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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
DISCIPLINA: HIDRÁULICA EM CONDUTOS FORÇADOS

EXPERIMENTO 3

ESTUDO DE PERDA DE CARGA LOCALIZADA

Docente:
Welitom Ttatom Pereira da Silva

Cuiabá/MT
Junho de 2014
1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
DISCIPLINA: HIDRÁULICA EM CONDUTOS FORÇADOS

EXPERIMENTO 3

ESTUDO DE PERDA DE CARGA LOCALIZADA

Relatório do 3° experimento realizado,


solicitado pelo Prof. Welitom Ttatom
Pereira da Silva, como requisito avaliativo
do curso de Engenharia Sanitária e
Ambiental na disciplina de Hidráulica dos
Condutos Forçados..

Discentes:
Elisangela Maria Ferrarez
Jose Augusto Correia
Marcio Braga de Almeida
Oátomo Augusto Martinho Modesto

Cuiabá/MT
Junho de 2014
2

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
1.1. Fundamento Teórico ............................................................................................................ 3
1.2. Objetivo .................................................................................................................................. 5
2. APARATO EXPERIMENTAL ...................................................................................................... 5
2. PROCEDIMENTO ........................................................................................................................ 6
2.1. Material Utilizado .................................................................................................................. 6
2.2. Método ................................................................................................................................... 6
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................... 7
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 10
5. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ............................................................................................. 10
ANEXO ................................................................................................................................................. 11
Anexo 01 .......................................................................................................................................... 12
Anexo 02 .......................................................................................................................................... 13
Anexo 03 .......................................................................................................................................... 14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Registro de Gaveta ................................................................................................................. 4


Figura 2 - Curva do K1 x Reynolds ......................................................................................................... 7
Figura 3 – Curva do K2 x Reynolds .......................................................................................................... 8
Figura 4 - Curva do K3 x Reynolds ........................................................................................................... 9
Figura 5 - Relação entre os coeficentes Ks nas tres tomadas de vazões..................................... 9

LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Dados Primeira Tomada de Vazão .................................................................................... 12
Quadro 2 - Dados Segunda Tomada de Vazão ..................................................................................... 13
Quadro 3 - Dados Terceira Tomada de Vazão ..................................................................................... 14

LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Valores de K1 para registro de gaveta parcialmente fechado ................................................ 7
Tabela 2 - Valores de K2 para registro de gaveta parcialmente fechado ............................................... 8
Tabela 3 - Valores de K3 para registro de gaveta parcialmente fechado ............................................... 9
3

1. INTRODUÇÃO
Em tubulações quando há o escoamento interno, este sofre forte influencias
das paredes, fazendo com que a energia se dissipem devido ao atrito, ou seja, as
partículas em contato com a parede adquirem a velocidade da parede tornando-se
nula e passam a influir nas partículas vizinhas através da viscosidade e da
turbulência, dissipando a energia. Essa dissipação da energia abaixa a pressão total
do fluido que escoa e então é denominado Perda de Carga. Essa perda de carga
pode ser caracterizada em duas formas:

 Perda de Carga Localizada ocorre onde a perda de carga é causada


pelos acessórios de canalização, isto é, as diversas peças necessárias para a
montagem da tubulação e para o controle do fluxo do escoamento, que provocam a
variação brusca da velocidade, em modulo ou direção, influenciando diretamente na
perda de energia nos pontos onde estão localizadas, com isso o escoamento sofre
perturbações em pontos de instalação tais como válvulas, curvas, reduções e
joelhos.
 Perda de Carga Distribuída onde as paredes dos dutos causam uma
perda de pressão distribuída ao longo do comprimento do tubo, fazendo com que a
pressão total vá diminuindo gradativamente ai longo do comprimento e por isso e
denominada de Perda de Carga Distribuída.

Como a perda de carga distribuída ocorre em toda extensão da tubulação,


vários fatores influenciam nesta perda de carga, pois depende do diâmetro (D) e do
comprimento (L) do tubo, da rugosidade da parede, da propriedades do fluido, da
massa especifica e da viscosidade e velocidade do (V) do escoamento. Sendo que
cada fator está relacionado com o material que foi utilizado na fabricação bem como
seu estado de conservação, pois um tubo novo apresenta uma rugosidade menor
que um tubo usado.

1.1. Fundamento Teórico


Para se calcular a perda de carga através do duto de escoamento. Para tanto,
é necessário termos conhecimento da fórmula da carga.
4

𝑉12 (1)
∆𝐻 = 𝐾
2. 𝑔

Onde:

• ∆H = Perda de carga;

• K = Coeficiente Adimensional;

• V = velocidade de escoamento ; [V] = m/s

• g = aceleração da gravidade ; [g] = m/s²

Figura 1 – Registro de Gaveta

Em geral, o coeficiente K determinado experimentalmente para Reynolds


maiores que 105 torna-se independente de Reynolds e assume-se como constante e
deverá ser tirado de tabelas obtidas em literatura.
5

1.2. Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo obter o conhecimento e também
aprendizado usando um modelo hidráulico e através da obtenção de dados por meio
de coletas no laboratório de hidráulica, observando as variações de pressão
conforme alterava a vazão da tubulação e com as determinadas equações
matemáticas obter os resultados satisfatórios tanto com valores observados nos
aparelhos de medição, bem como proporcionar experiência, entendimento das
formas de transformação de energia e sua importância para o dimensionamento e
operação de sistemas hidráulicos.

2. APARATO EXPERIMENTAL
O equipamento utilizado é composto por válvula de entrada de água no
sistema (1), válvula de controle de vazão (2), um par de piezômetros de mercúrio (3),
tubo (4), válvula união de PVC rígido para análise de perda de carga localizada (5),
braço para manter em conduto forçado (6) e um reservatório para receber a
descarga de água (7). Abaixo há uma figura ilustrativa do aparato.

FIGURA 01 – Aparato instrumental do ensaio de perda de carga localizada

Nesse instrumento, a água entra no sistema através do acionamento da


válvula de entrada, então parte da descarga é direcionada para o tubo onde será
analisada a perda, o excesso é eliminado por um duto que controla a velocidade da
6

água para não romper o cano. A medida que a água passa pelo tubo, há dois pontos
para análise de perda de carga, um antes da válvula união e outro após, que fazem
a medida da água em um par de piezômetros com mercúrio interligado.

Ao final do percurso, a água encontra no trajeto uma inclinação da tubulação


de 90°, que foi instalado para conservar a sessão completa. Então a água é
despejada no reservatório, findando a trajetória.

Foi utilizada uma tubulação de PVC branco de 1 1/2’’, niples, joelhos e válvula
união para fazer a conexão. E com furadeira e pino foram feitos os dois pontos para
medir a pressão.

2. PROCEDIMENTO
2.1. Material Utilizado
 01 Tubo de pvc soldável (40 mm) - 3 metros de extensão
 01 Registro de Gaveta (1 ½ polegadas)
 Balde (9 Litros)
 Cronometro

2.2. Método

Com o aparato montado, deu-se início ao experimento. Todo o experimento


foi realizado em 3 tomadas de vazões, ou seja, três diferentes aberturas da válvula
inicial.

Com a válvula inicial aberta quase que totalmente, e o registro de gaveta, no


caso a peça a ser estudada totalmente aberta coletou-se três amostras de vazões
para se obter a média de tempo, e assim calcular a vazão pelo tempo. Efetuando
calculo utilizando a metodologia de regra de 3, obteve-se a quantidade de voltas a
ser aplicada no registro de gaveta. A fração do numero de voltas foi orientado
conforme a bibliografia, se dividindo em: 0, ¼, 3/8, ½, 5/8, ¾, 7/8. Como o numero
total de voltas da válvula foi de 9,25 voltas elas foram da seguinte maneira: 9,25;
7

6,94; 5,77; 4,62; 3,47; 2,31; 1,16. E em cada volta coletou-se três amostras de
vazões para obter a media de tempo, e assim calcular a vazão pelo tempo. Esse
processo se repetiu duas vezes nas outras duas tomadas de vazão aplicada para
estudar a válvula.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com os valores de perda de carga obtidos através de cálculos utilizando os
dados da Tabela 1, foi elaborado os gráficos da figura abaixo, os parâmetros
utilizados para o calculo da perda de carga localizada

a/D 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8


Nº de Voltas 9,25 6,94 5,77 4,63 3,47 2,31 1,16
K1 1,35 1,37 1,40 1,43 1,46 1,51 1,58

Tabela 1- Valores de K1 para registro de gaveta parcialmente fechado

K1 X Reynolds
1.60
1.55
1.50
Coeficiente K

1.45
1.40
1.35 K1
1.30
1.25
1.20

1.51E+05 1.19E+05 7.88E+04

Figura 2 - Curva do K1 x Reynolds


8

a/D 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8


Nº de Voltas 9,25 6,94 5,77 4,63 3,47 2,31 1,16
K2 1,90 2,56 3,23 3,93 4,56 5,22 5,98

Tabela 2 - Valores de K2 para registro de gaveta parcialmente fechado

K2 X Reynolds
7.00
6.00
5.00
Coeficiente K

4.00
3.00
K2
2.00
1.00
0.00

3.75E+04 3.32E+04 3.13E+04

Figura 3 – Curva do K2 x Reynolds


9

a/D 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8


Nº de Voltas 9,25 6,94 5,77 4,63 3,47 2,31 1,16
K3 2,14 2,87 3,58 4,32 5,03 5,78 6,62

Tabela 3 - Valores de K3 para registro de gaveta parcialmente fechado

K3 X Reynolds
7.00
6.00
5.00
Coeficiente K

4.00
3.00
K3
2.00
1.00
0.00

2.37E+04 2.28E+04 2.09E+04

Figura 4 - Curva do K3 x Reynolds

7.00

6.00

5.00
Coeficiente K

4.00
K1
3.00
K2
2.00 K3

1.00

0.00
0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8
a/D

Figura 5 - Relação entre os coeficentes Ks nas tres tomadas de vazões.


10

4. CONCLUSÃO

Através deste experimento foi possível um estudo aprofundado sobre o regime


de escoamento. observou-se também que perda de carga hf e diretamente
proporcional a vazão (Q) e os valores teóricos e os medidos apresentaram
resultados semelhantes.

Apesar das incertezas serem muito discrepantes, os valores das constantes de


perda de carga tanto os calculados quanto os observados, os valores estavam
coerentes com a teoria apresentada.

E por final, comprovou-se que o numero de Reynolds realmente pode descrever


o tipo de regime que ocorre dentro de um sistema associando a geometria do
conduto e a propriedade do fluido.

5. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

GERNER, V. N. (2010). Perda de Carga em Instalçãoes Hidraúlicas. Perda de Carga


e Comprimento Equivalente. São Paulo.

PORTO, R. M. (2006). HIDRAULICA BASICA (4 ed.). São Carlos, SP, Brasil: EESC-
USP.
11

ANEXO
12

Anexo 01
Quadro 1 - Dados Primeira Tomada de Vazão

a/D 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8


9,25 6,94 5,77 4,63 3,47 2,31 1,16
Nº de Voltas
K1 1,35 1,37 1,40 1,43 1,46 1,51 1,58

T¹ 2,20 2,10 2,40 2,20 2,50 3,00 3,80


Primeira Tomada de Vazão

T² 1,90 2,00 2,20 2,40 2,70 3,00 3,30


T³ 1,60 2,00 2,00 2,60 2,70 3,10 3,80
Média 1,90 2,03 2,20 2,40 2,63 3,03 3,63
Vol. (L) 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00
Vazão (L/s) 4,74 4,43 4,09 3,75 3,42 2,97 2,48
Q (m³/s) 4,74E-03 4,43E-03 4,09E-03 3,75E-03 3,42E-03 2,97E-03 2,48E-03
Velocidade
3,77 3,52 3,26 2,98 2,72 2,36 1,97
(m/s)
Diametro 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04
J 0,32 0,29 0,25 0,22 0,18 0,14 0,10
L (m) 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00
AH 0,974 0,865 0,754 0,647 0,550 0,430 0,313
Reynolds 150.778,37 140.891,26 130.217,68 119.366,21 108.789,46 94.443,59 78.847,40

PA Montante
0 0 0 1,02 3,06 8,16 16,32
(MCA)

PA Jusante
1,63 1,63 1,62 1,6 1,41 1,06 0,2
(MCA)
13

Anexo 02
Quadro 2 - Dados Segunda Tomada de Vazão

a/D 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8


9,25 6,94 5,77 4,63 3,47 2,31 1,16
Nº de Voltas

K2 1,90 2,56 3,23 3,93 4,56 5,22 5,98


Segunda Tomada de Vazão

T¹ 7,70 7,80 8,00 8,60 8,70 8,60 9,30


T² 8,00 7,80 8,10 8,70 8,30 8,30 9,10
T³ 7,20 7,90 8,30 8,60 8,30 8,60 9,10
Média 7,63 7,83 8,13 8,63 8,43 8,50 9,17
Vol. (L) 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00
Vazão (L/s) 1,18 1,15 1,11 1,04 1,07 1,06 0,98
Q (m³/s) 1,18E-03 1,15E-03 1,11E-03 1,04E-03 1,07E-03 1,06E-03 9,82E-04
Velocidade 0,94 0,91 0,88 0,83 0,85 0,84 0,78
Diametro 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04
J 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02
L (m) 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
AH 0,085 0,109 0,127 0,138 0,167 0,189 0,186
Reynolds 37.529,99 36.571,77 35.222,82 33.182,88 33.969,83 33.703,40 31.252,24
PA
Montante 0 0 0 0 0 0 2,04
(MCA)
PA Jusante
0,39 0,46 0,42 0,42 0,41 0,38 0,3
(MCA)
14

Anexo 03
Quadro 3 - Dados Terceira Tomada de Vazão

a/D 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8


Nº de 9,25 6,94 5,77 4,63 3,47 2,31 1,16
Voltas
K3 2,14 2,87 3,58 4,32 5,03 5,78 6,62

T¹ 12,20 12,60 12,60 12,80 12,80 12,90 14,10


Terceira Tomada de Vazão

T² 12,00 12,10 12,30 12,50 12,80 12,80 13,4


T³ 12,00 12,50 12,30 12,40 12,10 12,70 13,70
Média 12,07 12,40 12,40 12,57 12,57 12,80 13,73
Vol. (L) 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00
Vazão (L/s) 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 0,70 0,66
Q (m³/s) 7,46E-04 7,26E-04 7,26E-04 7,16E-04 7,16E-04 7,03E-04 6,55E-04
Velocidade 0,59 0,58 0,58 0,57 0,57 0,56 0,52
Diametro 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04
J 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
L (m) 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
AH 0,038 0,049 0,061 0,071 0,083 0,092 0,092
Reynolds 23.741,35 23.103,14 23.103,14 22.796,73 22.796,73 22.381,16 20.860,11
PA
Montante 0 0 0 0 0 0 1,02
(MCA)
PA Jusante
0,38 0,38 0,38 0,41 0,41 0,35 0,3
(MCA)
15

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