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D I S C I P L I N A Diversidade Química do Ambiente

História e nomenclatura dos


compostos de coordenação

Autores

Ótom Anselmo de Oliveira

Ademir Oliveira da Silva

aula

07
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Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Silva, Ademir Oliveira da.

   Diversidade química do ambiente / Ademir Oliveira da Silva, Otom Anselmo de Oliveira. – Natal, RN,  :
EDUFRN, 2006.

   292 p. : il

   1. Ácidos 2. Óxidos. 3. Sais. 4. Complexos. I. Oliveira, Otom Anselmo. II. Título.

ISBN 978-85-7273-333-5 CDU 54-31


RN/UF/BCZM 2006/85 CDD 661.2

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação
Nesta aula, iniciaremos os estudos dos compostos de coordenação, abordando aspectos
históricos e apresentando as regras usadas para representação através de fórmulas e
nomenclatura de tais compostos.
Esses compostos podem ser iônicos ou não iônicos, e as espécies químicas coordenadas
que os constituem podem ser definidas como espécies formadas por um átomo central (que
geralmente é um metal) ligado por meio de ligações coordenativas a um conjunto de íons,
moléculas ou átomos, formando estruturas catiônicas ou aniônicas – como o [Cu(NH3)4]2+
e o [Fe(CN)6]4– – ou estruturas não iônicas – como o [F3BNH3] e o [Zn(NH3)2Cl2].
Quando essas espécies são iônicas, recebem a denominação genérica de íons complexos,
em virtude da complexidade das suas fórmulas, e os sais formados por esses íons – como o
[Cu(NH3)4]Cl2 e o K4[Fe(CN)6], por exemplo – são chamados de sais complexos. Quando
as espécies coordenadas são neutras – como o [F3 BN H3 ] e o [Zn(N H3 )2 Cl2 ] –, recebem
a denominação genérica de adutos.
Nas interações entre os constituintes dos íons complexos ou dos adutos, o átomo central
quase sempre funciona como ácido de Lewis, enquanto os grupos a ele ligados funcionam
como bases de Lewis, e essas bases recebem a denominação genérica de ligantes.
Pelas particularidades que os compostos de coordenação apresentam, o seu estudo (que
ora se inicia) continuará até a aula 15 desta disciplina, e logo você perceberá a importância
desse tipo de composto em laboratório ou em processos que acontecem na natureza.

Objetivos
Ao concluir esta aula, você deverá conhecer aspectos históricos
importantes sobre os compostos de coordenação, descrever os
seus constituintes e algumas das suas propriedades gerais, e aplicar
as regras utilizadas para se formular e nomear esses compostos.

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Generalidades
Os compostos de coordenação estão presentes num número incalculável de reações
que ocorrem em temperaturas não muito elevadas e, para se ter uma idéia da importância
destes, basta dizer que:

n a respiração, ou seja, a troca do gás carbônico pelo oxigênio no organismo, tem como
responsável maior a hemoglobina – o pigmento vermelho do sangue – que é um
complexo que tem o ferro (II) como elemento central;

n a fotossíntese, um dos processos vitais para os vegetais e, indiretamente, para os seres


vivos em geral, é feita pela clorofila (a qual, entre outros aspectos, aparece como o pigmento
verde das plantas), que também é um complexo cujo elemento central é o magnésio;

n a produção do polietileno, que é um dos plásticos mais usados no mundo, seria inviável
se os catalisadores de Ziegler-Natta (compostos de coordenação capazes de polimerizar
o eteno) não tivessem sido criados.
Esses fatos, associados a outros de grande importância para a sociedade, fizeram com
que a maior parte dos trabalhos realizados sobre Química Inorgânica em décadas recentes
tivesse como tema os compostos de coordenação.
Tais estudos, juntamente com outros realizados ao longo do tempo, mostraram que as
propriedades desses compostos variam bastante, verificando-se, por exemplo, que:

a) quando em solução, alguns se dissociam em suas espécies constituintes, enquanto


outros permanecem com seus ligantes ligados aos metais;

b) na forma pura, alguns são estáveis apenas a baixas temperaturas, enquanto outros mantêm
suas identidades mesmo a altas temperaturas, podendo até serem volatilizados;

c) alguns dos compostos que têm elementos de transição como átomo central são
paramagnéticos paramagnéticos, enquanto aqueles que têm elementos representativos como átomo
O paramagnetismo indica
central são sempre diamagnéticos;
a existência de elétrons
desemparelhados, o que pode
d) muitos dos compostos que são formados pelos metais de transição são coloridos (o
acontecer nos elementos de fenômeno do aparecimento de cores será estudado na aula 10 desta disciplina – Teoria
transição. do campo cristalino – TCC), enquanto os formados pelos elementos representativos
são brancos.
Apesar dessas diferenças, existe suficiente convergência nos métodos de preparação,
nas estruturas e no comportamento químico, o que permite estudar esses compostos como
constituintes de uma classe de substâncias. Continuaremos a fazer isso nesta disciplina,
abordando os diversos temas e seguindo a ordem cronológica das suas ocorrências,
sempre que possível.

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Um pouco de história sobre os
compostos de coordenação

N
ão existe consenso entre os historiadores da Química sobre a data de descoberta do
primeiro composto de coordenação. No entanto, se os corantes à base de alizarina
forem considerados como compostos de coordenação, essa descoberta remonta aos
tempos bíblicos. Se a referência for descrição com base em conhecimentos mais consistentes, o
2+
primeiro composto de coordenação passa a ser um sal do íon tetramincobre(II), [Cu(N H3 )4 ]
, descrito por Andréas Libau, ou Libavius (1540-1616), em 1597, no livro Alchemia de sua
autoria, que é considerado o primeiro texto de Química. Existem, ainda, alguns estudiosos que
consideram o azul da Prússia, F e4 [F e(CN )6 ]3, sintetizado por Diesbach em 1704, como o
primeiro composto de coordenação a ter sua síntese reportada.
Porém, os primeiros compostos de coordenação sintetizados e estudados sistematicamente
foram o [P d(N H3 )4 ][P dCl4 ], o [Co(N H3 )6 ]2 (C2 O4 )3 ], o K3[Fe(CN)6] e o [Pt(NH3)4][PtCl4],
descobertos, respectivamente, em 1813, 1822, 1822 e 1928.
A descrição desses compostos despertou bastante interesse, motivando muitos
pesquisadores a iniciarem estudos sobre compostos desse tipo. Como resultado, os
químicos começaram a definir métodos de síntese e a descrever algumas propriedades de
tais compostos. Porém, a princípio, tanto a ocorrência como as propriedades observadas
pareciam fatos isolados e, muitas vezes, eram discordantes de um composto para outro.
Na primeira fase dos estudos, no século XIX, químicos de renome, como Gustav
Magnus, Willian C. Zeise, Thomaz Grahan, Carl E. Claus, Christian W. Blonstrand e Sophius
Jorgensen, realizaram vários trabalhos sobre compostos de coordenação. Em 1856, com um
trabalho mais sistemático, Oliver Wolcot Gibbs e Fraderick Augustus Genth publicaram uma
monografia descrevendo 35 compostos amino-cobálticos inéditos até então. Assim, foram
sendo acumuladas informações que levaram os químicos a perceber que os compostos de
coordenação integravam uma classe especial de substâncias.
Nessa época, os químicos tinham como uma de suas preocupações explicar como os
átomos se ligavam para formar as substâncias, do que resultou a criação da teoria da valência valência
(estudada na aula 8 da disciplina Arquitetura Atômica e Molecular – Ligações químicas: como
Lembre-se de que,
se formam). Nesse contexto, os compostos de coordenação passaram a ser vistos como um atualmente, valência é
importante campo de estudo para o entendimento da ligação química. Com isso, muitos um termo mais usado
com significação
químicos, entre os quais Berzerlius e Kekulé, dedicaram-se ao estudo desses compostos na
qualitativa – como nível
tentativa de elaborar teorias capazes de explicar suas formações e propriedades. ou orbitais de valência
– do que no sentido
Um dos aspectos que chamava atenção era o desacordo desses compostos com relação
quantitativo, muitas
às regras de valência que estavam em consolidação naquela época. Isso tornava os estudos vezes, usado de forma
sobre tais compostos particularmente desafiadores para os químicos, tanto sob o ponto de equivocada até para
vista experimental quanto teórico, e foi daí que surgiu o termo complexo para designar essa se referir ao número
de oxidação de um
classe de compostos. elemento.

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Esses desafios levaram muitos cientistas a estudar os compostos de coordenação
especialmente a partir da segunda metade do século XIX, acumulando informações das quais
resultaram as primeiras teorias sobre as ligações e as propriedades desses compostos antes
do final daquele século.

Um pouco mais sobre os primórdios


da química de coordenação

A
maioria dos primeiros complexos foi preparada através de reações entre sais
metálicos e amônia (formando-se os amino-complexos). No entanto, logo se verificou
que muitas outras espécies químicas podiam ser usadas em sínteses de compostos
dessa natureza. Assim, foram preparados muitos complexos de CN–, NO2–, NCS– e Cl– com
sais de cobalto, cromo e platina, entre outros.

Uma das primeiras formas para se nomear esses compostos consistiu em dar-lhes os
nomes dos químicos que os prepararam, como é mostrado nos dois exemplos seguintes:

NOME FÓRMULA INICIAL FÓRMULA ATUAL

Sal verde de Magnus PtCl2.2NH3 [Pt(NH3)2Cl2]

Sal de Zeise PtCl2.KCl.C2H4 K[Pt(C2H4)Cl3]

Com o aumento do número de compostos de coordenação sintetizados, logo tornou-se


inviável essa forma de nomeá-los e surgiu a idéia de denominá-los de acordo com as suas
cores. Isso ocorreu ao se observar que, algumas vezes, compostos de mesma estequiometria
apresentam cores iguais, como acontece nos casos seguintes:

COMPOSTOS COR NOMES

CoCl3.6NH3 Amarelo Cloreto luteocobáltico

CrCl3.6NH3 Amarelo Cloreto luteocrômico

CoCl3.5NH3 Púrpura Cloreto purpureocobáltico

CrCl3.5NH3 Púrpura Cloreto purpureocrômico

CoCl3.4NH3 Violeta Cloreto violeocobáltico

No entanto, logo se verificou que as cores não poderiam ser usadas como regra para
nomear tais compostos, visto que, além do número destes ser cada vez maior, muitos deles,
mesmo tendo composições diferentes, apresentam cores iguais. Noutros casos, espécies
de composição semelhante, e até mesmo isômeros, apresentam cores diferentes entre si.
Como exemplo, tem-se o [Co(N H3 )4 ]Cl3, que existe nas cores violeta e verde.

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Outra observação feita logo nos primeiros estudos foi que, além das cores, outras
propriedades também variam com a estequiometria. Por exemplo: sabe-se que o íon Ag+ é
um agente indicador da presença do íon cloreto em soluções aquosas. Porém, ao se fazer
reagir soluções de AgN O3 e CoCl3 .3N H3 não ocorre precipitação. Já com solução de
CoCl3 .4N H3, precipita-se um dos três cloretos; com solução de CoCl3 .5N H3, precipitam-
se dois e, se a solução for de CoCl3 .6N H3, os três cloretos são precipitados.
Isso indicava que os cloretos se ligam ao íon Co+3 de formas diferentes nos quatros
compostos e que, num mesmo complexo, alguns se ligam mais fortemente do que outros.
Esses fatos foram utilizados por Alfred Werner (1866-1919) na criação de uma teoria que
explica razoavelmente as estruturas e algumas propriedades dos compostos de coordenação,
elaborando para isso os conceitos de valência primária e valência secundária. valência primária e
valência secundária
Outra propriedade importante sobre os compostos de coordenação (ainda muito
utilizada) é a condutividade das soluções desses compostos. Nesse caso, o que se observa Em termos das
é que as condutâncias das soluções variam de um composto para outro, dependendo das conceituações atuais,
a valência primária
concentrações dos íons livres produzidos por tais compostos. Assim, compostos que se
relaciona-se ao estado
dissociam liberando dois, três ou quatro íons – como os sais N aCl, M gCl2 e Co(N O3 )3 de oxidação e a valência
– produzem soluções cujas condutâncias molares ( M) ficam próximas, respectivamente, de secundária, ao número
120, 260 ou 390 ohm−1 .cm−1 .mol−1 . de coordenação.

Para os compostos de coordenação, essa correlação também é válida. Como


conseqüência, pode-se dizer que, nos complexos apresentados na Tabela 1, as coordenações
se fazem entre as espécies colocadas dentro dos colchetes, conforme está indicado na coluna
da direita, pois só assim se justificariam os valores das condutâncias molares observadas.

Tabela 1 – Condutâncias de alguns tipos de eletrólitos em solução aquosa

Fórmula Empírica Condutância Molar* Número de íons Fórmula de Werner

NaCl 124 2 NaCl

CaCl2 261 3 CaCl2

LaCl3 393 4 LaCl3

PtCl4.6NH3 523 5 [Pt(NH3)6]Cl4

PtCl4.5NH3 404 4 [Pt(NH3)5Cl]Cl3

PtCl4.4NH3 229 3 [Pt(NH3)4Cl2]Cl2

PtCl4.3NH3 97 2 [Pt(NH3)3Cl3]Cl

PtCl4.2NH3 0 0 [Pt(NH3)2Cl4]

PtCl4.NH3.KCl 109 2 K[Pt(NH3)Cl5]

PtCl4.2KCl 256 3 K2[PtCl6]

*Valores das condutâncias em ohm-1.cm-1.mol-1.

Um aspecto relevante em estudos de compostos de coordenação em solução são


as interações do soluto com o solvente que, dependendo das suas intensidades, podem
mascarar as interpretações que se deseje fazer sobre o soluto. A água, em particular,

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apesar de ser um excelente solvente, em certos estudos sobre compostos de coordenação,
apresenta como desvantagem o fato de ser razoavelmente coordenante e, por isso, competir
com os ligantes do composto. Além disso, a água é susceptível à hidrólise ácida ou básica
por interação com várias espécies químicas e, muitas vezes, não dissolve determinados
compostos. Por motivos como esses, freqüentemente, usa-se solventes não aquosos para
estudos de condutividade de compostos de coordenação.
Procurando identificar os melhores solventes para esses estudos, W. L. Geary analisou
as propriedades (incluindo a toxicidade) de vários deles e, em 1971, publicou um artigo no
qual indica os melhores solventes orgânicos e as condições operacionais mais adequadas
para se fazer medidas de condutância em soluções de compostos de coordenação.
Nos seus trabalhos, Geary investigou a capacidade de coordenação dos solventes
– que deve ser baixa para não competir com os ligantes – e as faixas de concentração
mais adequadas para as medidas, concluindo que estas devem ser próximas de milimolar.
Ele estabeleceu, ainda, as faixas de condutância para cada tipo de eletrólito em diversos
solventes, obtendo resultados como os apresentados na Tabela 2.

Tabela 2 – Condutâncias de alguns solventes para quatro tipos de eletrólitos

Tipo de eletrólito
Solvente
1:1 1:2 ou 2:1 1:3 ou 3:1 1:4 ou 4:1

Nitrometano 75 – 95 150 – 180 220 – 260 290 – 330

Nitrobenzeno 20 – 30 50 – 60 7 – 82 90 – 100

Acetona 100 – 140 160 – 200 270 – ? 360 – ?

Acetonitrila 120 – 160 220 – 300 340 – 420 500 – ?

Dimetilformamida 65 – 90 130 – 170 200 – 240 300 – ?

Metanol 80 – 115 160 – 220 290 – 350 450 – ?

Etanol 35 – 45 70 – 90 120 – ? 160 – ?

Faixas de valores das condutâncias em ohm-1.cm-1.mol-1. As interrogações indicam limites de valores imprecisos para as condutâncias.

Muitas outras particularidades sobre os compostos de coordenação foram observadas,


e o conjunto destas possibilitou a criação de teorias para se explicar ou fazer previsões sobre
a formação, sobre os mecanismos de ligação metal-ligante e sobre muitas das propriedades
químicas e físicas de compostos já existentes ou ainda inéditos.
Analisados esses aspectos, vamos desenvolver algumas atividades para consolidar
os conhecimentos sobre o assunto já discutido. Em seguida, passaremos às regras de
nomenclatura utilizadas para formular e nomear os compostos de coordenação.

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Atividade 1
Faça uma exposição sobre os compostos de coordenação, definindo-
1 os; descrevendo os seus constituintes e o comportamento ácido/
base desses constituintes; e citando, também, algumas das suas
propriedades.

Até próximo ao final do século XIX, parecia estranho para os químicos


2 que compostos como CoCl3 e N H3 (entre outros que tinham suas
valências completas) se ligassem formando novos compostos. Você
acha que, para os conhecimentos da época, essa estranheza era
natural? E para você, hoje, essas combinações parecem estranhas?
Justifique suas respostas.

Foi dito que o AgNO3 é um reagente identificador de íons cloreto


3 em solução aquosa. Sabendo disso, você consegue entender por que
em reações do CoCl3 .3N H3 com AgNO3 não ocorre precipitação
de AgCl, enquanto em reações de um mol de CoCl3 .4N H3, de
CoCl3 .5N H3 ou de CoCl3.6NH3 com AgNO3 podem se precipitar,
respectivamente, um, dois e três moles de AgCl?

A condutividade elétrica de uma solução é tanto maior quanto


4 maior for a concentração de íons presentes na solução. É por
isso que em soluções de N aCl, CaCl2 e LaCl3, a condutividade
aumenta do primeiro para o terceiro. Por razão semelhante, as
condutividades das soluções de CoCl3.3NH3, CoCl3.5NH3 e de
CoCl3.6NH3 passam de aproximadamente zero no primeiro para
cerca de 400 ohm−1 .cm−1 .mol−1 no último. Procure explicar por
que isso acontece.

Agora observe os dados da Tabela 2. Já viu? Então, explique qual


5 a correlação entre as faixas de condutâncias molares e os tipos
de eletrólitos.

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Regras para nomenclatura dos
compostos de coordenação
A nomenclatura dos compostos de coordenação é feita por um conjunto de regras
que tem como objetivo expressar suas composições, os estados de oxidação dos átomos
centrais e alguns aspectos estruturais relativos a tais compostos.
Como existe um número razoável de particularidades, vamos, passo a passo, analisar
cada regra para que você possa compreendê-las e usá-las com facilidade na nomeação dos
compostos de coordenação.

Ligantes
Os ligantes geralmente funcionam como bases de Lewis e podem se ligar ao átomo
central através dos seus átomos que possuam pares de elétrons disponíveis para fazer
ligações coordenativas.
A classificação mais geral que se pode fazer sobre os ligantes relaciona-se ao número
de ligações que eles estabelecem com os átomos centrais, o que pode ocorrer de várias
maneiras, como é ilustrado na Figura 1. Assim, se a coordenação se faz, apenas, através de
um átomo, o ligante é do tipo monodentado, como acontece com Cl–, Br–, H2O, NH3, C5H5N
(piridino). Se a coordenação se faz por dois ou mais átomos, o ligante é do tipo polidentado
ou, mais especificamente: bidentado, quando existem dois átomos coordenantes, como o
N H2 CH2 CH2 N H2 (etilenodiamino) e o C10H8N2 (dipiridino); tridentado, se existem três
átomos coordenantes, como a propilenotriamina, e assim por diante.

H2 N O
CH2 C O
O O
O O
M M
C N
M NH3 CH2 N
O
H2 N O
M-EDTA
NH3 - amino C2 H8 N2 - etilenodiamino EDTA - Etilenodiamintetracetato

Monodentado Bidentado Hexadentado

Figura 1 – Ligantes monodentado, bidentado e hexadentado

Além dessa classificação geral, existem várias regras de nomenclatura que são
apresentadas a seguir, juntamente com exemplos bem representativos dos principais
grupos de ligantes.

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a) Os ânions terminados em eto, como haletos e cianetos, quando estão funcionando como
ligantes, trocam o sufixo eto por o.

Espécies Nome do íon Nome do ligante

F– Fluoreto Fluoro

Cl– Cloreto Cloro

Br– Brometo Bromo

I –
Iodeto Iodo

CN– Cianeto Ciano

NH2– Amideto Amido

b) Alguns ânions terminados em ido trocam o sufixo ido por o.

Espécies Nome do íon Nome do ligante

OH– Hidróxido Hidroxo

O2– Óxido Oxo

O22– Peróxido Peroxo

c) A maioria dos ânions conserva seus nomes usuais.

Espécies Nome do íon Nome do ligante

CO32– Carbonato Carbonato

NO3– Nitrato Nitrato

SO 4
2–
Sulfato Sulfato

C2O42– Oxalato Oxalato

CH3COO– Acetato Acetato

CH3COCHCOCH–3 Acetilacetonato Acetilacetonato (acac)

d) Os radicais derivados de hidrocarbonetos mantêm os seus nomes.

Espécies Nome do radical Nome do ligante

CH3 Metil Metil (Me)

C2H5 Etil Etil (Et)

C6H5 Fenil Fenil (Ph ou φ)

C5H5 Ciclopentadienil Ciclopentadienil (Cp)

Por conveniência, para calcular o número de oxidação dos átomos centrais das espécies
coordenadas presentes nos complexos, radicais como esses, ou outros similares, quase
sempre são considerados como aniônicos.

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e) Alguns ligantes moleculares com nomes terminados em a conservam os nomes,
trocando o a por o.

Espécies Nome da substância Nome do ligante

C5H5N Piridina Piridino (Py)

C10H8N2 Dipiridina Dipiridino (Dipy)

C2H8N2 Etilenodiamina Etilenodiamino (En)


P(C6H5)3 Trifenilfosfina Trifenilfosfino (PPh3 ou Pφ3)

f) Outros ligantes recebem nomes específicos, sem seguir regras.

Espécies Nome da substância Nome do ligante

H2O Água Áquo

NH3 Amônia Amino ou Amin

CO Monóxido de carbono Carbonil

NO Monóxido de nitrogênio Nitrosil

O2 * Oxigênio (molecular) Dioxigênio

N2 * Nitrogênio (molecular) Dinitrogênio

H– Hidreto Hidrido

* Nas fórmulas, esses ligantes devem ser escritos entre parênteses.


( )

g) Em ligantes ambidentados, os nomes dependem do átomo coordenante.

Espécies Nome do íon Nome do ligante

M__SCN– Tiocianato Tiocianato

M__NCS– Tiocianato Isotiocianato

M ONO
__ –
Nitrito Nitrito

M__NO–2 Nitrito Nitro

Nomenclatura e fórmulas de
espécies neutras ou catiônicas
Para se escrever fórmulas de espécies coordenadas catiônicas ou neutras, em primeiro
lugar, escreve-se o símbolo do átomo ou íon central. Em seguida, escreve-se os símbolos
dos ligantes com os respectivos coeficientes. Nas fórmulas, as espécies coordenadas são
escritas entre colchetes e os ligantes poliatômicos são escritos entre parênteses.

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Para nomear essas espécies, primeiro nomeiam-se os ligantes. Depois, o átomo central
e, finalmente, o seu número de oxidação entre parênteses.

Fórmulas Nomes

[Ag(NH3)2]+ Diaminprata(I)

[Co(NH3)6] 3+
Hexamincobalto(III)

[Cr(H2O)6]3+ Hexaquacromo(III)

[Fe(C5H5)2] Biciclopentadienilferro(0) – Ferroceno

[Mn(CO)6]+ Hexacarbonilmanganês(I)

[Ni(CO)4] Tetracarbonilníquel(0)

Nessas designações, é observado o seguinte procedimento:

a) usam-se os prefixos di, tri, tetra, penta etc., para indicar o número de ligantes idênticos
presentes;

b) se o nome do ligante já inclui um prefixo, como etilinodiamino ou trifenilfosfino, em


lugar de di, tri, tetra, penta etc., usa-se bis, tris, tetraquis, pentaquis etc., para indicar bis, tris, tetraquis,
o número de ligantes idênticos; pentaquis

c) onúmero de oxidação da espécie central é indicado por algarismos romanos entre


O uso dos prefixos bis,
tris, tetraquis etc., para
parênteses; indicar o número de
determinados grupos num
d) não se deixam espaços vazios entre as palavras nem entre o nome do elemento central e composto em lugar de
o seu estado de oxidação; bi (ou di), tri, tetra etc.,
tem a finalidade de evitar
e) em complexos catiônicos ou neutros, a espécie central conserva seu nome inalterado; “gagueira”. Por exemplo:
triclorotritrimetilcromo(III).
f) não é necessário explicitar se o complexo é catiônico ou não.

Espécies aniônicas com um só tipo ligante


A única diferença em relação ao caso anterior é que em complexos dessa natureza o
elemento central recebe a terminação ato. Exemplos:

Fórmulas Nomes

[AuCl2]– Dicloroaurato(I)

[Pt(CN)4]2– Tetracianoplatinato(II)

[Mn(CO)5]– Pentacarbonilmanganato(I)

[Fe(SCN)6] 3–
Hexatiocianatoferrato(III)

[UF7]3– Heptafluorouranato(IV)

[V(CO)6]– Hexacarbonilvanadato(I)

Aula 07 Diversidade Química do Ambiente 11


Espécies com ligantes diferentes
Se existem ligantes diferentes num mesmo composto de coordenação, na fórmula e no
nome, esses ligantes são colocados em ordem alfabética.

Fórmulas Nomes

[Ir(NH3)4Cl2]+ tetramindicloroirídio(III)

[Co(an)3Cl3] Triacetonitrilatriclorocobalto(III)

[ZnCl2(dmf)2] Diclorobis(dimetilformamida)zinco(II)

[CdBr3(H2O)3]- Tribromotriaquocadmiato(II)

[Ir(CO)Cl(Pφ3)2] Carbonilclorobis(trifenilfosfino)irídio(I)

Indicação de isômeros
Para nomeação de isômeros, coloca-se, antes do nome ou da fórmula, o prefixo
indicativo do tipo do isômero, escrito em itálico ou sublinhado, seguido de um hífen.

Fórmulas Nomes

mer-[RuCl3(Pet3)3] mer-triclorotris(trietilfosfino)rutênio(III)

fac-[RuCl3(Pet3)3] fac-triclorotris(trietilfosfino)rutênio(III)

cis-[Pt(NH3)2Cl2] cis-diaminodicloroplatina(II)

trans-[Pt(NH3)2Cl2] trans-diaminodicloroplatina(II)

K[Co(CO)4] Tetracarbonilcobaltato(I) de potássio

[Fe(CO)5] Pentacabonilferro(0)

[Ni(CO)4] Tetracarbonilníquel(0)

[Co(ONO)(NH3)5]Cl2 Cloreto de pentaminitritrocobalto(III) *

[Co(NO2)(NH3)5]Cl2 Cloreto de pentaminitrocobalto(III) **

[Cr(NH3)6][CuCl5] Pentaclorocuprato(II) de hexamincromo(III)

* Composto vermelho instável


** Composto amarelo, formado a partir do isômero vermelho

Ligantes em ponte
Existem compostos com dois ou mais centros de coordenação e com um ou mais
ligantes fazendo pontes entre as espécies centrais. Esses ligantes são indicados pela letra
µ, seguida do seu nome. Se houver duas ou mais pontes iguais, estas são indicadas pelos
prefixos di-µ, bis-µ, tri-µ, tris-µ etc.

12 Aula 07 Diversidade Química do Ambiente


Fórmulas Nomes

[(CO)5Cr-H-Cr(CO)5]- µ-hidrido-bis[(pentacarbonilcromato(0))]

O
[(H2O)4Fe Fe(H2O)4]2+ di-µ-hidroxo-bis [tetraquoferro(II)]
O

O2

[(NH3)4Co Co(NH3)4]3- µ-peroxo-µ-amido-bis


[tetramincobaltato(III)]
NH2

Sais complexos e adutos


Quando um íon complexo (positivo ou negativo) se liga a outro íon (que pode ser
complexo ou não) de carga oposta, formando uma espécie de carga neutra, a espécie
resultante é um sal complexo. Se as espécies ligadas a um centro de coordenação formam sal complexo
espécies estáveis com carga neutra, a substância formada é um aduto. É conveniente que
Para se nomear esses compostos, as regras são as mesmas utilizadas para a designação se caracterize bem
a diferença entre
de sais comuns. Assim, nas fórmulas, os cátions são escritos em primeiro lugar e, em os sais duplos e os
seguida, escreve-se o ânion. Para se escrever o nome do sal, escreve-se primeiro o nome do sais complexos. Nos
ânion e, em seguida, o nome do cátion. primeiros, os íons que
os constituem mantêm
suas propriedades,
Fórmulas Nomes
enquanto, nos
[Co(NH3)6]Cl3 Cloreto de hexaminocobalto(III) últimos, as espécies
coordenadas
[Cu(NH3)4(H2O)2]SO4 Sulfato de tetramindiaquocobre(II) apresentam
K2[PtCl6] Hexacloroplatinato(IV) de potássio propriedades
diferentes daquelas
Fe[Fe(CN)6] Hexacianoferrato(III) de ferro das espécies que lhe
deram origem. No
[Mn(CO)6]Cl Cloreto de Hexacarbonilmanganês(I) KAlSO4, que é um sal
duplo, as propriedades
Com as regras de nomenclatura, encerramos nossa primeira aula sobre os compostos observadas são as dos
íon K+, Al3+ e SO42–.
de coordenação. Mas, essa história está só no começo. Até agora só analisamos as primeiras
Já no K2[PtCl4], o
observações sobre esses compostos, alguns aspectos sobre suas propriedades em solução potássio mantém suas
e as regras para formulá-los e nomeá-los. propriedades, mas as
do grupo [PtCl4]2– são
Nosso próximo passo será analisar os mecanismos e as teorias utilizadas para explicar as diferentes das
ligações entre os ligantes e os átomos centrais na formação dos compostos de coordenação, observadas nos
íons Pt2+ e Cl– não
o que começaremos a fazer na aula 8 (Ligações nos compostos de coordenação). coordenados.

Aula 07 Diversidade Química do Ambiente 13


Atividade 2

Que informações estão contidas nos nomes dos compostos de


1 coordenação quando se utilizam as regras oficiais (IUPAC) de
nomenclatura?

Escreva os nomes dos compostos: N a2 [V Cl6 ], [Cr(en)3 ]N O3,


2 [M o(H2 O)6 ]Cl3 , K4 [Ru(CN )6 ], [Rh(N H3 )6 ]Cl3 , [N i(CO)4 ] e K2 [T i(CO)6 ].

3 Escreva as fórmulas das substâncias:

a) Cloreto de tetraminplatina(II);

b) Hexaclorocobaltato(III) de potássio;

c) Diamindicloroplatina(II);

d) Hexacarbonilcromo(0);

e) Cloreto de trisetilenodiamincromo(III).

Uma possível rota para se produzir o azul da Prússia é a reação de


4 cloreto de ferro (II) com cloreto de ferro (III) e cianeto de potássio.

KCN + F eCl2 + F eCl3 →

Complete essa reação e escreva o nome do azul da Prússia usando


as regras da IUPAC.

14 Aula 07 Diversidade Química do Ambiente


Resumo
Nesta aula, foram abordados aspectos históricos relevantes sobre os compostos de
coordenação, incluindo as primeiras descobertas, algumas das suas propriedades
gerais, as primeiras reflexões sobre essas propriedades e as regras utilizadas
para se escrever suas fórmulas e expressar os nomes desses compostos. Foi
observado que, desde a metade do século XIX, essas espécies químicas foram
identificadas como pertencentes a um grupo especial de substâncias que, hoje
se sabe, estão presentes na maioria dos sistemas químicos em temperaturas não
muito elevadas, e que suas propriedades variam até mesmo quando formadas
entre espécies semelhantes, existindo, porém, algumas características comuns
entre eles. Por fim, foram apresentadas as regras de nomenclatura adotadas pela
IUPAC para esses compostos, ao mesmo tempo em que foram feitas aplicações
dessas regras para formulação e nomeação de vários tipos de ligantes, de íons
complexos, de sais complexos e de adutos.

Auto-avaliação
Analise os dados contidos na Tabela 1 e apresente razões que expliquem os valores
1 das condutâncias molares dos vários compostos.

Escreva as fórmulas e os nomes do Sal verde de Magnus, do sal de Zeise e dos


2 cloretos luteocobáltico, luteocrômico, purpureocobáltico, purpureocrômico e
violeocobáltico, usando as regras estabelecidas pela IUPAC.

3 Para os compostos CoCl3 .3N H3 , CoCl3 .4N H3 , CoCl3 .5N H3 e CoCl3 .6N H3:

a) escreva fórmulas indicativas das coordenações nesses compostos;

b) equacione suas reações com AgNO3 em soluções aquosas;

c) coloque suas fórmulas em ordem crescente das respectivas condutâncias molares


em solução aquosa e descreva as razões para que essa seqüência aconteça.

Aula 07 Diversidade Química do Ambiente 15


O produto da reação entre o K2 SO4 e o Al2 (SO4 )3 é o KAl(SO4 )2 , que é um sal
4 duplo. Já as reações entre o N aCl e o P dCl2 formam o sal complexo N a2 [P dCl4 ].
Quais são as diferenças entre um sal duplo e um sal complexo?

Apresente fórmulas de pelo menos 6 compostos de coordenação cujos nomes


5 exijam a utilização do maior número possível de regras de nomenclatura.

Referências
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History of Chemistry, 1992.

FARIAS, R. F. de. Para gostar de ler a história da química. Campinas: Átomo, 2003.

FARIAS, Robson Fernandes de; OLIVEIRA, Ótom Anselmo de. Breve histórico da química
de coordenação. In: FARIAS, Robson Fernandes de (Org.). Química de coordenação:
fundamentos e atualidades, Campinas, SP: Átomo, 2005. cap. 2. p. 19 – 86.

GREENWOOD, N. N.; EARNSHAW, A. Chemistry of the elements. Oxford: Butterworth-


Heineman, 1995.

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HUHEEY, J. E.; KEITER, E. A.; KEITER, R. L. Inorganic Chemistry. New York: Harper Collins, 1993.

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Chemical Heritage Foundation, 1993.

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Átomo, 2005. cap. 2. p. 19 – 86.

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