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Salvador
2012
CADERNO EDUCATIVO DE LEGISLAÇÃO EM SST:
ABORDANDO AS NR 5, 7, 9, 15, 16 E O FAP/NTEP
Salvador
2012
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI
Jair Meneguelli
Presidente
Salvador
2012
©2011 SESI – Departamento Nacional.
É autorizada a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
SESI/DN
Unidade de Saúde e Segurança no Trabalho – UNISAÚDE
Este trabalho foi realizado por uma equipe, cujos nomes encontram-se relacionados
na folha de créditos.
Normalização
Biblioteca Sede / Sistema FIEB
biblioteca@fieb.org.br
Ficha Catalográfica
363.11
S493c Serviço Social da Indústria - SESI. Departamento
Regional da Bahia.
208 p.
I.S.B.N: 978-85-86125-51-5
SESI SEDE
Serviço Social da Indústria Setor Bancário Norte
Departamento Nacional Quadra 1 – Bloco C – 8º andar
Edifício Roberto Simonsen
70040-903 – Brasília – DF
Tel.(61)33179754 /Fax: (61) 3317-9190
http://www.sesi.org.br
SESI. DEPARTAMENTO NACIONAL
Unidade de Qualidade de Vida
Gerente-Executivo
Fabrízio Machado Pereira
Elaboração de Conteúdo
Santé Consultoria e Serviços em Saúde Ltda-ME - Eliane Cardoso Sales
Semear Ambiental Ltda - Bethânia Cardoso
Setma Segurança do Trabalho Ltda - Fernando Vasconcelos
STI Consultoria Ltda – Paulo Roberto de Veloso Reis
Revisão Técnica
Andréa Maria Gouveia Barbosa
Fabrício Vieira da Silva
Juliana Gomes Messias
Katyana Aragão Menescal
Lícia Maria B. Nascimento
Maria Fernanda Torres Lins
Revisão de Texto
Arlete Castro
Técnico-Administrativo
José Arlindo Lima da Silva Júnior
7
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1 ENTENDENDO O PPRA (NR 9)
1.1 ASPECTO LEGAL
1.1.1 Obrigatoriedade da Elaboração e da Implementação do Ppra
1.2 ELABORAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E FUNCIONAMENTO DO PPRA
1.2.1 Estrutura do PPRA - Elaboração
1.2.2 Desenvolvimento e Funcionamento do PPRA
1.2.2.1 Antecipação e Reconhecimentos dos Perigos/ Fatores de Risco
1.2.2.2 Estabelecimento de Prioridades e Metas de Avaliação e Controle
1.2.2.3 Avaliação dos Riscos e da Exposição dos Trabalhadores
1.2.2.4 Implantação de Medidas de Controle e Avaliação de sua Eficácia
1.2.2.5 Monitoramento da Exposição aos Riscos
1.2.2.6 Registro e Divulgação de Dados
1.3 RESPONSABILIDADES
1.3.1 Responsável pela Elaboração do PPRA
1.3.2 Responsabilidades do Empregador
1.3.3 Responsabilidades dos Trabalhadores
1.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O PPRA
2 ENTENDENDO O PCMSO (NR7)
2.1 ASPECTO LEGAL
2.1.1 Obrigatoriedade da Elaboração e Implementação do PCMSO
A RELAÇÃO DO PCMSO COM O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE
2.2
RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)
2.3 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
2.3.1 Compete ao Empregador
2.4 DESENVOLVIMENTO DO PCMSO
2.4.1 Tipos de Exames Ocupacionais Obrigatórios
2.4.2 Periodicidade da Realização do Exame Periódico
2.4.3 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
2.4.4 Período de Arquivamento dos Dados do PCMSO
2.4.5 Relatório Anual do PCMSO
2.5 ESTRUTURA DO PCMSO
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O PCMSO
3 ENTENDENDO A INSALUBRIDADE (NR 15)’’
3.1 ASPECTO LEGAL
3.2 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – BASE DE CÁLCULO
3.3 ATIVIDADES E/OU OPERAÇÕES INSALUBRES
3.3.1 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Ruído
3.3.1.1 Ruído Contínuo ou Intermitente
3.3.1.2 Ruído de Impacto
3.3.2 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Temperatu-
ras Extremas
3.3.2.1 Calor
3.3.2.2 Frio
3.3.3 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Radiações
3.3.3.1 Radiações Ionizantes
3.3.3.2 Radiações Não Ionizantes
3.3.4 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Atividades
sob Condições Hiperbáricas
3.3.5 Caracterização de Insalubridade para Exposição à Vibração
3.3.6 Caracterização de Insalubridade para Exposição à Umidade
3.3.7 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Agentes
Químicos
3.3.7.1 Avaliação Qualitativa
3.3.7.2 Avaliação Quantitativa
3.3.8 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Poeiras
Minerais
3.3.9 Caracterização de Insalubridade para Exposição a Agentes
Biológicos
3.4 CESSAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
3.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A INSALUBRIDADE
4 ENTENDENDO A PERICULOSIDADE (NR 16)
4.1 ASPECTO LEGAL
4.2 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
4.2.1 Atividades e Operações Perigosas com Explosivos
4.2.2 Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis (Líquidos
e Gases)
4.2.3 Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes
ou Substâncias Radioativas
4.2.4 Atividades e Operações Perigosas com Eletricidade
4.3 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
4.3.1 Base de Cálculo
4.3.1 Proporcional ao Tempo de Exposição
4.3.3 Acumulação de Adicionais
4.3.4 Aposentadoria Especial
4.4 CESSAÇÃO DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A PERICULOSIDADE
5 ENTENDENDO A CIPA (NR 5)
5.1 ASPECTO LEGAL
5.1.1 Obrigatoriedade para Implementação da CIPA
5.2 CONSTITUIÇÃO DA CIPA
5.2.1 Requisitos para Dimensionamento da CIPA
5.2.2 Processo Eleitoral
5.2.2.1 Etapas do Processo Eleitoral
5.2.2.2 Anulação da Eleição
5.2.3 Treinamento
5.3 ATRIBUIÇÕES E FUNCIONAMENTO DA CIPA
5.3.1 Atribuições da CIPA
5.3.2 Funcionamento da CIPA
5.3.2.1 Reuniões
5.3.2.1 Decisões da CIPA
5.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS
5.4.1 Estabilidade dos Membros da CIPA
5.4.2 Mandato e Perda do Mandato dos Membros da CIPA
5.4.3 Afastamento Definitivo do Presidente
5.4.4 Afastamento Definitivo do Vice-Presidente
5.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A CIPA
6 ENTENDENDO O FAP/NTEP
ENTENDENDO O NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁ-
6.1
RIO - NTEP
6.1.1 Embasamento Legal do NTEP
As implicações Legais e Econômicas do NTEP para as Empre-
6.1.2
sas
Como a Empresa tomará ciência do NTEP e de que forma po-
6.1.3
derá recorrer?
6.1.4 Contestação do NTEP
6.2 ENTENDENDO O FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO (FAP)
6.2.1 Embasamento Legal do FAP
6.2.2.1 Fontes dos Dados para Calcular o FAP
6.2.2.2 Cálculo do FAP
6.2.2.3 Geração do FAP por Empresa
6.2.2.4 Cálculo da Taxa de Rotatividade para a Aplicação do FAP
6.2.2.5 Periodicidade e Divulgação dos Resultados do FAP
6.2.2.6 Exemplo de como calcular o FAP (TODESCHINI; COUTO, 2009)
6.2.2.7 Cálculos do Percentil para cada Índice Total
6.2.2.8 Cálculos do Índice Consolidado (IC)
6.2.2.9 Obtenção do FAP
6.2.2.10 RAT Ajustado
6.3 O QUE AS EMPRESAS DEVEM FAZER PARA OBTER O BÔNUS?
6.4 CONTESTAÇÃO DO FAP (SESI/DN, 2011)
REFERÊNCIAS
ANEXOS
11
Apresentação
Uma pesquisa realizada em 2005 pelo SESI Bahia, com empresários da região, apontou
como demandas, a necessidade de informações sobre legislação em SST atualizadas
e em linguagem clara e acessível. Acreditando que esta necessidade seja similar em
todo o Brasil, sobretudo nas empresas de menor porte, esta publicação vem responder
a uma necessidade concreta do setor industrial.
Este caderno apresenta cinco das principais normas do Ministério do Trabalho e Em-
prego, utilizadas pelas indústrias, e um capítulo sobre o Fator Acidentário de Prevenção
(FAP) e Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), tema de grande interesse
das empresas industriais, visto que a partir deste novo requisito legal, a forma com que
as organizações conduzem a gestão de SST impactará diretamente nos custos relacio-
nados à carga tributária.
Desejamos, com mais estes produtos, contribuir com as empresas industriais na pro-
moção de ambientes de trabalho seguros e saudáveis, em prol da competitividade e da
qualidade de vida.
13
O SESI, através do seu Programa Indústria Saudável, tem como referencial o concei-
to de Ambiente de Trabalho Saudável definido pela Organização Mundial de Saúde:
“Ambiente de trabalho saudável é aquele em que os trabalhadores e os empregado-
res colaboram no uso de um processo de melhoria contínua para proteger e promover
a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os trabalhadores e a sustentabilidade
do local de trabalho” (OMS, 2011).
Este programa deve estar estruturado em um documento escrito e suas ações devem
ser implementadas pela empresa. Apesar de ser uma exigência legal e já ter passado
mais de uma década de sua vigência, ainda existem diversas dúvidas referentes ao
PPRA e sua aplicabilidade, tais como: O que é? Para que serve? Quais os benefícios
para a empresa e os trabalhadores? Quem pode elaborá-lo? Como identificar se o
PPRA está atendendo os requisitos da legislação? Qual a relação que este programa
tem com o PCMSO? Todas as empresas têm que elaborar e implementar o PPRA?
Estas e outras perguntas serão respondidas neste capítulo.
Importante!
Independente do número de empregados registrados
e do tipo de atividade econômica, todas as empresas e
instituições devem elaborar e implementar o PPRA.
Cada empresa deve definir sua estratégia e metodologia para alcançar os objetivos
e as metas previstos no planejamento anual.
Quanto à forma do registro, a empresa deve definir como este documento (PPRA)
vai ser registrado, em meio eletrônico ou em meio físico (relatórios impressos) (GIO-
VANNI, 2001, p. 266). Todos os registros devem ser mantidos por um período mínimo
de 20 (vinte) anos, conforme estabelecido na NR 9.
Quanto à manutenção dos dados, a empresa deve criar mecanismos para acompa-
nhar a implementação do programa, visando cumprir o planejado e tornar o ambiente
de trabalho mais seguro e saudável. A manutenção dos dados é muito importante para
a empresa ter consolidado um histórico da situação de SST, o que auxiliará bastante
no caso de futuras autuações do Ministério do Trabalho.
Importante!
O PPRA e suas alterações deverão estar disponíveis, em
local de fácil acesso, para apresentação às autoridades
competentes, caso solicitado.
O PPRA pode e deve ser revisado em um prazo menor que 12 meses, ou quando
houver motivos que possam interferir nas condições de exposição do trabalhador aos
perigos/fatores de risco existentes, seja aumentando-os ou diminuindo-os. (Ex.: ins-
talações de novas máquinas, novos produtos incorporados no processo, enclausura-
mento de uma máquina, instalação de um sistema de ventilação etc.).
Comentário:
Legalmente, o documento-base do PPRA deve contemplar no mínimo
a estrutura acima especificada, mas nada impede que a empresa
agregue mais informações que julgar importantes ao documento.
Importante!
Implemente as ações do PPRA, assim você protege
o trabalhador, melhora o ambiente de trabalho e evita
autuações fiscais.
Meta Indicador
Ago
Nov
Jun
Mar
Dez
Jan
Abr
Out
Fev
Mai
Set
Jul
Adequar as máquinas
Atender
e os equipamentos
100% até
observando o disposto
dez/2010.
na NR 12.
Atividades
Colocar proteção nas partes móveis
P P P P P
da máquina X.
Após a implantação, realizar treina-
mento com todos os trabalhadores P P
envolvidos.
Fonte: SESI, 2004 Legenda: P – Previsto
18
Esta fase é uma das mais importantes do PPRA, isto porque é necessário identificar
de forma detalhada todos os perigos/fatores de risco com potencial para causar danos
ao trabalhador.
Importante!
A relação perigo x dano é a mesma de causa e efeito.
Exemplo:
Perigo = Ruído (causa) → Dano = Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) (efeito)
Existem outros perigos cuja natureza não está definida na NR 9, mas que o SESI en-
tende como sendo de fundamental importância estar contidos no PPRA, que são os
agentes mecânicos ou de acidentes e os fatores ergonômicos.
A fase de antecipação é adotada quando a atividade ainda não aconteceu. Ela de-
verá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de
trabalho ou de modificação dos já existentes e visa introduzir medidas de proteção
para a redução ou eliminação dos perigos/fatores de risco antes de expor os trabalha-
dores. Um exemplo muito utilizado de antecipação é a atividade de construção de um
edifício, onde todos os perigos são identificados ainda em fase de projeto.
Nota
A empresa pode optar por reconhecer no seu
PPRA apenas os perigos/fatores de risco
estabelecidos pela NR 9 (agentes químicos,
físicos e biológicos), mas é importante que
tenha um programa que contemple os
outros perigos/fatores de risco (acidentes/
mecânicos e fatores ergonômicos). Desta
forma, ela terá condições de gerenciar
todos os perigos/fatores de risco existentes
no ambiente de trabalho que podem causar
dano à saúde e à integridade física do
trabalhador, transformando-o em um local
mais seguro e saudável.
Para melhor entendimento dos itens apresentados no fluxograma 03, será realizado o
detalhamento de cada item e a exemplificação do perigo/fator de risco: eletricidade do
cenário de limpeza, em destaque, na figura 06.
Figura 06. Ilustração de um ambiente de trabalho com vários perigos/fatores de risco, tendo
foco na atividade de limpeza, em destaque.
Com conhecimento prévio dos tipos de agentes, conceitos e tipos de perigo/ fator de
risco, através da observação visual e dos outros sentidos (audição e olfato) é possível
identificar os perigos existentes no ambiente de trabalho.
Acidente Eletricidade
Importante!
À medida que os profissionais adquirem experiência, o processo de identificação de
perigos/ fatores de risco se torna mais detalhado e assertivo.
Neste item, busca-se identificar o local e a fonte geradora com potencial para causar
o dano.
A localização pode ser entendida como o meio físico onde se encontra a fonte gera-
dora (produção, almoxarifado, máquina X, processo Y).
A fonte geradora é o que gera o evento: tipo de processo ou máquinas/equipamen-
tos. Deve-se inserir o tipo de máquina, equipamento, ferramenta ou o processo, exis-
tentes no setor, que são as fontes geradoras dos perigos.
Neste item, buscam-se informações de como o agente ambiental chega até o traba-
lhador. Exemplos:
Esta é uma ferramenta importante, utilizada para obter informações referentes aos
acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
Na figura 6, a obtenção destes dados poderia ser realizada por meio de entrevista com
o trabalhador da área de serviços gerais e com o responsável do SESMT e da CIPA.
Nota
Quando o levantamento para reconhecer e identificar os perigos / fatores
de risco no ambiente de trabalho é feito de forma superficial, informações
importantes podem deixar de ser obtidas. Por exemplo: como identificar
se em uma empresa há trabalhadores com doença ocupacional? Neste
caso, para poder ter conhecimento dessa questão, só será possível caso
estejam envolvidos outros profissionais, como o médico do trabalho, por
exemplo. Portanto, o profissional que estiver elaborando o PPRA deve
ficar atento a este item e desenvolver o trabalho de forma detalhada e
responsável.
Saiba Mais!
O livreto da TLVs/IBEs da ACGIH e o Manual de
procedimentos para os serviços de saúde – Doenças 1 - Agen
/ Tipo
relacionadas ao trabalho, do Ministério da Saúde, são
exemplos de literaturas técnicas que podem ser utilizadas
para reconhecer os danos associados aos perigos/fatores
de risco.
Aciden
Inexistente
13 - Des-
11 - Tipo de
2 - Perigo 5 - Trajetória 9 - Nº de crição das
1 - Agente 3 - Locali- 4 - Fonte Ge- 8 - Descrição das 10 - Caracteriza- Exposição aos
/ Fator de e Meio de 6 - Função 7 - Atividade Trabalha- 12 - Dano medidas
/ Tipo zação radora Atividades ção da Atividade perigos/fatores
Risco Propagação dores de controle
de riscos
existentes
Fiação exposta
(sem proteção)
energizada e o
trabalha-dor sem A atividade é
proteção Passar produtos
realiza de pé, Choque elétrico;
no piso; Encerar
Serviços tipo de atividade queimadu-ra;
Acidente Eletricidade Escritório Contato Encerar piso o piso com auxílio 01 Permanente Inexistente
Gerais moderada (Tra- parada cardía-
de uma encera-
balha movimen- ca; morte
Fiação exposta dei-ra.
tando-se)
(sem proteção)
energizada em
contato com a
água
Importante!
O levantamento de perigos/fatores de risco deve ser bem criterioso, por esta razão,
é importante: entrevistar o máximo de trabalhadores envolvidos no processo; avaliar
documentação pertinente à segurança e à saúde no trabalho; identificar todos os riscos
de cada atividade avaliada, bem como identificar as medidas de proteção existentes.
30
Até o momento foi tratada a primeira etapa do item desenvolvimento do PPRA - Ante-
cipação e reconhecimento dos perigos/fatores de risco; seguem as próximas etapas.
Importante!
RISCO = PROBABILIDADE x GRAVIDADE
Quando o “risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado pela organização,
levando em consideração suas obrigações legais e sua própria política de SST” (BV,
2007).
• Avaliação qualitativa
Nota
Uma máquina produz ruído, entretanto os trabalhadores do setor não são
afetados por esse perigo/ fator de risco, porque a máquina encontra-se
enclausurada/ isolada. Nesse caso, o perigo está sob controle devido à
proteção coletiva. Considerando que o mesmo é eficaz, a probabilidade
de o trabalhador sofrer um dano é baixa.
Nota
O ruído pode gerar perda auditiva, dano grave, mas não tanto quanto
a morte. Sendo assim, a gravidade será média, causando um dano
irreversível severo, pois uma vez adquirida a perda auditiva, o trabalhador
não recupera mais a audição.
• Avaliação quantitativa
Nota
Os equipamentos de medição devem estar sempre calibrados. Então,
solicite o certificado de calibração ao profissional que for realizar a
avaliação quantitativa na sua empresa.
Nível de ação é o “valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultra-
passem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico
da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico” (BRASIL, 1994).
Exercício: Qual o valor do nível de ação para a exposição à acetona (agente químico)?
Importante!
Para agentes químicos → Nível de ação = Limite de exposição/2
Para ruído (agente físico) → Nível de ação = dose de 0,5 (dose superior a 50%), equivale
a 80dB(A).
Dados complementares:
O limite de tolerância da acetona é 780ppm (conforme anexo 11, NR 15).
ppm = partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.
Comentário:
O objetivo do nível de ação é evitar que a concentração ou
a intensidade dos agentes alcancem o limite de tolerância.
É um sinal de alerta e também significa que a empresa
deve iniciar ações todas as vezes que a concentração
dos agentes químicos ou a intensidade do agente físico
ruído atingir o nível de ação.
Verifique o fluxograma 04. Situações em que devem ser adotadas medidas de prote-
ção, para melhor fixação.
35
Nota
É necessário realizar o treinamento dos trabalhadores sobre os
procedimentos que assegurem eficiência das proteções coletivas,
bem como suas limitações. A empresa deve registrar a realização do
treinamento em documento específico, e este deve conter a assinatura
dos participantes.
Saiba Mais!
A NR 6 define Equipamento de Proteção Individual (EPI)
como “todo dispositivo ou produto de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho”.
São exemplos de EPI: Protetor auditivo, luva para
proteção de agentes químicos, capacete, calçado de
segurança etc.
O EPI só “poderá ser posto à venda ou para utilização
com a indicação do Certificado de Aprovação (CA),
expedido pelo órgão nacional competente em matéria
de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do
Trabalho e Emprego” (BRASIL, 2010), ou seja, caso
a luva, o respirador, o protetor facial ou o avental não
possuam CA, a legislação não os considera como EPI(s).
Importante!
O EPI inadequado ao perigo/fator de risco
pode trazer dano irreversível ao trabalhador.
Exemplo: O trabalhador está exposto a
vapores de amônia e o empregador fornece
um respirador/máscara para a proteção de
poeira. Nesta situação, o trabalhador sofrerá o
dano, pois continua respirando concentração
de amônia.
38
Cada empresa deve definir a forma de realizar a avaliação da eficácia das medidas
de controle.
Nota
Se a empresa tem uma medição do agente físico ruído, isto significa
que a empresa tem apenas uma medição. A partir do momento
que, periodicamente, realiza outras medições, ela passa a ter um
monitoramento.
Importante!
Registre sempre, de maneira organizada, os
dados relacionados ao PPRA.
1.3 RESPONSABILIDADES
Nota
Apesar da norma não deixar claro quais são os profissionais ou equipes
habilitadas a elaborar o PPRA, o empregador deve realizar uma pesquisa
de mercado para contratar profissional ou equipe com qualificação
técnica no intuito de evitar falhas ou inconsistência no documento.
Nota
Com todos unidos, cumprindo as responsabilidades contidas no PPRA, o
ambiente de trabalho pode se tornar um lugar melhor, seguro e saudável.
cia Social, pois, de acordo com a legislação previdenciária, a empresa que apresentar
um bom sistema de gestão em Segurança e Saúde no Trabalho – SST é passiva de
reduzir o custo com a alíquota do Seguro de Acidente de Trabalho, reduzindo o FAP
(mais detalhe sobre o FAP no capítulo 6).
2.0 INTRODUÇÃO
Importante!
Tanto o PPRA quanto o PCMSO devem possuir
planos de ação que devem estar integrados,
pois se constituem em programas de gestão
dos perigos/fatores de risco e da promoção de
saúde dos trabalhadores, e estas ações não
podem ocorrer de forma desarticulada
Entende-se por perigo ou fator de risco ocupacional aquele elemento que tenha
potencial de causar danos à saúde do trabalhador.
exame toxicológico, cujo material de análise é a urina, para quantificar o ácido hipú-
rico (indicador biológico) que indicará a intensidade da exposição do trabalhador ao
tolueno. Se o resultado da análise ficar acima do limite estabelecido por esta norma,
significa que o agente químico tolueno está sendo absorvido em maior quantidade
pelo organismo do trabalhador, ou seja, sua condição de saúde pode estar sendo
comprometida ou agravada.
Nota
Conforme item 7.3.1.1 do NR 7, ficam desobrigadas de indicar médico-
coordenador, as empresas de grau de risco 1 e 2, com menos de
25 empregados, e as empresas de grau de risco 3 e 4, com ate 10
empregados. Em caso de negociação coletiva ou determinação da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, a obrigatoriedade
de indicar médico-coordenador pode ser flexibilizada.
Importante!
Quando o PCMSO está tecnicamente bem elaborado e bem gerenciado, todos ganham:
trabalhadores e empresários; caso contrário, ambos perdem; tanto os trabalhadores, que
poderão ter a saúde comprometida, como o empresário, que poderá ter prejuízos quanto
à redução da produtividade, aumento de custos médicos, aumento de carga tributária
(vide Fator Acidentário de Prevenção), notificações e multas decorrentes de ações
fiscalizatórias do Ministério do Trabalho, podendo estar também sujeito a ações judiciais
indenizatórias, por parte do trabalhador, e ações regressivas, que vêm, recentemente,
sendo instituídas pela Previdência Social.
Além de todos os prejuízos citados acima, a empresa que não faz uma boa gestão da
segurança e saúde dos seus trabalhadores, está ferindo valores éticos em relação à
sociedade, que está cada vez mais atenta e exigente quanto às questões de respon-
sabilidade social.
Vale ressaltar que também deverá haver uma boa gestão das informações referen-
tes à saúde dos trabalhadores, pois o ônus da prova é sempre do empregador, ou
seja, a responsabilidade pela comprovação de que não há condições de trabalho
inadequadas na empresa será do empregador.
Nota
O médico-coordenador do PCMSO deve ter especialização em Medicina
do Trabalho, com Certificado de conclusão de curso em nível de pós-
graduação ou Certificado de Residência Médica em área de concentração
em Saúde do Trabalhador, ou denominação equivalente, reconhecida pela
Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação,
ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha o curso
de Medicina, conforme item 4.4 da NR 4, com redação da Portaria DSST
n.º 11, de 17-9-90 (BRASIL, 1996). Existe uma prova de título realizada
pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT, que deve ser
realizada após a conclusão dos cursos de especialização ou residência,
devendo ser um objetivo dos médicos do Trabalho que se encontram
atuando na área.
50
Existem pontos importantes sobre a coordenação do PCMSO que serão listados abaixo:
Importante!
Não há necessidade de registrar ou cadastrar o médico do Trabalho
coordenador do PCMSO, ou empresa prestadora de serviço na
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Além dos exames definidos no programa, a NR 7 informa que outros exames comple-
mentares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de
órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador
ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou
ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.
• Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames com-
plementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em
prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coorde-
nador do PCMSO (BRASIL, 1996).
• Estes registros são sigilosos, disponíveis apenas ao próprio empregado, ao médi-
co-coordenador do PCMSO e aos demais profissionais de saúde do SESMT, os
quais respondem eticamente aos respectivos conselhos de classe.
• Exames ocupacionais, adequadamente realizados e com devidos registros em
prontuário médico, garantem a proteção à saúde do trabalhador, resguardam os
médicos e podem ajudar a empresa a se defender em caso de ações judiciais in-
devidas.
Quando este exame não é realizado, além de não cumprir com a legislação, a empre-
sa fica vulnerável em relação à fiscalização por não possuir informações necessárias
à sua defesa, possibilitando o pagamento de multa e indenizações ao empregado que
afirma ter adquirido a doença no trabalho.
Quanto ao trabalhador, com a realização deste exame, ele tem como monitorar a sua
saúde e saber se os perigos/fatores de risco estão, ou não, o afetando.
Importante!
O exame médico demissional deverá ser realizado até a data de homologação
da dispensa, ou até o desligamento definitivo do trabalhador. O referido exame
será dispensado sempre que houver sido realizado qualquer outro exame médico
ocupacional obrigatório em período inferior a 135 dias para empresas de graus de
risco 1 e 2 e inferior a 90 dias para empresas de grau de risco 3 e 4.
Esses prazos poderão ser ampliados em até mais 135 dias, ou mais 90 dias,
respectivamente, caso estabelecido em negociação coletiva, com assistência de
profissional indicado, de comum acordo entre as partes ou da área de Segurança e
Saúde no Trabalho (BRASIL, 1996).
Esses prazos poderão ser ampliados em até mais 135 dias, ou mais 90 dias, respec-
tivamente, caso estabelecido em negociação coletiva, com assistência de profissional
indicado, de comum acordo entre as partes ou da área de Segurança e Saúde no
Trabalho (BRASIL, 1996).
56
O ASO é o atestado que é emitido após cada exame ocupacional (admissional, pe-
riódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho e demissional) definindo se o
trabalhador encontra-se apto ou inapto para a realização das atividades referentes ao
seu cargo dentro da empresa.
Os perigos / fatores de risco constam no PPRA, documento que serve de base para a
57
elaboração do PCMSO.
Nota
• Conforme Nota Técnica da NR 7, apesar da reconhecida importância,
não devem ser colocados riscos genéricos ou inespecíficos como
estresse, por exemplo, e nem riscos de acidentes (mecânicos), como
por exemplo, risco de choque elétrico para eletricista, risco de queda
para trabalhadores em geral etc.
• Informações individuais referentes a diagnósticos dos trabalhadores
não devem ser registradas no ASO.
Exemplos:
• Ruído: audiometria.
• Poeira mineral: radiografia do tórax e espirometria.
• Chumbo: plumbemia e ALA urinário.
• Tolueno: ácido hipúrico e provas de função hepática e renal.
58
O ASO que não contemplar, no mínimo, estas informações, não atende os requisitos
legais, ficando a empresa sujeita a ser penalizada. Portanto, é importante, antes de
contratar um profissional para se responsabilizar pela elaboração do Programa e/ou
a realização dos exames ocupacionais, verificar se o ASO fornecido atende a todos
estes requisitos. Anexo B – Modelo de ASO.
A NR 7 estabelece que os registros a que se refere o item acima deverão ser mantidos
por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador. Havendo
substituição do médico a que se refere o item anterior, os arquivos deverão ser trans-
feridos para o seu sucessor.
Importante!
A guarda dos prontuários médicos é de responsabilidade do médico coordenador.
Por se tratar de um documento que contém informações confidenciais da saúde
das pessoas, o seu arquivamento deve ser feito de modo a garantir o sigilo das
mesmas. Esse arquivo pode ser guardado na própria empresa, em seu consultório
ou escritório, contanto que seja garantida a sua guarda (BRASIL, 1996).
Após a implementação das ações planejadas durante o ano, deverá ser elaborado
um relatório das atividades realizadas pelo PCMSO em que estas serão avaliadas,
devendo este documento servir de base para a elaboração do plano de trabalho para
o ano seguinte.
• Poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja
mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da inspe-
ção do Trabalho.
Caso seja constatada a ocorrência ou o agravamento de doenças profissionais ou
do trabalho, através de exames médicos, ou caso sejam verificadas alterações que
revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, caberá ao médico-
coordenador ou encarregado:
Figura 4. Condutas médicas diante da identificação de um dano ocorrido em função de alguma expo-
sição a perigos relacionados ao trabalho
clínicas;
• Identificação dos perigos/fatores de risco existentes por grupos de trabalhadores
e definição dos exames complementares de auxílio diagnóstico relacionados aos
mesmos, com definição de periodicidade.
• Definir lista de materiais de primeiros socorros que deverá existir na empresa, em
local adequado, e lista de locais para encaminhamento em casos de emergência,
tendo pessoas treinadas para essas situações.
• Programação anual das ações de promoção e prevenção, incluindo os exames
ocupacionais.
Vale ressaltar que é importante também constar do PCMSO ações preventivas para
doenças não ocupacionais como: campanhas de vacinação, diabetes, hipertensão,
prevenção de DST/AIDS, prevenção e tratamento do alcoolismo, entre outros.
quando bem elaborado e implemetado de forma eficiente, tende a trazer uma série de
benefícios:
A prevenção de doenças e acidentes não ocorre imediatamente, mas, deve ser alvo
de ação contínua. O PCMSO não deve ser apenas um documento impresso para ser
apresentado em situações de fiscalização e não deve ser mantido em uma gaveta.
Este deve ser implementado e bem gerenciado, promovendo assim a proteção da
saúde dos trabalhadores e favorecendo a qualidade de vida entre eles.
63
O trabalho surgiu no mundo junto com o primeiro homem. E com ele, surgiram os
acidentes e as doenças. No entanto, as interações entre as atividades laborativas e
as doenças só começaram as ser estabelecidas há cerca de 280 anos (SESI, 2004).
Mas a obra de maior importância foi escrita por BERNARDO RAMAZZINI “De Morbis
Artificium Diatriba”, cuja tradução é “As Doenças dos Trabalhadores”. Nesse tratado,
publicado em 1700, o chamado pai da Medicina do Trabalho descreve, com detalhada
perfeição, cerca de 54 profissões diversas e as doenças relacionadas àquelas ativida-
des laborais (SESI, 2004).
Este tema é complexo e gera diversas dúvidas, tais como: Quais atividades e/ou
operações são consideradas insalubres? O que é um laudo de insalubridade? Que
profissional é legalmente responsável pela elaboração do laudo de insalubridade?
Trabalhadores que têm contato com produtos químicos devem receber adicional de
insalubridade? É necessário pagar quanto de adicional de insalubridade? A insalubri-
dade pode ser eliminada ou neutralizada? Eliminando ou neutralizando a insalubrida-
de, é cessado o pagamento do adicional? Estas e outras perguntas serão respondidas
neste capítulo.
Pretende-se ainda:
Saiba Mais!
Consulte a NR 15 completa no portal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: XXIII - adicional de remuneração
para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei” (BRA-
SIL, 1988).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender
às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimen-
tação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim; (...).
66
Assim, o TST resolve alterar a redação da sua Súmula nº 228, que passou a dispor:
O TST, com esta decisão, agiu de modo temerário, pois a nova redação da Súmula
nº 228 é flagrantemente inconstitucional. No entanto, não há qualquer texto legal que
ampare a nova redação da Súmula nº 228 do TST.
No capítulo V, seção XII, art. 189, a Consolidação das leis do Trabalho (CLT) conside-
ra atividades ou operações insalubres como
Para melhor fixação do conceito, verifique o Fluxograma 05. Fatores observados para
caracterizar as atividades e operações insalubres:
Nota
Do ponto de vista legal, entende-se por agentes nocivos à saúde,
exclusivamente os agentes físicos, químicos e biológicos, apesar de
no ambiente de trabalho existir outros agentes que podem interferir na
saúde do trabalhador (BRASIL, 1994).
No conceito legal, a simples presença dos agentes químicos, físicos ou biológicos no am-
biente de trabalho não implica, obrigatoriamente, que os trabalhadores venham a contrair
doença ocupacional. A exposição a esses agentes pode ser considerada prejudicial, de-
pendendo do tempo de exposição, da concentração e/ou intensidade.
Saiba Mais!
Consulte o capítulo 1 - ENTENDENDO O PPRA (NR 9) deste caderno educativo, para
saber mais sobre os agentes ambientais.
O enquadramento das atividades e/ou operações insalubres se dá por meio dos anexos
da NR 15, cujos números e títulos estão apresentados na Quadro 13. Anexos da NR 15,
a seguir.
69
05 Radiações ionizantes
07 Radiações não-ionizantes
08 Vibrações
09 Frio
10 Umidade
13 Agentes químicos
13A Benzeno
14 Agentes biológicos
Detalharemos ao longo dos itens 3.2.1 a 3.2.9 as condições que caracterizam insalu-
bridade para trabalhadores que realizam suas atividades expostos a ruído, tempera-
turas extremas, radiações, atividades sob condições hiperbáricas, vibração, umidade,
agentes químicos, poeiras minerais e agentes biológicos.
70
O que é ruído?
Figura 12. Imagem de trabalhadores expostos a ruído; um utilizando a proteção auditiva e outro
sem proteção.
Nota
Para uma jornada de trabalho diária de 8 horas, o limite de
tolerância máximo é de 85 dB(A).
Nota
A avaliação tem que seguir os critérios técnicos e legais estabelecidos
no anexo 1 da NR 15 e na Norma de Higiene Ocupacional (NHO) Nº 01
– Procedimento técnico – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído,
da Fundacentro.
Nota
O limite de tolerância para ruído de impacto é de 130 dB(linear), quando
medido no circuito de compensação “linear” ou 120 dB(C), quando
medido no circuito de compensação “C” (BRASIL, 2011c).
Saiba Mais!
Consulte os sites a seguir, para saber mais sobre os critérios técnicos
e legais de exposição a ruído.
3.3.2.1 Calor
“O calor é um agente físico presente na maior parte das atividades profissionais como,
por exemplo, em siderúrgicas, em padarias etc” (SPINELLI, 2006).
E conforto térmico está relacionado com a sensação de bem-estar que o ser huma-
no experimenta em um ambiente pela combinação de vários fatores como: temperatu-
ra média, umidade e velocidade relativa do ar, atividades desenvolvidas e vestimentas
utilizadas, sendo assim, um ambiente pode ser termicamente confortável para uma
pessoa e pode ser desconfortável para outra.
Segundo a NR 15, a exposição ao calor deve ser avaliada pelo Índice de Bulbo Úmi-
do Termômetro de Globo (IBUTG), obtido pelos termômetros de bulbo úmido natural,
termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum (bulbo seco) (BRASIL, 2012c).
Este índice leva em consideração o ambiente onde o trabalhador desenvolve suas
atividades, que pode ter ou não a incidência direta da radiação solar.
Nota
Utilizam-se as seguintes equações para calcular a exposição a calor.
• Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
• Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
{
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
onde: tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco
“As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura
da região do corpo mais atingida pelo calor” (BRASIL, 2011c).
76
Fluxograma 06 – Critério para determinação dos limites de tolerância para exposição ao calor
Fonte: BRASIL, 2012c.
Este anexo conceitua local de descanso como “ambiente termicamente mais ameno,
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve” (BRASIL, 2011c).
Saiba Mais!
Consulte os sites a seguir, para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de exposição
ao calor.
3.3.2.2 Frio
O frio é um agente físico, cujo trabalhador está exposto a baixas temperaturas; este
agente está presente em empresas que possuem câmeras frigoríficas ou frias. A ex-
posição ao frio pode causar danos tais como: hiportermia, enregelamento dos mem-
bros, pés de imersão, ulcerações além de inúmeras doenças reumáticas e respirató-
rias (SPINELLI, 2006).
Isso significa que a exposição a frio deve ser considerada quando a temperatura for
inferior a 15°, 12° e 10°C, a depender da zona climática em que o trabalhador esteja
localizado. Exemplo: a temperatura de 15°C é considerada fria pra as áreas mais
quentes do Brasil. Lembramos que as e medidas de controle para o frio devem ser
sempre adotadas para garantir a integridade física e a saúde do trabalhador.
78
“A radiação é uma forma de energia que se propaga através do espaço como partícu-
las ou como ondas eletromagnéticas” (SPINELLI, 2006). Convivemos rotineiramente
com essas radiações no meio ambiente, nos alimentos, nas plantas, na luz solar, es-
trelas e outros planetas. Em termos de higiene ocupacional dividimos as radiações em
ionizantes e não-ionizantes.
A figura 05. Apresenta uma ilustração da atividade de raio X, onde o trabalhador está
exposto à radiação ionizante.
80
As radiações não-ionizantes “são aquelas que não produzem ionizações, não possu-
em energia suficiente para produzir emissão de átomos ou moléculas, ou seja, são as
ondas eletromagnéticas cuja energia é insuficiente para ionizar a matéria incidente”
(SPINELLI, 2006). São exemplos de radiação não-ionizante para caracterização de
insalubridade a microondas, ultravioletas e laser (BRASIL, 2011c).
O anexo 6 da NR 15, Trabalho sob Condições Hiperbáricas, define que são passivos
de recebimento de adicional de insalubridade os trabalhos realizados sob ar com-
primido e submersos, ambos com pressões maiores que a atmosférica (BRASIL,
2011c).
São aqueles efetuados em meios líquidos, onde o mergulhador (figura 19) é subme-
tido a pressões maiores que a atmosférica e é exigida cuidadosa descompressão, de
acordo com as tabelas existentes no anexo 6 da Norma Regulamentadora nº 15.
Saiba Mais!
Consulte os sites a seguir, para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de exposição
a Atividades Sob Condições Hiperbáricas.
O que é vibração?
“As vibrações localizadas são transmitidas às mãos e aos braços, em geral, por meio
de ferramentas vibratórias, sejam elas elétricas, pneumáticas ou de outra forma de
energia (lixadeiras, marteletes, motosserras). Podem, também, ser transmitidas por
equipamentos conduzidos manualmente, como, por exemplo, manipulando-se com-
pactadores de solo ou segurando-se peças contra equipamentos abrasivos ou de
polimentos fixos”. (SESI, 2007)
“As vibrações de corpo inteiro são aquelas em que todo o corpo, ou grande parte
dele, está exposto a movimentos vibratórios, e ocorre mais intensamente em veículos
e equipamentos móveis, em que há um posto de operação (em geral um assento) e
a vibração do rolamento do veículo ou equipamento é transmitida ao operador/moto-
rista. Em menor escala, observam-se superfícies, pisos, plataformas industriais etc.,
que podem transmitir vibração ao homem e que, na maior parte dos casos, têm menor
importância ocupacional” (SESI, 2007). Exemplo: veículos pesados (ônibus e cami-
nhões), tratores, empilhadeiras, embarcações marítimas e fluviais, trens etc.
A figura 21 mostra a operação de uma empilhadeira onde pode ocorrer vibração caso
o assento do equipamento tenha problemas (não possua manutenção corretiva e pre-
ventiva adequadas), ou o piso por onde o equipamento se desloque seja irregular.
O que é umidade?
A umidade é um agente físico, ao qual o trabalhador pode estar exposto quando exe-
cutar atividades ou operações em locais alagados ou encharcados, a exemplo de:
rios, tanques, regiões pantanosas etc., capazes de produzir danos à saúde.
São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou
que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos
pelo organismo através da pele ou por ingestão. Estes agentes, em função de sua
natureza, concentração, tempo de exposição e forma de contato, podem causar dano
ao trabalhador.
A figura 22 apresenta uma ilustração da indústria química onde podem ser encontra-
dos vários tipos de agentes químicos.
Obs.: A poeira mineral é um tipo de agente químico, mas a veremos no item 3.2.8.
Caracterização de Insalubridade para Exposição a Poeiras Minerais.
89
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir, para saber mais sobre os critérios técnicos e
legais de exposição aos agentes químicos.
Segundo esse item, apesar do agente químico constar no quadro nº 1 do referido ane-
xo, alguns podem ser absorvidos pela pele, porém essa absorção não caracteriza a
insalubridade pelo contato, ou seja, a caracterização se dá pela avaliação quantitativa.
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de
exposição aos agentes químicos.
São partículas sólidas de origem mineral dispersas no ar, cujo diâmetro é tão peque-
no, que às vezes não conseguimos enxergá-las a olho nu. A geração de poeira se dá
por processos de explosão, perfuração, moagem e lixamento.
A figura 23 mostra uma mineração onde, por processo de explosão da rocha, é gerada
a poeira mineral.
91
O que é asbesto?
O manganês é um metal que pode ser encontrado em várias indústrias. Ele está pre-
sente na composição das ligas metálicas, em eletrodos de solda etc.
A sílica, representada pelo símbolo SiO2, é um mineral muito duro que apa-
rece em grande quantidade na natureza, pois é encontrada nas areias e na
maioria das rochas. Podendo ser encontrada em formas cristalinas, tais como
o quartzo, a tridimita, a cristobalita e a trípoli, ou na forma amorfa como a
sílica gel ou a sílica coloidal.
A sílica livre cristalizada, cuja forma mais conhecida é o quartzo, é a sílica
cristalina não combinada com nenhum elemento químico.
Ela é a principal causadora da doença denominada SILICOSE. (Fundacentro,
1995).
Ela pode ser encontrada nos setores de mineração, cerâmica, vidro, metalurgia, cons-
trução civil, etc. (Fundacentro, 1995).
Outros tipos de poeira, como por exemplo: poeira de algodão, poeira de madeira etc.,
a Legislação brasileira não caracteriza como insalubre.
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir para saber mais sobre os
critérios técnicos e legais de exposição a poeiras
minerais.
As atividades que não constem neste anexo legalmente, não se caracterizam como
insalubres.
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de
exposição a agentes biológicos.
necessário que e órgão competente (SRTE) realize uma avaliação pericial, para com-
provar a inexistência do risco à saúde do trabalhador (BRASIL, 2011c).
Além disto, o Enunciado 289 do TST refere-se aos equipamentos de proteção indi-
vidual, e determina que o simples fornecimento do equipamento de proteção pelo
empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe
tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as
quais as relativas ao uso efetivo do equipamento.
Nota
Caberá às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização.
Obs.: O termo DRT – Delegacias Regionais do Trabalho foi substituído por
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (Redação dada pelo Decreto Nº
6.341 de 3 de janeiro de 2008).
Saiba Mais!
Consulte a NR 6.
Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A33EF45990134335D0C415AD6/
NR-06%20(atualizada)%202011.pdf>
Em muitas empresas existem perigos/fatores de risco que podem provocar danos irre-
versíveis aos trabalhadores, estes perigos tanto podem estar presentes no ambiente
de trabalho como nas atividades executadas. O perigo/fator de risco está diretamente
ligado ao risco que é caracterizado por uma equação.
Este tema é complexo e gera diversas dúvidas, tais como: Qual(s) legislação(s) fala(m)
sobre periculosidade? Quais atividades e/ou operações são consideradas perigosas?
Quanto é necessário pagar de adicional de periculosidade? O adicional de periculosi-
dade incide sobre horas extras? A periculosidade pode ser eliminada ou neutralizada?
Eliminando ou neutralizando a periculosidade, é cessado o pagamento do adicional?
Estas e outras perguntas serão respondidas neste capítulo.
98
Pretende-se ainda:
Saiba Mais!
Consulte a NR 16 completa no portal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A35F7884401366032742033EF/
NR-16%20(atualizada%202012).pdf
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), seção XIII, art. 195 “A ca-
racterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas
99
Detalharemos ao longo dos itens 4.2.1 a 4.2.4, as condições que caracterizam pericu-
losidade nas quatro atividades e operações citadas anteriormente.
Comentário:
As atividades ou operações com explosivos que não
constam no quadro N.º 1, não se enquadram, legalmente,
como perigosas para fins de pagamento do adicional.
Importante!
É obrigatório delimitar as áreas de risco.
De acordo com a NR 16, são consideradas áreas de risco para atividades e operações
com explosivos:
As áreas de risco têm que ter delimitação física, ou seja, obstáculos que impeçam o
ingresso de pessoas não autorizadas (BRASIL, 2012).
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de explosivos.
Importante!
Líquidos combustíveis – Ponto de fulgor > 60°C e ≤ 93°C
Líquidos Inflamáveis – Ponto de fulgor ≤ 60°C
Nota
“As quantidades de inflamáveis contidas nos tanques de consumo
próprio dos veículos não serão consideradas para efeito de adicional de
periculosidade” (BRASIL, 2012).
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de explosivos.
Comentário:
As atividades ou operações com inflamáveis (líquidos e gases
liquefeitos) que não constam nesta relação e também não são
realizadas em área de risco, do ponto de vista da legislação,
não se enquadram como perigosas para fins de recebimento do
adicional.
Comentário:
As atividades ou operações com radiações ionizantes ou substâncias
radioativas que não constam, legalmente, neste anexo, não se
enquadram como perigosas, para fins de recebimento do adicional
Saiba Mais!
Consulte o site a seguir para saber mais sobre os critérios técnicos e legais de explosivos.
Nota
A definição de Sistema Elétrico de Potência encontra-se na Norma Técnica da ABNT que
tem por título esta mesma expressão: NBR 5460/1992 Sistemas Elétricos de Potência –
Terminologia.
Analisando os termos da norma, ficam de fora os eletricistas que não realizam suas
atividades ou operações no sistema de geração, transmissão e distribuição. Algumas
empresas possuem subestação, geradores, hidrelétricas e os eletricistas que reali-
zam atividades nesses locais são passíveis de receber o adicional de periculosidade.
Nota
Considerando haver divergência de interpretação entre o estabelecido
na Legislação e as Súmulas e as Orientações Jurisprudenciais emitidas
pelo Tribunal Superior do Trabalho, é aconselhado, em caso de dúvida
quanto ao pagamento do adicional ou a proporcionalidade do seu
pagamento, uma consulta ao departamento jurídico da sua empresa.
Importante!
Não se pode acumular dois adicionais (periculosidade e
insalubridade), o trabalhador deve optar por um deles.
Importante!
As atividades ou operações perigosas não dão direito à
aposentadoria especial.
Entende-se como eliminação do risco, a não existência do agente, por exemplo: retirar
o trabalhador da exposição ou a empresa deixar de realizar as atividade e operações
apresentadas anteriormente no item 4.2. A adoção de medidas de controle para redu-
ção ou gerenciamento do agente, tais como: paredes resistentes ao fogo e/ou à prova
de explosão, Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), uso de EPI (Equipamen-
to de Proteção Individual), Plano de Ação Emergencial (PAE), não cessa o pagamento
do adicional de periculosidade.
112
É importante que este profissional elabore o laudo dentro dos critérios técnicos e le-
gais. Neste capítulo, ficou evidente em que condição os agentes explosivos, inflamá-
veis (líquidos e gases), radiações ionizantes ou substâncias radioativas e eletricidade
se enquadram como perigosos para o devido pagamento do adicional.
Uma boa análise das condições do ambiente de trabalho auxilia a empresa no aten-
dimento à Legislação, na proteção dos seus trabalhadores e na redução dos custos
com Segurança e Saúde no Trabalho.
113
Esta Comissão constituída nas empresas, por representantes dos trabalhadores e dos
empregadores, “tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes
do trabalho, de modo a tornar compatível, permanentemente, o trabalho com a preser-
vação da vida e a promoção da saúde do trabalhador” (BRASIL, 2011a).
Segundo Campos (2006), dois pontos são importantes para atingir esse objetivo:
• Controle dos riscos nos ambientes de trabalho – deverão ser adotadas medi-
das para controlar os riscos, essas medidas vão desde o controle na fonte gera-
dora até a utilização do Equipamento de Proteção Individual. Sendo que a primeira
deverá ser sempre privilegiada.
• Controle das condições e da organização do trabalho – as medidas de orga-
nização do trabalho têm a finalidade de criar ambientes mais cooperativos e moti-
vadores, consistem na mudança de método de trabalho, na reestruturação organi-
zacional, na participação dos trabalhadores e na redução do tempo de exposição
dos trabalhadores aos riscos.
A fundamentação legal da CIPA está estabelecida nos arts. 163 a 165 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) e na Norma Regulamentadora n°. 05 (NR 5). A redação
da NR 5, cujo título é Comissão Interna de Prevenção de Acidentes foi aprovada pela
Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, e está na sua 9ª alteração/atualização, a
última versão foi publicada através da Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011 .
Esta NR estabelece as diretrizes para a constituição, funcionamento e atribuições da
CIPA (BRASIL, 2011c).
Saiba Mais!
Consulte a NR 5 completa no portal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) –
Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/
O art. 163 da CLT determina que “Será obrigatória a constituição de Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo
Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas”
(BRASIL, 1943).
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) determina que a CIPA deve ser constituída
por estabelecimento e mantida “em regular funcionamento nas empresas privadas,
públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta,
instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras
instituições que admitam trabalhadores como empregados” (BRASIL, 2011a) com vín-
culo de trabalho regido pela CLT.
Saiba Mais!
Consulte o Manual da CIPA, elaborado pelo Ministério do Trabalho – Disponível em:
http://www.mte.gov.br/seg_sau/pub_cne_cipa.pdf
Empresas com vinte ou mais trabalhadores devem constituir CIPA (BRASIL, 2011a).
No fluxograma 11, podemos observar os requisitos para dimensionamento da CIPA.
118
05.00-3 06.00-0 07.10-3 07.21-9 07.22-7 07.23-5 07.24-3 07.25-1 07.29-4 08.10-0 08.91-6 08.92-4
08.93-2 08.99-1 09.10-6 09.90-4 19.10-1 23.20-6 23.91-5
C-1a - MINERAIS
C-2 - - ALIMENTOS
10.11-2 10.12-1 10.13-9 10.20-1 10.31-7 10.32-5 10.33-3 10.41-4 10.42-2 10.43-1 10.51-1 10.52-0
10.53-8 10.61-9 10.62-7 10.63-5 10.64-3 10.65-1 10.66-0 10.69-4 10.71-6 10.72-4 10.81-3 10.82-1
10.91-1 10.92-9 10.93-7 10.94-5 10.95-3 10.96-1 10.99-6 11.11-9 11.12-7 11.13-5 11.21-6 11.22-4
12.10-7 12.20-4
Fonte: BRASIL, 2011a.
5.001 a 10.000
1.001 a 2.500
2.501 a 5.000
501 a 1.000
acrescentar
101 a 120
GRUPOS
121 a 140
141 a 300
301 a 500
81 a 100
20 a 29
30 a 50
51 a 80
0 a 19
Efetivo 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1
Suplente 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
Efetivo 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1a
Suplente 1 1 3 3 3 3 3 4 5 8 9 12 2
Efetivo 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 10 11 2
C-2
Suplente 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 7 9 1
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Fonte: BRASIL, 2011a.
A CIPA deve ser constituída por seis membros, sendo três efetivos e três suplentes,
representantes dos empregados, conforme sinalizado em azul na tabela 02.
Vale destacar que este quantitativo refere-se aos representantes dos empregados,
porém como a CIPA deverá ter uma representatividade por igual tanto para o em-
pregador como para os empregados, o empregador indicará seus representantes na
mesma proporção dos empregados.
Portanto, a CIPA será composta por seis membros efetivos (titulares), três mem-
bros representam o empregador e três membros representam os empregados.
A mesma proporção serve para os suplentes.
A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá
ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros,
ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de
121
O processo eleitoral é uma sequência de etapas que vai desde a convocação, passa
pela constituição da Comissão Eleitoral (CE), comunicação ao sindicato, divulgação
do edital com a inscrição dos candidatos, eleição, apuração dos votos e posse dos
membros eleitos. Para todas as fases existem critérios e prazos que devem ser cum-
pridos (CAMPOS, 2006a, p. 203).
A Comissão Eleitoral (CE) deve ser constituída pela empresa, caso seja a primeira
vez da implantação da CIPA. Caso não seja, o presidente e o vice-presidente são re-
sponsáveis por constituí-la. A CE tem a função de acompanhar as inscrições, divulgar
os inscritos, rubricar as cédulas, acompanhar a votação, guardar as cédulas, caso a
apuração não seja imediata, efetivar a apuração e declarar os eleitos, titulares e su-
plentes (BRASIL, [200-]).
O edital de eleição deve ser publicado e divulgado em locais de fácil acesso e visu-
alização, de forma que a maioria dos trabalhadores tome conhecimento do processo
de eleição. A empresa tem um prazo mínimo de 45 dias antes de se finalizar o man-
dato em curso para publicar o edital (BRASIL, 2011a).
Comentário:
Conforme destacado anteriormente, as inscrições devem ser livres
e com fornecimento de comprovante, que deve conter a data da
efetivação do ato e a assinatura de quem as recebeu. É importante que
a empresa fique com uma cópia desse comprovante, pois é a forma
que ela tem de provar para o órgão fiscalizador, caso solicite, que o
forneceu ao empregado durante a inscrição.
Após o encerramento das inscrições, a comissão eleitoral deverá dar ampla divul-
123
A eleição deve ser realizada: no prazo mínimo de 30 dias antes de ser finalizado
o mandato em curso; em dia normal de trabalho; em horário que possibilite a par-
ticipação da maioria dos empregados, respeitando os horários de turnos (BRASIL,
2011a). No caso de empresas em que os trabalhadores não permanecem nos esta-
belecimentos, é possível a utilização de urnas itinerantes, de forma a garantir maior
participação (BRASIL, [200-]). Lembramos que o voto é secreto.
Importante!
O voto é secreto.
A eleição pode ser realizada por meios eletrônicos, lembrando que estes deverão
manter a inviolabilidade do voto, garantindo a vontade manifesta do votante e a pos-
terior avaliação das informações, que devem ser guardadas, de forma acessível à
fiscalização do trabalho, pelo período mínimo de cinco anos (BRASIL, [200-]).
Comentário:
Ocorrendo eleição em mais de um dia, ou em não havendo possibilidade
de apuração logo após o término da votação, a Comissão Eleitoral - CE
deve garantir a guarda segura dos votos (BRASIL, [200-]).
Os eleitos tomarão posse no primeiro dia útil após o fim do mandato da CIPA anterior.
Mas se for a primeira eleição da CIPA, o eleito será empossado imediatamente.
Quadro 17. Prazos para a realização das etapas do processo eleitoral da CIPA.
126
Este caderno educativo traz como anexos, modelos dos documentos que podem ser
utilizados na execução das atividades descritas anteriormente, sendo eles:
Nota
A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo
as atas de eleição e de posse, além do calendário anual das reuniões
ordinárias, deve ficar no estabelecimento, à disposição da fiscalização do
Ministério do Trabalho e Emprego, e guardadas por um período mínimo
de cinco anos. A documentação deve ser encaminhada ao Sindicato dos
Trabalhadores da categoria, quando solicitada (BRASIL, 2011a).
“As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade de-
scentralizada do MTE, até 30 dias após a data da posse dos novos membros da
CIPA.” (BRASIL, 2011a).
Caso a eleição seja anulada, a empresa terá que convocar nova eleição no prazo de
cinco dias, a contar da data de ciência, garantindo as inscrições realizadas anterior-
mente. E também serão reabertos todos os prazos anteriormente definidos, obser-
127
Caso a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, o mandato anterior
deverá ser prorrogado até o término do processo eleitoral (BRASIL, 2011a).
5.2.3. Treinamento
Importante!
O curso deve ser realizado para cada membro, de cada
mandato da CIPA.
A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade
ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à
empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento (BRASIL,
2011a).
128
Nota
As empresas que não se enquadram no Quadro I da NR 5 deverão
promover anualmente treinamento para o designado responsável
pelo cumprimento do objetivo da NR 5. Este treinamento é
equivalente em conteúdo àquele ministrado para os membros da
CIPA, porém a carga horária poderá ser negociada por Acordo
ou Convenção Coletiva.
Importante!
A participação dos trabalhadores no processo de identificação dos
perigos no ambiente de trabalho é muito importante.
Nota
Mapa de riscos – é uma técnica empregada para coletar o maior número
possível de informações sobre os riscos existentes nos ambientes de
trabalho, levando em conta a avaliação dos funcionários.
A CIPA deverá fazer um plano de ação que deverá conter a descrição da ação, o prazo
para a implementação, os responsáveis e o monitoramento de conclusão das ações.
Este deve ser elaborado tendo em vista que a CIPA é uma comissão proativa, bus-
cando anteceder o acontecimento do problema e também contribuir efetivamente para
a melhoria das condições do ambiente de trabalho. O mesmo pode estar estruturado
em ata de reunião, não necessitando constituir documento separado.
A empresa deve garantir aos membros da CIPA o tempo necessário para que este
plano seja elaborado e monitorado (BRASIL, [200-]).
Nota
A Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) é um documento emitido para
reconhecer um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. Deve ser emitida
pela empresa no prazo de 24 horas, ou, se ocorreu óbito, imediatamente.
131
Saiba Mais!
Para saber mais sobre CAT, consulte o site: disponível em:
http://www1.previdencia.gov.br/pg_secundarias/beneficios_06_01.asp
5.3.2.1 Reuniões
Nota
A mediação, nas decisões da CIPA, pode ser feita por pessoa ou entidade que conte com
o aceite das duas partes. Pode ser alguém da própria empresa, de um dos sindicatos -
quer representantes dos trabalhadores, quer das empresas – pode ser um membro das
comissões tripartites ou bipartites, quando existentes, ou mesmo o órgão regional do MTE
(BRASIL, [200-]).
É vedada a dispensa arbitrária, ou sem justa causa, do empregado eleito para cargo
de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de
sua candidatura até um ano após o final de seu mandato (BRASIL, 2011a). Todos os
inscritos têm garantia de emprego até a eleição, se o empregado se candidatar é um
133
potencial membro da CIPA, portanto, não poderá ser demitido sem justa causa até o
resultado final da eleição.
Importante!
Os membros da CIPA têm estabilidade garantida desde o registro da
sua candidatura até um ano após o final do mandato.
Caso o cipista deseje sair da empresa, deverá, primeiramente, solicitar por escrito
sua renúncia ao mandato da CIPA ou ao direito da garantia de emprego, quando o
mandato já houver se encerrado. A empresa deverá enviar correspondência ao MTE,
comunicando o fato e a substituição do membro da CIPA pelo suplente. A empresa
poderá efetivar o acordo junto ao sindicato da categoria. O número de suplentes, con-
stante no Quadro I, deve ser mantido com a nomeação do próximo candidato mais
votado, conforme a ata de eleição (BRASIL, [200-]).
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, sendo permitida
apenas uma reeleição consecutiva. Já os indicados pelo empregador podem ficar na
CIPA indefinidamente.
Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabeleci-
mento sem a sua anuência. (BRASIL, 2011a).
134
Nota
Reeleição é a eleição subsequente, ou seja, o empregado foi eleito para o
mandato referente ao ano de 2010 e reeleito para o ano de 2011. Ele está
formalmente impedido de se candidatar ao mandato referente ao ano de 2012
porque seria a segunda reeleição, mas não há nenhum impedimento que ele
venha a se candidatar novamente para a eleição de 2013, voltando a valer a
mesma regra anterior (BRASIL, [200-]).
O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a
mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa (BRASIL, 2011c). O suplente será
o candidato, na sequência, que obteve o maior número de votos. Esta informação
será obtida através da ata da eleição.
Importante!
Mais de quatro faltas, sem justificativa, nas reuniões ordinárias, o
membro titular da CIPA perderá o mandato.
Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve realizar
eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o processo
eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade. (BRASIL,
2011d).
(BRASIL, 2011c), ou seja, se for indicado outro empregado que não faça parte da
comissão, o empregador deverá promover treinamento para esse novo membro.
Nota
No caso de uma empresa com estabelecimentos com atividades
econômicas diferenciadas, cada estabelecimento deve ser tratado segundo
sua classificação de atividade econômica (BRASIL, [200-]).
Saiba Mais!
Consulte a Legislação Comentada: NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, elaborada pelo SESI, disponível em:
http://pro-sst1.sesi.org.br/portal/data/files/FF8080812733A91B0127968ED8C25276/
NR%205.pdf
A CIPA deve ser respeitada por todos, e seus membros têm o dever de cumprir suas
atribuições com seriedade e responsabilidade.
137
6 ENTENDENDO O FAP/NTEP
Este capítulo discorrerá sobre o Fator Acidentário Previdenciário FAP e o Nexo Técnico
Epidemiológico Previdenciário - NTEP, novos métodos desenvolvidos pelo Instituto
Nacional de Seguro Social – INSS para reduzir o número de acidentes e doenças
relacionados ao trabalho.
Ao final deste capítulo, o aluno poderá reunir elementos críticos para o entendimento
do NTEP e o gerenciamento adequado do FAP, principalmente no que se refere ao
papel da gestão de informação, bem como das ações de prevenção no campo da se-
gurança e saúde no trabalho nas empresas.
138
DENCIÁRIO - NTEP
Nesse cenário aparece o NTEP, que consiste em conhecer quais doenças (por
meio do Código Internacional de Doenças - CID) e acidentes estão relacionados
com a prática de uma determinada atividade econômica (Classificação Nacional
de Atividade Econômica - CNAE). Com o NTEP, quando o trabalhador adoecer ou
sofrer um acidente e esse tipo de agravo esteja relacionado diretamente com a ativi-
dade econômica, esse agravo será caracterizado como acidente de trabalho. De que
forma isso pode ocorrer? A partir do cruzamento das informações da Classificação
Internacional de Doenças – CID-10 com o código da Classificação Nacional de Ativ-
idade Econômica – CNAE. Esta associação apontará a existência de uma relação
entre a lesão ou agravo e a atividade desenvolvida pelo trabalhador, caracterizando
assim um nexo setorial. Caberá ao perito médico do INSS reconhecer o nexo individ-
ual ou não. Esta informação está fundamentada no § 3o do Art.337, lista C do anexo
II do Decreto 3048/99.
139
Nota
A indicação do NTEP está embasada em estudos científicos
alinhados com os fundamentos da estatística e epidemiologia.
A partir dessa referência, a Medicina pericial do INSS ganha
mais uma importante ferramenta auxiliar em suas análises
para conclusão sobre a natureza da incapacidade ao trabalho
apresentada, se, de natureza previdenciária ou acidentária
(acidente de trabalho ou doença ocupacional). (BRASIL
MPAS, 2011).
Exemplo:
0810 1091 1411 1412 1533 1540 2330 3011 3701 3702 3811 3812
3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4299 4312
A15-A19 4321 4391 4399 4687 4711 4713 4721 4741 4742 4743 4744 4789
4921 4923 4924 4929 5611 7810 7820 7830 8121 8122 8129 8610
9420 9601
140
Importante!
Os demais códigos da CNAE poderão ser acessados pela página do Ministério
do Trabalho e Emprego MTE, disponível em http://portal.mte.gov.br/legislacao/
normas-regulamentadoras-1.htm
Saiba Mais!
O conceito de Acidente de Trabalho está fun-
damentado na Lei nº 8.213/91, nos seguintes
artigos:
Nota
As doenças profissionais ou do trabalho são equiparadas aos acidentes do trabalho.
Portanto, ambas as situações concederão o direito ao segurado (empregado que
contribui para a previdência social) ao benefício auxílio-doença acidentário (codificado
- B91) e não auxílio-doença previdenciário (codificado B31) benefício este, concedido
para indivíduos com problemas de saúde que não têm relação com o trabalho.
A principal diferença entre o auxílio-doença previdenciário e o auxílio-doença acidentário
é que no segundo caso, o trabalhador é considerado licenciado e terá estabilidade no
emprego por 12 meses após o retorno às atividades (Lei nº 8.213/1991, art. 118).
As empresas deverão ficar muito atentas para evitar o aumento de custos dos afasta-
mentos e a formação de passivos trabalhistas de elevada imprevisibilidade.
142
Aumento do custo de
A concessão, pela Previdência Social, do benefício aci-
produção pelo pag-
amento do FGTS do → dentário, obriga o recolhimento do FGTS no período de afasta-
mento do trabalhador.
trabalhador afastado
Mínima de 12 meses após o retorno à atividade (Lei nº
Estabilidade temporária
do trabalhador → 8.213/1991, art. 118). Isto porque o benefício foi o auxílio-
doença acidentário.
Concessão de
No período mínimo de 12 meses e máximo de 361 meses após
benefícios acidentários
desligamento (art. 15 da Lei nº 8.213/1991), quando o trabal-
e ações de reintegração
após desligamento da → hador ainda é considerado segurado da Previdência Social,
poderá ser aferido um NTEP, o que obriga a reintegração, a
empresa (Período de
estabilidade, ao FGTS e aos benefícios previdenciários.
Graça)
Reparação por danos patrimoniais, morais e estéticos, quando
for o caso, movida pelos trabalhadores. O conceito legal de
Ações trabalhistas inde-
nizatórias → acidente do trabalho, previsto no art. 19 da Lei nº 8213/1991,
aplica-se tanto para fins previdenciários quanto para civis e
trabalhistas.
Aumento da alíquota do
RAT Ajustado, por meio
do FAP.
→ Aumenta os custos das empresas.
Nesta situação, a empresa poderá contestar a não aplicação do NTEP, caso recon-
heça que o agravo não possui nexo causal com as atividades exercidas pelo trabal-
hador, desde que tenha evidências que comprovem esta inexistência de nexo. Esta
contestação é feita por meio de requerimento ao Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), em até 15 (quinze) dias após a data de entrega da Guia de Recolhimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Informações à Previdência Social
(GFIP) – normalmente no dia 7 de cada mês. Caso o requerimento não seja protoco-
lado nesse período, para a Previdência Social, a empresa reconhece o nexo (Manual
SESI – 2010).
Importante!
Com a aplicação do NTEP a CAT deixou de existir?
A CAT continua valendo, conforme preconiza o art. 22 da Lei nº 8213/91. Somente é
excepcionada a multa no caso do reconhecimento do acidente ou doença laboral feito
pela perícia médica do INSS, por intermédio do art. 21-A desta lei (Remígio,2009).
A Lei Nº 8.212/91, Art. 22, inciso II define os percentuais dessa alíquota por classifi-
cação de risco, conforme descrição:
145
Comentário:
O objetivo do FAP é incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do
trabalhador, estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas de
segurança e saúde no trabalho para reduzir a acidentalidade.
Período-Base - PB: período de tempo em meses ou anos que define o universo de benefícios e vín-
culos extraídos dos sistemas informatizados de benefícios do INSS e do CNIS que será considerado
para o cálculo do FAP.
Custo: dimensão monetária do acidente, que expressa os gastos da Previdência Social com paga-
mento de benefícios de natureza acidentária e sua relação com as contribuições das empresas.
Massa Salarial - MS, anual: soma, em reais, dos valores salariais, incluindo o 13º salário, informados
pela empresa junto ao CNIS.
Vínculo Empregatício: é identificado por um Número de Identificação do Trabalhador - NIT, um nú
mero no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ e uma data de admissão.
Vínculos Empregatícios - média: é a soma do número de vínculos mensal em cada empresa, com
registro junto ao CNIS informados pela empresa, via SEFIP/GFIP dividido pelo número de meses do
período.
Data Início do Benefício - DIB: é a data (dia/mês/ano) a partir da qual se inicia o direito ao benefício;
Data Cessação do Benefício - DCB: é a data (dia/mês/ano), a partir da qual se encerra o direito ao
recebimento do benefício.
Salário de Benefício: valor que serve de base aos percentuais que calcularão a renda mensal dos
benefícios (Mensalidade Reajustada - MR).
CNAE 2.0: é a classificação das áreas econômicas, aprovada e divulgada pela Comissão Nacional
de Classificações - CONCLA, vigente a partir de janeiro de 2007: a versão 2.0 da CNAE tem 21 se-
ções, 87 divisões, 285 grupos, 673 classes e 1.301 subclasses.
Se desejar saber mais sobre a estrutura do CNAE 2.0 consulte o anexo U deste caderno.
• Índice de Frequência
Indica a incidência da acidentalidade em cada empresa. Para este índice são com-
putadas as ocorrências acidentárias registradas por meio de Comunicação de Aci-
dente de Trabalho - CAT e os benefícios sem registro de CAT, espécies B91
(Auxílio-doença por acidente do trabalho) e B93 (pensão por morte por acidente
do trabalho), ou seja, aqueles que foram estabelecidos por nexos técnicos, in-
clusive por NTEP.
Obs.: Os códigos B91, B92, B93 e B94 são utilizados pela Previdência Social para
cada tipo de benefício concedido ao segurado acidentado (acidente típico ou doença
do trabalho ou profissional).
Índice de frequência = (número de CAT) + (B91 + B92 + B93 + B94 - sem CAT) x 1000
Número médio de vínculos
• Índice de Gravidade
O cálculo do índice de gravidade para cada empresa (CNPJ) é obtido mediante a apli-
cação da seguinte expressão:
Índice de Gravidade = (B91 x 0,1) + (B92 x 0,3) + (B93 x 0,5) + (B94 x 0,1) x 1000
Número médio de vínculos
Importante!
De acordo com o cálculo do índice de gravidade, observa-se que,
quanto mais grave for o acidente, maior será o peso na hora do
cálculo, isto é um sinal de alerta para as empresas, ou seja, as
empresas que não investirem em segurança e saúde do trabalhador
terão provavelmente um índice de gravidade maior.
• Índice de Custo
O cálculo do índice de custo para cada empresa (CNPJ) é obtido mediante a apli-
cação da seguinte expressão:
Índice de custo = (valor total de benefícios/valor total de remuneração paga pelo es-
tabelecimento aos segurados) x 1.000 (mil).
152
Onde:
A partir dos percentis de ordem é criado um índice consolidado (IC), atribuindo pon-
derações (pesos) a esses percentis calculados de cada empresa (SESI/DN, 2011).
peso maior para a gravidade (0,50 ou 50%), de modo que os eventos morte e invali-
dez tenham maior influência no índice consolidado (SESI/DN, 2011).
A frequência recebe o segundo maior peso (0,35 ou 35%) garantindo que a fre-
quência da acidentalidade também seja relevante para a definição do índice consol-
idado. Por último, o menor peso (0,15 ou 15%) é atribuído ao custo. Desse modo,
o custo que a acidentalidade representa faz parte do índice consolidado, mas sem se
sobrepor à Frequência e à Gravidade (SESI/DN, 2011).
O índice consolidado calculado para cada empresa é multiplicado por 0,02 para a dis-
tribuição dos estabelecimentos dentro de um determinado CNAE-Subclasse variar de
0 a 2. Os valores de IC inferiores a 0,5 receberão, por definição, o valor de 0,5, que é
o menor Fator Acidentário de Prevenção. Este dispositivo será aplicado aos valores
FAP processados a partir de 2010 (vigências a partir de 2011) (SESI/DN, 2011).
Após o cálculo do IC de uma empresa, o resultado encontrado foi 0,2. De acordo com
a informação acima, pelo fato do IC calculado ser inferior a 0,5, neste caso, o valor
atribuído ao IC será igual a 0,5.
Caso 1
Para IC < 1,0 (bônus). Neste caso, a empresa recebe uma redução na alíquota do AT,
uma vez que o FAP será aplicado no intervalo compreendido entre 0,5 e 1,0.
definição, nesses casos, o FAP será adotado como 1,0000” (SESI/DN, 2011).
Caso 2
Para IC > 1,0 (malus) - Neste caso, a empresa terá a alíquota do RAT aumentada.
“O FAP não será aplicado nesta faixa em sua totalidade (intervalo de 1 a 2) a partir
do processamento em 2010 (vigências a partir de 2011), então o valor do IC deve ser
ajustado para a faixa malus mediante aplicação da fórmula para interpolação. A apli-
cação desta fórmula implica o cálculo do FAP em função de uma redução de 25% no
valor do IC calculado” (SESI/DN, 2011): FAP = IC - (IC - 1) x 0,25.
Importante!
1. O princípio de distribuição de bônus e malus para empresas contidas em uma SubClasse CNAE
que apresente quantidade de empresas igual ou inferior a 5, fica prejudicado. Nos casos de
empresas enquadradas em SubClasse CNAE contendo número igual ou inferior a 5 empresas, o
FAP será por definição igual a 1,0000, ou seja, um FAP neutro. Empresas optantes pelo Simples
e Entidades Filantrópicas terão, por definição, FAP = 1,0000, ou seja, um FAP neutro (SESI/DN,
2011).
2. Ocorrendo problemas de informações e cadastro que impossibilitem o cálculo do FAP para uma
empresa (não informação da atividade preponderante na GFIP pela empresa ou incorreções
no cadastro da Receita Federal do Brasil), o valor FAP atribuído será igual a 1,0000. Se no
processamento anual seguinte do FAP for averiguado problema que impossibilite, novamente, o
cálculo do FAP, será atribuído valor igual a 1,5000. A partir do terceiro processamento consecutivo
com impossibilidade de cálculo do FAP por problemas de informações e cadastro, a empresa
terá valor FAP atribuído igual a 2,0000. Ao efetuar a correção que impedia o processamento, a
empresa terá o seu FAP calculado normalmente no ano seguinte à correção (SESI/DN, 2011).
155
Justificativa:
As empresas que apresentam taxa média de rotatividade acima de setenta e cinco por
cento não poderão receber redução de alíquota do FAP, salvo se comprovarem que
156
Comentário:
Sobre a aplicação da trava da rotatividade, a Previdência Social está estimulando a
responsabilidade social das empresas, cuidando, inclusive, para que as empresas
que mantêm seu quadro de pessoal não sejam prejudicadas.
• Ano 2007
- Massa salarial, de abril a dezembro de 2007 = R$ 200.000,00.
- Contendo 300 vínculos no mês de abril.
- No decorrer do ano foram admitidos 12 novos funcionários e rescindidos os contratos de 08 fun-
cionários, mantendo em média 304 vínculos durante o período.
- Nesse ano, ocorreram 5 acidentes:
a) 2 funcionários tiveram afastamento inferior a 15 dias (portanto, só tiveram a CAT registrada).
b) Dos outros 3 funcionários, 2 ficaram afastados com auxílio-doença por acidente de trabalho
(B91), sendo 1 afastamento por 2 meses, com salário de benefício de R$ 1400,00 e o outro por 4 me-
ses, com salário de benefício de R$ 1.800,00 e o outro funcionário foi a óbito (B 93) com 33 anos, tendo
uma expectativa de vida de mais 30 anos com um salário de benefício de R$ 900,00.
• Ano 2008
- Massa salarial, em todo o ano = R$ 280.000,00.
- Em janeiro apresentou 304 vínculos.
- Durante o ano, rescindiu o contrato de 53 funcionários, mas readmitiu 15 novos, mantendo em
média 280 vínculos durante o ano.
- Nesse período, 12 funcionários foram afastados por acidente de trabalho:
a) 10 apresentaram afastamento inferior a 15 dias.
b) 2 ficaram afastados por dois meses com auxílio-doença por acidente de trabalho, sendo os
salários de benefícios de R$1.100,00 e R$850,00.
Obs.: Os cálculos dos índices que compõem o FAP são realizados anualmente e o
índice total é a média aritmética dos índices nos dois anos referentes ao cálculo –
neste exemplo são 2007 e 2008.
• Para o acidentado que ficou afastado por dois meses, com salário de benefício de R$ 1.400,00, o
custo total dos dois meses foi de 2x R$ 1.400,00 = R$ 2.800,00.
• Para o acidentado que ficou afastado quatro meses, com salário de beneficio de R$ 1.800,00, o
custo total dos 04 meses foi de 4x R$ 1.800,00 = R$ 7.200,00.
• Para o acidentado com óbito, com a taxa de expectativa de vida de mais de 30 anos e com salário
de beneficio de R$ 900,00, o custo total, nessa situação, é de 30 anos x 12 meses x R$ 900,00 =
R$ 324.000,00.
Logo:
Então:
O índice de custo = 334.000 x 1.000 = 1.670
200.000
• Para os dois acidentados que ficaram afastados por dois meses cada um com salário de benefício
de R$ 1.100,00 e R$ 850,00, o custo total dos dois acidentes com dois meses de afastamento = 2
x (R$ 1.100,00 + R$ 850,00) = R$ 3.900,00.
Então:
O índice de custo = 3900 x 1000 = 13,93
280.000
Após o cálculo dos índices por ano, agora se calculará o índice resultante que corres-
ponde à média aritmética dos dois anos, tem-se:
160
• Índice de gravidade (final) = (índice de gravidade do ano de 2007 + Índice de gravidade do ano
de 2008) /2 = (2,3 + 0,71) /2 = 1,51
• Índice de custo (final) = (índice de custo do ano de 2007 + Índice de custo do ano de 2008) /2
= (1670 + 13,93) /2 = 841,97
• Neste rol de empresa, qual a posição da Estructurafap para cada índice (frequência, gravidade e
custo).
• O setor da construção de edifícios foi composto no período de abril de 2007 a dezembro de 2008,
por 40.751 empresas.
• A posição (N ordem) para o índice de frequência foi 10.404.
• A posição (N ordem) para o índice de gravidade foi 29.789.
• A posição (N ordem) para o índice de custo foi 18.902.
161
Cálculo do Percentil:
De posse dessas informações, calcula-se o percentil para cada índice mediante a expressão:
Percentil = 100 x (N ordem - 1)
(n – 1)
Onde:
Após o cálculo do percentil para cada índice, agora se calcula o índice consolidado
(IC), mediante a expressão:
Obs.: O Valor do FAP para os próximos anos de sua aplicação será o próprio valor do
IC, quando superior a 1,000 (este é o caso atual).
Como esta empresa pertence ao setor da construção de edifícios, a alíquota do RAT é de 3%. Com
a aplicação do FAP, a nova alíquota (RAT ajustado) passa a ser:
Neste caso não. Porque no período ocorreu um acidente com óbito. Neste caso aplica-se a trava de
mortalidade ou invalidez, no caso da empresa registrar uma morte no período de cálculo, não pode-
ria receber a bonificação, ou seja, FAP inferior a 1.
2. Caso o IC fosse menor que 1, a empresa Estructurafap, em função da taxa de rotatividade, teria
direito ao bônus?
A Previdência adota outra trava quando a empresa apresenta FAP < 1. Para saber se esta empresa
teria direito ao bônus em função da taxa de rotatividade é preciso calcular a Taxa de rotatividade,
conforme orientação abaixo:
163
Taxa de rotatividade (Ano 2007) = mínimo (Nº de rescisões ou admissões no ano) x100
Nº de vínculos no início do ano
• Taxa média de rotatividade = média das taxas de rotatividade anuais dos últimos dois anos = (Taxa
de rotatividade (Ano 2007) + Taxa de rotatividade (Ano 2008)) /2.
Caso queira saber mais sobre PPRA, PCMSO e CIPA consulte respectivamente os
capítulos 1, 2 e 5 deste caderno educativo.
Tanto o desempenho da empresa como de todo o setor será avaliado. Caso os em-
presários de um mesmo segmento invistam na redução dos problemas de segurança
e saúde do ambiente de trabalho, poderão reduzir o número de benefícios acidentários
vinculados à sua empresa, reduzindo assim o seu FAP e, consequentemente, a sua
atividade econômica, e dessa forma reduzir o valor do RAT (antigo SAT) vinculado ao
CNAE do seu segmento econômico.
setembro de 2010).
O FAP atribuído às empresas pelo Ministério da Previdência Social poderá ser con-
testado perante o Departamento de Políticas de Segurança e Saúde Ocupacional
(DPSO*) da Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPS) do Ministério da Prev-
idência Social, de forma eletrônica, por intermédio de formulário que será disponibi-
lizado na rede mundial de computadores, nos sites do MPS e da Receita Federal do
Brasil RFB.
A propositura, pelo contribuinte, de ação judicial que tenha por objeto idêntico pe-
dido sobre o qual versa o processo administrativo, importa em renúncia ao direito de
recorrer à esfera administrativa e desistência da impugnação interposta.
167
REFERÊNCIAS
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office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=mina&ex=1#ai:MP900185103| >Acesso
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________. NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. Alterada pela Portaria SIT n.º
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________. NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Alterada pela Portaria SIT n.º 203,
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________. NR16 – Atividades e Operações Perigosas. Alterada pela Portaria GM n.º 518,
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TO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. Consolidação das Leis do Trabalho.
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do Trabalho. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Desenvolvimento e atualização
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CAMPOS, Armando Augusto Martins; TAVARES, José da Cunha; LIMA, Valter. Prevenção e
controle de risco em máquinas, equipamentos e instalações. São Paulo: Senac, 2006.
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REIS, Paulo Roberto de Veloso. NTEP e FAP. O que fazer? 2010. Disponível em: < http://
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SAAD, Eduardo Gabriel. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTR, 2000.
SALIBA, Tuffi Messias. Manual Prático de Avaliação e Controle de Calor: PPRA. São Paulo:
LTR, 2000.
TODESCHINI, Remígio; COUTO, Wanderley. O novo seguro de Acidente e o Novo FAP. Edi-
tora: LTR, 2009.
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clear. Princípios básicos de segurança e proteção radiológica. Terceira Edição. Rio grande do
Sul: Abril 2010.
Disponível em: < http://www.ilea.ufrgs.br/radioisotopos/pbspr.pdf>. Acesso em: 05 jul. 2012.
184
ANEXO A
186
Comentário:
Para avaliar um risco, é preciso estimar uma probabilidade de o dano ocorrer com a
gravidade. O cruzamento da probabilidade com a gravidade será a avaliação do risco.
Segue a metodologia para a avaliação de risco:
Quadro 21
1 Altamente improvável.
2 Improvável.
3 Pouco provável.
4 Provável.
CRITÉRIO UTILIZADO
G
TLVa (ACGIH) -
Índice de Potencial carcinogênico, mutagênico Potencial de danos locais Grupos de Risco de Biosse-
ou teratogênico (Agentes químicos e por contato com olhos e pele Contaminantes atmosféricos gurança (microorganismos
gravidade do
dano físicos) (Agentes químicos) patogênicos)
Gás ou Vapor Particulados
P CRITÉRIO UTILIZADO
Índice de Perfil de exposição qualitativo Perfil de exposição quantitativo Fator de proteção
probabilidade
Exposição inferior a 10% do Limite de As medidas de controle
1 Exposição baixa: contato Exposição Ocupacional. existentes são adequadas,
não frequente com o agente
eficientes e há garantias
Altamente ou frequente a baixíssimas E < 10% LEO
de que sejam mantidas
Improvável concentrações/ intensidades.
Percentil 95 < 0,1 x LEO em longo prazo.
Exposição moderada: con- Exposição estimada entre 10% e 50% As medidas de controle
tato frequente com o agente do Limite de Exposição Ocupacional.
2 existentes são adequadas
a baixas concentrações/
e eficientes, mas não há
intensidades ou contato não 10% < E <= 50% LEO
Improvável garantias de que sejam
frequente a altas concentra-
ções/ intensidades. Percentil 95 entre 0,1 x LEO e 0,5 x LEO mantidas em longo prazo.
As medidas de controle
Exposição estimada entre 50% e 100% existentes são adequadas
3 Exposição significativa ou im- do Limite de Exposição Ocupacional. mas apresentando desvios
portante: contanto frequente
ou problemas significati-
Pouco pro- com o agente a altas concen- 50% < E <= 100% LEO
vos. A eficiência é duvido-
vável trações/ intensidades.
Percentil 95 entre 0,5 x LEO 1,0 x LEO sa e não há garantias de
manutenção adequada.
Exposição estimada acima do Limite da
Exposição excessiva: contato Exposição Ocupacional Medidas de controle ine-
4
frequente com o agente a xistentes ou as medidas
concentrações/ intensidades E > 100% LEO existentes são reconheci-
Provável
elevadíssimas. damente inadequadas.
Percentil 95 > 1,0 x LEO
Vamos exemplificar:
Seguindo o exemplo da figura no corpo deste caderno. Qual o valor que poderia ser
atribuído a P?
Neste exemplo, temos que definir o P baseado nas informações qualitativas e nas
medidas de proteção, seguindo esse raciocínio, observando destaque na figura, como
não existe nenhuma medida de proteção para o perigo – Eletricidade. Conforme cri-
tério apresentado acima, o P pode ser definido como P = 4, ou seja, é Provável que
vá ocorrer o dano.
G CRITÉRIO UTILIZADO
EXEMPLOS
Índice de gravidade (GENÉRICO)
1 Lesão de doenças leves, com efei- Ferimentos leves, irritações leves, que
tos reversíveis levemente prejudi- não impliquem em afastamento não
Reversível Leve ciais. superior a 1 dias etc.
2 Lesão ou doença sérias, com efei- Irritações sérias, pneumoconiose não fi-
tos reversíveis severos e prejudici- brogênica, lesão reversível que implique
Reversível Severo ais. em afastamento superior a 15 dias, etc.
PAIR, danos ao sistema nervoso cen-
Lesão ou doença críticas, com efei-
3 tral (SNC), lesões com sequelas que
tos irreversíveis severos e prejudici-
impliquem em afastamentos de longa
ais que podem limitar a capacidade
Irreversível duração ou em limitações da capacidade
funcional.
funcional.
Perda de membros ou órgãos que inca-
4 pacitem definitivamente para o trabalho,
Lesão ou doença incapacitante ou
lesões múltiplas que resultem em morte,
Fatal ou Incapaci- fatal.
doenças progressivas potencialmente
tante
fatais, como pneumoconise.
Obs.: O critério adotado nesta tabela baseia-se nas lesões que o perigo pode causar
ao trabalhador. Ex.: Eletricidade pode causar a morte ou incapacidade. Neste exem-
plo, o índice atribuído à Gravidade é 4.
A gradação da Gravidade do dano (G) também pode ser feita utilizando critérios es-
peciais relacionados com o potencial do perigo em causar danos, como por exemplo:
- o potencial carcinogênico, mutagênico e teratogênico de agentes químicos e físicos
tendo por base a classificação da IARC ou da ACGIH;
- o potencial de agentes químicos causar danos locais quando em contato com olhos
e pele;
- o valor do TLV (LEO proposto pela ACGIH) para contaminantes atmosféricos, pois
quanto menor for o valor do TLV maior será o potencial do agente em causar danos
(AMERICAN..., 2011);
191
Saiba mais!
Agente Teratogênico é todo aquele capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante
a gravidez. Esses danos podem se refletir como a perda da gestação, malformações
ou alterações funcionais (retardo de crescimento, por exemplo), ou ainda distúrbios
neurocomportamentais, como o retardo mental.
Agente mutagênico é todo agente físico (radiações ionizantes são um exemplo), quí-
mico (substâncias ditas como cancerígenas) ou biológico (vírus, bactérias) que, em
exposição às células, pode causar mutação, ou seja, um dano à molécula de DNA
que não é reparado no momento da replicação celular e é passado para as gerações
seguintes.
Estimar e definir a categoria de cada risco a partir da combinação dos valores atribuí-
dos para probabilidade (P) e gravidade (G) do dano, utilizando a matriz apresentada
no Quadro 25, que define a categoria de risco resultante dessa combinação.
P 4
RISCO RISCO RISCO RISCO
R Provável
MÉDIO ALTO ALTO CRÍTICO
O (E > LEO)
B
3
RISCO RISCO RISCO RISCO
A
Pouco provável
BAIXO MÉDIO ALTO ALTO
B
(E = 0,5 a 1,0)
I
2
L RISCO RISCO RISCO RISCO
Improvável
I BAIXO BAIXO MÉDIO ALTO
(E = 0,1 a 0,5)
D
1
A RISCO RISCO RISCO
Altamente impro- RISCO IRRE-
D vável LEVANTE BAIXO BAIXO MÉDIO
E (E < 0,1 LEO)
2 3 4
1
Reversível Irreversível Fatal ou inca-
Reversível leve
severo severo pacitante
GRAVIDADE (G)
Obs.: Matriz elaborada a partir da combinação das matrizes apresentadas por MU-
LHAUSEN & DAMIANO (1998) e pelo apêndice D da BS 8800 (BSI, 1996).
O valor atribuído a P = 4.
O valor atribuído a G = 4.
Mas só esta informação não basta para definir a prioridade de ações, é preciso ter
a certeza que a definição da Probabilidade e da Gravidade não deixa dúvidas. Para
chegar a essa conclusão, seguem os critérios:
Agora sim. Com essa informação, na tabela abaixo, define-se a prioridade de ação.
Do exemplo, o risco foi avaliado em Crítico, a Incerteza “0”, e cruzando essas informa-
ções na tabela abaixo, temos:
ANEXO B
196
ANEXO C
198
Responsável: Data:
Assinatura:
(Nº de Resul-
Nº de Resul- tados Anor- Nº de Exames
Natureza do Nº Anual de
Setor tados Anor- mais x 100) / para o Ano
Exame Exames
mais (Nº Anual de Seguinte
Exames)
199
ANEXO D
200
Segundo a lei, neste caso, o cálculo é feito levando em consideração o efeito combi-
nado, de acordo com a equação apresentada no item 6 do Anexo 1 da NR 15. Apli-
cando a fórmula, obtém-se:
O cálculo parece ser muito complexo e de fato o é, caso os profissionais tenham que
fazê-lo manualmente, entretanto existem equipamentos que permitem obedecer aos
requisitos legais e técnicos realizando os cálculos automaticamente, dando maior fi-
dedignidade aos resultados encontrados.
A NHO 01, da Fundacentro, estabelece dois medidores para aferir o ruído, são eles:
Medidor integrador de uso pessoal: medidor que possa ser fixado no trabalhador du-
rante o período de medição, fornecendo por meio de integração a dose ou o nível
médio (FUNDACENTRO, 2001).
Segundo Tuffi Messias Saliba, quando há exposição diária a diferentes níveis de ruí-
do, devem ser considerados os efeitos combinados ao invés dos efeitos individuais
de cada um deles. A determinação da dose ou efeito combinado e o nível equivalente
de ruído devem ser feitos, preferencialmente, através de medidores integrados de uso
pessoal (dosímetros de ruído) (SALIBA, 2005, p. 38).
Medidor integrador portado pelo avaliador: medidor operado diretamente pelo avalia-
dor, que fornece, por meio de integração, a dose ou o nível médio (FUNDACENTRO,
2001).
Neste caso, o avaliador (responsável pela medição) tem que ficar com o equipamen-
to posicionado na zona auditiva do trabalhador, anotar o nível de pressão sonora
registrado e o tempo de permanência deste nível durante a medição. Quando existe
variação de níveis de pressão sonora, tecnicamente é inviável a medição utilizando
202
ANEXO E
204
ANEXO F
206
Quadro 30
REGIME DE TRABALHO
INTERMITENTE COM TIPO DE ATIVIDADE
DESCANSO NO PRÓPRIO
LOCAL DE TRABALHO
LEVE MODERADA PESADA
(por hora)
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho
sem a adoção de medidas acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
adequadas de controle
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). 440
Exemplo de como calcular o limite de tolerância quando o regime de trabalho for inter-
mitente com descanso no próprio local de trabalho:
Tbn = 25,0ºC
Tg = 45ºC
Solução:
Segundo o quadro nº 30 deste anexo, para atividade pesada com regime de trabalho
contínuo, o limite de tolerância é equivale a até 25ºC.
Do exemplo, o IBUTG calculado foi 31,0ºC, isto significa que a exposição do trabalha-
dor ao calor ultrapassou o limite de tolerância. A atividade se enquadra como insalu-
bre.
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
Observação: Para os fins deste item, considera-se como local de descanso o ambien-
te termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade
leve.
Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela
seguinte fórmula:
M = (Mt x Tt + Md x Td)/60
Sendo:
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte
fórmula:
Sendo:
Exemplo de como calcular o limite de tolerância, quando o regime de trabalho for in-
termitente com descanso em outro local:
Nesse caso, para fins de aplicação do índice, denomina-se local de trabalho o ambi-
ente em que permanece o trabalhador quando carrega e descarrega o forno, e local
de descanso, aquele em que o operador de forno permanece sentado, fazendo ano-
tações.
Local de trabalho
tg = 54ºC
tbn = 22ºC
210
M = 300Kcal/h
Local de descanso
tg = 28ºC
tbn = 20ºC
M = 125Kcal/h
Como o valor de “M” encontrado, 230Kcal/h, não consta do Quadro nº 31, conside-
ra-se o máximo IBUTG recomendado ao “M” “imediatamente mais elevado, ou seja,
250Kcal/h.
ANEXO G
212
Quadro Nº 33
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DIS-
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILOS
TÂNCIA MÁXIMA DE
Até 4.500 45 metros
Mais de 4.500 Até 45.000 90 metros
Mais de 45.000 Até 90.000 110 metros
Mais de 90.000 Até 225.000 * 180 metros
Quadro Nº 34
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DIS-
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILOS
TÂNCIA MÁXIMA DE
Até 20 75 metros
Mais de 20 Até 200 220 metros
Mais de 200 Até 900 300 metros
Mais de 900 Até 2.200 370 metros
Mais de 2.200 Até 4.500 460 metros
Mais de 4.500 Até 6.800 500 metros
Mais de 6.800 Até 9.000* 530 metros
Quadro Nº 35
Quadro 36
Capacidade Máxima para Embalagens de Líquidos Inflamáveis
Embalagem Combinada
Embalagem Interna Embalagem Externa Grupo de Emba- Grupo de Em- Grupo de Emba-
lagens * I balagens * II lagens * III
Recipientes de Vidro Tambores de: 400 kg 400 kg
com mais de 5 e até
10 litros; Plástico Metal 250 kg 400 kg 400 kg
com mais de 5 e até
30 litros; Metal com Plástico 250 kg 400 kg 400 kg
mais de 5 e até 40
litros Madeira compensada 150 kg
400 kg 400 kg
Fibra
75 kg
Caixas
Aço ou Alumínio 250 Kg 400 Kg 400 Kg
Madeira natural ou com- 150 Kg 400 Kg 400 Kg
pensada
75 Kg 400 Kg 400 Kg
Madeira aglomerada
75 Kg 400 Kg 400 Kg
Papelão
60 Kg 60 Kg 60 Kg
Plástico flexível
150 Kg 400 Kg 400 Kg
Plástico rígido
Bombonas
Tambores
250L
Aço, tampa não-removível
250 L**
Aço, tampa removível
60 L
Aço, tampa não-removível
60 L**
Aço, tampa removível
Alumínio, tampa não-removível 60 L
60 L** 60 L 60 L
Alumínio, tampa removível
60 L
Outros metais, tampa não-removível
60 L**
Outros metais, tampa removível
60 L
Plástico, tampa não-removível
60 L**
Plástico, tampa removível
Embalagens Compostas
Grupo de Grupo de Grupo de
Embalagens Embala- Embalagens
*I gens * II * III
Plástico com tambor externo de aço ou alumínio 250 L 250 L 250 L
Plástico com tambor externo de fibra, plástico ou
120 L 250 L 250 L
compensado
Plástico com engradado ou caixa externa de aço,
ou alumínio, ou madeira externa, ou caixa externa 60 L
60 L 60 L
de compensado, ou de cartão, ou de plástico
rígido
Vidro com tambor externo de aço, alumínio, fibra,
compensado, plástico flexível ou em caixa de aço, 60 L 60 L 60 L
alumínio, madeira, papelão ou compensado
Conforme definições NBR 11564 – ABNT.
** Somente para substâncias com viscosidade maior que 200 mm2 /seg.
216
Glossário:
ANEXO H
219
Quadro 38
ATIVIDADE ÁREA DE RISCO
Círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com
a Poços de petróleo em produção de gás.
centro na boca do poço.
Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, con-
b Unidade de processamento das refinarias.
tornando a área de operação.
Outros locais de refinaria onde se realizam
operações com inflamáveis em estado de vo-
Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, con-
c latilização ou possibilidade de volatilização de-
tornando a área de operação.
corrente de falha ou defeito dos sistemas de
segurança e fechamento das válvulas.
d Tanques de inflamáveis líquidos. Toda a bacia de segurança.
Círculo com raio de 3 metros com centro nos
pontos de vazamento eventual (válvula, regis-
e Tanques elevados de inflamáveis gasosos.
tros, dispositivos de medição por escapamento,
gaxetas).
Afastamento de 15 metros da beira do cais, du-
Carga e descarga de inflamáveis líquidos con-
f rante a operação, com extensão correspondente
tidos em navios, chatas e batelões.
ao comprimento da embarcação.
g Abastecimento de aeronaves. Toda a área de operação.
Enchimento de vagões-tanques e caminhões- Círculo com raio de 15 metros com centro nas
h
tanques com inflamáveis líquidos. bocas de enchimento dos tanques.
Enchimento de vagões-tanques e caminhões- Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de va-
i
tanques inflamáveis gasosos liquefeitos. zamento eventual (válvula e registros).
Enchimento de vasilhames com inflamáveis Círculos com raio de 15 metros com centro nos
j
gasosos liquefeitos. bicos de enchimentos.
Enchimento de vasilhames com inflamáveis lí- Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos
l
quidos, em locais abertos. bicos de enchimento.
Enchimento de vasilhames com inflamáveis lí-
m Toda a área interna do recinto.
quidos, em recinto fechado.
Local de operação, acrescido de faixa de 7,5
Manutenção de viaturas-tanques, bombas e
n metros de largura em torno dos seus pontos ex-
vasilhames que continham inflamável líquido.
ternos.
Desgaseificação, decantação e reparos de va- Local da operação, acrescido de faixa de 7,5
o silhames não desgaseificados ou decantados, metros de largura em torno dos seus pontos ex-
utilizados no transporte de inflamáveis. ternos.
Local da operação, acrescido de faixa de 7,5
Testes em aparelhos de consumo de gás e
p metros de largura em torno dos seus pontos ex-
seus equipamentos.
tremos.
Toda a área de operação, abrangendo, no míni-
mo, círculo com raio de 7,5 metros com centro
no ponto de abastecimento e o círculo com raio
q Abastecimento de inflamáveis.
de 7,5 metros com centro na bomba de abasteci-
mento da viatura e faixa de 7,5 metros de largura
para ambos os lados da máquina.
Armazenamento de vasilhames que conte-
Faixa de 3 metros de largura em torno dos seus
r nham inflamáveis líquidos ou vazios não des-
pontos externos.
gaseificados ou decantados, em locais abertos.
Armazenamento de vasilhames que conte-
nham inflamáveis líquidos ou vazios não des-
s Toda a área interna do recinto.
gaseificados, ou decantados, em recinto fecha-
do.
Carga e descarga de vasilhames contendo in-
Afastamento de 3 metros da beira do cais, du-
flamáveis líquidos ou vasilhames vazios não
t rante a operação, com extensão correspondente
desgaseificados ou decantados, transportados
ao comprimento da embarcação.
por navios, chatas ou batelões.
221
ANEXO I
222
ANEXO J
226
Quadro 40
ATIVIDADE ÁREA DE RISCO
1. Atividades de construção, operação e manu- 1. Estrutura, condutores e
tenção de redes de linhas aéreas de alta e bai- equipamentos de linhas aéreas
xa tensão, integrantes de sistemas elétricos de de transmissão, subtransmis-
potência, energizadas ou desenergizadas, mas são e distribuição.
com possibilidade de energização acidental ou
por falha operacional, incluindo:
1.1. Montagem, instalação, substituição, conser- Pátio e salas de operação de subes-
vação, reparos, ensaios e testes de: verificação, tação.
inspeção, levantamento, supervisão e fiscaliza-
ção; fusíveis, condutores, para-raios, postes, tor- Cabines de distribuição.
res, chaves, muflas, isoladores, transformadores,
Estrutura, condutores e equipamen-
capacitores, medidores, reguladores de tensão,
tos de redes de tração elétrica, in-
religadores, seccionalizadores, carrier (onda por-
cluindo escadas, plataformas e ces-
tadora via linha de transmissão), cruzetas, relé e
tos aéreos usados para a execução
braço de iluminação pública, aparelho de medição
dos trabalhos.
gráfica, bases de concreto ou alvenaria de torres,
postes e estrutura de sustentação de redes e linhas
aéreas.
1.2. Corte e poda de árvores.
1.3. Ligação e corte de consumidores.
1.4. Manobras aéreas e subterrâneas de redes e
linhas.
1.5. Manobras em subestação.
1.6. Testes de curto em linhas de transmissão.
1.7. Manutenção de fontes de alimentação de sis-
temas de comunicação.
1.8. Leitura em consumidores de alta tensão.
1.9. Aferição em equipamentos de medição.
1.10. Medidas de resistência, lançamento e insta-
lação de cabo contrapeso.
1.11. Medidas de campo elétrico, rádio, interferên-
cia e correntes induzidas.
1.12. Testes elétricos em instalações de terceiros
em faixas de linhas de transmissão (oleodutos,
gasodutos, etc.).
1.13. Pintura em estruturas e equipamentos.
1.14. Verificação, inspeção (inclusive aérea), fis-
calização, levantamento de dados e supervisão de
serviços técnicos.
227
ANEXO K
230
ANEXO L
233
Ofício n° ........
Senhor Presidente,
Atenciosamente,
............................................................
(Assinatura do empregador)
234
ANEXO M
235
___________________________
(Assinatura do empregador)
236
ANEXO N
237
No .......... dia do mês de .................... de dois mil e nove, foi realizada a reunião para
a constituição da Comissão Eleitoral da CIPA, gestão 2009/2010. Ficando a mesma
constituída pelos seguintes membros:
Nada mais a ser discutido nesta reunião, a ata foi lida e aprovada mediante a assina-
tura.
...............................................................
(Nome de quem participou da reunião)
..............................................................
(Nome de quem participou da reunião)
ANEXO O
239
..........................de.......................de 20........
.....................................................
(Assinatura do empregador)
240
ANEXO P
241
Nº DE Nº DE
TITULARES SUPLENTES
VOTOS VOTOS
Após a classificação dos representantes dos empregados por ordem de votação, dos
titulares e suplentes, esses representantes elegeram .................. ..........................
(nome) para vice-presidente.
CANDIDATOS Nº DE VOTOS
242
Votos brancos
Votos nulos
Total de votos
E, para constar, mandou o Senhor Presidente da mesa que fosse lavrada a presente
ATA, por mim assinada...........(nome)..........................secretário(a), pelos membros da
mesa e pelos eleitos.
Assinaturas
___________________ __________________
___________________ __________________
243
ANEXO Q
244
TITULAR SUPLENTE
............................ ............................
TITULAR SUPLENTE
............................ ............................
................................... ...............................
Titulares Suplentes
245
ANEXO R
246
Nestes termos
Pede Deferimento
________________________________________
Presidente da CIPA
247
ANEXO S
248
Ilmo. Senhor
Delegado................................................................................................................
(Regional do Trabalho – Subdelegado)
A ...............................................................................................................................
(Razão Social)
Situada...................................................................................................................
(Endereço com CEP)
Com atividade........................................................................................................
(Principal)
grau de risco ......., vem, mui respeitosamente, requerer a V. Sa. o registro da Comis-
são Interna de Prevenção de Acidente – CIPA, de seu estabelecimento situado no
(Endereço, CEP, Telefone e CNPJ), de conformidade com o Art. 163 da CLT e a NR
5 da portaria nº 08 de 23-02-1999. Para tanto, anexamos os seguintes documentos:
- Cópia da ata da eleição
- Cópia da ata de instalação e posse
- Cópia do calendário anual das reuniões ordinárias da CIPA
Nestes Termos
Pede Deferimento
......................, ....... de .................. de 20....
______________________
(Assinatura do empregador)
249
ANEXO T
250
• Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos origi-
nados do processo produtivo (BRASIL, 2011a). O item tem o objetivo de fazer com
que os trabalhadores compreendam o ambiente e as condições de trabalho da em-
presa, inclusive quanto aos critérios relacionados à organização do trabalho (BRASIL,
[200-]).
ANEXO U
252
Topo da Estrutura
1 - Nesta etapa, a CNAE é estruturada por seção e divisões, conforme tabela abaixo:
ANEXO V
254
ANEXO V