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Dissolução da Sociedade Limitada

Tendo como objetivo regulamentar a criação e atividade de uma empresa de acordo com o
investimento realizado por cada sócio, a sociedade limitada, após exercido seu objeto social,
chega ao fim com a dissolução, apartir daí, finda sua fase ativa, e segue-se à liquidação.

Nos mesmos moldes das sociedades simples, o art. 1033 enumera as seguintes hipoteses
em que se dará a dissolução além de outras prevista em contrato:

· pelo vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido esse e sem


· oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que
· se prorrogará por tempo indeterminado;

· pelo consenso unânime dos sócios;


· pela deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade por
· prazo indeterminado;
· pela falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180
· dias;
· pela extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.

Sua personalidade jurídica se mantem durante o processo de liquidação, que pode ser
amigável ou judicial,num processo não tão simples quanto sua formação, no entanto
durante esse tempo não poderá realizar novos negócios.

O processo de dissolução passa por três fases:

· Dissolução;
· Liquidação; e
· Extinção.

Com a dissolução, ocorre o encerramento da fase ativa da sociedade e daí passa-se à sua
liquidação. Na liquidação será nomeado um liquidante que ficará encarregado de receber
eventuais créditos da sociedade e de pagar todo o passivo, esse liquidante pode ser tanto
um administrador quanto um terceiro. Os bens remanescentes serão entregue aos sócios,
no processo chamado de partilha, após a pagamento do passivo.
Após as contas serem aprovadas, um requerimento de cancelamento deverá ser
solicitado no Registro Público de Empresas Mercantis. Várias vezes acontece de as
sociedades serem extintas sem o pagamento das dívidas, deixando de pagar ao credor
trabalhista, comercial ou fiscal, fechando as portas sem cumprir as formalidades exigidas, o
que acarreta a responsabillidade pessoal dos sócios pelas dívidas, nesse caso justificando a
penhoras dos bens dos sócios.
O art. 1.103, parágrafo único afirma que com o intuito de tornar o processo de dissolução
e liquidação público, o liquidante empregará a firma ou denominação social seguida da
cláusula “ em liquidação “, nos documentos e atos. Nesse caso é a pessoa do liquidante que
representará a sociedade, não podendo ser representada mais pelos seus administradores.
E tal liquidante possui alguns deveres, enumerado pelo código civil, em seu art. 1,103 :

I – averbar e publicar a ata, sentença ou instrumento de dissolução da sociedade;


II – arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer que estejam;

III – proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a assistência, sempre que
possível, dos administradores, à elaboração do inventário e do balanço geral do ativo e do
passivo;

IV – ultimar os negócios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o


remanescente entre os sócios ou acionistas;

V – exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo à solução do passivo, a integralização de


suas quotas e, se for o caso, as quantias necessárias, nos limites da responsabilidade de cada
um e proporcionalmente à respectiva participação nas perdas, repartindo-se, entre os sócios
solventes e na mesma proporção, o devido pelo insolvente;

VI – convocar assembléia dos quotistas, cada seis meses, para apresentar relatório e balanço do
estado da liquidação, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, ou sempre que
necessário;

VII – confessar a falência da sociedade e pedir concordata, de acordo com as formalidades


prescritas para o tipo de sociedade liquidanda;

VIII – finda a liquidação, apresentar aos sócios o relatório da liquidação e as suas contas finais;

IX – averbar a ata da reunião ou da assembléia, ou o instrumento firmado pelos sócios, que


considerar encerrada a liquidação.

Assim, a sociedade limitada, formada por dois ou mais sócios que vão contribuir para a
formação do capital social pode chegar uma hora que, por vários motivos, ela pode se dissolver
e terminar. As principais causas de dissolução de uma sociedade limitada foram enumeradas e
explicadas. As razões são muitas, e essa instabilidade entre socios pode ser evitada ou
contornada, garantindo assim que a empresa prospere e siga com sua obrigação perante a
comunidade onde atua, seus empregados e todos os interessados.

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