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Politicas de Saúde

Tema: Engenharia Clinica

Professora Dra. Maria Luiza Levi

Silvio De Lima Ferreira RA:11126110

São Bernardo do Campo 04 de maio de 2017


Sumario

Introdução ........................................................................................................................ 2

Histórico nos Estados Unidos da América ........................................................................ 2

Histórico no Brasil ............................................................................................................ 3

Quais profissionais podem atuar na área da Engenharia Clinica ..................................... 4

Ética aplicada da Engenharia Clinica ................................................................................ 5

Analise da implantação da Engenharia Clinica ................................................................. 6

Entrevistas com Profissionais da área .............................................................................. 7

Considerações Finais ........................................................................................................ 10

Referências ....................................................................................................................... 11
Introdução

Engenharia Clinica é uma especialidade dentro da engenharia biomédica responsável pelo


gerenciamento e manutenção de equipamentos médico-hospitalares dentro de hospitais e
clinicas, dando suporte à equipe médica tanto na utilização como na conservação e
treinamento dos equipamentos.

Os objetivos desse trabalho são apresentar o histórico da especialidade tanto nos Estados
Unidos como no Brasil, analisar possíveis melhorias que a sua implantação pode resultar no
serviço final do hospital, discutir a importância da ética na profissão e trazer opiniões dos
profissionais que atuam na área sobre o tema.

Histórico da Engenharia Clínica nos Estados Unidos da América

A Engenharia Clinica teve seu inicio nos Estados Unidos na década de 60 como necessidade
de acompanhar a evolução e o surgimento de novas tecnologias aplicadas em equipamentos
médicos, como ultrassom e tomografia. (RAMIREZ e CALIL, 2000).

A segurança foi outro ponto fundamental para o surgimento da engenharia clinica


especialmente a preocupação com a segurança elétrica dos equipamentos médicos usados
principalmente em centro cirúrgicos.

O termo engenheiro clinico surgiu na década de 70 e foi atribuído ao engenheiro


responsável pelo gerenciamento de equipamentos de um hospital , sendo responsável pela
manutenção de equipamentos e treinamentos de usuários.

No inicio da década de 80, havia uma dificuldade em encontrar um lugar para o engenheiro
clinico na equipe hospitalar, pois não havia aceitação por partes de administradores, médicos
e enfermeiros sobre a contribuição que um esse tipo de profissional poderia trazer a equipe
médica. Grande parte dessa desconfiança se devia ao fato de essa especialidade ser muito
recente na engenharia, e questões como uma definição muito aberta do que se tratava um
engenheiro clinico, falta de cursos específicos para a área e a falta de uma organização que
representasse os engenheiros clínicos agravava a situação.

Com o passar da década de 80 a engenharia clinica começou a deixar de ser vista como
simplesmente um setor de manutenção de equipamentos, passando a ser um setor que
deveria trabalhar integrado com outras áreas do hospital e cooperando com áreas
administrativas que eram responsáveis pela avaliação e gerenciamento tecnológico.

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Na década de 90 o governo dos Estados Unidos começou a ter um maior controle e
fiscalização sobre os serviços médicos a fim de reduzir custos, com isso os médicos foram
incentivados a utilizar métodos de tratamentos mais eficientes. A partir desse ponto a
engenharia clinica passou a ter um papel ainda mais importante na integração com a equipe
medica, através de sua habilidade e competência para auxiliar a equipe medica na
implementação e escolha da tecnologia mais segura e produtiva (RAMIREZ e CALIL, 2000).

Histórico da Engenharia Clínica no Brasil

A engenharia clinica no Brasil começa a surgir só no inicio dos anos 90, quando foi
diagnosticado pelo Ministério da Saúde que a falta de mão de obra especializada era um dos
graves problemas no sistema de saúde, resultando num cenário de vários equipamentos
parados nos centros hospitalares. (TERRA et al.,2014)

A partir daí no ano de 1993 foi instituído o curso de especialização em engenharia clinica,
financiado pelo ministério da saúde. Com carga horária de 1935 horas, sendo 620 de teoria e
1315 de prática esse curso foi implantado pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e Universidade Federal do Pará (UFPA) para engenheiros elétricos que quisessem
trabalhar em hospitais. Além de receber o curso de especialização a UNICAMP com seu Centro
de Engenharia Biomédica (CEB) se estabeleceu como uma central de referencia técnica com o
objetivo de adquirir documentação técnica e legislações de equipamentos médicos nacionais e
estrangeiros.

Nesse mesmo período o governo federal estabeleceu um prazo de 36 meses para


fabricantes e revendedores obterem a certificação de seus produtos e serviços. Os produtos
usados em território brasileiro deveriam obedecer os critérios de segurança de acordo com a
norma NBR IEC 601.1 e a suas certificações deveriam ser feitas em laboratórios credenciados
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).Isso evidenciou a
falta de atenção até então do ministério da saúde, que apesar de ser obrigado por lei a fazer a
avaliação da qualidade dos equipamentos e produtos comercializados no Brasil não realizava
qualquer controle sobre a questão. (RAMIREZ e CALIL, 2000).

No decorrer dos últimos 20 anos a situação da engenharia Clinica no Brasil se alterou


deixando de ser apenas um setor responsável pela manutenção dos equipamentos médicos
muitas vezes fundido no mesmo setor de manutenção predial , para um setor mais integrado
com a equipe medica , buscando auxilia-la a equipe medica em relação à implementação e

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escolhas de novas tecnologias, um ciclo muito parecido com o que o setor sofreu nos Estados
Unidos na década de 90.

Em 2011 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou uma resolução (RDC
no 63) determinando que todos os estabelecimentos de saúde devem ter um profissional de
engenharia clinica entre seus gestores.Isso impulsionou a especialidade no mercado de
trabalho e com isso o surgimento de novos cursos, como o Curso de Engenheiro biomédico na
Universidade Federal do ABC (UFABC) e na Universidade Federal do Pernambuco (UFPE).

Quais profissionais podem atuar na área da Engenharia Clinica

Um setor de engenharia clinica trata tanto de assuntos técnicos como administrativos


fazendo-se então necessário contar com profissionais dessas duas áreas. Geralmente o setor
conta com um engenheiro clinico responsável que faz todo planejamento do setor, um
profissional de administração que cuida da parte administrativa do trabalho como
cronogramas, apresentações e relatórios, e técnicos especializados em equipamentos médico-
hospitalares ficam responsáveis por executar a parte técnica como manutenções corretivas e
preventivas.

Além de profissionais graduados em engenharia biomédica outras graduações da


engenharia também podem atuar na área da engenharia clinica, como engenheiros elétricos,
mecatrônicos e mecânicos necessitando a esses profissionais uma pós-graduação na área, por
necessidade de um maior conhecimento sobre o funcionamento do corpo humano e da
atuação dos equipamentos médicos. Como o curso de engenharia biomédica é relativamente
recente, a grande parte dos profissionais da área tem outra formação de origem, a principal
dessas é a engenharia elétrica.

No nível técnico também não são apenas técnicos formados em equipamentos biomédicos
a atuarem na área, até pela escassez de profissionais com essa especialização.No estado de
São Paulo apenas o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) conta com esse curso,
que é ofertado apenas em uma de suas unidades, por isso há uma grande presença de técnicos
formados em eletrônica trabalhando na área.

Hoje existe uma discussão tanto no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA)
como na Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB) sobre quais profissionais podem
trabalhar com engenharia clinica, porque com o surgimento da engenharia biomédica houve
um questionamento sobre o tipo de formação mais adequado para formar aqueles que atuam

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na área, assim surgindo uma disputa de espaço nesse campo entre os profissionais com
graduação em engenharia biomédica com as outras graduações.

Apesar do crescimento nos últimos anos a engenharia biomédica ainda conta apenas com
18 instituições que oferecem o curso no Brasil, Universidade Federal do ABC (UFABC),
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Universidade Federal de Uberlândia (UFU),
Universidade Federal de São João (UFSJ), Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL),
Universidade do Vale do Paraíba (INIVAP), Centro Universitário Franciscano (UNIFRA),
Pontifícia Universidade Católica São Paulo (PUC-SP) Universidade Federal do Pará (UFPA),
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), Universidade Federal do São Paulo (UNIFESP), Faculdade das Américas (FAM),
Universidade do Centro Leste (UCL), Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC),
Centro Universitário facvest (FACVEST), Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE),
Católica de Santa Catarina.

Ética aplicada da Engenharia Clinica

Como um setor que possui responsabilidades que impactam diretamente no paciente o


profissional que atua na engenharia clinica precisa desenvolver uma reflexão sobre como suas
atitudes profissionais impactam em todo o meio hospitalar (GLOCK RS; GOLDIM, J. R. 2004)

No curso de graduação em Engenharia biomédica, o profissional tem contato com


disciplinas que abordam o assunto. Na grade curricular obrigatória do curso da UFABC constam
duas matérias que tratam do tema que são “Princípios de Ética em Serviços de Saúde” cuja sua
ementa indica o estudo sobre a estrutura organizacional no serviço de saúde, ética
profissional, relação profissional paciente, ética na pesquisa clínica, comissão de ética,
publicações de pesquisa clínica, limites do uso da tecnologia e Estudos de caso e “Bioética”
cuja sua ementa indica o estudo de fundamentos da Bioética, ética na pesquisa científica,
utilização de animais na pesquisa experimental, pesquisa em seres humanos, ética e ciência e
tecnologia, ética e meio ambiente. (PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO UFABC, 2017).

Nos cursos de pós-graduação também existem matérias que têm como tema discutir
assuntos éticos na saúde. Na grade obrigatória do curso de pós-graduação em engenharia
clinica da UNICAMP existe a disciplina “Gerenciamento de Equipamentos Médico-
Hospitalares” que na sua ementa tem o tópico conhecer os preceitos éticos do setor de saúde.
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Apesar de muitas vezes restritos, o eventual contato do profissional com o paciente deve
ser feito seguindo os princípios éticos que regem os profissionais do corpo médico, sempre
lembrando a integração que o profissional de engenharia deve ter com esse setor.

Análise da implantação da Engenharia Clinica

Em todo trabalho produtivo a qualidade da área de manutenção é muito importante na


qualidade do produto final. Isso não é diferente na área hospitalar em que a implantação pode
resultar uma qualidade melhor nos serviços prestados e uma diminuição dos custos.

Com a implantação do setor de engenharia clinica tende a haver um aumento na


quantidade de manutenção realizada internamente pelo setor. Isso resulta em uma maior
disponibilidade dos equipamentos pela equipe técnica e uma diminuição do tempo durante o
qual os equipamentos ficam parados. Outro fator que impacta no aumento da qualidade do
serviço prestado é a implantação de um programa de manutenção preventiva principalmente
em equipamentos de suporte à vida como aparelhos de anestesia e ventiladores mecânicos e
um programa de calibrações de equipamentos de medições vitais, como monitores
multiparamétricos e aparelhos de pressão.

Com a engenharia clinica instalada outra tendência é a diminuição na contratação de


serviços prestados por empresas externas, ficando a contratação restrita apenas para
equipamentos muito complexos que necessitam de manutenções especializadas do fabricante,
isso resulta em uma diminuição dos custos com manutenção.

Uma pesquisa realizada no hospital de Clinicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-


UFU) durante os anos de 2001 a 2010 e publicada na revista brasileira de engenharia
biomédica, mostra dados referentes à implantação da engenharia clinica nesse hospital.Uma
primeira analise mostra uma significativa queda nas manutenções externas contratadas de
28,39% do total de manutenções em 2001 pra 4,20% em 2010.Outro impacto positivo em
relação à contratação de manutenções externas foi à imediata redução na necessidade desse
serviço, sendo que logo no primeiro ano a redução na manutenção total já estava na casa dos
15%. (SOUZA, et al, 2012).

Em relação à manutenção preventiva a pesquisa mostrou um crescimento dessa


modalidade de manutenção. No ano de 2007 após 6 anos de sua implementação ela atingiu
seu ápice na participação de manutenção sendo responsável por 33,67%.No período posterior
devido a uma queda de orçamento houve uma diminuição na participação das manutenções
preventivas que resultou em um efeito colateral de aumento no percentual de manutenções

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corretivas e que consequentemente diminuiu a qualidade do serviço prestado ao usuário final,
resultando em equipamentos parados. (SOUZA, et al, 2012).

Figura 1: Evolução dos percentuais de manutenção interna, externa, corretivas e preventivas no HC-UFU, no
período de 2001 a 2010. (Gráfico retirado do artigo SOUZA, B.D.; MILAGRE, T.S; SOARES, B.A. Avaliação econômica
da implantação de um serviço de Engenharia Clínica em hospital público brasileiro. Revista Brasileira de
Engenharia Biomédica (Impresso), v. 28, p. 327-336, 2012)

Entrevista com Profissionais da área

Para esse trabalho do curso de “Políticas de Saúde” foi realizada uma pesquisa com dois
profissionais que atuam na área. O primeiro profissional tem uma vasta experiência na área,
enquanto o segundo ingressou na área há pouco tempo. Foram realizadas nove perguntas
sobre o tema para esses profissionais darem suas opiniões sobre o estagio que a engenharia
clinica se encontra.

O primeiro entrevistado é o Sr. Valdivan Alves Ferreira que é Tecnólogo em eletrônica e


possui pós-graduação em engenharia clinica e trabalha atualmente nos laboratórios Fleury. A
segunda entrevistada é a Srta. Silvia Helena Alves estudante do curso de engenharia biomédica
da UFABC e estagiária do hospital israelita Albert Einstein. As seguintes questões foram feitas
aos entrevistados e seguem logo abaixo as respostas de ambos

1. Quanto Tempo você trabalha no Setor de Engenharia Clinica?


Valdivan: 14 anos
Silvia Helena: 2 anos

2. Trabalha ou trabalhou em instituições publicas ou particulares?

Valdivan: Já trabalhei em instituições públicas e atualmente trabalho em uma


instituição privada
Silvia Helena: Trabalho em uma instituição particular

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3. Como conheceu e entrou na área?

Valdivan: Através de um estagio na área


Silvia Helena: Conheci através da faculdade e entrei quando fiz estágio na área

4. Qual a importância que a engenharia clinica tem no setor hospitalar?

Valdivan: A engenharia Clinica é importante para boa gestão das tecnologias médicas
aplicadas aos serviços de saúde.
Silvia Helena: É muito importante, já que é responsável não só pela gestão adequada
dos equipamentos, mas também garantindo a segurança e bem-estar tanto do
paciente quanto dos profissionais da instituição. Fora que pode proporcionar redução
de gastos e aumento de produtividade

5. Dificuldades que o setor enfrenta?

Valdivan: As principais dificuldades que o setor enfrenta são ainda a falta de uma
cultura que a engenharia clínica é necessária e traz ganhos significativos aos serviços e
saúde e a inserção no mercado de empresas e profissionais não qualificados para
desempenhar o papel que a engenharia clinica se propõe.
Silvia Helena: Aplicar, na prática, o conceito de engenharia clínica nos demais setores.
Alguns podem enxergar como a assistência técnica e que todos os problemas devem
ser resolvidos pelos engenheiros, mas a ideia é que todos sejam capazes de realizar
hábitos e rotinas que valorizem a vida útil do equipamento e os cuidados durante os
procedimentos. Em instituições públicas, o uso mais regulado de verba e portanto
ocorre pouco investimento.

6. Você acha que hoje a engenharia clinica ainda está na fase de desenvolvimento?

Valdivan: Acredito que ainda está em fase de desenvolvimento e ainda está se


estabelecendo como área importante as engenharia
Silvia Helena: Sim, pois ainda existe o receio de investir em um setor novo. É um novo
projeto que precisa convencer que será um investimento positivo e que todos acabam
ganhando quando o setor atua. Entretanto nem todos conhecem a área, ainda existe a
adaptação de engenheiros formados em outras áreas (elétrica, mecatrônica, etc)
trabalhando e se adaptando já que vai além da manutenção de equipamentos.

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7. Você acha que o setor consegue ter uma boa integração com o corpo médico?

Valdivan: Acredito que esta integração seja importante para as duas partes, mas isso
ainda não acontece naturalmente.
Silvia Helena: De certo modo, sim. Existe uma divergência ainda entre corpo clínico e
engenharia clínica visto que o primeiro quer focar na praticidade, por estar habituado
a trabalhar sempre com uma mesma marca de equipamentos, tem uma necessidade e
tempo diferente e acaba conflitando com o segundo que busca administrar, negociar e
avaliar equipamentos, principalmente contratos entre empresas e melhor custo-
benefício. São pontos de vista distintos que precisam se encontrar e entrar em acordos

8. Você acha que pra exercer a engenheira clinica é primordial ter cursado um curso de
saúde (por exemplo, Engenharia Biomédica ou Técnico de Equipamentos médico-
hospitalares)?

Valdivan: Não acredito que seja primordial, desde que se tenha uma formação como
tecnólogo ou engenheiro nas áreas de elétrica ou eletrônica, mas estes cursos na área
de saúde com certeza agregam muito ao profissional de engenharia clínica.
Silvia Helena: Sim, faz toda diferença. Proporciona chegar ao setor e entender todas as
possíveis ramificações que ali acontecem. Um profissional que se adapta a engenharia
clínica sem ter conhecimento anterior sobre saúde sente que falta uma conexão entre
o que sabe e o que é um ambiente de engenharia clínica. Mais do que saber sobre
gerenciamento e manutenção, você precisa saber para que é utilizado, por exemplo,
equipamentos de diagnóstico. O que aquele profissional espera do equipamento? Isto
é, estar funcionando não basta, é preciso que exista um entendimento entre
engenheiro e corpo clínico para atender a necessidade específica do grupo.

9. Você acha que a engenharia clinica deve focar mais no gerenciamento e administração
dos equipamentos médicos ou focar simplesmente na manutenção sendo gerida por
administradores?

Valdivan: O principal foco da engenharia clínica deve ser a gestão e a administração


das tecnologias médicas.
Silvia Helena: Os dois. A junção do gerenciamento com a manutenção deve estar
aplicada ao mesmo tempo e é específico para cada equipamento, fabricante, setor de
uso e até mesmo corpo clínico que apresentam necessidades distintas.

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Considerações Finais

Nesse trabalho foi mostrado um resumo do histórico da implantação da Engenharia Clinica


nos Estados Unidos da América onde ela surgiu, e sua implantação no Brasil na década de 90, e
como ela se desenvolveu durante os anos e ainda a busca por espaço na estrutura hospitalar e
uma maior integração com a equipe médica.

Apesar de parecer um custo extra para o estabelecimento de saúde a engenharia clinica é


um grande investimento para o setor da saúde, pois integrado com outros setores otimiza a
eficiente, a segurança e a qualidade no serviço final para o paciente , além de reduzir custos.

Com a resolução RDC n° 63 da ANVISA o setor de engenharia clinica no Brasil tende a se


consolidar nos próximos anos resultando em mais eficiência ao setor de Saúde.

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Referências

1. RAMIREZ, E.F.F.; CALIL, S. J. Engenharia Clinica: Parte I – Origens (1942-1996).


Semina: Ci. Exatas/Tecnol. Londrina, v.21, n.4, p.27-33, dez. 2000.

2. Terra, T.G.; GUARIENTI, A.; SIMAO, E. M.; RODRIGUES JUNIOR, L. F. Uma revisão dos
avanços da Engenharia Clínica no Brasil. Disciplinarum Scientia. Série Ciências
Naturais e Tecnológicas, v. 15, p. 47-61, 2014.

3. SOUZA, B.D.; MILAGRE, T.S; SOARES, B.A. Avaliação econômica da implantação de um


serviço de Engenharia Clínica em hospital público brasileiro. Revista Brasileira de
Engenharia Biomédica (Impresso), v. 28, p. 327-336, 2012.

4. GLOCK, R.S; GOLDIM, J. R. Ética Profissional é Compromisso Social. Mundo Jovem,


PUCRS, Porto Alegre, v. XLI, n.335, p. 2-3, 2003.

5. PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO UFABC, disponível em http//prograd.ufabc.edu.br/


doc/catalogo_disciplinas_graduacao_2016_2017.pdf (Acessado dia 02 de Maio de
2017)

6. http://www.deb.fee.unicamp.br/ec/index.php?option=com_content&view=article&id
=91&Itemid=161 (Acessado dia 03 de maio de 2017)

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