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Aula 09

Direito Constitucional p/ Câmara dos Deputados 2017 - Técnico Legislativo - Com


videoaulas

Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale

33657489894 - Tiago Mesquita Moreira


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Processo Legislativo

1- Introdução:

A função de legislar é uma das funções típicas do Poder Legislativo; é por


meio dela, afinal, que são produzidos os atos normativos primários, assim
chamados porque extraem seu fundamento de validade diretamente do texto
constitucional. Os atos normativos primários (leis ordinárias, leis
complementares, dentre outros) são elaborados a partir de uma sistemática
própria, prevista na Constituição e nos Regimentos Internos de cada uma das
Casas Legislativas. A essa sistemática dá-se o nome de processo
legislativo.

Segundo o Prof. Alexandre de Moraes, o processo legislativo pode ser


compreendido em duplo sentido: jurídico e sociológico. Do ponto de vista
jurídico, é o conjunto de disposições que regula o procedimento a ser
observado pelos órgãos responsáveis pela produção das espécies normativas
primárias; do ponto de vista sociológico, são os fatores reais de poder que
impulsionam a atividade legiferante. 1

Para Marcelo Cattoni, o processo legislativo é o núcleo central do regime


constitucional no Estado democrático de direito. É ele que permite a
construção do Direito, que é um elemento essencial de integração da
sociedade pluralista em que vivemos. Nesse contexto, para que o processo
legislativo seja constitucionalmente legítimo, ele deve ser compreendido
como um fluxo comunicativo entre a sociedade e o legislador. Deve-se
garantir, no processo de produção das normas, a participação dos que por elas
serão afetados, em respeito mesmo ao princípio constitucional do
contraditório.2

O processo legislativo, embora seja considerado o núcleo central do regime


constitucional, não é uma cláusula pétrea da Constituição. Assim, suas
regras podem, sim, ser alteradas por meio de emenda constitucional. Ressalte-
se, inclusive, que o regime jurídico das medidas provisórias já foi alterado por
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emenda constitucional.

2- O Processo Legislativo Constitucional:

É possível falar da existência de um “processo legislativo regimental”, com


regras bem detalhadas e específicas de cada Casa Legislativa, previstos nos

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∀ MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação
Constitucional, 9ª edição. São Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 1082-1083. ∀
#
∀ ∀ In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK,
Lenio Luiz. Comentários à Constituição do Brasil. Ed. Saraiva, São Paulo: 2013, pp. 1119-
1121.

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respectivos Regimentos Internos. O estudo do processo legislativo regimental


é tarefa extremamente árdua e complexa, que não é objeto dessa aula.

O foco de nossa atenção está no chamado processo legislativo


constitucional, que consiste no conjunto coordenado de disposições
constitucionais cuja finalidade é a elaboração dos atos normativos primários
relacionados no art. 59, CF/88.

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação,


alteração e consolidação das leis.

O objeto do processo legislativo é, portanto, a elaboração de emendas


constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções. Todas essas são espécies
normativas primárias, que retiram sua validade diretamente do texto
constitucional. Há alguns autores, como, por exemplo, o Prof. Manoel
Gonçalves Ferreira Filho, que consideram que as emendas constitucionais, por
serem obra do Poder Constituinte, estão fora do escopo do processo
legislativo. Não é esse, todavia, o entendimento que deve prevalecer; por
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terem sido expressamente relacionadas no art. 59, a edição de emendas


constitucionais é objeto do processo legislativo.

Existem algumas espécies normativas que, apesar de serem primárias, estão


fora do escopo do processo legislativo. É o caso dos decretos autônomos e
dos regimentos dos tribunais, que são atos normativos primários, mas que
não são objeto do processo legislativo. Os atos normativos secundários,
como os decretos regulamentares, também não são objeto do processo
legislativo.

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O desrespeito às regras do processo legislativo constitucional resulta em


inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica) da norma. Suponha, por
exemplo, que um deputado federal apresente projeto de lei cuja iniciativa
privativa é do Presidente da República. A lei é aprovada e, inclusive,
sancionada pelo Presidente. Considerando-se que houve um vício de
iniciativa (o projeto de lei só poderia ter sido apresentado pelo Presidente),
tem-se, nesse caso, uma inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica.
Trata-se de vício insanável, que poderá levar à declaração de
inconstitucionalidade da norma pelo STF.

Fazemos questão de mencionar, nesse ponto, um dos princípios mais


importantes do processo legislativo constitucional: o princípio da não
convalidação das nulidades. Dele, decorre o fato de que a sanção
presidencial não convalida o vicio de iniciativa, tampouco o vício de emenda. O
devido processo legislativo deve ser respeitado e os vícios que nele
ocorrerem resultam em nulidade da norma, não podendo ser convalidados por
qualquer ato posterior.

Outro importante princípio do processo legislativo constitucional é o princípio


da simetria. Esse princípio impõe que as regras básicas do processo
legislativo estabelecidas pela CF/88 são de observância obrigatória nos
Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. Dessa forma, se o Presidente da
República tem iniciativa privativa de projeto de lei que trate do regime jurídico
dos servidores públicos federais, por uma questão de simetria, projeto de lei
que versa sobre regime jurídico dos servidores públicos estaduais é da
iniciativa privativa do Governador.

Podemos classificar o processo legislativo da seguinte maneira:

a) Quanto às formas de organização política: divide-se em quatro


espécies:

- Autocrático: caracteriza-se por ser expressão do próprio


governante, que se atribui a competência de editar leis, em
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detrimento da participação dos cidadãos, seja esta direta ou indireta.

- Direto: caracteriza-se por ser discutido e votado pelo próprio povo,


diretamente.

- Semidireto: é aquele que exige concordância do eleitorado, por


meio de referendo popular, para se concretizar.

- Indireto ou representativo: é aquele em que o povo elege seus


representantes, que recebem poderes para decidir sobre assuntos de
competência constitucional.

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b) Quanto à sequência das fases procedimentais: divide-se em duas


espécies.

- Comum: destina-se à elaboração das leis ordinárias. Mais à frente,


veremos que o processo legislativo comum se subdivide em outros
tipos, que não nos interessam ainda nesse momento.

- Especial: é aquele utilizado para a elaboração de emendas à


Constituição, leis complementares, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos legislativos, resoluções e leis financeiras (lei de
plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, leis orçamentárias
anuais e abertura de créditos adicionais).

(TRT 14a Região – 2014) O processo legislativo


compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos presidenciais e resoluções.

Comentários:

Os decretos presidenciais não são objeto do “processo


legislativo”. Questão errada.

3- Controle judicial preventivo de constitucionalidade:

O controle de constitucionalidade pode ser repressivo ou preventivo.

O controle será repressivo quando incidir sobre a norma pronta e acabada,


expurgando-a do ordenamento jurídico por ser incompatível com a
Constituição. O controle repressivo de constitucionalidade é feito por qualquer
tribunal do País (diante de casos concretos) ou pelo STF (no controle abstrato
da norma, ao apreciar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ou uma Ação
Declaratória de Constitucionalidade).

Por sua vez, o controle será preventivo quando incidir sobre norma que ainda
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não entrou em vigor, isto é, que ainda não está pronta e acabada. O
controle preventivo de constitucionalidade poderá ser realizado pelo Poder
Legislativo (quando, por exemplo, as Comissões da Câmara e do Senado
apreciam a constitucionalidade dos projetos de lei), pelo Poder Executivo
(quando o Presidente veta um projeto de lei por considerá-lo inconstitucional)
ou mesmo pelo Poder Judiciário.

Conforme já assinalamos, o desrespeito ao processo legislativo constitucional


implica em vício insanável da norma, que, portanto, padecerá de
inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica. Assim, uma lei que seja
promulgada e publicada sem que tenham sido respeitadas todas as suas

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formalidades, poderá ser declarada inconstitucional pelo STF, caso este


seja provocado por um dos legitimados do art. 103, CF/88.3 Teremos, nessa
hipótese, um controle repressivo exercido pelo Poder Judiciário.

Todavia, também é possível o controle preventivo pelo Poder Judiciário. Esse


controle não incidirá sobre a norma, mas sobre o processo legislativo em
si. Ele será viabilizado mediante a impetração de mandado de segurança
por congressista no STF. Há um direito líquido e certo do congressista sendo
violado: o de ter o devido processo legislativo respeitado.

Cabe destacar que não se admite o controle judicial do processo legislativo


mediante ação direta de inconstitucionalidade, pois o ajuizamento desta
pressupõe uma norma pronta e acabada, já publicada e inserida no
ordenamento jurídico. O meio hábil para se fazer esse controle é o mandado
de segurança, que viabilizará o controle incidental pelo Poder Judiciário.

Somente podem impetrar mandado de segurança os congressistas da Casa


Legislativa em que estiver tramitando a proposta. Se o projeto de lei ou
emenda constitucional estiver tramitando no Senado Federal, apenas os
Senadores poderão impetrar o mandado de segurança; caso o projeto esteja
tramitando na Câmara, os deputados federais estarão legitimados a fazê-lo.
Em qualquer caso, o encerramento do processo legislativo (aprovação e
entrada em vigor da norma) retira do congressista a legitimidade para
continuar no feito, restando prejudicado o mandado de segurança.

A competência originária para apreciar o mandado de segurança que visa


invalidar o processo legislativo é do STF, órgão responsável por apreciar os
atos emanados do Congresso Nacional, suas Casas e componentes.

4- Procedimentos Legislativos:

É importante distinguirmos processo legislativo de procedimento legislativo. O


processo legislativo é o mecanismo por meio do qual são elaboradas as
normas jurídicas do art. 59, CF/88. Por sua vez, procedimento legislativo é
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a sucessão de atos necessários para a elaboração das normas do art. 59,


CF/88; em outras palavras, procedimento é o trâmite para a produção de cada
ato normativo primário.

Os procedimentos legislativos podem ser classificados em:

a) Procedimento legislativo comum: destinado à elaboração de


leis ordinárias.

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O art. 103, CF/88 relaciona os legitimados a ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADIn) e Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADECON).

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b) Procedimento legislativo especial: destinado à elaboração das


outras espécies normativas primárias (leis complementares, leis
delegadas, medidas provisórias, emendas constitucionais, decretos
legislativos, resoluções).

4.1- Procedimento legislativo comum:

O procedimento legislativo comum é o destinado à elaboração de leis


ordinárias. Ele se subdivide nos seguintes tipos:

a) Procedimento legislativo ordinário: consiste no procedimento


mais completo, em que não há prazos definidos para o encerramento
das fases de discussão (deliberação) e votação. Devido à não
imposição de prazos, é o procedimento que permite estudo mais
aprofundado sobre as matérias objeto do projeto de lei.

b) Procedimento legislativo sumário: possui as mesmas fases do


procedimento legislativo ordinário, mas há imposição de prazo para o
encerramento da fase de discussão (deliberação) e votação.

c) Procedimento legislativo abreviado: é o procedimento que se


aplica a projetos de lei que, na forma dos regimentos internos das
Casas Legislativa, dispensam a discussão e votação em Plenário.
Assim, por meio desse procedimento legislativo, teremos projetos de
lei aprovados diretamente pelas Comissões, sem necessidade de irem
a Plenário.

Vamos, a seguir, tratar em detalhes de cada um desses procedimentos


legislativos.

4.1.1- Procedimento legislativo ordinário:

Conforme já afirmamos, o procedimento legislativo ordinário é o mais


completo, no qual não há qualquer imposição de prazos para encerramento
das fases de discussão (deliberação) e votação. É, por isso, o procedimento
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mais demorado, havendo a possibilidade de se aprofundar no exame do


projeto de lei.

O processo legislativo ordinário apresenta três fases: i) fase introdutória; ii)


fase constitutiva e iii) fase complementar.

A fase introdutória compreende a iniciativa de lei. Diz respeito à


apresentação do projeto de lei ao Congresso Nacional.

A fase constitutiva, por sua vez, abrange: i) a deliberação sobre o projeto


de lei; ii) a votação do projeto de lei e; iii) a manifestação do Chefe do

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Executivo (sanção ou veto). Se for o caso, haverá, ainda, a apreciação do


veto presidencial pelo Poder Legislativo.

A fase complementar abrange a promulgação e a publicação da lei.

4.1.1.1- Fase Introdutória: Iniciativa:

O processo legislativo é instaurado por meio da apresentação de projeto de lei


por um dos legitimados a fazê-lo. A iniciativa da lei é, portanto, o primeiro
passo do processo legislativo; em outras palavras, é o ato que desencadeia
(deflagra) o processo legislativo.

E quem são os legitimados para apresentar projeto de lei?

A resposta está no art. 61, CF/88:

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer


membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

Como se vê, o rol de legitimados a apresentar projeto de lei é


relativamente extenso, compreendendo autoridades dos três Poderes da
República. Percebe-se que a iniciativa de lei pode ser parlamentar (quando o
projeto é apresentado por membro ou Comissão das Casas Legislativas) ou
extraparlamentar.

Assim, a iniciativa de projeto de lei foi atribuída expressamente pela


Constituição:

a) A qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do


Senado Federal ou do Congresso Nacional;
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b) Ao Presidente da República;

c) Ao Supremo Tribunal Federal;

d) Aos Tribunais Superiores;

e) Ao Procurador-Geral da República;

f) Aos cidadãos.

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Esse rol de legitimados não é taxativo, pois não menciona o Tribunal de


Contas da União e a Defensoria Pública, que também podem apresentar
projetos de lei sobre determinadas matérias.

É importante destacar que aquele que apresenta projeto de lei pode solicitar
sua retirada. Entretanto, para ter validade, o pedido necessitará do
deferimento das Casas Legislativas, de acordo com as regras regimentais.

A iniciativa pode ser classificada em 3 (três) tipos: privativa (exclusiva ou


reservada), geral (comum ou concorrente), popular.

4.1.1.1.1 - Iniciativa privativa (exclusiva ou reservada):

É a que existe quando apenas determinados órgãos ou agentes políticos


gozam do poder para propor leis sobre uma matéria específica. É o caso da
previsão constitucional de que cabe ao Supremo Tribunal Federal propor lei
complementar sobre o Estatuto da Magistratura (CF/88, art. 93). Outro
exemplo é a previsão de que compete ao Presidente da República a iniciativa
de projeto de lei sobre regime jurídico dos servidores públicos federais. É
relevante enfatizar que não se admite delegação da iniciativa privativa
atribuída pela Constituição.

Devido ao princípio da separação de poderes, o Poder Legislativo não pode


fixar prazo para que o detentor da iniciativa reservada apresente projeto de
lei sobre determinada matéria, ressalvados os casos em que o prazo for
definido pela própria Constituição. Com base no mesmo fundamento, também
não cabe ao Judiciário obrigar órgão ou autoridade de outro Poder a
exercer tal iniciativa. Entretanto, devido à previsão expressa da Constituição,
pode o Poder Judiciário, por meio de mandado de injunção ou ação direta de
inconstitucionalidade por omissão, reconhecer a mora do detentor da
iniciativa reservada e, em consequência disso, declarar a
inconstitucionalidade de sua inércia.

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a) Iniciativa privativa do Presidente da República:

As matérias da iniciativa privativa do Presidente da República estão elencadas


no art. 61, §1º, CF/88. As leis que tratam das matérias relacionadas nesse
dispositivo constitucional somente podem ser objeto de projeto
apresentado pelo Presidente da República, sob pena de nulidade.

Destaque-se que, em virtude do princípio da simetria, essas matérias, na


órbita estadual e municipal, serão da iniciativa privativa do Governador e
Prefeito, respectivamente. Como exemplo, lei que versa sobre o regime

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jurídico dos servidores públicos estaduais é de iniciativa privativa do


Governador.

Segundo o STF, o art. 61, §1º, CF/88, é de observância obrigatória para os


Estados-membros, que, ao disciplinarem o processo legislativo ordinário em
suas respectivas Constituições, não podem se afastar desse modelo, sob pena
de nulidade da lei4.

Além disso, tais matérias não podem ser exaustivamente tratadas na


Constituição Estadual e na Lei Orgânica de município ou do Distrito Federal,
sob pena de invadir a iniciativa privativa do chefe do Executivo. Nesse
sentido, entende a Corte que “é inconstitucional a norma de Constituição do
Estado-membro que disponha sobre valor da remuneração de servidores
policiais militares”.5 Considerou o STF que essa matéria deve ser objeto de
projeto de lei de iniciativa privativa do Governador e que, ao inseri-la na
Constituição Estadual, havia sido usurpada a competência do Chefe do Poder
Executivo local. Há, portanto, flagrante inconstitucionalidade formal (ou
nomodinâmica).

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta


e autárquica ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária,


serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento


de cargos, estabilidade e aposentadoria;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem


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como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria


Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,


observado o disposto no art. 84,

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,


promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a
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∀ STF, Pleno, ADIn no 11961-1/RO, 24.03.1995, ADIn no 1.197-9/RO, ADI 3176/AP,

30.06.2011.∀
%
∀STF, ADI 3.555, Rel. Min. Cezar Peluso, 08.05.2009&∀∀

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reserva.

Do art. 61, §1º, CF/88, chamo a atenção de vocês para o seguinte:

1) O Presidente da República tem a iniciativa privativa de leis que


disponham sobre matéria tributária dos Territórios. Note que isso
não se aplica a outros projetos sobre matéria tributária, cuja
iniciativa é geral (ou comum). Assim, uma lei tributária federal não
precisa, necessariamente, ser proposta pelo Presidente. Agora, se o
projeto de lei disser respeito à matéria tributária dos Territórios,
somente o Presidente poderá apresentá-lo.

Ratificando esse entendimento, já decidiu o STF que “a Constituição


de 1988 admite a iniciativa parlamentar na instauração do processo
legislativo em tema de direito tributário.” 6

2) O Presidente da República tem a iniciativa privativa de projeto de


lei que trata da organização do Ministério Público e da
Defensoria Pública da União. Além disso, ele também tem
iniciativa privativa de projeto de lei que versa sobre normas gerais
de organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

Cabe destacar que, por força do art. 128, §5º, CF/88, a lei de
organização do Ministério Público da União é da iniciativa
concorrente do Presidente da República e do Procurador-Geral da
República. Por simetria, as leis de organização dos Ministérios
Públicos Estaduais são de iniciativa concorrente do Governador e do
Procurador-Geral de Justiça.

3) Dentre as matérias de iniciativa privativa do Presidente da


República, a que é mais cobrada em prova é a do art. 61, §1º, II, “c”.
São da iniciativa privativa do Presidente da República projetos de lei
que versem sobre “servidores públicos da União e Territórios,
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seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e


aposentadoria”.

4) O Presidente da República tem iniciativa privativa das leis que


disponham sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da
Administração Pública. Dando uma interpretação extensiva a
esse dispositivo, a iniciativa da lei de criação e extinção de entidades
da administração indireta também seria de competência do Chefe do
Poder Executivo.

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6
STF, Pleno, ADIn no 724/RS, 17.04.2001

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Seguindo essa linha de pensamento, o STF considerou


inconstitucional lei de iniciativa parlamentar que disciplinava
extinção de sociedade de economia mista.7

A Constituição Federal atribuiu, ainda, ao Presidente da República, a iniciativa


privativa das leis orçamentárias (plano plurianual, lei de diretrizes
orçamentárias e lei orçamentária anual). Ressalte-se que a doutrina aponta
que as leis orçamentárias são situações em que a iniciativa é vinculada, uma
vez que o Presidente da República é obrigado a apresentar o projeto de lei, na
forma e nos prazos previstos na Constituição.8

Segundo o STF, a iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo nas leis


orçamentárias impede que o Poder Judiciário determine, ao Presidente da
República, a inclusão, no texto do projeto de lei orçamentária anual, de
cláusula pertinente à fixação da despesa pública, com a consequente
alocação de recursos financeiros para satisfazer determinados encargos.9

A regra de iniciativa privativa do Poder Executivo para projetos de lei


orçamentária é, segundo o STF, obrigatória para os Estados e Municípios.
Assim, nos Estados, a iniciativa privativa das leis orçamentárias é do
Governador; nos Municípios, é do Prefeito.10

Por último, é importante destacar que, à exceção das hipóteses de iniciativa


vinculada (leis orçamentárias), compete ao Chefe do Poder Executivo
determinar a conveniência e a oportunidade de exercer a iniciativa
privativa de lei. Nesse sentido, não podem os outros Poderes obrigá-lo a
exercer tal competência, sob pena de ofensa ao princípio da separação de
poderes.

b) Iniciativa privativa dos tribunais do Poder Judiciário:

Segundo o art. 96, II, compete ao Supremo Tribunal Federal, aos


Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao respectivo
Poder Legislativo: 33657489894

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus


serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como

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(!ADI 2295/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/6/2016


∀MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, Ed. Juspodium, Salvador: 2013, pp.
645.
(
∀STF, Pleno, MS no 22.185-2/RO, 04.04.1995∀
∀STF, Pleno, ADIn no 1.759-1/SC, 06.05.2001 ∀
!)

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a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos


tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias

Ademais, o art. 96, I, “d”, dispõe que compete aos Tribunais em geral
propor a criação de novas varas judiciárias. Em outras palavras, os
Tribunais têm a iniciativa privativa de projetos de lei que criem novas varas
judiciárias.

Os Tribunais de Justiça têm a iniciativa privativa das leis de organização


judiciária do respectivo estado (art. 125, §1º). A regra, segundo o Supremo
Tribunal Federal, decorre do princípio da independência e harmonia entre
os Poderes, aplicando-se tanto à legislatura ordinária quanto à constituinte
estadual, em razão do que prescreve a Constituição Federal, art. 96, II, “b” e
“d”, CF/88. Os Tribunais de Justiça detêm, ainda, a iniciativa privativa de leis
que disponham sobre serventias judiciais e extrajudiciais.11

O STF, por sua vez, tem a iniciativa privativa para apresentar projeto de lei
que disponha sobre o Estatuto da Magistratura. Ressalte-se que o
Estatuto da Magistratura deverá ser objeto de lei complementar. A fixação
dos subsídios dos Ministros do STF é igualmente estabelecida por lei ordinária,
de iniciativa privativa do Presidente da Corte Suprema.

c) Iniciativa privativa da Defensoria Pública:

Com a promulgação da EC nº 80/2014, a Defensoria Pública passou a ter


iniciativa privativa para apresentar projetos de lei sobre:

a) a alteração do número dos seus membros;

b) a criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços


auxiliares, bem como a fixação do subsídio de seus membros;
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c) a criação ou extinção dos seus órgãos; e

d) a alteração de sua organização e divisão.

d) Iniciativa privativa dos Chefes dos Ministérios Públicos:

A Constituição Federal atribui ao Ministério Público independência e autonomia


e, para garantir essas prerrogativas, concedeu-lhe a iniciativa para

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11
STF, Pleno, ADI 3.773, 04.09.2009.

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deflagrar o processo legislativo. Nos termos do art. 127, § 2º, o Ministério


Público poderá propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos
cargos da instituição e de seus serviços auxiliares, com provimento
obrigatório por concurso público de provas e de provas e títulos.

Com base no art. 128, § 5º, CF/88, o Procurador-Geral da República tem a


iniciativa privativa de projeto de lei complementar que estabeleça a
organização, atribuições e o estatuto do Ministério Público da União.
Ainda com base no mesmo dispositivo, a iniciativa de lei complementar que
estabeleça a organização, atribuições e estatuto dos Ministérios Públicos dos
Estados é dos respectivos Procuradores-Gerais de Justiça.

Deve-se ressaltar que trata-se, nos dois casos, de iniciativa que não é exercida
isoladamente pelos Procuradores-Gerais; ao contrário, eles exercem tal
iniciativa em conjunto com os Chefes do Poder Executivo (art. 61, §1º, II, “d”).
A doutrina considera que trata-se de hipótese de iniciativa concorrente
entre os Chefes dos Ministérios Públicos e os Chefes do Poder
Executivo. Assim, temos que:

a) A lei complementar de organização do Ministério Público da União


é da iniciativa concorrente entre o Procurador-Geral da República e o
Presidente da República.

b) A lei complementar de organização de cada Ministério Público


Estadual é da iniciativa concorrente entre os respectivos
Procuradores-Gerais de Justiça e os Governadores.

Hipótese diferente é acerca da lei ordinária que trata de normas gerais sobre
organização do Ministérios Públicos dos Estados, Distrito Federal e Territórios,
cuja iniciativa privativa é do Presidente da República.

e) Iniciativa privativa dos Tribunais de Contas:

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem a iniciativa privativa de lei que trata
de sua organização administrativa, criação de cargos e remuneração de
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seus servidores, bem como a fixação de subsídios dos membros da Corte.


Por simetria, os Tribunais de Contas dos Estados também tem a iniciativa
privativa de leis que tratam dessas matérias.

A organização dos Ministérios Públicos que atuam junto aos Tribunais


de Contas também é objeto de lei de iniciativa privativa das respectivas
Cortes de Contas.

f) Iniciativa privativa do Poder Legislativo:

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A criação e extinção de cargos públicos na Câmara dos Deputados e no


Senado Federal não depende de lei, mas sim de resolução (art. 51, IV c/c art.
52, XIII). No entanto, a fixação da remuneração dos servidores da
Câmara dos Deputados e do Senado depende de lei de iniciativa de cada Casa
Legislativa.

4.1.1.1.2 - Iniciativa geral (comum ou concorrente):

O art. 61, CF/88, relaciona os legitimados a apresentar projeto de lei. Dentre


eles, podem apresentar projeto de lei sobre qualquer matéria (excetuadas
aquelas da competência privativa) o Presidente da República, os
deputados e senadores, as comissões da Câmara, do Senado e do
Congresso Nacional e os cidadãos.

Há autores que consideram ˜iniciativa geral” como sinônimo


de “iniciativa concorrente”. Porém, há outros que afirmam
que iniciativa concorrente é aquela que pertence,
simultaneamente, a mais de um órgão ou pessoa. É o
que se verifica, por exemplo, na iniciativa de lei
complementar sobre a organização do Ministério Público da
União, que é concorrente entre o Presidente da República e o
Procurador-Geral da República (art. 61, §1º, II, “d”, c/c art.
128, § 5º, CF). Fique atento, pois pode ser cobrado das duas
maneiras em sua prova!

4.1.1.1.3- Iniciativa popular:

Os cidadãos, assim considerados aqueles que possuem capacidade eleitoral


ativa (direito de votar), também poderão apresentar projeto de lei. É a
chamada iniciativa popular de leis, que é do tipo geral (ou comum), sendo
exercida pelos cidadãos nas condições estabelecidas pela Constituição. Em
outras palavras, os cidadãos podem apresentar projeto de lei sobre
qualquer matéria, observadas as regras previstas no texto constitucional.
Trata-se de instrumento de exercício da soberania popular (consagrada no art.
33657489894

14, III, CF/88), típico de uma democracia semidireta.

A iniciativa popular é aplicável tanto a projetos de lei ordinária quanto a


projetos de lei complementar; não pode, todavia, ser utilizada para a
apresentação de propostas de emendas constitucionais. Cabe destacar que
projetos de lei de iniciativa popular deverão ser apresentados à Câmara dos
Deputados.

A iniciativa popular de leis editadas pela União exige a subscrição de, no


mínimo, 1% (um por cento) do eleitorado nacional, distribuído por, pelo
menos, 5 (cinco) estados brasileiros, com não menos de 0,3% (três
décimos por cento) dos eleitores de cada um deles. Não são requisitos

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muito fáceis de serem cumpridos, motivo pelo qual só há notícia de uma lei
que foi editada com base em iniciativa popular: a Lei no 11.124/2005, que
dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação.

Também existe iniciativa popular de leis estaduais e municipais. Nos estados


e Distrito Federal, a Carta Magna deixou à lei a função de dispor sobre a
iniciativa popular. Segundo o art. 27, § 4º, “a lei disporá sobre a iniciativa
popular no processo legislativo estadual.” Nos Municípios, a iniciativa popular
de leis se dará através da manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado.
Segundo o art. 29, XIII, CF/88, a Lei Orgânica deverá prever iniciativa popular
de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros,
através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.

(Advogado da União – 2015) Caso uma lei de iniciativa


parlamentar afaste os efeitos de sanções disciplinares
aplicadas a servidores públicos que participarem de
movimento reivindicatório, tal norma padecerá de vício de
iniciativa por estar essa matéria no âmbito da reserva de
iniciativa do chefe do Poder Executivo.

Comentários:

São de iniciativa privativa do Presidente da República


as leis sobre o regime jurídico de servidores públicos da
União. Logo, na situação apresentada, houve vício de
iniciativa. Questão correta.

(Procurador de Curitiba – 2015) A iniciativa popular pode


ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados ou
ao Senado Federal de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído
pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
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Comentários:

Os projetos de lei de iniciativa popular deverão ser


apresentados na Câmara dos Deputados (e não ao Senado
Federal!). Questão errada.

(Instituto Rio Branco – 2015) Dispõem de competência


para apresentar projetos de lei complementar ou ordinária
qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal ou do Congresso Nacional, o presidente
da República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais
superiores, o procurador-geral da República e os cidadãos,

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na forma e nos casos previstos na Constituição.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 61, CF/88, que nos traz o


rol de legitimados a apresentar projetos de lei. Questão
correta.

(PC / DF – 2015) Suponha-se que um senador tenha


proposto projeto de lei, dispondo acerca da criação de uma
nova taxa. Nesse caso, esse projeto será inconstitucional,
visto que compete privativamente ao presidente da
República a iniciativa de propor projeto de lei que disponha
acerca de matéria tributária.

Comentários:

Não há qualquer inconstitucionalidade na situação


apresentada. Os projetos de lei sobre matéria tributária não
são da iniciativa privativa do Presidente da República.

Cuidado! O Presidente da República tem a iniciativa privativa


de leis que disponham sobre matéria tributária dos
Territórios. Questão errada.

(TRT 2a Região – 2015) São de iniciativa privativa do


Presidente da República as leis que disponham sobre
organização administrativa e judiciária, matéria tributária e
orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração
dos Territórios.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 61, § 1º, II, alínea “b”,


CF/88. Questão correta.
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(PGE-PR – 2015) Leis que disponham sobre serventias


judiciais são de iniciativa exclusiva do Poder Judiciário, ao
contrário das leis que disponham sobre serventias
extrajudiciais, as quais são de iniciativa concorrente.

Comentários:

Também são de iniciativa do Poder Judiciário as leis que


disponham sobre serventias extrajudiciais. Questão errada.

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(PGE-PR – 2015) Compete ao Poder Executivo estadual a


iniciativa de lei referente aos direitos e deveres de servidores
públicos.

Comentários:

É isso mesmo. É da iniciativa privativa do Governador a


iniciativa de lei sobre o regime jurídico dos servidores
públicos estaduais. Questão correta.

(PGE-PR – 2015) Norma que dispõe sobre regime jurídico,


remuneração e critérios de provimento de cargo público de
policiais civis é de iniciativa concorrente.

Comentários:

São da iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo


as leis que disponham sobre regime jurídico, remuneração e
critérios de provimento de cargo público de policiais civis.
Questão errada.

(TJ-RJ – 2014) São de iniciativa privativa do Presidente da


República, entre outras, as leis que disponham sobre
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União, bem como normas gerais para a organização do
Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.

Comentários:

É isso mesmo! O Presidente da República tem a iniciativa


privativa de: 33657489894

a) leis que disponham sobre organização do Ministério


Público e da Defensoria Pública da União e;

b) leis que disponham sobre normas gerais para a


organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios

Questão correta.

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4.1.1.2- Fase Constitutiva:

Em virtude do bicameralismo no Poder Legislativo federal, um projeto de lei


irá, necessariamente, tramitar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal. Na fase constitutiva, o projeto de lei é discutido e votado nas duas
Casas do Congresso Nacional e, sendo aprovado, sofre sanção ou veto do
Presidente da República. Caso o projeto aprovado pelo Legislativo seja vetado
pelo Chefe do Executivo, a fase constitutiva ainda compreenderá a apreciação
do veto pelo Congresso Nacional.

4.1.1.2.1 – Deliberação parlamentar: discussão e votação.

No âmbito federal, um projeto de lei deverá, necessariamente, tramitar pela


Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal; em outras palavras, ele deverá
ser discutido e votado nas duas Casas Legislativas.

Há, portanto, no processo legislativo federal, a Casa Iniciadora e a Casa


Revisora. A Casa Iniciadora, como o próprio nome já indica, é aquela na qual
o projeto de lei começa a tramitar. A Casa Revisora, por sua vez, é aquela
que revê o trabalho da Casa Iniciadora.

E qual é a Casa Iniciadora? Qual é a Casa Revisora?

Depende. Tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado Federal podem


atuar como Casa Iniciadora ou Casa Revisora. A definição da Casa
Iniciadora depende de quem foi a iniciativa do projeto de lei.

Serão apreciados inicialmente pela Câmara dos Deputados (ou seja, a


Câmara atuará como Casa Iniciadora) os projetos de lei de iniciativa de
deputado federal ou de alguma comissão da Câmara dos Deputados, do
Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais
Superiores, do Procurador-Geral da República e dos cidadãos. Já ao Senado
cabe apreciar inicialmente os projetos de lei de iniciativa de senador ou de
comissão do Senado Federal. Por fim, nos casos de iniciativa de Comissão
Mista do Congresso Nacional (composta por deputados e senadores), a
33657489894

apreciação inicial será feita alternadamente pela Câmara e pelo Senado.

Na maior parte das vezes, a Casa Iniciadora será, portanto, a Câmara dos
Deputados. A Casa Iniciadora, como estudaremos mais à frente, goza de certa
primazia no processo legislativo. Em razão disso, a doutrina considera que há
uma certa inferioridade do Senado Federal, que será Casa Revisora na
maior parte dos projetos de lei.

Após ser apresentado, o projeto de lei passará pela fase de instrução na


Casa Legislativa iniciadora, na qual será submetido à apreciação das
comissões. Essa apreciação se dará em duas comissões diferentes: uma

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comissão temática, que examinará aspectos relacionados à matéria; e a


Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que avaliará aspectos referentes à
constitucionalidade. Cabe à CCJ a análise dos aspectos constitucionais, legais,
jurídicos, regimentais ou de técnica legislativa dos projetos, emendas ou
substitutivos, bem como a admissibilidade da proposta de emenda à
Constituição. A apreciação do projeto de lei pelas comissões também
acontece na Casa revisora. Se a Casa iniciadora for a Câmara dos
Deputados, a revisora será o Senado Federal e vice-versa.

Aprovado o projeto pelas comissões tanto no aspecto formal, quanto no


aspecto material, será encaminhado ao Plenário. No Plenário, o projeto de
lei é posto em discussão e depois em votação, na forma estabelecida nos
regimentos das Casas legislativas. Determina o art. 47 da Constituição que,
salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada
Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a
maioria absoluta de seus membros. Assim, há dois quóruns diferentes:

a) Quórum de presença: maioria absoluta dos membros da Casa


Legislativa. Destaque-se que a maioria absoluta é “o primeiro número
inteiro acima da metade” (e não a “a metade mais um”, como é
muito comum se dizer). Assim, a maioria absoluta de 81 Senadores é
41; a maioria absoluta de 513 Deputados Federais é 257.

b) Quórum de aprovação: maioria dos votos. As abstenções não


são consideradas.

Na Casa iniciadora, o projeto poderá ser aprovado ou rejeitado. Aprovado,


será encaminhado à Casa revisora. Rejeitado, será arquivado e a matéria
somente poderá ser objeto de novo projeto, na mesma sessão
legislativa, se houver proposta da maioria absoluta dos membros de
qualquer das Casas. Em outras palavras, a matéria constante de projeto de lei
rejeitado não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa,
salvo por proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas
Legislativas. Trata-se do princípio da irrepetibilidade. 33657489894

Mais à frente estudaremos sobre o processo legislativo das


emendas constitucionais e das medidas provisórias. No
entanto, desde já, saiba que o princípio da
irrepetibilidade também se aplica a essas espécies
normativas. Sua aplicação, todavia, é um pouco
diferente!

1) A vedação à edição de projeto de lei na mesma sessão


legislativa em que foi rejeitado é relativa. Assim, a matéria
constante de projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de
novo projeto na mesma sessão legislativa, desde que por

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proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer uma


das Casas.

2) A vedação à edição de medidas provisórias e emendas


constitucionais na mesma sessão legislativa em que foram
rejeitadas é absoluta. Não existe nenhuma
possibilidade de reedição de medida provisória ou de
apresentação de proposta de emenda constitucional na
mesma sessão legislativa em que foram rejeitadas.

Na Casa Revisora, após a apreciação pelas comissões, discussão e votação,


poderá haver três possibilidades: i) o projeto ser aprovado da mesma
forma como foi recebido da Casa iniciadora; ii) o projeto ser aprovado
com emendas ou; iii) o projeto ser rejeitado.

Se o projeto de lei for rejeitado, ele será arquivado, com aplicação do


princípio da irrepetibilidade; não poderá, portanto, ser apresentado, na
mesma sessão legislativa, projeto de lei com a mesma matéria.

Se o projeto por aprovado sem emendas parlamentares, ele será


encaminhado ao Chefe do Executivo para sanção ou veto.

Se o projeto de lei for aprovado com emendas, este voltará à Casa


Iniciadora, para que as emendas sejam apreciadas. Voltando o projeto à
Casa Iniciadora, este não poderá ser subemendado; cabe à Casa Iniciadora
apenas apreciar as emendas. Destaca-se que, para o STF, quando a emenda
parlamentar feita pela Casa Revisora não importar em mudança
substancial do sentido do texto, não há necessidade de retorno à Casa
Iniciadora12. Isso ocorre nas chamadas “emendas de redação”.

Se a Casa Iniciadora aceitar as emendas, o projeto de lei (contendo as


emendas) será encaminhado ao Chefe do Executivo para sanção ou veto. Se a
Casa Iniciadora rejeitá-las, o projeto de lei é encaminhado (sem as
emendas) ao Chefe do Executivo para que sancione ou vete o texto original 33657489894

da Casa Iniciadora. Observa-se, portanto, que no processo legislativo federal a


Casa iniciadora tem predominância sobre a revisora. Com efeito, a Casa
Iniciadora tem a prerrogativa de rejeitar as emendas feita pela Casa
Revisora, encaminhando ao Presidente o projeto de lei sem as emendas.

Após aprovação do projeto nas duas Casas do Congresso Nacional, esse


seguirá para a fase do autógrafo, que é o documento formal que reproduz o
texto definitivamente aprovado pelo Legislativo (STF, ADIn no 1.393-9/DF,
09.10.1996).

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∀STF, Pleno, ADIn no 2.666-6/DF, 06.12.2002; STF, Pleno, ADIn no 2.238-5, 21.05.2002.∀
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4.1.1.2.1.1- Emendas Parlamentares:

Durante a fase de deliberação parlamentar, podem ser propostas as chamadas


emendas parlamentares. As emendas são proposições legislativas
acessórias e podem ser de diferentes tipos:

a) Supressivas: quando eliminam qualquer parte da proposição


principal;

b) Aditivas: quando acrescentam algo à proposição principal;

c) Aglutinativas: quando resultam da fusão de outras emendas, ou


destas com o texto original.

d) Modificativas: caracterizam-se por alterar a proposição sem


modificá-la substancialmente.

e) Substitutivas: são apresentadas como sucedâneo a parte de


outra proposição, que, após a alteração, passará a se chamar
“substitutivo”. Essa modificação pode ser substancial ou formal.

f) De redação: quando visam a sanar vícios de linguagem,


incorreção da técnica legislativa ou lapso manifesto.

As emendas só podem ser apresentadas pelos parlamentares, não existindo


emendas extraparlamentares. Cabe mencionar, apenas, que o Presidente
da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo
modificações nas leis orçamentárias (plano plurianual, lei de diretrizes
orçamentárias e lei orçamentária anual). Embora não seja considerada emenda
extraparlamentar, a mensagem do Presidente ao Congresso propondo
modificações nas leis orçamentárias é o que mais se aproxima disso.

Questão importante diz respeito à possibilidade de apresentação de


33657489894

emendas parlamentares a projeto de lei de iniciativa reservada ou


privativa. A doutrina e a prática legislativa reconhecem essa possibilidade.
Assim, se o Presidente da República apresenta projeto de lei sobre matéria de
sua iniciativa privativa, os congressistas poderão apresentar emenda a este
projeto.

O poder de emendar não é absoluto, ilimitado. É necessário que se


cumpram alguns requisitos:

a) o conteúdo da emenda deve ser pertinente à matéria da


proposição, isto é, deverá haver pertinência temática;

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33657489894 - Tiago Mesquita Moreira


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b) no caso de projetos de iniciativa privativa (exclusiva) do Chefe


do Poder Executivo, não podem ser feitas emendas que
acarretem aumento de despesa, ressalvadas as emendas à lei
orçamentária anual e à lei de diretrizes orçamentárias (art. 63, I)

Dessa forma, podem ser feitas emendas a projetos de lei de iniciativa


privativa do Presidente, desde que elas não impliquem em aumento
de despesa. A exceção fica por conta das leis orçamentárias (LOA e
LDO), que, mesmo sendo de iniciativa privativa do Presidente,
poderão ser emendadas com aumento de despesa.

c) nos projetos de lei sobre a organização dos serviços


administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos
tribunais federais e do Ministério Público, não podem ser feitas
emendas que resultem em aumento de despesa. (art. 63, II).

Segundo o STF, essa regra não se aplica aos projetos de lei


sobre organização judiciaria, limitando-se aos projetos de lei
sobre organização dos serviços administrativos. Nas palavras da
Corte, “o projeto de lei sobre organização judiciaria pode sofrer
emendas parlamentares de que resulte, até mesmo, aumento da
despesa prevista.”13 Isso porque o art. 63, II, se aplica
exclusivamente aos serviços administrativos estruturados na
secretaria dos tribunais.

Agora que já sabemos os limites do poder de emendar, vamos a uma situação


que pode ocorrer relacionada a essa problemática. Suponha que o Presidente
da República tenha apresentado ao Congresso Nacional projeto de lei de sua
iniciativa privativa. Um deputado federal, então, apresenta uma emenda que
resulta em aumento de despesa e, mesmo assim, o projeto é aprovado.
Houve um claro vício no processo legislativo: o vício de emenda. Mesmo se o
projeto de lei for posteriormente sancionado pelo Presidente, a lei será
inválida. A sanção presidencial, além de não convalidar o vício de iniciativa,
não convalida o vício de emenda.14 33657489894

(PC / DF – 2015) Um projeto de lei que tratava da matéria X


foi rejeitado. Nesse caso, essa mesma matéria X pode ser
objeto de outro projeto de lei na mesma sessão legislativa,
desde que proposta pela maioria absoluta dos membros de
qualquer das casas do Congresso Nacional.

Comentários:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13
STF, ADI 865, MC. Rel. Min Celso de Mello. 08.04.1994.
14
STF, Pleno, ADIn no 1.201-1/RO, 09.06.1995.∀

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É isso mesmo! Segundo o art. 67, CF/88, “a matéria constante


de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta
da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do
Congresso Nacional.” Esse é o princípio da irrepetibilidade.
Questão correta.

(DPE / RS – 2014) As deliberações de cada Casa do


Congresso Nacional e de suas Comissões serão tomadas por
maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros, salvo disposição constitucional em contrário.

Comentários:

Nas deliberações das Casas Legislativas, há o quórum de


presença (maioria absoluta) e o quórum de votação (maioria
simples). Cabe destacar que essa é a regra, havendo exceções
constitucionais. Questão correta.

(MPE / SC - 2014) O projeto de lei aprovado por uma Casa


será revisto pela outra, em um só turno de discussão e
votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa
revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

Comentários:

Ao ser aprovado na Casa iniciadora, o projeto de lei segue para


a Casa Revisora. Caso aprovado, será enviado à sanção ou
promulgação. Caso seja rejeitado na Casa Revisora, o projeto
será arquivado. Questão correta.

(PGM – Niterói – 2014) Não é dado ao Poder Legislativo


emendar os projetos de lei de iniciativa privativa do Presidente
da República. 33657489894

Comentários:

O Poder Legislativo pode apresentar emendas aos projetos


de lei de iniciativa privativa do Presidente da República, desde
que estas não resultem em aumento de despesa. Questão
errada.

(PGM – Niterói – 2014) Emenda parlamentar pode ampliar


vantagens de servidores em projeto de iniciativa do Poder
Executivo.

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Comentários:

Nos projetos de lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo,


não podem ser apresentadas emendas parlamentares que
resultem em aumento de despesas. Ao ampliar vantagens de
servidores, a emenda parlamentar estará aumentado
despesas, o que é vedado pela CF/88. Questão errada.

4.1.1.2.2- Sanção e Veto:

4.1.1.2.2.1- Sanção:

A sanção é ato unilateral do Presidente da República, por meio do qual


este manifesta sua aquiescência (concordância) com o projeto de lei
aprovado pelo Poder Legislativo. É um ato irretratável do Chefe do Poder
Executivo: uma vez sancionado um projeto de lei, a sanção não poderá ser
revogada.

Por meio da sanção, o projeto de lei é convertido em lei; em outras


palavras, a sanção presidencial incide sobre projeto de lei. Assim, é
tecnicamente inadequado dizer que o Presidente sanciona lei; na verdade, o
Presidente sanciona projeto de lei, transformando-o em lei. Destaque-se que a
sanção somente é aplicável a projetos de lei ordinária e projetos de lei
complementar; não há que se falar em sanção para leis delegadas, emendas
constitucionais e, em regra, para medidas provisórias.15

A sanção pode ser expressa ou tácita. Ocorrerá a sanção expressa se o


Presidente da República concordar com o texto do projeto de lei,
formalizando por escrito o ato de sanção no prazo de 15 dias úteis,
contados da data do recebimento do projeto. Depois disso, ele promulgará e
determinará a publicação da lei.

Ocorrerá a sanção tácita se o Presidente da República optar pelo silêncio


33657489894

no prazo de 15 dias úteis, contados do recebimento do projeto. Nessa


hipótese, ele terá um prazo de 48 horas para promulgar a lei resultante da
sanção. Do contrário, o Presidente do Senado, em igual prazo, deverá
promulgá-la. Se este não o fizer, caberá ao Vice-Presidente do Senado a
promulgação da lei, sem prazo definido constitucionalmente.

4.1.1.2.2.2- Veto:

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15
Existe sanção presidencial em relação a projetos de lei de conversão, que são resultantes
de medida provisória.

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O veto é o ato unilateral do Presidente da República por meio do qual ele


manifesta a discordância com o projeto de lei aprovado pelo Poder
Legislativo. Segundo o art. 66, §1º, CF/88, “se o Presidente da República
considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e
oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto”.

O veto será sempre motivado. O Presidente da República, ao vetar um


projeto de lei, deverá informar ao Presidente do Senado, dentro de 48 horas,
os motivos do veto. Se o Presidente considerar que o projeto de lei é
inconstitucional, estaremos diante do veto jurídico; por outro lado, se o
Presidente entender que o projeto de lei é contrário ao interesse público,
teremos um veto político.

O veto jurídico traduz um controle de constitucionalidade político (pois


exercido por órgão que não integra a estrutura do Poder Judiciário) e
preventivo (evita que uma lei inconstitucional seja inserida no ordenamento
jurídico). O veto político, por sua vez, traduz um juízo político de
conveniência do Presidente da República, em seu papel de representante e
defensor da sociedade.

O veto será sempre expresso. Não há veto tácito em nosso ordenamento


jurídico. Caso o Presidente da República não manifeste sua posição em relação
a um projeto de lei no prazo de 15 dias úteis, este será sancionado
tacitamente.

O veto pode ser total ou parcial. Será total quando incidir sobre todo o
projeto de lei, e parcial quando se referir a apenas alguns dos dispositivos do
projeto. Destaca-se, todavia, que veto parcial deverá abranger texto
integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Não se admite que o
veto parcial incida sobre palavras ou expressões.

O veto é relativo, ou seja, pode ser superado (rejeitado). Quando o


33657489894

Presidente veta um projeto de lei, ele deve informar ao Presidente do Senado


Federal dentro de 48 horas. Ele estará, na prática, devolvendo o projeto de lei
para apreciação do Congresso Nacional. O veto será apreciado em sessão
conjunta do Congresso Nacional, dentro de 30 dias a contar do seu
recebimento.

O veto poderá, então, ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos
deputados e senadores, em votação aberta. Se, dentro do prazo de 30 dias,
não houver a deliberação do veto, este será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, retardando as demais deliberações do Congresso Nacional,
até que ocorra a sua votação Magna (art. 66, § 6º, CF). Note que, nesse caso,

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haverá o trancamento de pauta da sessão conjunta do Congresso Nacional,


não de sessão da Câmara ou do Senado.

Havendo rejeição do veto (por maioria absoluta dos deputados e senadores),


o projeto será enviado ao Presidente da República. Ele terá um prazo de
48 horas para emitir o ato de promulgação. Caso não o faça nesse prazo,
a competência para promulgar passará a ser do Presidente do Senado, que
terá igual prazo para promulgar. Se este também não o fizer, a promulgação
será de responsabilidade do Vice-Presidente do Senado, sem prazo definido
constitucionalmente. Destaque-se que, quando ocorre a rejeição do veto,
teremos uma situação em que uma lei surge (nasce) sem que tenha sido
sancionada. Daí dizermos que a sanção não é ato imprescindível ao
surgimento das leis.

A rejeição do veto produz efeitos ˜ex nunc” (prospectivos). Imagine que


ocorra o veto parcial de um projeto de lei: o Presidente da República veta 1
artigo do projeto, de um total de 100 (cem) artigos. O veto é encaminhado ao
Presidente do Senado Federal dentro de 48 horas. O Congresso Nacional terá,
então, 30 dias para apreciar o veto.

Enquanto o veto não é apreciado, a parte não vetada do projeto é


promulgada e publicada. Os dispositivos não vetados ingressam no mundo
jurídico, independentemente da apreciação do veto pelo Congresso
Nacional. Os dispositivos vetados serão publicados sem texto, constando
apenas a expressão “vetado”. Posteriormente, caso o veto seja superado, os
artigos a ele referentes serão encaminhados à promulgação e após a devida
publicação, começarão a produzir efeitos (ex nunc).

O veto é um ato político e, como tal, suas razões não poderão ser
questionadas perante o Poder Judiciário. Não cabe ao Poder Judiciário
apreciar o mérito do veto. Entretanto, é admissível o controle judicial sobre
a inoportunidade do veto; em outras palavras, se o veto ocorrer após o
período de 15 dias úteis, isso poderá ser questionado perante o Poder
Judiciário. Segundo o STF, o controle judicial, nesse caso, se justifica porque
33657489894

após o decurso do prazo de 15 dias úteis, já ocorreu a sanção tácita e a


preclusão do direito de exercer o veto16.

Por último, ressaltamos que não se admite retratação do veto, tampouco a


retratação de sua derrubada ou manutenção pelo Legislativo.17

Veja, abaixo, as características do veto no processo legislativo ordinário:

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16
ADI 1254/RJ, 1999.
17
ADI 1254/RJ, 1999.∀∀

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(Advogado da União – 2015) O veto do presidente da


República a um projeto de lei ordinária insere-se no âmbito do
processo legislativo, e as razões para o veto podem ser objeto
de controle pelo Poder Judiciário.

Comentários:

Por ser um ato de natureza política, não cabe ao Poder


Judiciário apreciar o mérito do veto. Questão errada.
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(Procurador de Curitiba – 2015) Se o Presidente da


República considerar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á
total ou parcialmente, independentemente de motivação, no
prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e
comunicará a decisão, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente do Senado Federal.

Comentários:

O veto será sempre motivado. Ao vetar um projeto de lei, o


Presidente da República deverá informar ao Presidente do

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Senado, dentro de 48 horas, os motivos do veto. Questão


errada.

(TCE-CE – 2015) Na fase de deliberação presidencial, o veto


pode ser tanto em razão de inconstitucionalidade quanto de
oportunidade, devendo, em tais casos, voltar o projeto de lei
ao Congresso Nacional para análise do veto em sessão em que
a votação será secreta.

Comentários:

A apreciação do veto pelo Congresso Nacional acontece em


sessão aberta. Questão errada.

(TRT 2a Região – 2015) O Presidente da República poderá


vetar total ou parcialmente projeto de lei, entretanto o veto
parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea.

Comentários:

O veto pode ser total ou parcial. Em caso de veto parcial,


deverá abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea. Questão correta.

(Prefeitura de Curitiba – 2015) O veto será apreciado em


sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria
absoluta dos Deputados e Senadores.

Comentários:

A rejeição do veto se dá pelo voto da maioria absoluta dos


Deputados e Senadores, em sessão conjunta do Congresso
Nacional. Questão correta.
33657489894

4.1.1.3- Fase Complementar:

4.1.1.3.1 - Promulgação:

A promulgação é o ato solene que atesta a existência da lei, confirmando


o seu surgimento; é como se fosse uma “certidão de nascimento da lei”. A
promulgação incide sobre a lei pronta, declarando a sua potencialidade
para produzir efeitos. Assim, a lei nasce com a sanção, mas tem sua existência
declarada pela promulgação.

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O prazo para promulgação é de 48 horas, no caso de sanção tácita e


rejeição do veto. Quando a sanção for expressa, a promulgação ocorrerá
simultaneamente a ela.

Em princípio, a promulgação cabe ao Chefe do Poder Executivo. Entretanto, há


hipóteses em que a promulgação poderá ser feita pelo Poder Legislativo.
Quando há rejeição do veto, por exemplo, o Presidente deverá promulgar a
lei; caso não o faça dentro de 48 horas, a competência se desloca para o
Presidente do Senado Federal. Da mesma forma, quando há sanção tácita, o
Presidente deverá promulgar a lei em 48 horas; se não o fizer, novamente a
competência se desloca para o Presidente do Senado Federal.

Existem, ainda, casos em que a promulgação é ato de competência


originária do Poder Legislativo: emendas à Constituição (promulgadas
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal), decretos
legislativos (promulgados pelo Presidente do Congresso Nacional, que é o
Presidente do Senado) e resoluções (promulgadas pelo Presidente do órgão
que a edita).

4.1.1.3.2- Publicação:

A publicação consiste no ato de divulgação oficial da lei; ela consiste na


comunicação a todos de que a lei existe e deve ser cumprida. Trata-se de
condição de eficácia da lei: a partir do momento em que a lei é publicada,
ela passa a estar apta a produzir todos os seus efeitos, embora ainda não
esteja, necessariamente, em vigor.

A publicação não se confunde com a promulgação, que lhe é anterior. Por


meio da promulgação, reconhece-se que a lei existe; com a publicação,
adquire a potencialidade para produzir efeitos. Destaque-se que a Carta Magna
não estabelece prazo para o ato de publicação da lei.

Por último, embora não esteja expresso na Constituição, a publicação da lei


ordinária é ato de competência do Presidente da República. 33657489894

(MPE / RS – 2014) Com a promulgação, mediante a sanção


da Presidência da República, a lei passa a vigorar de plano,
sendo a sua publicação apenas o exaurimento do processo
legislativo.

Comentários:

A promulgação da lei não implica na sua entrada em vigor. A


promulgação apenas declara que a lei tem potencial para
produzir seus efeitos. Questão errada.

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4.1.2- Procedimento legislativo sumário:

A Carta Magna disciplina o processo legislativo sumário ou de no seu art. 64,


§1º, no qual estabelece que o Presidente da República poderá solicitar
urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa. Ressalte-se,
entretanto, que não é necessário que a matéria seja da iniciativa
privativa do Presidente da República. O regime de urgência poderá ser
solicitado pelo Presidente em relação a quaisquer projetos de lei que ele tiver
apresentado ao Congresso Nacional, em qualquer fase de sua tramitação.

Embora a Constituição disponha que o procedimento legislativo sumário pode


ser estabelecido por solicitação do Presidente, a doutrina aponta que é
verdadeiro caso de “requisição”. Isso quer dizer que o Congresso Nacional
deverá, obrigatoriamente, instaurar o procedimento legislativo
sumário quando assim for requerido pelo Presidente; trata-se de ato
vinculado do Congresso Nacional.

O processo legislativo sumário deve terminar no prazo máximo de cem dias


(45 dias na Câmara, 45 dias no Senado e mais 10 dias para a Câmara apreciar
as emendas dos senadores, se houver), desconsiderando os períodos de
recesso do Congresso Nacional.

Se as Casas não se manifestarem, cada uma, em até 45 dias, trancar-se-á a


pauta das deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das
que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a
votação. Observe que esse prazo corre separadamente em cada Casa do
Congresso Nacional. Assim, se a Câmara encerrar a apreciação do projeto de
lei no 45o dia, ele segue para o Senado, que terá novos 45 dias para apreciá-
lo.

A Constituição estabelece que o processo legislativo sumário (ou de urgência)


não poderá ser aplicado aos projetos de códigos.

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4.1.3- Procedimento legislativo abreviado:

O procedimento legislativo abreviado é o que dispensa a discussão e


votação de projeto de lei em Plenário. Quando utilizado o procedimento
legislativo abreviado, o projeto de lei será discutido e votado diretamente
pelas comissões das Casas respectivas.

O procedimento legislativo abreviado está previsto no art. 58, § 2º, I, segundo


o qual compete às comissões “discutir e votar projeto de lei que dispensar,
na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de
um décimo dos membros da Casa”. Assim, a discussão e votação de projeto de

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lei não são competências apenas dos Plenários das Casas Legislativas; a Carta
Magna também outorga essas competências, nas situações e matérias que
o regimento determinar.

Trata-se do que a doutrina denomina de delegação “interna corporis”: esse


nome deriva do fato de que os Regimentos Internos das Casas Legislativas
delegam a competência para discussão e votação de certos projetos de lei a
órgãos integrantes do Poder Legislativo (órgãos internos do Poder Legislativo).

Ressalte-se que, caso um décimo (1/10) dos membros da Casa


respectiva decida que uma comissão não pode apreciar e votar o projeto de
lei, este irá para plenário.

4.2- Procedimentos legislativos especiais:

4.2.1- Emendas Constitucionais:

A Constituição Federal de 1998 é do tipo rígida, portanto, o processo


legislativo de emenda constitucional (o chamado processo de reforma da
Constituição) é mais laborioso do que o ordinário. Ele está detalhado no
art. 60, da Carta Magna e compreende as seguintes fases:

a) Iniciativa de um dos legitimados do art. 60, CF/88.

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do


Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da


Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
33657489894

membros.

b) Discussão e votação em cada Casa do Congresso Nacional, em


dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos,
3/5 dos votos dos membros de cada uma delas. Caso a proposta
seja rejeitada ou havida por prejudicada, será arquivada, não
podendo a matéria dela constante ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa. Trata-se do princípio da
irrepetibilidade.

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c) Promulgação pelas Mesas da Câmara e do Senado, com o


respectivo número de ordem, se aprovada;

O poder de reforma da Constituição é permanente, podendo se manifestar a


qualquer tempo enquanto for vigente a CF/88. Obedece aos requisitos
estabelecidos pelo art. 60 da Carta Magna, que também é de observância
obrigatória pelos Estados-membros quando da reforma de suas
Constituições.

A reforma à Constituição apresenta quatro tipos de limitações: materiais,


formais, circunstanciais e temporais.

1) As limitações temporais ocorrem quando o Poder Constituinte Originário


estabelece um prazo durante o qual não pode haver modificações ao texto da
Constituição. Nesse período, a Constituição é imutável. A CF/88 não apresenta
esse tipo de limitação. Desde sua vigência, não houve um período sequer em
que seu texto não pudesse ter sido alterado.

2) As limitações circunstanciais se verificam quando a Constituição


estabelece que em certos momentos de instabilidade política do Estado seu
texto não poderá ser modificado. Assim, circunstâncias extraordinárias
impedem a modificação da Constituição. A Carta da República instituiu três
circunstâncias excepcionais que impedem a modificação do seu texto:
estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal (CF, art. 60, §
1º). Destaca-se que, nesses períodos, as propostas de emenda à Constituição
poderão ser apresentadas, discutidas e votadas. O que não se permite é a
promulgação das emendas constitucionais.

Outro ponto importante a ser memorizado é que a vedação referente à


intervenção federal abrange somente aquela decretada e executada pela
União. Eventual intervenção de Estado em Município não é limitação
circunstancial à modificação da CF/88.

3) As limitações formais ao processo de reforma à Constituição se devem à


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rigidez constitucional. Como você se lembra, a CF/88 é do tipo rígida e como


tal exige um processo especial para modificação do seu texto, mais difícil do
que aquele de elaboração das leis.

As limitações formais, também chamadas processuais, estão previstas no


art. 60, I ao III, e §§ 2º, 3º e 5º.

“Quais são essas limitações, professora?”

Para facilitar nossa análise, veja o quadro a seguir:

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A primeira limitação formal à reforma da Constituição se refere à


iniciativa. Os incisos I a III do art. 60 estabelecem os legitimados no processo
legislativo de reforma da Constituição, ou seja, quem poderá apresentar uma
proposta de emenda constitucional (PEC) perante o Congresso Nacional. Esse
número, como se pode perceber, é bem menor que o de legitimados no
processo legislativo de elaboração das leis, arrolados no art. 61 da
Constituição.

Veja quem são esses legitimados no gráfico a seguir:

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No que diz respeito à iniciativa, destacam-se as seguintes características:

a) Ausência de iniciativa popular: ao contrário do que ocorre no


processo legislativo das leis, não há previsão para que o cidadão
apresente proposta de emenda à Constituição Federal;

b) Ausência de iniciativa reservada: diferentemente do que


ocorre no processo legislativo das leis, não há iniciativa reservada a

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emenda constitucional. Qualquer dos legitimados pode apresentar


proposta de emenda constitucional sobre todas as matérias não
vedadas pela Carta Magna;

c) Ausência de participação dos Municípios. Esses entes


federados não dispõem de iniciativa de proposta de emenda
constitucional, nem participam das discussões e votações da mesma.

d) Participação dos Estados e do Distrito Federal. Esses entes


da Federação participam tanto na apresentação de proposta de
emenda constitucional, por meio das Assembleias Legislativas (CF,
art. 60, II I), quanto das discussões e deliberações sobre a mesma.
Isso porque o Senado Federal representa os Estados e o Distrito
Federal. Nesse ponto, diferenciam-se dos Municípios, que não
participam do processo de reforma à Constituição por não terem
representantes no Congresso Nacional.

Outras importantes características do processo legislativo de emenda à


Constituição são:

a) Ausência de previsão, pela Constituição, de Casa iniciadora


obrigatória. A discussão e a votação de proposta de emenda à
Constituição podem ser iniciadas tanto na Câmara dos Deputados
quanto no Senado Federal.

b) Ausência de Casa “revisora”. A segunda Casa Legislativa,


diferentemente do que ocorre no procedimento legislativo ordinário
(referente às leis), não revisa o texto aprovado pela Casa em
que foi apresentada a emenda. Ao contrário disso, ela o aprecia
como novo, podendo alterá-lo livremente. Em caso de alterações
substanciais, o texto retorna à primeira Casa, para que ela faça sua
apreciação integral, podendo, igualmente modificá-lo livremente. O
texto final é aprovado quando a matéria recebe votos favoráveis de,
pelo menos, 3/5 dos membros de ambas as Casas (Senado Federal e
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Câmara dos Deputados), em dois turnos de votação.

É importante destacar que o STF entende que somente é


obrigatório o retorno da proposta de emenda à Constituição à Casa
Legislativa de origem quando ocorrer modificação substancial de
seu texto. Se a modificação do texto não resultar em alteração
substancial do seu sentido, a proposta de emenda constitucional não
precisa voltar à Casa iniciadora.18

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Continuando o estudo das limitações formais ao processo de reforma da


Constituição, destaca-se que outra importante limitação desse tipo diz respeito
à discussão, votação e aprovação do projeto de emenda Constitucional. De
acordo com o art. 60, § 2º da CF/88, a proposta de emenda constitucional será
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros. Trata-se, portanto, de um processo legislativo mais
dificultoso que aquele de aprovação de uma lei, que exige votação em apenas
um turno. O mesmo dispositivo exige, ainda, deliberação qualificada para a
aprovação da emenda (três quintos dos votos dos respectivos membros), bem
mais difícil de se obter do que a de aprovação das leis (maioria simples - art.
47 da CF).

A terceira limitação ao poder de reforma da Constituição diz respeito à


promulgação. O § 3º do art. 60 determina que a emenda à Constituição será
promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem. Esse dispositivo estabelece,
portanto, diferenças importantes no que se refere ao processo legislativo das
leis:

a) Diferentemente do que ocorre no projeto de lei, a proposta de


emenda à Constituição não se submete a sanção ou veto do Chefe
do Poder Executivo;

b) Ao contrário do que ocorre no processo legislativo das leis, o


Presidente da República não dispõe de competência para
promulgação de uma emenda à Constituição;

c) A numeração das emendas à Constituição segue ordem própria,


distinta daquela das leis (EC nº 1; EC nº 2; EC nº 3 e assim
sucessivamente).

Finalmente, tem-se a limitação processual ou formal prevista no § 5º do art.


60, que determina que “a matéria constante de proposta de emenda rejeitada
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ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa”. O dispositivo estabelece, portanto, a irrepetibilidade, na
mesma sessão legislativa, de proposta de emenda à Constituição rejeitada
ou havida por prejudicada. Essa irrepetibilidade é absoluta. Matéria
constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por
prejudicada jamais poderá constituir nova proposta de emenda na mesma
sessão legislativa.

Verifica-se, portanto, mais uma distinção em relação ao processo legislativo


das leis. Isso porque a matéria constante de projeto de lei rejeitado
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa,
desde que mediante proposta da maioria absoluta dos membros de

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qualquer das Casas do Congresso Nacional (CF, art. 67). Assim, a


irrepetibilidade de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por
prejudicada é absoluta, enquanto de projeto de lei rejeitado é relativa.

4) No que concerne às limitações materiais, essas existem quando a


Constituição estabelece que determinadas matérias não poderão ser
abolidas por meio de emenda. O legislador constituinte originário, portanto,
estabelece um núcleo essencial que não poderá ser suprimido por ação do
poder constituinte derivado.

Essas limitações são divididas doutrinariamente em dois grupos: explícitas ou


expressas, quando constam expressamente do texto constitucional e, em
oposição, implícitas ou tácitas, quando não estão expressas no texto da
Carta Magna. Os dois tipos de limitações materiais estão presentes na CF/88.

O primeiro tipo delas – explícitas ou expressas – se verifica no § 4º do art. 60,


segundo o qual não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto,
universal e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias
individuais. Trata-se das chamadas “cláusulas pétreas expressas”, que são
insuscetíveis de abolição por meio de emenda constitucional.
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Um ponto importante a se destacar é que, considerando que o processo


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legislativo de emendas constitucionais deve observância à Constituição


Federal, o STF entende que qualquer proposta de emenda tendente a
abolir cláusula pétrea, ou que desrespeite as prescrições do art. 60 da
CF/88, não pode sequer ser objeto de deliberação no Congresso
Nacional. Isso porque, nesse caso, o processo legislativo representa
desrespeito à Constituição Federal.

Outro ponto a ser memorizado por você é que o Pretório Excelso entende que
a cláusula pétrea “direitos e garantias individuais” protege direitos e
garantias dispersos pela Constituição, e não apenas aqueles enumerados
no artigo 5º da Carta Magna.

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Já as limitações implícitas ao poder de reforma são limites tácitos que,


segundo a doutrina, se impõem ao constituinte derivado. São eles: a
titularidade do Poder Constituinte Originário e Derivado e os
procedimentos de reforma e revisão constitucional.

Analisemos, pois, cada uma dessas limitações.

A primeira delas, como se viu, refere-se à titularidade do poder constituinte


originário. Sabe-se que a titularidade do poder constituinte originário é do
povo: somente a ele cabe decidir a conveniência e a oportunidade de se
elaborar uma nova Constituição. Por esse motivo, é inconstitucional
qualquer emenda à Constituição que retire tal atribuição do povo,
outorgando-a a um órgão constituído.

No que se refere à titularidade do poder constituinte derivado, pelas mesmas


razões expressas acima, é inconstitucional qualquer emenda à
Constituição que transfira a competência de reformar a Constituição
atribuída ao Congresso Nacional (representante do povo) a outro órgão
do Estado (ao Presidente da República, por exemplo). Isso porque tal
competência foi fixada pelo poder constituinte originário, cabendo, portanto,
unicamente a esse poder determinar a competência para sua modificação.

Por fim, o procedimento de revisão constitucional (ADCT, art. 3º), bem


como o de reforma constitucional (CF, art. 60), são limitações materiais
implícitas. Seria flagrantemente inconstitucional, por exemplo, emenda à
Constituição que estabelecesse novo quórum para a aprovação de
emendas constitucionais. Da mesma forma, não seria válida emenda
constitucional que criasse novas cláusulas pétreas.

4.2.2- Leis Complementares:

As leis complementares apresentam processo legislativo próprio, mais


dificultoso que o das leis ordinárias, porém mais fácil que o de reforma à
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Constituição. Isso porque o legislador constituinte entendeu que certas


matérias, embora de extrema relevância, não deviam ser regulamentadas
pela própria Constituição Federal, mas também não poderiam se sujeitar à
possibilidade de constantes alterações pelo processo legislativo ordinário.

Diante disso, tem-se que as leis complementares se diferenciam das ordinárias


em dois aspectos: o material e o formal.

A diferença do ponto de vista material consiste no fato de que os assuntos


tratados por lei complementar estão expressamente previstos na

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Constituição, o que não acontece com as leis ordinárias. Estas têm campo
material residual.

Já a diferença do ponto de vista formal diz respeito ao processo legislativo.


Enquanto o quórum para a aprovação da lei ordinária é de maioria simples
(art. 47, CF), o da lei complementar é de maioria absoluta (art. 69), ou
seja, o primeiro número inteiro subsequente à metade dos membros da Casa
Legislativa. As demais fases do procedimento de elaboração da lei
complementar seguem o processo ordinário.

4.2.3- Medidas Provisórias:

A medida provisória é ato normativo primário geral, editado pelo Presidente


da República. Segundo o art. 62 da Carta Magna, em caso de relevância e
urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Caso
este esteja de recesso, não há a necessidade de convocação
extraordinária.

Os requisitos de “relevância” e “urgência”, necessários para a edição de


medida provisória, são conceitos jurídicos indeterminados e, por isso,
estão inseridos na esfera da discricionariedade administrativa. O
Presidente da República é que avalia, discricionariamente, se estes requisitos
estão presentes.

Diante disso, surge um questionamento importante. Pode o Poder Judiciário


examinar o mérito dos requisitos de “urgência e relevância”?

O STF considera que é possível o controle jurisdicional dos requisitos de


urgência e relevância, mas apenas em casos excepcionais, nos quais for
evidente a ausência desses pressupostos.19 O Poder Judiciário poderá, então,
avaliar a relevância e a urgência de medida provisória sem que isso configure
qualquer violação ao princípio da separação de poderes.
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A medida provisória não pode tratar de qualquer matéria, em virtude da


existência de limitações constitucionais à sua edição. De acordo com o
art. 62, §1º, da CF:

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I - relativa a:

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∀ADI 4029, Rel. Min. Luiz Fux. Julgamento: 08.03.2012

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a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e


direito eleitoral;

b) direito penal, processual penal e processual civil;

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a


carreira e a garantia de seus membros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e


créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art.
167, § 3º;

II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança


popular ou qualquer outro ativo financeiro;

III - reservada a lei complementar;

IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso


Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

No que se refere à matéria orçamentária, há uma exceção à vedação de


que medida provisória disponha sobre esta: trata-se da possibilidade de
abertura de créditos extraordinários20 por meio desse instrumento
normativo.

Vejamos, agora, como se dá o rito de aprovação da medida provisória. Uma


vez editada pelo Presidente, esta deverá ser submetida, de imediato, ao
Congresso Nacional, onde terá o prazo de 60 (sessenta) dias
(prorrogáveis por mais sessenta) para ser apreciada. Esses prazos não
correm durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.

Lá, ela será apreciada por uma comissão mista, composta de senadores e
deputados, que apresentará um parecer favorável ou não à sua conversão em
lei. Emitido o parecer, o Plenário das Casas Legislativas examinará a medida
provisória. A votação será iniciada, obrigatoriamente, pela Câmara dos
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Deputados, que é a Casa iniciadora.

Caso a medida provisória seja integralmente convertida em lei, o


Presidente do Senado Federal a promulgará, remetendo-a para publicação.
Nesse caso, não há que se falar em sanção ou veto do Presidente da
República, uma vez que a medida provisória foi aprovada exatamente nos
termos por ele propostos.

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20
Os créditos extraordinários são espécies do gênero créditos adicionais, destinados a reforçar
o orçamento previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). Destinam-se a despesas urgentes e
imprevisíveis, tais como guerra, calamidade pública ou comoção interna.

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Caso a medida provisória seja integralmente rejeitada ou perca sua


eficácia por decurso de prazo (em face da não apreciação pelo Congresso
Nacional no prazo estabelecido), o Congresso Nacional baixará ato declarando-
a insubsistente e deverá disciplinar, por meio de decreto legislativo, no
prazo de sessenta dias, as relações jurídicas dela decorrentes. Caso
contrário, as relações jurídicas surgidas no período permanecerão regidas pela
medida provisória.

Se forem introduzidas modificações no texto original da medida provisória


(conversão parcial), esta será transformada em “projeto de lei de
conversão”, o qual será encaminhado ao Presidente da República para
sanção ou veto. A partir daí, seguirá o trâmite do processo legislativo
ordinário.

Quando uma medida provisória é editada, ela suspende a


eficácia da norma anterior que lhe for contrária. Caso
a medida provisória não seja convertida em lei ou perca
sua eficácia por decurso de prazo, será restaurada a
eficácia da norma suspensa. É o que se chama de
“efeito repristinatório”.

Na ADI nº 5127, o STF decidiu que o Congresso Nacional não pode incluir, em
medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo, emendas parlamentares
que não tenham pertinência temática com a norma. Em outras palavras, as
alterações em medida provisória devem ter pertinência temática com o
seu texto original. Caso as emendas parlamentares em medida provisória
sejam estranhas ao conteúdo do texto original, fica configurado o
“contrabando legislativo”, prática vedada pela Constituição Federal.21

Como já dissemos, as medidas provisórias têm eficácia pelo prazo de


sessenta dias a partir de sua publicação, prorrogável uma única vez por
igual período. A prorrogação dá-se de forma automática, sem precisar de
ato do Chefe do Executivo. Os prazos não correm durante os períodos de
recesso do Congresso Nacional. 33657489894

Destaca-se que, mesmo após decorrido o prazo de cento e vinte dias,


contado da sua edição, uma medida provisória conserva integralmente a
sua vigência se, nesse período, tiver sido aprovado, pelo Congresso
Nacional, um projeto de lei de conversão e esse projeto estiver
aguardando sanção presidencial.

Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua


publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
21
ADI 5127, Rel. Min. Rosa Weber, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, Julg:
15.10.2015.

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uma das Casas do Congresso Nacional. Nesse caso, ficarão sobrestadas, até
que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da
Casa em que a medida provisória estiver tramitando.

Portanto, no 45º dia sem apreciação, a medida provisória trancará a pauta


da Casa Legislativa em que estiver tramitando, obstando a votação de
qualquer outra matéria. Esse fato, porém, não interromperá a contagem do
prazo (sessenta dias, prorrogáveis por mais sessenta) para a conclusão do
processo legislativo da medida provisória. Deduz-se, com isso, que é possível
que, mesmo com o trancamento de pauta, haja expiração do prazo para a
conclusão do processo legislativo, sem que o Congresso Nacional tenha
ultimado a apreciação da medida provisória. Nessa situação, a medida
provisória perderá sua eficácia, desde a sua edição, por decurso de prazo
(ex tunc).

A jurisprudência do STF não admite que medida provisória submetida ao


Congresso Nacional seja retirada pelo Chefe do Poder Executivo. Entretanto,
aceita que medida provisória nessa situação seja revogada por outra. Nesse
caso, a matéria constante da medida provisória revogada não poderá
ser reeditada, em nova medida provisória, na mesma sessão legislativa.

No que se refere aos estados-membros, segundo o STF, estes podem


adotar medida provisória, desde que haja previsão de edição dessa espécie
normativa em sua Constituição, nos mesmos moldes da Constituição Federal.
Para maior compreensão do tema, destaca-se o seguinte julgado, tendo como
Relatora a Ministra Ellen Gracie:

“No julgamento da ADI 425, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 19.12.03, o


Plenário desta Corte já havia reconhecido, por ampla maioria, a
constitucionalidade da instituição de medida provisória
estadual, desde que, primeiro, esse instrumento esteja
expressamente previsto na Constituição do Estado e, segundo, sejam
observados os princípios e as limitações impostas pelo modelo
adotado pela Constituição Federal, tendo em vista a necessidade da
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observância simétrica do processo legislativo federal. Outros


precedentes: ADI 691, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19.06.92 e
ADI 812-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 14.05.93. Entendimento
reforçado pela significativa indicação na Constituição Federal, quanto
a essa possibilidade, no capítulo referente à organização e à regência
dos Estados, da competência desses entes da Federação para
"explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de
gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação" (art. 25, § 2º)” (ADI 2391 SC,
15/08/2006)

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Dessa forma, a instituição de medidas provisórias pelos estados-membros é


facultativa, dependendo de previsão expressa na Constituição Estadual. De
qualquer maneira, caso o estado opte por instituir medidas provisórias,
deverão ser respeitados os princípios e limites estabelecidos pela
Constituição Federal de 1988.

(MPE / MS – 2015) É vedada edição de medidas


provisórias sobre matéria relativa a direito processual civil e
organização do Ministério Público.

Comentários:

De fato, não podem ser editadas medidas provisórias sobre


direito processual civil e organização do Ministério Público.
Questão correta.

(TCU – 2015) Os estados não são obrigados a prever


medida provisória no seu processo legislativo. Entretanto,
caso optem por incluir tal medida entre os instrumentos do
processo legislativo estadual, eles devem observar os
princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF.

Comentários:

Os estados-membros podem instituir medidas provisórias.


Porém, caso o façam, deverão observar os princípios e
limites da CF/88. Questão correta.

(Prefeitura de Curitiba – 2015) Caberá à comissão mista


de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias
e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em
sessão conjunta, pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma do regimento comum.

Comentários:
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As medidas provisórias não são apreciadas em sessão


conjunta. Elas são apreciadas por cada Casa Legislativa,
separadamente. Questão errada.

(TJ / SC – 2015) A medida provisória que, no processo de


conversão em lei, for aprovada pelo Congresso Nacional sem
alterações, não cabe ser submetida à sanção ou veto do
Presidente da República, diferentemente do que ocorre com
os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República

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aprovados, sem modificações, pelo Congresso Nacional.

Comentários:

Caso sejam introduzidas modificações no texto original


da medida provisória, ela será transformada em “projeto de
lei de conversão”, que será encaminhado ao Presidente
da República para sanção ou veto.

Em contrapartida, caso a medida provisória seja


integralmente convertida em lei, não haverá sanção ou
veto presidencial. Cabe destacar que os projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República, mesmo quando
aprovados sem alteração, deverão ser objeto de sanção ou
veto. Questão correta.

(MPT – 2015) Se não editado o decreto legislativo tendente


a disciplinar as relações jurídicas decorrentes de medida
provisória rejeitada ou que perdeu a eficácia por decurso de
prazo, em até sessenta dias da data da rejeição ou da perda
da eficácia da norma, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas.

Comentários:

No caso de medida provisória integralmente rejeitada ou que


perdeu a eficácia por decurso do prazo, o Congresso
Nacional terá 60 dias para editar decreto legislativo
regulando as relações jurídicas dela decorrentes. Caso não o
faça, as relações jurídicas surgidas no período
permanecerão regidas pela medida provisória. Questão
correta.

(SEFAZ-PE – 2015) É expressamente vedada a adoção de


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medidas provisórias sobre matéria relativa a planos


plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamentos e créditos
adicionais e suplementares, ressalvada uma única exceção.

Comentários:

É isso mesmo! As medidas provisórias somente poderão ser


usadas, em matéria orçamentária, para a abertura de
créditos extraordinários. Questão correta.

(TRT 6a Região – 2015) O processo de conversão em lei

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das medidas provisórias exige que o texto aprovado no


âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese,
promulgado pelo Presidente da República.

Comentários:

Caso a medida provisória seja integralmente convertida em


lei, ela será promulgada pelo Presidente do Senado
Federal. Questão errada.

4.2.4- Leis Delegadas:

As leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, no


exercício de sua função atípica legislativa. O Presidente editará a lei
delegada com base em delegação do Congresso Nacional; é justamente isso o
que dá nome de lei “delegada” a essa espécie normativa. Pelo fato de o
Congresso Nacional delegar a atribuição de legislar a alguém que não integra o
Poder Legislativo, a doutrina diz que trata-se da delegação “externa
corporis”.

A elaboração de uma lei delegada depende, em primeiro lugar, de uma


solicitação do Presidente ao Congresso Nacional. Por meio de mensagem,
o Presidente solicita que o Congresso lhe delegue a competência para legislar
sobre determinada matéria. Feita essa solicitação, o Congresso Nacional a
examinará e, caso a aprove, editará resolução que especificará o conteúdo
e os termos para o exercício da delegação concedida. Será inconstitucional
um ato de delegação genérico, vago, que dê poderes ilimitados ao
Presidente da República em termos de competência legislativa.

A delegação é ato discricionário do Congresso Nacional, podendo ser


revogada a qualquer tempo. Pode ser de dois tipos:

a) Delegação típica (própria): Nesse tipo de delegação (que


costuma ser a regra), o Congresso Nacional limita-se a atribuir ao
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Presidente a competência para editar lei sobre determinada matéria.


O Presidente irá, então, elaborar, promulgar e publicar a lei delegada,
sem qualquer intervenção do Congresso nesse procedimento.

b) Delegação atípica (imprópria): Nesse tipo de delegação, a


resolução do Congresso Nacional prevê que o projeto de lei delegada
elaborado pelo Presidente deverá ser apreciado pelo Poder
Legislativo antes de ser convertido em lei.

Nesse caso, o Congresso Nacional sobre ele deliberará, em votação


única, vedada qualquer emenda. Caso aprovada, a lei delegada
será encaminhada ao Presidente da República, para que a

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promulgue e publique. Se rejeitado, o projeto será arquivado,


somente podendo ser reapresentado, na mesma sessão legislativa,
por solicitação da maioria absoluta dos membros de uma das Casas
do Congresso Nacional (princípio da irrepetibilidade).

A delegação não vincula o Presidente da República, que, mesmo diante


dela, poderá não editar a lei delegada. Também não retira do Legislativo o
poder de regular a matéria. Além disso, o Congresso Nacional pode revogar a
delegação antes do encerramento do prazo fixado na resolução.

Da mesma forma que ocorre com as medidas provisórias, as leis delegadas


não podem cuidar de qualquer matéria. De modo geral, a matéria vedada
à medida provisória coincide com a que é proibida à lei delegada. Essa
coincidência, porém, não é absoluta, pois há proibições que se aplicam
somente à medida provisória (por exemplo, determinar sequestro de bens),
bem como vedações que somente são impostas à lei delegada (por exemplo,
dispor sobre direitos individuais). Vejamos o que dispõe o art. 68, § 1º, da
Constituição Federal:

§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do


Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a
legislação sobre:

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a


garantia de seus membros;

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;

III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

A Carta Magna outorgou ao Congresso Nacional a competência para sustar


os atos do Executivo que exorbitem dos limites da delegação
legislativa. O ato de sustação surtirá efeitos não-retroativos (ex nunc).
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Trata-se do chamado “veto legislativo”.

Esse controle legislativo não veda uma eventual declaração de


inconstitucionalidade pelo Poder Judiciário, quanto à matéria ou quanto aos
requisitos formais do processo legislativo. De acordo com o STF, se o
Congresso Nacional sustar os efeitos de ato normativo do Poder Executivo, a
ação de sustação poderá sofrer controle repressivo judicial. Assim, após
o ato de sustação efetuado pelo Congresso Nacional (decreto legislativo),
poderá o Chefe do Executivo pleitear judicialmente a declaração de sua
inconstitucionalidade, por meio de ação declaratória de inconstitucionalidade
(ADIn) ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal.

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(MPE-PR – 2014) Não serão objeto de lei delegada os atos


de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar,
nem a legislação sobre nacionalidade, cidadania, direitos
individuais, políticos e eleitorais.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 68, § 1º, I, CF/88. A lei


delegada não poderá versar sobre essas matérias. Questão
correta.

(AL-BA – 2014) Uma das modalidades normativas é a lei


delegada, que deve ser solicitada ao Legislativo. O veículo
de delegação será decreto legislativo da Câmara dos
Deputados.

Comentários:

A delegação legislativa será feita mediante resolução do


Congresso Nacional. Questão errada.

(MPE-MT – 2014) As leis delegadas serão elaboradas


pelo Presidente da República mediante resolução do
Congresso Nacional, autorizando-o a legislar sobre
matérias específicas e delimitando os termos de seu
exercício.

Comentários:

É o Presidente da República que elabora as leis delegadas,


após receber a delegação legislativa do Congresso
Nacional. Questão correta. 33657489894

4.2.5- Decretos Legislativos e Resoluções:

Os decretos legislativos e as resoluções são espécies normativas primárias,


com hierarquia de lei ordinária. Não estão sujeitos à sanção ou veto do
Presidente da República.

Os decretos legislativos são atos editados pelo Congresso Nacional para o


tratamento de matérias de sua competência exclusiva (art. 49 da CF),
dispensada a sanção presidencial. Segundo o Prof. José Afonso da Silva, os
decretos legislativos são atos com efeitos externos ao Congresso Nacional.

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As resoluções, por sua vez, são espécies normativas editadas pelo Congresso
Nacional, pelo Senado Federal ou pela Câmara dos Deputados. São utilizadas
para dispor sobre assuntos de sua competência que não estão sujeitos à
reserva de lei. Esses assuntos são basicamente aqueles enumerados nos
arts. 51 e 52 da Constituição, que apontam as competências privativas da
Câmara e do Senado, respectivamente.

A Carta Magna exige a edição de resoluções, também, em outros


dispositivos constitucionais, dentre os quais:

a) delegação legislativa para a edição de lei delegada (resolução do


Congresso Nacional);

b) definição das alíquotas máximas do imposto da competência dos


Estados e do DF, sobre transmissão “causa mortis” e doações, de
quaisquer bens ou direitos (resoluções do Senado);

c) fixação das alíquotas do imposto sobre circulação de mercadorias


e serviços aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de
exportação (resoluções do Senado)

d) Suspensão de execução de lei declarada inconstitucional pelo STF


(resoluções do Senado).

A promulgação da resolução se dá pelo Presidente da respectiva Casa


legislativa.

(Advogado da União – 2015) No ordenamento jurídico


brasileiro, admitem-se a autorização de referendo e a
convocação de plebiscito por meio de medida provisória.

Comentários:

A autorização de referendo e convocação de plebiscito são


matérias da competência exclusiva do Congresso Nacional
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(art. 49, XV, CF/88). Portanto, são realizadas mediante


decreto legislativo. Questão errada.

5 – Processo Legislativo Orçamentário:

O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165,
CF), devendo ser apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, nos
parâmetros do regimento comum (art. 166, CF). Seu processo legislativo
apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir.

O art. 165, § 9º, da Constituição Federal de 1988 determina que:

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Art. 165, § 9.º Cabe à lei complementar:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a


elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual;

II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da


administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos.

III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de


procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto
no § 11 do art. 166.

Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei 4.320/64, recepcionada como lei
complementar, que prevê as normas gerais de direito financeiro para os
entes federados.

O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As


leis orçamentárias são, conforme o art. 165 da Constituição Federal, de
iniciativa do Poder Executivo. Na esfera federal, essa iniciativa é de
competência privativa do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). Trata-se
de iniciativa vinculada, uma vez que deve ser exercida obrigatoriamente
pelo seu titular em determinado período, por disposição constitucional e legal.
Nesse sentido, o art. 85 da Constituição Federal determina que são crime de
responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei
orçamentária.

Destaca-se que a Constituição Federal assegurou a autonomia


administrativa e financeira ao Poder Judiciário, ao Ministério Público e
à Defensoria Pública. Assim, os tribunais (art. 99, § 1º, CF) o Ministério
Público (art. 127, § 3º, CF) e as Defensorias Públicas (art. 134, § 2º)
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elaborarão suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos


na LDO.

Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados


pelo art. 35, § 2º, I a III, do ADCT:

Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que


se refere o art. 165, § 9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes
normas:

I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do


primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente,

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será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do


primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;

II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado


até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;

III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até


quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis
orçamentárias: um para encaminhamento da proposta e outro para
devolução. O primeiro consiste na data limite para o Executivo enviar ao
Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde à data
limite para que o Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe
do Executivo. Esquematizando:

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Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios


constam das respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas.

A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas


(emendamento), voto do relator, redação final e proposição em Plenário. Nela,
os parlamentares debatem sobre a proposta legislativa. A apreciação dos

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projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas Casas
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF).

No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as


emendas aos projetos de leis orçamentárias serão apresentadas na
Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Essa
comissão, como o nome nos faz imaginar, é composta de deputados e
senadores (art. 166, § 2º, CF/88).

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88):

a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de


diretrizes orçamentárias;

b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os


provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre
dotações para pessoal e seus encargos ou serviço da dívida, ou,
ainda, sobre transferências tributárias constitucionais para Estados,
Municípios e Distrito Federal;

c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou


com os dispositivos do texto do projeto de lei.

A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também


é objeto de limitações pela Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, §
4º) que as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que


embora a iniciativa dos projetos de leis orçamentárias seja de competência
reservada do Chefe do Poder Executivo, podem os membros do Legislativo
oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de emendar projetos
de lei é prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da
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atividade legislativa (ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004). Também é importante


ressaltar que o STF entende que o plano plurianual não pode ser
modificado para aumentar as despesas (ADI 2.810, DJ de 25.04.2003 e
ADI 1.254-MC, DJ de 18.08.1995).

No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis


orçamentárias. Nesse sentido, dispõe a Constituição que a sessão
legislativa não deverá ser interrompida sem a aprovação do projeto de lei
de diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma exceção à
regra. É possível a rejeição do projeto de LOA, o que se infere a partir do art.
166, § 8º:

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Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda


ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.

No processo legislativo orçamentário, a mensagem presidencial é o


instrumento usado na comunicação entre o Presidente da República e o
Congresso Nacional. A mensagem serve para encaminhar os projetos do
PPA, da LDO e da LOA e também pode ser enviada para propor
modificação nesses projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF).

5.1- Emenda Constitucional nº 86/2015 – A PEC do Orçamento


Impositivo:

Antes de mais nada, é importante entendermos o porquê de a Emenda


Constitucional nº 86/2015 ter ficado conhecida como “PEC do Orçamento
Impositivo”.

É bem comum que alguns recursos que estão no orçamento não sejam
executados. Por exemplo, suponha que a LOA destine R$ 5 bilhões para a
Segurança Pública. Desse valor, nem tudo é gasto, ou seja, nem tudo é
executado.

Quando se fala em “orçamento impositivo”, a referência que se faz é à


obrigatoriedade de que ocorra a execução das despesas previstas na LOA.
Em outras palavras, os gestores públicos deverão efetivamente gastar aquilo
que está previsto no orçamento. É diferente da ideia de “orçamento
autorizativo”, segundo a qual a LOA apenas autoriza despesas, sem
impor ao gestor público que lhes execute.

Mas o que isso tudo tem a ver com a Emenda Constitucional nº 86?

Na verdade, a EC nº 86/2015 poderia ser chamada de “PEC das Emendas


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Parlamentares Impositivas” (e não PEC do Orçamento Impositivo!).


Explico....

As despesas previstas na LOA continuam sendo uma mera autorização


para o gasto pelos gestores públicos. Todavia, estabeleceu-se que as
emendas parlamentares individuais (aprovadas no limite de 1,2% da
receita corrente líquida) serão obrigatoriamente executadas.

Esse é um dos pontos centrais dessa Emenda Constitucional nº 86/2015. Mas


não é só isso...

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Com a EC nº 86/2015, os parlamentares (considerando-se o universo total


de Deputados e Senadores!) terão direito a apresentar emendas à LOA em
um montante total de 1,2% da receita líquida prevista no projeto de lei
orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo. Algumas observações
relevantes:

a) As emendas parlamentares são alterações da Lei Orçamentária Anual.


Até a EC nº 86/2015, não se sabia exatamente o valor dos recursos a
serem destinados às emendas parlamentares. Com a nova Emenda
Constitucional, o valor das emendas parlamentares individuais passa a
ser um valor certo, definido em 1,2% da Receita Corrente Líquida.

b) Do total previsto para as emendas parlamentares individuais, metade


(50%) será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

c) As programações orçamentárias efetuadas com base nas “emendas


parlamentares impositivas” somente não serão de execução
obrigatória nos casos de impedimentos de ordem técnica.

A EC nº 86/2015 definiu também um percentual mínimo para os gastos da


União com ações e serviços públicos de saúde. Agora, segundo o art. 198,
§2º, I, a União deverá aplicar, pelo menos, 15% da sua Receita Corrente
Líquida em ações e serviços públicos de saúde.

(Procurador de Curitiba – 2015) As emendas


parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão
aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo o total desse
montante destinado a ações e serviços públicos de saúde.

Comentários:

A EC nº 86/2015 estabeleceu que, do total previsto para as


emendas parlamentares, metade será destinada a ações e
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serviços de saúde. O erro foi ter dito que a “totalidade das


emendas” deveria ser destinada a essa finalidade. Questão
errada.

6- Processo Legislativo nos Estados-membros:

As regras básicas do processo legislativo estabelecidas na Constituição são


de observância obrigatória no âmbito dos Estados-membros, Distrito

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Federal e Municípios. Assim, esses entes federados devem prever, de forma


idêntica à da Constituição Federal:

a) as espécies normativas integrantes do processo legislativo federal,


bem como o respectivo procedimento e quórum para sua aprovação;

b) as hipóteses de iniciativa reservada e concorrente;

c) os limites do poder de emenda parlamentar;

d) as diferentes fases do processo legislativo, nas diversas espécies


normativas;

e) o princípio de irrepetibilidade de projetos rejeitados na mesma


sessão legislativa.

Questões Comentadas

1. (CESPE/ Agente PC-GO – 2016) Acerca do processo legislativo


pertinente a medidas provisórias, assinale a opção correta.

a) O decreto legislativo editado para regular as relações nascidas a partir do


período de vigência de medida provisória posteriormente rejeitada cria
hipótese de ultratividade da norma, capaz de manter válidos os efeitos
produzidos e, bem assim, alcançar situações idênticas futuras.

b) Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser
retirada pelo presidente da República da apreciação do Congresso Nacional,
nada obsta que seja editada uma segunda medida provisória que ab-rogue a
primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia.

c) Por força do princípio da separação de poderes, é vedado ao Poder Judiciário


examinar o preenchimento dos requisitos de urgência e de relevância por
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determinada medida provisória.

d) Em situações excepcionais elencadas no texto constitucional, a medida


provisória rejeitada pelo Congresso Nacional somente poderá ser reeditada na
mesma sessão legislativa de sua edição.

e) A proibição de edição de medida provisória sobre matéria penal e processual


penal alcança as emendas oferecidas ao seu correspondente projeto de lei de
conversão, as quais ficam igualmente impedidas de veicular aquela matéria.

Comentários:

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Letra A: errada. A medida provisória tem validade por 60 dias, prorrogáveis


por igual período. Se não for convertida em lei nesse prazo, elas perdem
sua validade. Poderá, então, ser editado um decreto legislativo para
regular as relações jurídicas decorrentes da medida provisória.

Se o referido decreto legislativo não for editado, as relações jurídicas


constituídas e os atos praticados durante a vigência da medida provisória
continuarão por ela regidos. Diante da falta de edição de decreto legislativo
surgirá, então, hipótese de ultratividade da medida provisória
rejeitada (expressa ou tacitamente. Destaque-se que “ultratividade”
consiste em aplicação de norma revogada a casos durante o período em
que ela estava em vigor.

Observe, portanto, que, ao contrário do que diz o enunciado, é a falta de


edição de decreto que gera hipótese de ultratividade da medida
provisória.

Letra B: correta. O Presidente da República não pode retirar medida


provisória que tenha editado. No entanto, poderá editar uma segunda
medida provisória com o objetivo de ab-rogar a primeira.

Letra C: errada. O Poder Judiciário poderá, em situações excepcionais,


examinar os requisitos de relevância e urgência.

Letra D: errada. A medida provisória rejeitada ou que perdeu eficácia por


decurso de prazo não poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa.

Letra E: errada. Não podem ser editadas medidas provisórias sobre direito
penal e processual penal. Essas são vedações materiais às medidas
provisórias. No entanto, tais vedações se direcionam ao Presidente da
República ao editar a medida provisória. 33657489894

No Congresso Nacional, podem ser apresentadas emendas parlamentares


à medida provisória, hipótese em que esta irá se transformar em projeto
de lei de conversão. O projeto de lei de conversão não está sujeito às
mesmas vedações materiais que a medida provisória.

O gabarito é a letra B.

2. (CESPE / Agente PC-PE – 2016) No que se refere ao processo


legislativo, assinale a opção correta de acordo com o disposto na CF.

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a) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Congresso


Nacional de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional,
distribuído por, pelo menos, nove estados da Federação.

b) É de competência do Senado Federal examinar as medidas provisórias e


emitir parecer sobre elas, antes que sejam apreciadas pelo plenário de cada
uma das Casas do Congresso Nacional.

c) Leis ordinárias e complementares são espécies do processo legislativo


federal que, aprovadas pelo Congresso Nacional, prescindem da sanção do
presidente da República.

d) É de competência exclusiva da Câmara dos Deputados sustar os atos


normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa.

e) A iniciativa de leis complementares e ordinárias cabe ao presidente da


República, ao Supremo Tribunal Federal, aos tribunais superiores, ao
procurador-geral da República e aos cidadãos, entre outros.

Comentários:

Letra A: errada. A iniciativa popular de projeto de lei depende da subscrição


da proposta por 1% do eleitoral nacional, em pelo menos 5 estados,
manifestando-se, em cada um destes, pelo menos 0,3% do eleitorado.

Letra B: errada. Caberá a uma comissão mista de Deputados Federais e


Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer,
antes de sua apreciação, em sessão separada, pelo Plenário de cada uma
das Casas Legislativas.
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Letra C: errada. As leis ordinárias e leis complementares dependem de


sanção presidencial.

Letra D: errada. É competência exclusiva do Congresso Nacional sustar


os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V, CF/88).

Letra E: correta. Segundo o art. 61, CF/88, “a iniciativa das leis


complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais

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Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e


nos casos previstos nesta Constituição”.

O gabarito é a letra E.

3. (CESPE / TRT 8a Região – 2016) Acerca do processo legislativo,


assinale a opção correta de acordo com as disposições da CF.

a) Há veto tácito sempre que o presidente da República deixa de sancionar a


lei no prazo constitucionalmente exigido após sua aprovação.

b) É vedada a apresentação de emenda parlamentar a projeto de lei de


iniciativa privativa do presidente da República.

c) Compete ao presidente da República o esclarecimento sobre em que


consiste a contrariedade ao interesse público no veto político a projeto de lei
aprovado pelo Congresso Nacional.

d) A sanção e promulgação de projeto de lei de iniciativa privativa do


presidente da República, mas apresentado por parlamentar, sana o vício de
iniciativa, por convalidação.

e) A aprovação, sem nenhuma emenda ou modificação, de projeto de lei


apresentado pelo presidente da República dispensa a sanção.

Comentários:

Letra A: errada. O veto é sempre expresso, jamais tácito. Caso o Presidente


da República não manifeste sua posição em relação a um projeto de lei no
prazo de 15 dias úteis, este será sancionado tacitamente.

Letra B: errada. Admite-se a apresentação de emenda parlamentar a projeto


de lei de iniciativa privativa do presidente da República, desde que não
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acarrete aumento de despesa, ressalvada a emenda à lei orçamentária


anual e à lei de diretrizes orçamentárias (art. 63, I, CF).

Letra C: correta. De fato, assim como o veto jurídico, o veto político é sempre
motivado.

Letra D: errada. A sanção do Presidente da República não convalida vício de


iniciativa.

Letra E: errada. Mesmo nesse caso, a sanção do Presidente da República é


etapa obrigatória do processo legislativo.

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O gabarito é a letra E.

4. (CESPE / TCE-PA – 2016) Em decorrência das prerrogativas da


autonomia e do autogoverno, o TCU detém iniciativa reservada para
instaurar processo legislativo destinado a alterar sua organização e
funcionamento, sendo formalmente inconstitucional lei de iniciativa
parlamentar que disponha sobre a referida matéria.

Comentários:

Segundo o art. 73, CF/88, “o Tribunal de Contas da União, integrado por nove
Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição
em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições
previstas no art. 96”.

Esse dispositivo, além de tratar da composição do TCU, nos indica que este
órgão irá exercer, no que couber, as atribuições previstas no art. 96,
CF/88. Essas atribuições são aquelas típicas dos tribunais do Poder Judiciário.
Vejamos:

Art. 96. Compete privativamente:

I - aos tribunais:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com


observância das normas de processo e das garantias processuais das
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos
órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que


lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional
respectiva;
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c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de


carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos,


obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários
à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em
lei;

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f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos


juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

O TCU, assim como os tribunais do Poder Judiciário, tem poder de


autogoverno. Nesse sentido, é o próprio TCU que tem competência para
dispor sobre sua organização e funcionamento. Lei de iniciativa parlamentar
que disponha sobre essa matéria será, portanto, formalmente
inconstitucional. Questão correta.

5. (CESPE / TCE-PA – 2016) Segundo o STF, configura hipótese de


inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa, a edição de lei
de iniciativa parlamentar que estabeleça atribuições para órgãos da
administração pública.

Comentários:

Segundo o STF, lei que estabelecer atribuições para órgãos da Administração


Pública é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. Logo, lei de
iniciativa parlamentar sobre essa matéria será formalmente inconstitucional.
Questão correta.

6. (CESPE / TCE-PA – 2016) Cabe ao próprio Ministério Público a


iniciativa de propor ao Poder Legislativo a edição de lei ordinária que
disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, bem como sobre a política remuneratória e seus planos
de carreira.

Comentários:

O Ministério Público tem a iniciativa de propor ao Poder Legislativo a


edição de lei ordinária dispondo sobre criação e a extinção de seus cargos e
serviços auxiliares, bem como sobre a política remuneratória e seus planos
33657489894

de carreira. É o que prevê o art. 127, § 2º, CF/88:

Art. 127 (…)

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e


administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao
Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá
sobre sua organização e funcionamento.

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Questão correta.

7. (CESPE / Advogado Telebrás – 2015) Segundo entendimento do


STF, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de
medidas provisórias, quanto aos conceitos jurídicos indeterminados
de relevância e urgência, apenas em caráter excepcional se
submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força do princípio da
separação de poderes.

Comentários:

Em casos excepcionais, o Poder Judiciário poderá avaliar os requisitos de


“relevância” e “urgência” de medida provisória. Questão correta.

8. (CESPE / AGU – 2015) Caso uma lei de iniciativa parlamentar


afaste os efeitos de sanções disciplinares aplicadas a servidores
públicos que participarem de movimento reivindicatório, tal norma
padecerá de vício de iniciativa por estar essa matéria no âmbito
da reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo.

Comentários:

As leis que versam sobre o regime jurídico dos servidores públicos são
da iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. Portanto, uma lei
de iniciativa parlamentar que afaste os efeitos de sanções disciplinares
aplicadas a servidores públicos que participarem de movimento
reivindicatório padecerá de vício de iniciativa. Questão correta.

9. (CESPE / AGU – 2015) O veto do presidente da República a um


projeto de lei ordinária insere-se no âmbito do processo legislativo,
e as razões para o veto podem ser objeto de controle pelo
Poder Judiciário.

Comentários: 33657489894

O veto é um ato político e, como tal, suas razões não poderão ser
questionadas perante o Poder Judiciário. Destaque-se, todavia, que é
admissível o controle jurisdicional da inoportunidade do veto. Questão
errada.

10. (CESPE / AGU – 2015) No ordenamento jurídico brasileiro,


admitem-se a autorização de referendo e a convocação de plebiscito
por meio de medida provisória.

Comentários:

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O art. 49, XV, CF/88, estabelece que é competência exclusiva do Congresso


Nacional autorizar referendo e convocar plebiscito. O tratamento das
matérias da competência exclusiva do Congresso Nacional é feito mediante
decreto legislativo. Questão errada.

11. (CESPE / TCU – 2015) Os estados não são obrigados a prever


medida provisória no seu processo legislativo. Entretanto, caso
optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo
legislativo estadual, eles devem observar os princípios e limites
estabelecidos a esse respeito na CF.

Comentários:

É isso mesmo! A instituição de medidas provisórias pelos estados-membros


é facultativa. De qualquer maneira, caso o estado opte por instituir medidas
provisórias, deverão ser respeitados os princípios e limites estabelecidos
pela Constituição Federal de 1988. Questão correta.

12. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) O presidente da República


possui competência para vetar projeto de lei, no todo ou em parte,
tanto sob o fundamento de inconstitucionalidade como por considerá-
lo contrário ao interesse público.

Comentários:

O veto pode ser jurídico (sob o fundamento de inconstitucionalidade) ou


político (quando o projeto de lei for contrário ao interesse público). Questão
correta.

13. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) Dispõem de competência


para apresentar projetos de lei complementar ou ordinária qualquer
membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou
do Congresso Nacional, o presidente da República, o Supremo Tribunal
Federal, os tribunais superiores, o procurador-geral da República e os
cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.
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Comentários:

Segundo o art. 61, CF/88, “a iniciativa das leis complementares e ordinárias


cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo
Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e
aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição”. Questão
correta.

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14. (CESPE/ TRE-GO – 2015) Embora a CF permita ao ocupante da


Presidência da República a adoção de medidas provisórias com força
de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe
a edição desse tipo de instrumento com relação ao direito eleitoral.

Comentários:

De fato, o art. 62, §1º, I, da Constituição Federal veda a edição de medidas


provisórias sobre matéria referente a direito eleitoral. Questão correta.

15. (CESPE/ ANTAQ – 2014) Não há previsão constitucional para a


iniciativa popular de leis no processo legislativo estadual.

Comentários:

A Constituição dispõe (art. 27, § 4o) que a lei disporá sobre a iniciativa popular
no processo legislativo estadual. Questão errada.

16. (CESPE/ ANTAQ – 2014) A Constituição autoriza o presidente da


República, o STF, os tribunais superiores e o Procurador-Geral da
República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para
apreciação de projetos de sua iniciativa.

Comentários:

Somente o Presidente da República pode solicitar urgência para apreciação dos


projetos de sua iniciativa (art. 64, § 1o, CF). Questão errada.

17. (CESPE/ TJ-CE – 2014) Assinale a opção correta com base nas
normas constitucionais que disciplinam as medidas provisórias e na
jurisprudência do STF relativa a essa matéria.

a) Caso o texto original de uma medida provisória seja aprovado e convertido


em lei, essa lei terá de ser sancionada pelo presidente da República, em
homenagem ao princípio da separação de poderes.
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b) Em qualquer caso, poderá o STF analisar o preenchimento dos requisitos


de relevância e urgência estabelecidos constitucionalmente para as medidas
provisórias, em homenagem ao princípio da inafastabilidade da jurisdição.

c) Caso medida provisória tenha versado sobre matéria reservada a lei


complementar, sua conversão em lei, pelo Congresso Nacional, convalidará o
vício inicial, desde que tal conversão seja aprovada por maioria absoluta.

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d) Apesar de o presidente da República, após a edição da medida provisória,


não poder mais retirá-la da apreciação do Congresso Nacional, ele pode ab-
rogá-la por meio da edição de nova medida provisória.

e) A competência constitucional do presidente da República para adotar


medidas provisórias, em caso de relevância e urgência, poderá ser delegada,
mediante decreto, ao ministro de Estado da Justiça.

Comentários:

A letra A está errada. A sanção do Presidente da República só é necessária


quando ocorre alteração do texto original da medida provisória (art. 62,
§ 12, CF). Do contrário, não há necessidade.

A letra B está errada. O controle do preenchimento dos requisitos da


relevância e da urgência só é feito excepcionalmente pelo STF, em casos
nos quais sua falta seja evidente.

A letra C está errada. A Carta Magna veda a edição de medidas provisórias


sobre matérias reservadas à lei complementar. A conversão em lei dessas
medidas provisórias não tem o condão de convalidá-las.

A letra D está correta. O STF entende que o Presidente da República pode


expedir medida provisória revogando outra medida provisória, ainda
em curso no Congresso Nacional. A medida provisória revogada fica,
entretanto, com sua eficácia suspensa, até que haja pronunciamento do Poder
Legislativo sobre a medida provisória ab-rogante. Se for acolhida pelo
Congresso Nacional a medida provisória ab-rogante, e transformada em lei, a
revogação da medida provisória anterior torna-se definitiva; se for, porém,
rejeitada, retomam seu curso os efeitos da medida provisória ab-rogada, que
há de ser apreciada pelo Congresso Nacional, no prazo restante a sua
vigência. Assim, se a medida provisória revogadora não for convertida em lei,
o ato normativo anterior recupera a sua vigência e eficácia pelo restante do
prazo, seguindo-se daí as consequências da sua conversão ou não em lei22. 33657489894

A letra E está errada. A competência do Presidente da República de editar


medidas provisórias é indelegável.

O gabarito é a letra D.

18. (CESPE/TCDF – 2014) O veto do presidente da República a


projeto de lei será apreciado em sessão unicameral, somente podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos congressistas.

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ADI 3964/2007.

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Comentários:

O veto do Presidente da República será apreciado em sessão conjunta, só


podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos deputados e
senadores. Questão errada.

19. (CESPE/ Câmara dos Deputados – 2014) A CF admite que se


modifiquem, por meio de emendas parlamentares, projetos de lei
elaborados pelo chefe do Poder Executivo no exercício de sua iniciativa
reservada, mas veda, por inteiro, as emendas que ensejem aumento
de despesa pública.

Comentários:

A vedação a que emendas parlamentares aumentem a despesa pública não é


absoluta. O art. 166, § 3o, da Constituição, permite que as emendas ao
projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem sejam
aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de


anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito


Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou


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b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Questão errada.

20. (CESPE/ Câmara dos Deputados – 2014) Se o presidente da


República editar determinada medida provisória, os requisitos
constitucionais de relevância e urgência apenas em caráter
excepcional submeter-se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por força do
princípio da separação dos poderes.

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Comentários:

De fato, o controle exercido sobre esses requisitos constitucionais pelo


Judiciário dá-se em caráter excepcional, por força do princípio da separação
dos poderes. Questão correta.

21. (CESPE/ Câmara dos Deputados – 2014) Tendo havido sanção


expressa, é desnecessário o debate acerca de eventual defeito de
iniciativa, já que este, mesmo existente, restaria convalidado pela
anuência presidencial.

Comentários:

A sanção presidencial não convalida vício de iniciativa. Questão errada.

22. (CESPE/ Instituto Rio Branco – 2014) Pertence privativamente ao


presidente da República a iniciativa das leis que disponham sobre a
criação de cargos, funções ou empregos públicos, bem como sobre o
aumento de remuneração, na administração direta e nas autarquias.

Comentários:

O art. 61, § 1o, da CF/88 prevê que são de iniciativa privativa do


Presidente da República as leis que disponham sobre criação de cargos,
funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração. Questão correta.

23. (CESPE/ Instituto Rio Branco – 2014) São disciplinados por


decreto legislativo os assuntos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, como, por exemplo, a aprovação de tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.

Comentários:
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De fato, os decretos legislativos destinam-se a tratar de matérias da


competência exclusiva do Congresso Nacional exclusiva, para as quais a
Constituição dispensa a sanção presidencial. É o caso da aprovação de
tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional (art. 41, I, CF). Questão
correta.

24. (CESPE/2012/Câmara dos Deputados) O processo legislativo


compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias.
Os decretos legislativos e as resoluções — que tratam de matérias de

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competência privativa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados


— são considerados atos internos do Poder Legislativo, que não
necessitam de sanção presidencial e, portanto, não compõem o
processo legislativo.

Comentários:

Vejamos o que determina o art. 59 da Constituição Federal:

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

Os decretos legislativos e as resoluções compõem, sim, o processo legislativo.


Questão errada.

25. (CESPE/2013/Ministério da Saúde) O processo legislativo


compreende a elaboração, entre outros atos normativos, das leis
delegadas, das resoluções e das medidas provisórias.

Comentários:

É o que prevê o art. 59 da Constituição. Questão correta. 33657489894

26. (CESPE/2010/TRT 1ª Região) A iniciativa privativa ou reservada


para deflagrar procedimento destinado à formação de determinada lei
ordinária pode ser objeto de delegação.

Comentários:

Nada disso! A iniciativa reservada é indelegável. Questão errada.

27. (CESPE/2009/OAB) A iniciativa das leis complementares e


ordinárias cabe a qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do

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Senado Federal. As comissões permanentes de ambas as casas podem


discutir e votar projetos de lei que dispensarem a competência do
plenário, mas não têm o poder de apresentar tais projetos para dar
início ao processo legislativo.

Comentários:

A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe, sim, em regra, a


qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Além
disso, As comissões permanentes de ambas as casas podem discutir e votar
projetos de lei que dispensarem a competência do plenário Tais comissões
têm, ainda, o poder de apresentar projetos de lei, dando início ao processo
legislativo. Fundamento: art. 61, “caput”, CF. Questão errada.

28. (CESPE/2009/OAB) São de iniciativa privativa do presidente da


República as leis que disponham sobre o aumento de remuneração dos
cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica.

Comentários:

Questão correta. Fundamento: art. 61, §1º, II, “a”, CF.

29. (CESPE/2009/TCE-AC) O Procurador-Geral da República tem


competência para propor projeto de lei ordinária ou complementar.

Comentários:

Questão correta. Fundamento: art. 61, “caput”, CF.

30. (CESPE/2011/STM) A iniciativa para elaboração de leis


complementares e ordinárias constitui exemplo da denominada
iniciativa concorrente.

Comentários:
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De fato, em regra, a iniciativa para elaboração de leis complementares e


ordinárias é concorrente. Considerando que o enunciado deixa entender que se
trata de uma regra, e que pode haver exceções (como de fato há!), como se
pode deduzir da expressão “constitui exemplo”, a questão está correta.

31. (CESPE/2013/Polícia Federal/Delegado) A iniciativa das leis


ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao
presidente da República, ao STF, aos tribunais superiores, ao
procurador - geral da República e aos cidadãos. No que tange às leis
complementares, a CF não autoriza a iniciativa popular de lei.

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Comentários:

Não há tal vedação. Reza o art. 61, “caput”, da Carta Magna que a iniciativa
das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos
casos previstos na Constituição. Questão errada.

32. (CESPE/2009/TRE-MA) O sistema legislativo vigente é o


unicameral, opção adotada a partir da Constituição Federal de 1934,
exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de ser
aprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessão
conjunta, para que possam ser levados à sanção do presidente da
República.

Comentários:

O sistema legislativo vigente é bicameral, uma vez que há atuação de duas


Casas Legislativas: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Questão errada.

33. (CESPE/2010/TRT 1ª Região) A CF veda a iniciativa popular para


desencadear processo legislativo destinado à edição de lei
complementar.

Comentários:

A iniciativa popular é aplicável tanto a projetos de lei ordinária quanto a de lei


complementar. Questão errada.

34. (CESPE/2009/OAB) A iniciativa popular de lei pode ser exercida


pela apresentação, à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal, de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional,
distribuído, pelo menos, por cinco estados. 33657489894

Comentários:

Dispõe o art. 61, § 2º, da CF, que a iniciativa popular pode ser exercida pela
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles. Questão errada.

35. (CESPE/2009/TCE-AC) A CF prevê a hipótese de iniciativa


popular, que pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos

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Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 10% dos


eleitores de qualquer estado da Federação.

Comentários:

O enunciado tem um erro grosseiro! O art. 61, § 2º , da CF, estabelece que a


iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

36. (CESPE/2009/Banco Central) A CF atribui ao presidente da


República iniciativa reservada no que concerne a leis sobre matéria
tributária.

Comentários:

Nada disso! Como vimos, entende o STF que “a Constituição de 1988 admite a
iniciativa parlamentar na instauração do processo legislativo em tema de
direito tributário. A iniciativa reservada, por constituir matéria de direito
estrito, não se presume e nem comporta interpretação ampliativa na medida
em que – por implicar limitação ao poder de instauração do processo
legislativo – deve, necessariamente, derivar de norma constitucional explícita e
inequívoca. (STF, Pleno, ADIn no 724/RS, 17.04.2001). Questão errada.

37. (CESPE/2012/AGU) A competência para votar os projetos de lei


é, em regra, dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, mas as mesas diretoras das respectivas casas podem,
mediante decreto legislativo, outorgar às comissões permanentes, em
razão da matéria de sua competência, a prerrogativa de discutir, votar
e decidir as proposições legislativas.

Comentários:

A competência para votar projetos de lei é tanto do Plenário quanto das


33657489894

comissões. Estas podem votar os projetos que dispensem, na forma do


respectivo regimento, a competência do Plenário, ressalvada a possibilidade de
recurso de um décimo dos membros da Casa. Questão errada.

38. (CESPE/2010/TCE-BA) Se um projeto de lei for rejeitado em uma


das casas do Congresso Nacional, a matéria dele constante somente
poderá ser objeto de novo projeto, no mesmo ano legislativo,
mediante proposta de dois terços dos membros de qualquer das casas
legislativas.

Comentários:

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Determina o art. 67 da /88 que a matéria constante de projeto de lei rejeitado


somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer
das Casas do Congresso Nacional. Questão errada.

39. (CESPE/2010/TRE-MT) Decorrido o prazo de quinze dias para o


exame do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, o silêncio
do presidente da República importará veto, em razão da
impossibilidade de ocorrer sanção tácita.

Comentários:

Dispõe o art. 66, § 3º, da CF, que decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio
do Presidente da República importará sanção. O veto necessariamente deverá
ser motivado, não existindo veto tácito em nosso ordenamento jurídico.
Questão errada.

40. (CESPE/2011/TRF 5ª Região/Juiz) Apesar de não admitir o veto


presidencial tácito, a CF admite o denominado veto sem motivação,
resguardando ao presidente da República a prerrogativa de
simplesmente vetar, sem explicar os motivos de seu ato.

Comentários:

A primeira parte do enunciado está correta: de fato, a Constituição não admite


o veto tácito. Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, o veto
necessariamente deverá ser motivado. Questão errada.

41. (CESPE/2010/DPU) Considere que o chefe do Poder Executivo


tenha apresentado projeto de lei ordinária que dispõe sobre a
remuneração de servidores públicos. Nesse caso, não se admite
emenda parlamentar ao projeto para aumento do valor da
remuneração proposto.

Comentários:
33657489894

Questão correta. Fundamento: art. 63, I, CF.

42. (CESPE/2010/Abin) O Poder Legislativo opera por meio do


Congresso Nacional, instituição bicameral composta pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal. Salvo disposição constitucional em
contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.

Comentários:

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A questão cobra o conhecimento dos arts. 44, “caput” e 47 da Constituição, a


saber:

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional,


que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as


deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por
maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Questão correta.

43. (CESPE/2004/MPTCU) O processo de elaboração de leis no


sistema bicameral impõe que o projeto aprovado por uma Casa seja
submetido à outra Casa tantas vezes quantas forem as emendas que
cada qual introduzir, de modo a garantir iguais poderes ao Senado e à
Câmara dos Deputados.

Comentários:

Quando voltar à Casa iniciadora para análise das emendas realizadas pela Casa
revisora, o projeto não poderá ser subemendado. Caberá à Casa iniciadora
apenas aprovar ou rejeitar as emendas. Questão errada.

44. (CESPE/2012/TJ-CE) No processo legislativo da lei ordinária, o


veto presidencial parcial pode abranger trecho, palavras ou expressões
constantes de artigo, parágrafo ou alínea.

Comentários:

O veto não poderá incidir sobre trecho, palavras ou expressões constantes de


artigo, parágrafo ou alínea. Deverá abranger seu texto integral. Questão
errada.

45. (CESPE/2012/TJ-AC) O veto a projeto de lei deverá ser apreciado


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em cada uma das casas do Congresso Nacional dentro de trinta dias a


contar da decisão presidencial, e sua rejeição dependerá do voto de
dois terços dos membros de cada uma delas, em votação nominal.

Comentários:

O veto deverá ser apreciado em sessão conjunta do Congresso Nacional,


dentro de trinta dias, a contar do seu recebimento. Sua decisão dependerá do
voto da maioria absoluta dos deputados e senadores. Questão errada.

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46. (CESPE/2013/MPU) Promulgação é ato que incide sobre projeto


de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do
ordenamento jurídico.

Comentários:

A promulgação atesta que a lei existe e é válida, sendo fase posterior à


transformação do projeto em lei, segundo José Afonso da Silva. O que se
promulga é a lei, não o projeto de lei. Questão errada

47. (CESPE/2010/TCE-BA) O presidente da República só pode


solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa, seja
privativa, seja concorrente.

Comentários:

Gabarito: questão correta. Fundamento: art. 64, § 1º, CF/88.

48. (CESPE/2008/TJ-DFT) A promulgação de uma lei torna o ato


perfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica é inovada.
A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá conhecimento a
todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir.

Comentários:

O ato se torna perfeito e acabado com a sanção. A promulgação apenas atesta


a existência da lei. Incide sobre a lei pronta. No que se refere à publicação, o
enunciado está certo: a publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá
conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir.
Questão errada.

49. (CESPE/2013/Ministério da Saúde) Proposta de emenda


constitucional será votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, sendo considerada aprovada se obtiver, em ambos os
turnos, três quintos dos votos dos respectivos parlamentares.
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Comentários:

É o que prevê o art. 60, § 2º, da Constituição Federal, segundo o qual: “A


proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos
votos dos respectivos membros”. Questão correta.

50. (CESPE/2012/TJ-RR) As denominadas limitações materiais ao


poder constituinte de reforma estão exaustivamente previstas da
Constituição Federal de 1988 (CF).

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Comentários:

Há limitações materiais implícitas na Constituição: a titularidade do Poder


Constituinte Originário e Derivado e os procedimentos de reforma e revisão
constitucional. Questão errada.

51. (CESPE/2012/Anatel) Não são permitidas emendas à


Constituição Federal durante a vigência de intervenção federal.

Comentários:

Segundo o art. 60, § 1º, da Constituição Federal, esta não poderá ser
emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de
estado de sítio. Questão correta.

52. (CESPE/2010/TRE-MT) A CF poderá ser emendada mediante


proposta de um terço das Assembleias legislativas das unidades da
Federação, mediante a maioria relativa de seus membros.

Comentários:

Determina o art. 60, III, da CF, que a Constituição poderá ser emendada
mediante proposta de Mais Da Metade das Assembleias Legislativas das
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros. Questão errada.

53. (CESPE/2010/TRE-MT) Não será objeto de deliberação a


proposta de emenda tendente a abolir a forma republicana de governo.

Comentários:

Dispõe o art. 60, § 4º, CF/88, que não será objeto de deliberação a proposta
de emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto,
secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e, finalmente, os
direitos e garantias individuais. Essas são, como vimos, as chamadas cláusulas
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pétreas. Questão errada.

54. (CESPE/2009/OAB) A emenda à CF será promulgada, com o


respectivo número de ordem, pelo presidente do Senado Federal, na
condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação não
ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua
aprovação, as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deverão fazê-lo.

Comentários:

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De jeito nenhum! Determina o art. 60, § 3º, da CF, que a emenda à


Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Questão errada.

55. (CESPE/2009/TCU) Uma vez preenchido o requisito da iniciativa


e instaurado o processo legislativo, a proposta de emenda à CF será
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos
dos votos dos respectivos membros.

Comentários:

É isso mesmo! De acordo com o art. 60, § 2º, da Constituição, a proposta de


emenda constitucional será discutida e votada em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos,
três quintos dos votos dos respectivos membros. Questão correta.

56. (CESPE/2009/TCU) Da mesma forma que o poder constituinte


originário, o poder de reforma não está submetido a qualquer
limitação de ordem formal ou material, sendo que a CF apenas
estabelece que não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto,
universal e periódico, a separação de poderes e os direitos e garantias
individuais.

Comentários:

O poder de reforma (ou seja, de emendar a Constituição) está submetido a


diversas limitações de ordem formal ou material, tanto expressas quanto
implícitas na Constituição. Questão errada.

57. (CESPE/2008/STF) A CF, conforme seu próprio texto, pode ser


emendada por meio de iniciativa popular, desde que o projeto seja
subscrito, por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por,
pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de
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cada um deles.

Comentários:

A Constituição Federal não prevê a possibilidade de iniciativa popular de


proposta de emenda à Constituição. Questão errada.

58. (CESPE/2002/Consultor Legislativo do Senado Federal) Uma


proposta de emenda constitucional destinada a tornar facultativo o
voto para todos os brasileiros seria inconstitucional, por violar

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cláusula pétrea, e, portanto, o presidente da República poderia


impugná-la perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Comentários:

São cláusulas pétreas (art. 60, § 4o, CF):

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

O voto obrigatório não é cláusula pétrea. Questão errada.

59. (CESPE/2013/MPU) É expressamente vedada a edição de


medidas provisórias que versem sobre matérias de direito penal,
processual penal e processual civil.

Comentários:

É o que determina o art. 62, § 1º, I, “b”, da Constituição. Questão correta.

60. (CESPE/2013/MPOG) É vedada pela Constituição Federal a edição


de medida provisória pelo presidente da República para dispor sobre
matéria orçamentária, ressalvada a abertura de créditos
extraordinários.

Comentários:

A questão cobra o conhecimento de dois dispositivos da Constituição:

Art. 62, § 1º - É vedada a edição de medidas provisórias sobre


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matéria: I - relativa a: d) planos plurianuais, diretrizes


orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

Art. § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como
as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

Questão correta.

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61. (CESPE/2012/TJ-CE) Segundo o STF, uma vez editada a medida


provisória, não pode o presidente da República retirá-la da apreciação
do Congresso Nacional nem tampouco ab-rogá-la por meio de nova
medida provisória.

Comentários:

De fato, o STF não admite que medida provisória editada seja retirada pelo
Chefe do Poder Executivo. Entretanto, aceita que medida provisória nessa
situação seja ab-rogada por outra. Lembrando que ab-rogação significa
revogação total da lei, enquanto derrogação é a revogação parcial. Questão
errada.

62. (CESPE/2012/TJ-AC) As medidas provisórias devem ser votadas


em sessão conjunta do Congresso Nacional, no prazo de sessenta dias
a contar de sua publicação, sob pena de imediata perda da sua
eficácia.

Comentários:

As medidas provisórias são apreciadas por cada uma das Casas,


separadamente. Além disso, o prazo de sessenta dias para sua apreciação é
prorrogável por mais sessenta. Questão errada.

63. (CESPE/2010/TRT 21ª Região) As medidas provisórias perdem a


eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de
trinta dias, prorrogável uma vez, por igual período.

Comentários:

Dispõe a CF/88 que as medidas provisórias, ressalvadas as exceções


constitucionais, perderão sua eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos da
CF/88, uma vez por igual período. Nesse caso, deverá o Congresso Nacional
disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
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Questão errada.

64. (CESPE/2010/TRE-BA) Para matérias reservadas a lei


complementar, ao presidente da República é vedado editar medida
provisória.

Comentários:

Segundo o art. 62, § 1o, III, da Constituição, é vedada a edição de medidas


provisórias sobre matéria reservada a lei complementar. Questão correta.

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65. (CESPE/2010/TRE-MT) É vedada a edição de medidas provisórias


sobre matéria relativa a direito civil.

Comentários:

Não há vedação à edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a


direito civil. Questão errada.

66. (CESPE/2009/TCE-AC) As medidas provisórias perderão a


eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de
trinta dias a contar de sua publicação, devendo o Congresso Nacional
disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.

Comentários:

O art. 62, § 3º, da CF, determina que as medidas provisórias, ressalvado o


disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º,
uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. Questão errada.

67. (CESPE/2009/TCE-AC) A reedição, na mesma sessão legislativa,


de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido
sua eficácia por decurso de prazo será permitida apenas uma vez, por
igual período.

Comentários:

O § 10 do art. 62 da Carta Magna veda a reedição, na mesma sessão


legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido
sua eficácia por decurso de prazo. Questão errada.

68. (CESPE/2012/TJ-AC) As leis delegadas serão elaboradas pelo


presidente da República após a edição pelo Congresso Nacional de
decreto legislativo com a especificação do conteúdo e dos termos de
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exercício da delegação.

Comentários:

As leis delegadas são elaboradas após aprovação do pedido de delegação


realizado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, mediante
resolução. Questão errada.

69. (CESPE/2012/TJ-CE) O controle exercido pelo Congresso


Nacional sobre a lei delegada opera efeitos ex tunc.

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Comentários:

De fato, compete ao Congresso Nacional sustar os atos do Executivo (lei


delegada, por exemplo) que exorbitem dos limites da delegação legislativa.
Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, o ato de sustação surtirá
efeitos não-retroativos (ex nunc). Questão errada.

70. (CESPE/2012/TJ-RR) As leis delegadas, editadas pelo presidente


da República após prévia autorização do Congresso Nacional, por meio
de decreto legislativo, são discutidas e votadas em cada casa
legislativa, sendo vedada a apresentação de emendas a essas leis.

Comentários:

O instrumento adequado para a aprovação do Congresso Nacional é a


resolução, não o decreto legislativo. Questão errada.

71. (CESPE/2010/TRT 21ª Região) As matérias de competência


exclusiva do Congresso Nacional são reguladas por decretos
legislativos.

Comentários:

De fato, os decretos legislativos são atos editados pelo Congresso Nacional


para o tratamento de matérias de sua competência exclusiva (art. 49 da CF).
Questão correta.

72. (CESPE/2010/TRE-MT) No que se refere a leis delegadas, se a


resolução determinar a apreciação do projeto de lei pelo Congresso
Nacional, este a fará em votação única, sendo vedada qualquer
emenda.

Comentários:

Questão correta. Fundamento: art. 60, §3º, CF.


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73. (CESPE/2012/TJ-RR) Celebrado tratado, convenção ou ato


internacional pelo presidente da República, cabe ao Congresso
Nacional o correspondente referendo ou aprovação, mediante a edição
de resolução específica.

Comentários:

A aprovação definitiva dos tratados internacionais se dá por meio de decreto


legislativo, nos termos do art. 49, I, da Constituição. Questão errada.

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74. (CESPE/2009/Banco Central) As matérias de competência


privativa do Senado Federal não dependem de sanção presidencial e se
materializam por meio de decreto legislativo.

Comentários:

Essas matérias se materializam por meio de resoluções. Questão errada.

75. (CESPE/2002/Consultor Legislativo do Senado Federal) Embora


não seja cabível ação direta de inconstitucionalidade (ADIn) perante o
STF contra projeto de lei federal, o Poder Judiciário pode exercer
controle difuso de constitucionalidade de projetos de lei.

Comentários:

Não se admite o controle judicial do processo legislativo mediante ação direta


de inconstitucionalidade, pois o ajuizamento desta pressupõe uma norma
pronta e acabada, já publicada e inserida no ordenamento jurídico.
Entretanto, podem provocar o Poder Judiciário os congressistas da Casa
Legislativa em que estiver tramitando a proposta, por meio de mandado de
segurança. Questão correta.

76. (CESPE/2008/STJ) Dependerá de lei complementar a


regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a
exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A
referida lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta e condições para
instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera
federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no
ADCT.

Comentários:

Compete à lei complementar prevista no art. 165, § 9º, da Constituição:


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- Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a


organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;

- Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração


direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

Como essa lei ainda não foi editada, os prazos para o ciclo orçamentário, na
esfera federal, estão, de fato, estabelecidos no ADCT. Questão correta.

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77. (CESPE/2009/TCE-ES) Lei ordinária federal estabelecerá normas


de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para instituição e funcionamento de fundos.

Comentários:

Trata-se de competência de lei complementar (art. 165, § 9º, CF). Questão


errada.

78. (CESPE/2012/TCU) É cabível que lei complementar estabeleça


normas referentes às condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

Comentários:

É o que determina o art. 165, § 9º, II, da Constituição. Questão correta.

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Lista de Questões

1. (CESPE/ Agente PC-GO – 2016) Acerca do processo legislativo


pertinente a medidas provisórias, assinale a opção correta.

a) O decreto legislativo editado para regular as relações nascidas a partir do


período de vigência de medida provisória posteriormente rejeitada cria
hipótese de ultratividade da norma, capaz de manter válidos os efeitos
produzidos e, bem assim, alcançar situações idênticas futuras.

b) Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser
retirada pelo presidente da República da apreciação do Congresso Nacional,
nada obsta que seja editada uma segunda medida provisória que ab-rogue a
primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia.

c) Por força do princípio da separação de poderes, é vedado ao Poder Judiciário


examinar o preenchimento dos requisitos de urgência e de relevância por
determinada medida provisória.

d) Em situações excepcionais elencadas no texto constitucional, a medida


provisória rejeitada pelo Congresso Nacional somente poderá ser reeditada na
mesma sessão legislativa de sua edição.

e) A proibição de edição de medida provisória sobre matéria penal e processual


penal alcança as emendas oferecidas ao seu correspondente projeto de lei de
conversão, as quais ficam igualmente impedidas de veicular aquela matéria.

2. (CESPE / Agente PC-PE – 2016) No que se refere ao processo


legislativo, assinale a opção correta de acordo com o disposto na CF.

a) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Congresso


Nacional de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional,
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distribuído por, pelo menos, nove estados da Federação.

b) É de competência do Senado Federal examinar as medidas provisórias e


emitir parecer sobre elas, antes que sejam apreciadas pelo plenário de cada
uma das Casas do Congresso Nacional.

c) Leis ordinárias e complementares são espécies do processo legislativo


federal que, aprovadas pelo Congresso Nacional, prescindem da sanção do
presidente da República.

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d) É de competência exclusiva da Câmara dos Deputados sustar os atos


normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa.

e) A iniciativa de leis complementares e ordinárias cabe ao presidente da


República, ao Supremo Tribunal Federal, aos tribunais superiores, ao
procurador-geral da República e aos cidadãos, entre outros.

3. (CESPE / TRT 8a Região – 2016) Acerca do processo legislativo,


assinale a opção correta de acordo com as disposições da CF.

a) Há veto tácito sempre que o presidente da República deixa de sancionar a


lei no prazo constitucionalmente exigido após sua aprovação.

b) É vedada a apresentação de emenda parlamentar a projeto de lei de


iniciativa privativa do presidente da República.

c) Compete ao presidente da República o esclarecimento sobre em que


consiste a contrariedade ao interesse público no veto político a projeto de lei
aprovado pelo Congresso Nacional.

d) A sanção e promulgação de projeto de lei de iniciativa privativa do


presidente da República, mas apresentado por parlamentar, sana o vício de
iniciativa, por convalidação.

e) A aprovação, sem nenhuma emenda ou modificação, de projeto de lei


apresentado pelo presidente da República dispensa a sanção.

4. (CESPE / TCE-PA – 2016) Em decorrência das prerrogativas da


autonomia e do autogoverno, o TCU detém iniciativa reservada para
instaurar processo legislativo destinado a alterar sua organização e
funcionamento, sendo formalmente inconstitucional lei de iniciativa
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parlamentar que disponha sobre a referida matéria.

5. (CESPE / TCE-PA – 2016) Segundo o STF, configura hipótese de


inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa, a edição de lei
de iniciativa parlamentar que estabeleça atribuições para órgãos da
administração pública.

6. (CESPE / TCE-PA – 2016) Cabe ao próprio Ministério Público a


iniciativa de propor ao Poder Legislativo a edição de lei ordinária que
disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, bem como sobre a política remuneratória e seus planos
de carreira.

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7. (CESPE / Advogado Telebrás – 2015) Segundo entendimento


do STF, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de
medidas provisórias, quanto aos conceitos jurídicos indeterminados
de relevância e urgência, apenas em caráter excepcional se
submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força do princípio da
separação de poderes.

8. (CESPE / AGU – 2015) Caso uma lei de iniciativa parlamentar


afaste os efeitos de sanções disciplinares aplicadas a servidores
públicos que participarem de movimento reivindicatório, tal norma
padecerá de vício de iniciativa por estar essa matéria no âmbito
da reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo.

9. (CESPE / AGU – 2015) O veto do presidente da República a um


projeto de lei ordinária insere-se no âmbito do processo legislativo,
e as razões para o veto podem ser objeto de controle pelo
Poder Judiciário.

10. (CESPE / AGU – 2015) No ordenamento jurídico brasileiro,


admitem-se a autorização de referendo e a convocação de plebiscito
por meio de medida provisória.

11. (CESPE / TCU – 2015) Os estados não são obrigados a prever


medida provisória no seu processo legislativo. Entretanto, caso
optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo
legislativo estadual, eles devem observar os princípios e limites
estabelecidos a esse respeito na CF.

12. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) O presidente da República


possui competência para vetar projeto de lei, no todo ou em parte,
tanto sob o fundamento de inconstitucionalidade como por considerá-
lo contrário ao interesse público.

13. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) Dispõem de competência


para apresentar projetos de lei complementar ou ordinária qualquer
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membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou


do Congresso Nacional, o presidente da República, o Supremo Tribunal
Federal, os tribunais superiores, o procurador-geral da República e os
cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.

14. (CESPE/ TRE-GO – 2015) Embora a CF permita ao ocupante da


Presidência da República a adoção de medidas provisórias com força
de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe
a edição desse tipo de instrumento com relação ao direito eleitoral.

15. (CESPE/ ANTAQ – 2014) Não há previsão constitucional para a


iniciativa popular de leis no processo legislativo estadual.

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16. (CESPE/ ANTAQ – 2014) A Constituição autoriza o presidente da


República, o STF, os tribunais superiores e o Procurador-Geral da
República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para
apreciação de projetos de sua iniciativa.

17. (CESPE/ TJ-CE – 2014) Assinale a opção correta com base nas
normas constitucionais que disciplinam as medidas provisórias e na
jurisprudência do STF relativa a essa matéria.

a) Caso o texto original de uma medida provisória seja aprovado e convertido


em lei, essa lei terá de ser sancionada pelo presidente da República, em
homenagem ao princípio da separação de poderes.

b) Em qualquer caso, poderá o STF analisar o preenchimento dos requisitos


de relevância e urgência estabelecidos constitucionalmente para as medidas
provisórias, em homenagem ao princípio da inafastabilidade da jurisdição.

c) Caso medida provisória tenha versado sobre matéria reservada a lei


complementar, sua conversão em lei, pelo Congresso Nacional, convalidará o
vício inicial, desde que tal conversão seja aprovada por maioria absoluta.

d) Apesar de o presidente da República, após a edição da medida provisória,


não poder mais retirá-la da apreciação do Congresso Nacional, ele pode ab-
rogá-la por meio da edição de nova medida provisória.

e) A competência constitucional do presidente da República para adotar


medidas provisórias, em caso de relevância e urgência, poderá ser delegada,
mediante decreto, ao ministro de Estado da Justiça.

18. (CESPE/TCDF – 2014) O veto do presidente da República a


projeto de lei será apreciado em sessão unicameral, somente podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos congressistas.

19. (CESPE/ Câmara dos Deputados – 2014) A CF admite que se


modifiquem, por meio de emendas parlamentares, projetos de lei
elaborados pelo chefe do Poder Executivo no exercício de sua iniciativa
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reservada, mas veda, por inteiro, as emendas que ensejem aumento


de despesa pública.

20. (CESPE/ Câmara dos Deputados – 2014) Se o presidente da


República editar determinada medida provisória, os requisitos
constitucionais de relevância e urgência apenas em caráter
excepcional submeter-se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por força do
princípio da separação dos poderes.

21. (CESPE/ Câmara dos Deputados – 2014) Tendo havido sanção


expressa, é desnecessário o debate acerca de eventual defeito de

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iniciativa, já que este, mesmo existente, restaria convalidado pela


anuência presidencial.

22. (CESPE/ Instituto Rio Branco – 2014) Pertence privativamente ao


presidente da República a iniciativa das leis que disponham sobre a
criação de cargos, funções ou empregos públicos, bem como sobre o
aumento de remuneração, na administração direta e nas autarquias.

23. (CESPE/ Instituto Rio Branco – 2014) São disciplinados por


decreto legislativo os assuntos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, como, por exemplo, a aprovação de tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.

24. (CESPE/2012/Câmara dos Deputados) O processo legislativo


compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias.
Os decretos legislativos e as resoluções — que tratam de matérias de
competência privativa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados
— são considerados atos internos do Poder Legislativo, que não
necessitam de sanção presidencial e, portanto, não compõem o
processo legislativo.

25. (CESPE/2013/Ministério da Saúde) O processo legislativo


compreende a elaboração, entre outros atos normativos, das leis
delegadas, das resoluções e das medidas provisórias.

26. (CESPE/2010/TRT 1ª Região) A iniciativa privativa ou reservada


para deflagrar procedimento destinado à formação de determinada lei
ordinária pode ser objeto de delegação.

27. (CESPE/2009/OAB) A iniciativa das leis complementares e


ordinárias cabe a qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal. As comissões permanentes de ambas as casas podem
discutir e votar projetos de lei que dispensarem a competência do33657489894

plenário, mas não têm o poder de apresentar tais projetos para dar
início ao processo legislativo.

28. (CESPE/2009/OAB) São de iniciativa privativa do presidente da


República as leis que disponham sobre o aumento de remuneração dos
cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica.

29. (CESPE/2009/TCE-AC) O Procurador-Geral da República tem


competência para propor projeto de lei ordinária ou complementar.

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30. (CESPE/2011/STM) A iniciativa para elaboração de leis


complementares e ordinárias constitui exemplo da denominada
iniciativa concorrente.

31. (CESPE/2013/Polícia Federal/Delegado) A iniciativa das leis


ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao
presidente da República, ao STF, aos tribunais superiores, ao
procurador - geral da República e aos cidadãos. No que tange às leis
complementares, a CF não autoriza a iniciativa popular de lei.

32. (CESPE/2009/TRE-MA) O sistema legislativo vigente é o


unicameral, opção adotada a partir da Constituição Federal de 1934,
exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de ser
aprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessão
conjunta, para que possam ser levados à sanção do presidente da
República.

33. (CESPE/2010/TRT 1ª Região) A CF veda a iniciativa popular para


desencadear processo legislativo destinado à edição de lei
complementar.

34. (CESPE/2009/OAB) A iniciativa popular de lei pode ser exercida


pela apresentação, à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal, de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional,
distribuído, pelo menos, por cinco estados.

35. (CESPE/2009/TCE-AC) A CF prevê a hipótese de iniciativa


popular, que pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos
Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 10% dos
eleitores de qualquer estado da Federação.

36. (CESPE/2009/Banco Central) A CF atribui ao presidente da


República iniciativa reservada no que concerne a leis sobre matéria
tributária. 33657489894

37. (CESPE/2012/AGU) A competência para votar os projetos de lei


é, em regra, dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, mas as mesas diretoras das respectivas casas podem,
mediante decreto legislativo, outorgar às comissões permanentes, em
razão da matéria de sua competência, a prerrogativa de discutir, votar
e decidir as proposições legislativas.

38. (CESPE/2010/TCE-BA) Se um projeto de lei for rejeitado em uma


das casas do Congresso Nacional, a matéria dele constante somente
poderá ser objeto de novo projeto, no mesmo ano legislativo,

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mediante proposta de dois terços dos membros de qualquer das casas


legislativas.

39. (CESPE/2010/TRE-MT) Decorrido o prazo de quinze dias para o


exame do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, o silêncio
do presidente da República importará veto, em razão da
impossibilidade de ocorrer sanção tácita.

40. (CESPE/2011/TRF 5ª Região/Juiz) Apesar de não admitir o veto


presidencial tácito, a CF admite o denominado veto sem motivação,
resguardando ao presidente da República a prerrogativa de
simplesmente vetar, sem explicar os motivos de seu ato.

41. (CESPE/2010/DPU) Considere que o chefe do Poder Executivo


tenha apresentado projeto de lei ordinária que dispõe sobre a
remuneração de servidores públicos. Nesse caso, não se admite
emenda parlamentar ao projeto para aumento do valor da
remuneração proposto.

42. (CESPE/2010/Abin) O Poder Legislativo opera por meio do


Congresso Nacional, instituição bicameral composta pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal. Salvo disposição constitucional em
contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.

43. (CESPE/2004/MPTCU) O processo de elaboração de leis no


sistema bicameral impõe que o projeto aprovado por uma Casa seja
submetido à outra Casa tantas vezes quantas forem as emendas que
cada qual introduzir, de modo a garantir iguais poderes ao Senado e à
Câmara dos Deputados.

44. (CESPE/2012/TJ-CE) No processo legislativo da lei ordinária, o


veto presidencial parcial pode abranger trecho, palavras ou expressões
constantes de artigo, parágrafo ou alínea. 33657489894

45. (CESPE/2012/TJ-AC) O veto a projeto de lei deverá ser apreciado


em cada uma das casas do Congresso Nacional dentro de trinta dias a
contar da decisão presidencial, e sua rejeição dependerá do voto de
dois terços dos membros de cada uma delas, em votação nominal.

46. (CESPE/2013/MPU) Promulgação é ato que incide sobre projeto


de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do
ordenamento jurídico.

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47. (CESPE/2010/TCE-BA) O presidente da República só pode


solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa, seja
privativa, seja concorrente.

48. (CESPE/2008/TJ-DFT) A promulgação de uma lei torna o ato


perfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica é inovada.
A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá conhecimento a
todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir.

49. (CESPE/2013/Ministério da Saúde) Proposta de emenda


constitucional será votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, sendo considerada aprovada se obtiver, em ambos os
turnos, três quintos dos votos dos respectivos parlamentares.

50. (CESPE/2012/TJ-RR) As denominadas limitações materiais ao


poder constituinte de reforma estão exaustivamente previstas da
Constituição Federal de 1988 (CF).

51. (CESPE/2012/Anatel) Não são permitidas emendas à


Constituição Federal durante a vigência de intervenção federal.

52. (CESPE/2010/TRE-MT) A CF poderá ser emendada mediante


proposta de um terço das Assembleias legislativas das unidades da
Federação, mediante a maioria relativa de seus membros.

53. (CESPE/2010/TRE-MT) Não será objeto de deliberação a


proposta de emenda tendente a abolir a forma republicana de governo.

54. (CESPE/2009/OAB) A emenda à CF será promulgada, com o


respectivo número de ordem, pelo presidente do Senado Federal, na
condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação não
ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua
aprovação, as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deverão fazê-lo.

55. (CESPE/2009/TCU) Uma vez preenchido o requisito da iniciativa


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e instaurado o processo legislativo, a proposta de emenda à CF será


discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos
dos votos dos respectivos membros.

56. (CESPE/2009/TCU) Da mesma forma que o poder constituinte


originário, o poder de reforma não está submetido a qualquer
limitação de ordem formal ou material, sendo que a CF apenas
estabelece que não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto,

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universal e periódico, a separação de poderes e os direitos e garantias


individuais.

57. (CESPE/2008/STF) A CF, conforme seu próprio texto, pode ser


emendada por meio de iniciativa popular, desde que o projeto seja
subscrito, por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por,
pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de
cada um deles.

58. (CESPE/2002/Consultor Legislativo do Senado Federal) Uma


proposta de emenda constitucional destinada a tornar facultativo o
voto para todos os brasileiros seria inconstitucional, por violar
cláusula pétrea, e, portanto, o presidente da República poderia
impugná-la perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

59. (CESPE/2013/MPU) É expressamente vedada a edição de


medidas provisórias que versem sobre matérias de direito penal,
processual penal e processual civil.

60. (CESPE/2013/MPOG) É vedada pela Constituição Federal a edição


de medida provisória pelo presidente da República para dispor sobre
matéria orçamentária, ressalvada a abertura de créditos
extraordinários.

61. (CESPE/2012/TJ-CE) Segundo o STF, uma vez editada a medida


provisória, não pode o presidente da República retirá-la da apreciação
do Congresso Nacional nem tampouco ab-rogá-la por meio de nova
medida provisória.

62. (CESPE/2012/TJ-AC) As medidas provisórias devem ser votadas


em sessão conjunta do Congresso Nacional, no prazo de sessenta dias
a contar de sua publicação, sob pena de imediata perda da sua
eficácia.

63. (CESPE/2010/TRT 21ª Região) As medidas provisórias perdem a 33657489894

eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de


trinta dias, prorrogável uma vez, por igual período.

64. (CESPE/2010/TRE-BA) Para matérias reservadas a lei


complementar, ao presidente da República é vedado editar medida
provisória.

65. (CESPE/2010/TRE-MT) É vedada a edição de medidas provisórias


sobre matéria relativa a direito civil.

66. (CESPE/2009/TCE-AC) As medidas provisórias perderão a


eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de

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trinta dias a contar de sua publicação, devendo o Congresso Nacional


disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.

67. (CESPE/2009/TCE-AC) A reedição, na mesma sessão legislativa,


de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido
sua eficácia por decurso de prazo será permitida apenas uma vez, por
igual período.

68. (CESPE/2012/TJ-AC) As leis delegadas serão elaboradas pelo


presidente da República após a edição pelo Congresso Nacional de
decreto legislativo com a especificação do conteúdo e dos termos de
exercício da delegação.

69. (CESPE/2012/TJ-CE) O controle exercido pelo Congresso


Nacional sobre a lei delegada opera efeitos ex tunc.

70. (CESPE/2012/TJ-RR) As leis delegadas, editadas pelo presidente


da República após prévia autorização do Congresso Nacional, por meio
de decreto legislativo, são discutidas e votadas em cada casa
legislativa, sendo vedada a apresentação de emendas a essas leis.

71. (CESPE/2010/TRT 21ª Região) As matérias de competência


exclusiva do Congresso Nacional são reguladas por decretos
legislativos.

72. (CESPE/2010/TRE-MT) No que se refere a leis delegadas, se a


resolução determinar a apreciação do projeto de lei pelo Congresso
Nacional, este a fará em votação única, sendo vedada qualquer
emenda.

73. (CESPE/2012/TJ-RR) Celebrado tratado, convenção ou ato


internacional pelo presidente da República, cabe ao Congresso
Nacional o correspondente referendo ou aprovação, mediante a edição
de resolução específica.

74. (CESPE/2009/Banco Central) As matérias de competência


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privativa do Senado Federal não dependem de sanção presidencial e se


materializam por meio de decreto legislativo.

75. (CESPE/2002/Consultor Legislativo do Senado Federal) Embora


não seja cabível ação direta de inconstitucionalidade (ADIn) perante o
STF contra projeto de lei federal, o Poder Judiciário pode exercer
controle difuso de constitucionalidade de projetos de lei.

76. (CESPE/2008/STJ) Dependerá de lei complementar a


regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a
exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A
referida lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e

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patrimonial da administração direta e indireta e condições para


instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera
federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no
ADCT.

77. (CESPE/2009/TCE-ES) Lei ordinária federal estabelecerá normas


de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para instituição e funcionamento de fundos.

78. (CESPE/2012/TCU) É cabível que lei complementar estabeleça


normas referentes às condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

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Gabarito

1. LETRA B
2. LETRA E
3. LETRA E
4. CORRETA
5. CORRETA
6. CORRETA
7. CORRETA
8. CORRETA
9. ERRADA
10. ERRADA
11. CORRETA
12. CORRETA
13. CORRETA
14. CORRETA
15. ERRADA
16. ERRADA
17. LETRA D
18. ERRADA
19. ERRADA
20. CORRETA
21. ERRADA
22. CORRETA
23. CORRETA
24. ERRADA
25. CORRETA
26. ERRADA
27. ERRADA
28. CORRETA
29. CORRETA
30. CORRETA
31. 33657489894

ERRADA
32. ERRADA
33. ERRADA
34. ERRADA
35. ERRADA
36. ERRADA
37. ERRADA
38. ERRADA
39. ERRADA
40. ERRADA
41. CORRETA
42. CORRETA

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43. ERRADA
44. ERRADA
45. ERRADA
46. ERRADA
47. CORRETA
48. ERRADA
49. CORRETA
50. ERRADA
51. CORRETA
52. ERRADA
53. ERRADA
54. ERRADA
55. CORRETA
56. ERRADA
57. ERRADA
58. ERRADA
59. CORRETA
60. CORRETA
61. ERRADA
62. ERRADA
63. ERRADA
64. CORRETA
65. ERRADA
66. ERRADA
67. ERRADA
68. ERRADA
69. ERRADA
70. ERRADA
71. CORRETA
72. CORRETA
73. ERRADA
74. ERRADA
75. 33657489894

CORRETA
76. CORRETA
77. ERRADA
78. CORRETA

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