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Eletromagnetismo A

Trabalho laboratorial 1: Circuitos electricos dc


Este trabalho deve ser precedido por:

1. Leitura e compreensão do texto complementar “Circuitos eléctricos dc” disponível na página


da disciplina:
2. Identificação dos objectivos das experiências a realizar e dos métodos a utilizar.

1 Objectivo

Verificação da lei de Ohm.


Estudo das associações de resistências em série e paralelo e do funcionamento de alguns
circuitos simples.
Estudo da carga e descarga de um condensador num circuito RC

2 Equipamento disponível
• Fonte de alimentação dc
• Placa de montagem “Breadboard”
• Multímetros
• Várias resistências
• Condensador electrolítico de 4700 F
• Fios de ligação

3 Realização Experimental

3.1 Verificação da lei de Ohm


Esquematize no seu caderno de laboratório um circuito que permita verificar
experimentalmente a lei de Ohm, onde estejam incluídos os instrumentos de medida.

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Trabalho laboratorial 1: Circuitos eléctricos dc Electromagnetismo A
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Monte o circuito e realize as medições necessárias para a verificação pretendida. Com uma
representação gráfica adequada dos resultados, obtenha o valor da resistência. Meça directamente
o valor da resistência com um Ohmímetro e compare os dois valores experimentais obtidos.
Considere o circuito com o gerador e uma resistência em série, sem introduzir o amperímetro
num circuito. Como pode determinar a corrente que o percorre?
Planeie um método para determinar a resistência interna do gerador e obtenha esse parâmetro.

3.2 Associações de resistências


Nesta parte do trabalho utiliza-se uma base de montagem (“bread-board”)1 para ligar os
componentes entre si e montar os circuitos.

3.2.1 Associação em série


Escolha três resistências com valores nominais inferiores a 10 k (Consulte a tabela do código
de cores no apêndice A) e utilize o ohmímetro para obter os valores com maior precisão.
Sobre a base de montagem ligue as três resistências em série. Preveja o valor da resistência
equivalente e determine-o experimentalmente com um ohmímetro.
Desenhe no seu caderno de laboratório um circuito constituído pelas três resistências em série
e uma fonte de tensão de 10 V, monte-o e verifique se a lei das malhas é válida.
Explique porque é que um circuito deste tipo se designa “divisor de tensões”?

3.2.2 Associação em paralelo


Sobre a base de montagem ligue as três resistências em paralelo. Preveja o valor da resistência
equivalente e verifique-o com um ohmímetro.
Com as mesmas três resistências coloque uma delas em série com o paralelo das outras duas e
ligando esta associação a um gerador realize as medições necessárias para a verificação do valor
da resistência da associação em paralelo das duas resistências sem recorrer ao ohmímetro.
Considerando a lei de Ohm válida, determine a intensidade de corrente que percorre cada uma
das resistências e verifique a lei dos nós.
Quantas malhas existem no circuito? Verifique se a lei das malhas é válida nas malhas
existentes.
Usando um fio faça um curto-circuito ao paralelo de resistências. Determine a intensidade de
corrente que percorre cada uma das resistências no novo circuito sem utilizar o amperímetro.

1
Ver apêndice B

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3.2.3 Voltímetro e amperímetro reais


Meça o valor real de duas resistências com valor nominal 10Me utilize-as para montar um
circuito em que as duas resistências em série estão ligadas a uma fonte de 10 V. Verifique a lei das
malhas. O que conclui?
Discuta se o voltímetro que utilizou pode ser considerado um instrumento ideal. Verifique
ainda se o multímetro a funcionar como amperímetro pode ser considerado um instrumento ideal.

3.3 Estudo da carga e descarga de um condensador


Esquematize um circuito que lhe permita medir a variação da d.d.p. entre as placas de um
condensador e a intensidade de corrente enquanto é carregado por um gerador dc.
Usando o condensador fornecido e a resistência de valor nominal 10k construa esse circuito.
Ao montar o circuito respeite a polaridade de todos os aparelhos e componentes a utilizar
ATENÇÃO! O condensador de 4700 F é um condensador electrolítico que tem uma polaridade
definida, marcada no próprio condensador, e pode “explodir” se for ligado na posição inversa
à correcta. Não ligue a fonte no circuito com este condensador sem confirmar professor que o
circuito está ligado correctamente.
Proceda à carga do condensador e registe a evolução temporal da intensidade de corrente no
ramo do condensador e da d.d.p. aos seus terminais. Represente esta variação temporal
graficamente, e estime o tempo necessário para carregar totalmente o condensador justificando os
critérios utilizados. Determine experimentalmente o tempo característico de carga do condensador.
Retire a fonte de alimentação do circuito e substitua-a por um curto-circuito₁. Faça um estudo
análogo ao anterior para a descarga do condensador.
A partir das constantes de tempo determinadas determine a capacidade do condensador.

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Apêndice A

Figura A1: Código de cores utilizado nas resistências comerciais usuais2

Note-se que este código segue as cores do arco-íris desde o 2 (vermelho) até ao 7 (violeta). O
zero é ausência de qualquer cor (negro) e o 9 a mistura de todas as cores (branco), O 1 (castanho)
está entre o preto e o vermelho e o 8 (cinzento) entre o violeta e o branco.

2
https://www.sampletemplates.com/business-templates/resistor-color-code-chart.html (Janeiro 2018)

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Apêndice B
Placa de montagem (“Breadboard”)

Figura B1: Fotografia de uma “breadboard”3 Figura B2: Verso da “breadboard”4


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evidenciando as ligações entre as
Uma placa de montagem “breadboard” como a representada nas figuras permite a montagem
de circuitos com componentes sem que seja necessário realizar soldaduras ou utilizar fichas de
ligação. Normalmente existem várias linhas correspondentes a 5 posições de encaixe ligadas entre
si. O sulco na placa separa regiões não ligadas e tem um espaçamento que permite a colocação de
circuitos integrados orientados na direcção desse sulco. Nos bordos encontra linhas com um
número maior de posições de encaixe ligadas entre si, normalmente utilizadas para tensões de
polarização e terra.
Deve ter-se o cuidado de não torcer em excesso os condutores que são colocados nos encaixes
para evitar que os contactos se quebrem no interior dos encaixes. Quando retirar os componentes
não “desdobre” os condutores.
Quando se monta um circuito nestas placas de montagem deve sempre tentar manter uma
geometria e código de cores dos fios de ligação que permita identificar no circuito as ligações
realizadas.

3
Oomlout (https://commons.wikimedia.org/wiki/File:400_points_breadboard.jpg), 400 points breadboard“,
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0/legalcode

4
Florian Schäffer (https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pcb33.430-g1.jpg), https://creativecommons.
org/licenses/by-sa/4.0/legalcode

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