram.
( f ) Consequência, efeito ( e ) Ela é exatamente como eu imaginava.
( g ) Finalidade ( i ) Assim que me viu, veio correndo ao meu encontro.
( h ) Proporção ( a ) Já que a escola ficava perto, a menina ia a pé.
( i ) Tempo ( b ) A viagem de volta não demorou como a de ida.

3 Classifique os diferentes empregos da conjunção que nestes períodos.


a) Vendo-me no alto da escada, fez-me sinal que descesse.
Conjunção subordinativa final.

b) Ficou vermelho que nem um pimentão.


Conjunção subordinativa comparativa.

c) Tanto fez que conseguiu ir à festa sem ter convite.


Conjunção subordinativa consecutiva.

d) A verdade é que ela não sabia cozinhar.


Conjunção subordinativa integrante.

4 Complete as orações principais com uma oração subordinada introduzida pela conjunção adequada.
Respostas possíveis:
a) Estava tão impaciente que nem esperou a comida esfriar um pouco .
que se aguardasse na fila
b) Era necessário .
que me deixou impressionado
c) Li um livro, na estação de trem, .
como se fossem anjos
d) Os meninos se comportaram .
assim que possível
e) Eu telefono para você .

34
Ortografia
Apóstrofo, grafia dos nomes próprios e cacoetes de linguagem
Apóstrofo

Banco de Imagens do Estado de São Paulo – Miguel Schincariol


Leia este texto, que apresenta um dos pontos turísticos da cidade de Ilhabela, localizada no
litoral norte do estado de São Paulo.

Cachoeira da Água Branca


Esta cachoeira, localizada no bairro da Água Branca, centro da ilha, é muito bo-
nita, principalmente no tempo das chuvas, quando suas águas se avolumam, sendo
visível até no lado do continente.
Entre dois braços da queda-d’água da cachoeira há um buraco bem fundo, onde
acreditam morar a Mãe-d’Água ou Mãe do Ouro. É aí que, dizem, está enterrada
uma “tacha” de ouro.
Secretaria de Turismo de Ilhabela. Disponível em: <www.ilhabela.com.br>.
Acesso em: 23 ago. 2014.

Professor: Chame a atenção


dos alunos para a grafia da
As palavras mãe-d’água e queda-d’água são substantivos compostos formados por mãe palavra apóstrofo. Muitos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

+ de + água e queda + de + água. A preposição de, ao unir-se ao substantivo água, perdeu a tendem a confundi-la com a
palavra apóstrofe: figura de
letra e, que foi substituída por um sinal gráfico, o apóstrofo (’). Ele é usado para indicar linguagem que consiste em
a supressão de uma letra (geralmente vogal). um apelo emotivo, geralmen-
te com certa interrupção e/
Usa-se o apóstrofo apenas nestes casos: ou retomada do enunciado
(pensamento, fala etc). Exem-
• Em versos, para manter o ritmo desejado: Perde o rei o reino e a c’roa (coroa)... plo de apóstrofe (figura de
linguagem): “Deus, ó Deus!
• Em expressões ou palavras compostas ligadas pela preposição de: pé-d’água (pé-de- onde estás que não respon-
-água), pau-d’arco (pau-de-arco), estrela-d’alva (estrela-da-alva). des?” (Castro Alves, “ Vozes
d’África”). Explique também o
significado da palavra cacoete:
hábito, mania, vício. Cacoetes
Grafia dos nomes próprios de linguagem: manias, hábi-
tos, vícios relacionados à lin-
guagem.
1 Observe os nomes próprios nesta biografia.

Anna Christina Bentes


Professora do Departamento de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL)
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora da Fundação de Ampa-
ro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). (...)
Disponível em: <www.editoracontexto.com.br>. Acesso em: 23 ago. 2014.

a) De que outra maneira poderiam ser escritos os nomes Anna e Christina?


Ana e Cristina.

b) Em sua opinião, por que esses nomes foram grafados ou registrados dessa forma?
Resposta possível: Porque, possivelmente, ela tinha alguma ascendência estrangeira; ou porque a família

(pais, avós etc.) quis que seu nome fosse diferenciado da grafia comum em português (Ana, Cristina),

por considerar essa grafia mais “chique”, mais “moderna” etc.

35
Cacoetes de linguagem

2 Leia o texto a seguir.

Enchendo linguiça: a arte do mal falar


Usadas como enfeites, para dar status, as “forças de expressão” que enfraquecem o discurso
estão na moda
De tão usados, cacoetes de linguagem bem que poderiam estar desgastados. Não
estão. Para mim, psicanalista, não há expressões destituídas de significados. Todas re-
metem a sensações, sentimentos, memórias. Permito-me brincar um pouco e buscar
nelas algum sentido.
Ah/Veja bem/Não, é que/Sabe o que acontece?/Acontece que/Na verdade/De fato/Enfim/
Resumindo/Como ser humano/No sentido de/A nível de/Diga/Em relação/Quer dizer/Bom/De
certa forma/Etc. etc./Tal e tal...
Trata-se aqui de “força de expressão” que enfraquece o enunciado. É comum ouvirmos
pedaços de conversas assim: “Então o que acontece... Acontece que... Na verdade, etc. etc.”.
(...)
Algumas expressões falam de classe, ou melhor, da posição da pessoa no mundo.
Outras são só enfeite.
Quem se sente por baixo e teme ser corrigido defende-se de eventual crítica já come-
çando a frase com um “não, é que...”. Aí confessa seu sentimento de insegurança diante

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do interlocutor.
O “sabe o que acontece?” parece tentativa de apresentar-se como o mais bem infor-
mado. Já o “na verdade” indica esforço de valorizar o que se diz.
“Resumindo” significa que quero repetir o que já foi dito, para que fique “bem” claro.
Muitas expressões são só vento para encher linguiça. “Enfim”, “então”, “vamos lá”,
“quem sabe”, “sendo assim” atendem à necessidade de ter a palavra por mais tempo e
expressar ideias ainda não muito definidas na cabeça de quem fala.
MAUTNER, Ana Verônica. Enchendo linguiça: a arte do mal falar.
Folha de S.Paulo, São Paulo, Equilíbrio, p. 2, 5 out. 2010.

a) Como pode ser interpretado o título?


É uma crítica aos cacoetes de linguagem, que são usados para disfarçar a falta de conteúdo do que se

quer passar ao interlocutor/leitor. Ou seja: “encher linguiça” = falar/escrever e não dizer nada.

Professor: Explique aos alunos


que chavão, lugar-comum, jar-
gão ou modismo é o nome b) Leia e explique a justificativa da articulista para a afirmativa: “não há expressões destituídas de
que se dá ao uso corriqueiro significados”.
(e muitas vezes sem sentido)
de determinadas palavras,
expressões, “sentenças ou Como psicanalista, ela percebe que todas as expressões remetem a sensações, memórias e sentimentos
provérbios muito batidos pelo
uso” (segundo o dicionário Au- do locutor.
rélio).

Na redação de gêneros das esferas jornalística e científica, que exigem conceitos preci-
sos e linguagem objetiva e concisa, deve-se evitar o uso das expressões chamadas cacoetes
de linguagem, por não acrescentarem informações ao texto e serem dispensáveis.
Deve-se também dispensar o chavão, o lugar-comum, o modismo ou o jargão, além das
palavras que podem ser consideradas exageradas.

36
Atividades • unidade 4 Professor: Para questões adicionais, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Procure em livros e revistas e principalmente em poemas antigos pelo menos três exemplos em
que o apóstrofo é empregado entre palavras.
Resposta pessoal.

2 Por que se usa o apóstrofo em palavras como pau-d’alho e Vozes d’África?


Em ambos os casos, o apóstrofo é usado para sinalizar a supressão da vogal e (pau-de-alho, Vozes de África).

3 Reescreva os nomes próprios do quadro que não estão grafados de acordo com as normas orto-
gráficas da língua portuguesa.

Áurea Cândida Cezar Estácio

Hortência Joãosinho Luiza Luizinho

Mario Matozo Mendez Paissandu

Rozalia Roseli Sonia Tereza

César, Hortênsia, Joãozinho, Luísa, Luisinho, Mário, Matoso, Mendes, Paiçandu, Rosália, Sônia, Teresa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

4 Com a ajuda de um dicionário, substitua as palavras destacadas por outras consideradas mais
simples.

a) Contundido, o jogador aguarda exames no tornozelo.


Machucado, ferido.

b) Depois do casamento, o cônjuge não conseguiu permissão legal para permanecer no país.
Marido, esposo.

c) Duas pessoas ficaram feridas em uma colisão entre um veículo de passeio e uma carreta, na
rodovia BR-101, na manhã de hoje.
Choque, batida.

d) Uma viatura da Polícia Militar surpreendeu os bandidos quando eles tentavam fugir.
Carro, automóvel.

5 As expressões destacadas abaixo são consideradas chavão ou lugar-comum. Reescreva as frases


substituindo essas expressões por termos mais adequados. Respostas possíveis:

a) A notícia caiu como uma bomba na cidade.


A notícia causou grande confusão na cidade.

b) Disse em alto e bom som o que pensava da situação.


Disse claramente o que pensava da situação.

c) Atravessou a rua com a rapidez de um raio.


Atravessou a rua muito rapidamente.

d) Recebeu de mão beijada tudo o que tinha.


Recebeu com muita facilidade tudo o que tinha.

37
PROGRAMA Trabalhando habilidades
Nestas páginas, você irá trabalhar a habilidade 30 da Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias do Enem e os Descritores 11 e 12 da Matriz de Referência da Prova Brasil de Língua
Portuguesa. Para saber mais sobre eles, consulte a Matriz Geral de Habilidades na Plataforma UNO.

D11 1 Leia esta fábula.


Professor: Enfatize sempre
a importância da leitura crí-
tica como instrumento para A queixa do pavão
distinguir um fato da opinião
relativa a ele. Como possível Chateado porque tinha uma voz muito feia, um pavão foi se queixar com a deusa
estratégia aplicável em sala Juno.
de aula, forneça aos alunos
notícias referentes a situa- – É verdade que você não sabe cantar – disse a deusa. – Mas você é tão lindo, para
ções atuais, com as diversas
interpretações que os veí- que se preocupar com isso?
culos de comunicação, com
suas variadas tendências
Só que o pavão não queria saber de consolo.
ideológicas e abordagens – De que adianta beleza com uma voz destas?
dependentes do meio de
produção e circulação, fazem Ouvindo aquilo, Juno se irritou.
dessas notícias. Assim, a dis-
cussão se alia ao estudo do – Cada um nasce com uma coisa boa. Você tem beleza, a águia tem força, o rouxinol
suporte e do papel do enun-
ciador, pois passa a levar em canta. Você é o único que não está satisfeito. Pare de se queixar. Se recebesse o que está
conta as tecnologias e o im- querendo, com certeza ia achar outro motivo para reclamar.
pacto social da mídia.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Moral: Em vez de invejar os talentos dos outros, aproveite o seu ao máximo.
ASH, Russell; HIGTON, Bernard (Orgs.). Fábulas de Esopo. Tradução Heloisa Jahn.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005. p. 21.

Assinale a frase que expressa uma opinião.


a) “Chateado porque tinha uma voz muito feia.”
b) “Pare de se queixar.”
c) “Mas você é tão lindo.”
d) “Só que o pavão não queria saber de consolo.”

D12 2 (Saeb) Leia este texto.

Mente quieta, corpo saudável


A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim.
Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica
da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de
redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores
de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que,
submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes
reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.
(...)
MORAIS, Jomar. É só respirar. Superinteressante, out. 2003.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/superarquivo>. Acesso em: 23 ago. 2014 .

O texto tem por finalidade:


a) criticar. c) denunciar.
b) conscientizar. d) informar.

38
h30 3 (Enem, adaptado) Leia esta tira.
FRANK E ERNEST BOB THAVES

© 2011 United Media/Ipress


A situação abordada na tira torna clara a contradição entre:

a) relações pessoais e avanço tecnológico.

b) inteligência empresarial e ignorância dos cidadãos.

c) inclusão digital e modernização das empresas.

d) neoliberalismo e reduzida atuação do Estado na economia.

e) revolução tecnológica e exclusão digital.

Autoavaliação
Reúnam-se em grupos e façam as atividades a seguir.

1 Busquem na Matriz Geral de Habilidades o texto das habilidades e dos Descritores trabalhados nas
questões. Em seguida, identifiquem qual(is) habilidade(s) é (são) trabalhada(s) em cada questão.
2 Vocês consideram importante trabalhar essas habilidades? Por quê?
Resposta pessoal.
Professor: Os alunos devem perceber, primeiramente, a importância de desvencilhar um fato das distintas opiniões, dos
pontos de vista e juízos pessoais e sociais desencadeados a partir de sua compreen­são. Isso atende, por sua vez, às ne-
cessidades comunicativas de cada gênero: a finalidade de cada produção depende de várias circunstâncias (enunciador,
público-alvo, momento histórico etc.). Finalmente, compreender e relacionar as tecnologias de comunicação ao conheci-
mento que as sociedades produzem é também compreender essas mesmas sociedades e os múltiplos papéis que nelas
assumimos como agentes e receptores do discurso.

3 Compartilhem as estratégias de resolução das questões e como cada um resolveu a(s)


dificuldade(s) que encontrou.
Resposta pessoal.

39
Para saber mais
Para ler
• As palavras voam, de Cecília Meireles. São Paulo: Global, 2013.
O livro é um convite para mergulhar no delicado universo de Cecília Mei-
reles, uma das mais marcantes expressões da arte poética brasileira. Sua
voz lírica é mais próxima do canto do que da fala; mais próxima do sus-
reprodução

surro do que do grito.

• Estrelas tortas, de Walcyr Carrasco. São Paulo: Moderna, 2003. (Livro digital.)
Marcella é uma jovem bonita e esportiva. Sofre um acidente de auto-
móvel com a mãe ao volante e torna-se paraplégica. Sua vida muda
completamente, pois tem de adaptar-se à perda de movimentos. Cada
capítulo do livro é narrado em primeira pessoa por alguém da família ou
do círculo de amigos de Marcella, dando versões diferentes da tragédia
e mostrando como se pode encontrar um novo caminho em meio às di-
ficuldades. (Também disponível em versão impressa.)

• Vida e obra de Aletrícia depois de Zoroastro, de Bartolomeu Campos de

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Queirós. São Paulo: Moderna, 2003.
Aletrícia nasceu de uma grande coincidência alfabética e jamais negou
sua origem. Assim, ao criar ordem para todas as coisas, imaginava li-
reprodução

vrar-se dos imprevistos da vida. Até que conheceu Zoroastro, contador,


funcionário da Secretaria da Fazenda e apaixonado pelos números. Foi
amor à primeira vista: primeira e última letra do alfabeto. Mas um ines-
perado acontecimento instala a desordem e a tragédia em seu universo,
até então todo organizado.

• O colapso dos bibelôs, de Índigo. São Paulo: Moderna, 2008.


O livro apresenta uma situação bastante plausível: o colapso de todos os
meios de comunicação. Dessa forma, a vida de Danilo, um adolescente
com 730 amigos no Orkut, vira de cabeça para baixo. O que fazer sem
internet, sem celular, sem MSN, sem televisão e às vezes sem luz? Danilo
e seus amigos têm de encontrar uma nova maneira de viver sem tecno-
logia. Como conseguirão?

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