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Porto Velho
Novembro de 2017
Amanda Michalski da SIlva1
Porto Velho
Novembro de 2017
1
Discente do curso de Geografia pela Universidade Federal de Rondônia;
Membro do Laboratório de Gestão do Território – LAGET/UNIR
Membro do Grupo de Pesquisa em Geografia Agrária da Amazônia – GTGA/UNIR
Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPQ
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 4
LOCALIZAÇÃO................................................................................................................................... 5
EIXO I: POPULAÇÃO .......................................................................................................................... 6
TEMAS ABORDADOS .................................................................................................................... 6
FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO SEGUNDO OS CENSOS DEMOGRÁFICOS DE 1991,
2000 E 2010 .................................................................................................................................... 7
POPULAÇÃO URBANA E RURAL E QUANTITATIVO DE HOMENS E MULHERES ........ 8
POPULAÇÃO INDÍGENA DA MICRORREGIÃO DE VILHENA ........................................... 10
POPULAÇÃO POR COR/RAÇA DA MICRORREGIÃO DE VILHENA ................................. 11
EIXO II: PECUÁRIA BOVINA .......................................................................................................... 14
EIXO III: AGRICULTURA FAMILIAR E AGRICULTURA NÃO FAMILIAR ............................. 17
EIXO IV: EXTRATIVISMO (CASTANHA E AÇAÍ) ....................................................................... 21
EIXO V: CARACTERÍSTICAS DO DOMICÍLIO DA MICRORREGIÃO DE VILHENA ............. 23
EIXO VI: ESCOLAS DA MICRORREGIÃO DE VILHENA ........................................................... 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 29
INTRODUÇÃO
Por meio dos dados coletados junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e outras fontes de pesquisas, poderemos observar o perfil da microrregião de Vilhena e
analisar as modificações ocorridas neste espaço geográfico que se encontra na região Norte do
Brasil, e na porção da Amazônia Ocidental brasileira. Essa análise terá como recorte temporal
os anos entre 1990 e 2015.
Neste trabalho apresentaremos dados sobre seis eixos: População; Pecuária de corte e
de leite; Agricultura familiar e Não familiar; Extrativismo da Castanha e do Açaí; algumas
Características dos domicílios; Escola.
LOCALIZAÇÃO
EIXO I: POPULAÇÃO
TEMAS ABORDADOS
Neste eixo foram analisados os dados referente a faixa etária da população com base
nos últimos Censos Demográficos realizados pelo IBGE, sendo eles os de 1991, 2000 e 2010.
A população urbana e rural, o número de homens e mulheres, a população indígena, a população
por cor/raça (conforme é apresentada pelo IBGE), e a densidade demográfica.
FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO SEGUNDO OS CENSOS DEMOGRÁFICOS DE
1991, 2000 E 2010
Mulheres Homens
Mulheres Homens
Mulheres Homens
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
-
1991 2000 2010
HOMENS MULHERES
500 476
450
400
331
350
300
235
250
200
150
100
35
50
8 5 1 1 7 0 0 1
0
Declaram-se indígenas Não se declaram indígenas
Chupinguaia Parecis Pimenta Bueno Primavera De Rondônia São Felipe D'Oeste Vilhena
Neste gráfico apresenta as variáveis em relação a população indígena sendo elas as que
se declaram indígenas e as que não se declaram indígenas. Observamos por meio das
informações deste gráfico que os municípios que mais apresentam indígenas são Vilhena e
Pimenta Bueno. Este gráfico pode ser melhor compreendido ao analisarmos o próximo gráfico
de número 7 que apresenta dados referente ao domicílio da população indígena da Microrregião
de Vilhena.
Gráfico 7: Declaração de domicílio da população indígena da Microrregião de
Vilhena
Primavera De Rondônia
Parecis 27 8
Chupinguaia 195 40
Por meio deste gráfico podemos analisar que a maioria dos indígenas declarantes se
encontram em Terras Indígenas (T.I), nos municípios que apresentam a existência de T.I., como
são o caso dos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno, Parecis e Chupinguaia, sendo que São
Felipe D’Oeste e Primavera de Rondônia não apresentam T.I. e seus indígenas vivem fora da
T.I.
sem declaração
indígena
parda
amarela
preta
branca
Densidade demográfica
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
-
Chupinguaia Parecis Pimenta Bueno Primavera De São Felipe Vilhena
Rondônia D'Oeste
400.000
Quantidade de cabeças de gado
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
1990 1995 2000 2005 2010 2015
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
Neste mapa podemos observar a evolução da pecuária de corte entre os anos de 2005,
2010 e 2015. E com destaque para o município de São Felipe D’Oeste que passou ao longo de
quinze anos para a segunda colocação em relação ao quantitativo bovino de corte da
Microrregião de Vilhena, assim como o município de Vilhena que saiu da quarta colocação
para a primeira em número de efetivos bovinos de corte.
Essas modificações poderão ser melhor compreendidas aos analisarmos o próximo eixo
referente a agricultura familiar e não familiar, pois as duas variáveis se relacionam.
EIXO III: AGRICULTURA FAMILIAR E AGRICULTURA NÃO FAMILIAR
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
Gráfico 13: Área agrícola em 2000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
PIMENTA-DO-…
BORRACHA…
CACAU EM…
BANANA EM…
CASTANHA DE…
CANA-DE-…
FEIJÃO EM…
0
ABACAXI
ALGODÃO
GOIABA
LARANJA
LIMÃO
TOMATE
URUCUM
MAMÃO
MELANCIA
AMENDOIM
COCO-DA-BAÍA
MANDIOCA
MANGA
MARACUJÁ
TANGERINA
UVA
ABACATE
PALMITO
CAFÉ EM GRÃOS
MILHO EM GRÃOS
SOJA
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
Gráfico 15: Área agrícola em 2010
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
Conforme podemos observar nos gráficos acima apresentados, a diversificação da
produção agrícola teve uma significativa redução, enquanto a monocultura ganhou espaço ao
longo dos anos analisados. Os municípios que apresentam aumento de áreas cultivadas com
monoculturas como a soja, o milho e o arroz, são exatamente os que apresentam segundo o
mapa 6 quanto aos dados de agricultura NÃO familiar, inseridas na lógica do agronegócio.
Esta análise é possível por meio da averiguação das políticas públicas implementadas
no estado de Rondônia ao longo desses vinte cinco anos. Ao nos referir-nos as políticas
públicas, estamos apontando aqui a gestão territorial que adota tais políticas voltadas aos
interesses externos, em detrimento da transformação espacial, cultural e ambiental.
Essas políticas públicas podem ser vistas por meio de créditos rurais que incentivam aos
agricultores a se tornarem pecuaristas, substituindo assim, suas plantações por rebanhos de
gado, seja de leite ou de corte. Mas segundo os dados apresentados até o presente momento,
fica claro que a pecuária leiteira da microrregião de Vilhena estar concentrada nas pequenas
propriedades, ou seja, que praticam agropecuária de subsistência.
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
2
Toneladas
1,5
0,5
0
1990 1995 2000 2005 2010 2015
Fonte: IBGE
Elaborado por Amanda Michalski
Com base neste gráfico podemos observar que a exploração do açaí só aparece no
município de Chupinguaia, ou seja, dos seis municípios que compõem a microrregião de
Vilhena, somente um exerce a exploração do açaí e mesmo assim essa exploração se inicia no
ano de 2010. Não forma coletadas informações sobre o tipo de exploração, ou seja, se esta
exploração advém de palmeiras de açaí naturais ou produzidas por agricultores com o intuito
de aumentar a exploração deste produto.
Este gráfico demonstra que grande parte dos domicílios da microrregião de Vilhena
usam como forma de esgotamento sanitário, a fossa rudimentar. Mas outro dado também
aparece em destaque, e até mesmo preocupante, o que se refere a “Não tinham banheiro ou
sanitário”, esse dado se destaca no município de São Felipe D’Oeste. Novas análises devem ser
realizadas para que seja abordado o nível de contaminação do lençol freático desses municípios.
O próximo gráfico de número 21, apresenta informações sobre a forma de abastecimento de
água nos domicílios da microrregião de Vilhena.
0 20 40 60 80 100
Poço ou nascente (na propriedade)
Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo
Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno
Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada
Outra forma
Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo
Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno
Por meio deste gráfico podemos observar que a grande maioria dos domicílios se utiliza
de poço ou nascente na propriedade e poço ou nascente na propriedade. Com isso podemos
observar que não existe rede de abastecimento de água disponível para todos os domicílios da
microrregião de Vilhena.
Urbana Rural
Neste gráfico as informações são referentes ao destino do lixo, e suas formas de coleta
nas áreas urbanas e rurais da microrregião de Vilhena. Sendo assim, podemos observar que a
área urbana apresenta várias formas de coleta de lixo, e algumas até mesmo iguais aos destinos
dado ao lixo da área rural. Mas a coleta realizada por serviço de limpeza inexiste na área rural.
O gráfico (23) a seguir demonstrar características do entorno dos domicílios da microrregião
de Vilhena.
Gráfico 24: Frequência dos alunos por etapa de ensino na microrregião de Vilhena
Neste gráfico observamos as informações sobre os CENSOS de 2000 e 2010, nele o ano
de 2000 só apresenta informações referente a creche e somente no município de Vilhena dos
seis que integram a microrregião ode Vilhena. Em relação ao ano de 2010 as informações
ultrapassam consideravelmente, neste CENSO de 2010 a quantidade de escolares tem uma
elevada participação, apesar desse crescimento não ser equitativo entre todos os municípios da
microrregião de Vilhena.
2000 2010
Estadual Municipal
Fonte: INEP
Elaborado por Amanda Michalski
Neste gráfico temos como destaque do número de escolas municipais e estaduais
novamente para o município de Vilhena, mas também observamos que os municípios de
Pimenta Bueno e Chupinguaia apresentam bons números de escolas. Os demais municípios
apresentam menos de cinco escolas tanto da esfera estadual como da municipal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outra análise que merece destaque, refere-se a agricultura familiar e não familiar sendo
que, esses dados demonstram que a microrregião de Vilhena apresenta os dois tipos de
produção, ou seja, pequenos agricultores/produtores rurais do lado oeste da microrregião, e do
lado leste observamos a maior concentração de propriedades voltadas à agricultura comercial,
ou mais especificamente, para o agronegócio pois, relacionam-se com o mercado global de
commodities.
Quanto a população, observamos por meio dos gráficos e mapa que demonstrou a
densidade demográfica da região, os municípios que apresentam maior número de habitantes
sendo eles, Vilhena e Pimenta Bueno. Também foi possível averiguar sobre a proporção de
homens e mulheres, e o que se observou foi que a proporção entre o quantitativo por sexo
apresenta-se quase que equitativo.
Para finalizar devemos observar essas análises junto as informações apresentadas neste
levantamento simplório sobre alguns aspectos da microrregião de Vilhena e realizar e outras
oportunidades uma relação entre as outras microrregiões do estado de Rondônia pois, apesar do
perfil do espaço rondoniense apresentar uma singularidade nos processos de uso e ocupação do
espaço, cada uma das microrregiões apresenta algumas especificidades, isso porque as pessoas
fazem diferentes usos do solo, usos do próprio território. Outro elemento a ser observado nessa
possível relação das microrregiões diz respeito a questão dos tipos de territorialidades, os
sujeitos envolvidos e a gestão territorial.
REFERÊNCIAS