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CONTEÚDOS
O berço da humanidade
As primeiras civilizações do norte da África
As primeiras civilizações do centro-sul da África
A escravidão do povo africano
Cultura, arte e religião
O berço da humanidade
Os estudos históricos e arqueológicos nos mostram que a África foi a região em que
a humanidade provavelmente surgiu. Foi nesse continente, que se encontraram os mais
antigos registros da presença dos primeiros hominídeos e, também, do homem moderno.
A evolução humana, na África, ocorreu há cerca de 200 mil anos atrás e, a partir
daí, iniciou-se um processo de migração e ocupação de outros territórios em outras partes
do mundo, expandindo-se demograficamente e conquistando esses novos espaços de
maneira progressiva. Desse modo, pode-se afirmar que todo ser humano,
independentemente de ser negro, branco, amarelo ou vermelho, tem suas raízes ligadas a
um passado africano.
Os hábitos nômades, desse período, podem ter deslocado grupos humanos que
buscavam por regiões com maior fartura de alimento ou de segurança. Assim, pode-se
explicar a propagação da espécie humana pela sua alta capacidade adaptativa para se
proteger dos rigores do meio ambiente e acessar as mais variadas fontes de alimentação.
Com a descoberta da agricultura, alguns desses grupos se sedentarizaram e, alguns
séculos depois, formaram as primeiras civilizações do mundo antigo, como já foi discutido
no Tema de Estudo de História - Conceitos e Pré-história.
Os povos que viviam mais próximos ao oceano atlântico, acabaram por se destacar
por meio do comércio das riquezas naturais dessa região, como por exemplo o ouro. Assim,
conforme eles se desenvolviam e se tornavam sociedades mais complexas surgia a
necessidade de se criar estruturas administrativas também mais complexas, nascendo daí
grandes impérios como o Reino de Gana do século 3 d.C.
O luxo, a grandeza e o glamour dos monarcas de Gana ganharam grande fama pelo
mundo. Seus palácios eram ornamentados com ouro e marfim e, quando morriam, eram
celebrados grandes funerais. Apesar de toda essa riqueza, o Reino de Gana tinha uma
agricultura pouco significativa dada a aridez do seu solo e clima. Esse império sobreviveu
até o século 14 d.C., quando foi dominado pelo recém surgido Império Mali.
Os bantos habitavam a região da atual Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao
contrário dos berberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Eles conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de
povos vizinhos. Chegaram a formar um vasto reino (reino do Congo) que dominava grande
parte do noroeste do continente.
O reino do Congo era organizado em aldeias comandadas por um chefe. O rei banto,
também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e
alimentos de todas as tribos que formavam seu reino. O manicongo gastava parte do que
arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção,
e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o manicongo possuía poderes
sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Outros povos, desse período histórico, não se desenvolveram a ponto de formar
grandes impérios e, por isso, se mantiveram organizados em uma estrutura tribal e
rudimentar.
Orixá dos mares e da limpeza. Orixá mensageiro, guia dos caminhos. Orixá do trovão e da guerra.
Orixá da paz, do branco e da luz. Orixá do pântano, da lama e da morte. Orixá do ferro e da agricultura.
Dica: Para entender melhor e se aprofundar nesse assunto, faça a oficina sobre África
disponível no Portal EJ@, na seção Área do Educador do Ensino Médio, na Socialização
de Práticas Pedagógicas de Ciências Humanas:
Oficina - África
ATIVIDADES
(__) A cultura africana é muito limitada às superstições de uma cultura atrasada e de poucos
conhecimentos científicos.
(__) Na Idade Antiga e Média, existiram grandes impérios na África como o Reino de Gana,
do Congo e de Axum.
(__) A expansão do Império Islâmico, que ocorreu durante a Idade Média, influenciou a
religiosidade do norte da África.
(__) Durante a expansão do Império Romano, o território centro-sul da África foi ocupado e
colonizado com grande facilidade.
(__) A escravidão era uma prática comum entre as civilizações africanas, mesmo antes do
contato com os europeus.
(__) Conflitos e guerras não eram comuns entre os impérios africanos devido a todos os
povos falarem a mesma língua e seguirem a mesma religião.
REFERÊNCIAS
COSTA E SILVA, Alberto da. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
COSTA E SILVA, Alberto da. A manilha e o libambo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
M´BOKOLO, Elikia. África negra – história e civilizações. Trad. Alfredo Margarido. Editora
Vulgata, 2003.
O PÚBLICO DIGITAL. Pigmeus africanos, um símbolo da capacidade humana de
adaptação. Caderno de Ciências, publicado em 30/07/2015. Disponível em:
<https://www.publico.pt/ciencia/noticia/pigmeus-africanos-um-simbolo-da-capacidade-
humana-de-adaptacao-1703556>. Acesso em: 29 jan. 2016. 16h.
GABARITO
2.
F – A cultura africana é extremamente rica e diversificada. Povos da África desenvolveram
vários conhecimentos arquitetônicos, matemáticos, astronômicos e cartográficos.
V
V
F – O Império Romano conquistou todo o norte da África e também os territórios do antigo
Egito, porém, eles se limitaram a não ultrapassar a região demarcada pelo Saara.
V
F – As guerras entre os diversos povos africanos eram bastante comuns e não existia uma
única língua ou religião. Mesmo que algumas línguas tivessem a mesma raiz, elas eram
diferentes e variavam de povo para povo, assim como as suas concepções religiosas.
3. Alternativa B.
Comentário: Os povos africanos praticavam o comércio com o oriente desde a idade antiga.
Povos que viviam nas proximidades do Mar Vermelho relacionavam-se, mais diretamente,
com os povos árabes e indianos. Assim, o intercâmbio cultural dessas civilizações sempre
foi intenso.