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NR-10

APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES


E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

NORMA REGULAMENTADORA
Nº 10
CURSO BÁSICO

SEGURANÇA EM SERVIÇOS
COM ELETRICIDADE

ANASTÁCIO ENGENHARIA E COMERCIO LTDA - CNPJ: 11.749.350/0001-71


Telefones: 011 2214-3261 / 98027-1036 - Email: anastacioengenharia@gmail.com - Site: www.anastacio.eng.br
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NR-10
APOSTILA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

SUMÁRIO
Pág.

1 – Introdução à segurança com eletricidade ............................................................... 03

2 – Eletricidade ................................................................................................................ 05

3 – Riscos Em Instalações E Serviços Com Eletricidade / Discussão De Casos ...... 17

4 – Técnicas De Análise De Risco/ Riscos Adicionais ................................................. 52

5 – Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC ............................................................. 59

6 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI ............................................................ 61

7 – Rotinas De Trabalho - Procedimentos ..................................................................... 76

8 – Documentação de Instalações Elétricas ................................................................. 82

9 – Responsabilidades .................................................................................................... 83

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E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

CURSO BÁSICO DE
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

1 - INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE

A atualização da legislação brasileira (NR-10) referente à prevenção de acidentes do trabalho


tornou-se um dos principais dispositivos à disposição de trabalhadores e empregadores para
garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Em 1983, entrou em vigor a 1a edição da Norma Regulamentadora Nº 10 (NR-10) do Ministério


do Trabalho e Emprego (MTE). Embora de grande alcance para a época, seu texto se tornou
inadequado às atuais exigências para a segurança do trabalhador.

A Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP, pelo Grupo Técnico Tripartite de Energia
– GTTE, o Ministério de Trabalho e Emprego, promoveu a atualização da Norma que versa
sobre o assunto de sua responsabilidade, alinhando-a a modernos conceitos de segurança e
saúde em instalações e serviços com eletricidade

O novo texto da Norma Regulamentadora Nº 10, foi instituído através da portaria nº 598 de 07
de dezembro de 2004, e foi publicado no Diário Oficial da União de 08 de dezembro de 2004 e
altera a redação anterior da Norma Regulamentadora n° 10, aprovada pela Portaria nº 3.214,
de 1978.

Esta revisão da Norma dispõe sobre diretrizes básicas para a implementação de medidas de
controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que direta ou indiretamente interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade nos seus mais diversos usos e aplicações, e quaisquer trabalhos realizados nas
suas proximidades.

SEGURANÇA EM SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

OBJETIVO:

Estabelecer requisitos mínimos para garantir a segurança nos trabalhos em eletricidade e o


cumprimento da NR-10 (Segurança em instalações e serviços em eletricidade).

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APLICAÇÃO:

Aplica-se a todos os serviços em instalações, sistemas e equipamentos elétricos.

Serviços em instalações elétricas são aqueles onde é previsto ou possível o contato do


trabalhador com partes destinadas à condução de corrente elétrica em condições normais de
desempenho da instalação.

Dessa forma, são exemplos de serviços em instalações elétricas:

- Extrair e inserir gavetas elétricas ou disjuntores, independente da tensão;

- Executar ou reapertar ligações entre condutores elétricos;

- Trocar lâmpadas, luminárias, reatores, bocais;

- Trocar fusíveis;

- Intervir em sistemas de corrente contínua de alta potência (Ex: Retificadores e bancos de


baterias), mesmo se em extra-baixa tensão.

Os serviços na chamada zona livre (ver Anexo I – Zona de Risco e Zona Controlada) são
considerados serviços fora da área energizada. Exemplos de serviços na zona livre:

- Reapertar parafusos de tampa de caixa de ligação ou de caixa de passagem, pelo lado de


fora e com tampa fechada;

- Também não são serviços em instalações elétricas aqueles em instrumentação (Ex:


Solenóide, sensores, transmissores de sinal, conversores de sinal e controladores de
processo), desde que alimentados em extra-baixa tensão (menor que 50Vca ou 120Vcc).

ELETRICIDADE:

A eletricidade é a forma de energia mais utilizada na sociedade atual, considerando a


eletricidade silenciosa, inodora e invisível, mas que apresenta um grande potencial de
acidentes em conseqüência dessa “invisibilidade”, a pessoa é, muitas vezes, exposta a
situações de risco ignoradas ou mesmo subestimadas. Infelizmente, conforme demonstram as
estatísticas, o acidente elétrico quase sempre deixa grandes sequelas e pode causar até a
morte.

O objetivo básico deste curso é permitir ao treinando o conhecimento básico dos riscos a que
se expõe uma pessoa que trabalha com instalações ou equipamentos elétricos, incentivar o
desenvolvimento de um espírito crítico que lhe permita avaliar tais riscos e apresentar de forma
abrangente sistemas de proteção coletiva e individual que deverão ser utilizados na execução
de suas atividades.

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2 - ELETRICIDADE

2 - Introdução

A eletricidade é a forma de energia mais usada em todo o mundo. Sem ela não há dúvida de
que o homem não teria as maravilhas que dispõe hoje. Ao acendermos uma simples lâmpada
ou ligarmos o mais complexo dos aparelhos devemos sempre estar conscientes de que vários
fenômenos elétricos estão ocorrendo naquele momento.

Podemos afirmar que a eletricidade está presente em quase todos os instantes de nossas
vidas. Nos momentos de lazer ou de trabalho estamos de uma forma ou de outra, utilizando a
eletricidade.

Há muitos anos o homem vem se preocupando em desvendar os segredos que envolvem esta
forma de energia tão maravilhosa; as pesquisas e os estudos têm sido muitos, mas, apesar de
todos os avanços que têm sido alcançados podemos afirmar que a eletricidade, na sua
essência, continua sendo um mistério. E é exatamente esta série de dilemas que nos faz cada
vez mais ficar fascinados pelo estudo da eletricidade.

Eletricidade

2.1 - Estrutura da Matéria

Todos os corpos existentes na natureza são constituídos de matéria. Se pudéssemos


observar a menor parte (dividindo-a ao meio até encontrarmos esta parte) da matéria, veríamos
que ela é formada de pequenas partículas que recebem o nome de átomos.

Átomos São as Partículas Formadoras de Toda a Matéria

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Estudo do Átomo
Os átomos são tão pequenos, que 100 milhões deles, um ao lado do outro, formarão uma reta
de 10 mm de comprimento.

100 000 000 de átomos =

Um átomo não pode ser visto a olho nu, mas, caso isso
fosse possível veríamos que ele é formado por três
partículas: prótons, nêutrons e elétrons (que são
chamadas de partículas subatômicas). Os prótons e
nêutrons encontram-se numa parte central do átomo
chamada de núcleo, enquanto os elétrons giram em torno
desse núcleo, constituindo a eletrosfera.

Os Átomos São Formados por Prótons, Nêutrons e Elétrons.

2.2 - CARGA ELÉTRICA

Verifica-se que os prótons e os elétrons são providos de certa propriedade à qual se deu o
nome de carga elétrica (também chamada de quantidade de eletricidade). Os nêutrons não
apresentam essa propriedade e, por isso, são desprovidos de eletricidade. As cargas elétricas
presentes nos prótons e nos elétrons são de características opostas e, por isso, diz-se que as
primeiras são positivas (+), enquanto que as outras são negativas (-).

Prótons: São partículas subatômicas que possuem cargas elétricas Positivas (+)

Elétrons: São partículas subatômicas que possuem cargas elétricas Negativas (-)

Nêutrons: São partículas subatômicas que não possuem cargas elétricas.

Núcleo: É o centro do átomo onde estão os Prótons e Nêutrons.

Eletrosfera: São as camadas ou órbitas formadas pelos elétrons que se movimentam


em trajetórias circulares em volta do núcleo.
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A eletrosfera pode ser composta por camadas, identificadas pelas letras maiúsculas K,
L, M, N, O, P e Q.

Cada camada da eletrosfera é formada por um número máximo de elétrons, conforme você
pode observar na tabela abaixo.

A distribuição de prótons, nêutrons e elétrons é que de fato diferenciará um material do outro.

- Mais camadas
Menos força de atração exercida pelo núcleo.
Quanto mais elétrons. Mais livres os elétrons da última camada.
Mais instável eletricamente.
Mais condutor o material.

Menos camadas
Mais força de atração exercida pelo núcleo.
Quanto menos elétrons. Menos elétrons livres.
Mais estável eletricamente.
Mais isolante o material.

- Prata / Ar Seco
- Cobre / Vidro
Condutores / Isolantes - Alumínio / Mica
- Zinco / Borracha
- Latão / Amianto
- Ferro / Baquelite

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2.3- Corrente Elétrica

A corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas


elétricas, mas, como sabemos que as únicas partículas
que podem ser deslocadas são os elétrons e, mais
facilmente os elétrons livres. Podemos então afirmar
que:

Corrente Elétrica é o Movimento Ordenado de Elétrons Livres em um Caminho Condutor.

A corrente elétrica é representada por I ou i e a sua unidade de medida é o Ampére, que se


abrevia sempre por A.

O Instrumento Usado Para Medir Corrente Elétrica é o Amperímetro.

Em eletricidade existem dois tipos de corrente que se distinguem pela forma como os elétrons
se deslocam no interior dos condutores. A corrente contínua e a corrente alternada. Vejamos
em linhas gerais quais as diferenças entre as duas:
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Corrente Contínua é Aquela em Que os Elétrons se Deslocam Sempre no Mesmo Sentido.

Corrente Alternada é Aquela em Que os Elétrons Períodicamente Invertem o Seu Deslocamento


e em Cada Instante Tem um Valor Diferente.

2.4- Diferença de Potencial

Vimos que a corrente elétrica é o movimento ordenado de


elétrons. Mas para que os elétrons se desloquem é
necessário que uma força atue sobre eles. Essa força
recebe o nome de diferença de potencial (ddp) e
também é conhecida por tensão (E), força eletromotriz
(f.e.m) ou ainda voltagem (V). Todos estes termos
servem para dar nome à força que dá origem ao
movimento dos elétrons, isto é, a corrente elétrica.

A unidade de medida da tensão elétrica é o VOLT, que é se abrevia sempre por V.

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O Instrumento Usado Para Medir Tensão Elétrica é o Voltímetro.

2.5- Resistência Elétrica

Quando uma corrente elétrica atravessa um material qualquer ela encontra uma certa
dificuldade que recebe o nome de Resistência Elétrica.

Resistência Elétrica é a Dificuldade Oferecida a Passagem da Corrente Elétrica.

Todos os materiais existentes na natureza oferecem resistência à passagem da corrente


elétrica. As características do material e as condições em que ele se encontra é que definem o
valor da sua resistência elétrica.

A resistência elétrica de um corpo é sempre representada pela letra R. A unidade de medida da


resistência é o OHM, que se representa (Ω) .

O Instrumento Usado Para Medir Resistência Elétrica é o Ohmímetro.

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2.5.1 - Fatores Que Influem na Resistência Elétrica de um Condutor:

2.5.1.1- Temperatura

Verifica-se, na prática que o valor da resistência elétrica de


um corpo varia em função da sua temperatura. Essa
afirmação pode ser constatada em laboratório ao
medirmos a resistência de um determinado corpo à
temperatura ambiente e depois de o aquecermos. Verifica-
se, nesse caso, que o valor da resistência dos metais
aumenta quando eles são aquecidos e diminui quando os
mesmos são resfriados. Dizemos então, que a resistência
de um corpo metálico é uma função direta da sua
temperatura.

Ao Aquecermos um Corpo Metálico a Sua Resistência Elétrica Aumenta.


Ao Resfriarmos um Corpo Metálico a Sua Resistência Elétrica Diminui.

2.5.1.2- Comprimento

Se um corpo tiver o seu comprimento cortado pela metade verificamos que a sua resistência
também será reduzida à metade. Isto pode ser explicado da seguinte forma: Os elétrons, ao
atravessarem o corpo inteiro, encontrarão um determinado número de obstáculos, o que vai
caracterizar um certo valor de resistência elétrica, caso esse corpo tenha o seu comprimento
cortado pela metade o mesmo ocorrerá com o número de obstáculos encontrados pelos
elétrons no seu deslocamento, o que faz com que a resistência tenha seu valor reduzido à
metade.

A Resistência Elétrica é Diretamente Proporcional ao Comprimento do Corpo.

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2.5.1.3- Seção Transversal

Um fenômeno inverso ocorre quando cortamos um corpo no sentido da sua seção transversal.
Nesse caso a passagem para os elétrons torna-se mais difícil, fazendo, portanto, com que a
sua resistência elétrica aumente.

A Resistência Elétrica é Inversamente Proporcional a Seção Transversal do Corpo.

2.5.1.4- Material

A resistência elétrica, também varia em função do material do corpo.

2.6- Lei de Ohm

George Simon Ohm foi o cientista que no século XIX demonstrou experimentalmente a
constante de proporcionalidade, entre a corrente elétrica, a tensão e a resistência. Essa
relação é denominada Lei de Ohm e é expressa literalmente como:

A Intensidade da Corrente é Diretamente Proporcional a Tensão Aplicada e Inversamente


Proporcional a Resistência do Circuito.

Na forma de equação a Lei de Ohm é expressa como: I=V∕R

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2.7- Potência:

Toda e qualquer forma de energia usada para realizar um trabalho.

POTÊNCIA ELÉTRICA - É a capacidade que uma máquina elétrica possui de realizar trabalho
num certo período de tempo.

A unidade de potência mais usual é o Watt, mas algumas pessoas, usam também o cv
(cavalo-vapor) e o HP (Horse-Power) que valem, aproximadamente 750 W.

1 CV ou 1 HP = 750 Watts

Obs: Pelas normas ABNT não é prática o uso das grandezas HP e cv, sendo adotada a
grandeza kw.

Há três fórmulas que nos permitem calcular a potência elétrica:

P=VI P = V2 / R P = R I2

Nas três formulas P representa a potência medida em Watts, V representa a tensão medida em
Volts, I representa a corrente medida em Ampéres e R é a resistência medida em Ω.

2.7.1 - Potência Nos Circuitos Elétricos

Potência nos Circuitos de CC

A potência consumida por um circuito de corrente contínua é dada em watts, pelo produto da
tensão pela corrente.

Potência nos Circuitos de CC

Em corrente alternada, o produto tensão x corrente, representa a potência aparente do circuito,


isto é, a potência que o circuito aparenta ter uma vez que há uma defasagem entre E e I.
É medida em volt-ampères (VA).

ENERGIA:

Para que um trabalho seja realizado, evidentemente, é necessário um certo tempo. Podemos
afirmar que a energia é a velocidade com que a potência é usada na realização de um trabalho
em um determinado tempo. Essa definição é genérica e serve para todos os tipos de energia,
seja ela elétrica, mecânica, calorífica, luminosa ou outra forma qualquer existente na natureza.

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2.7.1.1- Circuito Resistivo

Num circuito composto só por resistências tais como chuveiros, aquecedores, fornos elétricos,
etc., vamos observar que a corrente permanente está em fase com a tensão.

2.7.1.2- Circuito Indutivo

No circuito composto por bobinas, características dos motores, observamos uma defasagem de
até ¼ ciclos entre a corrente e a tensão.

A corrente fica atrasada em até 90º em relação à tensão.

2.7.1.3- Circuito Capacitivo

Em um circuito composto por capacitores vamos observar que também há uma defasagem de
até 90º, só que a corrente será sempre adiantada em relação à tensão.

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Se um circuito for constituído só por resistência (resistivo), encontramos uma energia que é
transformada em outras formas de energia, denominada Potência Útil ou Potência Ativa.

Se um circuito for constituído por Resistência e bobinas, encontramos além da Potência Ativa
as Potências Reativa e Aparente.

2.7.2 - Potência Ativa

É aquela que efetivamente é transformada, produzindo trabalho nos circuitos de CA, é


chamada potência ativa, e a sua unidade é o Watt (W), ou quilowatt (kW), é obtida pelo
produto:
W E x I x cos

È a energia faturada nos consumidores ligados em Baixa Tensão, a Concessionária somente


apresenta o valor da Energia Ativa consumida no período (mês) expressa em kWh.

2.7.3 - Potência Reativa

É aquela que não produz trabalho, utilizada para criar fluxo magnético necessário ao
funcionamento de equipamentos como motores, transformadores, reatores, etc.

A potência Reativa pode ser indutiva (causada por bobinas) ou capacitiva (causada por
capacitores) e sua unidade é o Volt Ampére Reativo (VAr) ou Quilo Volt Ampére Reativo
(kVAr).

2.7.4 - Potência Aparente

Potência aparente ou Potência Total é aquela que a Concessionária realmente fornece ao


consumidor.

Somando-se vetorialmente as Potências Ativa e Reativas, obteremos a Potência Aparente que


é expressa em Volt Ampére (VA) ou Quilo Volt Ampére (kVA).

Triângulo das Potências

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2.8 - Fator de Potência

No triângulo das potências observamos que um ângulo é formado entre a Potência Ativa e a
Potência Aparente. A razão entre a Potência Ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados
das Potências Ativa e Reativa, consumidas num período especificado.

Fp = Potência Ativa (kW)


Potência Aparente (kVA)

Fp = _______kWh_________
(kVArh)² + (kW)

2.9 - Energia

As Companhias Distribuidoras de Eletricidade preocupam-se em saber não apenas quantos


Watts são consumidos, mas também o tempo durante o qual ocorre esse consumo. É evidente
que o consumidor que deixe uma lâmpada de 100 W, por exemplo, ligada durante três horas
terá que pagar mais que um outro que deixe a mesma lâmpada ligada durante duas horas.
Para isso as concessionárias multiplicam a potência consumida pelo tempo durante o qual os
aparelhos ficaram ligados. Calcula-se então, a energia elétrica que, nesses casos, é medida
em kWh (Quilo – Watt hora).

1 Kwh CORRESPONDE a 1000 WATTS CONSUMIDOS em 1 HORA

Exemplo:

Quanto se deve pagar no final de um mês de 30 dias por uma lâmpada de 100 W ligada
durante 8 horas por dia?

Dados:

P = 100 W = 0,1 KW

Tempo = t = 8 horas x 30 dias = 240 horas

Custo do KWh = R$ 0,24 (valor usado como exemplo)

Solução:

Custo = 0,1 x 240 x 0,24 = R$ 5,76


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3 - RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE /


DISCUSSÃO DE CASOS

a) - O Choque Elétrico
Os riscos de acidentes dos empregados que trabalham com eletricidade, em qualquer das
etapas de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, são partes
integrantes desta Norma Regulamentadora - Instalações e Serviços em Eletricidade - NR10 do
Ministério do Trabalho e Emprego.

 O choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e


efeitos diversos, que se manifestam no organismo humano
ou animal, quando este é percorrido por corrente elétrica.

 O choque elétrico acontece porque o corpo humano se


comporta como um condutor elétrico, possibilitando a
passagem da corrente elétrica e oferecendo uma
"resistência" através dele.

Uma pessoa está em contato com o solo e toca em algo energizado (um motor, um chuveiro,
uma resistência, um fio descascado, a parte metálica de uma lâmpada, etc). A corrente elétrica
vai escoar para o solo por meio do corpo da pessoa, que dizemos, estará aterrando o circuito.

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A essa passagem de energia denominamos choque elétrico fase-terra. Também pode ocorrer
choque elétrico se a pessoa entrar em contato com dois fios de fases diferentes. Nesse caso,
independente se está em contato com o solo ou não, haverá a passagem de corrente elétrica
pelo corpo, constituindo-se num choque elétrico entre fases.

Ou seja, o choque elétrico só acontecerá quando a pessoa estiver submetida a uma diferença
de potencial (força eletromotriz, tensão ou voltagem) e circular por seu corpo uma corrente
elétrica.

1 - Tensão elétrica - Quanto maior a tensão maior será o choque elétrico e suas
consequências.

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3.1 - Corrente elétrica

É o movimento ordenado de elétrons livre, em um circuito fechado de material condutor, quando


existir uma fonte de tensão elétrica (DDP). (Quanto maior for a corrente circulando pelo corpo,
maior será o choque elétrico e suas consequências).

3.2- Choque produzido por contato com circuito energizado

Aqui o choque surge pelo contato


direto ou indireto da pessoa com a
parte energizada da instalação; o
choque dura enquanto permanecer o
contato e a fonte de energia estiver
ligada.

O corpo humano, não só pela


natureza de seus tecidos como pela
grande quantidade de água que
contém, tem comportamento
semelhante a um condutor elétrico, ou
seja, conduz corrente elétrica. As
conseqüências do choque elétrico
podem ser pequenas contrações,
lesões irreparáveis e até mesmo a
morte.

Assim como todo elemento condutor,


o corpo humano também apresenta
valores de resistência elétrica – R
(resistência ôhmica).

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3.3 - Resistência elétrica –

Embora o corpo humano deva ser considerado um condutor complexo, em parte eletrolítico e
polarizável, pode-se assimilá-lo aos condutores metálicos e definir sua resistência ôhmica
como o quociente da tensão a ele aplicada pela intensidade da corrente que nele transita.

Quando o corpo humano é intercalado por um circuito energizado, passa a ser percorrido por
uma corrente elétrica, cuja intensidade, de acordo com a lei de Ohm dependerá:

 Da tensão existente entre os pontos de entrada e saída da corrente no corpo (V);


 Da resistência dos dois contatos do corpo com o circuito (Rc1 e Rc2);
 Da resistência do corpo entre os dois contatos (Rh).

O valor da resistência ôhmica do corpo humano varia de


pessoa para pessoa, e depende de alguns fatores:
a) área de contato; b) pressão de contado; c) resistência da
pele; d) umidade da pele e e) trajetória da corrente pelo corpo
humano.

A oposição a passagem da corrente elétrica no corpo humano


(a resistência), depende:
- da pele (áspero, seco, úmido, calosidade, etc) - das condições físicas; - da natureza do
contato (solo úmido); - da superfície; e - do tempo de contato.

3.4 - Limiar

3.4.1- Limiar de Sensação (Percepção)

O corpo humano começa a perceber a passagem de corrente


elétrica a partir de 1 mA.

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3.4.2- Limiar de Não Largar

Quando tocamos um objeto energizado, o cérebro emite um


impulso elétrico para a mão afim de que esta solte o objeto. Por
outro lado, a corrente alternada a partir de determinado valor,
excita os nervos provocando contrações musculares
permanentes, com isso o efeito de agarramento que impede a
vítima de se soltar do circuito. A intensidade de corrente para
esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA
para as mulheres. Esse valor corrente é denominado limiar de
não largar.

3.4.3- Limiar de Fibrilação Ventricular

Ocorre com baixos valores de correntes.

3.5 - Efeitos da Corrente Elétrica no Corpo Humano

Os efeitos do choque elétrico no corpo humano variam e dependem principalmente dos


seguintes fatores:

a) Intensidade da Corrente
Quanto maior for a intensidade da corrente que percorrer o corpo, pior será o efeito sobre o
mesmo. As correntes elétricas de baixa intensidade provocam a contração muscular, situação
em que a vítima muitas vezes não consegue se desprender do objeto energizado.

b) Freqüência

Para o ser humano o limiar da sensação da corrente alternada cresce com a freqüência desta.
De 1 mA para a corrente de freqüência industrial, chega a 1,5 mA para a freqüência de 500 Hz,
atingindo 150 mA para a freqüência de 100.00Hz.

As correntes de alta freqüência, acima de 100.000 Hz, têm seus efeitos limitados ao
aquecimento (efeito jaule), o que, aliás, é explorado em eletroterapia.

CA

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c) Tempo de Duração

Quanto maior for o tempo de exposição à corrente elétrica,


maior será seu efeito danoso no organismo.

Dependendo do valor, a corrente produzirá asfixia e


fibrilação ventricular, ocasionando uma parada cardíaca.

d) Natureza da Corrente

O corpo humano é mais sensível à corrente alternada de freqüência industrial (50/60 Hz) do que
à corrente contínua. O limiar de sensação da corrente contínua é da ordem de 5 miliampères,
enquanto que na corrente alternada é de 1 miliampère. A corrente elétrica passa a ser perigosa
para o homem a partir de 9 miliampères, em se tratando de corrente alternada, e, 45
miliampères para corrente contínua.
Natureza da corrente

e) Condições Orgânicas do Indivíduo

Os efeitos do choque elétrico variam de pessoa para pessoa, e dependem principalmente das
condições orgânicas da vítima. Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, mentais,
deficiência alimentar, etc., estão mais propensas a sofrer com maior intensidade os efeitos do
choque elétrico. Os idosos submetidos a uma intensidade de choque elétrico relativamente
fraca, podem sofrer sérias conseqüências.

f) Sintomas do Choque Elétrico:

I - Queimaduras dos ossos, músculos, órgãos, pele, etc..

Geralmente a corrente elétrica atinge o organismo humano através do revestimento cutâneo.


Por este motivo, cerca de 84% das vítimas de acidentes com eletricidade apresentam
queimaduras no seu corpo. As características das queimaduras provocadas por eletricidade
apresentam diferenças em relação às queimaduras provocadas por agentes químicos ou
radiações.

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Quando o organismo humano é submetido a um choque elétrico, as queimaduras são


geralmente menos dolorosas, uma vez que a passagem da corrente elétrica poderá destruir as
terminações nervosas, e tende a progredir em profundidade (com vaporização do plasma e
sangue do corpo; perda de massa muscular e atrofia da região), pois elas tendem a progredir em
profundidade, mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga.

Em relação às queimaduras por efeito térmico, podemos afirmar que a passagem da corrente
elétrica através de um condutor cria o chamado efeito jaule, ou seja, uma certa quantidade de
energia elétrica é transformada em calor.

Conforme a intensidade do choque elétrico, as queimaduras poderão ser:

1º Grau ou Superficiais - Quando atingem a camada mais superficial da pele, causando


ferimento leves, vermelhidão e ardor;

2º Grau - Quando compromete a superfície e a camada intermediária da pele (epiderme e


derme), provocando bolhas e dor intensa.

3º Grau - Quando ocorre lesão da epiderme, derme e de tecidos profundos (músculos, nervos,
vasos etc.). A pele fica carbonizada ou esbranquiçada e há ausência de dor.
Onde:

W - Energia dissipada t2
R - Resistência W  R x Ι2 x t (W   R.Ι2 dt  com Ι constante)
I - Intensidade da corrente t1

t - Tempo

II - Parada respiratória;

A parada respiratória pode ocorrer direta ou indiretamente devido ao choque elétrico.


Choque com corrente elétrica menor do que a do limite de fibrilação ventricular do coração
produz comprometimento na capacidade respiratória do indivíduo, devido a fadiga e
tensionamento do músculo diafragma.

Se o choque for maior, o tensionamento exagerado produz a tetanização do diafragma, e em


conseqüência a parada respiratória. Se o coração continuar funcionando, a circulação será só
de sangue venoso, o que deixa a vítima em estado de morte aparente.

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Obs.: Em dezembro de 2005 a American Heart Association (AHA) divulgou as mais recentes
diretrizes do suporte de vida (ressuscitação cardiopulmonar-cerebral).

Apartir de 2010 é sensato que os socorristas leigos e profissionais de saúde realizem


compressões torácicas a uma frequência mínima de 100 compressões por minuto

III - Parada cardíaca;


O choque pode produzir a tetanização das fibras musculares do tecido do coração. Este estado
exagerado do tensionamento das fibras deixa o coração preso. É a parada cardíaca.

Fibrilação ventricular - Quando a corrente elétrica é de intensidade menor do que a capaz de


produzir a parada cardíaca, ela pode provocar a despolarização de partes do músculo cardíaco,
ocasionando o fenômeno conhecido como fibrilação cardíaca.

A fibrilação ventricular é um caso extremamente grave, por ter conseqüências idênticas à da


parada cardíaca, com o agravante de que mesmo quando cessa o estímulo elétrico, ao contrário
do que acontece na parada cardíaca, o ritmo normal do coração comandado pelo nodo
sinoatrial (fica localizado na região superior do átrio direito, tem a função de marca-passo do
coração, isto é, comanda o ritmo e frequência do coração) não é retomado e poderá perturbar o
seu funcionamento.

Os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações (sístole) e as


expansões (diástole) são alterados e o coração vibra desordenadamente (perde o passo).

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A fibrilação é um fenômeno irreversível que se mantém mesmo depois de desfeito o contato do


indivíduo com o ponto energizado. Só pode ser anulada mediante o emprego de um
equipamento conhecido por desfibrilador;

IV - Prolapso em órgãos ou músculos;

Prolapso é o deslocamento, com mudança definitiva de órgão ou músculos, devido a passagem


da corrente elétrica do choque.
O corpo sofre uma convulsão. Os músculos se contraem, o sangue se dilata, há uma pane nos
sistemas neurotransmissores. Em conseqüência, pode se produzido o prolapso de qualquer
órgão.

V - Problemas mentais;
Muitos acidentes ocorrem com choque na parte superior da cabeça e a corrente passando
através do cérebro, pode produzir efeitos diversos, com seqüelas graves, inclusive a morte.

Os efeitos são:
• Inibição do cérebro;
• Dessincronização nos seus comandos;
• Edema;
• Isquemia;
• Aquecimento;
. Dilatação.
No caso da isquemia (suspensão ou baixa, localizada de irrigação sanguínea, devido a má
circulação arterial) as seqüelas podem ser:

• Perda da memória;
• Perda do raciocínio;
• Perda da fala;
• Comprometimento nos movimentos;
• Perda da visão;

O choque na cabeça ou pescoço, inevitavelmente atingirá o bulbo, produzindo conseqüências


no centro cardiorrespiratório.

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VI - Perdas de coordenação motora;

Choque pode prejudicar a coordenação motora da pessoa, principalmente por:

• Atrofia muscular;
• Danos neurológicos;
• Choque elétrico, superposto ao sinal transmissor natural do corpo, provoca uma pane
geral, advindo daí toda a sorte de riscos e seqüelas. Seqüelas diversas, com possível
perda de sensibilidade e coordenação motora.

VII - Problemas renais;

A corrente elétrica, ao passar pelos rins pode comprometer o funcionamento deste órgão,
geralmente produzindo os seguintes efeitos:

 Insuficiência renal;
 Enuresia (incontinência urinária).

Os problemas renais geralmente aparecem depois de um certo tempo, ficando difícil fazer a
correlação do efeito com choque elétrico.

VIII - Retensão sangüínea;

No caso específico do corpo humano, que é constituído de 70% de matéria liquida, possui
vários tipos de sais minerais, o choque em corrente contínua provoca a eletrólise no sangue e
no plasma líquido de todo o corpo. Este efeito pode ocasionar:

• Mudança da concentração de sais minerais, produzindo desequilíbrio, gerando mal


funcionamento de outros elementos;
• Aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue. Estes
coágulos aumentam ou se aglutinam com outros, aumentando o tamanho, provocando
trombose nas artérias, veias, vasos, etc..com a conseqüente morte da pessoa.

IX - Outros.

Danos na Visão

Os danos, decorrentes do choque, causados no olho humano, podem ser diretos ou indiretos. E
pode prejudicar a visão.

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Tabela 1 – Possíveis Conseqüências do Choque Elétrico no Corpo Humano.

A morte por asfixia poderá ocorrer, se a intensidade da corrente elétrica for de valor elevado,
normalmente acima de 30 mA e circular, pelo diafragma, por um período de tempo
relativamente pequeno, normalmente por alguns minutos.

A asfixia advém do fato do diafragma da respiração se contrair, cessando assim, a


respiração. Se não for aplicada a respiração artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a
seis minutos, ocorrerão sérias lesões cerebrais e possível morte.

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Tabela 2 – Classificação das características da pele.

As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns


minutos. Pesquisas realizadas apresentam as chances de salvamento em função do número de
minutos decorridos do choque aparentemente mortal. Pela análise da tabela 3 esperar a
chegada da assistência médica para socorrer a vítima é o mesmo que assumir a sua morte,
então não se deve esperar, o caminho é a aplicação de técnicas de primeiros socorros pela
pessoa que esteja nas proximidades.

Atenção:
Se a vítima estiver em contato com o circuito energizado, afastá-la do circuito para iniciar os
procedimentos de 1os socorros.

Se for circuito de BT e não sendo possível desligá-lo, usar luvas de borracha antes de fazer
contato com a vítima.

Se for circuito de AT desligá-lo antes de efetuar contato com a vítima, em casos de contato a
nível de solo usar o bastão de salvamento.

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Bastão de salvamento

O bastão de salvamento é feito em fibra de vidro com isolamento de 100kV a cada 30cm. Pode
ser utilizado para tracionar a vítima pelo dorso ou pelo tornozelo.

Como o ser humano que esteja com parada respiratória e cardíaca poderá ter morte cerebral a
partir de 5 minutos, faz-se necessário prestar os primeiros socorros a acidentados,
especialmente através de técnicas de reanimação cardiorrespiratória, logo após o resgate.

Procedimento operacional - Manutenção em tensões elétrica ≥ 440VAC

As instruções de como proceder em caso de descarga elétrica (primeiro socorros) deve estar
afixada próximo a área de realização da tarefa.

Na eventual e improvável situação do operador que está realizando a medição em circuito


energizado vir a receber uma descarga elétrica, o colega que está alerta e devidamente
TREINADO deve providenciar o imediato desligamento do circuito energizado.
Em seguida aplicar os primeiros socorros.
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Tabela 3 – Chances de Salvamento.

A INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA SERÁ EXPRESSA PELA FÓRMULA:

FÓRMULA: V = R X I onde I = V/R

R será o somatório de todas as resistências envolvidas (Rc1 + Rc2 + Rh)

A intensidade da corrente que passa pelo corpo humano será:

I = (V: (Rc 1 + Rc2 + Rh)

Onde:

I = Intensidade da corrente que passa pelo corpo

V= Tensão aplicada

Rc1 = Resistência de contato inicial

Rc2 = Resistência de contato final

Rh = Resistência do corpo humano

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3.6 - As resistências de contato e do corpo (Rc1 e Rc2)

As resistências de contato podem variar dentro de largos limites, dependendo:

3.6.1- Do tipo de pele:

A resistência que o corpo humano oferece à passagem da corrente é quase que exclusivamente
devida à camada externa da pele.

Na pele seca (BB1) e que não apresenta cortes a resistência está situada entre 100KΩ e 600KΩ
e a resistência da pele também depende do seu endurecimento (calosidade).

Quando a pele encontra-se úmida (BB2), esta resistência pode cair a 1KΩ. A explicação para
isto é que a água, penetrando em seus poros, melhora o contato elétrico entre as partes; cortes
também oferecem baixa resistência elétrica.

3.6.2- Resistência interna do corpo (Rh)

A resistência interna do corpo humano depende do seu percurso, ou seja, dos pontos de ligação
entre o corpo e o circuito energizado.

OBS:
Para trabalhadores do setor elétrico em geral, considera-se a pele em condições úmidas devido
ao suor (condição BB2 – vide tabela) com o valor recomendado para cálculo 1000 ohms. Para
resistência de contato recomenda-se usar 15.000 ohms dividido pela área de contato em cm².

Exemplo explicativo

Calcular o efeito da corrente que circula em uma pessoa que toque um condutor energizado
com o dedo e uma máquina com a palma da mão, estando essa energizada com diferença de
potencial de 120 volts.
Considerar a área do dedo como 1 cm² e a área da palma da mão como 60 cm².

Solução:

R = Rc1 + Rcorpo + Rc2


Rc1 = 15.000/1 = 15.000 ohms (1 é a área do dedo)
Rcorpo = 1.000 ohms
Rc2 = 15.000/60 = 250 ohms (60 é a área da palma da mão)
R= 15.000 + 1.000 + 250 = 16.250 ohms
I = 120/16.250 = 0,008 A

I = 8 mA

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1) - Olhar na tabela o efeito do choque nestas condições.

2) - E se ao invés de tocar com um dedo fosse com a palma da mão ou o pé?

Exercício 1.

Calcular o efeito da corrente que circula em uma pessoa que toque um condutor energizado
com o dedo e uma máquina com a palma da mão, estando essa energizada com diferença de
potencial de 220 volts.

Considerar a área do dedo como 1 cm² e a área da palma da mão como 60 cm².

Exercício 2.

Qual dos circuitos (caso I) ou (caso II) é mais perigoso em caso com contato fase terra?

CASO I CASO II

Tensão 3000 V Tensão 220 V


Corrente 1 A Corrente 150 A

A N
B ______________________ F1

C F2

F3

OBSERVAÇÃO:

O Procedimento operacional PO-GROV-0008 determina que os operadores deverão estar


com os EPI’s adequados, luvas de (borracha) alta tensão, carpete de isolação, botas com
isolação adequada.

3.7- Choque produzido por contato com corpo eletrizado

Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade


estática, a duração desse tipo de choque é muito pequena, o
suficiente para descarregar a carga da eletricidade contida no
elemento energizado. Na maioria das vezes este tipo de choque
elétrico não provoca efeitos danosos ao corpo, devido à
curtíssima duração.

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3.7.1- Choque produzido por raio (Descarga Atmosférica)

Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosférica e esta entra em contato
direto ou indireto com uma pessoa; os efeitos desse tipo de choque são terríveis e imediatos.
Ocorre caso de queimaduras grave e até morte imediata.

Descargas Atmosféricas

O raio é um fenômeno de natureza elétrica, sendo produzido por nuvens do tipo cumulus
nimbus, que tem formato parecido com uma bigorna e chega a ter quilômetros de altura e
diâmetro. As tempestades com trovoadas se verificam quando certas condições particulares
(temperatura, pressão, umidade do ar, velocidade do vento, etc.) fazem com que determinado
tipo de nuvem se torne eletricamente carregada internamente. O mecanismo de autoprodução
de cargas elétricas vai aumentando de tal modo que dá origem a uma onda elétrica (raio), que
partirá da base da nuvem em direção ao solo, buscando locais de menor potencial, definindo
assim uma trajetória ramificada e aleatória. Esta primeira onda caracteriza o choque líder que
define sua posição de queda entre 20 a 100 metros do solo. A partir deste estágio, o primeiro
choque do raio deixa um canal ionizado entre a nuvem e o solo, que desta forma permitirá a
passagem de uma avalanche de cargas com corrente de pico em torno de 20.000 ampéres.
Após esse segundo choque violento das cargas elétricas passando pelo ar, há o aquecimento
deste até 30.000 ºC, provocando assim a expansão do ar (trovão). Neste processo os elétrons
retirados das moléculas de ar retornam, fazendo com que a energia seja devolvida sob forma de
relâmpago. A descarga atmosférica pode ser ascendente (da terra para a nuvem) ou
descendente (da nuvem para a terra) ou ainda entre nuvens.

O que são as Descargas Atmosféricas

Descargas atmosféricas são descargas elétricas de grande extensão (alguns quilômetros) e de


grande intensidade (picos de intensidade de corrente acima de um quiloàmpere), que ocorrem
devido ao acúmulo de cargas elétricas em regiões localizadas da atmosfera, em geral dentro
de tempestades. A descarga inicia quando o campo elétrico produzido por estas cargas excede
a capacidade isolante, também conhecida como rigidez dielétrica, do ar em um dado local na
atmosfera, que pode ser dentro da nuvem ou próximo ao solo. Quebrada a rigidez, tem início
um rápido movimento de elétrons de uma região de cargas negativas para uma região de
cargas positivas. Existem diversos tipos de descargas, classificadas em função do local onde
se originam e do local onde terminam.
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Como ocorrem

Descargas atmosféricas podem ocorrer da nuvem para o solo, do solo para a nuvem, dentro da
nuvem, da nuvem para um ponto qualquer na atmosfera, denominados descargas no ar, ou
ainda entre nuvens.

De todos os tipos de descargas, as intra-nuvem são as mais freqüentes, em parte devido ao


fato de a capacidade isolante do ar diminuir com a altura em função da diminuição da
densidade do ar, em parte devido às regiões de cargas opostas dentro da nuvem estarem mais
próximas que no caso dos outros relâmpagos. Globalmente, elas representam cerca de 70%
do número total de descargas. Este percentual varia com a latitude geográfica, sendo em torno
de 80-90% em regiões próximas ao equador geográfico e em torno de 50-60% em regiões de
médias latitudes.

Descargas nuvem-solo

As descargas nuvem-solo, também denominados raios,


são os mais estudados devido ao seu caráter destrutivo.
Elas podem ser divididas em dois tipos ou polaridades,
definidas em função do sinal da carga efetiva transferida
da nuvem ao solo: negativas e positivas.

Os raios negativos, globalmente cerca de 90% dos raios,


transferem cargas negativas (elétrons) de uma região
carregada negativamente dentro da nuvem para o solo.
Os raios positivos, cerca de 10%, transferem cargas
positivas de uma região carregada positivamente dentro
da nuvem para o solo (na realidade, elétrons são
transportados do solo para a nuvem).

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Os raios duram em média em torno de um quarto de


segundo, embora valores variando desde um décimo de
segundo a dois segundos têm sido registrados. Durante
este período, percorrem na atmosfera trajetórias com
comprimentos desde alguns quilômetros até algumas
dezenas de quilômetros.

A corrente elétrica, por sua vez, sofre grandes variações


desde algumas centenas de àmperes até centenas de
quiloàmperes. A corrente flui em um canal com um
diâmetro de uns poucos centímetros, denominado canal do
relâmpago, onde a temperatura atinge valores máximos tão
elevados quanto algumas dezenas de milhares de graus e
a pressão valores de dezenas de atmosferas.

Embora o raio possa parecer para o olho humano uma descarga contínua, na verdade em
geral ele é formado de múltiplas descargas, denominadas descargas de retorno, que se
sucedem em intervalos de tempo muito curtos. Ao número destas descargas, dá-se o nome de
multiplicidade do raio. Durante o intervalo entre as descargas, variações lentas e rápidas de
corrente podem ocorrer.

Raios de Polaridade Negativa

Um raio negativo é formado por diversas etapas. Ele inicia com fracas descargas na região de
cargas negativas dentro da nuvem, em geral em torno de 5 km, que se deslocam em direção
ao centro inferior de cargas positivas ao longo de um período de cerca de 10 milissegundos
(ms) denominado período de quebra de rigidez preliminar.

Ao final do processo de quebra de rigidez, uma fraca descarga luminosa, geralmente não
visível, denominada líder escalonado, se propaga para fora da nuvem em direção ao solo com
uma velocidade em torno de 400.000 km/h ao longo do canal de relâmpago. Por transportar
cargas negativas, o líder escalonado é dito ser negativo.

Líder Escalonado

O líder escalonado segue um caminho tortuoso e em etapas, cada uma delas percorrendo de
30- 100 m e com duração em torno de um microssegundo (ms), em busca do caminho mais
fácil para a formação do canal. Ao final de cada etapa, há uma pausa de cerca de 50 ms. A
maior parte da luminosidade é produzida durante as etapas de um m s, praticamente não
havendo luminosidade durante as pausas.

Ao todo, o líder escalonado transporta dez ou mais coulombs de carga e aproxima-se do solo
em média em 20 ms, dependendo sobre a tortuosidade de seu caminho. A corrente média do
líder escalonado é de algumas centenas de àmperes, com pulsos de ao menos um
quiloàmpere (kA) correspondentes a cada etapa. Geralmente o líder escalonado ramifica-se ao
longo de vários caminhos, embora na grande maioria das vezes um só ramo atinja o solo.

Quando o líder escalonado aproxima-se do solo a uma distância de algumas dezenas a pouco
mais de uma centena de metros, as cargas elétricas no canal produzem um campo elétrico
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intenso entre a extremidade do líder e o solo, correspondente a um potencial elétrico da ordem


de 100 milhões de volts. Este campo causa a quebra de rigidez do ar em um ou mais pontos no
solo fazendo com que um ou mais líderes ascendentes positivos, denominados líderes
conectantes, saiam do solo propagando-se de forma similar ao líder escalonado. As poucas
medidas da velocidade de líderes conectantes indicam valores similares a dos líderes
escalonados. Em cerca de 30% dos casos, mais de um líder surge a partir de diferentes pontos
no solo.

Descarga de Retorno

No instante que um líder conectante encontra o líder escalonado, as cargas armazenadas no


canal de líder escalonado começam a mover-se em direção ao solo na forma de uma intensa
descarga acompanhada de um intenso clarão que propaga-se para cima ao longo do canal
com uma velocidade de cerca de 400.000.000 km/h, cerca de um terço da velocidade da luz,
iluminando o canal e todas as ramificações. A velocidade do clarão é máxima próxima do solo,
diminuindo em até 50% próximo à base da nuvem. Esta descarga, denominada de descarga de
retorno, dura cerca de 100 ms e produz a maioria da luz que vemos. As cargas depositadas no
canal, bem como aquelas ao redor e no topo do canal movem-se para baixo, produzindo no
ponto de contato do líder conectante com o solo (denominado base do canal) um pico de
corrente médio de cerca de 30 kA, com variações desde uns poucos quiloàmperes até
centenas de quiloàmperes. Valores superiores a 200 kA correspondem a menos de 0,1% dos
casos. Até o presente, os máximos valores de corrente de raios negativos já registrados no
solo são em torno de 280 kA.

Um raio ao cair na terra pode provocar grande destruição, devido ao alto valor de sua corrente
elétrica, que gera intensos campos eletromagnéticos, calor, etc.

Além dos danos causados diretamente pela corrente elétrica e pelo intenso calor, o raio pode
provocar sobretensões (denominada Sobretensão Transitória) em redes de energia elétrica, em
redes de telecomunicações, de TV a cabo, antenas para parabólicas, redes de transmissão de
dados, etc.

Por sua vez, as sobretensões transitórias podem chegar até as instalações elétricas internas, de
telefonia, de TV a cabo ou de qualquer unidade consumidora. Os seus efeitos, além de
poderem causar danos a pessoas e animais, podem provocar a queima total ou parcial de
equipamentos elétricos ou à própria instalação.

Como se prevenir

Durante uma tempestade, recomenda-se não sair de casa e não


permanecer em ruas. Em casa, as chances de ocorrer acidentes
diminuem, devido a prédios, árvores e outras residências com
proteção, que atraem o potencial da descarga. Porém, mesmo estando
em casa, não se deve usar o telefone, com exceção do tipo “sem fio” e
também não se aproximar de objetos metálicos (janelas, grades ou
tomadas). Os eletrodomésticos devem ser desligados da rede elétrica.
Essas diretrizes evitam os efeitos indiretos das descargas, pois a boa
condutividade presente nesses objetos pode provocar acidentes.

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Havendo a necessidade de permanecer nas ruas, deve-se evitar segurar objetos metálicos
longos, como tripés, varas de pesca ou guarda-chuvas. Não se deve empinar pipa ou
aviõezinhos com fio. Franklin, por pura sorte, escapou da morte em seu experimento com a
pipa. Andar a cavalo também é uma atividade de risco. O cavaleiro comporta-se como uma
ponta e poderá atrair o raio.

Não se deve nadar. Relâmpagos ocorrem nessas superfícies, ao contrário do que se pensa.

Nunca se deve ficar no interior de celeiros, barracos e tendas, que facilmente incendeiam ou se
destroem pela força da descarga, tão pouco próximo a linha de energia elétrica ou árvores
isoladas.

Alguns locais podem servir de esconderijos em uma tempestade:


ônibus, veículos fechados metálicos, prédios e moradias com proteção,
construções com estrutura metálica, barcos e navios metálicos
fechados, abrigos subterrâneos, como túneis e metrôs, vales,
desfiladeiros ou depressões no solo.

Às últimas regras relacionam-se aos locais onde é extremamente perigoso permanecer: topos
de morros, cordilheiras, prédios, áreas abertas como campos de futebol, estacionamentos
abertos, quadras de tênis, cercados de arame, varais de metal, linhas aéreas, trilhos, torres de
linha telefônica e linha de energia elétrica.

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Quando não for possível realizar nenhum dos procedimentos acima citados, ainda há uma
maneira de escapar de um acidente. Momentos antes de ocorrer à descarga, pessoas que
estejam nessas proximidades sentem sua pêlos arrepiados ou a pele coçando, indícios da
atividade elétrica. Não se deve entrar em pânico, pode-se ficar na seguinte na posição:
ajoelhando, curvado para frente, com as mãos colocadas nos joelhos e a cabeça entre eles.
Imita-se, desse modo, uma esfera e não uma ponta, como na posição de pé. Jamais se deve
deitar no chão, pois a descarga atingirá diretamente essa superfície.

DISCUSSÃO DE CASOS

Acidentes provocados por raios

Exemplo 1:

Um raio caiu por volta das 10h de sexta-feira,


28 de setembro de 2007, na Usina Ponte Preta
(Comanche), localizada no município de
Canitar, região oeste de São Paulo, a 356
quilômetros da capital, decorrente de uma forte
chuva que desabou na região e atingiu três
reservatórios de álcool com capacidade para
8.700 milhões de litros.

Descarga elétrica
A descarga elétrica atingiu um reservatório de 3 milhões de litros que entrou em combustão.
Um funcionário disse que a tampa do tanque "voou" cerca de 5 metros de altura quando
ocorreu a primeira explosão. Após o segundo estrondo, o fogo passou para outros dois
tanques.

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Exemplo 2:

Mulher morre atingida por um raio dentro de casa no Agreste

Publicado em 25.03.2008, às 08h56

Do JC OnLine

Com informações da TV Jornal

Uma mulher morreu depois de ser atingida por um raio dentro de casa na noite dessa segunda-
feira (24), em Capoeiras, no Agreste do Estado. De acordo com testemunhas, Sângela Teixeira
de Lima, 33 anos, estava olhando a chuva pela janela da residência, no Sítio Junco, quando
recebeu a descarga elétrica. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Este não é o primeiro caso de morte provocada por raio em Pernambuco neste ano. No dia 25
de fevereiro, duas pessoas morreram após serem atingidas por raio, no município de São João,
no Agreste do Estado. Os vizinhos: José Eduardo Marcelino, 31 anos, e Héliton do Nascimento
Barbosa, 13, voltavam de Garanhuns pela PE-177 em uma motocicleta quando foram
atingidos.

De acordo com o pai de Héliton Barbosa, Severino Rozeno, chovia muito, com fortes trovoadas
e raios, no momento em que eles retornavam para o Sítio Aroeira São João, na Zona Rural de
São João, onde moravam. O pai e um irmão do adolescente estavam em outra moto e também
foram atingidos pelo raio, mas não ficaram feridos.

BRASIL - Segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos


primeiros 50 dias do ano, 22 pessoas morreram em virtude de raios no País. O número supera
o balanço do primeiro trimestre de 2007, quando foram registradas 18 mortes - o ano fechou
com 46 casos.

O Brasil já é campeão mundial na incidência de raios, com cerca de 50 milhões de descargas


elétricas por ano. Zaire e Estados Unidos são o segundo e terceiro colocados. O País lidera o
ranking apesar de o Inpe fazer o levantamento apenas em nove Estados - Regiões Sudeste e
Sul, mais Mato Grosso do Sul e Goiás.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aconselha que, para se proteger dos raios, as
pessoas evitem ficar em áreas descampadas ou onde haja muita água, em dias nublados e
chuvosos, e evitem se abrigar embaixo de árvores.

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b) - Arco Elétrico
Chama-se de arco elétrico a corrente elétrica que circula através do ar ou de um material
isolante, após vencer a resistência de isolamento existente.

Ou seja, ao se interromper um circuito a tensão gera um campo


elétrico entre os contatos. Este campo acelera elétrons livres no
ar a tal ponto que, ao colidir com as moléculas próximas, provoca
uma ionização liberando outros elétrons que serão por sua vez
acelerados.
Assim o ar deixa de ser isolante passando a conduzir a
eletricidade.
A descarga elétrica aquece o ar em seu redor, como o ar quente
tende a subir, a descarga o acompanha.
Um arco elétrico produz calor que pode causar queimaduras de
segundo ou terceiro graus. O arco elétrico possui energia
suficiente para queimar roupas e provocar incêndios, além de
emitir vapores de material ionizado e raio ultravioleta.

ATENÇÃO:
Sabe-se que o arco elétrico é um fenômeno de ocorrência comum em painéis elétricos,
provocados geralmente por curtos-circuitos (entre fases ou fase e terra) ou em abertura de
equipamentos.

1- Formação e Extinção do Arco Elétrico

1.1- Com os contatos fechados, sendo estes de material condutor, a corrente circula
normalmente.
Circulação da Corrente elétrica

1.2- Quando uma chave estiver sendo aberta e os contatos


afastados à uma pequena distância, a resistência do ar não
é suficiente para impedir a passagem de corrente.

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1.3- Quando à distância entre os contatos é muito grande, a


resistência do ar aumenta de tal modo que impede que a
corrente continue circulando. A interrupção do arco elétrico só
é conseguida quando ele se extingue totalmente.

2 - Efeitos do Arco Elétrico

2.1- No Homem

2.1.1- Queimaduras:

Normalmente, os efeitos do arco elétrico manifestam-se de


forma drástica provocando queimaduras da pele humana,
onde as conseqüências são imediatas.

Suportabilidade da pele humana aos efeitos do arco elétrico.

2.1.2- Temperatura Normal.

Sangue ⇨ 36,5 °C

Pele ⇨ 34 °C

2.1.3- Condições

44 ºC - Durante 6 horas, já provoca lesões;

70 ºC – Com exposição de 1 segundo é suficiente para


provocar destruição total das células da pele (queimaduras de
3° grau);

80 °C - Com exposição de 0,1 segundo provoca destruição da


pele, com possível recuperação;

96 º C - Com valor igual ou maior e com exposição de 0,1


segundo, a radiação provoca total destruição da pele, com
ferimentos incuráveis.

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2.2- No Equipamento

Danificação total ou parcial do equipamento.

3 - Fatores que Influenciam a Formação do Arco Elétrico

3.1- Em aberturas de Circuitos:

3.2 - A Corrente Elétrica

1. Quanto menor a corrente a ser interrompida, menor será o arco elétrico e, portanto, menor a
temperatura nos contatos e suas conseqüências.

2. Quanto maior a corrente a ser interrompida, maior será o arco elétrico danificando a chave.

(1)
(2)

30A 400A

3.3 - A Tensão do Circuito

. É importante observar que quando não houver corrente


no circuito, por maior que seja a tensão, não haverá arco
elétrico, pois será nula a energia no circuito.

. Com o circuito fechado, a tensão nos terminais das


chaves é igual a zero.
V=0

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Obs.: No momento em que houver circulação de corrente (abertura do circuito):

1. Quanto menor a tensão do circuito, para uma mesma corrente, menor e mais facilmente
extinguido será o arco elétrico.

2. Quanto maior a tensão do circuito, para uma mesma corrente, maior será o arco e mais difícil
sua extinção, pois para tensões altas, maior a quantidade de energia envolvida.

V≠0
V≠0

3.4 - A Velocidade de Abertura

1. Quanto menor a velocidade na abertura, maior é o tempo em que os contatos ficam expostos
aos efeitos do arco elétrico, ficando mais oxidados ou fundidos.

2. Quanto maior a velocidade na abertura, menor é o tempo em que os contatos ficam expostos
aos efeitos do arco elétrico, reduzindo os problemas que ocorrem.

(1) (2)

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3.5 - O Meio Ambiente

Como o arco elétrico depende da resistência do ar, é fácil


concluir que as condições do meio ambiente, tais como
umidade, temperatura elevada, poluição, etc... favorecem
sensivelmente o surgimento do arco elétrico e aumentam sua
intensidade.

3.6 - O Fator de Potência do Circuito

Através de experiências, pode-se verificar que ao interromper


um circuito que possua apenas resistências, o arco elétrico que
surge é de relativa intensidade e sua duração muita rápida.

Se por outro lado, montamos um circuito com os mesmos


valores de tensão e corrente, mas com bobinas, iremos notar
que ao se fazer a abertura, o arco formado é de maior
intensidade que no caso anterior e sua duração muito mais
acentuada, conseqüentemente os prejuízos são maiores.

4 - Causas do Arco Elétrico

- Mau contato, ocasionado, por aperto insuficiente em conexões de aperto;

– Depreciação da isolação (sobretensão, sobrecarga e dielétrico comprometido);

– Defeito de fabricação de componentes ou equipamentos;

– Projeto de instalação inadequados ou mal dimensionados;

– Manutenção inadequada (alterações sutis sem avaliação técnica adequada); ou

– Contatos acidentais ou inadvertidos de ferramentas ou peças (erro humano).

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5 - Como se Proteger Contra o Perigo do Arco Elétrico

Utilização e conservação de uniforme retardante a chamas.

O uniforme retardante a chamas e usado em serviços que venham a expor os funcionários das
empresas e das suas prestadoras de serviço, aos riscos decorrentes das intervenções e
operações em equipamentos que possam apresentar falhas que originem chamas provenientes
de curto-circuito, formação de arco voltaico e explosão.

Considerar sempre a prevenção de acidentes como parte integrante do trabalho de cada um


dos empregados e de prestadores de serviço, recaindo sobre todos a responsabilidade pela
execução do serviço livre de acidentes, de forma a garantir:

- segurança à sua pessoa;


- segurança aos demais empregados;
- segurança ao público em geral;
- segurança dos bens da empresa;
- segurança ao meio ambiente.

DEFINIÇÃO DO UNIFORME RETARDANTE A CHAMAS:

Conjunto de peças confeccionadas em tecido resistente ao fogo, para proteção contra


queimaduras.

CONDIÇÕES GERAIS
O uniforme retardante a chamas é composto das seguintes peças:

Camisa
Confeccionada em tecido retardante a chamas, classe 2, mangas compridas com fechamento
através de tiras de velcro, contendo ou não aplicação de faixa refletiva.

Calça
Confeccionada em tecido retardante a chamas, classe 2, contendo ou não aplicação de faixa
refletiva.

Protetor Facial
Confeccionado em material termoplástico, classe 2, concha protetora para queixo/pescoço,
capacete com aba frontal; classe A/B com regulagem da carneira através de catraca.

Notas:
1) É proibida a utilização de camisa ou camiseta de brim ou qualquer outro tecido sob o
uniforme retardante a chamas;

2) Sobre o uniforme retardante a chamas somente pode ser utilizado o casaco antichama e o
conjunto de proteção contra chuva com tratamento ignífugo;

3) O uniforme retardante a chamas deve ser utilizado conjuntamente com os demais


Equipamentos de Proteção Individual;

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4) Quando da execução dos serviços, é obrigatório levantar e fechar a gola da camisa através
das tiras de velcro, bem como manter as mangas da camisa fechadas no punho;

5) Deve ser realizada higienização da carneira do protetor facial, através de pano umedecido e
sabão neutro, antes da sua utilização por outro empregado.

Características:

O tecido do uniforme retardante a chamas deve apresentar as seguintes características


técnicas:

a) o tecido utilizado na confecção do uniforme e do casaco retardante a chamas é constituído


de 88% de algodão e 12% de fibra sintética, tratado através de processo de polimerização;

b) na fibra do tecido é introduzido um polímero retardante a chamas que fica impregnado no


interior da mesma;

c) através de um processo de selamento o polímero não se desprende do interior da fibra,


fazendo com que o tecido seja resistente a chamas durante toda a vida útil do uniforme;

d) o processo de polimerização permite que o tecido possa ser lavado sem perder nenhuma de
suas características ignífugas;

e) o polímero atua como catalizador promovendo a carbonização do tecido quando exposto a


chamas, evitando a propagação destas pelo uniforme.

Capuz carrasco Risco 2 Uniforme utilizado c/ especificação técnica – ATPV 8,4


cal/cm² / Risco 4 – ATPV 40 cal/cm².

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Nota:Conforme ensaio de flamabilidade estabelecido pela Norma NFPA 2112, para o tempo de
exposição à chamas de 3 segundos, a queimadura deve ser inferior a 50% do corpo.

O tecido com as características descritas acima, utilizado na fabricação do uniforme, foi


plenamente aprovado no referido ensaio.

Uniformes com acabamento retardantes a chamas.

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c) – CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS

Um campo eletromagnético é um campo magnético produzido pela passagem da corrente


elétrica em um condutor. Toda vez que há uma corrente elétrica num condutor cria-se em torno
deste um campo magnético, dependendo do sentido deste campo o sentido da corrente.

1- O campo terá sentido contrário ao do movimento dos ponteiros


dos relógios, quando a corrente se deslocar da esquerda para a
direita.

2 - Se o sentido da corrente se inverter, o sentido do campo


magnético também se inverterá.

Para constatar a existência de um campo magnético ao redor de um condutor percorrido por


uma corrente, basta ligar aos terminais de uma bateria (pilhas) um fio grosso de cobre em série
com uma chave. O fio de cobre é dobrado numa extremidade, de forma a se manter
verticalmente e então é introduzido em um orifício de uma chapa de plástico que é mantida na
posição horizontal. Com a chave fechada, espalhar no plástico um pouco de limalha de ferro. A
seguir movimentar levemente o plástico para facilitar o alinhamento da limalha.

Será observado que a limalha se ordena segundo círculos


concêntricos, mostrando assim que as linhas de força
magnéticas formam círculos ao redor do condutor,
Concluiremos assim, que a distribuição circular resulta do
campo magnético.

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Ocorre quando próximo a um condutor energizado transportando corrente elétrica, é colocado


em paralelo um segundo condutor (linha de transmissão/distribuição cerca tubulação,
equipamentos, etc).

O valor da tensão induzida aumenta com:

- Com o aumento da corrente no condutor energizado;

- Extensão em que os dois condutores Permanecem em paralelo, medida a partir de um ponto


aterrado; e

- Aproximação entre os dois condutores.

3 - Efeitos dos Campos Eletromagnéticos

Os efeitos danosos dos campos eletromagnéticos nos trabalhadores manifestam-se


especialmente quando da execução de serviços na transmissão e distribuição de energia
elétrica, nos quais empregam-se elevados níveis de tensão (Alta Tensão).

Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético


são de natureza elétrica e magnética.
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3.1- Os efeitos elétricos (choque elétrico) podem provocar:


- Queimadura;
- Parada respiratória;
- Fibrilação; ou
- Morte cerebral.

3.2 - Os efeitos de origem magnética podem acarretar:


- Efeitos térmicos; ou
- Endócrinos e suas possíveis patologias.

Estes efeitos são produzidos pela interação das cargas elétricas com o corpo humano.
Trabalhadores expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas
(pino, encaixe, articulações), devem dispensar especial atenção à sua saúde com exames
regulares, uma vez que a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos, o
que pode provocar necroses ósseas, assim como aos trabalhadores portadores de aparelhos e
equipamentos eletrônicos (marca-passo, auditivos, dosadores de insulina, etc), pois a radiação
interfere nos circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento dos mesmos.

Classificando em:

ZR - Zona de Risco

ZC - Zona Controlada

ZL - Zona Livre

PE- Ponto da
Instalação Energizado

Figura 1

Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas


de risco, controlada e livre, com interposição de
superfície de separação física adequada.

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Onde:

Figura 2

ZR – Zona de risco - Área restrita a trabalhadores autorizados e com adoção de técnicas,


instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho (Linha Viva).
Os trabalhos nesta área somente podem ser realizados com equipamentos específicos e
profissionais capacitados / certificados em linha viva;
ZC –Zona Controlada – Área restrita a trabalhadores autorizados;
ZL – Zona livre;
PE – Ponto da instalação energizado;
Rr - Raio de delimitação entre a zona de risco e a zona controlada em metros;
RC - Raio de delimitação entre zona controlada e a zona livre em metros.

RISCOS
Zonas de Risco e Controlada

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4 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO / RISCOS ADICIONAIS

4.1 - TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

ANÁLISE DE RISCOS

É uma ferramenta de trabalho prevencionista simples e eficaz, através da qual na fase de


planejamento de um trabalho busca-se identificar, minimizar ou neutralizar com medidas
preventivas os riscos de acidentes, ou seja, através da análise de riscos, quando feita
corretamente, é possível identificar já no planejamento, os possíveis riscos existentes e
programar também as medidas para neutralizá-los. Portanto, através da Análise de Riscos é
possível, por exemplo, elaborar procedimentos ou mesmo elaborar e executar treinamentos
que, com certeza, irão obter respostas satisfatórias.

A análise de riscos trata da exploração das possíveis vulnerabilidades e dos possíveis impactos
nas áreas decorrentes desta exploração. Os elementos necessários para se fazer uma análise
de riscos são: Evento, Probabilidade e Conseqüência.

A análise de risco distingue o que vem a ser risco ou perigo:

Perigo

O perigo associado a uma substância, parte de equipamento ou processo específico é uma


característica inerente do(a) mesmo(a).

Quando falamos do perigo de uma substância ou do que quer que seja, estamos nos referindo
ao POTENCIAL de uma substância ou o que quer que seja de causar danos.

“Um processo é seguro quando está operando a um nível de risco aceitável.”

Risco

O risco associado a uma substância ou ao que quer que seja está relacionado à
PROBABILIDADE do POTENCIAL se realizar.

O risco varia de acordo com, por exemplo, a quantidade de uma substância que é usada e de
que forma; a freqüência com que uma parte de equipamento é usada e por quem; ou a
freqüência com que um processo é realizado e por quantas pessoas.

Para sermos gerentes de segurança bem sucedidos, precisamos antes ser gerentes de risco
bem sucedidos.

A Análise de Risco exige, antes de tudo, que os perigos sejam IDENTIFICADOS através da
utilização de uma variedade de técnicas. Depois exige que os riscos associados àqueles
perigos sejam AVALIADOS.

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4.2 - RISCOS ADICIONAIS:

•De origem elétrica;


•De queda;
•No transporte e manuseio de veículos;
•De trabalhos em espaço confinado;
•De ataques de insetos e de animais peçonhentos/domésticos;
• De trabalhos em áreas classificadas;
•De trabalhos em locais com umidade
•De riscos ocupacionais;

4.3 - Risco de Origem Elétrica

Choque elétrico;
Arco elétrico;
Campo eletromagnético.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE SEGURANÇA EM SERVIÇOS COM ELETRICIDADE:

Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir


treinamento específico, conforme o Anexo II da NR-10 e que tenha participado de
avaliação com aproveitamento satisfatório.

Recomenda-se que cada equipe seja composta por pelo menos um profissional
qualificado, ou seja, aquele que comprovar a conclusão de curso específico, de nível
técnico ou superior, na área elétrica e reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino e
autorizado a intervir em instalações e serviços de eletricidade.

4.4 - Risco de Quedas

Muitas atividades em trabalhos com a eletricidade requerem tarefas em níveis superiores


(elevados fisicamente) em relação ao nível do piso. Os exemplos mais comuns destes
tipos de instalação são as torres de linhas de transmissão e os postes da rede de
distribuição.

As quedas constituem uma das principais causas de acidentes no setor elétrico, ocorrem em
conseqüência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de elevação
(escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos
trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de
insetos.

O novo texto da NR-10 determina que deve ser garantida a segurança trabalhador em
atividades superior a 2,00m em relação ao piso (trabalho em altura).

Recomenda-se ainda que estas atividades sejam acompanhadas e supervisionadas por


profissionais autorizados, segundo o que dispõe a item 10.4.1 da referida norma.
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Portanto, para os serviços em altura deverão ser adotadas medidas preventivas de controle
dos riscos, especialmente quanto a utilização de corda linha de vida e trava quedas.

4.5 - Trabalhos em Altura

A NR-10 determina que os trabalhadores em atividades em altura tenham treinamentos


específicos com os riscos envolvidos. Treinamento este que deve ser atualizado
periodicamente.

CUIDADOS:
1 Tomar os devidos cuidados de contenção, sempre nas manutenções que se manuseie
fluídos hidráulicos, tintas, produtos de limpeza e ou outra substância que possa causar
impacto ao meio ambiente, tendo a FISPQ como documento de referencia para manuseio
de produto químico.

2 Durante a realização de toda e qualquer manutenção, a equipe deverá utilizar sempre


todos os EPI’s necessários, óculos, capacete, protetor auricular, macacão, botas, creme
protetor, luvas (de borracha) para evitar acidentes. Em trabalho com altura superior a dois
metros torna-se necessária a utilização do cinto de segurança, bem como a utilização de
colete salva-vidas em locais confinados sobre o mar, para trabalhos com altura inferior a 2
metros e superior a 1 metro faz-se necessário o preenchimento de uma análise preliminar
da tarefa (APR).

Trabalho em altura em diversas atividades.

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Equipamentos para trabalhos em altura

Veículo com plataforma de elevação


OBS: Os equipamentos e materiais usados em trabalho em altura devem ser inspecionados
cuidadosamente e os que são para trabalhos com linha viva devem ser testados de acordo
com as normas vigentes.
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Estes dispositivos devem ser acondicionados de forma correta quando fora de uso.

Equipamentos e materiais utilizados em trabalhos para atividades em altura

Andaime

Cinto pára-quedista
e trava quedas

4.6 – Riscos no Transporte e manuseio de veículos

Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo, o deslocamento diário dos


trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços.
Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de
transporte.

O veículo para transporte de equipamentos e empregados deve estar em perfeito estado de


conservação, funcionamento e atender todas as exigências estabelecidas pelo Código
Nacional de Trânsito Brasileiro.

Não será permitido:

- Que empregados viajem em compartimento de carga, salvo por motivo de força maior,
com permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN, conforme
alínea II, artigo 230 da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro);
- O acesso à carroceria, a não ser em escada apropriada para este fim;
- Que empregados viajem nos estribos ou com qualquer parte do corpo fora do veículo;
- Subir ou descer do veículo em movimento;
- Que mais de 2 (duas) pessoas viajem ao lado do motorista.

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As operações de viaturas com guindaste, escada hidráulica ou mecânica, cesta aérea, e


outros, devem ser realizadas por empregado devidamente treinado e habilitado e ser utilizado
somente para as atividades a que se destina.

Nestas operações podem acontecer acidentes graves, exigindo cuidados especiais que vão
desde a manutenção preventiva e corretiva do equipamento, ao correto posicionamento do
veículo, adequado travamento e fixação, até a operação precisa do equipamento.

Obs.: Estacionar o veículo, sinalizando e delimitando-o.

4.7- Áreas Classificadas

4.7.1- Introdução

Um trabalhador destacado para atividades com eletricidade deve conhecer, além dos riscos
inerentes à mesma, o risco a que está sujeito em função da presença de determinados agentes
que contenham substâncias químicas, pós, gases, vapores combustíveis, etc... Os quais
podem produzir explosão.

Neste caso, é fundamental que o trabalhador conheça tais agentes e ainda as áreas de risco
conforme definido pelas Normas.

4.1.1- Principais Normas Aplicáveis

Para as áreas classificadas, as principais normas ABNT que se aplicam são as seguintes:

 Normas que complementam a NBR 60079 Instalações elétricas em atmosfera


potencialmente explosiva

NBR IEC 60079-0 – Atmosferas Explosivas – (Parte 0) Equipamentos – Requisitos


Gerais;

NBR IEC 60079-1 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte 1) –


Invólucros à Prova de Explosão. Tipo de Proteção “d”;

NBR IEC 60079-2 – Atmosferas Explosivas – (Parte 2) – Proteção de Equipamentos


por Invólucro Pressurizado “p”;

NBR IEC 60079-5 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte 5) –


Imersão em areia “q”;

NBR IEC 60079-7 – Atmosferas Explosivas – (Parte 7) – Proteção de Equipamentos


por Segurança Aumentada “e”;

NBR IEC 60079-10 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte 10)
- Classificação de Áreas;
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NBR IEC 60079-11 – Atmosferas Explosivas – (Parte 11) – Proteção de Equipamento


por Segurança Intrínseca “i”;

NBR IEC 60079-13 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - (Parte 13)
– Construção e Utilização de Ambientes ou Edificações Pressurizadas.

NBR IEC 60079-14 – Atmosferas Explosivas – (Parte 14) – Projeto, Seleção e


Montagem de Instalações Elétricas.

NBR IEC 60079-15 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte


15) – Construção Ensaio e Marcação de Equipamentos Elétricos com Tipo de
Proteção “n”;

NBR IEC 60079-16 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte


16) – Ventilação Artificial para Proteção de Casas de Analisadores;

NBR IEC 60079-17 – Atmosferas Explosivas – (Parte 17) – Inspeção e Manutenção


de Instalações Elétricas em Áreas Classificadas;

NBR IEC 60079-18 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte


18) – Construção, Ensaios e Marcação do Tipo de Proteção para Equipamentos
Elétricos Encapsulados “m”;

NBR IEC 60079-19 – Atmosferas Explosivas – (Parte 19) – Reparo, Revisão e


Recuperação de Equipamentos;

NBR IEC 60079-20 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte


20) – Dados de Gases e Vapores Inflamáveis, Referentes à Utilização de
Equipamentos Elétricos;

NBR IEC 60079-25 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte


25) – Sistemas Intrinsecamente Seguros;

NBR IEC 60079-26 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas de Gás –


(Parte 26) - Equipamentos com Nível de Proteção de Equipamento (EPL) Ga;

NBR IEC 60079-27 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – (Parte


27) – Conceito de Fieldbus Intrinsecamente Seguro (FISCO) e Conceito de
Fieldbus não Acendível (FNICO);

NBR IEC 60079-29-1 – Atmosfera Explosiva – (Parte 29-1) Detectores de Gás –


Requisitos de Desempenho de Detectores para Gases Inflamáveis,

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5- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC

É todo meio ou dispositivo de uso coletivo destinado a proteger à saúde e a integridade física
do trabalhador e da população contra os agentes agressivos no ambiente de trabalho.

Em todos os serviços executados em instalações elétricas, devem ser previstas e adotadas,


prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às
atividades a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

As medidas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a desenergização elétrica e na


sua impossibilidade o emprego de tensão de segurança, conforme estabelecido na NR-10.

Sinalização.

Procedimento de segurança do trabalho que promove a identificação (indicação, informação,


avisos), as orientações (instruções de bloqueios, de direção,...) e advertências (proibição e
impedimentos) nos ambientes de trabalho, devendo ser aplicado para situações envolvendo os
serviços e instalações elétricas.

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Detector de Tensão

Equipamento usado para identificação de ausência de tensão antes da instalação de


aterramento temporário.

Comprovar a ausência de tensão nos locais de abertura dos circuitos elétricos bem como no
local de trabalho, utilizando o detector de tensão adequado para o nível de tensão nominal de
cada circuito.

IMPORTANTE: Antes do uso, testar o funcionamento do detector de tensão através de seu


auto-teste.
Detector de tensão de contato.

5.1.1- Aterramento Temporário

O aterramento temporário é feito quando vai se


trabalhar em circuitos desenergizados ou
equipamentos. Trata-se de uma medida de
segurança para a vida do trabalhador, pois evita
que ocorra acidentes caso a linha seja energizada
indevidamente por um fator aleatório.

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6- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Norma Regulamentadora nº 6, da


portaria 3.214, considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

A NR-6 estabelece as disposições legais relativas aos EPI’s, com redação dada pela portaria
nº 25, de 15 de outubro de 2001.

Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual todo aquele composto por
vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam
ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

O Equipamento de Proteção Individual de fabricação nacional ou importado, só poderá ser


posto à venda ou utilizado com indicação do certificado de aprovação – CA, expedido pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE.

Responsabilidade do empregador

A empresa é obrigada a fornecer, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de


conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender a situações de emergência.

Procedimento para controle e utilização de equipamentos de proteção individual:

Cabe também ao Empregador, quanto aos Equipamentos de Proteção Individual - EPI:


a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho;
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d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação;


e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) Comunicar ao Ministério de Trabalho e Emprego qualquer irregularidade observada.

A Norma Regulamentadora NR-6 Equipamentos de proteção individual – EPI, recomenda


que seja preenchida uma Ficha de Controle de fornecimento do EPI.

IDENTIFICAÇÃO
TERMO DE RESPONSABILIDADE DE RECEBIMENTO, USO E
DA EMPRESA
GUARDA DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÂO INDIVIDUAL - EPI
CONTRATADA
NOME: IDENTIFICAÇÃO:

LOCAL DE TRABALHO: FUNÇÃO:

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Eu, abaixo assinado, estou ciente de todos os efeitos previstos na Legislação, e de ter recebido
gratuitamente após orientação de uso e aplicação dada pelo Serviço Especializado em Segurança e
Medicina do Trabalho da Empresa acima indicada. O (s) Equipamento (s) de Proteção Individual
abaixo descrito (s) e designado (s) como “EPI” o (s) qual (ais) obrigo-me a usa-lo (os)
sistematicamente em meu trabalho, mediante ainda, os termos seguintes:

a) O EPI será usado unicamente para finalidade a que se destina;

b) Estou ciente, e de pleno acordo que a falta de uso do (s) EPI (s) fornecido (s) pela Empresa,
constitui ato faltoso, sujeito às sanções disciplinares previstas na Legislação pertinente ao assunto,
nas Normas de Segurança da Empresa;

c) Responsabilizar-me-ei integralmente pela guarda, conservação e higienização do (s) EPI (s)


que me for (em) confiado (s);

d) Estando de acordo com os termos acima, assino o presente de livre e espontânea vontade.

Local: Data; / /

Assinatura..................................

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Responsabilidade do empregado

Cabe ao empregado quanto aos Equipamentos de Proteção Individual - EPI:

a) Usar, utilizando-se apenas para finalidade a que se destina;


b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Equipamentos de Proteção de Uso Individual – EPI

CAPACETE DE SEGURANÇA

Informativo Técnico – Segurança do Trabalho – Assunto: Capacete de segurança.

Definição: Dispositivo usado para proteger a cabeça, constituído essencialmente pelos


seguintes componentes:

Casco: Parte rígida do capacete formada por copa e aba;

Copa: Parte superior do casco;

Suspensão: Armação interna do capacete, constituída por carneira e coroa;

Carneira: Parte da suspensão que circunda a cabeça;

Tira Absorvente: Parte da carneira, revestida de material absorvente de suor, que fica em
contato com a testa;

Coroa: Conjunto de tiras ou outros dispositivos que, repousado sobre a cabeça, destina-se à
absorção de impacto;

Jugular: Tira ajustável, fixada ao casco, que passando sob o queixo, auxilia a fixação do
capacete à cabeça.

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Capacete de Aba Total

Coroa ou
carneira

Copa Tira
Absorvente

Aba
Jugular

A NR-10 determina que a utilização do capacete de segurança é obrigatória para a proteção do


crânio nos trabalhos sujeitos a:
1) Agentes meteorológicos / trabalho a céu aberto;
2) Impactos provenientes de quedas, projeção de objetos ou outros;
3) Queimaduras ou choque elétrico.

Classes
Como vimos existem duas classes de capacetes:
Classe “A” – Destina-se a uso geral, exceto em trabalhos com energia elétrica;
Classe “B” – Destina-se a uso geral, inclusive para trabalhos com energia elétrica;
Classe “A” / ”B” – Atende as duas especificações anteriores.

Capacete de Segurança Tipo Classe A.B Capacete de Segurança Conjugado

Capacete de Aba Frontal

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Capacete de Segurança Tipo Classe B

Capacete de Aba Total

Capacete de Aba Frontal

Durabilidade:
Um capacete bem cuidado poderá durar aproximadamente no mínimo 5 (cinco) anos.
Enquanto ficar armazenado (estoque), em ambiente seco, limpo e ao abrigo da luz direta do
sol, sua vida útil de prateleira é de mais de 10 (dez) anos, porém, após 5 (cinco) anos,
recomenda-se ensaiar o lote por amostragem, antes de colocar o capacete em uso, afim de
garantir sua integridade. Os ensaios e a quantidade de amostras a serem ensaiadas estão
definidos na norma NBR 8221-ABNT.

Conservação:
Uma vez colocados em uso, o capacete deve ser utilizado exclusivamente para a finalidade a
que se destina.
É expressamente proibido fazer furos no casco, ou quaisquer alterações estruturais na
suspensão (carneira).

Para efetuar limpeza, não deve ser usado material abrasivo, pois com a adoção dessa prática,
poderá acarretar a diminuição das resistências mecânica e elétrica originais.

Para higienização do equipamento, deve-se utilizar sabão neutro e secar à sombra.


Se o capacete é usado regularmente ao ar livre, sob a luz direta do sol, recomenda-se ensaiar
a cada 3 (três) anos de uso, seguindo-se os procedimentos estabelecidos pela NBR 8221 –
ABNT.

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Identificação:

O mês e ano de fabricação do capacete, o número de Certificado de Aprovação – CA emitido


pelo MTE, a classe, bem como o nome do fabricante ou importador deverão estar impressos
em caracteres indeléveis na parte interna do casco.

Cores utilizadas:

Laranja – Usada em trabalho interno e externo (uso geral), exceto Supervisão:

Branca – Usada em trabalho interno e externo, exclusivamente pela Supervisão


(Responsáveis de Turma, Encarregados, Técnicos, Engenheiros, Gerentes e Diretores);

Vermelha – Usada exclusivamente por integrantes de Brigada de Incêndio.

Conjugado Tipo Capacete de Segurança e Protetor Auditivo

Capacete de segurança, tipo ABA FRONTAL, injetado em plástico de polietileno de alta


densidade, com fendas laterais para acoplagem de acessórios, nas cores branca, azul escuro,
amarela, vermelha e laranja. Composto de suspensão em plástico de polietileno de média
densidade e coroa composta de três cintas de náilon cruzadas, fixas ao caco através de seis
pontos de encaixe, com tira absorvente de suor confeccionada de espuma e fixa na carneira,
com ou sem regulagem de tamanho através de catraca. Ao capacete é acoplado o seguinte
acessório:
Protetor auditivo Circum-auricular, que é composto de duas
conchas de material plástico rígido, preenchido com espuma
fixada a duas hastes plásticas móveis, que por sua vez, encaixa
nas fendas laterais.

Proteção da cabeça do usuário contra impactos e perfurações


provenientes de quedas de objetos e quando dotados de
protetores auditivos Circum-Auricular pode também ser
utilizado para proteção contra ruídos.

ÓCULOS DE SEGURANÇA
Óculos de segurança, constituídos de armação convencional de náilon, protetores laterais de
material plástico multiperfurado, transparente, haste tipo espátula de náilon ou meias hastes de
náilon, lentes de policarbonato incolor, verde claro ou verde escuro.
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Proteção dos olhos do usuário, contra impactos de partículas volantes multidirecionais e


luminosidade intensa frontal, quando utilizados com as lentes verdes.

Higienização
• Lavar com água e sabão neutro;
• Secar com papel absorvente.

OBS.: O papel não poderá ser friccionado na lente para não riscá-la.

PROTETOR AUDITIVO

Proteção auditiva do usuário contra ruídos superiores a 85 dB.

Tipo Concha Tipo Inserção

Higienização

• Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das conchas.

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Conservação
• Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios solares ou quaisquer
outras fontes de calor;

• Para o tipo concha, substituir as espumas (internas) e almofadas (externas) das conchas,
quando estiverem sujas, endurecidas ou ressecadas.

CINTURÃO TIPO PÁRA-QUEDISTA E TRAVA QUEDA RETRÁTIL

Cinturão de segurança, tipo pára-quedista, confeccionado em cadarço de material sintético,


com meia argola em “D” de aço forjado, posicionada nas costas na altura dos ombros,
regulável ao cinto através de dois passantes de couro, três fivelas duplas sem pino,
confeccionada de aço estampado e utilizada para ajuste, sendo uma das extremidades através
de entrelaçamentos e outra extremidade formada por uma alça entrelaçada, fixa na argola em
“D”.

Proteção do usuário contra risco de queda de altura.

Ponto de fixação

Trava Quedas

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Finalidade

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

Higienização

• Após o uso, escovar as partes metálicas.


Conservação
• Armazenar protegido da umidade e ação direta dos raios solares;
• Manter afastado de produtos químicos;
• Se molhado, secar a sombra em local ventilado.

CALÇADOS DE SEGURANÇA

Calçado de Segurança Tipo Botina

Botina de segurança confeccionada em couro curtida ao


cromo, elástico nas laterais, palmilha de montagem em couro
reconstituído, sem biqueira de aço e solado de borracha com
resistência ao calor por contato até 300°C.

Finalidade

Proteção dos pés do usuário contra riscos de natureza leve e contra agentes térmicos (calor
de contato).

Utilizado também para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

Conservação e Higienização

• Armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade;


• Se molhado, secar a sombra;
• Engraxar com pasta adequada para a conservação de couros.

LUVAS

Luva de Raspa e Vaqueta

Luva de raspa, punho com costura de algodão com reforço.

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Finalidade

Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra


agentes abrasivos e escoriantes e não envolvam o uso de
eletricidade.

Higienização
• Limpar com pano limpo e umedecido em água, secando a sombra.

Conservação
• Armazenar protegida das fontes de calor;
• Se molhada ou úmida, secar a sombra;
• Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).

Luva de Vaqueta

Finalidade
Utilizada para proteção das mãos e punhos contra agentes
abrasivos e escoriantes.

Higienização
• Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água e secar
a sombra.

Conservação
• Armazenar protegida da ação direta de raios solares ou
quaisquer outras fontes de calor;
• Se molhada ou úmida, secar a sombra;
• Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).

Luva Isolante de Borracha Natural


Luva isolante de borracha natural na cor preta, conforme a norma ANSI/ASTMD.120.94.

Classe de tensão:

0 (Tarja Bege) – Tensão de utilização 500 Volts.

00 (Tarja Vermelha) - Tensão de utilização 1.000 Volts.

1 (Tarja Branca) – Tensão de utilização 7.500 Volts.

2 (Tarja Amarela) – Tensão de utilização 17.000 Volts.

3 (Tarja Verde) – Tensão de utilização 26. 500 Volts.

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4 (Tarja Laranja) – Tensão de utilização 36.000 Volts.

NOTA: As luvas de borrachas são utilizadas em


atividades que envolvam o uso de eletricidade.

Higienização

• Lavar com água e detergente neutro;


• Enxaguar com água;
• Secar ao ar livre e a sombra;
• Polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.

Conservação

• Armazenar em bolsa apropriada, sem dobrar, enrugar ou comprimir;


• Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares, produtos químicos,
solventes, vapores e fumos.

ATENÇÃO:
Antes do uso, realizar o teste de inflamento para avaliação visual da luva em busca de rasgos,
furos, ressecamentos, etc.

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Ensaio de Tensão Aplicada em Luvas de Borracha

Medição da corrente de fuga durante o ensaio Luva reprovada no ensaio, dedos cortados

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Tabela - Tensões de ensaios e trabalhos de luvas isolantes

Luvas de Cobertura

Usada como proteção para as luvas de borracha

Higienização

• Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água e secar a sombra.

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Conservação

• Armazenar protegida de fontes de calor;


• Se molhada ou úmida, secar a sombra.

Vestimenta de Proteção Térmica

As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades considerando-se, também, a


condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

NOTAS:

1) é proibida a utilização de camisa ou camiseta de brim ou qualquer outro tecido sob o


uniforme antichama;

2) sobre o uniforme antichama somente pode ser utilizado o casaco antichama e o conjunto de
proteção contra chuva com tratamento ignífugo;

3) o uniforme antichama deve ser utilizado conjuntamente com os demais Equipamentos de


Proteção Individual;

4) quando da execução dos serviços, é obrigatório levantar e fechar a gola da camisa através
das tiras de velcro, bem como manter as mangas da camisa fechadas no punho.

conforme ensaio de flamabilidade estabelecido pela Norma NFPA 2112, para o tempo de
exposição à chamas de 3 segundos, a queimadura deve ser inferior a 50% do corpo.

O tecido com as características descritas acima, utilizado na fabricação do uniforme, foi


plenamente aprovado no referido ensaio.

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Uniforme com acabamento Capuz carrasco resistente a chamas


retardante a chamas

Protetor Solar

Finalidade

• Utilizado para proteção do empregado contra ação dos


raios solares.

Conservação

• Manter a embalagem fechada, protegida da luz e calor.

OBS.: Uso conforme prescrição médica.

NOTA:

1)- É vedados o uso de adorno pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em
suas proximidades.

2)- EPI´s NUNCA SUBSTITUEM AS PRÁTICAS DE TRABALHO COM SEGURANÇA.

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7 - ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS

Ferramentas e Equipamentos

As ferramentas e equipamentos devem ser de boa qualidade, estar em perfeito estado de


conservação e adequadas para o serviço a qual se destinam.

As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas devem ser


eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos
destinados a serviços em instalações elétricas sob tensão.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE FERRAMENTAS ESPECIFICA QUE:

7.2.1. Antes da realização de qualquer trabalho, as ferramentas e os instrumentos de medição


devem ser inspecionados, de modo a garantir que estejam em perfeitas condições de uso e
secos.

7.2.2. As ferramentas manuais isoladas devem possuir isolamento elétrico compatível com a
tensão e condições de operação. Tal material isolante deve ser inspecionado e testado
conforme as orientações do fabricante.

7.2.3. As ferramentas manuais isoladas, as ferramentas elétricas, luminárias e lanternas


portáteis, detectores de tensão e instrumentos de medição portáteis devem possuir certificado
de testes realizados por órgão reconhecido pelo IMETRO.

a) INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS;

No trabalho em eletricidade deve priorizada a desenergização elétrica do circuito conforme a


NR-10 e, na impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

7.3.12. Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para


trabalho, mediante os procedimentos apropriados e obedecida a seguinte sequência:

a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação de ausência de tensão;
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na Zona Controlada (Anexo I da NR-10) e;
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

NOTA: O aterramento temporário com equipotencialização elimina a possibilidade de


energização indesejada, indisponibilizando à operação enquanto permanecer a condição de
impedimento.
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Transporte

O veículo para transporte de equipamentos e empregados deve estar em perfeito estado de


conservação, funcionamento e atender todas as exigências estabelecidas pelo Código
Nacional de Trânsito Brasileiro.

Não será permitido que empregados viagem em compartimento de carga, salvo por motivo de
força maior, com permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN,
conforme alínea II, artigo 230 da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
Brasileiro);

Etapas da Inspeção de Segurança

Observação
A inspeção de segurança nos locais de trabalhos deve ser feita com senso crítico, buscando
detalhes e informações de todo o processo laborativo.

Informação
Qualquer irregularidade apontada, se possível, deve ser discutida na hora, principalmente
quando a situação é grave, buscando solução antes da ocorrência, no momento da detecção
do problema.

Registro
Os itens levantados devem ser anotados com clareza, relatando os problemas, descrevendo os
perigos e sugerindo medidas preventivas corretivas.

Encaminhamento
As recomendações devem ser enviadas aos setores competentes para as medidas cabíveis.

Acompanhamento
As propostas para solução dos problemas apontados deverão ser acompanhadas até a sua
efetiva execução.

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b) LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS;

Procedimentos gerais:

Constatada a necessidade da liberação de um determinado equipamento ou circuito, deverá


ser obtido o maior número possível de informações para subsidiar o planejamento.

No planejamento será estimado o tempo de execução dos serviços, adequação dos materiais,
previsão de ferramentas específicas e diversas, número de empregados, levando-se em
consideração o tempo disponibilizado na liberação.

As equipes serão dimensionadas e alocadas, garantindo a agilidade necessária à obtenção do


restabelecimento dos circuitos com a máxima segurança no menor tempo possível.

Na definição das equipes e dos recursos alocados serão considerados todos os aspectos, tais
como: complexidade do circuito, dificuldade de acesso, tempo de restabelecimento, tipo de
defeito, importância do circuito.

Antes de iniciar qualquer atividade o responsável pelo serviço deve reunir os envolvidos na
liberação e execução da atividade e explicar as tarefas e fazer a sua distribuição, deixando
aquelas mais difíceis e mais complexas, para quem reunir melhores condições para executá-
las.

Procedimentos básicos para liberação:

- Em caso de qualquer dúvida quanto a execução do trabalho o executante deverá consultar o


responsável pela tarefa ou a área funcional responsável sobre quais os procedimentos que
devem ser adotados para garantir a segurança de todos.

- A liberação para execução de serviços não poderá ser executada sem que o empregado
responsável esteja de posse do documento específico (PT), emitido pela área operacional
responsável, que autorize a liberação do serviço.

- Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando de


determinados equipamentos, deve-se colocar sinalização especifica para esta finalidade, de
modo a propiciar um alerta claramente visível ao empregado autorizado a comandar ou acionar
os equipamentos.

Quanto aos Equipamentos de proteção individuais e Coletivos, materiais e ferramental:

- Escolher, selecionar e usar corretamente os Equipamentos de proteção individuais e


Coletivos, materiais e ferramentais necessários à execução do serviço.

- Observar a responsabilidade pela sua guarda e conservação.

- Comunicar a chefia imediata e solicitar providências visando à substituição dos Equipamentos


de proteção individual e Coletivo, material e ferramentas que não mais ofereçam condições de
uso.
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c) Sinalização;

A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a orientar,


alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes,
proibições de ingresso ou acesso e cuidados e identificação dos circuitos ou parte dele.

É de fundamental importância a existência de procedimentos de sinalização padronizados,


documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores (próprios e prestadores de
serviços).

Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de


segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 –
Sinalização de Segurança, e a NR-10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (CONFORME ITEM
10.10)

1) Identificação de circuitos elétricos;

2) Travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;

3) Restrições e impedimentos de acesso;

4) Delimitações de áreas;

5) Sinalização de impedimento de energização; e

6) Identificação de equipamento ou circuito impedido.

SINALIZAÇÃO

ETIQUETA DESEGURANÇA

Somente ao término da intervenção deve ser


retirada a placa indicativa de manutenção.
Esta retirada DEVERÁ ser feita pelo
responsável da manutenção (a mesma
pessoa que colocou a placa)

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Bloqueio e Restrição e Impedimento de Acesso

PLACAS

Finalidade

Destinada advertir as pessoas


quanto ao perigo de ultrapassar
áreas delimitadas onde haja a
possibilidade de choque elétrico,
devendo ser instalada em caráter
permanente.

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Finalidade

Destinada a advertir quanto ao


perigo de explosão, quando do
contato de fontes de calor com os
gases presentes em salas de
baterias e depósitos de
inflamáveis, devendo a mesma ser
afixada no lado externo.

Finalidade

Destinada a sinalizar e advertir os


equipamentos energizados.

Finalidade

Destinada a alertar quanto à


obrigatoriedade do uso de
determinado equipamento de
proteção individual.

D) Inspeções de áreas, serviços, ferramentas e equipamentos.

Observação

A inspeção de segurança em instalações elétricas deve ser feita com senso crítico, buscando
detalhes e informações de todo o processo de trabalho, além da investigação visual.

FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
As ferramentas e equipamentos devem ser de boa qualidade, estar em perfeito estado de
conservação e adequadas para o serviço a qual se destinam. É proibido improvisações.
As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas devem ser
eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos
destinados a serviços em instalações elétricas sob tensão.
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08 – DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


Em todas as intervenções nas instalações elétricas, subestações, salas de comando das
usinas, centro de operações entre outras instalações, devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança, saúde no trabalho, bem como a
operacionalidade, prevendo eventos não intencionais, focando na gestão e controles
operacionais do sistema elétrico de potência (SEP).

As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, tais


como políticas corporativas e normas no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do
meio ambiente do trabalho.

Pelo novo texto da Norma Regulamentadora NR 10, as empresas estão obrigadas a manter
prontuário com documentos necessários para a prevenção dos riscos, durante a construção,
operação e manutenção do sistema elétrico, tais como: esquemas unifilares atualizados das
instalações elétricas dos seus estabelecimentos, especificações do sistema de aterramento
dos equipamentos e dispositivos de proteção, entre outros que iremos listar a seguir.

Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o


Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto nos subitens 10.2.3 e 10.2.4
NR 10, no mínimo:

Conjunto de procedimentos, instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,


implantadas e relacionadas na NR-10 e descrição das medidas de controle existentes para as
mais diversas situações (Manobras, manutenção programada, manutenção preventiva,
manutenção emergencial,etc,.);

Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas


atmosféricas e aterramentos elétricos;

Especificação dos equipamentos de proteção coletiva, proteção individual e do ferramental,


aplicáveis conforme determina esta NR;

Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos


trabalhadores, os treinamentos realizados e descrição de cargos/funções dos empregados que
são autorizados para trabalhos nestas instalações;

Resultados dos testes de isolação elétrica realizada em equipamentos de proteção individual e


coletiva que ficam a disposição nas instalações;

Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e

Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de


adequações, contemplando as alíneas de "a" a "f" do item 10. 2.4 da NR-10.

As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de


potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 NR 10 e acrescentar ao
prontuário os documentos a seguir listados: Descrição dos procedimentos para emergências e;
Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.
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9 - RESPONSABILIDADES

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)


A consolidação das Leis do Trabalho (CLT), (vigente a partir de 01.05.1943 a partir da edição
do Decreto Lei n° 5.452, hoje atualizado), em seu artigo 1º, diz textualmente:

"Esta Consolidação estatui normas que regulam as relações individuais e coletivas de


trabalho, nela previstas".

Do ponto de vista da "Segurança e da Medicina do Trabalho", é de se considerar os Artigos


154 a 201, Os quais procuram em seus textos respectivos, esgotar todos os aspectos que
dizem respeito à segurança do trabalhador.

Responsabilidade da Empresa

Conforme determinação da CLT, no seu artigo 157, cabe as empresas:

- Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;


- Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no
sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;
- Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos competentes;
- Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Conforme o novo Texto da Norma Regulamentadora Nº 10 do MTE em seus itens 10.12 e


10.13 , recomenda que sejam observados os seguintes aspectos quanto à
responsabilidade das partes (empregador, empregados e contratante envolvidos) na
segurança do trabalho:

a) As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias a todos os


empregadores e contratantes envolvidos.

b) É de responsabilidade do empregador e contratante fornecer aos trabalhadores treinamento


de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo,
carga horária e demais determinações estabelecidas no anexo II da NR-10.

c) Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços


em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

Responsabilidade dos Empregados

Conforme determinação da CLT, no seu artigo 158, cabe aos empregados:

- Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as instruções dadas


pelo empregador;
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- Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina do trabalho;
- Usar corretamente o EPI quando necessário.

O Novo Texto da Norma Regulamentadora Nº 10 do MTE em seus itens 10.13.4 e 10.14.1


, recomenda que sejam observados os seguintes aspectos quanto à responsabilidade
dos trabalhadores:

- Zelar pela sua segurança e saúde, ou de terceiros que possam ser afetados por suas ações
ou omissões no trabalho, colaborando com a empresa para o cumprimento das disposições
legais e regulamentares, inclusive das normas internas de segurança e saúde;

- Comunicar, imediatamente, ao responsável pela execução do serviço as situações que


considerar risco para sua segurança e saúde ou de terceiros.

- Os trabalhadores podem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
evidência de riscos graves e iminentes para a sua segurança e saúde ou de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis .

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