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As Teorias da Administração

Conforme LACOMBE e HEILBORN (2006), A teoria é um conjunto de suposições inter-


relacionadas que buscar explicar alguma coisa. Uma nova teoria não elimina as anteriores,
muitas vezes aborda ângulos e visões diferentes complementando seus princípios.

O mecanicismo tem sua base na Administração Científica, introduzida por Taylor nos Estados
Unidos, cuja preocupação consistia em aumentar a produtividade e eficiência no nível
operacional das empresas. O objetivo principal era a divisão do trabalho, das tarefas e a
separação dos cargos. Sua ênfase era nos movimentos para realização das atividades, o tempo
para sua execução e a especialização do trabalhador, isso era a base do estudo.

A administração científica se originou a partir do estudo Shop management (Administração de


operações fabris), criada pelo americano Frederick Winslow Taylor em 1903, cuja filosofia
compreendia:

• Objetivo da boa administração é pagar salários altos e ter baixos custos de produção.

• Aplicar métodos de pesquisa para determinar a melhor maneira de executar as tarefas.

• Empregados cientificamente selecionados e treinados, sendo compatíveis com as tarefas.

• Atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores, para


aplicação desses princípios.

Esse é chamado de 1º período de Taylor (1903), no qual a preocupação focava técnicas de


racionalização do trabalho e o estudo de tempos e movimentos. Ele foi caracterizado pela
racionalização do trabalho dos operários das fábricas da época.

O movimento da administração cientifica, considerando os princípios e técnicas criadas,


buscava

aumentar a eficiência da produção por meio da racionalização do trabalho, evitando o


desperdício e promovendo a prosperidade de patrões e empregados. Taylor propõe colocar
em prática os princípios com a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e
movimentos (Figura 3). O trabalho deveria ser decomposto, analisado e testado
cientificamente, e deveria ser definida uma metodologia a ser seguida por todos os operários
com a padronização do método e das ferramentas.

O 2º período se caracteriza pela definição de princípios de administração aplicáveis em todas

as situações do cotidiano da empresa. Também contribuíram para o desenvolvimento da


administração científica: Frank e Lilian Gilbreth, que se aprofundaram nos estudos dos tempos
e movimentos e no estudo da fadiga propondo princípios relativos à economia de
movimentos; Henry Grant, trabalhando o sistema de pagamento por incentivo; Harrington
Emerson, definindo os doze princípios da eficiência; Morris Cooke, que estendeu a aplicação
da administração científica à educação e às administrações públicas. Os principais estudos
foram:

• Análise do trabalho e estudos dos Tempos e Movimentos - Observação metódica Tempo e


Movimento, ou seja, tempo médio para cada tarefa o que se chamou de Tempo Padrão. Os
objetivos dos estudos eram: eliminar desperdício de esforço humano; adaptar o operário à
própria tarefa; treinar os operários para melhor adequação ao trabalho; aumento na
especialização de atividade e estabelecimento de normas bem detalhadas.
Foi Henry Ford, com a linha de montagem, elevou o grau dos dois princípios da produção em
massa, com a fabricação de grande quantidade de peças padronizadas e intercambiáveis e a
especialização do trabalhador. Ele foi o criador do primeiro carro popular em larga escala, o
FORD T. Usou conceitos da racionalização da produção, idealizou a linha de montagem. Ford
adotou 3 princípios básicos que foram:

• Princípio da Intensificação: diminuir tempo de colocação do produto no mercado.

• Princípio da economicidade.

• Princípio de produtividade: reduzir estoque da matéria-prima: aumentar a capacidade


produtiva do homem.

A Teoria Clássica

Henri Fayol (1841-1925) foi o fundador da Teoria Clássica. Formou-se em engenharia de minas
e entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera, onde fez sua carreira. Fayol publicou a
Teoria de Administração no livro Administration Industrielle et Générale, em 1916.

Segundo ele as Funções Básicas da Empresa são:

• Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.

• Funções comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.

• Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.

• Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.

• Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.

• Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções.

As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando


sempre acima delas.

O cientista social alemão Max Weber, na década de 20, quem fez os estudos pioneiros sobre as
burocracias e o que ele chamou o tipo ideal de burocracia. Para ele, a sociedade e as
organizações modernas são sistemas de normas impessoais. São as normas (ou leis) que regem
o comportamento das pessoas. Nas sociedades primitivas, ao contrário, é a vontade ou
capricho dos governantes que rege o comportamento das pessoas.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard desenvolveu um estudo numa fábrica da

Western Electric. O estudo tinha a finalidade de descobrir se as variações na iluminação teriam

algum efeito sobre o desempenho dos trabalhadores.

O estudo primeiros resultados foram estranhos. Aumentava-se a intensidade da luz e a


produção aumentava. Diminuía-se a luz e a produção aumentava também. Logo a seguir, os
pesquisadores ofereceram benefícios: lanches e intervalos de descanso. A produção continuou
aumentando. Quando todos os benefícios foram retirados, a produção, em vez de cair, subiu
para uma quantidade espantosa. Os pesquisadores só conseguiram demonstrar que não havia
qualquer correlação simples e direta entre os fatores que eles estavam manipulando
(iluminação e benefícios) e a produtividade (peças produzidas). Nesse ponto do estudo,
chamaram Élton Mayo para ajudar a explicar o que estava acontecendo
5 Escola das relações humanas

Por meio das entrevistas, Mayo e seus colaboradores interpretaram os resultados do


experimento e formulando uma série de conclusões que deram origem a uma nova filosofia de
administração. Essas conclusões estabeleciam que o desempenho das pessoas não era
determinado apenas pelos métodos de trabalho, segundo a visão da administração científica,
mas também pelo comportamento.

As conclusões mais relevantes de Mayo são:

• A qualidade do tratamento dado pela gerência aos trabalhadores influência no seu


desempenho. Bom tratamento, bom desempenho. O sistema social formado pelos grupos
determina o resultado do indivíduo. Ele é mais leal ao grupo do que à administração. Se o
grupo resolve ser leal à administração, a empresa tem um o resultado positivo; caso o grupo
atenda seus próprios interesses, a empresa tem resultado negativo.

• Os supervisores deveriam fazer o papel de intermediários entre os grupos de trabalho e a


administração superior, e não de capatazes.

Essas conclusões foram as bases da filosofia das relações humanas.

Pensamento Sistêmico

O pensamento ou enfoque sistêmico é a ideia de elementos que interagem e formando


conjuntos para realizar objetivos. Um dos mais importantes criadores do enfoque sistémico é o
cientista alemão Ludwig von Bertalanffy, que ao final dos anos 30, propôs a teoria geral dos
sistemas. A teoria geral dos sistemas tem dois fundamentos básicos:

I. A realidade é feita de sistemas, que são feitos de elementos interdependentes. A realidade


não é feita de elementos isolados, sem qualquer relação entre si

. II. Para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas elementos isolados, mas
também suas interrelações.

De acordo com Bertalanffy, a tecnologia e a sociedade ficaram tão complexas que soluções
tradicionais não são mais suficientes. Assim sendo, a teoria dos sistemas é a reorientação do
pensamento e da visão do mundo tendo a introdução dos sistemas como um novo paradigma
científico, contrastando com o paradigma analítico, mecanístico e linear, de causa e efeito, da
ciência clássica.

Tido por muitos como pai da administração e o precursor da teoria da administração


cientifica, Frederick W. Taylor defendia a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos
e métodos a fim de assegurar seus objetivos “de máxima produção a mínimo custo”,
seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, tempo padrão, trabalho em
conjunto, supervisão e da ênfase na eficiência

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