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2015
Prof. João Mendes
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
Métodos de Interpretação ................................................................................................................... 3
1. Método Jurídico............................................................................................................................... 3
1.1. Premissas do Método Jurídico ou Método Hermenêutico Clássico.................... 3
1.2. Elementos Interpretativos ................................................................................................. 4
1.3. Aspectos Relevantes ............................................................................................................. 5
2. Método Tópico-Problemático (ou Tópica) - Theodor Viehweg ................................... 7
2.1. Premissas.................................................................................................................................. 7
2.2. Processo aberto de argumentação ................................................................................. 8
2.3. Aspectos Relevantes ............................................................................................................. 8
2.4. Função dos vários topoi (argumentos ou pontos de vista) ................................... 9
2.5. Críticas ....................................................................................................................................... 9
2.6. Gilmar Mendes (Discurso em Palestra) ..................................................................... 10
3. Método Científico-Espiritual (Ou Método Valorativo, ou Sociológico) .................. 12
3.1. Premissas............................................................................................................................... 12
3.2. Consequências ..................................................................................................................... 13
3.3. Crítica ...................................................................................................................................... 13
4. Método Hermenêutico-Concretizador - Konrad Hesse ................................................ 14
4.1. Pressupostos ........................................................................................................................ 14
4.2. Diferença em relação à Tópica ...................................................................................... 16
4.3. Críticas .................................................................................................................................... 16
4.4. Aplicação pelo STF ............................................................................................................. 17
5. Método Normativo-Estruturante .......................................................................................... 20
5.1. Postulados Básicos ............................................................................................................. 20
6. Interpretação Comparativa (Método Comparativo) ..................................................... 29
7. Abertura da Interpretação Constitucional e a Sociedade dos Intérpretes ............ 30
7.1. Sociedade fechada da interpretação ........................................................................... 31
7.2. Sociedade aberta................................................................................................................. 31
8. Interpretativismo (EUA) .......................................................................................................... 33
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Métodos de Interpretação
1. Método Jurídico
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Elemento Genético
É o estudo das normas através da origem dos conceitos que levaram a elas. Com
efeito, busca-se o entendimento do dogma em sua gênese.
Elemento Filológico
Elemento Histórico
A norma não deve ser compreendida de forma isolada, mas em consonância com
os demais elementos do universo jurídico em que se insere.
A lógica subsuntiva nada mais é do que a incidência da norma sobre o fato nela
previsto. O método jurídico adota esta lógica, daí, ao intérprete, não ser lícito a
valoração, já que a ele não cabe a criação de normas, apenas a revelação de seu sentido.
Deste pensamento emana o brocardo que estabelece ser o juiz a “boca da lei”,
desse modo, caberia ao magistrado a simples aplicação da norma. Denota-se então, um
segundo aspecto relevante, que se consubstancia na preocupação em não dar poderes
demasiados ao juiz.
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Antes que se possa adentrar ao estudo dos demais Métodos, é necessário que se
façam algumas considerações acerca das Normas Constitucionais. Esclarece-se que essa
espécie normativa possui características próprias, que a diferencia das demais normas
jurídicas, a saber:
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Superioridade hierárquica
Conteúdo Jurídico
Linguagem Plástica (vagueza ou ductilidade)
A Tópica defende uma forma de pensar oposta àquela ditada pela lógica
subsuntiva, com efeito, o Método Tópico-Problemático subverte a lógica do
pensamento subsuntivo.
2.1. Premissas
Caráter Prático:
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Quanto mais principiológica for a norma, maior será esse caráter aberto. É a
chamada ductilidade da norma constitucional.
Tópica vem da palavra topoi, derivada de topos, que significa lugar comum,
pontos de vista, argumentos aceitos por todos ou pela Maioria ou pelos mais
qualificados.
Opera os topoi envolvidos nas controvérsias para a ponderação dos prós e dos
contras das diversas opiniões que se referem a essas controvérsias.
2.5. Críticas
A interpretação não deve partir do problema para a norma, mas sim o contrário.
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problema.
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c. Científico-espiritual.
d. Normativo-estruturante.
e. Sistêmico.
Resp.: a
3.1. Premissas
3.2. Consequências
Razão pela qual a Constituição exige interpretação flexível e extensiva, para que
haja integração dos impulsos e motivações sociais ou seja, as transformações
sociais.
3.3. Crítica
O integracionismo absoluto em excesso pode degradar o indivíduo à condição de
mera peça da engrenagem social, sem relevo. Enfoca-se tanto a sociedade como um
todo, que se corre o risco de ignorar o indivíduo em sua condição singular.
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4.1. Pressupostos
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Norma Fato
singularizado.
O primado não é do problema, mas do texto constitucional. Preconiza-se, assim,
a primazia da norma sobre o problema.
A interpretação é suscitada por um problema, mas, para sua solução, há
vinculação ao texto constitucional.
O intérprete parte de sua pré-compreensão sobre o significado do enunciado
normativo (juízo abstrato prévio), atuando sob a influência das suas circunstâncias
históricas concretas, mas sem perder de vista o problema prático (o caso concreto).
4.3. Críticas
A pré-compreensão do intérprete distorce a realidade e o sentido da norma.
Essa aludida distorção pode ser exemplificada ao se imaginar um intérprete cuja
formação religiosa cristã influencie na compreensão da realidade, podendo,
eventualmente, culminar na distorção do sentido da norma e da realidade.
A pré-compreensão apresenta um aspecto irracional.
Os valores internalizados nem sempre estão claros ao intérprete como
influenciadores da solução.
Normas constitucionais apresentam sentido multívoco.
Falta de um critério de verdade que avalize as interpretações.
Não há elemento definidor da verdade.
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5. Método Normativo-Estruturante
Não é o teor literal de uma norma que regula um caso concreto, mas sim o órgão
legislativo/governamental, o servidor público, os juízes/tribunais, pois promovem a
implementação prática da norma. Nesse sentir, a Constituição se realiza através das leis,
do administrador e do judiciário.
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Programa Domínio
Norma vo Norma vo
Norma
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Resp. C
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b. científico-sociológico.
c. hermenêutico-clássico.
d. tópico-problemático.
e. hermenêutico-concretizador.
Resp.: A
O Tribunal de Justiça lida com todos os Estados Nacionais que compõe a União
Europeia. O órgão, então, verifica como a constituição nacional de cada Estado membro
soluciona o problema, verificando-se as similaridades e as divergências entre os direitos
constitucionais, a fim de que, por meio do estudo comparado, chegue-se a uma melhor
solução.
Em outras palavras, uma norma possui como destinatário o indivíduo que vive a
realidade constitucional. Por vivê-la, influencia nesta realidade, transformando-se,
assim, o indivíduo em pre-intérprete.
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Julgado STF
“A admissão de amicus curiae confere ao processo um colorido
diferenciado, emprestando-lhe caráter pluralista e aberto, fundamental
para o reconhecimento de direitos e a realização de garantias
constitucionais em um Estado Democrático de Direito”. (ADI 2548/PR, Rel
Ministro Gilmar Mendes).
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8. Interpretativismo (EUA)
Para que não subsista essa forma antidemocrática, mesmo indo contrariamente
à maioria, deve a jurisdição constitucional ater-se o máximo possível ao texto
constitucional. Caso haja afastamento do texto e aplicação de valores éticos, políticos,
históricos, morais, ou seja, valores substantivos, haverá elemento criativo no tocante ao
texto constitucional. Estaria a jurisdição, assim, agindo em lugar do legislador,
criativamente, o que não pode acontecer, já que não foram eleitos pelo povo, logo, esse
tipo de atuação seria antidemocrática.
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i. A constituição escrita;
Em síntese:
O império da lei ou o Estado de Direito não pode ser a lei dos juízes, i.e., não
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9. Não-Interpretativismo (EUA)
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