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44 corearn VY 4. a que certos conteiidos ¢ relagdes do mesmo adquiram maior relevo. 5. 7, resumir pontos essenciai cesso exploratério de cada sessiio € do cor tratamento, 6. Assinalar relages entre dados, seqii ifieativas, capacidades manifestas e iatentes do aciente. 7. Interpretar 0 vagoes ¢ finalidades latentes, em particular os confli- ado dos comportamentos, moti- wulo de 10. 11. Metasintervengdes: comentar ou aclarar o sign de haver recorrido a qualquer das intervengées 12. fervengées (cumprimentar, anu Bes, variagoes ocasi Pelo fato de muitas desta ricamente ligadas ao desenvolvimento da técnica psicanalitica e de que esta aparece como a técnica psicoterapéutica com maior respaldo tedrico de base, torna-s do-se a estas dltimas que construam suas préprias 1C Tipos de intervengio verba’ do terapeute Uma teoria das técnicas de psicotera ceituaco de seus instrument terapeutas sio sendo, & impor mentos e alcances d portante, sobretudo, uma destas intervenes e seu valor como agente de modifi so. Para esta compreensio concorrem valiosamente tod wulada no campo das psicotera- icas e técnicas da psicandlise, @ s centralizadas na comunicacéo, teorias dz aprendizagem e conceitos provenientes da psiquiatria social e de teoria das ideologias. is do_terapeuta que sio_ferramentas nas psicoterapias inclui necessatlamente as se- suas respostas. Proporcionar informago, Confirmar ow retificar os conceitos do paciente sobre sua situacio, ep 153, errogar E um dos recursos essenciais ao longo de todo 0 processo 0, nfo apenas em seu inicio, Em psicoterapiz, per Revela também um terapeuta nio_onipo na formulagéo de pergun dos. por cujo desnivel € atenuado, embora se rentes ‘Ao pedir detalhes precisos sobre cada situacio pode-se :m do mais, um respeito do terapeuta pelo car imente singular da experigncia do paciente, isto tude ndo esquematica, que nao sofre a tentacio das gt izagies faces, B de indagar sobre a em que o paciente coloca sua situagio: cada re: posta as perguntas do terapeuta contém elementos (de con do e forma) reveladores de uma mundovisio pessoal, com- e singular, da situagdo, a8 influgncias do_perguntar nas psicoterapias merecem ser destacadas, numa cultura. profissional como a noss fluenciada marcadamente pela pratica téonica da psica ima nem sempre € to decisivo pedir dctalhes agdes reais a que se alude em sess nte se procura construir um mod iente vincular Tatente a partie dos conteidos manifestos do relato. Neste e350, para abstrair © vineulo objelal contido thes podem ser tomados como acréscimos manifesto. Nas psicoterapias, pelo cont necess muito mais sobre as situacbes de roa dopa gar a complexidade psicol6gica das mesmas, enredada precisamente em muitos d situagdo. Um exemplo: se na psicandlise um paciente comeca a falar, em sessio, das brigas que tem com 0 pai por ca lo negécio em que ambos sao sécios, negécio que o p: conduzir avioritariamente, € provavel que estes el Brasiem para que se comece @ pensar na problemi pendéneia na tansferéncia, Na psicoterapia dindmica, por ‘exemplo, importaré averiguar muitos dados de realidade. Como Foi que 0s dois se associaram, de quem foi a iniciativa, se Jhouve acordos prévios sobre a direcio da empresa em comum, que perspectivas tem 0 paciente sobre seu futuro econémico, Bi atividade se ajusta a seus interesses vocacionais, como encara wem de papéis dite fregiient 155 ia esposa esta sociedade etc.? Cada um destes detathes for- para entiquecer hipdteses que aspirem a dar conta de uma situagdo (mundo interno-mundo interpessoal em suas agdes reciprocas) com seus complexos e variados matizes FRAGMENTO DE UMA SESSAO DE PSICOTERAPIA “Que valor eve para o seahor 0 fato de ela the telefonar antes a vingemn?” "Um valor duvidoso, porque ela tbe telefonou quando ji mio ‘nos podiamos encontrar. De qualguer modo, gostei, nto 7 "Como foi que 0 seahor Ihe Wansmitia sew interesse por ela? 5y the disse: “Que azat vos néo me, ter encontrado ontem! rao 3 10 assim tho em cima isso profuodo?” za i q 5 i "Claro, acho que para um jses para o momento de se despedir. Essas coisas me ‘TF: "Segundo 0 senhor havin comentado, ela em geral nfo é de cexpressar seu intresse pelos demais; espera_que se interessem por ela. Sendo assim, 0 fato de ela the telefonar aio tinha um Valor especial?” 5 P: "Sim, encarado do ponto de vista de como ela é em geral, ppode'se dizer que me estava dando uma bola. birbara, mas se que para ov med gosto o modo de agir tem que ser rene, nada de rodeos. ‘Ts “Que Ihe dist © seahor a0 se despedit? Como deixou coloceds a coisa” Pr “Disse para ‘que quando Othe, gostel de me ter telefonado, ‘io esteja Wo. ocupada, ow Como se pode ver, estas respostas revelam um e funcionamento eg6ico do paciente para avaliar a situagio inter- pessoal, suas exigéncias dentro de uma ética narcisista, a con- figdo do paciente com suas mensagens para uma situagio tiva, embora arriscando algumas demonstragées de inte- esse pessoal pela outra pesso2. Perguntar aqui, e em detalhe, permite entdo que se obienha grande quantidade de informe- Gio, de niveis mais amplos que os de uma mera ampliagio “de Getathe” do conteido manifesto de um relato. As experiéncias sobre a utiidade de uma indagacao minuciosa so abundantes. ‘Assim sendo, & possivel que “perguntar muito” seja uma das primeiras regras de uma técnica psicoterapéutica eficiente, ‘Uma variedede particular de explorasao, sumamente rica, € 2 que se apéia em intervengSes dramatizadoras do terapeuta: 156 senhora acted Qenidis vamos casar no fim do anc ti wagjamost vem sed pai e the diz: “Néo vou te dar 250" Gro elite cake, porgue precio dele para wm ncgscio wae dinheite ehsyor ihe responderia para que ele confirme, wma ye Im Coma fea por ae. pire. permissio para usar sen dinheiro?” ‘Que resposta a. senhora mplesmente perguntando, dramatizando ov no, o {er ae em ag%0 varios estimulos de mudanga: um, printer ial, que exereita com o paciente uma constante am do campo. perceptive (reforgamento de uma das funcoes EBS co paseas); © mais: toda explicitagdo verbal recupera faton SSageen que se achavam no mundo do implicito emocional Tiberman (1) destacou, além disso, 0 papel reforcador do es0 que esti contido na experigncia de ouvi-se falar, Todo estimule va a explicitagéo visa a romper as limitages ¢ 0 encablimy Pivpresentes no" uso cotidiano da Tinguagem convencional. Por Saplo: Que quer dizer: “fui apresentado a ele, ¢ ele se mos cant rig no trato"? Em que consiste a “frieza” dos outros pare ret win? Supse-se uma observagso Aso participante neste dis cats, porgue qual foj © “calor” com que, em_compensagie seeefoeiu 0 sujeito? Na psicoterapia, ¢ essencial. passat do Su iniiais da experiéneia subjetiva & andlise minuciosa de ceecoes, Toda situacio levanta qumerosas questoes, TaN igo importante para o terapeuta seja compreender que, N50 alee "de indagar para so. depois operar terapeuticamente, m2 EAN que 2 propria indagagdo ja contém estimulos terapéutico dde particular importancia, Lateline euma a attra bu 7 mais profunda perspectiva € tam © também'o tical de U cur icolerapias. 6 ive, servir-se de esquemas) certos aspectos da dinimica dos conffitos. Esta informagio pode ampliar-se pela recomendagdo de leituras, A experié ‘mostra que a mensagem que © paciente retica dessas Tica para esclarecer conflitos de toda indole (con! ‘com 0 {erapeuta). Propor- 1a informagao geral que enquadra a pro- matica do paciente desempenha um papel tetapéutico cspe- cifieo: eria uma perspectiva dentro da qual os problemas do paciente, com toda a sua singularidade, deixam de ser vistos como algo estcitamente individual que “s6 a ele” acontece, A falta deste quadro de referéncia cultural favorece, inversamen- de set 0 tinico com tais problemas, isto é uma perspectiva ditada pelo superego (acusador, a pair de seu complementar ideal do ego narcisista onipotenté). ss, por exemplo, verifiquei que € impor- dentro dese guadro de referéncia, todas as dificuldades par- ticutares do grupo tornam-se logo passiveis de abordagem, sem ‘© clima persecutério que € criado lorgosamente pelo fato de alguém ficar meramente ocupado vendo “o que acontece com esle grupo que vai mal” (com a suposigio ticita de que todas fas demals familias funcionam bem, donde se conclu) que os roblemas desta decorrerso exclusivamente dos defeitos de seus ividuos). Naturalmente, esta informacdo vem a ser sumamente rele- vante se a entendermos, também, como portadora de um ques- tionamento social das dificuldades criadas para individuos ¢ eridos no conjunto do sistema, Ou seja, no simples- jue outros também tém dificuldades”, mas exbo- spretacio de que contradigdes existentes entre exi- jades dos grupos humanos sio mobilizadas jgemte, Tratar a pro- iva critica € criar a itamente pessoal do gar uma Béncias e possi pelas contradigaes da estrutura social Blemitica psicologica sem esta perspe jusio.de que a enfermidade € assunto Psiquicos e, no méximo, dos do terapeuta nas ps far os escotomas do discur po da consciéncia © 0 papel das defesas dese estreitamento. Estas intervengSes contribuem para enriquecer esse campo. E sumamente proveitoso observar em detalhe como o paciente manipula a contribui¢ao retificadora do do-ae usando-a, aceitando-a wando a sua perspectiva a terapeuta de uma jinada_mai A confirmacao pelo ‘de compreender-se do atin! idsde de o terupeuta atuar flexivelmente com re- irmagées dos enunciados do paciente fun- jar wm clima de equanimidade, proprio de a0 “madura”, A falta desse clima de equanimidade parece refletirse na queixa de muitos pacientes de que 2 ses- ve para apontar seus defeitos © erros. Nestes casos, peta intervensOes doras do seu lado “enfermo’ jetado, mat uma estrutura de vinculo @ inércia € nfo 20 ere til de depen ‘que o tempo passa e que 0 senhor }é nfo € mais uma ct CONFIRMAGOES = “A senhora pensou que slgo no seu comportumento dese dis ‘para que ele se fecha flipeons fase wan Toriton pods oil to purndoximent "a ___ A resposta do paciente a estas confirmasdes & também rica em sugestdes: € um indice do nivel em que se registra 0 acordo, ou mais maduro (aceitagéo do proprio potencial de avaliacio realista de suas circunstincies), ov mai entos de onipoténcia, ou, nnegagdo da evidéncia de suas cepacidades ¢ tefigio nas do terapeuta). O trabalho em cima de ta 8 6 por isso, ocasilio de elaboragbes imediatas sumramente produlivas, Clarificagdes Estas intervengdes visam a conseguir desembaragar 9 emaranhado do paciente a fim de recortar os elementos icativos do mesmo, Freqllentemente essa clarificaso ven or meio de uma reformulagdo sintética do relato. Depois de ouvir por vérios minutos, o terapeuta to da relagdo de cs ‘mais geral ue o senhor pode dar de si também em outros plancs, com seus amigos, 0 teabatha, Estas intervengdes vo preparando o campo para uma Penetragéo nos aspectos psicologicamente mi preensiveis, 0 que se fard por meio de assinalamentos e in- terpretagdes. Ao mesmo tempo, “ensinam” um ‘modo de per- ceber a prépria experiéncia: 0 paciente aprende com elas a observar seletivamente, a percorrer a massa dos acontecimen- tos e de suas vivencias ¢ a fixar pontos marcantes, incorpo- rando, assim, um método que faz chegar A autocompreensio inago, Em pacientes com funcdes egéicas enfra- ia do ego (ou seja, tendéncias no sincretismo e a con- fusio), as clarificagdes desempenham, durante grande na medida em que assentam as premissas para que em algum momento outras intervencGes, de tipo interpretativo, por exem- plo, possam ser ativamente elaboradas, 161 5 : Recapitulagdes A certa altura da sesso, 0 terapeuta diz: — “Hos, ent, sage em primsiro lugar a circunstincia de como o eahor sempre softy pasiramente, © domfnio. de sia’ mie, 130 20 nunca,’e iso dels também n9 senor um, reven Bip avec ete Se moda de eat i domiasao. por pare de 50 es ora fo de 0 seior m0 3 $e fnteressar por sa roupa, 0 que The cabe, com se se oiiasse. Preste atengio nestes tts elementos que apareeem hoje porque deve haver entre les ts linger que abaream sua familia, eu casamento © seu trabalho.” ‘A certa altura do tratamento,"o terapeuta diz: — "Nos sltimos 185 meset o'senhor se bavia concentrado 0 pro. ‘ema que vinha tendo com ot estudos. Enquapto isso, a situagio sen. Ticava relegada a tim segundo plano, como para nfo remoer tanta cofsa ao mesmo tempo." SS Agors, aclarado. 0 problema vocacional, ‘esti na vex" dos ntos eo senhor nestes titimos diss ndo faz outra coisa. senio imental —~ ¢ 0 faz com énfase excessiva, E em outro tratamento: 8 agora, a maior parte do esforgo que a senhora fez no tra: tamenio fol para comegar a diferenciar quem era a senhora ¢ quem era i ‘papal, mio) e arse conta Je que no sram Sena 'peons em it corpo Enc. $8 agora entra no tabaho, de sar 2 ver, a descobrie o que a senhora pode fazer consigo mesma, fa seshorn ae nao vonha cles, © sentese conftna esta etapa." icagées, estas intervengdes estimulam ‘© desenvolvimento de uma capacidade de sintese, Em nosto meio, por uma questio de simples hipertrofia do trabalho “ana- muitos terapeutas sfo levados a descuidar do mo- 10. sintético," to" essencial comd aquele"e“complementar do mesma,” Sempre que ndo_sofra distorgées, como quando « tomam por indutora de fechamentos estéticos, esta atividade je sintese & fundamental no processo teraptutico para pro- duzir recortes'¢ “Techamentos™ provisérios ‘Ceomo” os degraus dé-uma ‘escada rolante). Sem: se firmar.em continuas: sinteses provisérins, 0 =processo de “pensamento nfo avanga: Perma- eve: estangada, sem trampotins, emma’ zona difusa © ilnii= tadd ‘de fragmentigao “ari ", env segmentos cada vez’ me- noFes. Sattre mostrou que’ a diaitiea’ do Cothecimtento ‘opera por meio “de iim movitiiéato ‘continud’ de “tot \Gdid-destota- jaovimientos através ‘da’ qual se visa! a ‘As’ recapililacses, iaagid-et micas (difefenciads tos essengiais Uesse proceso. : "Em ‘um paciente com difusdo da identidade, (limites im- fos, do’ ego) .¢, enfraquecimento, egsico numa etapa de cxige, , métoud .de, recapitulagbes, continuas (a0. final de cada sesso ¢ em periodos de trés ou quatro sessies) conside- rado altamente proveitoso. Surgiu por proposta do\ paciente, depois de haver notado que s6 conseguia pensar a. partir dessas recapitulagoes. No, meu, entender, estas intervensdes, ofereciam um. suporte: provisorio no. qual se..apolavam,. para, cxercitar-se. Sstus recursos egéicos (percepefo, teflexioy"descobrimento de rellagées): . bot _ 6 a MENT ST 8s e Assinalamentos | Estas. intervenges, de. uso constante..nas, psicoterapias, atuam estimolando no’ paciente. 0. desenvolvimento de, um noya.maneica: de perceber .2 prOpria experigncia. . Recortam 0s, elos. de uma seqiéncia (“primelramente a senhora recebeu f, em seguida, sem,saber por que, comegou. @ se Chamam a, atencio. sobre componentes, nificativos dessa experiéncia habitualmente passados por ‘observe em que momento o senhor decidiu telefonar justamente quando jé nfo tinham tempo para se para encontrar”), mostram relagGes. peculiares (“ja aconteceu va- ring vezes surgir aqui o tema de suas relacdes sexuais ©.0 se- hor me diz que se faz um branco em sua mente ¢ que jé io. € capaz de recordar mais nada”). Estes assinalamentos Convidam ‘a um’ acordo' bésico: sobre os dados a interpretar, Griam oportunidades- de ‘modificar ‘esses dados, so 0” traba- ho preliminar que ass esses comportamentos, Nas psicoterapias, fem uma regra técnica geral a convenigncia de assinalar sempre, antes de interpretar. O {undamento desta regra esti em que 0 amento estinula 0 paciente a se interpretar a si pré- prio com base nos elementos recortados, é um apelo A sua capacidade de autocompreenséo. £ sumamente Gti! que esta capacidade seja ensaiada insistentemente (treinamento refor- cador do ego) e em particular com o terapeuta, que pode entdo ir guiando 0 desenvolvimento destas capacidades no ato mesmo de seu exercicio, Dado 0 caréter docente da relacéo 6 melhor que a tarefa ‘aluno” sozinho, com poucas in- 1 ,, eases; também porque muitas vezes 0 docente aprende (com seu aluno, t — “0 senhor chega, encantraa distante, Ye mau humor, © senhor se _mortra carinoso, quer 0 earinho dela. Dai a mat) humor passa, ela Se ape fa ataca. Que the parece este ‘aivém, como 9 senhor o interpretaria? indo de seu fracasso de ontem na assembléia. De dizeado para lembrarse de que obleve 2 Como eneara esta mudanca de tema?” Nas respostas do paciente a nala- mentos revelamse com grande nitider sta capacidade de ht, (aproximagio ou distanciamento de seus dinami psicoiégicos), seus recursos intelectuais (aptidao para ab: e estabelecer relagdes versus adesio. a um pensamento co ereta), 0 papel dos mecanismos defensivos sferenci verdadeito teste global do. momento que 0 vessando fo processo terapéutico. slo: introduz uma racionalidade possfvel onde até entio dados soltos, desconexos, ilégicos ou contraditérios para a Tégica habitual, Propoe um modelo para a compreensio de seqiléncias de fatos na intervengéo humana, B freqiiente in- duzir também a passagem do nivel dos fatos para o das sig- nificagdes e para a manipulacio singular que o sujeito faz dessas si Ses. Procura descobrir com 0 paciente 0 mun- as molivacdes © seus sistemas internos de transfor iso das_mesmas (‘“mecanismos intemos” do individuo), im como suas modalidades de expresso ¢ os sistemas de interagio que se estabelecem, dadas certas peculiaridades de suas mensagens (“mecenismos grupais"). B importante recordar que toda interpretacéo é, do ponto de vista metodotégico, uma hipétese. Sua verificagio se cum- Pre, por conseguinte, como um processo sempre aberto © ja- mais termindvel, com base no actimulo de dados que sejam compativeis com o modelo te6rico contido na hipétese e, fundamentalmente, pela auséncia, com 0 correr do process de dados que possam re- io, nenhuma hipdtese (até agéo definitiva que a 8 como assentada na condico de saber acebado, Como em- preendimento que visa ao conhecimento, neahuma psicotera pia possui maiores garantias de “saber” que as que estabele- cem.as limitegdes inerentes 20 processo geral do conhecim hhumano. Esta conscitneia das limitagées cognitivas da inter- pretasdo pode expressar-se de muitas manciras na atitude do ferapeuta, na construgio da interpretacio, no seu modo de aneiras que tero em comum o sinal de ceria hu- lade, © tom de voz, a énfase dada, as atitudes gestuais © estamn para transmitir essa humildade que re- sulta da consciéncie de suas limitagdes, ou entio 0 oposto: o desempenho de um papel de autoridade que emite “verdades” sem jaga. Neste altimo caso, 0 que se estaré propondo e uti- lizando € toda uma concepgio estética do conhecimento, esti- mulando-se_umz relagio terapéutica de dependéncia infa (adulto que sabe-crianga que jgnora), com o que a torcdo do procesto teraptutico & total, Em uma psicoterapia, é essencial que o conhecimento seja vivido como uma préxis, isto € como s tarefa a ser realizada entre duas ou mais.pes: soas que chegaram a um_acordo numa relagio de trabalho. 165 di: inerpretgio sobs tambien cad, Rormuegoes que dsiaqem sed ae \u ‘Temps que, ver. os mn © -cariter ‘aquele’ cardter, Sua’ auséacia tent Jcoterapia. devem ‘cobrit*um*am- sn paraliia ‘em relagdo. 90 ‘esto exrressa pos fonilo porgne 0 titulo Pablema:”a86 pode’ abandons 16 forave 0 tiule sivelmente umn nema: ne pede. Eimporonte para'o tenbor para’ sia ia dar uaiquer “nove. passe. porah Voinarsé'e midar de, yids, ter que i para ir" eterminatdas constelacdes B. Reconsteuir determinadas constel its nificativas (por, exemplo, -momentos, marcantes, na .eyolus ‘ ‘deontcido ¢, que, maaele 0 gue prise never acontecido fae, magule scat Sel ie a ere wine ©, ‘Stndr a seo na obrigagto de’ waar toe ge proton thet fend tein fo vcomo™"uma. deco 16 Como imposicto dele.” C.. Explicitar situagdes transferenciais que pesem. no. pro~ cesso. Pane ; esta amide, ge ‘amo, 0 ss fica depender afetod. Teve entio uma, exper ito ‘ge outa petton, Asko qe esta experenis St ponds no A Thor pont ‘de tmnt eleenie aco na testa ¢ Tae om ee ano se entepar rece para pho vie softer, pore 8 cai ad vices pan o ae Jes Bo_paciegtenegadas od nossa, separasio dagul a2 D. Recuperar’ capaci cultivadas. 5 ante a obrlgasad de decidir © abe 5 Ost agra. 'S00 ‘eateve’ nusente € niio podia ser €ob: fazer com esse emprezo. SEU 166 tado, de modo que 0 senhor pe, nko s6 decidit, mas dar sua opiait sobre em que condigGes essa fre devri ser cumpridn. Veja 6 tudo que 0 senhior nfo sabia (no queria erer) que podia fazer por iniciatiy Prépria.” E. Tornar compreensivel a conduta dos outros em fungs dos novos comportamentos do paciente (ciclos de interacd compreensfveis em termos comunicacionais), Dest ver seu pai acedes. Pensemos se no ter sido porque senhor colocot lema de outra maneira, com uma ati fade mai far que m trate como uma crianga, porque ji nfo me sinfo uma crianga’ © evi ‘entemente ele notou & mudanga.” F. Destacar as conseqlitncias que decorrerio de 0 pa ciente encontrar alternativas capazes de substituir estereétipo pessoais ou grupais Em contraste com a técnica psicanalitica, onde um de terminado tipo de interpretagéo (transferencial) € privilegiadi como agente de modificagSo (2), nas psicoterapias, uma ve que se trabalha simultinea ou altemnativamente com virio fe mecenismos de modificagéo, néo existe uma hierar para os tipos de interpretacdo: todos eles so instrumen tos igualmente essenciais dentro do processo, Cada pi e cada momento de seu process requererfo. parti certo tipo de interpretagio; esse sero que melhor se ajust momento’ dado, mas toda distingfo hieré: quica que se atribua a algum tipo. de interpretagao sera tran sitéria, conjuntural, Sugestoes: © gue acontecew, verficar qual foi 0 seu papel em Sieg, dtetar melNor o-que atl sentido Inimamente Com estas intervengses, © terapeuta prope a0 paciente condutas_alternativas, i inais, Mas o sentido de tais intervengdes nic 18 de promover a agio em diregdes diferentes, porcionar insights a partic do ingulos novos, Fundamental mente, contém um pensamento que antecipa a agio (aspecto relevante dentro do conjunto de fungdes egoicas a exercitar em jo tratamento), que facilita uma compreensio prévia a agio. A agio ulterior, caso chegue a ser experimentada, po- ora dar ocasiio a confirmagses, reajustamentos ou amplia~ ges do insight prévio, Muito freqiientemente fornecerd novos dados © com eles uma nova problematica a investigar. Com 1 compreensio destas,fases do processo que se inicia por uma sugestdo, este tipo dé intervengdo adquire uma eficécia parti- cularmente interessante, Um tipo de sugestses (quase-sugestdes) se a jas de ultras. alternati comportamento interpesso = "Que teria acontecido se nessa hora a senhora 0 intecrompssse «irene “Escute: aga, no me veka com indietas,@ que 6 que voce {sit quetendo, me dizer com todo banal o que 6 que voc! seta Ou entio: "EE se 9 senhora telefonasse para dades do outro e sobre a dinimica Opera fazendo ressaltar contrastes entre 0 vivo sles contrastes nfo so comentados em um Contém uma compreensio que fica 168 que foi vivido como do que pode vir sé-lo, Um pacient: experimentou assim essa proximidade: ss envolvdo auma discussfo com minha mulher fe noquele momento me lembiei de algo que. o senhor me favia dito frum ses possadar “Eo que aconteceria se, quando ela flease vio fenhor a ease?” Fiz ino na mesma hora... e nfo aconteced — “outro dia es As sugestées em psicoterapia geralmente (exceto em si: tuagdes agudas de crise) vém inserit-se em desenvolvimento: do proceso terapéutico com base nos demais tipos de inter ‘Yengo. So oportunas quando as condigoes do paciente pars assumislas (tedugio de ansiedade a niveis tolerdveis, fortale: mento egsico) @ as do vinculo interpessoal em funcionamen to chegaram a um momento de sua evolugio que as torne “fecundas”, receplivas para esse tipo de estimulo. O terapeute devera detectar, inclusive, um momento dessa: do desenvolvimento do vinculo em que “faga, falta” uma ex- perigneia diferente, nova, para que muito do que foi esclare- “do se etistalize em ato. A sugestlo recorre, indubitavelmen- ,, com a dramatizacdo, 20 papel revelador ivencial do fato, de que mi flexivo, mas no & 0 vas. Outro 6 0 das que Se produz ou se \do interno”, incorpo- outros. contextos, A Este plano, de existéncia =o) nied em jogo quando sio emitdas aprendizagens. E possivel pensar que evita nessa opo 2-88" como” expe experiéncia linia ‘Outro. nivel de atuagio esté no depois da aséo.-Fazer ou nio.,fazer: mnsforma-se em uma experi e do sentido de uma atitude: an indvzida), suacomparagdo-minuciosa, servem: de ocasifo' para um: elas boragdo. freqientemente .rica.”.A .experiéncia clinica mostra fartamente que, soem princi 05.» Muitasvezes “pelo coatrério| ‘As diretivas que surgem em psicoterapia referem-se, como {uncfonam coma complementares./AS dfcldades:que-@: pe se v8 nestes exemy a necessidades préprias do. pro- ciente teve-para trazet set gravador efem’ seguida escutar:suq an aa pee " sessfo foram claramente iustrativas; ‘Tiverim: a: valor-do :vit do.ato, submet sularmente.atenta. Jay Haley, (3) fornece SRR dO terns eto xjo *propésite veor: cess infervengées d os que sofremos as pressoes dessa nfl 50). tivemos que passar por um descobrit, na todas’ aquelas efn que 0’ pacl (e/ou © grupo) se encontrem sem'6$ indispensévels recursos ee a expe 9s levaram claramente a gto dex Ges gue claramente as requere Saractettar tais ipo de intervencbes em jf discutiremos como wt de que maneisa podem ser com- exercidas pelas intervencoes di 10 do ato em si mesmo, a que se fem personalidades ou grupos precério,. com care preendidas Ha um ni instante em que o paciente recupera ou adquire tes icos necessfrios para obter autonos orientadas no sentido de esclarecer, as quais se tornam nesse momento especialmente recomendAveis, E importante ter em conta que ese movimento nos recursos egéicos do paciente (amuitas vezes inversamente proporcionais 20 montante de an- siedade) possui ritmos variados, podendo ocorrer de uma semana para a seguinte, de um més para o seguinte, ou de um instante para outro'na mesma sesso, Frente a esta mo- jade, que requer do terapeuta uma combinacdo gil de tervengoes, atenta as flutuagdes daquelas capacidades, qual poderia sero sentido de certos “e psicoterapéuticos es- tereotipados, que dirigem sempre, ou nao dirigem nunca, 0 pa- ciente? Que fundamentos teéricos e técnicos poderio encon- trar semelhantes posigies de “escola” em psicoterapia? Néo estou pensando, com isto, que faltem justificagGes A opcio técnica, na psicandlise, de 0 analista evitar emitir as diretas (as tinicas, de-testo, que ele pode evitar, porque indi- retamente toda intervengio dirige 0 paciente)® O que carece de justificagio € estender a0 campo mais amplo das psicote- rapias em geral o principio de evitar-dar-diretivas, como regra universal, e pretender respaldar essa posiclo nos fundamentos teérico-téenicos que apéiam o mesmo ponto de vista no con- texto do processo ps 10 Operagées de enquadramento Estas intervengées abrangem todas as especificagées rela tivas &-modalidade espacial ¢ temporal que deveré assumir a relagdo terapéutica: local das sess6es, posigiio em que ficam colocados 05 participantes um em relagao ao outro, duragio e freqiiéncia das sessies, auséncias, honorérios. Uma distingio importante a ser feita & aquela entre as intervengdes que estabelecem um enquadramento ¢ outras em aque se propde um enquadramento a ser reajustado ¢ elaborado conjuntamente com o paciente, Por esta diferenca passa uma finha diviséria ideol6gica: a relagéo terapéutica concebida como autoritéria ou como igualitéria. O autoritarismo do en- gquadramento imposto costuma apoiar-se em pressupostos de ipo técnico pelos quais se pretendo que, para determinada situago de consulta, hé tSo-somente uma dnica moncica

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