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Seminário de Antropologia B:
A humanidade em movimento
Campinas
2018
O capitalismo denota aparente fragilidade. Ele não apenas alimenta-se
de instituições não capitalistas para sua existência, pois a decadência delas é o
que condiciona a sua ascensão; como também se alimenta de si próprio, uma
vez que a lógica de acumulação e maximização dos lucros ignora que os
recursos são finitos, fazendo com que o sistema busque a produção de riqueza
a partir da própria riqueza já existente. Assim sendo, conforme avança, o
capitalismo submete milhões de pessoas à pobreza, falta de terras e
degradação ambiental e de outros inúmeros recursos, constituindo graves
consequências para a humanidade.
Há, ainda, o fato de que os locais em que essas pessoas são colocadas
deveriam ser temporários, o que não se faz possível porque suas saídas são
bloqueadas, ou seja, seus países de origem não permitem um retorno,
principalmente por motivos de destruição de casas. Ao mesmo tempo, seus
países “atuais” não são chances de uma possível acessibilidade.