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Sara De Lamare*
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
* Estudantes de Direito da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – Câmpus Três Lagoas
2.1. OS JESUÍTAS
2.2. NA ESCOLA
Mesmo após a edição de normas que objetivavam pôr fim às práticas violentas,
muitos excessos eram cometidos. Aragão e Bueno de Freitas (2012, p. 04-05) trazem
um exemplo interessante, onde analisam o regimento interno de um abrigo para
crianças sem família, sendo que nele contém diversas punições aos infratores, mas
nenhuma delas sendo o castigo físico.
Nesse sentido, bem expõe Ribeiro (2014, p. 02), ao relatar que houve, no Brasil,
um processo de “europeização”, espécie do gênero “aculturação”, que é quando uma
cultura supostamente superior se sobrepõe à anteriormente existente, sendo que o
uso do castigo físico em crianças para educá-las foi uma delas.
Dessa forma, evidente que qualquer tipo de educação, seja violenta ou pacífica,
terá grande influência no ser em desenvolvimento, e, sendo assim, torna-se mister
avaliar os impactos causados por uma educação pautada em castigos físicos,
conforme se fará adiante.
3.1. ASPECTOS PSICOLÓGICOS
De que forma, então, ajudar os pais que adotam tais comportamentos? Eles
referiram que estão com dificuldades de "educar, dominar, levar os filhos com
segurança para o futuro" e que neste afã, estão fazendo coisas "más" para
seus filhos e para si mesmos, das quais se arrependem.
Assim como a adesão à prática de castigo físico na educação dos filhos, que
se deu por influências externas, o combate a tais práticas agressivas não foi de forma
diferente.
Segundo Ribeiro (2014, p. 02), a partir do século XVII, foram sendo construídos
marcos legais para a proteção à infância, no contexto mundial e nacional, passando a
valorizá-la cada vez mais.
Dessa forma, a proteção à criança pôde ser percebida cada vez mais nos textos
legais brasileiros, numa ascendente luta contra as formas violentas e humilhantes de
educação, praticadas tanto fora do seio familiar quanto dentro, conforme exposto
anteriormente.
É evidente que nos últimos anos, após a edição do ECA, o direito das crianças
evoluiu vertiginosamente. Contudo, antes de seu surgimento, houveram alguns outros
passos rumo à proteção da criança, sendo que os infantes eram protegidos contra as
agressões familiares por outro dispositivo legal, constante no Código Penal, já de
1940, como se verá a seguir.
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade,
guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia,
quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-
a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção
ou disciplina.
Após redigido um projeto de lei, que foi enviado pelo Poder Executivo, tal
projeto foi apreciado por Comissão Especial legislativa, nomeando como relatora a
deputada Teresa Surita (do PMDB de Roraima), que então apresentou projeto
substituto ao original, mas com semelhante teor, sendo finalmente aprovado tal
projeto.
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em
relação à criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DONOSO, M. T. V.; RICAS, Janete. Perspectiva dos pais sobre educação e castigo físico.
Rev. Saúde Pública [Internet]. 2009, fev. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102009000100010&lng=pt> Acesso em: 08 abr. 2018.
WEBER, L. N. D.. Eduque com carinho: Lidia Weber. 4a edição, 11a tiragem. Curitiba: Juruá,
2012.