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EDITORIAL Nelson Cancellara

Presidente do Conselho

Foto: arquivo Revista Ciesp


do Ciesp/Sorocaba

União e inovação
para um novo Brasil
Para a indústria
T
erminadas as eleições de 2014, o tema destacado no almoço de confra-
com a reeleição da presidenta ternização da Regional, um dos assuntos

será importante Dilma, vale refletirmos sobre


estes quase 30 anos em que o
reportados nesta edição.
Com a indústria atingindo esse pata-

que se crie uma povo teve de volta o poder de escolher


seus governantes pelo voto.
mar, certamente haverá crescimento,
geração de empregos, enfim, melhorias
política clara, que Nesta campanha vimos de tudo. Ex-
posição de assuntos de caráter pessoal,
para todos.
Mas além disso, há necessidade de se
não beneficie mentiras, acusações, ameaças. Mas
para mim o que ficou marcado foi o
criar incentivos para a inovação e o aper-
feiçoamento da base tecnológica para
pontualmente discurso de divisão do País entre ricos
e pobres, regiões norte e sul, coisas que
melhoria da capacidade técnica e maior
competitividade do setor produtivo.
esta ou aquela não levam a nada, apenas à ressenti-
mentos de todos os lados. Certamente
Nesse contexto, Sorocaba vem pas-
sando por uma transformação subs-
atividade, mas o povo estarrecido chegou a ficar com
dúvidas sobre quem iria de fato gover-
tancial nos últimos anos, considerando
o quesito empreendedorismo. O PTS -
o setor industrial nar nosso Brasil.
Evidentemente esta situação obriga a
Parque Tecnológico Sorocabano Alexan-
dre Beldi Netto - trouxe para a cidade a
como um todo, sociedade e políticos a se unirem para oportunidade de oferecer à comunidade,

para ele voltar


buscar um Brasil melhor e mais civili- às empresas e às universidades maior
zado, sem deixar a democracia de lado. possibilidade de respirar inovação.

a ter expressiva Certamente a presidenta Dilma deverá


ter um tom de conciliação e buscará
A criação de centros de incubação
tecnológica para incentivar as empresas

participação no a união para termos um único Brasil,


independente de ideologias partidárias.
que estão iniciando é fundamental para
proporcionar-lhes a oportunidade de

PIB nacional E assim, de forma democrática, levar o


País ao patamar que merece.
criar musculatura para os desafios fu-
turos. Estas empresas, amparadas pelo
Para a indústria será impor tante PTS, têm a possibilidade de participar
que se crie uma política clara, que não de um momento impar.
beneficie pontualmente esta ou aquela Certamente Sorocaba, além de Cidade
atividade, mas o setor industrial como Tecnológica - tema da reportagem de
um todo, para ele voltar a ter expressi- capa - pode também ser chamada de
va participação no PIB nacional. Nos Cidade Inovadora, pois o ambiente está
últimos 30 anos, essa participação foi criado. E o Brasil, para crescer com
reduzida de 27% para 12% e sabemos sustentabilidade, necessita destas ações.
que, para um país crescer com dinamis- Parabéns Sorocaba!
mo, a indústria deve participar com no
mínimo 20% do PIB. Esse por sinal foi Boa leitura e feliz 2015 a todos.

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 05


NESTA EDIÇÃO

Sorocaba

Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3260


Alto da Boa Vista - Cep 18013-280

CAPA
Sorocaba/SP - Fone: (15) 4009-2900
www.ciespsorocaba.com.br

Os passos que Sorocaba Diretor


Antonio Roberto Beldi
vem dando para ser uma
Cidade Tecnológica, atraindo Vice-diretores
Erly Domingues de Syllos
empresas inovadoras e de

28
Mário Kajuhico Tanigawa
tecnologia de ponta Presidente do Conselho
Nelson Tadeu Cancellara

Conselheiros Titulares
José Ricardo Lopes de Carvalho
Romeu Massonetto Junior
Carlos Vitorio Zaim
Wilson Medina Bricio Junior
Mauro Zuanazzi Amarante
Jorge Eduardo Suplicy Funaro
José Norberto Lopes da Silva
Pedro Angelo Vial
Alcebíades Alvarenga da Silva
Francisco Carnelos
Julio Borges Garcia
Manoel Branã Rivas Neto
8 Rápidas Dimas Francisco Zanon
José Sidney de Matos
Toyota inicia expansão para a América Latina e notícias de associados e parceiros Paulo Fernando Moreira
14 Artigo Wilson de Souza Alves
Paulo Firmino Alves Simões Dias
Do 1o vice-presidente da Ciesp, Rafael Cervone, sobre fortalecimento da indústria Erika Bergamini Ern Mariano

16 Painel Nelson Guarnieri de Lara


Luiz Pagliato
Almoço de Confraternização realizado pela Regional reuniu mais de duas centenas no Santa Victória Marco Antonio Vieira de Campos

18 Em Ação Valdir Paezani


Durval de Moraes Caramante
Ações realizadas pela Regional por meio de sua diretoria e departamentos Elvio Luiz Lorieri

26 Especial Mauro Corrêa


Mario Cesar Belarmino
Único no Brasil, o NPPH do Senai/Sorocaba faz um trabalho que une restauração do patrimônio e inclusão social Alexandre Antunes Gonçalves

36 Perfil Empresarial Masacazu Matsushita

Da Sorocap, empresa sorocabana que se destaca no mercado de recapagem de pneus Conselheiros Suplentes
Ecidir Silvestre
Nelson Otaviani
José Duilio Justi
Entrevista Antonio Carlos da Fonseca
Nelson Peixoto Freire
Com os diretores do Ciesp/Sorocaba, Marcos Moreno
Alexandre Massaglia
que fazem um balanço do que foi 2014 para José Puertas Ernandes
a economia regional e para o associativismo Cassiano de Oliveira Brandão
François Marie Cessieux
Hilário Vassoler
Zuleno Elias Paulino
42 Região Adilson Ferreira
Antonio Batista Junior
Os deputados eleitos pelas cidades que compõem a Milan Kliestinec
base territorial do Ciesp afirmam que vão trabalhar pelo
fortalecimento da RMS
44 Ciesp Acontece TIRAGEM 6 MIL EXEMPLARES

38
Momentos do Almoço de Confraternização A Revista do Ciesp é uma publicação da Diretoria Regional
realizado para os associados do Ciesp-Sorocaba. Edição 98 - novembro/dezembro 2014

48 Associados Coordenação editorial e edição


J.C. Gonçalves
A diplomação dos associados do semestre e a apresentação Produção editorial
das empresas que acabam de se associar Lucia Costa
Edição de Arte
50 Convênios Daniel Guedes
Atendimento Comercial
Começou a distribuição do Cadastro Industrial, uma forma Eva Marius
de divulgar as empresas associadas e incrementar negócios Colaboradores
Kika Damasceno (fotos)
Rebeca Saroba e Sthefany Lara (reportagem)

ENTRE EM CONTATO
Para expressar sua opinião, dar sugestões, enviar releases e fazer contato com a Produção Editorial: Gonçalves & Costa Editorial Ltda.
redação, escreva para: revistaciesp.sorocaba@gmail.com Fone (15) 3411-5293
Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 80 / 07
RÁPIDAS

Foto: divulgação
SCHAEFFLER

Empresa premiada
pela General Motors
PELO SEGUNDO ano consecutivo a
Schaeffler, associada ao Ciesp e fa-
bricante das marcas INA, FAG e Luk,
foi premiada no Supplier Quality Exce-
llence Award, instituido pela General
Motors para premiar os fornecedores
que mantiveram excelência em perfor-
mance e qualidade neste ano.
“A satisfação de nossos clientes é
nossa busca constante, assim como
manter nossos altos padrões de qua-
lidade em tudo o que fazemos. Desta
forma, é um orgulho muito grande
para a Schaeffler ser reconhecida pela
GM pelo seu desempenho e poder de
inovação”, afirmou o presidente da
MAIS UM. Equipe da Atua na premiação do concurso da Prefeitura de Sorocaba Schaeffler América do Sul, Ricardo
Reimer, durante a entrega do prêmio.
PROPAGANDA Água - Use na Medida Certa, produzi- A cerimônia aconteceu em no-

Agência associada
do para ela mesma como cliente. vembro (19), em São Caetano do Sul.
No concurso publicitário da Prefeitura
Municipal, entregue em novembro (28),
ganha 31 prêmios conquistou três prêmios. E no Mídia-Fest,
realizado pela APP/Campinas (Associa- participou neste ano surpreendeu a todos
ção de Profissionais de Propaganda) e pela qualidade e pelo elevado número de
A ATUA AGÊNCIA, associada ao Ciesp/Soroca- que envolve agências de propaganda de todo concorrentes, quase o dobro do ano passado.
ba, termina o ano em clima de muita come- o interior paulista e é um dos mais respeitados “Em 2014, observamos um crescimento qua-
moração: em 2014 conquistou 31 prêmios pela categoria, saiu carregada deles: foram 11 litativo nas conquistas de prata e de ouro, ao
em concursos de propaganda. prêmios no total, sendo sete ouros, três pratas passo que a competividade das premiações
O mais recente deles foi o do Jornal e o título de Agência do Ano. também aumentou. Por este motivo, mesmo
Cruzeiro do Sul, entregue em dezembro O diretor estratégico da Atua, Carlos com o calendário de premiações ainda em
(9): a agência ganhou o prêmio de melhor Bonassi, diz que o nível dos trabalhos apre- aberto, estamos muito satisfeitos e certos
spot para a Rádio Cruzeiro FM, com a peça sentados nos concursos em que a agência de que este é o caminho a ser percorrido”.

SEBRAE

Foto: Ayrton Vignola/ FIESP


Skaf eleito presidente do
Conselho Deliberativo-SP
O PRESIDENTE da Fiesp/Ciesp, Sesi e Senai, va e é de enorme
Paulo Skaf, foi eleito por unanimidade para utilidade para esse
presidir o Conselho Deliberativo do Sebrae- grande patrimônio
-SP durante o quadriênio 2015/2018. do Brasil que são as
A eleição foi formalizada em reunião rea- micro e pequenas
lizada na sede do Sebrae/SP, em novembro empresas”, afirmou
(26), quando também foi reeleita a diretoria o novo presidente.
executiva da entidade, formada por Bruno “O Sebrae/SP é um
Caetano, diretor-superintendente, Ivan Hus- avião em voo de
sni, diretor-técnico, e Pedro Jehá, diretor de cruzeiro e vamos
administração e finanças. lutar com unhas e
Este é o segundo mandato de Skaf à frente dentes para forta-
do Conselho Deliberativo da entidade. Ele lecer ainda mais o
substituirá Alencar Burti, da Associação Co- bom trabalho que
mercial de São Paulo. “É um orgulho e estou vem sendo feito pe-
muito feliz por estar de volta ao Sebrae-SP, los pequenos negó- TROCA DE COMANDO. Em janeiro, Skaf assume presidência,
entidade que tem uma imagem tão positi- cios”, disse ele. que vinha sendo ocupada por Burti

08 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Foto: divulgação
SESI

Unidade local
recebe premiação
O SESI/SOROCABA recebeu duas placas
referentes aos prêmios Marca Brasil e Top
Absolute Marca Brasil. O primeiro é um dos
mais importantes para o setor empresarial
brasileiro e o segundo um reconhecimento
às marcas de empresas ou produtos que se
mantiveram na liderança em sua categoria Lajeal, Liquigás, Melida, NCH Brasil, Pre- é organizado pela Trio International Distinc-
por oito anos no mínimo. modisa, Sonoco e Splice. tion, que representa a parceria entre a Tarcom
Todas as unidades do Sesi receberam O Prêmio Marca Brasil avaliou 230 cate- Promoções e editoras de Revistas Técnicas.
a premiação em setembro. Mas Sorocaba gorias de 14 setores econômicos e consagrou O serviço vencedor foi o SGE (Sesi Gi-
foi a escolhida para ficar com as placas de 173 marcas de empresas e produtos nesta nástica na Empresa), programa de atividade
premiação no Estado de São Paulo devido ao sua 15ª edição. Foi criado com objetivo de física, preventivo e lúdico. Com duração entre
grande número de trabalhadores atendidos identificar as melhores marcas e serviços, sob 8 e 15 minutos, é realizado de três a cinco
em nove empresas: Elastotec, Iharabras, a ótica de seus consumidores ou usuários, e vezes por semana no local de trabalho para
contribuir com a adoção de um estilo de vida
ativo e socialização entre os trabalhadores e

Foto: divulgação
e fortalecimento da empresa em responsa-
bilidade social.
Além de realizar as atividades com os
trabalhadores industriais, os professores do
Sesi fazem diagnósticos iniciais e semes-
trais de indicadores de adesão e aderência
dos participantes no programa, bem como
de indicadores de qualidade de vida. Já as
empresas que contratam o SGE podem,
por meio de um aplicativo web, monitorar
as atividades e acompanhar o histórico e
a evolução do programa, a qualidade das
operações e resultados.

TIME VENCEDOR. Equipe do


Sesi/Sorocaba e o prêmio
recebido: unidade local teve
maior número de trabalhadores
atendidos

GASTRONOMIA
Foto: divulgação

La Doc recebe prêmio como


um dos melhores do País
A ACADEMIA Brasileira de Honrarias ao Inaugurado no final de 2012, o La Doc é
Mérito realizou na Câmara Municipal resultado da união de Rezende com o em-
de São Paulo, em, novembro (19), presário local Marcos Atalla. E seu cardápio
a solenidade de entrega da Cruz do é formado principalmente por pratos da
Mérito da Gastronomia, conferida às culinária clássica italiana.
cem melhores empresas de diversos Com muitos prêmios conferidos por pu-
segmentos da gastronomia. blicações especializadas, Rezende já esteve
O La Doc Gastronomia de Sorocaba, à frente de alguns dos mais célebres restau-
associado ao Ciesp, foi um dos home- rantes de São Paulo, como o Le Coq Hardy,
nageados. “É gratificante receber este Fasano, Gero e Parigi, estes três últimos
prêmio, que coroa o trabalho que rea- pertencentes ao Grupo Fasano.
lizamos em Sorocaba há, praticamente,
dois anos”, diz Osmânio Luiz Rezende, MAIS UM. Prêmio recebido por Rezende
um dos proprietários da casa. aumenta as premiações em seu currículo

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 09


RÁPIDAS

EXPORTAÇÃO da Toyota do Brasil disse que aquele momento

Com Etios, Toyota inicia


era de alegria, por consolidar a planta de So-
rocaba “como base de exportação. Queremos
fazer desta unidade uma exportadora para

expansão para a América Latina todo a América Latina”, reafirmou Kondo.


De acordo com Paulo Yoshimura, gerente
de produção da montadora, cerca de 30 car-
DANDO SEQUÊNCIA ao projeto de criar no América Latina e Caribe são os que mais cres- ros do modelo são produzidos diariamente
Brasil sua base de exportação para a América cem, à frente da China e do Oriente Médio. E para serem exportados. “Essa é nossa fabri-
Latina, a Toyota iniciou, em dezembro, as falou sobre a importância para a montadora de cação inicial, mas vamos aumentar com o
vendas do Etios para o Paraguai e o Uruguai. vender aos três países latino-americanos. “É decorrer do tempo”
Inicialmente apenas o modelo XLS será um pequeno passo para a Toyota e um grande Desde que o Etios foi lançado, mais de
exportado para estes dois países, na versão salto para a indústria brasileira”. O presidente 140 mil unidades foram vendidas no Brasil
flex para o mercado paraguaio e à gasolina e na Argentina. “Quando a gente faz uma

Fotos: Kika Damasceno


para o Uruguai. Desde o ano passado, o negociação deste porte, não é somente a
Etios também está sendo exportado para empresa que ganha. É toda a cidade, a região
a Argentina, como antecipou a Revista do e o País. Para poder exportar, tivemos de
Ciesp/Sorocaba (edição 91) contratar mão de obra e buscar mais forne-
Para anunciar a novidade, a Toyota cedores”, afirmou Yoshimura.
realizou, em outubro (31), uma cerimônia Presente à cerimônia, o prefeito de Soro-
que contou com as presenças do presidente caba lembrou que a Região Metropolitana
da Toyota para a América Latina e Caribe, também se fortalece com os novos negócios
Steve St. Angelo, e do presidente da Toyota fechados pela Toyota. “Aumentamos o rela-
do Brasil, Koji Kondo. cionamento entre as cidades que fazem parte
St. Angelo lembrou que os mercados da da RMS, uma vez que pessoas passam a estu-
dar mais, a se capacitarem mais para estar ao
lado da montadora neste momento. Já temos
uma relação com Porto Feliz, que fabrica as
peças. Agora, é esperar a nova relação com
estes dois países”, afirmou Pannunzio.
O 2o vice-diretor da Regional, Mario Ta-
nigawa, reforçou a importância da empresa,
para Sorocaba e região. “Hoje, temos a RMS,
temos o Parque Tecnológico para que os nos-
sos estudantes desenvolvam pesquisam que
façam nossa região crescer e agora estamos
ampliando as vendas. É um algo a mais que
dá orgulho para todos.”
A fábrica da Toyota emprega hoje, 1657
pessoas, produzindo mais de 70 mil unidades
por ano. A expecta-
ACELERANDO. tiva é a de que com
Cerimônia na o novo mercado de
Toyota marcou exportação, o nú-
ampliação das mero de produção
exportações para a passe a ser de 84 mil
América Latina unidades por ano.

AÇÃO SOCIAL A UNICEF estima que 10 milhões de


crianças foram afetadas direta ou indireta- EBOLA. Estima-se que o vírus
Metso contribui na mente pela epidemia, que está afetando dra- já afetou aproximadamente

luta contra o Ebola maticamente o cotidiano desses países, com 10 milhões de crianças. Os
reflexos na economia: a produção declinou, países mais atingidos são
a renda baixou, a inflação subiu e os preços Guiné, Libéria e Serra Leoa
PARA AUXILIAR os países da África de bens e serviços, mesmo essenciais como
Ocidental afetados pelo Ebola, a Metso, saúde, aumentaram.
associada ao Ciesp, fez uma doação de Segundo a Metso informou por meio de
€ 25 mil à UNICEF (Fundo das Nações sua assessoria de imprensa, “Saúde, Seguran-
Unidas para a Infância). Os recursos vão ça e Meio Ambiente estão fortemente ligados
auxiliar o órgão a socorrer países como ao nosso ponto de vista como empregador
Guiné, Libéria e Serra Leoa, os mais responsável e são um modelo para a comu-
atingidos. Além deles, países vizinhos nidade empresarial local e todos os nossos
também correm riscos. funcionários ao redor do mundo”.

10 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 11
RÁPIDAS
ENCONTRO

Ser feliz
é um bom
negócio
A PSICÓLOGA e antropóloga Susan Andrews,
fundadora e coordenadora do Instituto Visão
Futuro, ministrou no Ciesp/Sorocaba pales-
tra com o tema O Impacto da felicidade no
trabalho - Como tornar o stress a seu favor.
E mostrou que ser feliz é um bom negócio:
“Nos EUA já se defendeu a ideia de quanto
mais bens, melhor, que riqueza traz felicida-
de. Mas existe um teto para a riqueza. Em
alguns casos, mais é demais”, afirmou ela.
Na abertura do encontro, realizado em
outubro (28), o 1o vice-diretor Erly Domin-
gues de Syllos lembrou momentos de tensão

Fotos: Kika Damasceno


vividos pelos empresários neste ano e a ex- FELICIDADE. eles o melhor de mim
pectativa de um 2015 difícil. Situações que Palestrante naquele momento”.
provocam stress. “Esta palestra é adequada descontraiu a O 2o vice-diretor Ma-
para o momento e pode mostrar que o ca- platéia e mostrou rio Tanigawa agradeceu
minho para a solução dos conflitos é outro: quanto vale a presença de Susan An-
ter um trabalho prazeroso”. ser feliz drews: “A senhora nos
Segundo Andrews, todos ganham quando orientou sobre como
as pessoas se sentem bem e isso causa au- fazer e o que deve ser repetido por todos
mento de produtividade. “Felicidade é uma nós durante a existência”. E a gerente regio-
habilidade que pode ser aprendida. Algumas nal Eva Marius complementou: “Não tenho
ações ajudam a liberação do stress, como res- duvidas de que hoje todos vão sair diferentes
piração correta, relaxamento, aprender a dar daqui depois desta palestra”.
pausas, massagens. Ou seja, podemos treinar”.
Também é fundamental estar sempre em
conexão com outras pessoas. E para ela quan-
to mais forte forem os laços emocionais dos ENSINO como empresário ou profissional liberal,
funcionários, mais motivados e produtivos
Facens oferece
em startups ou colaborador em empresas
eles serão: “Melhor previsor do quão satisfei- de desenvolvimento de games, agências
to um funcionário se sente no seu emprego
dois novos cursos
de multimídia, empresas de propaganda,
é quando ele diz ter um grande amigo no cinema e televisão, agências de publici-
trabalho”, diz ela. Segundo Andrews, amor e dade, produtoras de website, nos setores
empatia ativam glândulas do sistema imuno- NO VESTIBULAR 2015, a Facens, asso- ligados à produção e aos serviços. E é
lógico e quanto mais convivência harmônica, ciada ao Ciesp, passou a oferecer dois uma área que vem crescendo no País.
mais citocinas são liberadas. “Sim, o amor cursos superiores de tecnologia: Jogos Já o tecnólogo em Processos Ambien-
entrou na medicina! Os pacientes precisam Digitais e Processos Ambientais. Eles tais pode trabalhar como profissional
de carinho, as crianças precisam de carinho, vêm se somar aos liberal, colaborador
os funcionários precisam de carinho. Por sete cursos de enge- de empresas e em-
isso é fundamental levar para o local onde nharia já oferecidos presário, atuando
se trabalha paz, harmonia”. pela instituição. em atividades ope-
Segundo a palestrante, pesquisas mos- Os cursos foram racionais, laborato-
tram que funcionários felizes trazem mais a prova d o s p elo riais e de controle
sucesso para as empresas. “As pessoas em MEC em outubro logístico ligado à
geral estão stressadas no corpo industrial e os passado, atendendo gestão de resíduos.
líderes têm que saber como desestressá-las. solicitação protoco- E pode ainda pes-
Stress causa acidentes e falta de produtivida- lada pela faculdade quisar e desenvolver
de. Tem que combatê-lo” em fevereiro. E vêm novas tecnologias
Ao final da palestra, ilustrada com exer- para atender uma de prevenção e con-
cícios feitos pela platéia, o conselheiro Paulo crescente demanda nessas áreas. trole de problemas ligados ao meio
Moreira observou que a palestrante “elucida Profissional responsável por produzir ambiente.
nosso sentido de vida, a luz que existe den- e gerenciar jogos em 2D e 3D, o tecnó- Os cursos têm, duração de 2,5 e 3
tro de nós. Toda a minha vida foi voltada a logo em Jogos Digitais pode trabalhar anos, respectivamente.
interagir com seres humanos e com os fun-
cionários, olhos nos olhos, para passar para

12 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Foto: Kika Damasceno

Foto: reprodução
ATITUDE. Cartazes são colocados
nos pontos de coleta

SUSTENTABILIDADE

Poiato faz parceria


com Esamc para a

Foto: divulgação
NAGI
coleta de bitucas
Encontro marca A POIATO RECICLA, associada ao
Ciesp, firmou parceria com a Esamc e
conclusão de instalou uma caixa coletora de bitucas.
Semanalmente elas serão recolhidas e
primeira etapa reprocessadas, para serem processadas
e transformadas em papel ou produtos
similares.
AS CERCA de 15 empresas da O diretor-comercial da empresa,
região participantes do Nagi PG Marcos Poiato, diz que parcerias como
(Núcleo de Apoio à Gestão da essa permitem conscientizar o público
Inovação), programa de capaci- sobre a importância da destinação corre-
tação para as pequenas e médias ta desse resíduo - a bituca de cigarro se
entrarem na cadeia produtiva do enquadra na categoria I do Lixo Tóxico.
setor de petróleo e gás, estiveram “Nosso objetivo é propor uma mudança
reunidas na sede da regional em MAIS CONFORTO. Aumento da procura
de atitude”. afirma. “Além de evidenciar
dezembro (4). gerou necessidade de ampliação
todo mal que o cigarro faz”.
Elas receberam os relatórios Em janeiro, a Poiato começa a ope-
de visitas de consultoria feito EXPANSÃO rar em Votorantim a primeira usina no
em cada uma e fizeram uma
Azul Viagens abre
mudo que vai produzir esse material
avaliação desta primeira fase do reciclado em larga escala. O empreendi-
programa. Agora na segunda
etapa, as capacitações serão indi-
viduais. E incluem entrevistas nas
loja no shopping mento é resultado de uma parceria com
o CDT (Centro de Apoio ao Desenvolvi-
empresas, assessoria empresarial
e uma apresentação prévia dos
Iguatemi Esplanada mento Tecnológico) da UNB. Por sinal, o
diretor do centro, Paulo Anselmo Ziani
Suarez, esteve recentemente em Soro-
planos de gestão da inovação. PARA ATENDER a crescente demanda por caba para conhecer o PTS e anunciou a
Os encontros tiveram início pacotes de viagem e passagens aéreas, a intenção de se instalar nele.
em abril e na fase de capaci- Azul Viagens, empresa do Grupo Monções,
tação coletiva os participantes associado ao Ciesp, inaugurou uma loja no
debateram temas como plane- Iguatemi Esplanada em novembro (26).
jamento e gestão estratégica; Ocupando 38 m2, o novo espaço tem colaboradores e, no futuro, promoverá novas
parcerias para a inovação, linhas como objetivo atender os clientes com co- contratações conforme a demanda. “Vamos
de financiamento, marcos regu- modidade e conforto, substituindo a unidade manter os agentes que operavam no quiosque
latórios e incentivos à inovação, em formato quiosque que era mantida no e trazer outros do grupo para receber com
entre outros. shopping. “As viagens estão em alta, por isso excelência nossos clientes”, afirma.
O Nagi PG é uma parceria o investimento”, diz a gerente comercial do Pertencem ao Grupo Monções a Monções
Fiesp/Ciesp e USP. grupo, Ana Laura Diniz. Turismo, Monções Business Travel, Azul
O gerente de projetos, Luís Bramante, Viagens, Azul Cargo e Experimento Inter-
antecipa que a Azul manterá o quadro de câmbio Cultural.

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 13


ARTIGO Rafael Cervone

Foto: divulgação
1º vice-presidente do Ciesp e presidente
da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil)

Fortalecer a
indústria, um caminho
seguro para o Brasil
É imprescindível
O
Ciesp e a Fiesp projetam queda Dentre as sugestões, incluem-se: simpli-
de 5% na atividade industrial ficar profundamente as relações trabalhis-

que o governo paulista em 2014. Sufocada pelos


nossos velhos e conhecidos custos,
tas; reduzir radicalmente a burocracia e
aumentar a segurança jurídica; modernizar
eleito tenha como imprevisibilidades e incontáveis entraves
internos, a crescente queda na competitivi-
a gestão pública e reduzir e muito o custeio
da máquina administrativa; diminuir a car-
foco retomar dade do nosso País fez com que a indústria
de transformação perdesse produtividade
ga tributária a 28% do PIB, à razão de um
ponto percentual por ano, nos próximos oito
as ações que e, portanto, mercado para os fabricantes
estrangeiros, reduzindo sua participação no
anos; eliminar definitivamente a tributação

devolvam a
sobre o investimento, permitindo, assim, a
PIB de 24,4% para 12,6% nos últimos anos, apropriação imediata do crédito de ICMS

capacidade
o mesmo nível observado em 1954. na aquisição de bens de capital ou outros
Enquanto o Brasil insiste em seguir na bens diretamente utilizados na instalação

do País de contramão do fortalecimento da indústria,


nações desenvolvidas, como os Estados
ou modernização das plantas, no âmbito de
uma ampla reforma tributária.

concorrer Unidos, Inglaterra e países europeus, que


haviam optado, na década de 1990, por abrir
No ambiente externo, é prioritário ace-
lerar os acordos preferenciais de modo

no comércio mão da sua força industrial, importando e/


ou produzindo fora do país e focando seu
pragmático, especialmente com a União
Europeia, México e Japão. Com os Estados

global crescimento em serviços e tecnologia, estão


revendo urgentemente essa estratégia. Cons-
Unidos, é importante enfatizar as nego-
ciações e promover acordo bilateral nos
tataram ser muito mais difícil gerar empre- moldes do Trade and investment Framework
gos em escala e com salários médios mais Agreement, primeiro passo para um acordo
elevados sem a presença da manufatura. mais profundo de livre comércio. Para os
O ambiente de negócios, hostil ao em- produtos importados, defendemos que seja
preendedorismo e à competitividade, é solicitada demonstração prévia do cumpri-
bastante perceptível em diversos setores, mento de todas as exigências legais a que
que perdem mercado para os fabricantes são submetidos os nacionais, como aspectos
estrangeiros, oriundos de países que muitas ambientais, de saúde, trabalhista e de segu-
vezes não competem de forma leal conosco. rança, ações mais do que justas para com a
Por isso, entendemos que é imprescindível indústria nacional.
que o governo eleito tenha como foco reto- Mais do que necessário, fortalecer a in-
mar as ações que devolvam a capacidade do dústria é o caminho preciso e seguro para
País de concorrer no comércio global, com o Brasil retomar índices mais expressivos
ênfase na recuperação da produtividade. de crescimento do PIB e alcançar o grau de
Durante o período de campanha eleitoral desenvolvimento tão desejado. E é preciso
entregamos aos candidatos à Presidência que o governo entenda a urgência que as
da República sugestões que entendemos mudanças precisam ser implantadas, pois
ser importantes para reverter o estado de o mundo não irá nos esperar, como de fato
desindustrialização no Brasil. não tem feito.

14 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 15
PAINEL

Razões para acreditar


NO ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO, críticas à falta de apoio
do governo ao setor industrial e certeza de que Sorocaba
e Região são fortes para superar as crises

O
Almoço de Confraternização

Fotos: Kika Damasceno


encerrou a agenda de eventos
do Ciesp/Sorocaba e foi mar-
cado por um balanço negativo
de 2014 no que diz respeito à
economia e política nacionais.
E pela convicção de que Sorocaba e seus
vizinhos, unidos, são fortes para superar
as crises. “Se nada der certo e o Brasil
acabar, nossa região vai durar, pois somos
empreendedores e realizadores”, disse o
diretor-titular Antonio Roberto Beldi ao
abrir oficialmente o encontro.
Realizado no Ristorante Chácara Santa
Victória, o evento reuniu mais de uma
centena de convidados, representando não
apenas o setor econômico, mas os mais di-
versos segmentos da sociedade. E também
prefeitos de vários municípios da Região
Metropolitana de Sorocaba (ver box).

RECEPCIONADOS pela equipe do Ciesp, os


convidados se acomodaram embalados
pelo som do Grupo de Choro da Fundec,
que deu o fundo musical para as animadas
conversas que perduraram até por volta
das 15 horas da primeira sexta-feira de
dezembro (5) - confira bastidores do evento
em Ciesp Acontece.
O presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf,
recém eleito para a presidência do Sebrae-SP
(ver Rápidas), enviou um vídeo com men-
sagem de agradecimento a todos: “Está ter-
minando um ano de lutas e batalhas”, disse,
acentuando que ainda há muito trabalho pela BALANÇO. Na abertura do encontro, o diretor-titular falou sobre dificuldades
frente, mas que todos precisam trabalhar do ano que passou e cobrou ações para o País avançar
juntos para construir um Brasil mais forte.
Em seguida, o diretor-titular Antonio SEGUNDO o diretor-titular, para impedir e outros diferenciais. E precisamos dar in-
Roberto Beldi agradeceu a presença de que isso continue ocorrendo é preciso centivos para a vinda de novas indústrias”.
todos. “Temos aqui um time vitorioso, que lutar, “tivemos eleições que não devem Depois de elogiar o trabalho que vem
enfrentou muitos problemas neste ano. E ser contestadas, mas devemos exigir nos- sendo feito pelo prefeito Antonio Carlos
2014 foi um ano difícil, muito difícil. Mas sos direitos e cobrar por eles”. É preciso, Pannunzio, Beldi afirmou que Sorocaba
2015 vai ser mais ainda”, afirmou. também, cobrar para que sejam feitas as está dando um passo gigantesco para se
Foi então que Beldi expressou sua con- reformas necessárias: “A indústria e os transformar em uma cidade tecnológica
fiança na capacidade regional de enfrentar brasileiros não podem pagar a conta da com a ampliação da rede de fibras ópticas
as crises. Depois de afirmar que a região corrupção que emporcalha os símbolos (saiba mais na reportagem de capa). “Temos
perduraria mesmo se o País soçobrasse, ele nacionais”, disse Beldi, que tem insistido que ter orgulho de nossa região, que tem
disse que há pouco o que comemorar pelo bastante nessa questão: “Cabe a nós não um PIB de R$ 47 bilhões e uma população
fim de um ano em que mais de 50 mil em- mais aceitarmos engodos”, enfatizou (Leia de 1,7 milhões de habitantes. Aqui tem
pregos foram perdidos no setor industrial mais em Entrevista). resultado, atitude, transparência”, concluiu.
“Em 2000, a indústria representava 20% Em seguida, o diretor-titular lembrou que
do PIB nacional. Hoje representa 13% e no a Região é diferenciada e tornou a enfatizar DEPOIS, foi a vez do prefeito Antonio Carlos
ano que vem vão ser 12%. Na Alemanha, sua crença na potencialidade regional. “So- Pannunzio fazer seu pronunciamento. E ele
o setor industrial representa 25% do PIB”. rocaba tem água, um parque tecnológico iniciou parabenizando o diretor-titular pela

16 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


sua fala, por ter dado a exata dimensão do tem uma grande concentração de indús-
que ocorre com o setor industrial no País. trias, também sofre com eles. “Sabemos o
“Vibrei com esse discurso, que é um discurso quanto isso pesa na promoção de melhores
político, não partidário, de quem tem cons- empregos, salários e políticas públicas, pois
ciência de sua responsabilidade”, afirmou. a maior parte dos recursos vem da atividade
Segundo o prefeito, é preciso esbravejar industrial”.
contra as políticas que estão levando a in- Finalizando, Pannunzio disse que não
dústria nacional a ficar de fora do mercado. se pode ficar in-
O custo Brasil, disse Pannunzio, precisa ser sensível à crise CONFRATERNIZAÇÃO.
reduzido. E políticas trabalhistas, que oneram pela qual passa o Mais de 200 pessoas
as empresas e não beneficiam os trabalhado- setor. “Não pode- estiveram presentes
res, precisam ser reformadas. “É o trabalhador mos voltar atrás e ao almoço, que
que deve ganhar mais, não o governo”. para isso precisa- encerrou a agenda de
Os efeitos da crise na indústria afetam mos de um setor eventos da Regional
todos os outros setores. E Sorocaba, que industrial forte”. neste ano

Mais aproximação com as empresas Um encontro de


O ALMOÇO de Confraternização teve patro- O gestor de atendimento e relacionamento
prefeitos da RMS
cínio de empresas que têm sido parceiras da Totvs, Rafael Mecatti, afirma que a parce- O ALMOÇO de Confraternização da
do Ciesp/Sorocaba nas últimas edições do ria com o Ciesp é muito importante e isso jus- Regional ficará marcado como o
evento. E também de novos parceiros, como tifica o patrocínio do encontro. “É também primeiro depois da criação da Re-
a KPMG e Uniprime, que, juntamente com uma oportunidade de nos aproximarmos gião Metropolitana de Sorocaba,
Facens, Gas Natural Fenosa, Intermédica, ainda mais dos atuais e futuros clientes”. cuja formalização ocorreu em fe-
Totvs e Toyota, fizeram parte do grupo de O gerente de Relações Governamentais da vereiro último. Significativamente,
patrocinadores deste ano. Toyota, Roberto Matarazzo Braun, sintetiza o encontro reuniu prefeitos de cinco
Para Leonardo Giusti, da KPMG, a parce- em uma frase a importância de mais uma cidades que compõem a RMS.
ria com o Ciesp contribui significativamente vez a Toyota estar entre os patrocinadores Estiveram presentes os prefeitos
para a aproximação da empresa com o mer- do evento: “Significa que nossa integração de Mairinque, Rubens Merguizo
cado. “É uma região relevante econômica com a cidade está consolidada”. Filho; de Piedade, Maria Vicentina;
e politicamente, tanto que Sorocaba hoje é de Pilar do Sul, Janete Pedrina; de
top em vários segmentos”. A empresa quer São Miguel Arcanjo, Tsuoshi José
Fotos: Kika Damasceno

estreitar mais o relacionamento com toda Kodawara; e de Votorantim, Eri-


a região, por isso a presença no evento do naldo Alves da Silva.
Ciesp é importante: “Queremos contribuir Segundo a prefeita de Piedade, o
com o desenvolvimento regional e estar encontro estreita ainda mais a parce-
presente neste encontro é um primeiro ria que o município tem com o Ciesp.
passo importante”. “É a continuidade de um trabalho”,
Segundo Julio Negrini Neto, gerente da afirmou. A prefeita de Pilar do Sul
agência local da Uniprime, é uma maneira também salientou a parceria com o
de informar o setor empresarial que a Ciesp e a importância de um encontro
cooperativa de crédito - que inaugurou com alcance regional: “Com a união
sua unidade local em outubro - está em da região a gente enfrenta todos os
Sorocaba. “É uma forma de mostrar que desafios”. Fator também destacado
estamos de portas abertas”. pelo prefeito de Votorantim: “Hoje,
A Gas Natural Fenosa apoia o evento mais do que nunca, é importante
pelo terceiro ano consecutivo, diz Fernan- o alinhamento de pensamentos e
JUNTOS. Burattini e Kopstenko
da Burattini. “Mas estamos juntos com o (Gás Natural): parceria nos eventos ações”, disse Erinaldo.
Ciesp também no dia a dia”, afirma ela, e atuação nas atividades do Ciesp
dando como exemplo sua par ticipação
no Departamento de Cultura da Regional
e de seu colega Danilo Tonus Kopstenko,
presente ao almoço,
diretor-adjunto da
Diretoria de Infra- PARCERIAS. Giusti
estrutura do Ciesp (KPMG) e Negrini
(Uniprime) são novos
e do Departamento patrocinadores;
de Infraestrutura re- Mecatti (Totvs)
gional. “Essa união e Braun (Toyota)
fortalece a empresa, têm sido parceiros
a indústria, Sorocaba constantes nos
e região”, disse ele. eventos da Regional

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98/ 17


EM AÇÃO

PLANEJAMENTO. O palestrante disse


Michaelis que ao chegar a Sorocaba
insistiu na percebeu que o empre-
necessidade endedor local tem visão
de planejar
antes de
para conseguir algo além
empreender das fronteiras. “O soro-
cabano não só sonhou,
como fez. E isto é muito importante.” Mas,
insistiu, não basta apenas ter a ideia e montar
um escritório em um país. “Então entra nova-
mente, o planejamento. Aqui em Sorocaba,
no PTS, existe a Inova, que está sempre dis-
ponível para dar orientações sobre o mercado
estrangeiro e como investir”, salientou.
Parceria entre o Ciesp/Sorocaba, Inova,
Parque Tecnológico e Prefeitura Municipal,
o encontro teve como propósito mostrar aos
jovens empreendedores que é possível ex-
pandir negócios e se internacionalizar. Como
observou o coordenador do NJE, João Carlos
Esquerdo, o mercado está mais exigente e os
jovens empreendedores devem buscar infor-
mações para alçar voos cada vez mais altos.
“Queremos aqui buscar novos líderes, este é
o nosso objetivo”.
NJE O 2o vice-diretor, Mario Tanigawa, também

Palestra aponta caminhos


afirmou que os empreendedores precisam ser
mais competitivos. “Nesse mundo globaliza-
do, nós somos agraciados com multinacionais

para empreendedor e possibilidades de agregar tecnologias de


ponta nos produtos. Temos potencial para

internacionalizar negócios
competir internacionalmente”, afirmou.
Durante a palestra, foram sorteados três
convites para empresários conhecerem as
tecnologias da Nasa nos EUA. E entregues
PROMOVIDA pelo Núcleo de Jovens Empre- mercado externo. “A marca Brasil é forte lá os prêmios às instituições de ensino superior
endedores, o Ciesp/Sorocaba realizou uma fora, mas isso não significa que é só montar participantes do 2o Empreende Sorocaba,
palestra sobre a internacionalização das uma estrutura e começar. É necessário colo- realizado no PTS em novembro. Foram pre-
empresas em novembro (24). O palestrante car tudo na ponta do lápis antes”, explicou. miadas Unip, Ipanema e Facens, que ficaram
foi o presidente da Câmara de Comércio Michaelis informou ser possível abrir uma com primeiro, segundo e terceiro lugares,
Brasil-Flórida, Jefferson Michaelis, respon- filial nos EUA em apenas 72 horas, porém, respectivamente.
sável pelo conhecido dicionário que leva seu para empreender fora é preciso planejar e
nome. E ele foi designado pela Nasa para ter perseverança. “Os brasileiros ainda estão
apresentar no Brasil o projeto BFCC & NASA aprendendo a ser empreendedores em outros
High Tech Transfer Mentoring. países. O mercado americano está forte e ESTRATÉGIA
Em sua palestra, Michaellis abordou pronto para receber novos projetos, mas é
questões como internacionalização de em-
presas, possibilidade de acesso à tecnologia
necessário fazer uma pesquisa detalhada
antes de buscar oportunidades”. Segundo ele,
Contrainteligência,
desenvolvida pela Nasa e necessidade de se só 9% das empresas brasileiras hoje buscam proteção às empresa
ter um bom planejamento para conquistar o a internacionalização.
A CONTRAINTELIGÊNCIA é um instru-
mento de proteção de sistemas, ativi-
dades, desenvolvimento de produtos,
enfim, uma forma de evitar que con-
correntes se apropriem de informações
estratégicas de uma empresa.
Esse assunto foi abordado em pa-
lestra promovida conjuntamente pelo
Depar (Departamento de Ação Regio-
nal) da Fiesp e pelo Departamento de
Segurança e Medicina do Trabalho do
Ciesp com objetivo de apresentar essa
ferramenta de proteção para as empre-
sas. Realizada na sede da Regional em
outubro (24), a palestra foi apresentada
COMPETITIVIDADE. Tanigawa e Esquerdo: importância de estar preparado para competir

18 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


DEMPI sultor Mário Morishita, da Morishita Consul-

Gestão é foco de seminário


toria, afirmou que má gestão é o que quebra
uma empresa: “É preciso sempre elaborar um
plano ou um projeto, se organizar para depois

para empreendedores executar. E não agir antes de pensar. Mas isso


não acontece de uma hora para a outra dentro
de uma empresa, é um exercício”, afirmou.
EMPRESÁRIOS e empreendedores estiveram As micros e pequenas indústrias têm O consultor e gerente de Recursos Hu-
reunidos no auditório do Ciesp em outubro clientes e concorrentes assim como outras e manos da TG&C (Trevisan Gestão e Con-
(21), participando do VI Seminário Sorocaba devem, portanto, aprender a lidar com crises. sultoria), Gustavo Cacioli Jaime Rodrigues,
Empreendedor, realizado pela Fiesp em par- Esta é a opinião de Flávio Vital, assessor de abordou a questão de como administrar
ceria com o Dempi (Departamento da Micro negócios do Dempi do Ciesp. “Não basta pessoas em épocas de crise: “Quando algo de
e Pequena Indústria). E gestão foi o foco das apenas resolver, tem de saber como fazer.” errado está acontecendo e é de conhecimento
três palestras realizadas. Na primeira palestra, o professor e con- apenas interno, o chamamos de problema.
Mas se ultrapassar os muros da empresa,
passa a ser crise. Então é necessário saber

Fotos: Kika Damasceno


resolver aquilo que está no seio da empresa,
pois só assim a crise será resolvida.”
Por fim, a professora universitária e coor-
denadora do curso de Gestão de Negócios
da FMU, Roseli Martinez, falou sobre a ad-
ministração do tempo: “Muitas vezes somos
reféns dele. Temos todo o tempo do mundo e
ao mesmo tempo não temos nenhum segun-
do. Saber se organizar para que as 24 horas
disponíveis possam ser bem usadas para a
vida profissional e pessoal também faz parte
do sucesso da empresa.”
FERRAMENTAS. Na avaliação do 1o vice-diretor, Erly Syllos,
Morishita, o seminário trouxe aos empresários ferramen-
Rodrigues e tas para inovar. “Os empresários que partici-
Martinez foram param deste encontro puderam se preparar
os palestrantes melhor e com certeza terão uma vantagem
do seminário, competitiva em um momento de retomada
que reuniu do crescimento”, disse ele.
empresários e O coordenador do Dempi, Alcebíades
empreendedores
no Ciesp Alvarenga da Silva, destacou que não existe
empresa sadia sem que haja sucesso do pro-
fissional. “É por isso que conhecer o caminho
para se lidar com as crises e saber planejar
faz a diferença.”

pelo tenente-coronel da reserva remunerada trainteligência, mas muitas outras ainda não desenvolvendo esse plano de segurança
do Exercito e analista de inteligência e con- têm total conhecimento ou uma legislação em suas empresas”, disse.
trainteligência, Marcelo Pimentel. adequada e, a partir disso buscamos alertá-los A íntegra da palestra pode ser encon-
Como ele explicou na palestra Contrainte- quanto aos riscos para que eles possam estar trada em www.ciespsorocaba.com.br
ligência Empresarial – Uma visão Estratégica,
ações hostis, como sabotagem, propaganda
Foto: Kika Damasceno

adversa ou desinformação, causam danos ATENÇÃO.


à imagem de uma empresa. “Temos que Pimentel
entender que a segurança é uma maneira alertou que
de coibir negligências e erros que envolvem empresas
todas as áreas da empresa, além de ser uma precisam
forma de neutralizar a inteligência adversa. As proteger suas
empresas se preocupam com isso, mas falta informações
conhecimento um pouco mais profundo sobre
o tema”, explicou.
Segundo um dos coordenadores do
departamento, Ruy Jaegger, a palestra
foi muito proveitosa: “O conhecimento
apresentado é sensacional e espetacular e
as empresas têm que buscar isso para tentar
evoluir. Algumas delas já praticam a con-

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 19


EM AÇÃO

Foto: Kika Damasceno


JURÍDICO 1

Reintegra agora
é permanente
O DEPARTAMENTO Jurídico da Fiesp/
Ciesp distribuiu informe aos asso-
ciados para explicar o alcance da lei
13.043, publicada em novembro (14),
que converte a MP 651 em instrumen-
to legal definitivo.
O ponto destacado pela nota é que
o Reintegra (Regime Especial de Rein- INFORMAÇÃO. Na palestra, Sadi Montenegro apresentou em detalhes recursos
tegração de Valores Tributários para jurídicos que empresários têm ao seu favor e muitos ainda desconhecem
as Empresas Exportadoras), que prevê
ressarcimento parcial ou integral do JURÍDICO 2 ba, Sadi Montenegro Duarte, que ministrou
resíduo tributário existente na cadeia
Recuperação
a palestra. “Outro aspecto é que queremos
produtiva, agora tornou-se permanen- desmistificar o pedido de repactuação de
te. “Fruto de um trabalho da FIESP, a suas dívidas, já que o empresário ainda tem
conversão da MP em lei prevê excep-
cionalmente a majoração do percentual
para 5%, em determinados casos”, diz
Judicial é muito constrangimento em relação a isso”.
No encontro, além da RJ foram explicadas

explicada aos
detalhadamente as leis de falências, a lei
o informe. complementar 118, de 2005, que envolve
“Além disso, foi reaberto o prazo as linhas de crédito em casos de falência,

associados
de adesão dos parcelamentos especiais e a recuperação extrajudicial, negociação
de que tratam as Leis nº 11.941/2009 direta entre devedor e credor quando não há
e 12.249/2010 (Refis e parcelamento credores tributários ou trabalhistas. Também
junto à PGFN, de débitos de autarquias DIANTE da atual conjuntura econômica, se abordou o plano de recuperação judicial,
e fundações), com as antecipações muitos empresários, principalmente de pe- que deve conter a discriminação do meio de
devidas nos patamares de 5% a 20%, quenas e médias empresas, estão passando recuperação a ser utilizado e preferencial-
até o 15º dia após a publicação desta por dificuldades. Mas ainda desconhecem mente ser feito por um administrador judicial
lei”, esclarece o departamento. um recurso jurídico que têm a seu favor: a - um profissional idôneo, preferencialmente
O informe explica ainda que outro RJ (Recuperação Judicial). advogado, economista, administrador de
aspecto a ser destacado é que a deso- Por isso, o Departamento Jurídico da empresa ou pessoas jurídicas especializadas,
neração da folha de salários tornou-se Regional promoveu em outubro (30) uma como alertou o palestrante.
permanentes. “Ainda que não tenham palestra sobre o assunto. “Objetivamente, a Ao final, o diretor-adjunto ficou satisfeito
sido incluídos novos NCM’s na aludida RJ é igual ao parcelamento do Refis, voltado com o interesse demonstrado pelo público.
sistemática, este Departamento Jurí- à recuperação fiscal. É um recurso jurídico “Foi além da expectativa. A sala estava cheia
dico continua trabalhando para que que as empresas têm, mas usam pouco, para e todos tinham interesse em se aprofundar no
determinados setores sejam inseridos evitar a falência do empresário que não tentar tema. A maioria tinha apenas noções vagas
na desoneração, por meio de outra readequar suas pendências”, detalha o dire- sobre a RJ e de forma interativa, provocando
medida provisória”. tor-adjunto jurídico do Ciesp e coordenador a busca por informação, o resultado foi satis-
do Departamento Jurídico do Ciesp/Soroca- fatório”, resume Sadi Montenegro.

CIESP NA MÍDIA

DIRETOR COMENTA
ESCOLHA DE MINISTRO NA TOYOTA
Foto: Kika Damasceno

Os diretores regionais do Ciesp foram procurados A diretoria regional do Ciesp esteve presente na
pela mídia para comentar assuntos nacionais. A solenidade realizada pela Toyota para marcar o
escolha de Armando Monteiro Neto para assumir o início das exportações do Etios para o Paraguai e o
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Uruguai (ler Rápidas). Na ocasião, o 1o vice-diretor
Comércio Exterior) foi uma das pautas. As mudanças foi entrevistado pela reportagem da TV Tem para
devem trazer um novo horizonte, comentou o 1o comentar o que essa ampliação de vendas da
vice-diretor, Erly Syllos para o jornal Cruzeiro do Sul. montadora para o mercado externo representa na
Mas ele insistiu na necessidade de que sejam balança comercial sorocabana.
tomadas medidas urgentes para proteger a indús-
tria e incentivar a inovação e o desenvolvimento
tecnológico para o País: “O pior cenário é que Sorocaba receberam ampla cobertura dos meios
está difícil trabalhar e não há nada no horizonte”, de comunicação. Um dos destaques foi para a
afirmou ele. palestra sobre recuperação judicial, promovida
Também as palestras realizadas pelo Ciesp/ pelo Departamento Jurídico.

20 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 21
EM AÇÃO

Fotos: Kika Damasceno


COMUNICAÇÃO
Novo portal está no ar
O NOVO portal do Ciesp/Sorocaba já
está no ar. Visualmente mais leve, com
maior interatividade e mais serviços, ele
agrega novas tecnologias que facilitam
a navegação, como informa Jefferson
Takeda, da Splicenet, responsável pelo
desenvolvimento do projeto. “O que
fizemos foi alinhar o portal da Regional
com o da sede”, explica.
Tal alinhamento faz parte do pla-
NR-12 nejamento estratégico de comunica-

Gestão é fundamental ção que vem

Foto: Kika Damasceno


sendo opera-

para garantir segurança


ciona liz ado
pelo Ciesp. O
design agora
“A PROTEÇÃO do trabalhador é o foco da Jaegger, um dos ESCLARECIMENTOS. está padroni-
NR-12. Garantir todos os equipamentos de coordenadores Buganza (acima, à esq.) zado e os si-
segurança nas máquinas não é suficiente. do departamen- e Jaegger falaram tes de todas
Precisa ter gestão”. Essa foi a mensagem to. E números no encontro para as regionais
deixada pelo engenheiro Almir Buganza, que de acidentes de esclarecer melhor a têm o mesmo
realizou palestra sobe o assunto no auditório trabalho no Bra- NR-12. Britto (no alto) aspecto visu-
da Regional, em novembro (18). sil reforçam essa lembrou que esta al. E cada uma
norma regulamentadora responde pelo INTERATIVIDADE.
O encontro foi promovido pelo Departa- necessidade (ver
trabalha com sensores seu conteúdo, Takeda: novo portal
mento de Segurança e Medicina do Trabalho, quadro). de duplo canal
que neste ano realizou várias palestras sobre A N R-12 é qu e re c eb e traz mais facilidade
o tema. E vai continuar a fazê-lo: “A NR-12 uma norma regulamentadora do Ministério também mate- para o associado
é extensa e quantas vezes forem necessárias, do Trabalho e Emprego, criada em 1978 e rial produzido
voltaremos ao assunto. É um serviço que alterada em 2010. Ela abrange todas as ativi- pela sede em São Paulo.
prestamos de grande utilidade”, enfatizou Ruy dades relacionadas ao manuseio de máquinas A Splicenet ficou responsável pelo
e equipamentos. “O foco dela não é trazer desenvolvimento tecnológico. E, como
complexidade e diminuir produtividade. Mas é explica Takeda, além de melhor legibili-
produtividade sempre casada com segurança. dade, os associados vão poder localizar

Números E não basta para isto garantir a instalação


de todos os equipamentos de segurança
de forma mais rápida a informação que
precisam, com a otimização do código de

preocupantes nas máquinas ou uso de equipamentos de


segurança pelos trabalhadores. É mais do isto
acesso para buscadores. “O novo portal
agrega novas tecnologias nessa área”,
assegura ele.
porque elas podem continuar causando riscos.
O Brasil é o quarto país do mundo Para conhecer o novo portal, acesse
Apenas uma parte da NR-12 fala em proteção
em acidentes fatais no trabalho, atrás www.ciespsorocaba.com.br
de máquinas. A gestão é tão importante
apenas de El Salvador, Coréia e Índia,
quanto a colocação de proteções”, resu-
conforme dados apresentados durante a
me Buganza. “Até 2010 a NR-12 tinha
palestra. Veja alguns números nacionais: ênfase em máquinas e equipamentos. garantir ao funcionário capacitação e recicla-
Protegíamos a máquina sem o foco gem constante. E esta formação deve ser feita
R$ 14 bilhões
gastos com aposentadorias
no trabalhador. “
O primeiro passo é fazer uma
dentro do horário de trabalho”.
Em resumo, “agindo com responsabilida-
análise de riscos, tendo em mente de, a segurança vem embutida”.
por acidentes (2009) que a norma abrange também Durante a palestra, um consultor técnico
arranjo físico, ou seja, um espa-
espa da WEG/Soluções em Segurança, Paulo Cesar
83 acidentes de
trabalho por hora
ço adequado para a máquina
trabalhar em segurança.
de Britto, apresentou alguns equipamentos
de segurança e lembrou a todos que a NR-12
“Por exemplo, é comum trabalha com redundância. “Sempre tem que
3,5 mortes ao dia encontrar nas fábricas a ter sensores de segurança em duplo canal. Se
placa Perigo. Mas perigo um trava, outro faz o trabalho”.
2,3% gastos com
custos relativos a
do que? A NR-12 obriga
identificar na sinaliza-
Ao final, Ruy Jaegger convidou todos a
sugerirem temas de palestras para o próximo
do PIB acidentes (2009) ção o risco real. Além ano. Para isto basta enviar sugestões para o
disso, a empresa tem que email: news@ciespsorocaba.com.br.

22 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 23
EM AÇÃO

Fotos: arquivo RCS


TRIBUTOS

Encontro esclarece
sobre duplicidade
entre ISS e ICMS
COM O OBJETIVO de informar o
empresário sobre aspectos que envol-
vem divergências entre os impostos
municipais e estaduais, o Ciesp/Soro-
caba realizou a palestra Operações de
Venda de Mercadorias e Prestação de BALANÇO

Mais de 3 mil
Serviços: ISS x ICMS/IPI. O encontro
aconteceu na sede em novembro (11)
e o palestrante foi o advogado da
Fiesp, Leandro de Paula Souza, es-
pecialista em Direito Constitucional participantes
nos eventos
e Direito dos Contratos.
Souza apresentou um panorama
sobre como funciona a legislação
de regência (Lei Complementar nº
116/2013), que estabelece ser o ISS
de competência dos municípios e
da Regional
o ICMS de responsabilidade dos O NÚMERO de atividades da Regional em Regional. Setembro PARTICIPAÇÃO.
governos estaduais. 2014 manteve a média dos anos anteriores, e outubro também Associados e
Ele também mostrou os diversos quase um por semana: foram 48 entre janeiro foram meses em comunidade
conflitos relacionados às incidências e dezembro. Somados, tiveram a participação que a agenda es- prestigiaram eventos
do ISS ou ICMS, as jurisprudências de mais de três mil pessoas, conforme balanço teve tomada: seis realizados pela
dos Tribunais Superiores e do Conse- elaborado pela coordenadora de Cursos, Even- eventos em cada Regional em 2014
lho Municipal de Tributos da Cidade tos e Qualidade, Rosana Rodrigues. um deles. Uma pa-
de São Paulo, o posicionamento A agenda foi aberta com uma palestra lestra sobre a NR-12 realizada na sede em
da Receita Federal e os impactos sobre o e-Social, realizada na sede em janeiro setembro e o Fórum Sou Capaz, promovido
que esses impostos podem trazer (23), e encerrada com um almoço de confrater- em Tatuí em outubro, foram os que reuniram
para as empresas. “São operações nização no Ristorante Chácara Santa Victória, o maior número de participantes: 110 e 100,
que permitem uma interpretação em dezembro (5). respectivamente.
polêmica que gera uma cobrança E como sempre, o mês de maio con- O número de cursos oferecidos em 2014
por parte do estado para receber o centrou o maior número de atividades pela superou o do ano passado: foram 23, contra
ICMS e também do município, para comemoração da Semana da Indústria: foram 19 em 2013. Eles tiveram 270 participantes.
receber o ISS”. sete eventos, incluindo aí a Roda do Apren- Também o quadro associativo foi reforçado
Segundo Souza, o que proporcio- dizado como o fundador da Tecsis, Bento com a chegada de novas empresas (leia mais
na esse conflito é a má redação da lei. Koike, que levou quase 80 pessoas à sede da na página 45).
“Nós estamos tentando desenvolver
um trabalho para mudar a legislação
e também para convencer os fiscos Foto: Kika Damasceno

estaduais e municipais a fazerem


uma interpretação harmônica da SOUZA. Má
lei”, revelou. redação do texto
Para o 2º vice-diretor do Ciesp, causa conflitos
Mario Tanigawa, tais encontros na interpretação
são necessários para esclarecer os da lei
empresários. Esse impasse, lembrou,
existe já há algum tempo, o que
leva os empresários, muitas vezes,
a pagarem imposto em duplicidade.
legislação. “O Ciesp, juntamente com
a Fiesp, está debatendo com o Go-
verno Federal e o Judiciário formas
de esclarecer essa questão, cheia de
dúvidas e interpretações que acabam
prejudicando os empresários”.
A palestra está disponível em
www.ciespsorocaba.com.br

24 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 25
ESPECIAL

NPPH DO SENAI/
SOROCABA RESTAURA
O PATRIMÔNIO
HISTÓRICO, qualifica
profissionalmente
e mostra aos
moradores das
cidades onde atua
a importância
de manter viva a NOVA DE NOVO.
Alunos trabalham no
memória do lugar restauro da estação
ferroviária de Iperó
em que se vive

História viva
C
riado em janeiro de 2010, chadores e, além da inclusão social, desen- e atuou não só na região, mas em várias
o NPPH (Núcleo de Pre- volvemos neles a importância de manter cidades do País. Em Taubaté, por exemplo,
ser vação do Patr imônio sempre viva a história da cidade em que foram desenvolvidas atividades no Museu
Histórico) do Senai/Soro- vivem através dos patrimônios que muitos de Arte Sacra e em Itu no centro histórico.
caba nasceu com objetivo deles desconhecem”, diz Barros. Santo André, Cananéia e São Sebastião, entre
de for mar mão de obra outras, também tiveram projetos do NPPH.
qualificada para restaurar EM 2014, o NPPH ofereceu 970 horas de as- Entre os restauros realizados estão os en-
ou conservar patrimônios históricos. Único sessoria e mais de 2.250 horas de treinamento tornos das estações ferroviárias de Mairin-
no Brasil, já atuou em mais de 30 cidades,
conservando, restaurando, e qualificando

Fotos: Kika Damasceno


jovens para atuar nesse campo. Além disso,
presta assessoria técnica para os municípios.
Mas o alcance de sua ação não se restringe
a essas atividades.
Como diz o professor Julio Barros - que ao
lado dos professores Alzira Barros e Sanzio
Marden, participam do núcleo desde sua
criação - o NPPH também busca realizar um
trabalho sociológico e cultural para mostrar
aos moradores das cidades a importância
de um prédio, uma casa ou uma estação
ferroviária para o lugar em que eles vivem.
“Um grande dife-
rencial é que também QUALIFICAR E
tiramos o adolescente INCLUIR. Barros e
ou qualquer pessoa Marden ressaltam
das r uas. Em uma que, além do
restaurar e formar
das atividades reali- mão de obra,
zadas, trabalhamos NPPH também
junto com jovens pi- tem função social

26 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


REVITALIZAÇÃO. As
casas vizinhas à
estação ferroviária
de Mairinque
recuperaram sua
aparência original

de solução para preservação de patrimônios


inscrito pelo NPPH. “Fomos premiados por
apresentar uma atitude séria que mostra a
possibilidade de investir em mão de obra de
restauro. A novidade foi a nossa metodo-
logia e o Itinerário Pedagógico, que nunca
havia sido criado no Brasil. O itinerário é
uma ferramenta que desenvolvemos para
facilitar a organização dos trabalhos e das
capacitações que serão desenvolvidas em
cada projeto”.
Os professores do núcleo também lan-

Fotos: divulgação
çaram o livro Restauração do Patrimônio
Histórico utilizado como material didático
pelos alunos do Senai. “Ele aborda princi-
palmente a ideia do agente difusor e tenta
despertar no jovem essa questão do espírito
que e Iperó, ou seja, foi feita a revitalização tamente com os municípios. Cada cidade restaurador que há em cada um”, diz Barros.
de todas as casas nas redondezas, para que recebe um projeto diferente, pois cada bem A obra foi publicada em outubro deste ano,
elas mantenham suas características históri- histórico foi criado com produtos determi- pela Editora Sesi/ Senai, e teve sua primeira
cas. “Foi um pouco difícil, mas o importante nados (cimento, piso, madeira, tinta) e com tiragem, com dez mil exemplares esgotada.
é o retorno que temos, que é os cidadãos materiais diferentes. Por isso o núcleo conta Para 2015 o NPPH está preparando outra
entenderem o valor que o patrimônio tem com alguns parceiros, entre eles Minercal obra didática, sobre qualificação profissio-
para determinado lugar”, afirma Marden. e os empresários Antonio Beldi e Marco nal na área de conservação e restauro.
Em Santana do Parnaíba foram restau- Antonio de Campos, para realizar análises E, mais que técnicas, quer continuar di-
radas as fachadas das casas. E em Itapeva e desenvolver matérias-primas que sejam fundindo a importância de se preservar o
iniciou-se a restauração da Casa de Cultura: iguais as usadas na construção original. patrimônio histórico em um País que ainda
inicialmente foi feita a recuperação do telha- peca pelo descuido com essa que é uma de
do, depois houve a restauração das fachadas O NPPH já recebeu diversos prêmios pelos suas maiores riquezas.
frontal e laterais e o trabalho de intervenção seus trabalhos. Entre eles, o que Julio Barros
dentro da própria casa. Mas faltaram recur- considera o mais importante foi o prêmio
sos do município e da Secretaria de Cultura Atuações de Sucesso na Defesa do Patrimônio ESGOTADO. Inédito, livro sobre
para concluir a obra. Cultural concedido pela Abrampa (Associa- formação de mão de obra para
As restaurações e trabalhos de conser- ção Brasileira dos Membros do Ministério restaurações teve tiragem de
10 mil exemplares
vações são desenvolvidos pelo NPPH jun- Público de Meio Ambiente) para o projeto
Fotos: divulgação

ITU. Alunos trabalham na restauração


do centro histórico de cidade projetada
nacionalmente por seu patrimônio

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 27


CAPA

NOVO HOR
A
A implantação de O LANÇAR O PROGRA-
MA CONECTA AQUI
Resultado de um investimento de R$ 13
milhões, o Conecta Aqui amplia para 21 os
270 km de cabos NA PRAÇA CENTRAL pontos de acesso Wi-Fi à internet gratuita,
DA CIDADE EM NO- com a implantação de 270 km de cabos
de fibras ópticas é VEMBRO (28), O PRE- de fibras ópticas que vão interligar todas
mais um passo que FEITO ANTONIO CAR-
LOS PANNUNZIO DEU
as unidades da prefeitura. “E vamos ter
mais de 300 pontos”, diz o prefeito, anteci-
Sorocaba dá PARA MAIS UM PASSO NO pando que o sistema no futuro irá permitir
CAMINHO QUE ESTÁ melhoramento em questões vitais para a
SER UMA CIDADE LEVANDO SOROCABA população, como segurança, além da maior
TECNOLÓGICA, A SE TORNAR UMA CIDADE TECNOLÓGICA.
EMBORA IMPERCEPTÍVEL PARA MUITOS,
acessibilidade e velocidade na prestação de
serviços públicos.
Foto: Zaqueu Proença/AI Prefeitura Sorocaba

resultado de um ESSA CAMINHADA VEM DE ALGUM TEMPO É um fato que deve ser comemorado,
E SEGUE UM PLANEJAMENTO DO PODER afirma o diretor-titular do Ciesp, Antonio
planejamento que PÚBLICO QUE CONTA COM A PARTICIPA- Beldi. Pois significa um investimento na base
vem mostrando ÇÃO DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES. E a
Regional do Ciesp tem sido ativa participan-
da pirâmide. “Todas as cidades que tiveram
a visão de evoluir como evoluiu o mundo
resultados te desse processo. serão cidades vencedoras”, diz. Segundo ele,

28 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


ORIZONTE
no conceito de cidades inteligentes que tem
sido trabalhado pela IBM, uma referência
nesse assunto, a base da pirâmide é investir
em infraestrutura que traga melhorias para
o cidadão. E no topo estão as soluções para
isso acontecer.
Conectividade é uma delas. “Uma rede
de fibras ópticas melhora a acessibilidade
do cidadão à informação e serviços que
vão facilitar sua vida e até permitir que
ele cobre melhorias dos governos. Por
sua vez, os governantes vão poder saber
online qual é o estoque de remédios nos
postos, os hospitais vão poder marcar as
consultas online, vamos poder ter câmeras
de segurança onde quiser, semáforos inte-
ligentes, melhor qualidade de vida enfim”,
afirma Beldi.

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 29


CAPA

E A CIDADE vem trabalhando para isso. Em

Foto: arquivo Revista Ciesp/Damasceno Jr.


junho de 2011, uma lei municipal - a de
número 9672 - organizou o Sistema de Ino-
vação de Sorocaba, que atende à lei federal
10.973, de 2004, dispondo sobre incentivos
à inovação e à pesquisa científica e tecnoló-
gica. Tal lei, por sua vez, veio para cumprir
os artigos 218 e 219 da Constituição, que
estabelece que o Estado - isso implica go-
vernos em todos os níveis - deve promover
e incentivar o desenvolvimento científico, a
pesquisa e a capacitação tecnológica. Mas
poucos são os municípios que estão fazendo
essa lição de casa. Sorocaba está.
“Era necessário estruturar um sistema
para dar diretrizes so-
bre como a cidade DIRETRIZES. A
deveria investir em configuração
tecnologia e inova- do Sistema
de Inovação,
ção”, diz o secretário estruturado para
de Desenvolvimento fomentar pesquisa
Econômico e Traba- e atrair empresas
lho, Geraldo Cesar inovadoras
Almeida, que acumula

Foto: Alexandre Lombardi / AI Prefeitura Sorocaba


temporariamente a presidência da EMPTS
(Empresa Municipal Parque Tecnológico de
Sorocaba), um dos órgãos desse sistema,
criada para cuidar da gestão do Parque.
Um outro, o CMCTI (Conselho Municipal
de Ciência, Tecnologia e Inovação), “está
sendo reestruturado dentro da realidade
atual, com representantes do setor público,
privado e das universidades”. E ai o muni-
cípio poderá disciplinar o funcionamento
do FUMCTI (Fundo Municipal de Apóio
a Ciência, Tecnologia e Inovação), que vai
canalizar os recursos para apoiar a ciência,
tecnologia e inovação, detalha Almeida.
A Inova Sorocaba (Agência de Desen-
volvimento e Inovação de Sorocaba) é uma
organização social sem fins lucrativos, criada
em 2007 para atuar com inovação, pesquisa
e desenvolvimento, sendo responsável pela
análise científica e técnica dos projetos de-
senvolvidos no PTS. O presidente do conse-
lho da Inova, Erly Syllos, é o 1o vice-diretor
regional do Ciesp.
Ele diz ter sido fundamental estruturar
todo esse arcabouço, mas o trabalho na
verdade começou bem antes disso. “A
pedra fundamental foi lançada na gestão
do prefeito Vitor Lippi. Acompanhei, pelo
Ciesp, há uns sete, oito anos atrás as pri- O País está perdendo competitividade e hoje o nosso Parque INAUGURAÇÃO.
meiras reuniões para concepção do Parque precisa agregar valor aos seus produtos, com Tecnológico concentra Em dezembro
Tecnológico, para definir um modelo de inovação e tecnologia. “O Brasil importava, toda essa inteligência”, passado foram
governança, a maneira como ele deveria nos anos 60 e 70, em torno de 5% de tudo acentua Tanigawa. inaugurados
os primeiros
atuar junto com o setor produtivo e as uni- o que o brasileiro consumia. Em 2008 esse laboratórios, com
versidades”, recorda Syllos, lembrando que índice aumentou para 25%. Hoje estamos INAUGURADO em ju- a presença de
a intenção era oferecer atrativos para chamar chegando a quase 30%”. Para reverter esse nho de 2012, o Parque Pannunzio e Lippi
empresas diferenciadas e dar um novo perfil quadro, era preciso pensar em um formato Tecnológico Alexan-
econômico para a cidade. que unisse o poder público e os setores dre Beldi Netto já tem seu núcleo central
Ter esse diferencial é de suma importância produtivo e acadêmico em torno do fomento totalmente ocupado por sete instituições
diante da atual conjuntura, observa o diretor à pesquisa e inovação. Foi o que Sorocaba de ensino, 15 empresas e 23 laboratórios
de operações técnicas do PTS, Mario Tani- fez. “Começamos a pensar em um modelo de pesquisa. Suas principais áreas de atua-
gawa, 2o vice-diretor do Ciesp/Sorocaba. que desse sustentabilidade a essa ideia e ção estão agrupadas em cinco setores

30 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 31
CAPA

- Mobilidade Urbana, Energia Alternativa,


Metalmecânica, TIC (Tecnologias Integra- RESULTADOS. PTS
das de Automação e Comunicação) e Eletro- completou dois anos,
-Eletrônica. Tem ainda um Poupatempo e os resultados já
tecnológico, primeiro do gênero no País, começam a aparecer
que facilita o acesso de pequenas empresas
e empreendedores à práticas inovadoras.
E é considerado de terceira geração por,
entre vários fatores, ter uma característica
que o diferencia de outros parques, como
explica o presidente da EMPTS: “Os demais
geralmente estão ancorados em uma só
universidade. O daqui tem essa formatação,
que permite a vários atores acadêmicos de
diferentes áreas desenvolverem projetos em
conjunto”, diz Almeida. “É um ambiente
propício para isso”.
Os resultados dessa simbiose entre aca-
demia e setor produtivo estão aparecendo.
Em fevereiro começaram a ser protoco-
lados pedidos de patente para pesquisas
desenvolvidas no Parque, que certamente
vão resultar em produtos inovadores no
mercado. (Ver página 33).
E o PTS continua crescendo. As obras do
primeiro laboratório externo do Parque, uma
parceria entre Scania e Escola Politécnica da
USP para o desenvolvimento de tecnologia
aplicada aos caminhões, continuam a pleno
vapor. A construção do prédio anexo, para
instalação de novas empresas e incubadoras,
está prevista para o próximo ano, informa
Almeida, dizendo que os detalhes do projeto
ainda estão sendo definidos.
Sintomaticamente, embora ainda não seja
possível mensurar resultados desse proces-
so, o que acontece com a economia soro- CONECTIVIDADE. Com aumento de pontos de Wi-Fi e conexão
cabana vem refletindo os novos horizontes gratuita à internet, reforça-se a cidadania digital
que se abrem para a cidade: estudo sobre o
Produto Interno Bruto dos municípios divul- melhore na pesquisa referente aos anos formática básica, webdesign e montagem/
gado pelo IBGE em dezembro (11) informa 2013/2014, quando começarão a aparecer manutenção de PCs. Neste último, os jovens
que o PIB de Sorocaba é de R$ 19 bilhões números dos investimentos recentes, como fazem o descarte sustentável ou reaproveita-
e cresceu 45,8% entre 2008 e 2011, acima o da Toyota e da ABB. mento de computadores inservíveis recolhi-
do nacional, que aumentou 44,8% nesse pe- Mas a leitura disso tudo não deve ser fei- dos nas empresas. Depois de remontados,
ríodo. Com isso o município foi do 33o para ta apenas pelos números. Como afirma o são doados às instituições assistenciais da
o 30o lugar no ranking dos maiores PIBs do secretário Geraldo Cesar Almeida, é preciso cidade para promover mais inclusão digital.
Brasil. E a expectativa é de que esse índice envolver os cidadãos e difundir uma cultura “Já formamos dois mil alunos e desde 2009
de inovação e tecnologia. “Temos que de- distribuímos 550 kits para as entidades,
senvolver a cidadania digital”. O aumento de junto com o Fundo Social de Solidariedade”,
Foto: Kika Damasceno

pontos de Wi-fi é parte disso. Mas a cidade diz o coordenador da oficina, Gilberto Vieira
tem também investido em programas e Ayres de Campos.
projetos para aproximar os jovens da inova- O próprio Parque desenvolve ações para
ção e qualificá-los para estimular as crianças no contato com a
saber trabalhar com ela tecnologia e inovação, como o Programa
“Não se troca um chip Escola Viva, que levou cinco mil alunos
FUTURO. nas pessoas. É preciso
Presidente da rede municipal de ensino para visitas
da EMPTS diz fortalecer na juventude monitoradas.
que inovação o interesse pela inova-
é um processo ção, pela matemática, ESTRATEGICAMENTE, o PTS está locali-
educativo e é pelas ciências”. zado entre o novo distrito industrial, que
preciso formar Nesse contexto, a ofi- tem a Toyota como âncora, e o Parque da
as gerações cina de metareciclagem
futuras: “A gente Biodiversidade. É uma característica que
não coloca chip existente na Vila Barão sinaliza para uma cidade em busca de atrair
na cabeça das é exemplar: nela, os empresas antenadas com um novo tempo,
pessoas” jovens aprendem in- como tem destacado o diretor-titular do

32 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Pesquisas no

Fotos: Kika Damasceno


PTS já dão resultados
E
m fevereiro, começaram a ser um aprendizado envolvente, como também
depositados pedidos de patentes promove a inclusão de portadores de ne-
para pesquisas desenvolvidas cessidades especiais. “Um dos focos do FIT
no PTS. Os primeiros foram é na chamada educação 3.0”, diz Siqueira.
registrados pela Bardella, de A Facens Tech, espaço da Facens no PTS,
mecânica industrial, e outro pelo foi criada como facilitadora no processo
C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas de inovação tecnológica das empresas,
Avançados do Recife), que aguardam a principalmente pequenas e médias, e ali
NA CABEÇA. Feira do Empreendedor definição do registro para dar mais detalhes também têm sido desenvolvidas pesquisas
na Uniten: em todas as oportunidades,
aproximar jovens da ciência para sobre o assunto. para a implantação do Smart Campus Fa-
fomentar cultura inovadora A AUIN (Agência Unesp de Inovação) cens, conjunto de inovações tecnológicas e
também depositou pedido de patente para sustentáveis a serem implantadas no campus
um fertilizante de liberação lenta, que tem da faculdade, projeto que está sendo objeto
Ciesp (ler edição 89). “Estamos a matéria orgânica em sua fórmula e libera de estudos de um grupo de alunos do MIT
90km de São Paulo, temos água, micronutrientes conforme a necessidade (Massahussets Institute of Technology), re-
um rio despoluído, infraestrutura, da planta. Isso diminui custos, aumenta a ferência mundial em inovação e tecnologia.
acesso à Viracopos, que será o maior produtividade e reduz acentuadamente os No laboratório mantido pela Uniso no PTS
aeroporto de cargas da América danos ao meio ambiente. está sendo concluída a pesquisa de um me-
Latina, e ao porto de Santos e agora O FIT, instituto de tecnologia da Flex- dicamento mucoadesivo para o céu da boca,
estamos inseridos em uma Região tronics, mantém dois laboratórios no PTS, cuja finalidade é reduzir o desconforto de
Metropolitana, o que é outra van- um para prototipagem e outro para o pacientes que fazem tratamento quimiotera-
tagem”, afirma Beldi, ressaltando desenvolvimento de software. E também pêutico e sofrem com seus efeitos colaterais,
que agora, com a infovia de fibras já tem produtos patenteados, como um como aftas e feridas. Esse produto em breve
ópticas, Sorocaba dá mais um passo aparelho de monitoramento cardíaco, vai ser patenteado.
gigantesco: “Eu não conheço uma que, via GPS, não só permite monitora o
cidade do tamanho de Sorocaba no paciente as 24 horas do dia, como também

Foto: arquivo Revista Ciesp/Lidiane Panes


Brasil que teve esta visão de implan- socorrê-lo imediatamente caso haja algum
tar esta infraestrutura”. problema, uma vez que a identificação do
Os números levantados pelo IBGE lugar onde ele se encontra é rápida. “Deve
confirmam sua percepção: no Perfil ser comercializado a partir de 2015”, re-
dos Municípios Brasileiros de 2012, vela o analista de novação do FIT, Felipe
o instituto mostra que apenas 14% Siqueira. Outro produto desenvolvido foi
das cidades brasileiras tinham redes um software educativo que, a partir do
de Wi-Fi na malha urbana. E dessas, Xbox da Microsoft, permite não apenas
77% tinham menos de 50 mil habi- levar tecnologia para a sala de aula, para
tantes. No estudo do ano passado
não há atualização desses dados. SIMBIOSE. Poupatempo para
Essa nova competência aponta novos empreendedores, laboratórios:
inegavelmente para um novo ambiente propício para pesquisas
que unem academia e mercado
Foto: arquivo Revista Ciesp/Lidiane Panes

Foto: Kika Damasceno

SIQUEIRA. Tecnologia com foco


na educação

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 33


CAPA

Foto: divulgação
horizonte que se desponta para a
cidade, resume Tanigawa. “Quanto
mais concentrar pesquisadores,
mais inovação existirá, em todos os
sentidos. Portanto, Sorocaba está
passando de uma cidade industrial
para uma cidade tecnológica”.
Também membro do CMDES
(Conselho Municipal de Desenvol-
vimento Econômico e Social), que
analisa os pedidos de indústrias para
se instalarem no município, Syllos
diz haver uma orientação bem clara
sobre o que a cidade quer. “Tivemos
reunião com o prefeito para uma
orientação sobre os caminhos que
Sorocaba quer seguir. Pannunzio
nos disse que quer que o CMDES
faça um trabalho para buscar em-
presas de alta tecnologia. Quer que
Sorocaba se transforme em Cidade
Tecnológica”.

No Perfil dos Cidade atrai inovação


A
Municípios Furukawa do Brasil investiu
US$ 18 milhões para instalar em
de, e a recém instalada ABB, cujo foco são
produtos com alta tecnologia e inovação.
Brasileiros de 2012, Sorocaba uma nova planta para
ampliar para 2,3 milhões de km/
Sem contar que inovação e tecnologia
fazem parte da prática de empresas ins-
o IBGE mostra que ano sua capacidade de produção
de fibras ópticas. E vem se juntar
taladas há mais tempo, mas atuam em
setores onde tecnologia e inovação são
apenas 14% das ao Grupo Prysmian, antiga Pirelli Cabos, há
muito tempo na cidade. Somadas, a produção
vitais para ganhar mercado. É o caso
da ZF, que aliás afirmou serem estas as
cidades brasileiras de ambas faz da cidade um dos principais
centros de produção de fibras ópticas do País
contribuições que dá à cidade no anúncio
comemorativo aos 360 anos de Sorocaba,
tinham redes de - somente o volume da Furukawa responde
por 40% da demanda brasileira.
publicado pela Revista do Ciesp/Sorocaba
na edição passada. A Schaeffler acaba de
Wi-Fi na malha O município também é um dos maiores conquistar um prêmio da GM pela inova-

urbana. E dessas, centros nacionais de


produção de pás e DIVERSIFICAÇÃO.
ção (ler em Rápidas).
A atração de empresas inovadoras, que
77% tinham aerogeradores para
energia eólica, com
A ABB, produtos
de alta tecnologia,
e Tecsis, pás de
chegam para somar-se às que aqui já estão,
indica claramente o cenário que se constrói.
menos de 50 mil Tecsis e Wobben (ver
edição 96). Tem tam- aerogeradores,
exemplos de que
E assim Sorocaba aos poucos vai ganhando
um novo epíteto. É a Manchester Paulista,
habitantes bém empresas como cidade concentra
a Flextronics, já há indústrias dos mais
Cidade Industrial, Cidade Educadora. E
agora vai se organizando para ser conhecida,
alguns anos na cida- variados segmentos também, como Cidade Tecnológica.
Foto: Kika Damasceno

34 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 35
PERFIL

Muito chão
pela frente
Referência nacional no mercado de recapagem
de pneus, SOROCAP AGREGA NOVOS SERVIÇOS
e mantém o foco na sustentabilidade
ambiental para continuar crescendo

U
m pneu reformado precisa ter Trabalhou como office-boy em uma empresa buição. Contando serviços, CRESCIMENTO.
exatamente as mesmas caracte- de onde acabou saindo como diretor. Estudou, revendas de pneus e auto- Empresa atende
rísticas que um novo, porque vai formou-se em Marketing na PUC/RJ e em peças, opera em sete dife- três mil clientes
rodar ao lado de pneus novos. “Não 1976 veio com a família para São Paulo. Em rentes unidades sendo duas num raio de
tem como fugir disso: o processo 1983, como diretor da Supergasbrás, tinha fabris (Sorocaba e Registro). 150 km de
Sorocaba e
é padrão. E para garantir esta segurança como uma de suas atividades a aquisição A sede, que fica no Km cresceu 10%
e estabilidade, somente seguindo regras de novo negócios. Foi quando viu na antiga 102,5 da Rodovia Raposo neste ano
rígidas e usando a melhor matéria prima do Sorocap a oportunidade de ter seu próprio Tavares, tem uma área total
mercado”. Assim Alexandre Pascoli Moreira, negócio. E resolveu mudar para Sorocaba, de 10 mil m2 e foi inaugurada em 2009.
diretor-técnico da empresa, define o principal cidade que adotou logo de cara.
produto da Sorocap. UM PNEU novo de caminhão custa cerca de
A história vem de 1978, quando uma então A SOROCAP tem na recapagem e manutenção R$ 1.500. Um reformado, R$ 500. A empresa
recauchutadora de pneus, a Renap (Renova- de pneus de caminhões e ônibus sua principal recebe em torno de 150 pneus por dia para
dora Nacional de Pneus), foi comprada por atividade. Hoje agrega outros serviços, como reforma e em média, 120 podem ser apro-
uma sociedade constituída pelos antigos pro- o de distribuidora de pneus Bridgestone, Tru- veitados. Isso porque, os pneus passam por
prietários da Viação Santa Rosália. Em 1984 ck Center, Car Center e venda de autopeças. uma avaliação e aqueles muito estragados
ela foi adquirida pelos atuais controladores Atende cerca de três mil clientes da região, são devolvidos sem reforma para o cliente
e tem como diretor-superintendente Paulo num raio de 150 quilômetros em torno de promover o descarte. Pneus com mais de
Moreira, conselheiro do Ciesp/Sorocaba (ver Sorocaba. Seu faturamento em 2014 deverá sete anos de vida também não podem ser
linha do tempo). fechar em cerca de R$ 50 milhões, com um
Moreira é um mineiro da cidade de São crescimento de 10%, “mesmo em um ano não
Francisco do Glória, na zona da mata que, aos muito bom, com margens de lucro sacrificadas”,
16 anos, sozinho, foi para o Rio de Janeiro. conta Paulo Moreira.
A empresa movimenta ao mês cerca de
cinco mil pneus entre transformação e distri-
LINHA
DO TEMPO Criação Indusback, fábrica
Esta é a trajetória Primeira empresa da de matéria prima localizada
da Sorocap em região a instalar sistema em Salto de Pirapora,
seus 30 anos de de reforma de pneus que faz parte
existência pelo processo a frio do grupo

1984 1986 1987 1988 1997


Abertura da
Primeira empresa do filial Registro, que
Aquisição setor a informatizar todos executa atividades
pela atual os sistemas produtivos semelhantes as
sociedade e administrativos de Sorocaba

36 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Fotos: Kika Damasceno
QUALIDADE.
Alexandre e
Paulo Moreira:
certificações e
reconhecimento
são diferencial
da empresa

VULCANIZAÇÃO. Nesta câmera, pneus


passam pelo processo de fusão dos
elementos que irão renová-lo

reformados, o que é proibido por normas - a a ter uma produção limpa, com descarte
data de fabricação vem marcada na borracha. correto do lixo. Seus fornecedores também
Aprovado por essa repescagem, o pneu vai não podem ser poluidores. Precisam estar
para o setor de raspagem. Se tiver alguma engajados com cuidados ambientais por ser
perfuração, ele será reparado. Depois, todos esta uma ação em cadeia.
seguem para a vulcanização, processo que
acontece dentro de uma câmara, onde há SÃO 120 COLABORADORES, entre CLT e
a fusão dos elementos colocados no pneu terceirizados. Segundo Paulo Moreira, um
para renová-lo. elevado número está na empresa há 10, 20 e
A Sorocap opera em um universo nacional 30 anos. “Nossos funcionários são sistema-
de 1.400 empresas. Seu diferencial, segundo ticamente treinados, obedecendo aos proto-
os diretores, é que trabalha somente com colos da ISO 9001/2008 pela ABNT e pelos
produtos de renomada qualidade técnica e protocolos do Inmetro”. A empresa oferece
referência nacional no mercado. a eles bônus proporcional aos resultados.
A empresa inova focando sua atuação na PARTICIPAÇÃO. Funcionários têm até 30 “Cada funcionário tem uma história aqui.
qualidade de seus produtos e serviços ampa- anos de empresa e bônus por resultadosde Individualizamos o tratamento dado a cada
rada na certificação de seus processos e no fusão dos elementos que irão renová-lo um deles”, completa.
treinamento continuo de sua equipe. “Nosso A Sorocap é associada ao Ciesp desde
portfólio de certificações é um diferencial no poucas do setor no Brasil a investir na certi- janeiro de 1996, ou seja, quase 20 anos. “As
mercado”, conta Paulo Moreira. ficação ambiental Selo Verde, conferida pela experiências vividas dentro do Ciesp nestes
A Sorocap tem certificações técnicas de ABNT. “Somos pioneiros na remessa de pneus 18 anos têm contribuído positivamente em
processos e ambiental. Na área de susten- inservíveis para o descarte ecologicamente nossa trajetória. Com palestras, testemunhos,
tabilidade ambiental, a empresa é uma das correto, prestando este serviço também aos incentivos, estímulos pelo conhecimento po-
nossos clientes”, completa. Seus diretores tencial das nuances da economia e da política,
mostram com orgulho o selo verde conse conse- no convívio com nossos pares e na expertise
guido pela empresa e que os compromete dos palestrantes”, diz Paulo Moreira.

Assume a
distribuição Inauguração da filial
regional dos pneus Mudança para a Registro Car Center.
de transporte da sede atual na Rodovia Conquista da certificação Abertura da filial
Bridgestone Raposo Tavares ambiental Selo Verde pela ABNT de Votorantim

2006 2007 2009 2010 2011 2012 2013

Aquisição
Conquista Início da da PTS Autopeças.
da certificação rede de Car Certificação
da ISO 9001 Centers pelo Inmetro

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 37


ENTREVISTA

Um ano
difícil
2014 foi um ano de dificuldades, MAS DIRETORES REGIONAIS
REITERAM A CONFIANÇA de que a Região vai continuar
vencendo obstáculos em 2015, que promete ser pior se medidas
urgentes para o País não forem tomadas

A
o fazer um balanço so- desoneração para lá e para cá. Eu gostaria concorda Mario Tanigawa, obser vando
bre o que foi o ano de muito que o Brasil voltasse a ter credibi- que o País, como não foi tão fortemente
2014, os diretores do lidade internacional, sem investimentos afetado pela crise de 2008, se acomodou,
Ciesp/Sorocaba mos- internacionais o País não cresce. Então, em deixou de investir em inovação, em aumen-
tram concordância em primeiro lugar precisa de gente, de gente to de produtividade e redução de custos.
praticamente todos os competente, com credibilidade e autonomia “O Brasil precisa retomar esta competiti-
assuntos relacionados para fazer o País voltar aos trilhos, algo que vidade. E para isto o governo federal deve
à economia, ao País e se perdeu. Lamentavelmente se perdeu”, incentivar de maneira bastante decisiva e
à região. afirma Beldi. intensa para que as empresas brasileiras
Embora tenham sido Syllos diz esperar por medidas brutais comecem a inovar criando nova tecnolo-
ouvidos separadamente pela reportagem, para acelerar o setor produtivo, duramente gia e também aumentando seu poder de
o diretor-tiular Antonio Roberto Beldi, o 1o penalizado nos últimos anos. “Acho que competitividade”.
vice-diretor, Erly Syllos, e o 2o vice-diretor, é fundamental pensarmos no lado assis- Confira na entrevista abaixo outras ques-
Mario Tanigawa, afirmam que 2014 foi um tencial, ajudar os mais carentes, mas se o tões que, além dessa, foram formuladas aos
ano muito complicado para o setor produti- Brasil não caminhar para evoluir tecnolo- diretores regionais.
vo, reiteram a necessidade de reformas para gicamente, nós vamos ter dificuldades pela
o País e demonstram enorme confiança frente. Não seremos competitivos, aliás já Como foi 2014 para a indústria da Re-
na capacidade de Sorocaba e região em não estamos sendo, pois nos últimos anos gião?
superar as crises. perdemos competitividade brutalmente. Beldi - Não foi um ano bom. Todo mundo
Indagados sobre quais medidas gosta- Então eu acho que as novas medidas do esperava um ano melhor, dentro do que se
riam que fossem tomadas pelo governo governo federal devem ser tomadas e o esperava para o Brasil num ano de eleições
federal para beneficiar o setor produtivo, os Ciesp e a Fiesp vão cobrar tanto do governo - uma economia avançando. Nós tivemos o
três acentuam a necessidade de reformas federal quanto do estadual, para que estas contrário, uma economia que cresce zero
urgentes. “O País só vai crescer no dia que ações sejam realmente tomadas”. e logicamente todos nós sentimos. Esta é
tiver um planejamento industrial, incen- “O que precisamos é de uma política de uma região que tem indústrias de autope-
tivos, e não um discurso demagógico de proteção de nossa capacidade industrial”, ças, eletroeletrônicas, metalmecânicas,

38 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Foto: Kika Damasceno
portanto sentimos aqui o reflexo do que indústria, mas para todo o setor produtivo. terminado setor e outros tiveram até um
aconteceu no Brasil. E o que aconteceu no E isso em cadeia vai para todos. Claro que certo crescimento.
Brasil foi um engodo eleitoral, com todas Sorocaba teve ainda um destaque positivo
as mentiras, e nós que tínhamos noção de em função do grande trabalho que aqui Um destaque positivo de 2014 na eco-
emprego e de responsabilidade sabíamos o foi feito - e o Ciesp participou ativamente nomia regional.
que estava acontecendo. O reflexo está aí. na atração de novos investimentos para Beldi - Sempre há um destaque positivo
Então foi um ano ruim, mas não chegamos Sorocaba. Então, não temos o que festejar e a gente nunca deve ser pessimista. Eu
ao fundo do poço. Acho que 2015 será um muito, mas estamos melhor do que outras não sou pessimista, estou mostrando uma
ano ainda mais difícil e que exige cautela. cidades industrializadas. Agora é abrir realidade. Houve sim um destaque positivo:
Cautela nos investimentos, cautela no en- caminho para 2015. passamos a integrar a Região Metropoli-
dividamento, cautela dentro da inovação, Mario - Foi um ano com muitos fatores tana de Sorocaba. Vejo as possibilidades
esperando ver quais são os sinais que vem que fizeram com que a indústria perdesse de readequação, numa seletividade das
para você investir novamente no País. um pouco a força produtiva. Isto devido empresas responsáveis, cada um sabendo
Erly - Marcado principalmente pela à situação de mercado, principalmente na aquilo que faz, de tentar se adequar a uma
instabilidade, que não só o Brasil teve, foi área automotiva, onde houve uma redução nova realidade. Sorocaba sempre foi uma
um cenário mundial. A economia mundial bastante considerável na produção com cidade empreendedora. Acho que com este
teve dificuldades que na realidade vêm a retração na venda de veículos. Embora ganho da Região Metropolitana, é um passo
ocorrendo desde a crise de 2008/2009 e grande parte das indústrias de Sorocaba muito grande no sentido de passarmos do
consequentemente afetam a maioria dos pertença a este segmento, o setor auto- patamar de uma cidade industrial, prestado-
países. Os EUA começam a deslanchar mobilístico, nós temos uma economia ra de serviço, para uma cidade tecnológica.
agora, mas a Europa ainda continua num bastante diversificada, com indústrias O que se inaugurou esta semana, os 250
momento de instabilidade econômica, da área de eletroeletrônica, alimentos, quilômetros de fibras ópticas, criando 21
isso acaba refletindo de um modo geral. energias alternativas, enfim outros seto- pontos de acessibilidade, lança Sorocaba
E o Brasil, com um sistema de governança res diversos que também sustentaram a num patamar diferente.
que adotou uma economia não totalmente economia da região. Portanto, em termos Erly - Destaque fundamental é que nos
adequada, sentiu o reflexo, não só para a de balanço, houve uma redução num de- anos de 2012 e 2013 tivemos proto-

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 39


ENTREVISTA

temos que nortear o que nós queremos

Foto: Kika Damasceno


colos de intenções e agora começaram
efetivamente a operar aqui algumas gran- para Sorocaba nos próximos anos, para a
des empresas, mudando todo o status da próxima geração que está vindo. Então nes-
economia regional. Sorocaba, ao longo dos te contexto nós temos que dar esta vocação
últimos anos, tem tido uma diversificação de cidade tecnológica. Temos que trabalhar
muito grande no tipo de indústria. Antes com produto de maior valor agregado, com
era têxtil,depois entrou for te no metal produto de inovação tecnológica e o Brasil
mecânico e ultimamente temos tido diver- não fez esta lição de casa. Em Sorocaba
sidade, com empresas no setor de energias estamos trabalhando fortemente para isto.
renováveis, como Tecsis e a Wobben em Para trazer indústrias de alta tecnologia,
energia eólica, no setor automobilístico, com alto valor agregado, que sejam com-
com a Toyota, no eletroeletrônico, com a petitivas para exportar e também para
Flextronics, de automação, com a ABB atender o mercado interno.
(Asea Brown Boveri). Baseado nisso, acho Mario - Sim. Como em todo o Brasil,
que Sorocaba está caminhando para uma 2014 não foi um ano de investimentos,
cidade tecnológica, ou seja, um avanço com reflexos dos índices econômicos. Os
diferencial do que era Sorocaba 10, 20 anos investimentos internacionais acabam se
atrás. Juntando a isso o grande destaque, retraindo também. Foi ano de Copa do
que é o Parque Tecnológico, que veio para Mundo, eleição, e isto também fez com
ancorar este desenvolvimento tecnológico. que os investidores refreassem seus inves-
Mario - O município e a região contam timentos. Mas aqui o que fizemos, com o
com vários segmentos na área industrial. governo municipal anterior e o atual, o
Então a economia, mesmo sendo afetada setor produtivo e o acadêmico juntos, foi
em determinados setores, não fica de todo pensar num modelo de sustentabilidade,
prejudicada, porque os outros setores aca- que tem no Parque Tecnológico um centro
bam sustentando esta diminuição. de desenvolvimento e pesquisa para dar
suporte às micro, pequenas e médias em-
O Sr acredita que em 2015 a região presas. Com isso as indústrias começam a
continuará sendo um polo de atração para viver nova fase, que é a tecnológica, e não
investimentos? ficam paradas, produzindo aquilo que o
Beldi - Acredito que seja um polo de mercado já tem. Mas sim inovando, criando
atração em função primeiro da proximi- novos produtos e quanto mais concentram
dade da capital. Segundo, nós temos aqui os pesquisadores, mais inovação existirá
toda infraestrutura não só rodoviária, mas em todos os sentidos. Portanto, Sorocaba
também acadêmica, e a infraestrutura de vai passar de uma fase de cidade industrial
saúde começa a melhorar com o início das para uma cidade tecnológica.
obras de dois hospitais em nossa região. E a
gente espera que haja bom senso do Poder Um balanço do que foi o trabalho do
Legislativo na aprovação de incentivos. Ciesp/Sorocaba em 2014 e o que é possível

Temos todas as
Quando todo mundo atrai indústrias, nós esperar para 2015.
não podemos nos dar ao luxo de dificultar Beldi - O Ciesp sempre correu atrás, não

condições de ser
a vinda delas, pois vêm trazer empregos, esperou. Ou seja, a gente criou as oportu-
que vêm gerar inovação tecnológica, que nidades que foram possíveis em um ano
vêm trazer competência. Porque estamos
a 90 quilômetros de São Paulo, com um
difícil, procurou trazer novos associados
e levar aos nossos associados pelo menos o polo de atração
Parque Tecnológico de terceira geração.
Temos água. Temos um segundo parque
um pouquinho do que ocorre aí fora, das
dificuldades da indústria por hoje ter um de investimento.
industrial muito bem localizado, temos
um Plano Diretor que foi aprovado agora.
governo que não prioriza o setor. Enfim,
tentando trazer, dentro da nossa realidade, Basta só que não
Então, temos todas as condições de ser o
polo de atração de investimento. Basta só
o que fosse possível. Porque nós não temos
esta autonomia, esta influencia de poder se atrapalhe o capital.
que não se atrapalhe o capital. Basta só que
não se faça, de forma demagógica e popu-
sentar em Brasília com um ministro. Esta-
mos sendo representados pelo Paulo Skaf, Basta só que
lista, desincentivos à indústria. Precisamos
de incentivos. A gente atrai mosca com mel
que tem feito isto de uma maneira muito
objetiva. Em 2014, o Ciesp, como sempre não se faça, de
e não com vinagre.
Erly - Sem dúvida. Nós tivemos em 2014
teve uma agenda própria e continuou nesta
agenda própria. Eu acho que fizemos e forma demagógica
a apreciação pela Câmara Municipal de
uma nova lei de incentivos para atração
cumprimos nossa parte.
Erly - O principal trabalho foi reunir as e populista,
de novos investimentos, enviada pelo
Executivo. Por que uma nova lei? Já tinha
empresas em prol do bem comum. Fazer
com que as empresas se dessem as mãos
desincentivos
leis anteriores, de onde vieram grandes
investimentos para Sorocaba. Agora es-
num ano difícil, como 2014, não foi fácil.
Mas pior seria se não houvesse esta união
à indústria
tamos adequando a nova realidade. Acho entre as empresas, sempre o Ciesp enca- Antonio Roberto Beldi,
que todo o processo é dinâmico, e nós beçando, com outras entidades e poder diretor-titular do Ciesp/Sorocaba

40 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


público de Sorocaba e demais prefeituras
que compõem a nossa regional. Este rela-
cionamento para o bem da indústria, para
o bem do desenvolvimento, é fundamental.
Este foi um ano de trabalho árduo, traba-
lho difícil, mas se não tivéssemos tido esta
união, este trabalho que o Ciesp faz em prol
dos associados, seria pior ainda.
Mario - O Ciesp procurou fazer muito
mais do que havia sido feito nos anos ante-
riores, principalmente porque nós começa-
mos a sentir esta queda no PIB industrial.
Por isso procuramos incentivar todos os
nossos associados para que dirigissem
esforços no sentido de poder manter o seu
poder de venda. Enfim, foi um ano bastante
difícil também para nós no sentido de poder
dar suporte para o associado vencer estas
dificuldades.

Que mensagem o Sr. deixa para os as-


sociados?
Beldi - Nunca desista do Brasil. Nós temos
que lutar pelo que foi feito, por aquilo que é
nosso! Temos que lutar para que os gover-
nantes cumpram o papel que têm que cum-
prir. Que melhorem a gestão, que deixem de
lado a demagogia e o populismo, porque
governos populistas nunca levaram a nada
em toda a historia e o resultado está aí em
nossos vizinhos. Fundamentalmente, que
não desistam do Brasil. O Brasil pertence
aos brasileiros, não pertence a um partido.
Erly - A mensagem é que existe uma
esperança, uma esperança forte. Temos
que ter sim as medidas que precisam ser
tomadas, mas principalmente, temos que
olhar o futuro. Mesmo em épocas de di-
ficuldades, em época de guerra, de caos

O principal trabalho Procuramos


total, há caminhos, há pessoas que vêem
horizontes novos. Tenho certeza absoluta

foi reunir as incentivar nossos


que quem está num associativismo, junto
com o Ciesp, tem muito mais vantagem

empresas em prol associados para que de olhar o futuro e buscar novas oportu-
nidades do que quem não participa deste

do bem comum. dirigissem esforços momento. Quem não é associado, fica para
trás. Quem está junto, mesmo em época de

Fazer com que para manter o seu dificuldades, vai buscar novas luzes e novos
caminhos pela frente.

as empresas se poder de venda. Mário - Nós não podemos ficar espe-


rando que o governo tome providências.
dessem as mãos Foi um ano bastante Temos que agir individualmente, cada um
procurando fazer o máximo possível para
num ano difícil, difícil para nós no definir prioridades, ver qual é o nicho de
mercado que existe, concentrar esforço
como 2014, não foi sentido de poder no sentido de melhorar a produtividade,
investir nisto, fortalecer a capacitação dos
fácil. Mas pior seria dar suporte para o colaboradores e fazer com que a inovação
aconteça. Tem, portanto, que se tornar com-
se não houvesse associado vencer petitivo . Não percam nenhuma esperança,
não fiquem pensando que a crise pode che-
esta união as dificuldades gar. Ao contrário de ficarmos preocupados,
temos que fazer com que esta energia seja
Erly Domingues de Syllos, Mario Tanigawa, aplicada totalmente no sentido de poder
1o vice-diretor do Ciesp/Sorocaba 2o vice-diretor do Ciesp/Sorocaba empreender e inovar.

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 41


REGIONAL

Uma bancada reg


DEPUTADOS ELEITOS NAS CIDADES QUE COMPÕEM A BASE
TERRITORIAL DO CIESP/SOROCABA afirmam que vão trabalhar
pelo fortalecimento da Região Metropolitana

O
s 1.440.770 de eleitores ins- forte para inovação e desenvolvimento da a ser responsável pela gestão e fiscalização
critos nos 48 municípios que indústria e isso não pode ser ignorado”. do transporte coletivo intermunicipal de pas-
formam a base geográfica da O ex-prefeito Vitor Lippi, que estréia em sageiros entre os 26 municípios da região,
Regional elegeram – ou ree- seu mandato como deputado federal, afirma um serviço que atualmente é de competên-
legeram – em outubro dois ser essa causa uma de suas prioridades e cia da Agência Reguladora dos Serviços
deputados para a Câmara a região pode contar com seu empenho. Públicos Delegados do Estado de São Paulo.
Federal e quatro para a Alesp “Quero participar intensamente dessa “A mudança poderá baixar a tarifação das
(Assembléia Legislativa de São Paulo). grande oportunidade, que é a RMS. Essa é passagens e melhorar a operacionalização
Procurados pela Revista do Ciesp/Soroca- uma nova agenda que vai nos possibilitar o das linhas que fazem este trecho”.
ba para falar de seus planos de ação, todos, planejamento conjunto do futuro de Soro- Raul Marcelo, que retorna à Alesp, vai
em uníssono, disseram que pretendem caba e região”, respondeu ele às questões além: “Precisamos caminhar no sentido
trabalhar pelos interesses regionais e pelo encaminhadas por e-mail a todos os eleitos. de corrigir as assimetrias existentes entre
fortalecimento da RMS (Região Metropo- “Agora temos um fórum para a apresenta- as cidades da nossa Região Metropolitana.
litana de Sorocaba). ção de projetos técnicos viáveis, sustentáveis Vale lembrar que as cidades de Alambari,
e de impacto econômico e social. Além da Capela do Alto e Tapiraí foram consideradas
REELEITO para a Câmara Federal, Jefferson oportunidade de termos qualidade nos pro- de alta vulnerabilidade social”, afirma, citan-
de Campos diz que a Região Metropolitana jetos, teremos o que é fundamental: a união do como referência um estudo do núcleo
de Sorocaba pode esperar muito trabalho política de nossas principais lideranças, que estadual para os Objetivos de Desenvolvi-
de sua parte para trazer mais recursos fe- são nossos prefeitos”, assegura. mento do Milênio, entidade ligada à ONU.
derais para o desenvolvimento econômico “Precisamos reverter esse quadro. Vamos
regional. “Através do Parque Tecnológico, PARA A ALESP foram reeleitos Maria Lucia defender que nossa Região Metropolitana
Sorocaba hoje possui um potencial muito e Carlos Cezar. E ambos dizem estar muito cresça e se desenvolva com equilíbrio social
empenhados na luta pelo fortalecimento da e respeito ao meio ambiente”.
RMS. ‘É um organismo de força para reivin- Também o ex-secretário estadual de Sa-
dicar recursos e disciplinar a sua aplicação. neamento, Edson Giriboni, está retornando

Os deputados
Com a nossa intervenção, foram acrescidas à Assembléia, reeleito pela terceira vez - em
as cidades de Sarapuí, São Miguel Arcanjo, seu segundo mandato, licenciou-se para
Alambari e Cesário Lange nessa estrutura”,

eleitos, em diz ela, ressaltando serem importantes as


funções do Conselho de Desenvolvimento,

uníssono, dizem
do fundo e da autarquia, órgãos essenciais
para a operação efetiva da RMS. “Nós já
temos o Conselho de Desenvolvimento,
que pretendem presidido pelo prefeito de Sorocaba, Antô-
nio Carlos Pannunzio. Os próximos passos

trabalhar pelos são agora a criação das outras estruturas de


comando, escolha de membros e implanta-
ção das rotinas de funcionamento. Estamos
interesses acompanhando essas ações de perto, com
sugestões e avaliações, e vamos trabalhar

regionais e pelo para que a Região Metropolitana de Soro-


caba seja eficiente e abrangente”.

fortalecimento
Carlos Cezar também pensa de for-
ma semelhante: “Temos que acelerar os
procedimentos burocráticos em todas as

da RMS (Região áreas para que a população das 26 cidades


comece a sentir os reflexos positivos de

Metropolitana
fazer parte de uma região metropolitana.
O sistema de transporte intermunicipal é o
primeiro exemplo”.

de Sorocaba) Informa ele que até abril de 2015, a Secre-


taria de Transportes Metropolitanos passará

42 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


gional OS ELEITOS
Confira a votação dos deputados da base geográfica do Ciesp/Sorocaba

DEPUTADO FEDERAL

assumir a secretaria. E diz que volta para Vitor Lippi


prosseguir com seu trabalho pela região: 176.153 votos
“Quero continuar sendo um parceiro das
boas iniciativas e da geração de emprego Jefferson de Campos
e renda. Temos um compromisso com a 161.790 votos
população da região e vamos trabalhar por
mais investimentos em infraestrutura, para
trazer novos cursos profissionalizantes, para
capacitar mão de obra, enfim lutar para
melhorar a qualidade de vida”. Giriboni DEPUTADO ESTADUAL
afirma ainda que a ideia de criação de um
Aglomerado Urbano para Itapetininga pode
ser um instrumento para o desenvolvimento
regional. A ideia, relembra, surgiu quando
Itapetininga optou por não se integrar
à RMS e se observou que a criação de
aglomerados urbanos têm sido uma expe-
riência positiva para Jundiaí e Piracicaba.
“Mas esse é um assunto que precisa ser
discutido com a população e a classe polí-
tica de Itapetininga e também dos outros
municípios que poderiam fazer parte desse
Aglomerado. Caso a proposta tenha apoio
e seja bem recebida, vamos conversar com Maria Lucia Carlos Cezar Edson Giriboni Raul Marcelo
o governador Alckmin, porque a iniciativa 47.923 votos
da criação dos Aglomerados Urbanos tem
120.308 votos 112.409 votos 105.969 votos
de partir do Executivo”.

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 43


CIESP ACONTECE

Fotos: Kika Damasceno


PATROCINADOR DO EVENTO: KPMG. Em pé, da esquerda para direita, Marcelo de
Angelo, Diego Irineu, Leonardo Giusti, Evelyn Gil, Paula Queiroz, Marcelo Gonçalves
Mario Tanigawa, Erly Domingues de Syllos, Nelson Cancellara, Jefferson Campos, e Ricardo Lima. Sentado, da esquerda para direita, Raniery Marques, Fernando
Carlos Cezar, Neusa Maldonado, Edith Di Giorgi, Antonio Carlos Pannunzio, Mattar, Carlos Humberto e Leandro Fagundes
Antonio Beldi, Iara Bernardi e Edson Giriboni

Confraternização
no Santa Victória...
O ano foi difícil e de muito trabalho, como ficou claro nos pronunciamentos feitos
durante o encontro (ler Painel). Por isso mesmo, uma pausa para confraternizar,
rever os amigos e desejar boas festas é sempre bem vinda. E foi assim no almoço
realizado no Ristorante Chácara Santa Victória em dezembro (5). Em momentos
como esse, o alto astral prevalece, como mostram flagrantes do evento. Uma PATROCINADOR DO EVENTO: FACENS. Roberto Francielli,
forma agradável de se despedir do ano que está indo e dar boas vindas a 2015. Odail José da Silveira, Adriano Bila, Giovanna Sanches,
Dr. Clive Winters e Ricardo Santos

Eva Marius
e Maristela
Honda

Sadi Montenegro, Andrea Valio, Ricardo Valio, Rodrigo Bley e Fabio Souza Pinto

Geraldo Almeida, Valdir Paezzani e Rodrigo Maldonado Eliane Figueiredo, Rodrigo Figueiredo e João Esquerdo Mariano Amadio, Agliberto Chagas e Rubens Hungria de Lara

Rodrigo
Adduci,
Miguel
Arcanjo de
Almeida,
Carlos
Shigueo e
Guilherme
Afonso Luiz Vicente, Sidnei Perez, Benedito Sampaio e Helvecio Siqueira de Oliveira

44 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


PATROCINADOR DO EVENTO: INTERMÉDICA. PATROCINADOR DO EVENTO: TOTVS. PATROCINADOR DO EVENTO: UNIPRIME.
Uberacy Campos, Livaldo Gonçalves Walter, Camargo, José Francisco Rosa Lopes, Bruno Martins Viana, Julio Negrini Neto, Denise Jordan Pirahy
Almir Silva, Maryan Medeiros e Vanessa Belchior Rafael Mecatti e Silas de Santos Junior e Sandra Regina

PATROCINADOR DO EVENTO: TOYOTA. Maria Cristina PATROCINADOR DO EVENTO: GAS NATURAL. José Nascimento
Carli, Carlos Shigueo, Roberto Matarazzo Braun e Junior, Fernanda Burattini, Danilo Tonus Kostenko, Larissa Rinaldo Jocilei Oliveira e Julio Cesar
Miguel Arcanjo de Almeida e Nelson Alves de Souza Junior de Souza Martins

Maria Vicentina, Janete Pedrina de Carvalho Paes


e Adalberto Bonassi Marcicano Carlos Cezar, Antonio Beldi e Jefferson Campos Nelson Cancellara, Erly Syllos e Mario Tanigawa

Fernando Alonso, Amanda Lorenzzi, Sidney Matos, Elvio Luiz Lorieri e


Marcia Marques e Ilianete Gomes Jesse James Latance, Maristela Honda e José Carlos Barbosa Rubens Merquizo Filho

Denise Baptistella, Manoel B. Cruz, Samuel Berenguel,


Ruy Jaegger e Almir Buganza Equipe Ciesp/Sorocaba

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 45


Fotos: Kika Damasceno
CIESP ACONTECE

Wilson Paulino, Isabelle Paulino e Eva Marius Rosana Rodrigues, Frederico Rodrigues e Márcio Alves Israel Leodorico e Misleine Alves

... e na Real
do Alto da
Boa Vista
A equipe e os diretores do Ciesp/Sorocaba,
bem como seus familiares, estiveram reunidos
na unidade da Padaria Real do Alto da Boa
Vista em dezembro (10) para comemorar os
resultados do trabalho realizado neste ano. E
que não foi pouco, como é possível constatar
no balanço publicado em Rápidas. Registramos
aqui alguns flashes desse encontro. Diretores e equipe do Ciesp/Sorocaba

Keila Syllos e Erly Syllos Sonia Tanigawa e Mario Tanigawa Sadi Montenegro e Antonio Beldi

Ada Santos Dias, Adelaine Santos e Igor Aline Machado e Carmen Moura David da Silva e Thaís Bravo da Silva

46 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


CIESP É MAIS / NOVOS ASSOCIADOS

Portas abertas a todos


EMPRESAS DOS MAIS DIVERSOS SEGMENTOS associaram-se
à Regional e vêm somar forças com a maior entidade
representativa do setor empresarial

N
este ano, o quadro associativo da integram o quadro associativo da Regional PORQUE SOU SÓCIO
Regional foi reforçado com a chegada Sorocaba, formada por 48 municípios.
de novas empresas, dos mais variados Os associados têm acesso a todas a van-
setores, que elevaram para cerca de tagens e serviços oferecidos pelo Ciesp. E
350 o número de filiadas. E os novos associados podem participar de dez departamentos que
receberam seus diplomas em cerimônia reali- oferecem atividades em diversos campos de
zada na sede em dezembro (ler pag. ao lado). atuação empresarial, além de compor o NJE Participar
E como sempre, representantes dos mais
diversos setores se afiliaram, juntando-se
(Núcleo de Jovens Empreendedores).
Conheça aqui as empresas que se asso-
do Ciesp é
às mais de 300 empresas da Região que ciaram neste último bimestre. fundamental para a empresa
que tem como foco principal
o desenvolvimento e o
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48 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


se relacionarem. Leonardo Teixeira, da PKT,

Foto: Kika Damasceno


está trazendo para Sorocaba a empresa que
representa a Fundação Dom Cabral, uma das
mais renomadas na formação de executivos,
empresários e gestores públicos: “É sem dúvi-
da mais fácil começar este trabalho na região
estando ligado ao Ciesp”.
Marcos Poiato, da Poiato Recicla, lembra
que o Ciesp é a casa da indústria e permite
dar visibilidade ao trabalho de sua empresa
- que recicla bitucas de cigarros - além de
credibilidade. Já Raimundo de Miranda e
Hernani Campos, da Jota Tintas, estão certos
de que a associação irá dar oportunidade de
aprimorar a empresa através de palestras e
cursos, além de abrir espaço para oportuni-
dades junto a novos parceiros.
Guilherme Afonso, da Tradefer Ferro e
Aço, resumiu: “Se você usufruir de todas
TODOS JUNTOS. Associados reunidos após receberem seus diplomas: associativismo é participação as oportunidades que o Ciesp oferece, terá
chance de novos negócios”. E João Paulo

Boas vindas aos


Rodrigues Veiga Santos, da Revochemical,
indústria química sediada em Alumínio, não
apenas se associou ao Ciesp, como também
se tornou representante da entidade naquele

novos associados
município. “Esperamos ter aqui a chance de
crescer com cursos, fazer networking e ter
uma entidade que olhe por nós!.”
Foram diplomadas as seguintes empre-
sas: AJG Serviços e Treinamentos, B Four
IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DE TODOS é ressaltada na Usinafer, Cooperativa de Crédito NossaCred,
Fast Assessoria Financeira, Industria Correa
cerimônia de diplomação aos novos associados Ltda, Jota Tintas, MArtins e Creutzberg Ag

S
Viagens e Eventos, OS2 Comunicação, PKT
er associado não é manter mensa- Depois de falar sobre os serviços ofere- Desenvolvimento Empresarial, Poiato Reci-
lidade em dia, é participar. É trocar cidos pela entidade e das possibilidades de cla, Revochemical Ind. Com, Star Benefícios
experiências, aprender em cursos, participação nas ações dos departamentos, Empresariais, Tradefer Ferro e Aço, Vento
se renovar, ter acesso a debates que ele voltou a ressaltar a importância da par- Reginato Arquitetura e Engenharia, Wagner
enriquecem o dia a dia das empre- ticipação de todos: “Comecem a interagir. Crivelari ME.
sas”. Com essas palavras, o 1o vice-diretor Esta é a força do Ciesp”
Erly Domingues de Syllos, abriu o encontro Num clima descontraído, cada uma das

Fotos: Kika Damasceno


de diplomação aos que encorparam o quadro empresas presentes recebeu seu diploma
associativo neste ano. de associado e seus representantes falaram
A cerimônia aconteceu em dezembro (2) um pouco do que têm para oferecer ao
e participaram representantes de 15 das 31 mercado. E todas ressaltaram a importância
novas empresas associadas. desta associação.
Inicialmente, a gerente regional Eva
Marius apresentou as principais ações da PARA Alex Fernandes da Costa, da B Four,
entidade na região e no estado de São Paulo: indústria de usinagem, a decisão de se associar
espaços de negócios, cursos, treinamentos, vem ligada ao fato de que o Ciesp é um ótimo
veículo de comunicação, site, eventos sociais, canal de divulgação. Alessandra Cordeiro, da OPORTUNIDADE. Para Miranda e Campos,
convênios e parceiros institucionais. Nossa Cred , diz que a intenção é conhecer associar-se é buscar aprimoramento e
novos parceiros de outras industrias para novos parceiros
EM SEGUIDA, o 1o vice-dire-
tor falou sobre a importância
da participação de todos. “Se
estivermos unidos, teremos
mais força para enfrentar
diversidades”, disse Syllos.
“Aqui podemos ficar à frente
das informações sobre os
cenários nacional e interna-
cional. A união e o associa-
tivismo são as maneiras que BONS NEGÓCIOS. Rodrigues, Poiato e Cordeiro VISIBILIDADE. Teixeira e Costa ressaltam
temos para crescer”. vislumbram novas oportunidades relacionamento e divulgação que Ciesp proporciona

Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98/ 49


CIESP É MAIS / CONVÊNIOS

Cadastro Industrial
está sendo distribuído
ASSOCIADOS COMEÇAM A RECEBER GRATUITAMENTE, em formato CD-ROM,
uma publicação que divulga e incrementa negócios

C
riado com o objetivo de promover

Fotos: Beto Moussalli/FIESP


a integração entre as indústrias do
estado de São Paulo, seus fornece-
dores e possíveis clientes e investi-
dores, bem como dar mais oportunidades
de divulgação para as empresas associas
incrementarem seus negócios, o Cadastro
Industrial do Estado de São Paulo começou
a ser distribuído em novembro.
Desenvolvido pela Editora EBGE (Editora
Brasileira de Guias Especiais) em parceria
com o Ciesp, o cadastro traz, de forma or or- LANÇAMENTO. O primeiro
ganizada e catalogada, informações como exemplar do Cadastro foi
razão social, nome fantasia, endereço, CNPJ, entregue ao presidente em
telefone, fax, e-mail, atividade industrial prin- exercício Rafael Cervone
cipal e produtos fabricados pelas associadas.
As inserções são gratuitas e as empresas Com o Cadastro Industrial é possível fazer ferramenta de pesquisas para o associado.
poderão, a seu critério, firmar contratos de consultas para prospectar clientes e fornece- Até mesmo via smartphone é possível fazer
anúncios diretamente com a EBGE – neste dores com base no CNPJ, por município ou consultas ao serviço.
caso, sem nenhum vinculo com o Ciesp. mesmo por bairro, tornando-se também uma Disponível nas versões impressa, CD-ROM
e internet, o Cadastro Industria foi lançado
oficialmente em outubro (24). E de acordo
com o acordo firmado com o EBGE, a editora

Convênios em destaque irá distribuir, gratuitamente, um exemplar em


CD para cada associado.
O Cadastro será editado anualmente.
■ O Ciesp está credenciado na ICP-Brasil
como AR (Autoridade de Registro) da
Imprensa Oficial, Autoridade Certi- Para mais informações,
ficadora Oficial do Estado de São Paulo ■ Convênio com a InovaCAD Tecnologia dá entre em contato com a Central
para emissão de Certificados Digitais. 15% de descontos aos associados para cursos de Atendimento em São Paulo:
Ou seja, os associados têm desconto
exclusivo na obtenção do documento
da Autodesk, tais como AutoCad, AutoCad (11) 3549.3232
Civil 3 D, Autodesk inventor, Autodesk Revit atendimento@ciesp.org.br
que funciona como autêntica identidade Architecture, Autodesk 3DS Max e Autodesk
eletrônica para empresas e pessoas e é ou no Ciesp/Sorocaba:
Maya. Eles têm duração média de 40 horas,
cada vez mais requisitado. são oferecidos durante o dia e à noite, de
(15) 4009-2900
segunda à sexta, e também aos sábados.

■ O Banco Nacional ■ Através de parce-


de Desenvolvimento já ria com o Centro de
instalou 11 postos de Integração Empresa
informações nas direto- Escola, os associados
rias regionais do Ciesp, recebem assessoria
entre elas Sorocaba. Neles, um profissional técnica para contratação de estudantes. O
do Ciesp, treinado por técnicos do banco de serviço beneficia principalmente micro e
fomento, esclarece as dúvidas dos associados pequenas empresas, que pagam um valor fixo
sobre linhas de crédito disponíveis. de R$ 50 por estagiário.

50 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98


Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98 / 51
CIESP É MAIS / CONVÊNIOS

52 / Revista do Ciesp Sorocaba / Edição 98

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