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LIQUIGÁS
Profissional de Vendas - Júnior
Edital Nº 1 - Liquigás/Psp 1/2018, de 27 de Março de 2018.
MR146-2018
DADOS DA OBRA
• Lingua Portuguesa IV
• Conhecimentos Gerais
• Noções de Informática
• Administração
• Marketing
• Bloco 3
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Karoline Dourado
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
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SUMÁRIO
Lingua Portuguesa IV
Conhecimentos Gerais
Elementos de política brasileira. Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquitetura, rádio, cinema, tea-
tro, jornais, revistas e televisão............................................................................................................................................................................ 01
Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea...................................... 05
Meio ambiente e cidadania: problemas, políticas públicas, aspectos locais e aspectos globais.............................................. 07
Panorama nacional contemporâneo. Panorama da economia nacional. O cotidiano brasileiro............................................... 18
Noções de Informática
Conhecimentos básicos de MS Office versão 2010: Word, Excel e Power Point. ........................................................................... 01
Conceitos de internet e intranet e principais navegadores. ................................................................................................................... 23
Noções básicas de Sistemas Operacionais..................................................................................................................................................... 26
Administração
BLOCO 1:
Administração: Planejamento estratégico empresarial. ........................................................................................................................... 01
Sistemas de informação gerencial. ................................................................................................................................................................... 09
Administração de vendas. .................................................................................................................................................................................... 11
Gestão do relacionamento com cliente. ......................................................................................................................................................... 24
Administração financeira e orçamentária. ..................................................................................................................................................... 31
Matemática financeira. .......................................................................................................................................................................................... 39
Conceitos sobre o valor do dinheiro no tempo, risco, retorno e valor. .............................................................................................. 41
Análise de investimentos. ..................................................................................................................................................................................... 50
Análise das demonstrações financeiras. ......................................................................................................................................................... 65
Contabilidade: contabilidade geral, contabilidade de custos, contabilidade gerencial................................................................ 70
SUMÁRIO
Marketing
BLOCO 2:
Marketing: Conceitos básicos.............................................................................................................................................................01
Criando valor para o cliente................................................................................................................................................................02
Marketing de relacionamento.............................................................................................................................................................10
Administração de Marketing...............................................................................................................................................................19
Planejamento de Marketing................................................................................................................................................................34
O ambiente de Marketing e vendas..................................................................................................................................................38
Análise do mercado, da concorrência e do consumidor.............................................................................................................41
Pesquisa de mercado.............................................................................................................................................................................46
Segmentação e posicionamento........................................................................................................................................................51
Estratégias de Marketing......................................................................................................................................................................54
Vendas: Planejamento de vendas.......................................................................................................................................................60
Funções da atividade de vendas. Venda e comunicação integrada de Marketing.............................................................66
Técnicas de vendas e negociação......................................................................................................................................................79
Análise e controle de vendas..............................................................................................................................................................91
Conquista e manutenção de clientes................................................................................................................................................94
Sistemas de informação em vendas............................................................................................................................................... 101
Bloco 3
BLOCO 3:
Conhecimentos de Física - conhecimentos básicos e fundamentais: noções de ordem de grandeza; .............................. 01
Notação científica; sistema internacional de unidades; ........................................................................................................................... 01
Ferramentas básicas: gráficos e vetores; ........................................................................................................................................................ 02
Conceituação de grandezas vetoriais e escalares; operações básicas com vetores. Energia, trabalho e potência .......... 03
Conceituação de trabalho, energia e potência; conceito de energia potencial e de energia cinética; conservação de
energia mecânica e dissipação de energia; ................................................................................................................................................... 05
Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional; forças conservativas e dissipativas. ............................... 09
O calor e os fenômenos térmicos: conceitos de calor e de temperatura; escalas termométricas; transferência de calor e
equilíbrio térmico; capacidade calorífica e calor específico; condução do calor; dilatação térmica; mudanças de estado
físico e calor latente de transformação; ......................................................................................................................................................... 12
Comportamento de gases ideais; máquinas térmicas; ciclo de Carnot; leis da Termodinâmica; aplicações e fenômenos
térmicos de uso cotidiano. .................................................................................................................................................................................. 18
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
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LÍNGUA PORTUGUESA
de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.
* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).
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Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
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O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”
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- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
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Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)
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São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.
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- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
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Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré
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LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.
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- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).
* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
32
LÍNGUA PORTUGUESA
* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.
* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
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LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.
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LÍNGUA PORTUGUESA
2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
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4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
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Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
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Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
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a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.
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Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.
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Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
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ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.
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- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.
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- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)
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Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
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Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.
Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)
d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
73
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!
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- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
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LÍNGUA PORTUGUESA
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.
1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
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LÍNGUA PORTUGUESA
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia. textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E) a energia e o barulho. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.
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c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
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Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
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A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
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O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.
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Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.
102
LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função
104
LÍNGUA PORTUGUESA
específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
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LÍNGUA PORTUGUESA
própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
110
CONHECIMENTOS GERAIS
Elementos de política brasileira. Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquitetura, rádio, cinema, tea-
tro, jornais, revistas e televisão........................................................................................................................................................................... 01
Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea...................................... 05
Meio ambiente e cidadania: problemas, políticas públicas, aspectos locais e aspectos globais.............................................. 07
Panorama nacional contemporâneo. Panorama da economia nacional. O cotidiano brasileiro.............................................. 18
CONHECIMENTOS GERAIS
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CONHECIMENTOS GERAIS
Tal política de financiamento é adequada à realidade A moderna idéia de cultura está, desde o seu surgi-
cultural brasileira? Para justificá-la, podemos mencionar al- mento, intrinsecamente associada à idéia de diversidade.
gumas razões. O Brasil é um país de cultura extremamen- Produto do romantismo alemão, ela passou a reunir na
te rica e diversificada. A origem dessa característica está mesma noção, desde o início do século XIX, a tradição hu-
no peculiar processo de formação da sociedade brasileira, manista de cultivo das realizações superiores do espírito
que, desde o seu nascimento no século XVI, recolheu a ge- nas artes e ciências e a nova valorização, de raiz iluminista,
nerosa contribuição de povos e etnias tão diferentes quan- da diversidade de costumes e crenças dos povos como via
to os índios autóctones, os portugueses descobridores, os para o conhecimento do humano. O que tornava possível
africanos feitos escravos e, depois, franceses, espanhóis, essa aproximação era o fato de ambas as componentes ca-
holandeses, italianos, japoneses, árabes e tantos outros racterizarem-se pela afirmação de valores e atribuição de
que, como conquistadores ou aventureiros, vieram deixar sentido ao mundo. Integrados numa totalidade, costumes
a sua marca cultural aqui, acrescentando valores novos aos coletivos e obras individuais ganhavam um pressuposto de
trazidos pelos pioneiros desbravadores. coerência e influência recíproca, enfatizado por sua des-
Tudo isso fez da cultura brasileira um formidável e crição através da analogia com o organismo. Essa mesma
curioso caleidoscópio, em que se mesclam raças e se mistu- analogia facilitava a apresentação dos povos como indi-
ram múltiplas concepções de vida, expressando uma enorme víduos coletivos, e a afirmação das identidades nacionais
variedade de influências. O mais interessante, no entanto, é como um processo correspondente à maturação e aperfei-
que toda essa diversidade não implica, ao contrário do que çoamento das capacidades singulares de cada indivíduo.
ocorre em algumas sociedades, conflitos ou exclusões de Compartilhamento de valores e significados e singulari-
qualquer natureza em relação ao diferente, isto é, àqueles zação diante de outros conjuntos da mesma natureza são
que expressam identidades culturais distintas. Ao contrário, assim o verso e o reverso, as duas dimensões inseparáveis
uma das mais extraordinárias características da cultura bra- da ideia de cultura.
sileira está em seu caráter acolhedor e integrador. É um sinal Cabe lembrar que a gênese dessa ideia ocorre num
de que, no Brasil, as diferentes origens do povo brasileiro ser- contexto de conflito, com o significado político de opo-
vem para integrá-lo e não para excluí-lo ou dividi-lo. sição ao império napoleônico, apoiado por sua vez no
Por isso mesmo, é indispensável que a política de fi- universalismo revolucionário da doutrina dos direitos do
nanciamento da cultura, no Brasil, seja vigorosa o suficien- homem. O potencial agressivo da idéia de cultura nacional
te para impulsionar o seu desenvolvimento e, ao mesmo não tardou a se manifestar nas lutas posteriores à unifica-
tempo, capaz de assegurar a realização plena da riqueza ção alemã e nas duas guerras mundiais.
e diversidade formadoras da sua matriz. Com efeito, o fi- Concomitantemente, os organismos internacionais
nanciamento da cultura em países pluriculturais como este comprometidos com esforços de paz, como a Liga das Na-
tem de ser tarefa de distintas fontes de financiamento: o ções e a ONU, através da Unesco, desde cedo se empe-
Estado, os produtores culturais e as empresas privadas. nharam em promover o potencial de tolerância e diálogo
Isso assegura tanto que o interesse público seja preserva- presente naquela mesma idéia.
do, através da ação do Estado, como que a sociedade civil Por outro lado, identidades culturais singularizantes
possa intervir no processo de criação artística, através de não tardaram a ser reivindicadas por outros tipos de gru-
seus projetos e de seus investimentos. pos humanos, aquém ou além do recorte nacional, com as
A política de parceria é o fundamento da atual política cul- mesmas oscilações entre formas pacíficas e conflitivas de
tural que se baseia na essência da cultura brasileira, isto é, a sua afirmação. Todas essas variações acabaram por dar origem
riqueza e diversidade. Identidade e diversidade são termos de a diferentes modelos de articulação da diversidade cultural
forte carga emocional e política, que aparentemente apontam no seio dos Estados nacionais, desde o que inspirou An-
para campos opostos: o que privilegiar, o idêntico ou o diverso? dré Malraux na criação do Ministério da Cultura francês,
Num extremo estaria a idéia, cara à sociedade ocidental moder- em que as identidades distintas tenderiam a se integrar em
na, de que todos somos iguais (perante a lei, perante Deus). níveis sucessivamente ampliados de perspectiva universali-
No outro, a liberdade, igualmente cara, de grupos zante, ao modelo multiculturalista de tradição anglo-saxô-
compartilharem características e valores específicos que os nica, onde importa antes de tudo um ideal de “representa-
diferenciam dos demais. Neste embate, o universalismo é ção federada” dos grupos culturalmente definidos em uma
acusado de totalitário e o particularismo de discriminatório arena pública competitiva.
e defensor das desigualdades. Hoje, depois de um longo período em que a célula-
O Ministério da Cultura – através da Secretaria da Iden- -mater da identidade social foi a nação, forças centrífugas
tidade e Diversidade Cultural e da Fundação Casa de Rui têm trazido para a arena política diversos outros atores.
Barbosa – promoveu, ao longo de 2004, uma série de en- Identidades étnicas, de gênero, religiosas, sexuais, de ida-
contros para discutir os significados, a história, os dilemas de, de condição social etc., entraram na competição pela
e as implicações político-jurídicas da identidade e da di- primazia na definição do lugar do indivíduo no mundo. Ao
versidade cultural, assim como sua relevância e aplicações lado e frequentemente contra a ação política institucional,
ao contexto brasileiro. O propósito de tais discussões foi surgiram as ONG’s como expressão mais “pura” da socie-
lançar alguma luz sobre conceitos amplamente usados e dade civil. No Brasil, essa tendência fragmentadora vem
pouco entendidos e servir como subsídio à tomada de de- sendo temperada pela tradição do Estado central forte,
cisões sobre políticas públicas. tradicionalmente visto como árbitro de conflitos entre ci-
2
CONHECIMENTOS GERAIS
dadãos iguais, e que passa a ser visto também como arena mapa cultural do Brasil é localizá-las e identificá-las, esta-
onde os desiguais podem expressar a sua diversidade. O belecendo a cartografia cultural do país em sua diversida-
Ministério da Cultura é chamado a reconhecer e proteger de. Ao mesmo tempo, este mapa deve identificar também
as culturas contra forças que as ameaçam por um “neoco- uma espécie de bacia hidrográfica cultural que ligaria entre
lonialismo” interno ou externo. Tais identidades culturais se si os grupos que compartilham características culturais in-
constroem no embate concreto dos grupos em socieda- dependente de sua localização física.
de e são cambiantes. Assim como o indivíduo é múltiplo O Brasil garante em sua constituição de 1988 direi-
e fragmentado em sua psique, ele partilha de múltiplas e tos diferenciados para as minorias indígenas. De maneira
instáveis identidades sociais, que se reafirmam e se redefi- semelhante, algumas políticas públicas vêm sendo imple-
nem. O grande desafio do Estado nacional e da sociedade mentadas com o objetivo de dar maior projeção social e
internacional organizada hoje é exercer sua função agrega- econômica às minorias étnicas e de cor. No nosso contexto,
dora, favorecendo o diálogo em lugar do conflito, estimu- coloca-se para discussão:
lando a criatividade de forças centrífugas, sem permitir que 1. como a implementação desses direitos diferenciados
o caos acabe por inviabilizar a criação. assim como dessas políticas públicas fundamentadas na
A reivindicação dos direitos do cidadão pode ser per- discriminação positiva (ou ação afirmativa) são compatíveis
cebida como um processo de demanda por direitos uni- com os princípios do universalismo e do individualismo ju-
versais. Universal no sentido de que tais direitos e os mo- rídico que definem o sistema jurídico brasileiro;
vimentos sociais associados com o seu desenvolvimento
tendem a reforçar um ideal capaz de englobar toda a so- 2. qual a melhor maneira de implementar essas polí-
ciedade. Os direitos civis, políticos e sociais foram configu- ticas sem que grupos sociais fiquem em desvantagem em
rados com base nessa idéia. Sua implementação possibi- relação a outros;
litou uma certa homogeneização social, o que está claro,
por exemplo, no direito de uma educação igual e gratuita 3. quais os impactos que essas políticas virão a ter
para todos. para a sociedade (paísesque as adotaram podem servir de
Entretanto, ao reforçarem um ideal oposto, o universal exemplo para o debate).
e o homogêneo, em vez do particular e do heterogêneo, os
movimentos sociais mais recentes dizem não ser mais pos- Cultura internacional.
sível um sistema jurídico cego a diferenças étnicas, de cor,
de gênero, etc. A questão que se coloca para o debate é se A Conferência Geral da Organização das Nações Uni-
a implementação do direito à diferença representa ou não das para a Educação, a Ciência e a Cultura, reunida em Paris
o antagonismo entre uma cidadania universal-inclusiva e na sua décima quarta sessão, hoje, dia 4 de Novembro de
outra particular-plural. 1996, data do vigésimo aniversário da criação da Organi-
Nesse sentido, é significativo que a Unesco tenha apro- zação. Lembrando que o Ato constitutivo da Organização
vado em 2001 a sua Declaração Universal sobre a Diver- declara que “dado que as guerras nascem no espírito dos
sidade Cultural. O documento chama a atenção para al- homens, é nesse mesmo espírito que se deve cultivar a de-
gumas questões interessantes, das quais se destaca, numa fesa da paz”, e que essa deve basear-se na solidariedade
reflexão sobre o tema no Brasil, o conteúdo do Artigo 3º: intelectual e moral da humanidade.
“A diversidade cultural amplia as possibilidades de escolha Lembrando que, nos termos do mesmo Ato constituti-
que se oferecem a todos: é uma das fontes do desenvolvi- vo, a dignidade do homem exige a difusão da cultura e da
mento, entendido não somente como crescimento econô- educação de todos os cidadãos com vista à justiça, à liber-
mico, mas também como meio de acesso a uma existência dade e à paz e que, neste sentido, impõe a todas as nações
intelectual, afetiva, moral e espiritual satisfatória”. deveres sagrados que elas devem cumprir num espírito de
A diversidade de condições econômicas e sociais en- assistência mútua.
tre as várias regiões do Brasil, aliada ao peso de um pas- Considerando que os Estados membros da Organiza-
sado histórico específico está na base da diversidade de ção, resolvidos a assegurar a busca da verdade e a livre
suas manifestações culturais. A circunstância histórica que troca de idéias e conhecimentos, decidiram desenvolver e
fez com que em determinada região tenha havido maior multiplicar as relações entre os respectivos povos.
concentração de escravos, ou de imigrantes ou de popu- Considerando que, apesar do avanço da técnica, que
lações indígenas só recentemente contatadas conforma a facilita o desenvolvimento e a difusão dos conhecimentos
fisionomia cultural do lugar; bem como o isolamento em e das idéias, a ignorância do modo de vida e dos costu-
que se mantiveram localidades distantes do interior foi mes dos povos ainda constitui obstáculo à amizade entre
fundamental para a preservação de usos e falares antigos e as nações, à sua cooperação pacífica e ao progresso da hu-
já desaparecidos nas grandes cidades. Essas peculiaridades manidade.
culturais locais conformam identidades culturais específi- Baseando-se na Declaração Universal dos Direitos do
cas. Elas podem se manifestar tanto nas variações de uso Homem, na Declaração dos Direitos da Criança, na Decla-
da língua portuguesa, quanto na de realizar determinados ração Sobre a Concessão de Independência aos Países e
trabalhos, nos hábitos alimentares, na indumentária, na Povos Coloniais, na Declaração das Nações Unidas Sobre
maneira de construir as habitações, nas tradições religio- a Eliminação de Todas as formas de Discriminação Racial,
sas, nas festas e nas manifestações artísticas. Produzir o na Declaração Sobre a Propagação entre os Jovens dos
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CONHECIMENTOS GERAIS
Ideais de Paz, Respeito Mútuo e Compreensão entre os §5 Melhorar, em todos os países do mundo, as condi-
Povos, e na Declaração Sobre a Inadmissibilidade da In- ções da vida espiritual do homem e da sua existência ma-
tervenção nos Assuntos Internos dos Estados e a Projeção terial.
da sua Independência e Soberania, declarações sucessi-
vamente proclamadas pela Assembléia Geral das Nações Artigo 5°
Unidas. Convencida, pela experiência adquirida durante os A cooperação cultural é um dever e um direito de to-
primeiros vinte anos de existência da Organização, da ne- dos os povos e de todas as nações, que devem comparti-
cessidade de afirmar os princípios da cooperação cultural lhar o respectivo saber e conhecimentos.
internacional para os reforçar.
Proclama a presente Declaração dos princípios da coo- Artigo 6°
peração cultural internacional, a fim de que os governos, Na influência benéfica que exerce sobre a cultura, a
as autoridades, as organizações, as associações e as insti- cooperação internacional, ao favorecer o seu enriqueci-
tuições responsáveis pelas atividades culturais se inspirem, mento mútuo, respeitará a originalidade de cada uma.
constantemente nesses princípios, e a fim de se atingirem
gradualmente os objetivos de paz e de prosperidade de- Artigo 7°
finidos na Carta das Nações Unidas através da cooperação A vasta difusão das ideias e conhecimentos, baseada
entre todas as nações nos domínios da educação, da ciência no intercâmbio e no confronto mais livres, é essencial à
e da cultura, como é proposto pelo Ato constitutivo da atividade criadora, à busca da verdade e à realização da
pessoa humana. A cooperação cultural realçará as ideias e
Organização: os valores propícios à criação de um clima de amizade e de
paz. Excluirá quaisquer vestígios de hostilidade nas atitu-
Artigo 1 des e na expressão das opiniões. Esforçar-se-á por assegu-
Toda a cultura tem uma dignidade e um valor que de- rar um caráter de autenticidade à difusão e à apresentação
vem ser respeitados e salvaguardados.Todos os povos têm das informações.
o direito e o dever de desenvolver as respectivas culturas.
Todas as culturas fazem parte do patrimônio comum da Artigo 8°
humanidade, na sua variedade fecunda, diversidade e in- A cooperação cultural exercer-se-á para benefício mú-
fluência recíproca. tuo de todas as nações que a praticarem. Os intercâmbios
que proporcionará serão organizados dentro de um espíri-
Artigo 2° to de reciprocidade.
As nações esforçar-se-ão por atingir o desenvolvimen-
to paralelo e, tanto quanto possível, simultâneo da cultura Artigo 9°
nos seus diversos domínios, a fim de estabelecer um equi- A cooperação cultural deve contribuir para estabelecer
líbrio harmonioso entre o progresso técnico e a elevação entre os povos relações estáveis e duráveis que estejam
intelectual e moral da humanidade. acima das tensões que posam vir a produzir-se nas rela-
ções internacionais.
Artigo 3°
A cooperação cultural internacional alargar-se-á a to- Artigo 10º
dos os domínios das atividades intelectuais e criadoras de- A cooperação cultural atribuirá importância especial à
pendentes da educação, da ciência e da cultura. juventude, num espírito de amizade, compreensão inter-
nacional e paz. Ajudará os Estados a tomar consciência da
Artigo 4° necessidade de despertar as vocações nos domínios mais
A cooperação cultural internacional, nas suas diversas díspares e de favorecer a formação profissional das novas
formas (bilateral ou multilateral, regional ou universal), ten- gerações.
derá para:
§1. Difundir os conhecimentos, estimular as vocações e Artigo 11
enriquecer a cultura. Nas suas relações culturais, os Estados inspirar-se-ão
§2 Desenvolver as relações pacíficas e a amizade entre nos princípios das Nações Unidas. No seu esforço para rea-
os povos e levá-los a lizar a cooperação internacional, respeitarão a igualdade
uma melhor compreensão dos respectivos modos de soberana dos Estados e abster-se-ão de intervir nos assun-
vida. tos de competência essencialmente nacional. Os princípios
§3 Contribuir para a aplicação dos princípios enuncia- da presente Declaração serão aplicados dentro do respeito
dos nas declarações das Nações Unidas, relembradas no dos direitos do homem e das liberdades fundamentais
preâmbulo da presente Declaração.
§4 Permitir a todos os homens ascender ao conheci-
mento, desfrutar das artes e das letras de todos os povos,
beneficiar-se dos progressos e das vantagens da ciência
alcançados em todos os países do mundo, e contribuir pes-
soalmente para o enriquecimento da vida cultural.
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CONHECIMENTOS GERAIS
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CONHECIMENTOS GERAIS
lor econômico com o uso do conhecimento. E este, entre- Comparando o mapeamento e sequenciamento gené-
tanto, nem precisou ser gerado no próprio país, como é o tico ao mapeamento de uma estrada que se estendesse,
caso de Taiwan e Coréia. digamos, de Porto Alegre a Manaus. O Projeto Genoma
Portanto, para transformar conhecimento em valor Humano, conduzido pelos órgãos do governo tem obtido
agregado, a geração de inovações é condição indeclinável. dados de alta qualidade e precisão, registrando os deta-
E a descoberta de novas tecnologias é conveniente, desde lhes das células humanas - inclusive as porções do DNA
que o setor produtivo seja um gerador de inovações. que não contém gene algum e que constituem 97% do seu
A posição do nosso país está muito aquém do desejá- total. A iniciativa privada, porém, juntou- se ao projeto em
vel e até do necessário para alimentar o nosso desenvolvi- vista do potencial de lucro que as pesquisas podem trazer,
mento sustentado. Temos realizado, nos últimos 30 anos, o especialmente para as indústrias farmacêuticas. A rapidez
DPD de modo irregular e, principalmente, ineficiente, para na obtenção de resultados, que podem ser transformados
a transformação de conhecimento em valor econômico, em patentes, tornou- se crucial para.
posto que a nossa política de fomento à pesquisa (ou po- Com a iniciativa privada ocupando- se apenas dos
lítica de ciência & tecnologia, na nomenclatura oficial) não genes mais interessantes e os pesquisadores do governo
contempla a geração de inovações pelo setor produtivo, dedicando- se ao sequenciamento dos demais, as duas for-
mas apenas as descobertas científicas e tecnológicas, reali- mas de trabalho podem se complementar, em benefício do
zadas no âmbito acadêmico. É o que mostram a medida da conhecimento geral.
nossa inventividade e de crescimento do PIB. Com a entrada da iniciativa privada no Projeto Geno-
ma, dando preferência a uma abordagem dirigida ape-
Projeto Genoma nas aos genes que apresentam interesse para a cura de
O Projeto Genoma Humano é um empreendimento doenças, o setor público passou a rever seu cronograma
internacional, iniciado formalmente em 1990 e projetado e espera concluir o Projeto em 2003 e não em 2005, como
para durar 15 anos, com os seguintes objetivos: Identificar proposto inicialmente.
e fazer o mapeamento dos 80 mil genes que se calcula exis- As tecnologia,os recursos biológicos e os bancos de
tirem no DNA das células do corpo humano; Determinar as dados gerados pela pesquisa sobre o genoma terão gran-
sequências dos 3 bilhões de bases químicas que compõem de impacto nas indústrias relacionadas à biotecnologia,
o DNA humano; Armazenar essa informação em bancos, como a agricultura, a produção de energia, o controle do
desenvolver ferramentas eficientes para analisar esses da- lixo, a despoluição ambiental.
dos e torna lós acessíveis para novas pesquisas biológicas. O Projeto Genoma Humano, conseguiu até agora iden-
O PHG tem como um objetivo principal construí uma sé- tificar os genes contidos em dois cromossomos , 22 e o 21.
rie de diagramas descritivos de cada cromossomo humano, A conquista do genoma promete uma revolução na
com resoluções cada vez mais apuradas. Para isso, é neces- medicina cujos resultados brotarão aos poucos ao longo
sário: dividir os cromossomos em fragmentos menores que das próximas décadas. Os genes são instruções que deter-
possam ser propagados e caracterizados; e depois ordenar minam as características físicas de cada indivíduo, como a
esses fragmentos, de forma a corresponderem a suas res- cor dos olhos e a formação óssea. Também produzem pro-
pectivas posições nos cromossomos (mapeamento). teínas indispensáveis ao funcionamento do corpo, como as
Depois de completo mapeamento, o passo seguinte é que ajudam o estômago a dirigir comida ou a metabolizar
determinar a sequência das bases de cada um dos frag- carboidratos. Genes defeituosos desequilibram o organis-
mentos de DNA já ordenados. O objetivo é descobrir os mo e podem causar doenças. Com a chave do código, os
genes na seqüência do DNA e desenvolver meios de usar cientistas vão compreender o processo que gera tais ma-
esta informação para estudo da biologia e da medicina, na les, para então desenvolver exames de diagnóstico e trata-
cura de doenças por exemplo. mentos. Há esperança de cura com a substituição de genes
Ele começou como uma iniciativa do setor público, tendo a anormais.
liderança de James Watson, na época chefe dos Institutos Na-
cionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). Numerosas escolas, Mulher com primeiro rosto transplantado
universidades e laboratórios participam do projeto, usando re- A primeira reação da mulher de 38 anos que foi sub-
cursos do NIH e Departamento de Energia norteamericano. Ó metida à cirurgia pioneira de transplante de rosto da histó-
este órgão financia cerca de 200 investidores separados nos EUA. ria foi agradecer aos médicos.
Em outros países, grupos de pesquisadores em univer- Segundo os cirurgiões, ela pediu uma caneta e um pa-
sidades e institutos de pesquisa também estão envolvidos pel e escreveu em francês a palavra “merci” [obrigada, em
no Projeto Genoma. Além destes, muitas empresas priva- português].
das grandes e pequenas também conduzem pesquisa so- De acordo com eles, a palavra foi escrita depois de
bre o genoma humano. ela ter se olhado no espelho, 24 horas após a cirurgia que
Basicamente, 18 países iniciaram programas de pes- ocorreu no último domingo na cidade de Amiens, no norte
quisas sobre o genoma humano. Os maiores programas da França. A mulher recebeu tecidos, artérias e veias de
desenvolvem- se na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, outra mulher que havia tido morte cerebral. Em maio pas-
China, Coréia, Dinamarca, Estados Unidos, França, Holanda, sado, a transplantada foi atacada por seu cão, um labrador
Israel, Itália, Japão, México Reino Unido, Rússia, Suécia e (em geral, uma raça dócil), e teve seu rosto desfigurado.
União Européia.
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CONHECIMENTOS GERAIS
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a
Meio Ambiente - Sisnama, promover ações de educação ciência e a tecnologia;
ambiental integradas aos programas de conservação, re- VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação
cuperação e melhoria do meio ambiente; dos povos e solidariedade como fundamentos para o futu-
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de ro da humanidade.
maneira ativa e permanente na disseminação de informa-
ções e práticas educativas sobre meio ambiente e incorpo- CAPÍTULO II
rar a dimensão ambiental em sua programação; DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIEN-
V - às empresas, entidades de classe, instituições pú- TAL
blicas e privadas, promover programas destinados à capa- Seção I
citação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao contro- Disposições Gerais
le efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre
as repercussões do processo produtivo no meio ambiente; Art. 6o É instituída a Política Nacional de Educação Am-
VI - à sociedade como um todo, manter atenção per- biental.
manente à formação de valores, atitudes e habilidades que Art. 7o A Política Nacional de Educação Ambiental en-
propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a volve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades
prevenção, a identificação e a solução de problemas am- integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sis-
bientais. nama, instituições educacionais públicas e privadas dos
Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental: sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Esta-
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e par- dos, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações
ticipativo; não-governamentais com atuação em educação ambiental.
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, Art. 8o As atividades vinculadas à Política Nacional de
considerando a interdependência entre o meio natural, o Educação Ambiental devem ser desenvolvidas na educação
socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustenta- em geral e na educação escolar, por meio das seguintes
linhas de atuação inter-relacionadas:
bilidade;
I - capacitação de recursos humanos;
III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas,
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experi-
na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
mentações;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho
III - produção e divulgação de material educativo;
e as práticas sociais;
IV - acompanhamento e avaliação.
V - a garantia de continuidade e permanência do pro-
§ 1o Nas atividades vinculadas à Política Nacional de
cesso educativo;
Educação Ambiental serão respeitados os princípios e ob-
VI - a permanente avaliação crítica do processo edu-
jetivos fixados por esta Lei.
cativo; § 2o A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
VII - a abordagem articulada das questões ambientais I - a incorporação da dimensão ambiental na formação,
locais, regionais, nacionais e globais; especialização e atualização dos educadores de todos os
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à níveis e modalidades de ensino;
diversidade individual e cultural. II - a incorporação da dimensão ambiental na forma-
Art. 5o São objetivos fundamentais da educação am- ção, especialização e atualização dos profissionais de todas
biental: as áreas;
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada III - a preparação de profissionais orientados para as
do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, atividades de gestão ambiental;
envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, po- IV - a formação, especialização e atualização de profis-
líticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; sionais na área de meio ambiente;
II - a garantia de democratização das informações am- V - o atendimento da demanda dos diversos segmen-
bientais; tos da sociedade no que diz respeito à problemática am-
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência biental.
crítica sobre a problemática ambiental e social; § 3o As ações de estudos, pesquisas e experimentações
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, voltar-se-ão para:
permanente e responsável, na preservação do equilíbrio I - o desenvolvimento de instrumentos e metodolo-
do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade gias, visando à incorporação da dimensão ambiental, de
ambiental como um valor inseparável do exercício da ci- forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades
dadania; de ensino;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informa-
do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à ções sobre a questão ambiental;
construção de uma sociedade ambientalmente equilibra- III - o desenvolvimento de instrumentos e metodolo-
da, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, soli- gias, visando à participação dos interessados na formula-
dariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e ção e execução de pesquisas relacionadas à problemática
sustentabilidade; ambiental;
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Está diretamente associado à transparências dos do colapso do Estado comunista. A despeito do entusias-
atos dos agentes públicos. mo inicial, a possibilidade de existência do Estado mínimo
Deve estar presente ao longo de todo o ciclo das mostrou-se irrealista, principalmente para os países em de-
políticas públicas. senvolvimento, onde as políticas públicas desempenham
Cria condições para o estabelecimento de relações um papel estratégico para aliviar a pobreza e torná-los
de confiança. mais compatíveis com uma economia de mercado.
Exige a existência de mecanismos de prestação de Na impossibilidade de substituir o Estado pelo merca-
contas. do, a crise deste período acabou produzindo uma reforma
deste Estado na maioria dos países ocidentais. Segundo
Sendo que seus principais instrumentos são: Bresser Pereira (1996) “No lugar da velha administração
Fiscalização de contratações. pública burocrática, emergiu uma nova forma de adminis-
Acompanhamento da execução orçamentária. tração – a administração pública gerencial -, que tomou
Estudos orçamentários sobre assuntos específicos. emprestado do setor privado os imensos avanços práticos
Monitoramento de projetos. e teóricos ocorridos no século XX na administração de em-
Acompanhamento permanente de políticas. presas, sem, contudo perder sua característica específica:
Participação em conselhos gestores de políticas a de ser uma administração que não está orientada para
públicas. o lucro, mas para o atendimento do interesse público”. As
características básicas da administração pública gerencial
Nas últimas décadas a avaliação de políticas e progra- são a orientação para o cidadão e para a obtenção de re-
mas governamentais assumiu grande relevância para as sultados, em contraponto à administração burocrática, que
funções de planejamento e gestão governamentais. Em se concentra nos processos, sem considerar a ineficiência
vários países, este movimento foi seguido pela adoção dos envolvida.
princípios da gestão pública empreendedora e por trans- O crescente interesse dos governos nos estudos de
formações das relações entre Estado e sociedade. A ava- avaliação está relacionado às questões de efetividade, efi-
liação pode subsidiar: o planejamento e formulação das ciência, accountability e desempenho da gestão pública,
intervenções governamentais, o acompanhamento de sua já que estes estudos constituem-se em ferramenta para
implementação, suas reformulações e ajustes, assim como gestores, formuladores e implementadores de programas
as decisões sobre a manutenção ou interrupção das ações. e políticas públicas. As avaliações de políticas e programas
É um instrumento importante para a melhoria da eficiência permitem que formuladores e implementadores tomem
do gasto público, da qualidade da gestão e do controle suas decisões com maior conhecimento, maximizando o
sobre a efetividade da ação do Estado, bem como para a resultado do gasto público, identificando êxitos e superan-
divulgação de resultados de governo. do pontos de estrangulamento.
Além do caráter de mensuração objetiva de resultados,
a avaliação possui também aspectos qualitativos, consti- Principais Questões a Serem Respondidas pelas Ava-
tuindo-se em um julgamento sobre o valor das interven- liações - Derlien (2001) identifica três funções atribuídas
ções governamentais por parte dos avaliadores internos ou à avaliação de políticas: de informação, de alocação e de
externos, bem como por parte dos usuários ou beneficiá- legitimação. Estas motivações são identificadas a diferen-
rios. A decisão de aplicar recursos públicos em uma ação tes fases da implementação de avaliações. Durante os anos
pressupõe a atribuição de valor e legitimidade aos seus 60, os países que impulsionaram a atividade estavam mais
objetivos, e a avaliação deve verificar o cumprimento das interessados na informação. Para eles, as questões princi-
metas estabelecidas. pais a serem respondidas seriam: Como funcionam as polí-
Há diferentes maneiras de realizar uma avaliação. Uma ticas? Que efeitos produzem? Como se pode melhorá-las?
delas é a avaliação acadêmica, mais formal, com interes- A segunda fase, que tomou impulso durante os anos 80 e
se no estudo da efetividade das políticas, seus impactos predomina hoje, visa à alocação ou dotação orçamentária
e benefícios. Outra forma é a avaliação promovida duran- mais racional, e as questões básicas a que se propõe são:
te o período de implementação das políticas e programas Que programas podem ser cortados a partir de resultados
governamentais, com foco na análise de sua eficiência e negativos? Quais são as consequências da privatização de
eficácia. certas atividades públicas? Como os programas podem ser
reorganizados para atingir mais resultados com o mesmo
Razões para Avaliar Políticas e Programas Governamen- montante? Já a função de legitimação não pode ser identi-
tais - A Utilidade da Avaliação de Políticas e Programas Pú- ficada a uma fase temporal, tendo sempre desempenhado
blicos. Hoje há quase um consenso na literatura de que os papel importante no contexto político, ao menos para os
motivos para realizar estudos de avaliação de políticas e países desenvolvidos da América do Norte e Europa que o
programas públicos estão relacionados à transformação da autor examina.
Administração Pública em uma administração mais moder- Para Ala-Harja e Helgason (2000), a avaliação de pro-
na e eficiente, mesmo que em alguns países isto ainda seja gramas é um mecanismo de melhoria do processo de to-
apenas um desejo. Nos anos 80 e 90, o mundo foi varrido mada de decisões. Embora não se destine a resolver ou
por uma onda de ideologia neoliberal que pregou o “Esta- substituir juízos subjetivos, a avaliação permite ao gover-
do Mínimo” e cuja aceitação talvez tenha sido um reflexo nante um certo conhecimento dos resultados de um dado
11
CONHECIMENTOS GERAIS
programa, informação que pode ser utilizada para melho- jamento. Estas são as respostas que as avaliações podem
rar a concepção ou implementação de um programa, para oferecer como subsídio ao processo de tomada de deci-
fundamentar decisões e para melhorar a prestação de con- sões, durante a execução dos programas e das políticas.
tas sobre políticas e programas públicos. Segundo estes
autores, as principais metas da avaliação seriam: a melhoria Descentralização e Democracia
do processo de tomada de decisão, a alocação apropriada Após o processo de democratização pelo qual o Bra-
de recursos e a responsabilidade para o parlamento e os sil passou, fez-se necessária uma nova postura quanto a
cidadãos. centralização do poder do Estado.
No Brasil, ainda podem ser citadas outras razões para a Nesse sentido o que percebemos foi um movimento
demanda por avaliações. no sentido de descentralizar competências e atribuições.
Em primeiro lugar, a crise fiscal brasileira diminuiu a ca- Essa questão de um Estado centralizado ou descen-
pacidade de gasto dos governos e aumentou a pressão por tralizado gera muita discussão, mas o que sabemos é que
maior eficiência. Nesta questão, o fim do processo inflacio- de fato um Estado nunca estará organizado totalmente
nário teve importante papel, pois acabou com as receitas fi- centralizado ou descentralizado.
nanceiras dos governos e expôs os problemas das finanças Diante desse fato, uma tendência é notada, a de que
públicas. Em segundo, o aprofundamento da democracia em aspectos pontuais, a descentralização é a mais indica-
trouxe novos atores sociais e reivindicações aos governos. da forma organizacional política, jurídica e administrativa
Em terceiro, a longa crise econômica brasileira aumentou a para o Estado, isso no sentido de adequação às neces-
desigualdade social e a busca pelos programas sociais do sidades pontuais, de eficiência nos resultados, de ajus-
governo. Por último, pode ser citada a desestruturação da tes e mudanças dentro das estruturas sociais, ou seja, a
função de planejamento, que deixou os governantes sem descentralização é um caminho mais assertivo para que,
elementos de informação e avaliação (Garcia, 1997). através da autonomia, da liberdade e da distribuição do
Segundo Silva (1999), o motivo mais imediato do inte- poder soberano se alcance o atendimento da pluralidade
resse pela avaliação de de interesses na sociedade.
atividades de governo seria a preocupação com a efe-
tividade, isto é, com a aferição dos resultados esperados e Participação, atores sociais e controle social
não-esperados alcançados pela implementação dos pro- Como já falamos no tópico que tratou de transparecia
gramas. O segundo motivo seria o de entender o processo e controle, a participação da sociedade no âmbito público
pelo qual os programas alcançaram ou não esses resul- é fundamental, e como vimos acima, isso foi decorrência
tados, analisando a dinâmica da intervenção estatal e os do processo de democratização pelo qual o Brasil vive nos
problemas concretos advindos da implementação. Outros últimos anos.
motivos relevantes seriam a aprendizagem organizacional Nesse contexto, os atores sociais atores são os agen-
das instituições públicas sobre suas atividades, a tomada tes sociais e econômicos, indivíduos e instituições, que
de decisão sobre a continuidade ou não dos programas e, realizam ou desempenham atividades manifestando inte-
ainda, a transparência, qualidade e accountability na ges- resses culturais, econômicos, políticos e sociais, de forma
tão dos recursos públicos (responsabilização dos gestores organizada e articulada.
por decisões e ações implementadas). Temos então:
Assim, as questões imediatas e centrais a serem res- Os atores estatais: exercem funções públicas no Esta-
pondidas pelos estudos de avaliação seriam: Em que me- do, através da escolha da sociedade via processo eleitoral
dida os objetivos propostos na formulação do programa para representa-los temporariamente ou atuam de forma
são ou foram alcançados na implementação? Como o pro- permanente, no papel de servidores públicos.
grama funciona e quais os motivos que levam ou levaram Os atores privados: são aqueles que não possuem
a atingir ou não os resultados? (Silva, 1999, p.38 e Silva, vínculo com o aparelho administrativo estatal. São mem-
2002, p.15) A partir dessas questões gerais, os estudos po- bros de instituições, associações, sindicatos, igrejas, par-
dem responder tópicos mais específicos, relacionados às tidos políticos, enfim, de movimentos da sociedade civil
informações para o processo decisório e aprendizagem or- organizada.
ganizacional. Ainda no campo da democracia abordada anterior-
O interesse do governo na avaliação dos programas mente, nos deparamos com a questão da cidadania e da
e das políticas públicas está relacionado à preocupação equidade social.
com a eficácia, a eficiência, a efetividade e a accountability Assim como outros já conhecidos, a equidade é um
de suas ações. Os estudos de avaliações podem fornecer princípio que assegura ao cidadão que aquilo que lhe for
aos gerentes e administradores públicos respostas sobre necessário seja oferecido pelo sistema. No entanto, mui-
a qualidade de seu trabalho, bem como a possibilidade de tos o confundem com o princípio da igualdade, e temos
mostrar os resultados de seu trabalho à sociedade e ao Le- aqui uma diferença bem pontual, segundo o princípio
gislativo. da igualdade, a todo cidadão brasileiro deverá ser dado
De acordo com a análise de experiências estrangeiras, atendimento igualitário sem privilégios, distinção ou bar-
os principais interesses das atuais avaliações são os resul- reiras. Já o princípio da equidade nos remete ao fato de
tados, a alocação orçamentária racional e a reorganização que todo cidadão deve receber o respaldo em conformi-
dos programas de modo a alcançar os objetivos de plane- dade com suas prioridades, através da análise da vulnera-
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CONHECIMENTOS GERAIS
bilidade de cada situação. Por exemplo, todos tem direito a atendimento na área da saúde, seja criança, adulto ou idoso,
mas se estivermos diante de um caso extremo de risco de morte, esse indivíduo tem preferência para ser atendido antes
que o outro.
Esse é o caminho para que a democracia gere uma sociedade cada vez mais justa e com o conceito de cidadania
cada vez mais disseminado.
Formação de agendas – indicam os objetivos imediatos do conflito, ou seja, os principais problemas identificados na
sociedade e que se enquadram em caráter de emergência.
Formulação: tendo esses conflitos ou problemas sido inseridos na agenda, faz-se necessário um planejamento para
que as soluções ou alternativas apontadas sejam executadas, definindo-se aqui os objetivos dessa politica adotada, as
ações que serão implementadas e dentro da viabilidade financeira, legal e politica que envolva essa ação.
Modelos de formulação
a) racionalidade econômica: critérios de escolha pública e de economia do bem-estar social sem entrar no julgamento
de valores.
b) racionalidade político-sistêmica: acordo entre os atores sociais e os decisores.
c) formulação responsável: sujeita o processo decisório ao debate e ao escrutínio público.
Implementação: nesse momento tudo que foi apontado no planejamento anterior se traduz em ação e resultado. É
uma fase de ajuste, onde, as adequações necessárias vão acontecer para que o objetivo inicial seja atingido.
Temos duas formas de implementar, uma que se trata de um modelo mais centralizado, ou seja, do governo para a
sociedade, também chamada de “Cima para Baixo”, e a outra, que é um modelo descentralizado, ou de “Baixo para Cima”.
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CONHECIMENTOS GERAIS
Quanto à sua classificação nós temos três critérios que são considerados:
Coleta, análise e interpretação de informações quantitativas e qualitativas para avaliação de programas gover-
namentais.
É através de um conjunto de informações bem exposto que podemos avaliar o desempenho de uma organização ou
de programas.
Essas informações são apontadas através de relatórios, que, quando de boa qualidade, permitem conhecer a realidade
dessa organização, ou seja, esse documento escrito, elaborado com base em dados e fatos, apontam informações relevan-
tes para avaliar o cenário em que se encontra uma organização e a partir daí, ser usado como ferramenta para tomadas de
decisões.
O desempenho de uma empresa deve ser avaliado a partir de um conjunto de informações que permitam conhecer
sua realidade num dado momento. Além disso, deve apresentar subsídios para que se possa planejar o futuro da empresa,
fazer correções de rumo e apresentar novas formas de atuação.
Sem informações, a administração de um negócio é um tiro no escuro. Uma das formas mais objetivas de levantar e
conhecer informações é através do uso de indicadores. Os indicadores funcionam como um painel prático para o monito-
ramento de resultados em um dado momento ou no decorrer do tempo.
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CONHECIMENTOS GERAIS
Indicadores quantitativos e qualitativos Por outro lado, um número reduzido de indicadores re-
Quanto à forma de medição, o comum é usar indicado- levantes faz com que o trabalho tenha foco e os resultados
res quantitativos (baseados em números), embora também apareçam. Para isso, é preciso saber a estratégia adotada e
possam haver indicadores qualitativos (sobre a percepção os processos fundamentais para que a estratégia se imple-
de um stakeholder sobre a empresa, ou sobre detalhamen- mente. Recomendamos a escolha de não mais que cinco
tos da natureza diferenciada de determinados trabalhos, indicadores essenciais para cada gestor ou líder de equipe.
ou por pesquisas dissertativas de opinião). Por exemplo,
um indicador quantitativo diria que a satisfação dos clien- Quatro grupos de métricas
tes é de 85%, enquanto que um indicador qualitativo tenta- Embora as métricas financeiras sejam as mais recor-
ria levantar opiniões espontâneas dos clientes sobre quais rentes, o professor Marcos Hashimoto destaca que existem
os pontos fortes e os pontos fracos do atendimento. outros tipos de métricas, igualmente importantes, uma vez
que os resultados financeiros são decorrência do sucesso
Indicadores financeiros e não financeiros da empresa em processos críticos de sucesso. Para o autor,
Existem indicadores financeiros e não financeiros. No existem quatro grupos de métricas:
primeiro grupo, estão indicadores de faturamento, de re- métricas comerciais: foco nos clientes, no seu ní-
ceitas, de lucro, fluxo de caixa, entre outros que se baseiam vel de satisfação, na participação de mercado da empresa,
em número e em moeda (dinheiro). No segundo grupo, no volume de vendas por produto.
estão indicadores que não envolvem moeda, mas que tam- métricas processuais: foco no desempenho dos
bém ser convertidos em número (por exemplo, o índice de processos internos, como a eficiência da linha de produção
satisfação dos clientes). ou giro do estoque.
métricas de inovação: foco nas iniciativas que
Indicadores externos e internos beneficiam a empresa a longo prazo, tais como: treina-
Os indicadores também podem ser divididos quanto mentos, pesquisa e desenvolvimento de soluções, marcas
ao seu alcance. Alguns alcançam a vitalidade do negócio e patentes.
do ponto de vista externo, isto é, do ponto de vista dos métricas financeiras: foco nos resultados finan-
resultados junto aos clientes (faturamento, taxa de retor- ceiros e monetários.
no, satisfação dos clientes etc.), enquanto outros tratam
da eficiência dos processos-chave internos à empresa (ve- Alinhamento de metas e indicadores
locidade na produção, tempo de autonomia de um novo Para os indicadores fazerem parte da vida da Organi-
colaborador etc.). zação, é preciso que:
O ideal é combinar indicadores financeiros e não fi- a) os colaboradores entendam as métricas: todos
nanceiros, de vitalidade do negócio e de processos inter- devem compreender as metas e os indicadores;
nos. Ainda que a ênfase seja dada ao aspecto quantitativo, b) os indicadores devem fazer parte de uma gestão
o administrador deve ter flexibilidade e senso crítico para por resultados: a remuneração variável, como comissões
considerar fatores qualitativos que possam afetar positiva e participação nos resultados, devem estar associadas ao
ou negativamente os resultados. cumprimento dessas metas;
c) as metas devem ser tangíveis: colocar metas im-
A escolha dos indicadores possíveis serve para desestimular os colaboradores e para
Deu para perceber que os indicadores podem ser múl- desqualificar os indicadores, isso não ajuda nada na melho-
tiplos e que duas empresas semelhantes podem ter resul- ra dos resultados;
tados igualmente bons ainda que usem indicadores dife- d) os colaboradores devem se sentir donos do indi-
rentes. cador com que trabalham: os indicadores devem estar di-
É famosa a história de Alice perdida no País das Mara- retamente relacionados com o trabalho do colaborador ou
vilhas, que pede ajuda para um gato sobre o melhor cami- da equipe de colaboradores; se o colaborador é um ven-
nho a tomar. O gato lhe pergunta aonde ela quer ir, e Alice dedor, o indicador com que ele trabalha pode ser o “valor
responde que “tanto faz”, ou que “não sabe”, ao que o gato faturado”, ou a “taxa de conversão de vendas” (que é o
retruca: “Se você não sabe aonde quer ir, qualquer caminho número de fechamento de vendas dividido pelo número
servirá”. Com indicadores, ocorre algo similar: é preciso sa- de tentativas de vender ou contatos realizados);
ber a estratégia da empresa, a sua visão e seus objetivos
em nível macro, para poder definir quais serão as metas Fases de implementação de um indicador
específicas e quais indicadores darão conta de monitorar o Podemos dizer que a implementação de um indica-
desempenho da estratégia traçada. Então, sem saber qual dor envolve a implementação de uma cultura de gestão
a estratégia, o trabalho com objetivos, metas e indicadores por resultados (ou gestão por desempenho). Trata-se de
perderá sentido. uma implementação que deve ser realizada passo-a-passo.
Não faz sentido ter muitos indicadores para controlar, Abaixo, apresentamos uma sugestão de passos que podem
pois o excesso de prioridades resulta em prioridade algu- ser adotados por sua empresa:
ma. O excesso de indicadores provoca perda de foco do 1) definição dos indicadores: tenha em mente os ti-
gestor e, por decorrência, da equipe, pois ninguém saberá pos de indicadores, escolha indicadores relevantes e asso-
como equilibrar vários pratos ao mesmo tempo. cie-os a metas. Por exemplo, se um indicador for “satisfa-
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CONHECIMENTOS GERAIS
ção dos clientes”, coloque uma meta gradual de qual Sistemáticas de Monitoramento e Avaliação
número seria bom para este indicador (por exemplo: O Monitoramento é uma coleta sistemática e uma aná-
75% de avaliação “bom” ou “ótimo” até o final deste lise da informação de como um projeto progride. É criado
ano; 85% de “bom” ou “ótimo” até o final do ano que para melhorar a eficiência e a eficácia de um projeto ou
vem). Não se esqueça que a escolha dos indicadores organização. É baseado em metas e atividades dirigidas
passa pela definição dos objetivos estratégicos e dos durante as fases de planejamento do trabalho. Auxilia a
processos-chave internos da Organização; manter o trabalho em sua linha geral e possibilita ao ge-
2) desdobramento e alinhamento dos indica- renciamento identificar quando as coisas não estão andan-
dores: pode ser o caso de desdobrar um indicador de do corretamente. Se utilizado corretamente, torna-se uma
forma diferenciada para cada equipe. Por exemplo, a ferramenta inestimável para um bom gerenciamento e for-
satisfação do cliente pode ser de 75% no setor de te- nece uma base de avaliação muito útil. Habilita saber se os
lemarketing e de 80% no atendimento da equipe de recursos estão sendo bem utilizados e se serão suficientes
vendas. A empresa pode ter vários indicadores, mas é para o que está sendo feito; se sua capacidade de trabalho
recomendável que cada liderança e cada colaborador é suficiente e apropriada; e se você está realizando aquilo
não monitore mais de cinco indicadores, para que não que planejou fazer (verifique também o pacote de ferra-
se perca o foco. Além de desdobrar os indicadores para mentas para o planejamento de ações).
cada equipe e cada processo da empresa, é preciso ali-
nhar os indicadores da equipe com a própria equipe, A Avaliação é a comparação do real impacto do proje-
com cada colaborador. Isso é feito mediante palestras, to em relação ao planejamento estratégico estudado an-
treinamentos, reuniões e outras formas de comunica- teriormente. Averigua o que foi formulado para ser reali-
ção; zado com o que foi feito e como isso foi alcançado. Pode
3) implementação dos indicadores: é preciso im- ser formativa (sendo elaborada ao mesmo tempo em que
plementar esses indicadores, associá-los à parte variá- ocorre o projeto ou existe a organização, com a intenção
vel da remuneração e acompanhar os resultados obti- de melhorar a estratégia ou a forma do funcionamento de
dos pelas equipes. Por exemplo, se o setor de suporte um projeto ou organização). E pode também ser resumida
bater um mínimo de 80% de avaliação “bom” ou “óti- (aferindo aspectos de ensinamentos para um projeto finali-
mo” este ano, terá uma direito a uma participação X zado ou uma organização que deixou de existir).
sobre os resultados da empresa; O que a avaliação e o monitoramento têm em comum
4) análise e tomada de decisões com base em in- é que ambos são estruturados durante o aprendizado do
dicadores: confrontando as metas que foram definidas que se está fazendo e como se está fazendo, focalizando:
para cada indicador e os resultados que de fato foram
alcançados, verificam-se quais os ajustes terão de ser • Eficiência
feitos em termos de recursos, pessoas e processos ou, • Eficácia
até mesmo, quais ajustes terão de ser feitos nos pró- • Impacto
prios indicadores.
A Eficiência diz que o insumo empreendido em seu
Esses relatórios e indicadores são muito importan- trabalho é apropriado em termos de resultados. Isso pode
tes na gestão da qualidade adotada pela organização. ser insumo em termos de dinheiro, tempo, equipe, equipa-
Os sistemas de gestão de qualidade objetivam ve- mento e assim por diante. Quando você trilha um projeto
rificar todos os processos e apontar maneiras de como e está preocupado com sua replicabilidade, ou com a ma-
melhorar a qualidade dos produtos e dos serviços, per- neira como ele se desenvolverá numa projeção de escala,
mitindo fazer uma tomada de decisão mais eficaz, atra- então, é muito importante que se tenha o elemento de efi-
vés dos apontamentos dos indicadores adotados. ciência corretamente.
Os sistemas podem assumir formas variadas. No
entanto, algumas características são básicas, tais como: Eficácia é a medida de extensão do qual um programa
Técnicas Estatísticas; de desenvolvimento ou projeto alcança com os objetivos
Controle de compra; específicos que traçou para si.
Controle de design do produto; Impacto diz se o que você realizou fez ou não alguma
Controle de documentação; diferença em relação ao problema da situação que você
Treinamento e qualificação de pessoal; tentou solucionar. Antes de se decidir por crescer ou du-
Aceitação do produto; plicar o projeto você precisa estar certo de que o que está
Controle de embalagens e rótulos; sendo realizado está fazendo sentido nos termos do im-
Registros de tudo; pacto que se quer atingir.
Relação com consumidor;
Teste de equipamentos. Através de monitoramento e avaliação, pode-se:
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CONHECIMENTOS GERAIS
• Promover ajustes para que se possa mais forte- • Coletar e gravar a informação;
mente “fazer a diferença”. • Analisar a informação;
• Utilizar a informação para informar ao gerencia-
Em muitas organizações, “monitoramento e avaliação” mento diariamente.
é alguma coisa vista mais como uma requisição de doado-
res do que uma ferramenta de gerenciamento. Doadores O monitoramento é uma função interna em qualquer
certamente têm todo o direito de saber se seu dinheiro projeto ou organização.
está sendo gasto de maneira apropriada e se está sendo
bem gasto. Porém, primariamente (e muito mais importan- Avaliação envolve:
te) o uso da avaliação e monitoramento deve ser feito para
a própria organização ou projeto saber como está andando • Avaliar o que o projeto ou a organização pretendem
em relação aos seus objetivos, se está tendo um impacto, atingir – qual diferença quer fazer? Qual impacto quer ter?
se está se trabalhando com eficiência e para aprender a ser • Reconhecer seu progresso com relação ao que al-
melhor. mejava, suas metas de impacto.
• Examinar a estratégia de um projeto ou organização.
Planos são essenciais, mas não são feitos de concreto Houve uma estratégia? Houve eficácia em se seguir a estraté-
(fixados de forma totalmente inflexível). Se não estão fun- gia proposta? A estratégia funcionou? Se não, por que não?
cionando, ou se as circunstâncias mudaram então os pla- • Examinar como as coisas funcionaram. Houve um
nos também devem sofrer mudanças. O monitoramento uso eficiente dos recursos? Quais foram os custos de opor-
e avaliação são ferramentas que ajudarão um projeto ou tunidade com a maneira que se optou por trabalhar? Quão
organização a perceber quando seus planos não estão fun- sustentável é a forma pela qual o projeto e a organização
cionando ou quando as circunstâncias sofreram mudanças. trabalham? Quais são as implicações para os diversos agen-
Eles fornecem ao gerenciamento a informação necessária tes envolvidos pelo modo com que a organização trabalha?
para tomadas de decisões a respeito do projeto e da or-
ganização das mudanças que se mostrem necessárias em Numa avaliação, avaliamos eficiência, eficácia e impacto.
relação aos planos ou a própria estratégia.
Através disso, as constantes permanecem como pilares Existem muitos tipos diferentes de se fazer uma avalia-
da rede estratégica: a análise de problemas, a visão e os ção. Alguns dos termos mais comuns com que você poderá
valores da organização ou do projeto. Tudo o mais pode se deparar são:
ser renegociável (veja também o pacote de planejamento
estratégico). Fazer algo errado não é um crime. Falhar e não • Autoavaliação: Isso requer uma organização ou
mostrar que aprendeu com erros do passado por não ter projeto que segure um espelho diante de si mesmo e ana-
feito um monitoramento e avaliação, é. lise o que faz, como uma forma de prática para melhora-
mento e aprendizagem. Exige que se tenha uma organiza-
O efeito do monitoramento e avaliação pode ser visto ção muito honesta e autoreflexiva para fazer isso de forma
no ciclo a seguir. Observe que você monitorará e ajustará eficaz, contudo isso pode ser uma experiência de aprendi-
diversas vezes antes que esteja preparado para fazer uma zagem muito importante.
avaliação e possa planejar novamente.
• Avaliação participatória: Esta é uma forma de ava-
O monitoramento e a avaliação podem: liação interna. A intenção é reunir o maior número de pes-
soas possível que tenham participação direta no trabalho
• Ajudar a identificar problemas e suas causas; que está sendo realizado. Isso pode significar beneficiá-
• Sugerir soluções possíveis para problemas; rios e equipe do projeto trabalhando em conjunto nesta
• Levantar questões quanto à estratégia e às previ- avaliação. Se alguém de fora for chamado será para agir
sões realizadas; como facilitador do processo, não avaliador. Estimativa
• Levar você a refletir para onde está indo e de como Participatória Rápida: Originalmente utilizada em áreas ru-
você está chegando lá; rais, a mesma metodologia pode, na verdade, ser aplicada
• Providenciar informações e aspectos internos; na maioria das comunidades. Este é uma forma qualitativa
• Encorajá-lo a agir a respeito dessas informações de se fazer avaliações. É conduzida e semi-estruturada por
e aspectos; um time interdisciplinar e levada por um curto período de
• Aumentar suas possibilidades de acerto que farão tempo. É utilizada como base de início para se entender
uma diferença de desenvolvimento positiva uma situação local e é uma maneira rápida, útil e barata
de se armazenar informações. Envolve o uso de revisões
Monitoramento envolve: de dados secundárias, observação direta, entrevistas se-
mi-estruturadas, informantes chave, entrevistas de grupos,
• Estabelecer indicadores (consulte o Glossário) de jogos, diagramas, mapas e calendários. Em um contexto de
eficiência, de eficácia e de impacto; avaliação, ele permite que se obtenham dados valorosos
• Estabelecer sistemas para coleta de informações, daqueles que supostamente estão se beneficiando do tra-
relacionando estes indicadores; balho de desenvolvimento. É flexível e interativo.
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CONHECIMENTOS GERAIS
• Avaliação externa: É uma avaliação feita por um time de fora ou alguém externo cuidadosamente escolhido.
• Avaliação interativa: Isso requer uma interação muita ativa entre o avaliador ou time externo e a organização ou
projeto sendo avaliado. Às vezes, alguém de dentro pode ser incluído no time de avaliação.
•
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CONHECIMENTOS GERAIS
A rápida ascensão industrial foi o fator determinante para industriais impulsionados pela política de valorização cam-
tirar o país da crise, com indústrias destinadas a substituir as bial e pela transferência dos excedentes do setor agroex-
importações, embora também se fabricassem produtos que portador para a indústria.
não eram importados anteriormente. Era uma industrialização Em 1952 é criado o Banco Nacional de Desenvolvimen-
restrita, uma vez que os setores produtores de bens de capital to Econômico (BNDE), através de um adicional sobre o Im-
e de bens intermediários, chamados de bens de produção, posto de Renda. Ele foi importante para o financiamento
eram subdesenvolvidos no Brasil à época. Cardoso de Mello de projetos de infraestrutura, transporte e da implantação
chama essa fase de industrialização restringida, e durará até industrial em si. A tentativa de Vargas de implantar o de-
o governo Juscelino Kubitschek. Estado Novo (19 37-1945) e partamento I enfrentou dificuldades políticas, com diver-
Segunda da Guerra Mundial Em novembro de 1937ocorre um gências entre as classes que deveriam sustentar seu gover-
golpe militar liderado por Getúlio Vargas, eleito indiretamen- no: os trabalhadores industriais e a burguesia nacional. Os
te presidente em 1934, pela Assembleia Nacional Constituin- trabalhadores querem maior participação nos ganhos de
te, com término de mandato previsto para um ano antes do produtividade, e os empresários estão descontentes com o
golpe. São dissolvidos o Parlamento, Assembleias Estaduais, aumento dos custos das importações provocada pela des-
Câmaras Municipais, os Estados são governados por Interven- valorização cambial (Instrução 70). Havia ainda nova crise
tores. Esse período, chamado estado Novo, se estenderá até cafeeira, e tudo isso seria aproveitado pela oposição contra
1945, tendo o poder totalmente centralizado, representando Vargas.
o fim da descentralização republicana e da oligarquia cafeeira. O desfecho dessa crise foi o suicídio de Getúlio Var-
Cabia ao Estado assumir o desenvolvimento industrial, para gas e com ele a morte de um projeto nacional, pela não
isso implantando agências econômicas, criando uma nova articulação com a burguesia industrial com vistas a uma
legislação trabalhista, assumindo o Estado o papel de produ- sociedade industrial mais avançada, algo como um prus-
tor direto, no caso com a usina siderúrgica de Volta Redonda. sianismo desfigurado, nas palavras de José Luís Fiori. Com
Nos países de industrialização tardia como Brasil. Alemanha, a morte de Vargas assume o governo seu vice, Café Filho,
Japão, Itália, esse desenvolvimento industrial só foi possível de 1954-1955, adotando políticas econômicas muito dis-
com a intervenção estatal, contrariamente ao ocorrido nas ca- tintas. O seu 1º ministro a Economia, Eugênio Gudin era o
pitalistas França e Inglaterra. oposto de tudo que Vargas fez: defensor de política orto-
Após a Segunda Guerra o Brasil é redemocratizado, doxa, baseada no da emissão monetária e de crédito. Sua
sendo Dutra eleito presidente, que seguiria os princípios ação principal foi a Instrução 113, que permitiu às empre-
liberais do governo norte-americano de Truman, e total- sas estrangeiras instaladas no país importar máquinas e
mente contraposto ao intervencionismo de Vargas. Sérgio equipamentos sem cobertura cambial, o que lhes concedia
Besserman Vianna chama a essa política de ilusão de divi- subsídios que não eram ofertados ás nossas indústrias, que
sas, julgando-se que as reservas nacionais fossem confor- naturalmente já enfrentavam a concorrência dos produtos
táveis e que até éramos credores dos EUA, pela colabora- internacionais, por trabalharem em condições técnicas de
ção na Segunda Guerra! O câmbio foi mantido como em inferioridade, obsoletas mesmo. Gudin cortou os gastos
1939, houve queima de divisas, só em parte gastas com públicos e de investimentos, havendo crise bancária, com
importações de máquinas e matérias-primas essenciais. A liquidação de bancos, falências, concordatas. E ainda não
política de Dutra era muito ortodoxa, só se preocupando atendeu às expectativas dos cafeicultores, o que por fim
com controle inflacionário, que chegara a 15% em 1945. o deixou sem sustentação para o cargo, sendo substituído
O Banco do Brasil faz uma política de crédito á indústria, a na pasta por José Maria Whitaker. Este assume em meio a
despeito de Dutra não se preocupar em seu governo com uma grave crise bancária. Ele sugere uma profunda refor-
esta questão. O mundo pós-guerra estava em reconstru- ma cambial, que ocorreria sob a supervisão do FMI, criado
ção, e a industrialização era uma das vias para isso, mas em 1944. Se essa reforma fosse adiante seria a derrota de
aqui, Dutra tinha como estratégia o Plano Salte, que não uma política desenvolvimentista que impulsionou o PSI.
vingou. Coordenaria os gastos públicos com alimentação, Essa proposta não teve apoio político dos principais candi-
saúde, transporte, energia, nos períodos de 1949-1953. datos à sucessão de Café Filho, indo na contramão do que
Getúlio Vargas e a indústria pesada 19 50 propunha o já candidato Juscelino Kubitschek, defensor
Getúlio Vargas de volta ao governo, eleito diretamen- do PSI. Whitaker seria por fim, também exonerado.
te, marca a tentativa de afirmação de um projeto nacional
de industrialização. O departamento I, produtor de bens O milagre brasileiro: auge e crise
de produção e uma parte do departamento II, produtor de O período que vai de 1968 a 1973, em pleno regime
bens duráveis, assumem a relevância da produção indus- militar, após o golpe de 1964, é conhecido por milagre eco-
trial do país. Na década de 1950 Vargas planeja um bloco nômico brasileiro, de intenso crescimento do PIB e da pro-
de empreendimentos estatais, que se materializam na Pe- dução industrial. A economia foi beneficiada por aumento
trobrás, na Companhia Siderúrgica Nacional, na tentativa do comércio mundial e dos fluxos financeiros internacio-
de funcionamento da Companhia Nacional de Álcalis, na nais, havendo predomínio dos setores de bens duráveis e
Vale do Rio Doce e no projeto Eletrobrás. de capital, a partir da estrutura montada no Plano de Me-
A proposta nacionalista de seu governo restringia a tas. A consequência desse aporte estrangeiro de recursos
participação de financiamento externo desses projetos, os seria na década de 1980 a crise financeira e o maior endi-
quais eram obtidos por altas taxas de lucro das atividades vidamento.
19
CONHECIMENTOS GERAIS
Em 1967, já no governo Médici, Delfim Netto coman- O II PND (1975-1979) tinha por objetivo superar o subde-
da a equipe econômica do país. A solução para a queda senvolvimento do país, dando continuidade ao crescimen-
da inflação é o crescimento da economia, o que o mundo to econômico, grande fator de legitimação desse regime
já sinalizava. Ele queria uma política monetária expansiva, que já fazia 10 anos e ao contrário de outras ditaduras
aumento no crédito ao setor privado, estímulo a produção militares latino-americanas, como Argentina e Uruguai,
interna e externa. tinha projetos de afirmação nacional como futura potên-
O novo ciclo de crescimento foi comandado pelos bens cia. Geisel inicia o programa nuclear brasileira, em parceria
de consumo duráveis e bens de capital. As exportações com a Alemanha Ocidental, contrariando a vontade dos
mais que dobraram. O crescimento da indústria de bens EUA. Continuavam os investimentos no departamento I da
de consumo não duráveis manteve-se abaixo dos demais economia, produtor de bens de capital e intermediá-
setores. A agricultura cresceu, principalmente nas culturas rio. O investimento vinha do próprio governo federal, que
voltadas à exportação, enquanto gêneros de consumo in- através do BNDE financiaria empresas de bens de capital
terno (feijão, mandioca, banana) nem tanto. do setor privado nacional, e as multinacionais entrariam
A dívida externa é consequência do crescimento con- com apoio secundário, visto não quererem arriscar muito
duzido por financiamento estrangeiro, o que explica o “mi- capital, pela incerteza da conjuntura econômica mundial
lagre econômico” do período. Havia excesso de liquidez in- da época. A crise mundial repercutiu internamente, pro-
ternacional e redução de taxas de juros, tornando atraentes vocando a desaceleração do plano.
os empréstimos junto a bancos internacionais, ainda mais O papel central no processo industrial brasileiro ainda
levando em conta que o sistema bancário financeiro, o pri- pertencia às grandes empresas estatais, caso de Eletro-
vado, nunca se voltou para financiamentos produtivos de brás, Siderbras, Embratel, Petrobrás, dentre outras, que re-
médio e longo prazo. Logo, o endividamento se deu por cebiam grandes investimentos externos, sendo impedidas
captação estrangeira de recursos e o repasse dos mesmos, de recorrer ao crédito interno. O II PND era difícil de ser
para empresas nacionais, o que “capturou” nossa econo- mantido pela conjuntura mundial, em função de sua gran-
mia. O intenso crescimento durante o milagre econômico diosidade, começando o declínio já em 1976, com a redu-
trouxe benefícios às classes de maior renda, principalmen-
ção dos ritmos de investimentos. Havia críticas da impren-
te as de nível técnico ou superior com funções servindo
sa, que o acusava de ser uma estatização da economia.
à economia: engenheiros, administradores, economistas,
Empresários de vários setores que apoiavam o governo,
analistas de sistemas etc , ao mesmo tempo que o salário
sendo “sócios” das estatais, passaram à oposição do regi-
mínimo atingia seu menor valor em 1969, com perda de
me militar. Em junho de 1978 essas lideranças entregam o
22,2%. Em 1972 mais da metade dos assalariados recebia
I Documento dos Empresários, criticando abertamente a
cerca de um salário mínimo.
política econômica do governo, saudosos do milagre eco-
Somente os mais qualificados tinham algum aumento
nômico, e defendendo a redemocratização do país.
em seus salários. Se o nível de escolarização é determina-
do a partir do nível preexistente de renda, as classes mais A desaceleração do II PND adiou o início de atividades
abastadas teriam acesso às profissões mais remuneradas nas áreas de energia, de química
automaticamente. Houve cerceamento das atividades sin- pesada e siderurgia. Em 1979 Delfim Netto volta ao
dicais e políticas nesse período, não havendo brecha para governo, já comandado pelo presidente João Figueiredo
reivindicações durante o milagre. Houve ainda muitos aci- e promove uma política de ajuste recessivo, que vai 1981
dentes de trabalho, consequência ao aumento de horas a 1983, quando ao final acontece um superávit comercial.
extras dos trabalhadores menos remunerados tentarem
aumentar a renda, somada à exaustão ocupacional. Os anos 1990 e o Plano Real
O quadro social se agravou muito, com um crescimen- Nos anos 1990 o país iniciara os processos de abertu-
to econômico muito grande, mas às custas do empobreci- ra externa, de incentivo às exportações, de renegociação
mento do trabalhador, além de outros indicadores sociais, da dívida externa e de desregulamentação do mercado.
como condições sanitárias precárias e surtos de várias Em 1993, no governo Itamar Franco, seu então ministro da
doenças, como a meningite, causando elevada mortanda- Economia, Fernando Henrique Cardoso, implanta o Plano
de infantil, o que mostrava haver um crescimento econô- Real, apoiado por uma equipe de economistas oriundos
mico, não atrelado ao desenvolvimento social. da PUC-RJ.
Esse plano tinha 3 etapas:
O II PND Governo Geisel a) promover o equilíbrio de contas do governo, princi-
Em março de 1974 assume o poder o general Ernesto pal causa da inflação que deveria ser eliminada;
Geisel, que buscaria enfrentar as dificuldades do período b) criação de um padrão estável de valor, a URV, Uni-
criando o II Plano de Desenvolvimento ( IIPND ) , adotando dade Real de Valor;
uma retomada varguista de desenvolvimento I da econo- c) emissão de nova moeda, com poder aquisitivo es-
mia, dando prioridade às indústrias produtoras de bens de tável, o Real.
capital e de bens intermediários, grandes pontos de es- O que o distinguia dos planos anteriores logo de cara
trangulamento que impediam o progresso nacional, fazen- era o não congelamento de preços, evitando ações judi-
do então o país entrar na fase final do PSI , o processo de ciais por quebras de contratos, que ocorriam bastante nos
substituição de importações, lá do começo da era Vargas. planos pregressos.
20
CONHECIMENTOS GERAIS
O governo diagnosticou que o desequilíbrio vinha de contas públicas, dentro de um pacote de medidas, propos-
problemas fiscais, apontando o setor financeiro como be- to pelo FMI, ao qual o Brasil teve de recorrer. Mesmo com
neficiário direto desse desajuste, decorrente das taxas de tudo isso, em 1999, o Real é desvalorizado, com a promes-
juros e inflação sobre as receitas. Constatado isso, quando sa à frente de recessão, deterioração dos indicadores so-
a inflação caísse várias instituições recorreriam ao Banco cioeconômicos, desemprego e déficit nas contas públicas.
Central para se manter. O governo antevendo isso decide O declínio simultâneo das principais economias internacio-
promover um saneamento dos bancos públicos e privados, nais associado ao racionamento de energia foram fatores
para a manutenção do sistema bancário. importantes de restrição ao crescimento nacional.
O governo queria um ajuste fiscal das contas públicas
e para isso, medidas foram tomadas, como: limitação dos A transição do governo: de FHC a Lula (20 02/2003)
gastos com funcionalismo e obrigatoriedade de estados e Lula comprometeu-se em respeitar os termos do acor-
municípios de se manterem em dia com suas contas, para do negociado por FHC junto ao Fundo. Manteve a políti-
poder receber futuras verbas. ca macroeconômica que vinha desde 1999, marcada por
Grande parte do projeto inicial não foi efetivada por metas de controle inflacionário com o câmbio flutuante e
várias razões, incluindo a reforma tributária ter sido prete- geração de superávit primário. O Brasil convive com alta
rida por diversos pacotes emergenciais. taxa de juros, maiores que 10% ao ano, as quais encarecem
O Banco Central controlaria mais de perto os bancos o crédito, os financiamentos, adiando decisões de investi-
estaduais e federais, para torná-los mais competitivos O mentos e reduzindo as atividades financeiras em geral. Ou-
Banco do Brasil incentivou muito a agricultura. A privati- tro efeito das altas taxas de juros é valorizar artificialmente
zação das estatais era necessária e com isso se transferia a de câmbio do Real, frente às moedas estrangeiras.
para o setor privado os custos da modernização da infraes- No médio e longo prazo, a Lei de Diretrizes Orçamen-
trutura. tárias e a Lei de Responsabilidade Fiscal têm mostrado re-
A URV foi usada para restaurar a função de unidade de lativa estabilidade no controle dos gastos públicos, que é a
contar da moeda, destruída pela inflação, bem como para diferença entre a arrecadação do governo federal, estadual
referenciar preços e salários. Diariamente o Banco Central e municipal e suas respectivas estatais, subtraindo as des-
fornecia relatórios sobre a desvalorização do cruzeiro real e pesas correntes.
a cotação do URV. A URV serviu para o comércio determi- O Brasil perdeu espaço no mercado mundial nas duas
nar seus preços, efetuar contratos e determinar salários. Foi últimas décadas, as melhores em termos de oportunida-
bem recebida a estratégia de conversão. Em 1º de julho de des, quando houve a globalização e tudo o que adveio com
1994 o governo decreta a Medida Provisória do Plano Real, ela: redução das tarifas de importação, regionalização das
criando a nova moeda com este nome e sendo acusado de economias, com a formação de blocos e expansão das em-
render-se a objetivos eleitoreiros. presas transnacionais.
O Plano Real é considerado por analistas econômicos As mudanças no mercado de trabalho o e a reforma
como dos mais vitoriosos programas de estabilização de da previdência social
nossa história. Os salários dos trabalhadores tinham um O desemprego na década de 1990 teve um crescimen-
poder maior de compra, mantido de forma constante, o to importante: em 1991 era de 4,35% enquanto em 2000
que não acontecia antes. chegava a 8,06%, sendo que desse contingente a maioria
Paralelamente, ao final de 1995, o governo eleva os era de analfabetos e/ou com instrução elementar, além
juros para empréstimos e restringe o crédito, para evitar do tempo de permanência nesta condição ter aumentado,
especulação e vota da inflação. Apesar de seu sucesso, o chegando a haver casos de 1 ano de procura. Paralelo a
Plano Real só solucionava uma parte do problema, mas o esse quadro há aumento do mercado informal de traba-
crescimento econômico como um todo dependia de re- lho, seja na forma de assalariado sem carteira assinada, seja
formas mais profundas, de cunho estrutural, envolvendo como conta-própria.
as áreas administrativas, patrimonial, financeira, fiscal e tri- Grande parte do problema decorre das mudanças no
butária. mercado de trabalho. As empresas ampliaram sua capaci-
A restrição externa foi o fator de limitação do cresci- dade de produção através de mudanças de gestão, reen-
mento econômico, pois sempre que a atividade econômica genharia de produção e por modernização de maquinário,
cresce as importações aumentam, e vendo esse movimen- o que eliminou muitos postos de trabalho. Nem todos os
to, os produtores se voltam para a demanda interna, o que desempregados tinham direito ao seguro-desemprego,
reduz as exportações. Esses 2 fatores associados, aumento cuja procura aumentou consideravelmente, isto porque
de importações com redução das exportações, provoca o havia situações de informalidade anterior, ou pessoas que
desequilíbrio interno. As exportações não apenas geram permaneceram longo tempo desempregadas, se emprega-
renda, mas também mais empregos e participação no ram e logo foram demitidas. Durante toda a década de
mercado internacional, que àquela época era de 0,9%. Em 90 esteve em discussão a necessidade de amplas reformas:
1997 com a crise asiática, a vulnerabilidade da economia tributária, administrativa, previdenciária, sendo que só esta
nacional ficou mais evidente, forçando o governo a adotar última foi adiante, com o presidente Lula, aprovando em
medidas de contenção do nível de atividade, para evitar o 2003, uma reforma centrada na proteção aos funcionários
descontrole externo. Em 1998, com a crise russa, a situação públicos, mas refletindo no Regime Geral da Previdência
se agrava, forçando o país a adotar novas medidas sobre as
21
CONHECIMENTOS GERAIS
Social dos trabalhadores do setor privado da economia. Com a demanda do açúcar, começaram a surgir as
Não se pode justificar o crescimento da despesa previden- bandeiras indígenas que acabaram despovoando o inte-
ciária pelo valor dos benefícios pagos, que são mais concen- rior. Com a revolução industrial na Europa, o estado pas-
trados nas faixas mais baixas. O crescimento da demanda sou a não interferir na economia e o trabalho do homem
previdenciária é fruto do dinamismo do mercado de trabalho foi valorizado. No século XIX, houve uma séria queda na
no período do chamado milagre da economia brasileira, com agricultura da cana, tabaco e algodão pois não tinham os
aumento dos postos de trabalho e consequente contribuição mesmos rendimentos anteriores, a pecuária e a mineração
previdenciária, 35/30 anos de trabalho, homem e mulher res- também regrediram e a indústria não progredia. Mas com
pectivamente, e aos 30/25 anos, no caso de aposentadoria a abertura dos portos, o Brasil passou a comercializar com
especial. Os benefícios negados são reduzidos, pois aumen- outros países e implantou novas indústrias. Na época do
tou o número de anos de permanência do aposentado no império, a cafeicultura era a principal atividade econômica,
sistema, em virtude do aumento da expectativa de vida das e logo após vinha, a cana, algodão, etc. No século XIX o
pessoas em geral. Nenhum desses fatores seria problema se café chega ao Vale do Paraíba. As condições climáticas e
não houvesse um maior :o mercado formal de trabalho está da terra eram favoráveis o que ajudou a tornar o café ain-
em retração, com menos gente oficialmente empregada e da mais importante economicamente. Mas o esgotamento
com isso, menos volume de contribuição previdenciária. das terras, abolição, altos preços, fizeram com que a cafei-
Houve ainda outro fator: tão logo começaram as dis- cultura no Vale decaísse.
cussões da reforma previdenciária, muitos se anteciparam Por causa da abolição do tráfico, o capital foi investido
com seus pedidos de aposentadoria, o que contribuiu para na indústria e por isso de 1850 à 1864, houve inflação e cri-
ampliar o gasto da Previdência. As aposentadorias espe- se financeira. Em 1889, acontece o golpe militar, pois con-
ciais foram mantidas apenas para professores, cessando flitos entre a igreja e o governo e a abolição dos escravos,
para jornalistas e aeronautas. A grande preocupação ainda fazem com que o governo perca suas bases econômicas,
era que pessoas com idade inferior a 60 anos se aposentas- militares e sociais.
sem e ficassem longos anos, devido ao aumento da expec- O café naquele momento era tão importante, que o
tativa de vida, recebendo benefícios. governo iria comprar uma parte da produção para manter
Em 1999, Fernando Henrique Cardoso substituiu a o preço. Mas a crise de 29 afetou a cafeicultura, abaixando
aposentadoria por tempo de serviço pelo chamado “fator o preço do produto. Neste momento, ocorreram muitas
previdenciário”, em que através de um novo cálculo os tra- falências e perda de poder das oligarquias.
balhadores são induzidos em permanecer mais tempo em Logo após a posse de Vargas, a economia agrícola
atividade, a fim de não haver perdas nas aposentadorias. sofre mudanças pois diminuíram sensivelmente as expor-
Anos depois, Lula aprova novas medidas que atingem os tações, a própria população diminuiu e muitas fábricas fe-
funcionários públicos e os da iniciativa privada em geral. charam.
No setor público o benefício passa a ser o teto, deixando a Por isso, um novo mercado interno foi criado e com
classe de ter direito à aposentadoria de valor igual à ativa. isso, aumentou a burguesia que se interessava na indústria
Nos trabalhadores em geral, instituiu uma contribuição so- e na vida urbana. Em 1933, a indústria era a principal fonte
bre o valor da aposentadoria, incidindo sobre valores acima econômica no país. É a partir daí que surgem os primei-
de 10 salários mínimos. Para especialistas do setor, tais me- ros redutos parlamentares e com isso o Estado começa a
didas feriram dois princípios básicos: o da expectativa de tratar das questões do comércio exterior e das indústrias
direitos e o da relação entre contribuição e benefício. Na separadamente. A criação de organismos como o Instituto
doutrina previdenciária, a contribuição implica, necessaria- Nacional do Açúcar e do Álcool acabou sendo benéfica
mente, recebimento de benefício posterior. Eles entendem para a indústria e influiu na política do desenvolvimento
também a proteção social não pode ser desvinculada do econômico.
conjunto da Seguridade Social, defendendo que os bene- Neste momento, a indústria começa a crescer e São
fícios, as ações, e os serviços garantidos pela mesma são Paulo torna-se o maior centro industrial da América La-
fundamentados numa visão holística, sendo incompatível tina. Cria-se aí o Estado Novo que controla as atividades
que haja promoção de saúde com falta de renda a esses econômicas. Vargas começa a investir na indústria pesada,
aposentados. o que desagrada os próprios industriais. Mas tinha ainda a
questão das siderúrgicas, pois Vargas queria acabar com o
Panorama da economia nacional. monopólio da Cia. Iron Ore. Com a segunda grande guer-
O pau-brasil foi a primeira riqueza a ser explorada, po- ra, o crescimento econômico poderia diminuir, mas como
rém essa exploração não era lucrativa e por isso, Portugal não havia mais exportações, acabou abrindo ainda mais o
resolve colonizar o Brasil. Foi implantado o sistema de ca- mercado interno, o que foi bom para a economia.
pitanias hereditárias, onde a nobreza portuguesa recebia Com o fim da guerra e a união aos aliados, o Brasil
posse da capitania e era obrigada a explorá-la. passou a exportar em demasia e as vezes até o que não
Com isso a agricultura passa a ser a atividade econômi- era necessário. Países desenvolvidos se reestruturaram e
ca (cana de açúcar). No século XVII, houve grande desen- por isso havia pouco interesse na exportação de produtos
volvimento na agricultura e por isso foi criado o primeiro nacionais. Apesar deste problema, foi criada a Companhia
tipo de sociedade colonial. A pecuária se estendeu e o po- Siderúrgica Nacional e a indústria se modernizou.
voamento começou a surgir.
22
CONHECIMENTOS GERAIS
Em 1948, cria-se o regime de licença prévia, o que Em 1980, a situação econômica não era nada boa, pois
funcionou durante algum tempo. O Sumoc acabou com as dívidas não deixaram a inflação baixar. O país entra em
os paralelos criando um fundo único de cambio. Em 1949, recessão. Houve queda na produção industrial em 1981 e o
institui o orçamento de cambio e as operações vinculadas. desemprego era grande.
Com a guerra da Coréia, o governo passa a fazer esto- A dívida chegou a níveis absurdos e o FMI passou a
ques de produtos com medo de escassez. As exportações mandar no país. Em 1985, Tancredo Neves assume, mas
foram mal. Apenas o café ainda ia bem. Em 1953, o Sumoc morre logo após. Sarney toma seu lugar já em eleições di-
cria os leilões de cambio e resolve o problema. Os produtos retas, que vieram logo após. Em 1986, o novo ministro da
importados, foram divididos em categorias segundo sua economia Dilson Funaro, cria o plano Cruzado, congelando
importância, o que foi bom para a economia, fazendo com os preços, salários, extinção da correção monetária, criação
que a balança tenha fechado em Superávit. Vargas trabalha do índice de preços e OTN.
para voltar à presidência e por isso, várias comissões foram A inflação caiu, já que a situação internacional era fa-
criadas para desenvolver a economia. Em 1954, Getúlio se vorável. O ágil começou a aparecer e por isso foi criado
suicida e os primeiros rumores de golpe surgem. o Cruzado II, o que descongelou os preços e aumentou
Em 1956, Juscelino assume buscando a união dos em- as tarifas. Luís Carlos Bresser Pereira, cria o plano Bresser,
presários, políticos, militares e assalariados. JK adota o re- para congelar os preços novamente. Mas problemas como
curso ao capital estrangeiro para sustentar a indústria pe- o ágil e o desabastecimento voltaram a acontecer.
sada. É desta época, os primeiro contatos brasileiros com Em 1989, foi criado o Plano Verão. Preços, salários e
o FMI. O Brasil era o terceiro país receptor de capital de aluguéis foram congelados, a moeda se desvalorizou e
risco americano destinado a indústria manufatureira. A in- houve privatizações. Mas tudo foi por água abaixo, pois
dustrialização da economia tinha um importante papel na as aplicações no over foram grandes e com isso a inflação
mudança de costume dos brasileiros. Jânio toma posse e voltou a crescer.
encontra um país em crise deixado por JK. Eleito, Collor cria seu plano, com itens como por exem-
Porém Jânio renuncia e João Goulart assume. O cres- plo: bloqueamento das contas correntes e poupanças, con-
cimento da indústria e do PIB desabam e os investimentos gelamentos, fim do Cruzado Novo, e etc.
sofrem uma violenta queda. As forças armadas derrubam Em 1991, a ministra Zélia Cardoso de Melo, cria um
Goulart e Castelo Branco assume, tornando as eleições in- novo congelamento, desindexação da 145 economia, cria-
diretas e dividindo os partidos em dois (Arena e MDB). ção da TR., etc e como era de se esperar, esse plano tam-
Em 1964, foi criado o programa de ação econômica do bém fracassou. Collor é afastado e quem assume é Itamar
governo. Criado pelo ministro da economia para reduzir a in- Franco, seu vice, que não faz grandes mudanças. O até en-
flação. Criou-se também a correção monetária para financiar tão ministro Fernando Henrique, é chamado e começa a
o déficit do governo. Surgiu o BNH, reformas bancárias e a re- elaborar um novo plano para estabilizar a economia. FHC
pressão dos valores do serviço público, porém a inflação subiu. se desvincula do ministério para ser candidato e é eleito.
Em 1966, houve um corte de dinheiro corrente, com O Plano Real de Fernando Henrique se divide em três
isso a inflação caiu equando Costa e Silva assumiu, houve fases:
um aumento no PIB. Com a isenção do IR e do IPI, as ex- 1ª.- Ajuste fiscal para equacionar o desequilíbrio orça-
portações cresceram. Foi também criado o Banco Central, mentário da União.
substituindo o Sumoc. Nesta época, o ministro da fazenda 2ª.- Eliminar a inflação através da URV.
Delfim Neto, reduz os juros e com isso, reduz a inflação. 3ª.- Transformação da URV em Real.
Costa e Silva foi substituído por Médici, que manteve A condução do plano procura evitar o erro dos cho-
Delfim Neto a frente da economia, e este conseguiu abai- ques heterodoxos, qual seja a grande expansão do crédito
xar ainda mais a inflação e crescer o PIB. e da demanda após a queda da inflação. A economia a ní-
Com a criação do I PND, o Brasil poderia atingir metas vel global apesar das crises e das incertezas vividas teve um
e resultados significativos. Foram 3 anos de euforia até a comportamento positivo tendo contribuído o forte cresci-
guerra dos Árabes X Israel, o que aumentou o preço do mento económico e o aumento significativo da liquidez em
petróleo e derivados, o que gerou uma crise econômica termos internacionais. Os maiores importadores mundiais
internacional e fez a produção e o PIB desabarem. A crise que são os Estados Unidos e a China deram o impulso ne-
volta a abalar o país, a dívida externa muito alta, o déficit cessário na área comercial. Os défices públicos e da balan-
e outros problemas voltaram a assustar. Com a formulação ça comercial dos Estados Unidos foram financiados pelos
do II PND, Geisel, agora no poder, contactava com estran- países produtores de petróleo e pelos países asiáticos. A
geiros a possibilidade de se instalar usinas no país. Mas economia mundial deve terminar este ano com um cres-
como iria ajudar um plano baseado no endividamento ? cimento muito perto dos 4%, considerando a subida dos
Por isso, o II PND teve de ser reformulado e acabou preços do petróleo conforme previsto pelos governadores
abandonado. Em 78, Geisel revogou atos de banimento, dos bancos centrais dos 10 países mais ricos do mundo
criou a lei de segurança nacional e suspendeu a censura. O (G-10). A China, Índia, Paquistão e diversos países de eco-
retorno a democracia parece certo neste momento e quan- nomias emergentes do Sudeste asiático estão a crescer a
do Figueiredo assume, promete devolver o poder aos civis, taxas muito próximas dos 10%, tendo a China apresentado
o que acontece 6 anos mais tarde debaixo de uma crise um crescimento de 9,5% no primeiro trimestre do ano, ten-
econômica muito séria. do provocado aumentos considerados anormais na procu-
23
CONHECIMENTOS GERAIS
ra de petróleo para satisfazer as necessidades de energia, correctiva aos valores anteriormente divulgados do PIB,
obrigando a uma subida dos preços do barril de crude. Os mas é de prever que este tipo de levantamento económico
Estados Unidos continuam a ser o maior consumidor de avalie de forma correta a contribuição dos serviços para o
petróleo do mundo, seguidos da China que em 2003 tor- crescimento da economia e que tem sido subestimado. A
nou-se o segundo maior consumidor representando 8,1% riqueza produzida a nível doméstico pela China foi no ano
do consumo, importando 13% de petróleo a nível mun- passado de 1,649 biliões de dólares cerca de 1,385 biliões
dial, representando em termos de importações 51% do de euros, altura em que a China teve a maior taxa de cresci-
consumo mundial, face aos 59% dos Estados Unidos e aos mento em 7 sete anos que foi de 9,5%. Existe na Wall Street
86% do Japão, devendo atingir em 2025 cerca de 77%. Em o sentimento generalizado de que o PIB chinês de 2004
simultâneo o aumento das cotações das vendas dos pro- deve ser alterado para 2 biliões de dólares, correspondente
dutos petrolíferos estão a reduzir o poder de compra dos a 1,669 biliões de euros, que significa um aumento de 20%.
Países Desenvolvidos (PD), fazendo que a inflação se possa Confirmada esta previsão, a China passa a ser o 4 país
vir a tornar uma verdadeira ameaça. A crise que vivem os a nível mundial com riqueza produzida, ou seja avançar 3
PD não permite dispor de mecanismos que façam inverter posições em relação ao lugar que neste momento ocupa.
esta tendência da economia mundial a curto prazo. O Ban- Esta análise profunda da economia da China tem como fim,
co Central Europeu (BCE), confirmou o crescimento da eco- permitir ao governo justificar a redução do investimento
nomia a nível global, sendo a inflação um sério perigo, uma público e conseguir melhorar a confiança dos investido-
vez que é provocado pela alta dos preços do petróleo, sen- res estrangeiros face às estatísticas do país, servindo ainda,
do dessa forma uma ameaça ao crescimento sustentável, como meio importante de redução da corrupção e da frau-
com efeitos negativos na economia e por sua vez nas res- de fiscal, numa área em que as autoridades têm extrema
pectivas políticas orçamentais. O preço do petróleo deve dificuldade e na arrecadação dos impostos, essencialmente
terminar o ano muito perto dos 60 dólares o barril, tendo no sector dos serviços. O Banco Central ou Banco Popular
ultrapassado esse montante dia 21 nos mercados interna- da China (BPC) sem qualquer aviso prévio a 21 de Julho
cionais, e o gás natural atingiu um novo valor máximo, com divulgou a desindexação da moeda chinesa ao dólar ame-
a descida das temperaturas no Norte dos Estados Unidos, ricano, tendo criado um sistema de maior flexibilidade em
tendo em Nova Iorque, o preço do barril para entrega em termos de gestão dos câmbios do yuan ou renmibi, cons-
janeiro subido 2,5%, fixando-se em 60,69 dólares. O preço tituído por um cabaz de moedas ou divisas, chamado de
do barril de Brent, petróleo de referência do Mar do Norte, G-4, em que o dólar continua a ser a moeda dominante, do
para entrega em janeiro, valorizou-se 3,2% fixando-se no euro, iene e won da Coreia do Sul. O G-4 constitui o pilar
mercado de Londres em 58,80 dólares. Com a tempestade do sistema de tripé da especialização a nível internacional
de neve que se esperava para dia 16 no Norte dos Estados da China. A China como sabemos em termos económicos
Unidos onde é utilizada 80% da energia para aquecimento, é carente em 3 factores; a importação de produtos consi-
e com a descida das temperaturas muito abaixo do normal derados intermédios, provenientes de países regionais de
noutras regiões, a procura de combustível aumentou, ten- maior desenvolvimento industrial como o Japão e a Coreia
do as refinarias crescido a produção. Prevê-se que as tem- do Sul; a compra do crude que é uma “commodity” em dó-
peraturas possam descer mais, obrigando ao aumento da lares; do mercado dos Estado Unidos, uma vez que a China
procura de combustível para aquecimento. O gás natural, é o principal exportador e a Europa o destino das exporta-
subiu acima dos 9% no mesmo dia, atingindo novo recor- ções dos produtos conhecidos como “made in China”. No
de. A Arábia Saudita, no seguimento da sua declaração no cabaz das ditas moedas foram incluídos o dólar canadiano,
segundo semestre do ano intensificou a produção tendo australiano e o de Singapura, o bath, a libra e o ringgit da
afirmado que o petróleo necessário à crescente procura Malásia, moedas correspondentes aos parceiros comercias
mundial seria satisfeito. Em conformidade os preços do chineses. O BPC valorizou o yuan face ao dólar somente
barril registaram grandes descidas nos principais mercados em 2,2%, e em relação ao euro foi em serpente até ao mo-
internacionais, tendo o consumo das gasolinas diminuído mento com pequenas desvalorizações e valorizações. Esta
em alguns mercados e as refinarias do Golfo México volta- pequena valorização do yuan veio a contrariar as previsões
ram a subir a oferta após a passagem do furacão Katrina, dos especuladores que esperavam uma valorização de 5%.
tendo havido sinais dados comunidade internacional de O yuan poderá ser valorizado entre 2% a 3% no final de
que algumas economias emergentes devem travar a sua 2006.
procura como forma de fonte de produção de energia, O yuan está desvalorizado 40% em relação ao dólar e
como é o caso da China e Índia, que após aumentos suces- tivemos a oportunidade de fazer o historial e consequên-
sivos na produção doméstica, devem entrar numa fase de cias dessa desvalorização real e efetiva. Esta medida inclui-
maior estabilidade. A China tornou público a 21, resultados -se adentro de uma visão geo estratégica a longo prazo,
da análise da actividade económica tendo revisto em alta em que a China tem como intenção pôr a moeda chinesa
o nível de riqueza criada internamente, situando-se na 4 como moeda mundial de topo, ficando os mercados finan-
maior economia mundial. O estudo recaiu sobre os 3 mais ceiros dependentes das suas flutuações. Vai ser inevitável
importantes sectores que são a agricultura, indústria e ser- nos próximos 20 anos. A China terá de esperar pelo pró-
viços prestados, o que levou a corrigir o Produto Interno ximo ano e seguinte, considerados críticos, e no segundo
Bruto (PIB) de 2004, bem como os seus dados históricos. O ano em outubro realizar-se-á, o 17.º Congresso do Partido
governo chinês não revelou se vai fazer alguma alteração Comunista Chinês (PCC). A valorização pequena dos 2,2%,
24
CONHECIMENTOS GERAIS
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CONHECIMENTOS GERAIS
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CONHECIMENTOS GERAIS
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CONHECIMENTOS GERAIS
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
RESPOSTA: “A”. as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
A frase que admite transposição para a voz passiva é: as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa- com as de ontem.
grado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos. ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so- nas demais.
ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
ficação. RESPOSTA: “E”.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
da vida (...). 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu- ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
dido e da falsa consciência. No trecho: “O crescimento econômico, se associado à
ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
grande diversidade de fenômenos. a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência. Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
RESPOSTA: “B”. é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, RESPOSTA: “B”.
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
ambiental Geraldo Motta. 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- Entre as frases que seguem, a única correta é:
nhados devem sofrer as seguintes alterações: a) Ele se esqueceu de que?
(A) entrar − vira b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(B) entrava − tinha visto tribui-lo entre os presentes.
(C) entrasse − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(D) entraria − veria críticas.
(E) entrava − teria visto d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
ções dos funcionários.
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- e) Não sei por que ele mereceria minha conside-
ria = entrasse / veria. ração.
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CONHECIMENTOS GERAIS
14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS- 16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINIS-
TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as TRATIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas
frases do texto: verbais está correta em:
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o
gativa... planeta não resistiu.
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas- (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
sificação do continente americano (2,0)... poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um co-
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases lapso.
I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebi-
dos exemplos, em: da, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conheces-
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o se distorções patológicas, não haverá vícios.
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tor-
da maioria? nado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju- baratas.
ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua- (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir
drilha. conscientemente, a oferta de produtos supérfluos cres-
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. cia.
Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, Fiz as correções necessárias:
mas também existem umas que não merecem nossa (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
atenção. ta não resistiu = resistirá
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
aos itens: o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém torções patológicas, não haverá = haveria
tem (singular) (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise- teriam ficado)
ram (plural) (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
umas (plural) crescerá
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
as formas estão no plural) RESPOSTA: “B”.
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CONHECIMENTOS GERAIS
(A) A maioria dos cariocas consideram aceitável 20-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU-
que um convidado chegue mais de duas horas... NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da
(B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que língua portuguesa, o acento indicativo de crase está
um convidado chegue mais de duas horas... corretamente empregado em:
(C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis (A) A população, de um modo geral, está à espera
que um convidado chegue mais de duas horas... de que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os aci-
(D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis dentes.
que um convidado chegue mais de duas horas... (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à
(E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável repensarem a sua postura.
que um convidado cheguem mais de duas horas... (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos
à punições muito mais severas.
Fiz as indicações: (D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco
(A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera, a vida dos demais motoristas e de pedestres.
tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de (E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumpri-
duas horas... mento da nova lei para que ela possa funcionar.
(B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas ho- (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá
ras... para substituir por “esperando”) de que
(C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais pensarem (antes de verbo)
de duas horas... (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
(D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram punições (generalizando, palavra no plural)
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais (D) À ninguém (pronome indefinido)
de duas horas... (E) Cabe à todos (pronome indefinido)
(E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
(ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais RESPOSTA: “A”.
de duas horas...
21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
RESPOSTA: “A”. SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
VUNESP/2013) Nesse contexto, o verbo estereotipar
19-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ- tem sentido de
RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
palavras são acentuadas graficamente pelos mesmos (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
motivos que justificam, respectivamente, as acentua- dela.
ções de: década, relógios, suíços. (C) adotar como referência de qualidade.
(A) flexíveis, cartório, tênis. (D) julgar de acordo com normas legais.
(B) inferência, provável, saída. (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
(C) óbvio, após, países.
(D) islâmico, cenário, propôs. Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
(E) república, empresária, graúda. firmadas se verdadeiras.
RESPOSTA: “E”.
30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conhecimentos básicos de MS Office versão 2010: Word, Excel e Power Point. ........................................................................... 01
Conceitos de internet e intranet e principais navegadores. ................................................................................................................... 23
Noções básicas de Sistemas Operacionais..................................................................................................................................................... 26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
WORD
1. Barra de Título: exibe o nome de arquivo do documento que está sendo editado e o nome do software que você
está usando. Também inclui os botões padrão Minimizar, Restaurar e Fechar.
2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: comandos usados com frequência, como Salvar, Desfazer e Refazer estão
localizados aqui. No final dessa barra há um menu suspenso em que é possível adicionar outros comandos usados comu-
mente ou geralmente necessários.
3. Guia Arquivo: clique neste botão para localizar comandos que atuam no próprio documento, em vez de no con-
teúdo do documento, como Novo, Abrir, Salvar como, Imprimir e Fechar.
4. Faixa de Opções: os comandos necessários para o seu trabalho estão localizados aqui. A aparência dessa faixa será
alterada de acordo com o tamanho do monitor. O Word compactará a faixa de opções alterando a organização dos contro-
les para acomodar monitores menores.
5. Janela Editar: mostra o conteúdo do documento que você está editando.
6. Barra de Rolagem: permite a você alterar a posição de exibição do documento que está editando.
7. Barra de Status: exibe informações sobre o documento que você está editando.
8. Botões de Exibição: permitem alterar o modo de exibição do documento que você está editando de acordo com
suas necessidades.
9. Zoom: permite alterar as configurações de zoom do documento que você está editando.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Escolhemos as formatações que farão parte deste estilo, como tipo de fonte, tamanho da fonte, cor da fonte, negrito, itálico,
sublinhado, alinhamento, espaçamento entre linhas, a distância entre os parágrafos, recuo.
Estas formatações podem mudar dependendo do tipo de estilo que iremos criar. Por exemplo, se criarmos um estilo do tipo
tabela, podemos formatar cor de preenchimento das células, bordas e outras opções. Quando terminarmos nossas formatações
e clicarmos no botão OK, nosso estilo irá para o grupo Estilo. Sempre que quisermos usá-lo, basta selecionar o trecho do texto
em que será aplicado e depois clicar no nome dele.
Grupo edição: Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações
e selecionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar, digitar a palavra na linha do localizar e clicar no botão
Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que desejamos
localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em mi-
núscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos localizar a
palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção não estiver marcada.
Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o caractere
curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e “término”).
Guia Inserir:
Grupo Páginas:
1 – Folha de rosto: insere uma folha de rosto completamente formatada, sendo necessário apenas inserir informações
como o título, autor e data.
2 – Página em branco: insere uma nova página em branco, na posição do cursor.
3 – Quebra de página: interrompe as formatações e digitação no ponto de inserção da quebra e continua na próxima
página.
Grupo tabelas: Possibilita a inserção e formatação de tabelas. Com esse recurso, podemos criar os mais diversos tipos
de tabelas no Word, desde as mais simples até àquelas que já são previamente formatadas pelo programa, trazendo opções
de cor, tipo, tamanho e outras formatações de fonte, cores de preenchimento das células, linhas e outras especificações.
Com os itens desse grupo, podemos desenhar a tabela ou apenas selecionar a quantidade de linhas e colunas que ela
terá, simplificando sua criação. Podemos também, selecionar um grupo de texto e converter esse texto em tabela, sendo
que o oposto, ou seja, converter a tabela em texto, também é possível.
Para criar uma tabela simples, após clicar no botão de comando “Tabela”, selecionamos os quadradinhos que cor-
respondem ao número de colunas e linhas.
A tabela a seguir foi criada por esse método de criação. Ela contém quatro colunas e duas linhas, pois foram selecio-
nados quatro quadradinhos na horizontal e dois na vertical. Os quadrados da horizontal, representam, então, as colunas e,
os da vertical, representam as linhas.
3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Existem casos em que as tabelas excedem o tamanho da página. Nestes casos, podemos selecionar as opções “ajustar-
se automaticamente ao conteúdo”, que faz com que a tabela fique com seu tamanho e largura dependendo do conteúdo
que está digitado ou inserido dentro dela; ou a opção “Ajustar- se automaticamente à janela”, que permite que a tabela seja
redimensionada segundo o espaço de visualização necessário para que ela caiba na página.
A opção Desenhar Tabela permite a criação de uma tabela de forma mais livre. Com ela, o usuário desenha as bordas,
linhas e colunas e pode realizar diversos tipos de formatações, através da Guia “Ferramentas de Tabela”.
É possível definir os estilos de tabela conforme demonstra a Figura 9.
Fornece estilos predefinidos de tabela, com formatações de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e demais
itens presentes na mesma. Além de escolher um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombreamento e das
bordas da tabela.
Grupo Ilustrações:
1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto uma imagem que esteja salva no computador ou em outra mídia,
como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos, elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para comunicar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar dados.
Grupo Links: Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web, uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um in-
dicador para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indicador pode se tornar um link dentro do próprio documento.
Referência cruzada: referência tabelas.
4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Alinhado com o texto: O objeto será alinhado na linha Grupo Legendas: Inserir legenda: adiciona uma linha
de base do texto, ou seja, no mesmo alinhamento do texto. de texto em baixo de uma imagem ou objeto para descre-
- Quadrado: Permite que o texto seja alinhado ao redor vê-lo.
do objeto, formando um quadrado em volta dele. Inserir índice de ilustrações: inclui uma lista com todas
- Próximo: O texto será distribuído o mais próximo pos- as ilustrações, tabelas ou equações do documento.
sível. Atualizar índice de ilustrações: atualiza o índice de ilus-
- Atrás do texto: Como sugere, o objeto ficará posi- trações incluindo todas as entradas do documento.
cionado atrás do texto digitado. Dessa forma ele ficará no Inserir referência cruzada: referências cruzadas são tí-
fundo do texto. tulos, ilustrações e tabelas, com textos como “consulte a
- Em frente Ao texto: Faz o efeito contrário da opção tabela” ou “vá para a página”. São atualizadas automatica-
anterior, ou seja, desloca o objeto para frente do texto di- mente se o conteúdo for movido para outro local.
gitado.
- Superior e inferior: O texto será alinhado sobre o ob-
Grupo Índice: Marcar entrada: inclui o texto seleciona-
jeto e em baixo dele. Veja que a estrela deste exemplo está
do no índice do documento.
sozinha no campo onde foi inserida e só há texto sobre ela
Inserir índice: insere um índice ao documento.
e em baixo dela.
Atualizar o índice: atualiza o índice de forma que todas
- Através: O objeto será visto através do texto.
- Editar pontos da disposição do texto: esse recurso as entradas indiquem o número de página correto.
nos permite mover os pontos ao redor do objeto, editando Guia revisão:
a disposição do texto ao seu redor. Grupo revisão de texto:
6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já busca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem no perfil
de seus dicionários ou regras gramaticais e ortográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia e gramática”, apa-
recerá o trecho do texto ou palavra considerada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões. Caso esteja correto e a
sugestão do Word não se aplique, podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apresentada esteja incorreta ou não
se aplique ao trecho do texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso a sugestão do Word seja adequada,
clicamos em “Alterar” e podemos continuar a verificação de ortografia e gramática clicando no botão “Próxima sentença”.
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indicando que o Word a considera incorreta, podemos apenas clicar
com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se uma das sugestões propostas se enquadra.
Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso nos será
mostrado, nos dando a opção de escolher a palavra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será substituída e o
texto ficará correto.
https://goo.gl/nbTPdi
7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
EXCEL
O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao
iniciar o programa aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções: Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso
rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela
com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apresentada
temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do Excel.
Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algu-
mas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status.
Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para cima ou
para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente, e assim poder
visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e fórmulas
para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com letras (A, B, C, etc.).
9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeça- Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual
lho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou,
toda a coluna é selecionada. ao contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar
Ao dar um clique com o botão direito do mouse so- o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor.
bre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, Após dar um “Enter”, o cursor será automaticamente posi-
onde as opções deste menu são as seguintes: cionado na célula desejada.
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida per- Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao
mite escolher a formatação de fonte e formato de dados, abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
bem como mesclagem das células (será abordado mais de- eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente
talhadamente adiante). uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se ne-
-Recortar: copia toda a coluna para a área de trans- cessitar. Para criar nova planilha dentro da pasta de tra-
ferência, para que possa ser colada em outro local deter- balho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as
minado e, após colada, essa coluna é excluída do local de planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja
origem. trabalhar.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferên-
cia, para que possa ser colada em outro local determinado. Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cru-
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de zar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de tra-
itens que estão na área de transferência e que tenham sido balho diferentes, utilizando as guias de planilhas.
recortadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das plani-
colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplica- lhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um
tivos. menu pop up.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente an-
tes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os
dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a
coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas op-
ções para fazer a formatar as células (será visto detalhada-
mente adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da co-
luna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes
uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos,
necessários para a totalização geral, mas desnecessários na
visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.
10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
e linhas; ela é sempre armazenada em uma pasta de traba- A última forma que veremos é a função soma digitada.
lho.) ou da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamen-
uma forma de restringir o acesso a uma pasta de traba- tal:
lho, planilha ou parte de uma planilha. As senhas do Excel
podem ter até 255 letras, números, espaços e símbolos. É = nome da função (
necessário digitar as letras maiúsculas e minúsculas corre-
tamente ao definir e digitar senhas.). É possível remover a
proteção da planilha, quando necessário.
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação
em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias 1 - Sinal de igual.
de planilhas (trata-se de tópico de programação avançada, 2 – Nome da função.
que não é o objetivo desta lição, portanto, não será abor- 3 – Abrir parênteses.
dado).
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas. Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha. lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possível
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em to- clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a se-
das as planilhas para que possam ser configuradas e im- guir, a função = soma(B2:B4).
pressas juntamente. Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o pri-
meiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último a
Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, célula que contém o último valor.
todas as células da planilha ativa serão selecionadas.
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois va-
lores, por isso não precisamos de uma função específica.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos
apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e
depois clicar na segunda célula. Usamos na figura a seguir
a fórmula = B2-B3.
Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, proce-
demos de forma semelhante à subtração. Clicamos no pri-
meiro número, digitamos o sinal de multiplicação que, para
Figura 24: Caixa Selecionar Tudo o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no último valor.
No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3.
Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digita- Outra forma de realizar a multiplicação é através da se-
das as fórmulas que efetuarão os cálculos. guinte função:
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o =mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor
uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias da célula C2.
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que,
para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, te- Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de for-
mos que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece ma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no
uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou núme- primeiro número, digitamos o sinal de divisão que, para o
ros comuns de uma fórmula. Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé- próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes
formas de fazê-lo: Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a
maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5.
A função digitada será = máximo(A2:A5).
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – re-
fere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual
é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
Figura 25: Soma simples Mínimo: Mostra o menor valor existente em um inter-
valo de células selecionadas.
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4. Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até mínimo (A2:A5).
o último valor. Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe-
Após a sequência de células a serem somadas, clicar no re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é
ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=. o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Média: A função da média soma os valores de uma se- Resto: Com essa função podemos obter o resto de
quência selecionada e divide pela quantidade de valores des- uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
sa sequência. = mod (núm;divisor)
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de Onde:
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4) Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os resto.
valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
pressionada, o resultado será automaticamente colocado na número.
célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for alte-
rado, recalculam o valor final.
12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)
Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Teste lógico: C3>=724
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
Valor_se_falso: “Abaixo”
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
te: desta função é a seguinte:
=CONT.SE(intervalo;“critérios”)
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma)
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=Significa a chamada para uma fórmula/função CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
SomaSe: função SOMASE intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise dos dados
dos dados “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- “intervalo”
liados a fim de chegar à condição verdadeira
Usando a planilha acima como exemplo, queremos
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi-
saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
cada a condição para soma dos valores
mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar Para isso precisamos criar a seguinte condição:
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar
o resultado na célula D16. E também queremos somar os R$ 1200,00 ou MAIS:
salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição: OU IGUAL A 1200, ENTÃO
CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
HOMENS: MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI-
NO, ENTÃO Traduzindo a condição em variáveis teremos:
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO
INTERVALO D3 ATÉ D10 Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Critério: >=1200
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10 =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
Critério: “MASCULINO”
Intervalo para soma: D3:D10 MENOS DE R$ 1200,00:
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) NOR QUE 1200, ENTÃO
MULHERES: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI- MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
NO, ENTÃO
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10
Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Critério: <1200
Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10 =CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Critério: “FEMININO”
Intervalo para soma: D3:D10 Observações: fique atento com o > (maior) e < (me-
nor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivés-
Assim, com o cursor na célula D17, digitamos: semos determinado a contagem de valores >1200 (maior
que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual
=SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10) a 1200) não entraria na contagem.
14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.
O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar, entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.
15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digi- Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em
tado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta mui-
mudar o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou to útil para ordenar os dados.
de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as
formatações. Ao clicar neste botão, você tem as opções para classifi-
car de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescen-
te) ou classificação personalizada.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na página,
clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
POWER POINT
Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.
Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender às
suas necessidades.
Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.
Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.
Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.
20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Alterando o Design: O design de um slide é a apre- A utilização destes recursos é muito simples, bastando
sentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar.
tipos de fontes, etc. O PowerPoint disponibiliza vários te- Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’
mas prontos para aplicar ao design de sua apresentação. e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a
Para inserir um Tema de design pronto nos slides aces- utilização dos recursos de Conteúdo.
se a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la-
para visualizar todos os temas existentes. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecio- opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
nado. O tema será aplicado em todos os slides. Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostra-
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia do na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do
‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que se
cores e fontes, criando novos temas de cores. Clique na pode utilizar.
seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mou- As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
se sobre cada tema para visualizar o efeito na apresenta-
ção. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com • Escolher Elemento Gráfico SmartArt
o mouse para aplicá-la à apresentação. • Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.
Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.
22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O objetivo inicial da Internet era atender necessidades militares, facilitando a comunicação. A agência norte-americana
ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na década de 60, criaram um
projeto que pudesse conectar os computadores de departamentos de pesquisas e bases militares, para que, caso um desses
pontos sofresse algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam totalmente perdidas, pois estariam salvas
em outros pontos estratégicos.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a longa distância e possibilitava que as mensagens fossem
fragmentadas e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da informação poderia
ser realizado por várias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados poderiam seguir por outro cami-
nho garantindo a entrega da informação, é importante mencionar que a maior distância entre um ponto e outro, era de 450
quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a troca de
informações de computadores de universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET) internacional (IN-
TER), consequentemente seu nome passa a ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais, os computadores pessoais evoluíam em forte escala al-
cançando forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas computadores de universidades, passou a conectar
empresas e, enfim, usuários domésticos.
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica deixan-
do a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai da
internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (Pro-
tocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que tornam
possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com a
internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças aos
protocolos TCP/IP.
Protocolos Web
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar
informações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto, som,
imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como
se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que -UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua na ca-
demonstram a finalidade a organização que o criou, como: mada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permite que a apli-
.gov - Organização governamental cação escreva um datagrama encapsulado num pacote IP e trans-
.edu - Organização educacional portado ao destino. É muito comum lermos que se trata de um
.org - Organização protocolo não confiável, isso porque ele não é implementado com
.ind - Organização Industrial regras que garantam tratamento de erros ou entrega.
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar Provedor
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros O provedor é uma empresa prestadora de serviços que ofe-
rece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conec-
E também, do país de origem: tar-se com um computador que já esteja na Internet (no caso, o
.it – Itália provedor) e esse computador deve permitir que seus usuários tam-
.pt – Portugal bém tenham acesso a Internet.
.ar – Argentina No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embratel,
.cl – Chile que por sua vez, está conectada com outros computadores fora
.gr – Grécia do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a conexão física que
interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Em-
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos bratel é conhecida como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal”
que se trata de um site hospedado em um servidor dos da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse
Estados Unidos. uma avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Seme- estão interligadas nesta avenida.
lhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam trans- Tanto o link como o backbone possui uma velocidade de
mitidos através de uma conexão criptografada e que se transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados.
verifique a autenticidade do servidor e do cliente através Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve ser
de certificados digitais.
feito um contrato com o provedor de acesso, que fornecerá um
-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transfe-
nome de usuário, uma senha de acesso e um endereço eletrônico
rência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir
na Internet.
os arquivos para um servidor de internet, seus programas
mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao
Home Page
criar um site, o profissional utiliza um desses programas
FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos
Pela definição técnica temos que uma Home Page é um arqui-
criados, o manuseio é semelhante à utilização de gerencia-
dores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo. vo ASCII (no formato HTML) acessado de computadores rodando
um Navegador (Browser), que permite o acesso às informações em
-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos um ambiente gráfico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando
Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o a busca de informações dentro das Home Pages.
seu correio num servidor distante (o servidor POP). É ne- O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
cessário para as pessoas não ligadas permanentemente à http://www.endereço.com/página.html
Internet, para poderem consultar os mails recebidos of- Por exemplo, a página principal do meu projeto de mestrado:
fline. Existem duas versões principais deste protocolo, o http://www.ovidio.eng.br/mestrado
POP2 e o POP3, aos quais são atribuídas respectivamente
as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de coman- PLUG-INS
dos textuais radicalmente diferentes, na troca de e-mails
ele é o protocolo de entrada. Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do
Browser em recursos específicos - permitindo, por exemplo, que
IMAP (Internet Message Access Protocol): É um você toque arquivos de som ou veja filmes em vídeo dentro de
protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece uma Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo
muitas mais possibilidades, como, gerir vários acessos plug-ins a uma velocidade impressionante. Maiores informações e
simultâneos e várias caixas de correio, além de poder endereços sobre plug-ins são encontradas na página:
criar mais critérios de triagem. http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/
Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o proto- Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos
colo padrão para envio de e-mails através da Internet. uma relação de alguns deles:
Faz a validação de destinatários de mensagens. Ele que - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).
verifica se o endereço de e-mail do destinatário está - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
corretamente digitado, se é um endereço existente, se - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX, etc.).
a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se - Negócios e Utilitários
recebeu sua mensagem, na troca de e-mails ele é o pro- - Apresentações
tocolo de saída.
24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
-palavra_chave
Figura 51: Símbolo do Mozilla Firefox Retorna um busca excluindo aquelas em que a pa-
lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca
Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande por computação, provavelmente encontrarei na relação
desempenho, porém especialistas em segurança o consi- dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“.
dera o navegador com menos segurança. Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência ,
os resultados que tem a palavra chave ciência serão omi-
tidos.
+palavra_chave
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
Figura 52: Símbolo do Opera uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo putação, terei como retorna uma gama mista de resulta-
navegador considerado pelos especialistas e possui uma dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên-
interface bem bonita, apesar de ser um navegador da cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca
Apple existem versões para Windows. do tipo computação + ciência SP.
“frase_chave”
Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos
termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas
ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do
tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra
FAZER, verá resultados em que a frase idêntica foi empre-
gada.
Figura 53: Símbolo do Safari
25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Na página de Instalação Windows, insira seu idioma Clicando com o botão direito do mouse em um espaço
ou outras preferências e clique em avançar. vazio da área de trabalho ou outro apropriado, podemos
- Se a página de Instalação Windows não aparecer e o encontrar a opção pasta.
programa não solicitar que você pressione alguma tecla, Clicando nesta opção com o botão esquerdo do mou-
talvez seja necessário alterar algumas configurações do sis- se, temos então uma forma prática de criar uma pasta.
tema. Para obter mais informações sobre como fazer isso,
consulte Inicie o seu computador usando um disco de ins-
talação do Windows 7 ou um pen drive USB.
- Na página Leia os termos de licença, se você aceitar
os termos de licença, clique em aceito os termos de licença
e em avançar.
- Na página que tipo de instalação você deseja? clique
em Personalizada. Figura 9: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.
- Na página onde deseja instalar Windows? clique em
op- ções da unidade (avançada).
- Clique na partição que você quiser alterar, clique na
opção de formatação desejada e siga as instruções.
- Quando a formatação terminar, clique em avançar.
- Siga as instruções para concluir a instalação do Win-
dows 7, inclusive a nomenclatura do computador e a confi-
guração de uma conta do usuário inicial.
Criação de pastas (diretórios) Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e
agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Área de trabalho:
A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, programas que fazem
parte do sistema operacional e ambientes de configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, cha-
mada Menu Iniciar, que contém opções que nos permitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas
instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no
computador.
Através do botão Iniciar, também podemos:
-desligar o computador, procedimento que encerra o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente a
máquina;
-colocar o computador em modo de espera, que reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver ociosa, ou
seja, sem uso. Muito usado nos casos em que vamos nos ausentar por um breve período de tempo da frente do compu-
tador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automaticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns programas
que precisam da reinicialização do sistema para efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas ou travamentos
da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente com
características diferentes para cada usuário do mesmo computador.
28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar este Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros:
item”, após selecionar o objeto.
-Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela seja
Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho muito posicionada em outros cantos da tela que não seja o infe-
grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira. Sempre que rior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão es-
algo for ser excluído, aparecerá uma mensagem, ou perguntando querdo do mouse pressionado.
se realmente deseja enviar aquele item para a Lixeira, ou avisando -Ocultar automaticamente a barra de tarefas – oculta
que o que foi selecionado será permanentemente excluído. Ou- (esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior apro-
tra forma de excluir documentos ou pastas sem que eles fiquem veitamento da área da tela pelos programas abertos, e a
armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete. exibe quando o mouse é posicionado no canto inferior do
A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro cantos da monitor.
tela para proporcionar melhor visualização de outras janelas abertas.
Para isso, basta pressionar o botão esquerdo do mouse em um es-
paço vazio dessa barra e com ele pressionado, arrastar a barra até o
local desejado (canto direito, superior, esquerdo ou inferior da tela).
Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos que ve-
rificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não está marcada.
Painel de controle
30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Rede e Internet: mostra o status da rede e possibilita A tela inicial completamente alterada foi a mudança
configurações de rede e Internet. É possível também definir que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas as
preferências para compartilhamento de arquivos e compu- aplicações do computador que ficavam no Menu Iniciar e
tadores. também é possível visualizar previsão do tempo, cotação
- Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover har- da bolsa, etc. O usuário tem que organizar as pequenas
dwares como impressoras, por exemplo. Também permite miniaturas que aparecem em sua tela inicial para ter acesso
alterar sons do sistema, reproduzir CDs automaticamente, aos programas que mais utiliza.
configurar modo de economia de energia e atualizar drives Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro de
de dispositivos instalados. uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer um
- Programas: através desta opção, podemos realizar a painel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando uma
desinstalação de programas ou recursos do Windows. das pastas e não encontre algum comando, clique com o
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui altera- botão direito do mouse para que esse painel apareça.
mos senhas, criamos contas de usuários, determinamos con- A organização de tela do Windows 8 funciona como o
figurações de acesso. antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com ima-
- Aparência: permite a configuração da aparência da área gens animadas. Cada mosaico representa um aplicativo
de trabalho, plano de fundo, proteção de tela, menu iniciar e que está instalado no computador. Os atalhos dessa área
barra de tarefas. de trabalho, que representam aplicativos de versões ante-
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para alte- riores, ficam com o nome na parte de cima e um pequeno
rar data, hora, fuso horário, idioma, formatação de números ícone na parte inferior. Novos mosaicos possuem tama-
e moedas. nhos diferentes, cores diferentes e são atualizados auto-
- Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o computa- maticamente.
dor às necessidades visuais, auditivas e motoras do usuário. A tela pode ser customizada conforme a conveniência
do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela, mas
Computador podem ser encontrados clicando com o botão direito do
mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que um des-
Através do “Computador” podemos consultar e acessar
ses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique com o botão
unidades de disco e outros dispositivos conectados ao nosso
direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar na Tela Inicial.
computador.
Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em Compu-
Charms Bar
tador. A janela a seguir será aberta:
O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa e
esse recurso possibilita “esconder” algumas configurações
e aplicações. É uma barra localizada na lateral que pode ser
acessada colocando o mouse no canto direito e inferior da
tela ou clicando no atalho Tecla do Windows + C. Essa fun-
ção substitui a barra de ferramentas presente no sistema
e configurada de acordo com a página em que você está.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na bus-
ca em configurações. Depois escolha a opção tela inicial e
em seguida escolha a cor da tela. O usuário também pode
selecionar desenhos durante a personalização do papel de
parede.
Redimensionar as tiles
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
Figura 20: Computador Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser des-
tacar no computador.
Observe que é possível visualizarmos as unidades de dis-
co, sua capacidade de armazenamento livre e usada. Vemos Grupos de Aplicativos
também informações como o nome do computador, a quan- Pode-se criar divisões e grupos para unir programas
tidade de memória e o processador instalado na máquina. parecidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos po-
dem ser renomeados.
7.1. Windows 8
É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o Visualizar as pastas
Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celulares, A interface do programas no computador podem ser
etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente no layout, vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado a
que acabou surpreendendo milhares de usuários acostuma- lado. Para passar de um painel para outro é necessário usar
dos com o antigo visual desse sistema. a barra de rolagem que fica no rodapé.
31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Compartilhar e Receber
Comando utilizado para compartilhar conteúdo, enviar
uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção Com-
partilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há também a
opção Dispositivo que é usada para receber e enviar con-
teúdos de aparelhos conectados ao computador.
Alternar Tarefas
Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os pro-
gramas abertos no desktop e os aplicativos novos do SO.
Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma lista na
lateral esquerda que mostra os aplicativos modernos.
Figura 21:Tela do Windows 10
Telas Lado a Lado
Esse sistema operacional não trabalha com o concei- O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes versões
to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao (com destaque para as duas primeiras):
mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompanhar Windows 10 – É a versão de “entrada” do Windows 10,
o Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do computa- que possui a maioria dos recursos do sistema. É voltada
dor. para Desktops e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Sur-
face 3.
Visualizar Imagens Windows 10 Pro – Além dos recursos da versão de en-
O sistema operacional agora faz com que cada vez que trada, fornece proteção de dados avançada e criptografa-
você clica em uma figura, um programa específico abre e da com o BitLocker, permite a hospedagem de uma Co-
isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar isso é preci- nexão de Área de Trabalho Remota em um computador,
so ir em Programas – Programas Default – Selecionar Win- trabalhar com máquinas virtuais, e permite o ingresso em
dows Photo Viewer e marcar a caixa Set this Program as um domínio para realizar conexões a uma rede corporativa.
Default. Windows 10 Enterprise – Baseada na versão 10 Pro, é
disponibilizada por meio do Licenciamento por Volume,
Imagem e Senha voltado a empresas.
O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao Windows 10 Education – Baseada na versão Enterpri-
invés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, aces- se, é destinada a atender as necessidades do meio educa-
se a Charm Bar, selecione a opção Settings e logo em se- cional. Também tem seu método de distribuição baseado
guida clique em More PC settings. Acesse a opção Usuários através da versão acadêmica de licenciamento de volume.
e depois clique na opção “Criar uma senha com imagem”. Windows 10 Mobile – Embora o Windows 10 tente
Em seguida, o computador pedirá para você colocar sua vender seu nome fantasia como um sistema operacional
senha e redirecionará para uma tela com um pequeno tex- único, os smartphones com o Windows 10 possuem uma
to e dando a opção para escolher uma foto. Escolha uma versão específica do sistema operacional compatível com
imagem no seu computador e verifique se a imagem está tais dispositivos.
correta clicando em “Use this Picture”. Você terá que dese- Windows 10 Mobile Enterprise – Projetado para smart-
nhar três formas em touch ou com o mouse: uma linha reta, phones e tablets do setor corporativo. Também estará dis-
um círculo e um ponto. Depois, finalize o processo e sua ponível através do Licenciamento por Volume, oferecendo
senha estará pronta. Na próxima vez, repita os movimentos as mesmas vantagens do Windows 10 Mobile com funcio-
para acessar seu computador. nalidades direcionadas para o mercado corporativo.
Internet Explorer no Windows 8 Windows 10 IoT Core – IoT vem da expressão “Internet
Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da página das Coisas” (Internet ofThings). A Microsoft anunciou que
inicial, você terá acesso ao software sem a barra de ferra- haverá edições do Windows 10 baseadas no Enterprise e
mentas e menus. Mobile Enterprise destinados a dispositivos como caixas
eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
7.2. Windows 10 atendimento para o varejo e robôs industriais. Essa versão
IoT Core será destinada para dispositivos pequenos e de
O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que baixo custo.
veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no mun- Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Micro-
do dos Sistemas Operacionais, uma das suas missões é fi- soft indica como requisitos básicos dos computadores:
car com um visual mais de smart e touch. • Processador de 1 Ghz ou superior;
• 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para
64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600
ou maior.
32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Exercícios a) 7-Zip.
b) WinZip.
1) (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE c) CuteFTP.
ADMINISTRATIVO) Um computador é um equipamento d) jZip.
capaz de processar com rapidez e segurança grande quan- e) WinRAR.
tidade de informações.
Assim, além dos componentes de hardware, os com- 6) (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito)
putadores necessitam de um conjunto de softwares deno- Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu-
minado: guês, é correto afirmar que,
a. arquivo de dados. a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre
b. blocos de disco. cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão Classi-
c. navegador de internet. ficar na barra de ferramentas da janela e escolher o modo
d. processador de dados. de exibição desejado.
e. sistemaoperacional. b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele
é apagado permanentemente e não pode ser posterior-
2) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – AD- mente recuperado caso tenha sido excluído por engano.
MINISTRATIVA) As características básicas da segurança da c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar
informação — confidencialidade, integridade e disponibi- com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a
lidade — não são atributos exclusivos dos sistemas com- opção Enviar para a lixeira.
putacionais. d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que
a. Certo estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado entre
b. Errado todos os usuários que possuem acesso a essas pastas.
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
3) (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JU- rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele
RÍDICA) São ações para manter o computador protegido,
será copiado.
EXCETO:
a. Evitar o uso de versões de sistemas operacionais
7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
ultrapassadas, como Windows 95 ou 98.
operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado a
b. Excluir spams recebidos e não comprar nada
manipulação de arquivos é:
anunciado através desses spams.
a) kill
c. Não utilizar firewall.
b) cat
d. Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo
c) rm
sempre utilizar um perfil mais restrito.
e. Não clicar em links não solicitados, pois links es- d) cp
tranhos muitas vezes são vírus. e) ftp
4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- 8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. backup em uma aplicação móvel para, de tempos em tem-
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com pos, armazenar dados automaticamente. A classe da API
o Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
c) permite que todas as pessoas possam ver o calen- a) BkpAgent;
dário de um usuário, mas somente aquelas com e-mail b) BkpHelper;
Outlook.com podem agendar reuniões e responder a con- c) BackupManager;
vites. d) BackupOutputData;
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não e) BackupDataStream.
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones
com Android. 9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de
do pacote de webmail Office 356 da Microsoft. prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só
efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados
5) (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um com- pelo usuário ou sistema?
putador com o sistema operacional Windows instalado, um a) Backup incremental
funcionário deseja enviar 50 arquivos, que juntos totalizam b) Backup diferencial
2 MB de tamanho, anexos em um e-mail. Para facilitar o c) Backup completo
envio, resolveu compactar esse conjunto de arquivos em d) Backup Normal
um único arquivo utilizando um software compactador. Só e) Backup diário
não poderá ser utilizado nessa tarefa o software:
33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departamen- 16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI-
to) Como é chamado o backup em que o sistema não é CA) Alguns programas do computador de Ana estão muito
interrompido para sua realização? lentos e ela receia que haja um problema com o hardware
a) Backup Incremental. ou com a memória principal. Muitos de seus programas
b) Cold backup. falham subitamente e o carregamento de arquivos gran-
c) Hot backup. des de imagens e vídeos está muito demorado. Além disso,
d) Backup diferencial. aparece, com frequência, mensagens indicando conflitos
e) Backup normal em drivers de dispositivos. Como ela utiliza o Windows 7,
resolveu executar algumas funções de diagnóstico, que
11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) Um poderão auxiliar a detectar as causas para os problemas e
funcionário precisa conectar um projetor multimídia a um sugerir as soluções adequadas.
computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve usar? Para realizar a verificação da memória e, em seguida
a) RJ11 do hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
b) RGB a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
c) HDMI desempenho.
d) PS2 b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
e) RJ45 conflitos do Windows.
c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Admi- desempenho de hardware.
nistração) Correspondem, respectivamente, aos elementos d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea-
placa de som, editor de texto, modem, editor de planilha e mento de hardware do Windows.
navegador de internet: e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti-
a) software, software, hardware, software e hardware. co de hardware do Windows.
b) hardware, software, software, software e hardware.
c) hardware, software, hardware, hardware e software. 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
d) software, hardware, hardware, software e software. CUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório
e) hardware, software, hardware, software e software. de advocacia e utiliza um computador com o Windows 7
Professional em português. Certo dia notou que o compu-
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Admi- tador em que trabalha parou de se comunicar com a inter-
nistrativo) Um computador à venda em um sí- net e com outros computadores ligados na rede local. Após
tio de comércio eletrônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 consultar um técnico, por telefone, foi informada que sua
TB e 6 portas USB. Essa configuração indica que: placa de rede poderia estar com problemas e foi orienta-
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. da a checar o funcionamento do adaptador de rede. Para
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. isso, Beatriz entrou no Painel de Controle, clicou na opção
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. Hardware e Sons e, no grupo Dispositivos e Impressoras,
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 selecionou a opção:
portas USB. a) Central de redes e compartilhamento.
14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da b) Verificar status do computador.
Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de c) Redes e conectividade.
um computador: d) Gerenciador de dispositivos.
a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner. e) Exibir o status e as tarefas de rede.
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner. 18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor. No console do sistema operacional Linux, alguns coman-
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner. dos permitem executar operações com arquivos e diretó-
rios do disco.
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- Os comandos utilizados para criar, acessar e remover
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux um diretório vazio são, respectivamente,
e Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema ope- a) pwd, mv e rm.
racional Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à b) md, ls e rm.
denominada nuvem de computadores que fazem parte da c) mkdir, cd e rmdir.
Internet. d) cdir, lsdir e erase.
a)Certo e) md, cd e rd.
b)Errado
34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
RESPOSTA: “CERTO”.
35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
63. (TRT 12ª REGIÃO (SC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - digo binário para ser trabalhada na máquina. Às vezes um
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2013) - O proces- dado, quando transformado em código binário, fica maior
sador de um computador executa uma série de instru- que 32 bits e é processado em partes pelo processador, sen-
ções de máquina que o instruem o que fazer. Sobre os do de 32 em 32 bits.É possível constatar que um processador
processadores e seu funcionamento é INCORRETO afir- de 32 bits não consegue executar um programa de 64 bits,
mar que: pois só opera com 32 bits de cada vez. Mas se tivermos um
a) utilizando a ULA (Unidade Lógico-Aritmética), processador de 64 bits, sabemos que ele pode executar um
o processador pode executar operações matemáticas programa de 32 bits, pois sendo maior, sobra “espaço” quan-
como adição, subtração, multiplicação e divisão e pode do colocamos algo de 32 bits em algo que caberia 64 bits.
executar operações sofisticadas com números grandes
em ponto flutuante. RESPOSTA: “CERTO”.
b) um processador pode mover dados de um en-
dereço de memória para outro, pode tomar decisões e 65. (IPEM/RO - TÉCNICO EM INFORMÁTICA -FUN-
desviar para um outro conjunto de instruções baseado CAB – 2013) - O tipo de memória cache que não está in-
nestas decisões. serida diretamente no chip do processador, mas sim em
c) o barramento de endereços envia e recebe dados um invólucro (cartucho) ao lado do processador, sendo
da memória e o barramento de dados envia um endereço seu tamanho compreendido entre 512 KB e 12MB, é:
para a memória; estes barramentos possuem o mesmo a) Setup.
número de bits. b) Flash.
d) uma linha RD (ReaD/Leitura) e WR (WRite/Escri- c) L2.
ta) diz à memória se ela deve gravar ou ler o conteúdo da d) EPROM.
posição de memória endereçada. e) BIOS
e) um sinal de clock fornece uma sequência de pul-
sos de relógio para o processador; um sinal de reset rei- A memória cache é um tipo de dispositivo de armazena-
nicia o contador do programa para zero (ou outro valor) mento aplicado em pequena quantidade, em lugares especí-
e recomeça a execução do programa. ficos do computador. Considerada mais rápida que a memó-
ria RAM, mas mais cara e com restrições de uso devido a sua
O barramento pode ser entendido como um conjunto de instabilidade, possui os mesmos princípios da memória prin-
linhas e fios que interligam eletronicamente os dispositivos. cipal: memória volátil de leitura e gravação. Armazena dados
Nos computadores, temos a ligação de memória e processa- que são usados com maior frequência pelo processador para
dor, por exemplo, pelos barramentos. evitar que este perca sua velocidade de execução indo até
No Barramento de Endereço (Address Bus) circulam en- a memória RAM buscar informações e passando a trabalhar
dereços de memória ou de dispositivos de entrada e saída no seu clock externo. Quando está presente junto ao proces-
que o processador necessita. Ele localiza a fonte e o destino sador, é chamada de cache L1, ou cache primário (level1) e
dos dados. quando está fora do processado, na situação proposta pelo
No Barramento de dados (Address Bus)circulam as infor- enunciado, é chamada cache secundário (level 2).
mações enviadas e recebidas pelo processador para a memó-
ria RAM ou para os dispositivos de entrada e saída.Os dados RESPOSTA: “C”.
tanto são enviados quanto recebidos por este barramento.
66. (SERPRO - ANALISTA - SUPORTE TÉCNICO – CES-
RESPOSTA: “C”. PE/2013) - A respeito das arquiteturas de hardware exis-
tentes em servidores, julgue os itens que se seguem.
64. (POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FE- Um mainframe possui múltiplas unidades de proces-
DERAL – CESPE/2013) - A respeito de tipos de computa- samento, sendo cada unidade um processador comum,
dores e sua arquitetura de processador, julgue os itens tipicamente Intel ou AMD.
subsequentes. ( ) Certo
Diferentemente de um processador de 32 bits, que ( ) Errado
não suporta programas feitos para 64 bits, um processa-
dor de 64 bits é capaz de executar programas de 32 bits Mainframes são computadores robustos com grande
e de 64 bits. poder de processamento, capazes de trabalhar com milhares
( ) Certo e milhares de instruções, dando suporte a vários terminais
( ) Errado que podem estar conectados a ele.
O hardware do mainframe é específico para todo o su-
Na Informática, a menor unidade de informação é o bit. porte a terminais que oferece e, para não prejudicar o atendi-
O bit representa o valor 0 (zero) ou 1 (um) que significa tam- mento às solicitações e processamentos que ocorrem, possui
bém a ausência (0) ou presença (1) de energia. Todas as infor- vários processadores, que podem ser substituídos até mes-
mações que o processador opera estão traduzidas para o có- mo com ele ligado.
digo binário, ou seja, a linguagem de zero e um. Quando um
processador tem 32 bits ele consegue executar informações RESPOSTA: “ERRADO”.
desse tamanho. Qualquer informação é transformada em có-
36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
67. (TRT 17ª REGIÃO (ES) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - c) velocidade do clock é a taxa máxima
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – CESPE/2013) do clock do chip. A velocidade do clock é limitada pela
largura dos dados. Chips de 64 bits não conseguem ultra-
passar os 3,2 GHz.
d) existe uma relação entre a velocidade do clock e
o MIPS. A velocidade máxima do clock é uma função do
processo de fabricação do chip. Os processadores como
o i7 executam milhões de instruções por ciclo.
e) largura de dados é a largura da UCP.
Uma UCP de 32 bits pode fazer opera-
Considerando a figura acima, que ilustra um esque- ções aritméticas com dois números de 32 bits.
ma básico de um computador, julgue os itens a seguir. Uma UCP de 32 bits teria que executar quatro instru-
A memória é o dispositivo responsável pelas entra-
ções para somar dois números de 64 bits, enquanto que
das e saídasde dados do computador
uma de 64 bits precisa de apenas duas instruções.
( ) Certo
( ) Errado
Core i7 é um processador Intel que possui as seguintes
Memória: no caso exposto no enunciado, a memória é tecnologias:
um dispositivo de armazenamento temporário que aloca - Hyperthreading: capaz de simular até oito CPUs ló-
os dados e programas a serem executados pelo proces- gicas.
sador. - QPI (QuickPathInterconnect): traz o chip responsável
Barramento: o barramento é por onde os dados per- pela comunicação entre o processador e a memória RAM;
correm da origem ao destino. A origem e o destino são agora é “embutido” no próprio processador.
dispositivos eletrônicos do computador, representados no - “Turbo mode”: aumenta a performance do processa-
esquema como Memória, Processador e Periféricos. dor quando um dos núcleos não está sendo usado, novas
Processador: é o responsável pela execução dos dados instruções para processamento multimídia foram adiciona-
e programas armazenados em memória. Ele que realiza as das visando a aumentar consideravelmente o desempenho
funções aritméticas e lógicas, aloca e busca informações na do processador em jogos e programas que exijam muito
memória e conclui as tarefas. processamento gráfico.
Periféricos: são dispositivos de entrada e saída de da-
dos. Por exemplo, o mouse é um dispositivo de entrada Na tabela do enunciado temos:
de dados, pois envia cliques do usuário ao computador. A - Nome: é o nome do processador.
impressora é um dispositivo de saída, pois imprime infor- - Ano: ano de lançamento do processador.
mações do computador para o usuário. - Transistores: número de transistores do processador.
- Mícrons: é a largura, em mícrons, do menor fio do
RESPOSTA: “ERRADO”. chip.
- Velocidade do clock: é o tempo que o processador
68. (DPE/SP - OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA – executa uma instrução ou busca e envia os dados.
FCC/2013) - - Largura de dados: é o tamanho da informação que o
processador consegue trabalhar por vez.
- MIPS: é a sigla para milhões de instruções por se-
gundo.
37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
RESPOSTA: “D”.
38
ADMINISTRAÇÃO
BLOCO 1:
Administração: Planejamento estratégico empresarial. ........................................................................................................................... 01
Sistemas de informação gerencial. ................................................................................................................................................................... 09
Administração de vendas. .................................................................................................................................................................................... 11
Gestão do relacionamento com cliente. ......................................................................................................................................................... 24
Administração financeira e orçamentária. ..................................................................................................................................................... 31
Matemática financeira. .......................................................................................................................................................................................... 39
Conceitos sobre o valor do dinheiro no tempo, risco, retorno e valor. .............................................................................................. 41
Análise de investimentos. ..................................................................................................................................................................................... 50
Análise das demonstrações financeiras. ......................................................................................................................................................... 65
Contabilidade: contabilidade geral, contabilidade de custos, contabilidade gerencial................................................................ 70
ADMINISTRAÇÃO
A Administração, de acordo com definição do Houaiss, é o “conjunto de normas e funções cujo objetivo é disciplinar os
elementos de produção e submeter a produtividade a um controle de qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz, bem
como uma satisfação financeira”.
Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a
aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.
A profissão de Administrador é relativamente nova e foi regulamentada no Brasil em 9de setembrode1965, data em que se
comemora o Dia do Administrador. Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, que não é o dono do
negócio) foram os que geriram as companhias de navegação inglesas a partir do século XVII.
Segundo Jonh W. Riegel,
“O êxito do desenvolvimento de executivos em uma empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da capacidade dos
seus gerentes no seu papel de educadores. Cada superior assume este papel quando ele procura orientar e facilitar os esforços dos
seus subordinados para se desenvolverem”
Administração – Objetivos, decisões e recursos são as palavras-chaves na definição do conceito de administração. Admi-
nistração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos.
Segundo CHIAVENATO, as variáveis que representa o desenvolvimento da TGA são: tarefas, estrutura, pessoas, ambiente,
tecnologia e competitividade.
Na ocorrência de novas situações as teorias administrativas se adaptam a fim de continuarem aplicáveis.
Dentre tantas definições já apresentadas sobre o conceito de administração, podemos destacar que:
“Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um
ou mais objetivos ou metas organizacionais.”
Ou seja, a Administração vai muito além de apenar “cuidar de uma empresa”, como muitos imaginam, mas compreende a
capacidade de conseguir utilizar os recursos existentes (sejam eles: recursos humanos, materiais, financeiros,…) para atingir os
objetivos da empresa.
O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma que as
atividades sejam administradas com planejamento, organização, direção, e controle.
O ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de outras pessoas na busca de realizar objetivos da organização bem
como de seus membros.
Montana e Charnov
A administração tem uma série de características entre elas: um circuito de atividades interligadas, busca de obtenção
de resultados, proporcionar a utilização dos recursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de planejamento,
organização, direção e controle.
Para administrar nos mais variados níveis de organização é necessário ter habilidades, estas são divididas em três grupos:
• Habilidades Técnicas: são habilidades que necessitam de conhecimento especializado e procedimentos específicos e
pode ser obtida através de instrução.
• Habilidades Humanas: envolvem também aptidão, pois interage com as pessoas e suas atitudes, exige compreensão
para liderar com eficiência.
• Habilidades Conceituais: englobam um conhecimento geral das organizações, o gestor precisa conhecer cada setor,
como ele trabalha e para que ele existe.
1
ADMINISTRAÇÃO
Existem vários modelos de organização, Organização Empresarial, Organização Máquina, Organização Política entre outras. As
organizações possuem seus níveis de influência. O nível estratégico é representado pelos gestores e o nível tático, representado pelos
gerentes. Eles são importantes para manter tudo sob controle. O gerente tem uma visão global, ele coordena, define, formula, estabelece
uma autoridade de forma construtiva, competente, enérgica e única.
As Organizações formais possuem uma estrutura hierárquica com suas regras e seus padrões. Os Organogramas com sua estrutura
bem dimensionada podem facilitar a autonomia interna, agilizando o processo de desenvolvimento de produtos e serviços. O mundo
empresarial cada vez mais competitivo e os clientes a cada dia mais exigentes levam as organizações a pensar na sua estrutura, para se
adequar ao que o mercado procura. Com os órgãos bem dispostos nessa representação gráfica, fica mais bem objetivada a hierarquia bem
como o entrosamento entre os cargos.
As organizações fazem uso do organograma que melhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que o modelo piramidal
ficou obsoleto, hoje o que vale é a contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desenvolvimento da empresa, todos contribuem com
ideias na tomada de decisão.
Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as informações são importantes,
mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber aplicar em momentos oportunos.
Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que se definir qual informação e como ela vai ser mantida no sistema, deve haver
um estudo no organograma da empresa verificando assim quais os dados e quais os campos vão ser necessários para essa implantação.
Cada empresa tem suas características e suas necessidades, e o sistema de informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.
Para as organizações as pessoas são as mais importantes, por isso tantos estudos a fim de sanar interrogações a respeito da complexidade
do ser humano. O comportamento das pessoas nas organizações afetam diretamente na imagem, no sucesso ou insucesso da mesma, o
comportamento dos colaboradores refletem seu desempenho. Há uma necessidade das pessoas de ter incentivos para que o trabalho flua, a
motivação é intrínseca, mas os estímulos são imprescindíveis para que a motivação pelo trabalho continue gerando resultados para a empresa.
Para que todas esses conceitos e objetivos sejam desenvolvidos de fato, precisamos nos ater à questão dos níveis de hierarquia e às
competências gerencias, ao que isso representa na teoria, na prática e no comportamento individual de cada profissional envolvido na
administração.
NÍVEIS HIERÁRQUICOS
Existem basicamente três níveis hierárquicos dentro de uma organização, que são divididos em:
Nível Estratégico (ou Nível Institucional) – Elabora as estratégias, faz o planejamento estratégico da empresa normalmente
esse posto é assumido por presidentes e alta direção da empresa, os representantes deste nível devem possuir principalmente
habilidades conceituais.
Nível Tático (ou Nível Intermediário) – Este nível é desempenhado pelos Gerentes é um nível departamental, e seus
integrantes necessitam em especial de habilidades humanas para motivar e liderar os integrantes do nível operacional.
Nível Operacional – Estes são os supervisores que necessitam de habilidades técnicas por trabalharem de forma mais ligada à produção.
É de suma importância que os níveis hierárquicos estejam bem definidos dentro da organização para que cada um saiba
o seu lugar e suas competências. Administrar é interpretar os objetivos da organização e transformá-los em ação por meio de
planejamento, organização, controle e direção de todos os níveis organizacionais.
A seguir vocês poderão ver dois demonstrativos que discriminam as características de atuação de cada um dos níveis citados.
NÍVEIS
CARACTERÍSTICAS
ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL
Unidade,
Abrangência Instituição Setor, Equipe
Departamento
Presidência, Alto
Área Diretoria, Gerência Coordenação, Líder Técnico
Comitê
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ADMINISTRAÇÃO
Idalberto Chiavenato.
Fatores como a crescente competitividade entre as organizações provocam significativas mudanças no mercado, o que
faz com que as competências gerenciais se tornem grandes diferenciais.
A gestão por competência se propõe a integrar e orientar esforços, principalmente no que ser refere à gestão de
pessoas, visando desenvolver e sustentar competências consideradas fundamentais aos objetivos organizacionais.
As empresas buscam ideias de mudanças comportamentais, atitudes, valores e crenças que façam a diferença na
postura dos profissionais.
Competências gerenciais: “Um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que algumas pessoas, grupos ou
organizações dominam melhor do que outras, o que as faz se destacar em determinado contexto.”
Claude Lévy-Leboyer
3
ADMINISTRAÇÃO
Para alguns autores, podemos resumir as habilidades » Técnicas - funções especializadas e ligadas ao
necessárias para o desenvolvimento eficiente e eficaz na trabalho operacional;
administração em: » Conceituais - compreender a totalidade, ou seja, ter
visão da empresa como um todo;
1. Conhecimento – Estar a par das informações ne- » Humanas - cultivar bons relacionamentos, sendo um
cessárias para poder desempenhar com eficácia as suas líder eficaz e eficiente.
funções.
Tipos de Competências
2. Habilidade – Estas podem ser divididas em: Existem vários tipos de competências definidas por
teóricos sobre o conjunto de competências existentes
Técnicas (Funções especializadas) e utilizadas no ambiente organizacional. Serão citadas
Administrativas (compreender os objetivos orga- apenas duas:
nizacionais)
Conceituais (compreender a totalidade)
Competências Individuais
Humanas (Relações Humanas), Políticas (Nego-
São características que tornam um indivíduo singular,
ciação).
único. Além de serem os conhecimentos adquiridos por
3. Atitude e Comportamento – Sair do imaginário e uma pessoa, também faz parte a inteligência em lidar com
colocar em prática, fazer acontecer. Maneira de agir, ponto situações complexas. As competências individuais estarão
de referência para a compreensão da realidade. relacionadas, por exemplo, a formação educacional, a
experiência profissional, assim como o ambiente em
As três dimensões da competência que vive, o visão de futuro, a flexibilidade, etc. Estas
As competências são formadas por três dimensões: competências também se classificam em:
atitude, conhecimento e habilidade. Cada dimensão é » Competências gerais - relativa aos valores
independente, mas ambas estão interligadas. Ele afirma organizacionais e a cultura empresarial;
ainda que o desenvolvimento das competências está na » Competências gerenciais - relativa as funções
aprendizagem individual e coletiva. (Tommas Durand) gerenciais;
» Competências técnicas - relativas ao profissional e
Atitude (Querer Fazer) suas habilidades específicas da área.
Ter atitude e ações é fazer acontecer. São competências
que permitem as pessoas interpretarem e julgarem a Competências Organizacionais
realidade e a si próprias. Na área gerencial veja algumas São formados pelo capital intelectual, estrutural,
atitudes que se destacam: organizacional, de processo, etc. Para essas competências
» Saber ouvir; devem ser analisados os clientes, concorrentes, funcionários,
» Auto motivação; pois são eles que agregarão um diferencial de mercado.
» Auto controle; Essas competências são capazes de elevar o potencial de
» Dar e receber feedback; uma organização estando ela sempre se fortalecendo.
» Resolução de problemas; No livro Competências: conceitos e instrumentos para a
» Determinação; gestão de pessoas na empresa moderna, o autor define
» Proatividade; também um conjunto de competências que fazem parte
» Honestidade e ética nos negócios, etc. das competências organizacionais:
» Competências essenciais - importante para a
Conhecimento (Saber Fazer)
organização;
O conhecimento é essencial para a realização dos
» Competências distintivas - são competências que
processos da organização. De acordo com o nível de
garantem vantagens competitivas para a organização;
conhecimento de um gerente, existe o essencial, aquele
que todo profissional deve saber, como dominar os » Competência de suporte - são atividades que servem
procedimentos, conceitos, informações necessários ao de base para outras atividades da organização;
funcionamento da empresa. E, aquele mais específico, em » Capacidade dinâmica - quando as competências
que é necessário analisar os indivíduos e o contexto de organizacionais atendem as exigências do ambiente.
trabalho.
Modelos Gerenciais
Habilidades (Saber como Fazer) Os modelos gerenciais são capazes de nos dar ideias
Quando utilizamos o conhecimento da melhor forma, sobre como seria sua aplicação real. Como os modelos
ele se torna uma habilidade. O conceito de habilidade é de gestão se atualizam sempre, deve-se fazer um estudo
variado. De acordo com alguns autores, para que um da organização e ver aquele que melhor se aplica. Não é
administrador possa conquistar uma posição de destaque, uma tarefa fácil, mas requer esforço e competência para
bem como saber administrar, defini-se a existência das o estudo tanto do ambiente interno, quanto externo da
seguintes habilidades: organização.
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ADMINISTRAÇÃO
Um dos modelos gerenciais é o proposto por Robert Quinn, autor do livro Competências Gerenciais: princípios e
aplicações. Seu modelo define a existência de vinte e quatro competências gerenciais, das quais são classificadas como
papéis gerenciais. Assim, há quatro modelo gerenciais que estão divididos em oito papéis. E para o autor os modelos mais
antigos são de suma importância para auxiliar o gestor na tomada de decisões na organização. Confira:
Modelo das Metas Racionais
Tem como base a lei da sobrevivência de Darwin: o indivíduo com maior habilidade e mais apto mantêm o seu emprego.
O objetivo desse modelo está na produtividade e no lucro. Ele está relacionado aos papéis de diretor e do produtor.
Papel de diretor
O gestor enquanto diretor deve deixar claro o planejamento e as metas a serem atingidas. Ele que decide, define
opções, tarefas e problemas.
Papel de produtor
O gestor enquanto produtor tem foco nas tarefas, no trabalho, interesse, motivação e determinação. Ele é pragmático.
Modelo dos Processos Internos ou Modelo de Burocracia Profissional
Completa o modelo das metas racionais. Seu objetivo é a busca da estabilidade, continuidade e eficiência no trabalho.
Ele é baseado em rotinas. O gerente é considerado um monitor apto e um coordenador verdadeiro e confiável.
Papel de monitor
O gestor enquanto monitor deve conhecer e supervisionar o ambiente de sua organização, e também, estar a par das
metas de cada setor.
Papel de coordenador
O gestor enquanto coordenador dá apoio à estrutura e ao desenvolvimento da organização. Suas características são a
organização, a conciliação do trabalho da equipe, coordenação à parte logística, bem como encarar problemas.
Modelo das Relações Humanas
De acordo com o autor, após a queda da bolsa de valores (1929) e a Segunda Guerra Mundial foi perceptível que os
modelos citados anteriormente estavam se tornando ineficazes para a época. Nesse novo modelo o objetivo é atingir
o compromisso, a coesão e a moral. É valorizado mais a participação, o acordo entre os funcionários e a resolução de
problemas. O gestor é aquele que se coloca no lugar do outro, é portanto, um facilitador e um mentor.
Papel de facilitador
O gestor enquanto facilitador estimula o trabalho em equipe e gerencia os problemas pessoais.
Papel de mentor
O gestor enquanto mentor trabalha no desenvolvimento de cada funcionário e aperfeiçoa suas competências, eles são
orientadores.
Modelo dos Sistemas Abertos
Para esse modelo é necessário viver em um ambiente ambíguo e competitivo. Seu objetivo é atingir a adaptação e o
apoio externo. É valorizado o empreendedorismo, a adaptação política e administração de mudanças. O gestor é inovador
e negociador.
Papel de inovador
O gestor enquanto inovador está aberto às mudanças, tem um pensamento crítico e analítico, é visionário e identifica
as tendências do mercado.
Papel de negociador
O gestor enquanto negociador deve utilizar técnicas de persuasão e influência em prol de seus acordos e compromissos.
O ADMINISTRADOR
Um administrador – não é julgado pelo que sabe a respeito das funções que exerce em sua especialidade, mas pela
maneira como realiza seu trabalho e pelos resultados que consegue obter dos recursos disponíveis.
O papel do gerente
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ADMINISTRAÇÃO
Henri Fayol
Tomando como base uma empresa industrial o trabalho do dirigente consiste em:
O maior impacto desta ideia está em identificar o trabalho dos administradores e separá-lo das atividades operacionais
da empresa.
OBS: Lawrence J.Peter – “Um especialista muito competente pode tornar-se um administrador incompetente”.
• planejamento,
• organização,
• alocação de pessoal,
• direção,
• coordenação,
• controle e orçamentação.
Definindo assim o processo administrativo com: planejamento, organização, direção ou liderança e controle.
Chester Barnard
As funções do executivo, são:
Herbert Simon
Processo decisório gerencial:
Mintzberg
Os 10 papéis específicos do administrador:
Rosemary Stewart
Não diz qual é o trabalho dos gerentes, mas como pode estudá-lo.
Os cargos gerenciais têm 3 dimensões:
escolhas,
exigências/tarefas e
restrições/o que o ocupante do cargo pode fazer.
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
A importância de possuir uma estratégia funda- • Análise do ambiente interno, mais concretamente
mentada e revisada as forças e fraquezas da empresa;
Da mesma forma como falamos sobre os objetivos, • Análise do contexto atual da empresa através da
podemos dizer quanto à estratégia em si: esta precisa ser análise SWOT - Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas),
fruto de estudos, análises e decisões bem fundamenta- Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças);
das, e não de opiniões baseadas em conhecimentos desa- • Definição de objetivos e metas, ou seja, o que a
tualizados. empresa pretende alcançar. Onde e quando pretende
Uma estratégia precisa ter fundamento, e um funda- chegar. É importante saber identificar o público-alvo de
mento baseado em dados, em informações úteis e atuais. cada ação e cada objetivo;
Também precisa ser continuamente revisada: se há o tra- • Formulação e implementação da estratégia, onde
balho inicial de desenvolver a estratégia organizacional, se escolhe o plano para alcançar as metas e objetivos
também deve existir, em vista dos benefícios que serão ob- definidos previamente. Na formulação das estratégias,
tidos, a revisão contínua da estratégia para garantir que ela é importante verificar os recursos disponíveis para a
será sempre uma boa guia. implementação da estratégia, e definir quais recursos se
Essas revisões demandam, por vezes, novos estudos do aplicam mais adequadamente à estratégia escolhida;
mercado e uma nova análise da situação da empresa. Daí • Obtenção do feedback e controle, onde os
surge a oportunidade de ir além: realizar um monitoramen- responsáveis verificam os resultados do planejamento
to do mercado, e não apenas estudos pontuais.1 estratégico.
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ADMINISTRAÇÃO
Resumindo, vamos recapitular as importantes etapas do Convém frisar que o conceito de sistemas de informa-
planejamento estratégico do seu negócio: ção costuma ser utilizado como sinónimo de sistema de in-
formação informática, ainda que não sejam o mesmo. Este
1. Forças: defina de 3 a 5 qualidades que você e sua em- último pertence ao campo de estudo das tecnologias da
presa já possuem e que usarão para atingir o cenário desenha- informação, podendo fazer parte de um sistema de infor-
do na definição da Visão. mação enquanto recurso material. Em todo o caso, diz-se
2. Fraquezas: quais os 3 a 5 pontos cruciais para alcan- que os sistemas de informação tratam do desenvolvimento
çar a Visão que você precisa desenvolver ou melhorar. e da administração da infraestrutura tecnológica de uma
3. Oportunidades: identifique de 3 a 5 tendências do organização.4
mercado e/ou necessidades não atendidas que podem ser
muito bem aproveitadas por você.
4. Ameaças: identifique de 3 a 5 ameaças que estão fora Sistemas Operacionais, Sistemas de Gestão e
do seu controle mas podem, de uma maneira ou outra, trazer Sistemas de Suporte à Decisão
consequências negativas para o seu negócio. Os sistemas de informação classificam-se em: sistemas
5. Missão: a razão da existência da sua empresa. O por- de informação de apoio às operações e sistemas de
quê você faz e para quem você faz. informação de apoio à gestão.
6. Visão: onde você deseja chegar com seu negócio.
Qual o ideal de futuro que você deseja atingir e qual impacto Sistemas de Informações Operacionais
sua visão irá causar no mundo. Os sistemas de informações de apoio às operações
7. Prioridades: através de metas específicas, mensurá- nascem da necessidade de planejamento e controle das
veis, alcançáveis, relevantes e com tempo estipulado, defina as diversas áreas operacionais da empresa. Esses sistemas de
prioridades do seu negócio e coloque metas para elas. Relacio- informações estão ligados ao sistema físico-operacional
ne ações concretas às metas definidas. e surgem da necessidade de desenvolver as operações
8. Indicadores de performance: quais as KPIs de con- fundamentais da firma. Podemos dizer até que esses
trole para avaliar o impacto do planejamento estratégico? sistemas são criados automaticamente pelas necessidades
de administração operacional. Como exemplo, podemos
Não esqueça que nenhum plano sobrevive ao plano de citar os sistemas de informações de controle de estoque,
batalha e que ajustes podem e devem ser feitos para o sucesso de banco de dados de estrutura de produtos, de processo
do seu negócio.3 de produção, de planejamento e controle da produção, de
compras, de controle patrimonial, de controle de recursos
humanos, de carteira de pedidos, de planejamento das
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL. vendas, de acompanhamento de negócios etc.
Os sistemas de apoio às operações têm como objetivo
auxiliar os departamentos e atividades a executarem suas
funções operacionais (compras, estocagem, produção,
Um sistema de informação é um conjunto organizado vendas, faturamento, recebimentos, pagamentos,
de elementos, podendo ser pessoas, dados, atividades ou qualidade, manutenção, planejamento e controle de
recursos materiais em geral. Estes elementos interagem en- produção etc.).
tre si para processar informação e divulga-la de forma ade-
quada em função dos objetivos de uma organização. Sistemas de Apoio à Gestão
O estudo dos sistemas de informação surgiu como uma Classificamos como sistemas de informações de apoio
subdisciplina das ciências da computação, com o objetivo à gestão os sistemas ligados à vida econômico-financeira
de racionalizar a administração da tecnologia no seio das da empresa e às necessidades de avaliação de desempenho
organizações. O campo de estudo foi-se desenvolvendo até dos administradores internos. Fundamentalmente,
vir mesmo a fazer parte dos estudos superiores dentro da esses sistemas são utilizados pelas áreas administrativa
administração. e financeira da empresa, e pela alta administração da
No prisma empresarial, os sistemas de informação po- companhia, com o intuito de planejamento e controle
dem classificar-se de diversas formas. Existem, por exemplo, financeiro e avaliação de desempenho dos negócios. São
sistemas de informação operacional ou de processamento exemplos desses sistemas o sistema de informação contábil,
de transações (que gerem a informação referente às tran- o sistema de custos, de orçamento, de planejamento de
sações que têm lugar numa empresa), sistemas de informa- caixa, planejamento de resultados, centros de lucros etc.
ção de gestão (para solucionar problemas empresariais em Os sistemas de apoio à gestão preocupam-se
geral), sistemas de informação estratégicos ou de apoio à basicamente com as informações necessárias para gestão
decisão (analisam as distintas variáveis de negócio para a to- econômico-financeira da empresa. O sistema de informação
mada de decisões), sistemas de informação executiva (para contábil é um sistema de apoio à gestão, juntamente com
diretores, gerentes e administradores), sistemas de automa- os demais sistemas de controladoria e finanças. Os sistemas
tização de escritórios (aplicações que ajudam no trabalho de apoio à gestão têm como base de apoio informacional
administrativo) e sistemas especializados (que emulam o as informações de processo e quantitativas geradas pelos
comportamento de um especialista numa área concreta). sistemas operacionais.
3 Por Henrique Carvalho 4 Fonte: www.conceitode
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
Podemos exemplificar com a coleta, modelação, fim o controle, realizado de maneira metódica, auxilia
processamento e armazenamento dos dados sobre uma na construção de bases da credibilidade por meio de
venda. Todos os dados úteis da nota fiscal de venda devem instauração dos acordos, bem como, quando feito de
estar disponíveis nos subsistemas. Adicionalmente, neste forma analítica, concretiza o auto desenvolvimento durável,
exemplo, deverão estar adequadamente caracterizados os por meio do aprendizado adquirido em cada negociação.
conceitos de valor de venda. Em algum momento deverá haver
um processamento que determinará, por exemplo, qual o valor Elementos mais Importantes da Negociação
líquido da venda realizada. Assim, além dos dados constantes
da nota fiscal, como os impostos de IPI, ICMS, ISS etc., deverá
ainda ser efetuado um cálculo para excluir outros impostos
não explícitos no documento fiscal, como PIS e Cofins sobre a
venda. Também a receita líquida de venda não deve incorporar
resultados financeiros, caso haja, nas vendas a prazo.
Num sistema de informação integrado, só deve existir São sete etapas para o processo de negociação:
uma conceituação de valor para uma informação. Assim,
definido o tratamento conceitual de determinada informação, Preparação.
essa será a única forma em que deverá ser entendida em todos Abertura.
os segmentos do sistema de informação. Exploração.
Diante disso, o dado ou a informação navegam por todos Apresentação.
os segmentos do sistema (os subsistemas) de informação. Clarificação ou manejo das objeções.
Originários de uma coleta e de um processamento em Fechamento.
determinado subsistema, a informação ou o dado navegarão Avaliação.
para todos os subsistemas, da forma como originariamente
registrado, pelos diversos meios da base tecnológica do sistema
integrado. Não deve haver necessidade de reclassificação
ou reprocessamento em outros subsistemas, assim como
de reintrodução do dado em algum sistema particular de
um outro setor ou departamento da empresa. A informação
deverá ser sempre fornecida pelo mesmo e único subsistema
de informação.
Em outras palavras, todos os usuários do sistema de
informação integrado receberão a mesma informação e
“falarão a mesma língua”.5
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
E quanto às perguntas abertas? E importante ressaltar que jamais devem ser utilizados
São as perguntas mais indicadas para a ampliação do quaisquer métodos ou truques para ludibriar o cliente para
dialogo, permitindo ao cliente expressar sua opinião, seus acelerar a venda do produto. Nesta etapa e importante reforçar
ensejos e necessidades. Um exemplo seria perguntar ao os benefícios do produto e finalizar com frases do tipo: “vamos
cliente como vão os negócios em sua empresa (em caso de aproveitar para fazer a adesão/simulação/contratação?” Ha varias
cliente pessoas jurídica) ou como vão os preliminares para maneiras de se fazer o fechamento, como o fechamento por
aquela viagem que ele vai fazer. Só nesse curto dialogo o antecipação, em que o vendedor já pula para a etapa seguinte,
vendedor já consegue descobrir varias necessidades do como se a venda já estivesse concluída, emitindo perguntas
cliente, por isso e fundamentar deixar o comprador se como: “vamos ligar para o corretor agendando a vistoria em seu
expressar e ouvi-lo atentamente. veiculo?”
• Apresentação e Demonstração → Apresentar o Existe ainda o fechamento condicionado, utilizado quando
produto destacando suas vantagens e benefícios o cliente exige condições especiais para adquirir o produto,
Nessa fase, o vendedor apresentara o produto ao portanto, deve-se obter um compromisso de compra com o
cliente seguindo a formula AIDA (Kotler): cliente, por exemplo: “se conseguirmos um desconto de 15% na
Atenção (obter atenção do cliente); cotação, podemos contratar o seguro do seu automóvel?”.
Interesse (captar o interesse); Outra forma de fechar um negocio seria por meio do
Desejo (despertar o desejo) e fechamento direto, na qual o próprio vendedor deve solicitar o
Ação (levar o cliente a agir adquirindo o produto). fechamento, oferecendo a oportunidade para o cliente comprar
o produto. Por exemplo, pergunte ao cliente qual e o melhor dia
Na apresentação, o vendedor devera destacar as para pagamento das parcelas do seguro de automóvel, se no final
vantagens e benefícios do produto, buscando satisfazer as ou começo do mês.
necessidades do cliente. A demonstração pode ser auxiliada A ultima etapa da venda e a conclusão do negocio, entretanto,
com apresentação de folhetos, livretos, slides, amostras de não basta apenas vender o produto ao cliente, e necessário
produtos, entre outros. conquistar a lealdade e fidelidade desse comprador, prestando
Durante a demonstração o vendedor pode usar cinco uma assistência pós-venda. Pequenos gestos auxiliam nesse
estratégias de influencia, segundo Kotler: acompanhamento, como um telefonema de agradecimento,
→→ Legitimidade: enfatiza características da empresa um convite a voltar para futuras negociações e o agradecimento
como experiência, reputação. pela preferencia. O papel do vendedor não se restringe a apenas
→→ Conhecimento especializado: o vendedor e vender os produtos e atingir metas, mas sim conquistar os
especialista no produto ou serviço conhecendo cada clientes, tornando-os fieis, pois a reputação da empresa e um
detalhe e também conhece as necessidades do cliente. cliente satisfeito e uma das melhores formas de marketing.
→→ Poder de referencia: o vendedor aproveita-se
das características, dos interesses e dos conhecimentos Pós-Venda
comuns dos clientes. • Acompanhamento (Follow UP) e Manutenção →
→→ Agrado: o vendedor concede agrados ao cliente Assegura a satisfação e busca a fidelização do cliente
como convite para almoço, brindes, para fortalecer o Ultima etapa do processo de venda, o acompanhamento
relacionamento. nada mais e do que a tentativa de o vendedor assegurar a
→→ Zelo pela impressão: o vendedor procura causar satisfação do cliente e também a prospecção de novas vendas.
a boa impressão no cliente. E um contato apos a concretização do negocio, em que o
vendedor avalia o grau de satisfação do cliente feito por meio de
• Superação das Objeções → Sanar as dúvidas e uma visita pessoal, uma ligação. Além de o vendedor manter um
superar a resistência da compra relacionamento ativo com o cliente evitando o esquecimento ou
Durante a apresentação, os clientes costumam colocar perde-lo para o concorrente.
objeções quando solicitado o fechamento do negocio. Essas
objeções podem ser psicológica ou logica. A resistência Metas
psicológica e a preferencia por marcas estabelecidas, apatia, Afinal, quais são os escopos das metas e ate que ponto
relutância em ceder a uma argumentação. A resistência são positivas dentro da empresa? As metas foram instituídas
logica e a objeção por preço, prazo de entrega ou algumas com base em reproduções de anseios próprios ou de terceiros.
características do produto. Quando queremos comprar algo novo, por exemplo, delineamos
Para superar as objeções o vendedor deve questionar o um objetivo, seja ele acumular dinheiro ou obter alguma outra
cliente de modo a descobrir a origem da duvida e procurar fonte de renda, tudo para atender o objetivo.
sana-la da melhor forma possível. As metas podem causar alguns efeitos indesejáveis aos
gerenciadores de vendas, por exemplo, criar concorrências
• Fechamento → Concretização do negócio internas, deixando essa competição refletir no atendimento ao
O vendedor deve partir para o fechamento do negocio, cliente. Outra dificuldade encontrada em empresas que colocam
e pode se utilizar de algumas ações para auxilia-lo nesse muitas metas e o conflito dessas, muitas vezes o cumprimento
processo, como solicitar o pedido, condicionar uma venda de uma meta acaba colidindo com outra, tornando-se algo
a uma concessão (um beneficio que será avaliado para o impraticável, portanto a descrição ideal de meta seria aquela que
cliente), partir para a próxima etapa já verificando a melhor traz a maior produção plausível dentro das particularizações e
data para pagamento. normas da empresa com uma relação custo beneficio imaginado.
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ADMINISTRAÇÃO
No ambiente bancário, as metas influenciam abertamente Por meio das técnicas de venda bem aplicadas, podem-se
na qualidade dos produtos e serviços comercializados. Como eliminar os obstáculos e dificuldades encontradas no processo
consequência tem-se o desperdício dos recursos financeiros, de negociação. E esses elementos que dificultam o processo
de tempo, de pessoas, sem mencionar o desgaste emocional de negociação são denominados de objeções e impasses,
sofrido pelos funcionários. que muitas vezes são sanados com concessões pela parte do
Técnicas de Vendas vendedor. Vamos explicar um a um esses elementos.
A melhor maneira para ter sucesso na negociação e
fazer um bom planejamento, e ter um bom preparo, ou seja, Objeções
elaborar um plano de ação aumenta as possibilidades de um As objeções podem ocorrer geralmente por desconfiança,
negocio, bem sucedido. desvantagens ou por falta de conhecimento do produto e do
Para uma venda de sucesso, devemos, primeiramente, negociador. Dessa forma, e necessário que o vendedor atente
elaborar uma estratégia, sempre objetivando o mérito a ser para a origem dessa objeção para melhor trata-la, basta ouvir
conquistado. Para por essa estratégia em pratica, precisamos o que o cliente pensa a respeito. As mais comuns são:
das técnicas ou táticas negociais, que são nada mais do que Objeção por desconfiança: ocorre quando o cliente
as ações empregadas para completar as estratégias. Esse não tem credibilidade no produto, negociador ou na própria
planejamento estratégico e feito em uma das etapas de empresa. O vendedor deve apresentar autoconfiança e apre-
pré-venda e são utilizados 3 elementos de referencia: poder, sentar provas solidas sobre seus argumentos, como cartilhas,
tempo e informação, que abaixo serão explanados. folhetos da própria empresa.
Ha vários fatores que influenciam na negociação, dentre Objeções por desvantagens: geralmente acontece
os principais destacamos Poder, Tempo e Informação. quando o cliente percebe uma certa desvantagem no produ-
A variável Poder esta ligada aos poderes pessoais e aos to ou no serviço oferecido, geralmente ocorre quando o ven-
circunstanciais (cargo, função) e por meio desse fator podemos dedor não consegue identificar corretamente as necessidades
mudar a realidade e alcançar os objetivos almejados. A forma do cliente ou esqueceu de ressaltar um beneficio. Nesse caso
mais correta de utilizar essa variável e dentro dos limites, ou o vendedor deve contra argumentar expondo outros benefí-
seja, basear-se em informações solidas e ter autoconfiança de
cios.
forma a realizar acordos satisfatórios entre as partes.
Objeção por desconhecimento: ocorre quando o
E importante ressaltar que para que alguém mude e
cliente e desconhecedor do produto. Para resolver esse pro-
necessário que a influencia por ele sofrida seja maior que sua
blema basta prestar todos os esclarecimentos para eliminar
capacidade de resistência.
as duvidas, explicando de forma clara e objetiva os benefícios
Os poderes pessoais são aqueles inerentes ao individuo,
do produto.
e podem dividir-se em: poder da moralidade, poder da
Objeção circunstancial: acontece quando a nego-
atitude, poder da persistência e poder da capacidade
persuasiva. ciação não e concretizada devido a circunstancias como falta
No que tange aos poderes circunstanciais, podemos de tempo, condição financeira não atende aos requisitos etc.
defini-los como aqueles que focam na situação, sofrendo A solução para esse caso e agendar outra data com o cliente.
influencia do meio: poder do especialista (conhecer o
objeto de negociação e com quem se negocia), poder de • Dicas para dirimir objeções
posição (ocupar determinado cargo ou função), poder de Não interromper o cliente.
precedente (basear-se em fatos pretéritos para argumentar na Não discutir.
negociação), poder de conhecer as necessidades (perceber as Não ria da forma como o cliente se expressa.
exigências do cliente) e poder de barganha (exercer influencia Ouvir o cliente com atenção.
para chegar ao objetivo). Transforme as objeções a seu favor, convertendo-as
Outro fator ha de ser levado em consideração. E o fator em pontos de venda.
TEMPO. Durante uma negociação essa variável deve ser levada
em consideração, pois e valido falar em tempo limite e observar Impasses
que as concessões são feitas geralmente próximas do tempo- Durante o processo de negociação pode haver a
limite, ou seja, quando o cliente esta quase indo embora sem presença de conflitos, que são originados das divergências na
levar o produto o negociador faz uma concessão e resgata a interação vendedor-cliente e geralmente ocorrem por falta de
possibilidade de negocio. Nem sempre e o ideal, pois quanto empatia entre as partes. Não se pode simplesmente largar a
mais próximo do fim, maior e a pressão e tensão, e o acordo negociação por haver um impasse, existem alternativas para
pode não ser satisfatório. Portanto, o vendedor ate pode superar esse obstáculo, por exemplo:
precipitar o desfecho da negociação e adia-lo para outra data, Dar uma pausa na negociação, marcar outra data;
sempre tomando os devidos cuidados para não perder a venda. Chamar outro negociador para assumir seu lugar,
Devemos ainda atentar para a variável INFORMACAO, que como um gerente;
esta intimamente ligada ao poder de conhecer o produto e o Tentar alterar as condições, se possível, dilatar pra-
cliente para uma negociação bem sucedida e com resultado zos, oferecer outras vantagens;
acertado. Deve-se colher informações antes de iniciar a Esteja sempre bem humorado e sorridente, não de-
negociação, principalmente das necessidades do seu cliente, monstre tanta preocupação e afobamento em fechar o ne-
e se não for possível uma previa pesquisa, ouça o cliente com gocio.
atenção.
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
Na criação de um produto, e importante ressaltar cinco Dentre as varias formas de distribuição, podemos citar:
itens fundamentais: ˃˃ Direta: em que o produtor fornece diretamente
˃˃ O produto real (também chamado de produto o seu produto ao consumidor ou presta seu serviço
esperado): aquilo que o consumidor geralmente esta buscando. diretamente ao consumidor.
˃˃ O produto ampliado: no geral, e o oferecimento de Ex.: feirante que vende pasteis ou o dentista.
serviços e ou qualquer tipo de beneficio adicional. ˃˃ Indireta: em que o produto e levado ao consumidor
˃˃ O produto básico: efetivamente aquilo que o comprador por um distribuidor. Um exemplo comum e o mercado, pois
adquire. dificilmente produz todos os produtos que comercializa,
˃˃ O produto potencial: qualquer tipo de implemento necessitando de fornecedores para abastecer seu comercio.
que o produto pode sofrer durante o seu processo evolutivo
provável. Promoção
˃˃ O beneficio-núcleo: e o melhoramento elementar que e
comprado pelo consumidor.
O produto e o mais importante dos elementos do mi de
marketing, pois as decisões administrativas acerca dele são as
mais relevantes para a politica empresarial.
Preço
A soma de dinheiro que se cobra por um produto ou por
um serviço e denominada como preço.
Quando o consumidor compra determinado produto,
ele paga um determinado preço, que e acordado na venda, e Ha cinco elementos relevantes na determinação da
recebe os benefícios que lhe são cabíveis. Ha, porem, outras promoção. São eles: promoção de vendas, propaganda,
variáveis incutidas no preço de um produto: a rentabilidade, forca de vendas, relações publicas, publicidade e marketing
por exemplo.
direto.
Quando se determina o preço de um produto, e preciso
ter em vista que sua colocação no mercado visa ao lucro, por
isso, no estabelecimento do plano de marketing, a definição do
preço de um produto pode significar o sucesso da estratégia
adotada.
Para que haja competitividade de um produto, e necessário
que seu preço seja razoável, ou seja, nem tão alto que faca o
consumidor perder a vontade de comprar; nem tão baixo que
signifique prejuízo para quem o produz, quer seja pelo custo de
produção, quer seja pela depreciação do produto no mercado.
Em suma o produto não pode ser superestimado por seu
preço, tampouco ser subestimado com um preço tão baixo, que
o cliente pense haver algum problema com o bem adquirido.
E importante levar em conta, para a definição do preço,
se a compra cera___2 realizada e qual e escala possível dessa
compra; se haverá lucratividade nessa comercialização; se ha PROMOÇÃO
possibilidade de mudança no preço do produto para se adequar Promoção de vendas: realizada por meio de concursos,
com rapidez ao mercado. Finalmente, pode-se entender que o prêmios, cupons, descontos pós-compras, amostras grátis,
preço adequado a um produto e aquele que satisfaz o cliente, pacotes de preços promocionais, entre outros elementos
pois não se sente enganado, e gera dividendos para a empresa. que visam a estimular a atenção, o consumo e a realização
da transação por parte do cliente. Os sorteios relacionados
Praça ao consumo de algum produto podem ser citados como
A praça compreende aquilo que se identifica também como exemplos.
o ponto de venda ou ainda o chamado canal de distribuição de Afirma Kotler que a promoção de vendas consiste de
determinado produto. um conjunto diversificado de ferramentas de incentivo, em
A praça pode ser uma rede que executa a logística a fim de sua maioria a curto prazo, que visa a estimular a compra
fazer o produto chegar a seu usuário final. mais rápida e/ou em maior volume de produtos/serviços
A noção de acessibilidade e importantíssima para a específicos por consumidores ou comerciantes.
identificação da praça.
O cliente deve poder adquirir o produto da maneira que Propaganda: utilizada para informar o cliente e ativar
lhe for mais conveniente, por isso e mister que a praça abarque nele a necessidade de realizar a compra. Segundo Kotler,
canais eficientes de distribuição. a propaganda e qualquer forma paga de apresentação
Como variável, a praça representa parte significativa no impessoal e de promoção de ideias, bens ou serviços por
processo decisório da empresa em seu planejamento de um patrocinador identificado.
marketing.
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E possível buscar a VC com medidas do tipo: foco especifico no consumidor; maior qualidade do produto; grande
distribuição; possuir um custo não elevado etc.
Apesar de haver muitos estudos a respeito do assunto, a melhor vantagem competitiva e possuir uma empresa ágil e
que antenada as mudanças do mercado.
→→ Liderança em custo, quando a empresa consegue ter uma boa gestão de despesas, possibilitando um custo inferior
que as suas concorrentes.
→→ Enfoque em um segmento de produtos e serviços ou mercado buscando atender de maneira mais eficiente,
conseguindo satisfazer as necessidades de seus clientes/publico alvo.
Neste enfoque, devem ser enfocadas as ações da Market Share, que tem o objetivo de medir o crescimento, a aceitação
de produtos e serviços, bem como, avaliar sua forca e as dificuldades da empresa.
Market Sare significa o “pedaço” que aquela empresa tem no seu segmento.
As empresas também devem sempre estar atentas as suas concorrentes de setor (mesma categoria de produtos e
serviços) e sua concorrente de mercado (atendem as mesmas necessidades dos consumidores de formas diferentes).
Em marketing, temos a pratica do Bechmarking, que se divide em competitivo (realizando comparações com as
empresas lideres de mercado) e funcional (compara boas gestões, processos similares).
Marketing de Relacionamento
Logo, o marketing de relacionamento cria relações duradouras, de longo prazo, que diminuem os custos.
Sai muito mais caro para as empresas conquistar novos clientes. Para uma empresa cera___2 bem mais fácil (e com
menor custo) vender um produto novo para um cliente antigo, que já conhece a empresa, a qualidade dos seus produtos,
o atendimento, etc...
Para bem desenvolver este relacionamento, a empresa precisa conhecer as necessidades, metas, capacidade do grupo
que busca atingir.
Portanto e necessário que as empresas:
Buscar todas as informações sobre comportamento de consumo, transações que foram realizadas entre outras são
importantes para a analise de qual a melhor maneira de atender, satisfazer e fidelizar.
Buscar a comunicação, utilizando-se se todos os meios (telefone, internet, correspondência, utilizar ferramentas
do marketing direto).
Utilizar a tecnologia a seu favor. Estamos na era digital, utilizar destas ferramentas pode fazer a diferença.6
6 Fonte: www.caching.alfaconcursos.com.br
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O plano de comunicação da empresa deve ser acessado e os itens listados devem ser checados para possíveis ações
que resultarão em um efeito maior quando feitas em conjunto.
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Outro aspecto crítico é a responsabilidade dos vendedores quanto aos diversos canais de distribuição utilizados. As
responsabilidades são, por exemplo, como ajudar a controlar estoques, treinar os funcionários do revendedor, ajudar na
realização de vendas e funcionar como um elo de ligação entre a empresa e o canal.
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Os requisitos básicos para que uma empresa possa praticar Quais são as ações de comunicação possíveis de serem
o marketing de relacionamento são: estratégias utilizadas e desenvolvidas para efetivar o relacionamento com os
os benefícios alcançados com estas estratégias, a partir daí as públicos de uma organização?
empresas devem trabalhar cada vez mais o relacionamento, A Comunicação pode agir em diversas áreas na
para obter uma vantagem competitiva, reduzindo custos, empresa se dirigindo até mesmo para públicos específicos,
além de conquistas de clientes fiéis e satisfeitos aumentando permeados por culturas organizacionais distintas.
a estabilidade da empresa, comprovando que o foco no A seleção de ferramentas de Comunicação Interna
relacionamento traz resultados muito positivos. sempre deve ser feita de forma planejada e alinhada aos
O objetivo maior das empresas atualmente é reter o objetivos estratégicos da empresa. Para facilitar a avaliação
cliente já que isso significa maximizar o lucro a longo prazo do que implantar sugere-se as seguintes categorias:
e durante esse período em que o cliente se relaciona com Comunicação Interna Institucional – materiais
a organização poderá trazer novos clientes, seus amigos e e campanhas que visam apresentar e posicionar a organi-
familiares. zação, seus conceitos de missão, visão, valores, políticas e
Conclui-se, portanto que, para manter seus clientes fieis, é processos.
necessário que a empresa possua foco estratégico, conquiste Veículos de Comunicação Interna – constituídos
a confiança dos seus clientes, invista nos funcionários, se por canais de comunicação estabelecidos de forma perma-
preocupe com detalhes, cuide constantemente de sua nente, com periodicidade e formato definidos e possibili-
imagem e utilize o marketing de relacionamento.11 dade de interação entre emissor e receptor (comunicação
de mão dupla).
Relacionamento com diversos públicos nas Ações de relacionamento – programas de capa-
Organizações citação para gestores e para agentes de comunicação, por
Qual o conceito de Públicos e quais os existentes? meio de workshops e treinamentos, no sentido de difundir
Para Cândido Teobaldo: público é “o agrupamento a cultura de comunicação e multiplicar conceitos, amplian-
espontâneo de pessoas adultas ou grupos sociais organizados, do a abrangência e divulgando, para além da área de co-
municação, a forma como a empresa troca suas informa-
com ou sem contigüidade física, com abundância de
ções, gerando e compartilhando conhecimento.
informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e
opiniões múltiplas quanto à solução ou medidas a serem
Além de outras ações como:
tomadas frente a ela; com ampla oportunidade de discussão
Transparência: é um fator essencial para a con-
e acompanhamento ou participando do debate geral, através
quista da credibilidade, é um dos tributos básicos na práti-
da interação social ou dos veículos de comunicação, à procura
ca da Comunicação Interna, pois, necessariamente, ela é o
de uma atitude comum, expressa em uma decisão ou opinião
ponto de partida para se estabelecer vínculos de confiança
coletiva, que permitirá a ação conjugada”. aceitação do público interno para com a empresa.
J.B. Pinho, com base na definição de Teobaldo, afirma Informação em primeira mão: é fator estratégico
que uma organização tem como seus públicos aqueles que os funcionários sejam os primeiros a conhecer novas
grupos que desfrutam de ampla liberdade de informação e posturas, produtos e informações da empresa. Isso faz com
discussão e que se voltam para essa organização a fim de que eles se sintam parte importante do negócio, bem como
externar suas opiniões e posições diante de controvérsias e contribui para uma imagem e um clima de trabalho posi-
questões de interesse. A determinação da identidade de cada tivos. Os colaboradores costumam ser o primeiro público
grupo nas suas relações com as instituições vai se dar pelo afetado pelas decisões das organizações. Nada mais justo e
interesse público, que representa um elo entre eles. inteligente, portanto, informá-los em primeira mão.12
A classificação clássica dos públicos de uma organização
baseia-se no critério de proximidade física, no nível de CRM - “Customer Relationship Management” (Ges-
relacionamento que os públicos mantêm com a organização tão de Relacionamento com o Cliente)
e na existência de interesses em comum. Segundo essa Muitas pessoas, ainda hoje, confundem a sigla CRM
classificação, os públicos de uma organização podem ser com um tipo de software ou aplicativo de vendas, quando,
divididos em: na verdade, a gestão de relacionamento com clientes vai
Público interno: os empregados de todos os níveis muito além disso.
da organização e seus familiares.
Público externo: consumidores, concorrentes, im- Manter um bom relacionamento com os clientes de-
prensa, governo, comunidade e público em geral. pende de uma série de fatores: destacamos alguns deles
Público misto: acionistas, distribuidores, fornece- neste post!
dores, revendedores. Segundo Pinho, classificar acionistas, Como diria o conceituado autor Ronald Swift, vice-pre-
distribuidores, fornecedores e revendedores como públi- sidente da NCR Corpotation:
co misto não é uma classificação consensual. Para o autor, Gestão de relacionamento com clientes é uma aborda-
alguns estudiosos classificam esses públicos como interno, gem empresarial destinada a entender e influenciar o com-
uma vez que esses grupos possuem ligações estreitas com portamento dos clientes, por meio de comunicações signifi-
as organizações e nas suas manifestações se assemelham às cativas para melhorar as compras, a retenção, a lealdade e
reações do público interno. a lucratividade deles.
11 Fonte: www.rhportal.com.br 12 Fonte: www.rhportal.com.br
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Mas é claro que tudo isso só é possível, nos dias de hoje, com ajuda da tecnologia, que potencializa todas as habilidades,
experiências e conhecimentos dos profissionais de vendas, ao se relacionarem de forma significativa com os clientes e prospects.
Em outro artigo recente de nosso blog, comentamos a importância das conversas significativas (ou comunicações signifi-
cativas, como citado na definição de Swift) na gestão de relacionamento com clientes, e de como elas fazem seu fluxo de vendas
gerar mais conversões.
Mas, na postagem de hoje, nosso foco vai além da conversão! Vamos esclarecer como cada etapa do processo de gestão
do relacionamento com clientes pode tornar esse objetivo mais fácil de se alcançar, de uma forma mais sustentável e lucrativa.
Para isso, além de consultar diversos autores e artigos, selecionamos as seis etapas da gestão do relacionamento com
clientes, conforme são apresentadas pelo próprio Ronald Swift, em seu livro Como Revolucionar o Marketing de Relacionamento:
1. Descobrir Clientes
2. Conhecer os Clientes
3. Manter o relacionamento com os clientes
4. Verificar se receberam mesmo o que foi prometido
5. Assegurar que eles recebam o que desejam em todos os detalhes
6. Assegurar que o cliente se mantenha na empresa
Fonte: HBR
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Fonte: HBR
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Em outras palavras, é preciso manter um relacionamento próximo e pessoal, focado em atender as necessidades dos clien-
tes. Isto é, mostrar o valor da solução de sua empresa na hora certa, em que seus clientes mais precisam e assegurá-los de que
tudo está sendo entregue corretamente. Essa é a chave da gestão do relacionamento com clientes.
O foco, portanto, não está no produto ou serviço, mas em como eles vão atender plenamente seu cliente. Um gerente
de produto (ou de serviço) não tem esse contato próximo e pessoal com o cliente para entender suas necessidades e promover
a resolução de suas dores por meio do produto ou serviço.
5- Assegurar que eles recebam o que desejam em todos os detalhes
Depois de fechar o negócio e garantir o pós-venda imediato, comentado acima (verificar se receberam mesmo o que foi pro-
metido), a boa gestão de relacionamento com o cliente exige todo um cuidado com o atendimento. Sim, de agora em diante seu
prospect ou lead se tornou cliente, sua experiência com a empresa deve ser perfeita, isto é, o vendedor precisa assegurar que
ele receba exatamente o que deseja em todos os detalhes. E, podemos acrescentar: continuamente.
Em seu livro: Experiência inesquecível para o cliente, Kenneth Blanchard sugere o uso de uma metodologia que chama de
ICARE, acrônimo para:
1. Ideal
2. Cultura
3. Atenção
4. Responsivo
5. Empodere
Fonte: HBR
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Relacionamentos duradouros não se baseiam em quanto um Muitas vezes as falhas derivam de um controle
produto (ou serviço) pode ser rentável, mas em quanto um cliente inadequado, e acometem em grande parte um gestor de
bem atendido – que se serve de diversas soluções da empresa ao finanças (CFO) pouco qualificado e despreparado. O setor
longo do tempo (produtos e serviços variados e complementares financeiro é considerado por muitos o principal combustível
– pode ser rentável para o negócio. de uma empresa, pois se o mesmo não estiver bem das
É o que os autores chamam de VCC, Valor Vitalício do Cliente: pernas, com certeza a organização não apresentará um
… será preciso dar menos atenção às vendas no presente e mais crescimento adequado e autossuficiente. A administração
ao VVC. Uma empresa em declínio pode estar vendendo bem hoje, financeira e orçamentária visa a melhor rentabilidade
mas ter péssimas perspectivas. O valor vitalício do cliente é um in- possível sobre o investimento efetuado pelos sócios e
dicador que mede o lucro futuro que um cliente trará, devidamente acionistas, através de métodos otimizados de utilização
descontado para refletir o valor do dinheiro no tempo de recursos, que por muitas vezes, são escassos. Por isso,
todos os aspectos de uma empresa estão sob a ótica deste
Outros conceitos usados nessa abordagem são: setor.
• Customer Equity: a soma dos VCCs de todos os seus
clientes. Um indicador que seria mais útil que o valor sua marca Objetivos da administração financeira
(Brand Equity); Primeiramente, é necessário dizer que o objetivo
• A participação de sua empresa no Customer Equitity primário da administração financeira e orçamentária é
do mercado como um todo: a relação do Customer Equity de sua a maximização do lucro, ou seja, o valor de mercado do
empresa com o Customer Equity somado de todas as empresas capital investido. Não importa o tipo de empresa, pois
participantes deste mercado; que seria um indicador melhor do que em qualquer delas, as boas decisões financeiras tendem a
a mera participação de mercado (Market Share). aumentar o valor de mercado da organização em si. Devido
Como se vê, essa é uma visão de longo prazo, totalmente fo- a esse aspecto, a administração financeira deve se dedicar
cada em uma gestão de relacionamento com o cliente contínua e a avaliar e tomar decisões financeiras que impulsionem
duradoura. a criação de valor para a companhia. Pode-se dizer que
E essa conclusão nos inspirou a trazer uma definição de marke- a administração financeira e orçamentária possui três
ting de relacionamento criada por Ian Gordon, autor do livro Geren- objetivos distintos, que são:
ciando a Nova Relação com o Cliente, para fechar nossa postagem
de hoje: > Criar valor para os acionistas: Como dito acima,
Marketing de relacionamento é o processo contínuo de identi- o lucro é uma excelente maneira de medir a eficácia
ficação e criação de novos valores com clientes individuais e o com- organizacional, ou seja, seu desempenho. Contudo, esse
partilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parcerias indicador está sujeito a diversas restrições, uma vez que
Uma vida toda de parcerias: esse é o segredo da gestão de é determinado por princípios contábeis, mas que não
relacionamento com clientes.13 evidenciam a capacidade real da organização. É importante
salientar também que o lucro contábil não mensura o risco
inerente à atividade empresarial, pois suas projeções não
levam em conta as variações no rendimento.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA > Maximizar o valor de mercado: O valor de mercado
é considerado um dos melhores critérios para a tomada
de decisão financeira. A taxa mínima de atratividade deve
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos representar a remuneração mínima aceitável para os
para maximizar a riqueza ou valor total de um negócio. Mais especi- acionistas diante do risco assumido. Nesse objetivo, duas
ficamente, maximizar a riqueza significa obter o lucro mais elevado variáveis são importantes de se levar em consideração: o
possível ao menor risco (GROPPELLI e NIKBAKT, 2006). retorno esperado e a taxa de oportunidade. O importante é
Para Gitman finanças são a arte e a ciência para administrar a capacidade da empresa de gerar resultado, promovendo
fundos. a maximização do valor de mercado de suas ações e a
Se observarmos os dois conceitos, verificamos que dizem a satisfação dos stakeholders.
mesma coisa com palavras diferentes. Groppelli diz ter o maior lucro
com o menor risco, enquanto Gitman diz que finanças administram > Maximizar a riqueza: Como último objetivo nós
fundos. temos a maximização da riqueza, ou seja, a elevação da
receita obtida pelos acionistas. Esse objetivo é alcançado
A administração financeira e orçamentária é uma área mediante o incremento do valor de mercado (sucede os
que trata dos assuntos relacionados às operações financeiras das objetivos anteriores). O alcance desse objetivo fica por
organizações, tais como as operações de fluxo de caixa, transações conta dos investimentos em gestão, tecnologia e inovação,
financeiras, operações de crédito, pagamentos, etc. A maioria dos assim como no descobrimento de oportunidades futuras.
casos de falência das organizações ocorre, principalmente, devido a A geração de riqueza não deve ser vista de forma isolada,
falta de informações financeiras precisas sobre o balanço patrimonial mas como uma consequência determinada pelos objetivos
da empresa e problemas decorrentes do setor financeiro. secundários.
13 Fonte: www.agendor.com.br
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Áreas e funções da administração financeira e > Gestão financeira: Trata-se das obrigações do
orçamentária administrador financeiro nas empresas, ou seja, as finanças
corporativas. Questões como, concessão de crédito,
avaliações de investimentos, obtenção de recursos e
operações financeiras, fazem parte dessas obrigações. Reflete
principalmente as decisões tomadas diante das atividades
operacionais e de investimentos. Alguns consideram a função
financeira (corporativa) e a contábil como sendo virtualmente
a mesma. Embora existe uma certa relação entre as duas,
uma é vista como um insumo necessário à outra.
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O principal papel do administrador financeiro é o relativo à tesouraria (setor de finanças), no qual ele é o responsável
pela preservação do dinheiro, entrada e saída do mesmo, e logicamente, do retorno exigido pelos acionistas. A função da
administração financeira geralmente é associada à um alto executivo denominado diretor financeiro, ou vice presidente
de finanças. Comumente a controladoria ocupa-se com o controle dos custos e a contabilidade financeira com o pagamento
de impostos e sistemas de informação gerencial. Por fim, o setor de tesouraria é o responsável pela gestão do caixa da
empresa.
A administração financeira e orçamentária é vista como uma das áreas mais promissoras em termos de oportunidades
no mercado de trabalho. A gestão financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas, tais
como: vice presidente de finanças (CFO), controller, analista financeiro, gerente financeiro e fiscal de finanças. O maior
desafio do administrador financeiro é conciliar o equilíbrio entre liquidez e rentabilidade. O primeiro é fundamental
para a oxigenação das finanças da empresa, através da utilização do fluxo de caixa que permite a projeção das entradas e
saídas dos recursos. Já o segundo, é a capacidade do administrador de investir recursos e conseguir retornar com os lucros
desejados.
Todos os administradores de uma empresa, sem levar em consideração as descrições de seu trabalho, atuam com o
pessoal de finanças para justificar necessidades de sua área, negociar orçamentos, etc. Aqueles administradores que entendem
o processo de tomada de decisões financeiras, estarão mais capacitados a lidar com tais questões e consequentemente
captar mais recursos para a execução de seus projetos e metas. Portanto, é evidente a necessidade do conhecimento
financeiro para todo administrador que trabalhe de forma direta ou indireta com a administração financeira, uma vez que
sabemos, que se trata de uma área vital para o funcionamento de toda e qualquer organização.
Resumindo, a administração financeira e orçamentária é uma ciência objetivada a determinar o processo empresarial
mais eficiente de captação e alocação de recursos e capital. Como dito ao longo do texto, a geração de valor é o objetivo
máximo da administração financeira, já que fazer com que os ganhos do investimento sejam superior aos custos de seu
financiamento é essencial à todo acionista, ou proprietário. Criar valor é uma das responsabilidades do administrador
financeiro que vem sendo cada vez mais exigido diante do mercado e da concorrência acirrada.
Em geral, a administração financeira e orçamentária é uma ferramenta utilizada para controlar de forma mais eficaz a
concessão de créditos, o planejamento e a análise de investimentos, as viabilidades financeiras e econômicas das operações
e o equilíbrio do fluxo de caixa da companhia, visando sempre o desenvolvimento por meio dos melhores caminhos para
a boa condução financeira da empresa, além de evitar os gastos desnecessários e o desperdício de recursos (financeiros
e materiais). Sua finalidade principal é o alcance do lucro empresarial, através de um controle eficaz da entrada e saída de
recursos financeiros.
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É importante ressaltar que, diante da crescente complexidade do mercado empresarial (principalmente no que tange o
lado financeiro do negócio), o administrador financeiro não deve ficar restrito apenas aos aspectos econômicos. As decisões
financeiras precisam levar em consideração a empresa como um todo, uma vez que todas as atividades empresariais
possuem participação direta ou indireta nas questões financeiras da organização. Acima de tudo, os resultados financeiros
de uma empresa são reflexos das decisões e ações empresariais que são tomadas, independentemente do setor responsável
pela ação. Portanto a administração financeira e orçamentária deve apresentar uma postura questionadora, ampliando sua
esfera de atuação e importância dentro do negócio.14
14 Fonte: www.portal-administracao.com
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Finanças e contabilidade também diferem com respeito à tomada de decisão, enquanto a contabilidade está
preocupada principalmente com a apresentação correta dos dados financeiros, o administrador financeiro enfoca a analise
e a interpretação dessas informações, ou seja, um se refere ao tratamento de fundos e o outro à tomada de decisão. Os
dados são utilizados como uma ferramenta essencial para tomar decisões sobre os aspectos financeiros da organização
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Além dessas áreas, a administração financeira tem ainda estreito relacionamento com o Direito, analisa o reflexo das legislações
tributária, societária, trabalhista. Interessa-se pelas naturezas jurídicas básicas, práticas de comércio, formas de constituição societárias mais
adequadas aos interesses da organização e os caminhos para uma adequada administração tributária.
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Exemplo
No início do mês, o preço do quilo da carne era de 25
reais. No final do mês a carne era vendida por 28 reais o
quilo.
Assim, podemos concluir que houve uma variação per-
centual relacionada com o aumento desse produto. Pode-
Aumentos e Descontos mos constatar que o aumento foi de 3 reais. Pela razão dos
Na porcentagem vamos trabalhar os conceitos de au- valores temos:
mentos e descontos. 3/25 = 0,12 = 12%
Quando dizemos que essa roupa está com 50% de des- Sendo assim, podemos concluir que a variação percen-
conto ou que a comida subiu 30%, estamos nos referindo tual do preço da carne foi de 12%.
a esses conceitos.
Para exemplificar vamos pensar que uma roupa que Juros
custava 120 reais está, nesse período do ano, com 50% de
Outro conceito muito importante utilizado na matemá-
desconto.
tica comercial e financeira é o de juros. Pensemos numa
Como já estamos familiarizados com esse conceito sa-
situação comum, como o atraso do pagamento de uma
bemos que esse número corresponde à metade do valor
conta.
inicial.
Então, essa roupa no momento está com custo final de Sabemos que quando isso acontece deveremos pagar
60 reais. Vejamos assim, como trabalhar a porcentagem: o valor da conta mais os juros acrescidos. A taxa de juros
50% pode ser escrito 50/100 (ou seja, 50 por cem) corresponde a um x por cento pelo período de atraso.
Assim, podemos concluir que 50% equivale a ½ ou 0,5, O cálculo de juros pode ser simples, que ocorre quan-
em número decimal. Mas afinal o que isso significa? do os juros são constantes no período.
Bem, a roupa está com 50% de desconto e, portanto, Já nos juros compostos, o valor tende a ser diferente
ela custa metade (½ ou 0,5) de seu valor inicial. Logo, a em determinados períodos. Note que esse último é muito
metade de 120 é 60. utilizado nas transações comerciais e financeiras.
Mas vamos pensar noutro caso, em que ela está com Mas antes de adentrarmos aos conceitos e fórmulas
23% de desconto. Para tanto, temos que calcular quanto é para calcular esses tipos de juros, devemos conhecer al-
23/100 de 120 reais. Lógico que por aproximação podemos guns conceitos básicos:
fazer esse cálculo. Mas aqui a ideia não é essa. • Capital (C): valor inicial que pode ser de um
investimento, dívida ou empréstimo.
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O valor futuro utiliza juros compostos para medir o Diante a uma situação como esta, qual seria a solução
valor futuro dos montantes e capitalizar os valores iniciais, correta?
durante um período específico de tempo. Quando os Em primeiro lugar, existe a necessidade de se conside-
juros são capitalizados, o principal inicial ou depósito rar um fator muito simples, o capital presente em um dado
feito em período, juntamente com os juros ganhos sobre período e as taxas inflacionárias ocorridas neste intervalo.
ele, torna-se o principal inicial do período seguinte, e Para exemplificar vamos supor que uma pessoa deseja
assim sucessivamente. Os juros tem diversas formas de comprar uma motocicleta no valor de R$ 12.000,00 em de-
serem calculados. Podem ser diários, semanais, mensais, zembro do ano x1. Supondo que em janeiro deste mesmo
trimestrais, semestrais, anuais ou contínuos. Se os cálculos ano ela tenha em mãos o valor correspondente ao valor
de juros forem diários, mais elevado fica o montante futuro, total da motocicleta e não aplique este capital em um ban-
pois os juros acumulam-se e mais alta fica a taxa efetiva. O co, neste período a inflação acumulada foi de 10%, qual o
cálculo recomendável é o anual. poder de compra do dinheiro em dezembro de x1?
Uma anuidade é um tipo de fluxos de caixa anuais Sabendo que a inflação reduz o poder de compra de
iguais ocorrendo no final do período. O valor futuro de uma moeda específica, cabe esclarecer que a inflação não
uma anuidade ordinária pode ser encontrado usando-se o reduz o montante do dinheiro, ou seja, em dezembro o
fator de juros do valor futuro para uma anuidade, o qual montante que é representado por capital corrigido por ju-
requer um ajuste, no caso de uma anuidade vencida. ros será os mesmos R$ 12.000,00 de janeiro, porém, com
O valor presente representa o inverso do valor futuro. poder de compra reduzido. Neste caso, com uma inflação
Ao encontrarmos o valor presente de um montante futuro, no período de 10% a desvalorização do poder de compra
determinamos qual o montante de dinheiro de hoje seria do montante de R$ 12.000,00 seria de R$ 1.200,00, assim,
equivalente a um dado montante no futuro, considerando- em dezembro do mesmo ano o poder de compra seria cor-
se o fato de que podemos obter um determinado retorno respondente ao valor de R$ R$ 10.800,00.
sobre os fundos atuais. Como calcular este valor?
Frequentemente é necessário encontrar o valor Muito simples basta considerar duas variáveis, a taxa
presente de uma série de fluxos de caixa. Para séries mistas, inflacionária do período e o capital, assim:
o valor presente individual deve ser encontrado e somado. Queda no poder de compra da moeda = 12.000,00
No caso de uma anuidade, o valor presente poderá ser –[12.000,00 x (1- 0,10)]
encontrado usando-se o fator de juros do valor presente Queda no poder de compra da moeda = 12.000,00 –
para uma anuidade. Para uma série mista com anuidade [12.000,00 x 0,90]
incluída, o valor presente da anuidade é encontrado e Queda no poder de compra da moeda =12.000,00 -
a seguir usado para substituir o fluxo de anuidades, e o 10.800,00.
valor presente da nova série é calculado. O valor presente Queda no poder de compra da moeda = 1.200,00
de uma anuidade perpétua, é encontrada dividindo-se Existe ainda outra forma de compreensão para este
1 (um) pela taxa de desconto, resultado que passará a fato. Considerando que a inflação significa aumento geral
representar o fator de juros do valor presente. Os depósitos de preços, o valor da motocicleta acompanha os aumen-
anuais para acumular um determinado montante no futuro tos de preços na economia, assim, se a inflação do período
podem ser encontrados dando solução à equação do valor foi de 10% o preço corrigido para dezembro do ano x1
futuro de uma anuidade para um pagamento anual. Um será de R$ 13.200,00 permanecendo o consumidor com os
empréstimo pode ser amortizado por meio de pagamentos mesmos R$ 12.000,00 por não ter aplicado o capital. Assim,
anuais iguais e seus correspondentes valores podem ser existe ainda uma redução no poder de compra do dinheiro
encontrados resolvendo a equação do valor presente de no valor de R$ 1.200,00 no período.17
uma anuidade para um pagamento anual. As taxas de juros Pode-se concluir então que um capital de R$ 12.000,00
ou crescimento podem ser estimadas encontrando-se a em janeiro do ano x1 submetido a uma inflação de 10% no
taxa de juros desconhecida na equação do valor presente, período sofre uma desvalorização referente ao seu poder
tanto de um único montante como de uma anuidade.16 de compra no valor de R$ 1.200,00. Prova-se que o am-
O tempo é sem sombra de dúvidas um fator direta- biente externo possui uma grande influencia sobre o valor
mente proporcional ao valor do dinheiro. Assim, podemos do dinheiro no tempo, sendo ainda, um fator não controlá-
afirmar plenamente que quanto maior o período, maiores vel por empresários e pessoas físicas, ou seja, os impactos
serão as influencias dos agentes externos, ou ainda, as in- da economia acontecem a todo o momento, cabe cada um
fluencias do macro-ambiente em relação ao poder de com- encontrar uma forma de proteger seu capital e minimizar
pra da moeda específica. os riscos de mercado.
A inflação presente em toda e qualquer economia ca-
pitalista é um exemplo claro desta relação entre o tempo Exemplo prático do valor do dinheiro no tempo
e o dinheiro, pois, prova que um montante de R$ 1.000,00 Digamos que o preço da gasolina hoje for R$ 3,50 por
em janeiro não possui o mesmo poder de compra que um litro. Com R$ 140,00 hoje podemos abastecer nosso carro
montante de R$ 1.000,00 em dezembro do mesmo ano. com 40 litros da gasolina (140,00/3,50).
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Que retorno médio obteve o cidadão na sua Cálculo do risco pela amplitude
aplicação? Será a diferença entre o menor e o maior valor da série
de retornos.
Observam-se no exemplo os seguintes dados: Sejam os retornos de 5, 6, 7, 9 e 10%.
O risco será a amplitude, ou seja 10% - 5% = 5%
KJ = são as taxas de retorno de 7%, 8%, 6,5% e 9% aa.
fJ = número de meses em que ocorreu a respectiva Cálculo do risco pelo desvio-padrão
taxa (2, 3, 4 e 1) .
SfJ = somatório das freqüências que as taxas ocorreram No caso de haver uma série histórica de retornos.
(2 + 3 + 4 + 1 = 10) .
2
Assim, o retorno obtido será: ∑ ( Kj − K)
_ n −1
sk = , sendo:
K = (7% x 2) + (8% x 3) + (6,5% x 4) + (9% x 1) = 7,3%
10
KJ = retornos conhecidos:
n = número de retornos conhecidos;
Quando há probabilidade de retornos _
_ K = média dos retornos verificados
K= (SKJ.PRJ) = soma dos produtos dos retornos
pela probabilidade.
Exemplo:
Exemplo: Seu José pretende aplicar o dinheiro que recebeu da
Suponha que uma investidora aplicou seu ativo na aposentadoria em certa opção de investimento, mas antes
proporção de 30% na opção “x”, 30% na opção “y” e 40% quer saber qual o risco da opção, a qual rendeu, nos últimos
na opção “z”. quatros anos, 13, 12, 10 e 9% aa.
Sabendo-se que essas opções provavelmente renderão,
respectivamente, 9, 10 e 8% aa, qual o retorno esperado Como somente a série histórica é conhecida, a dúvida
pela investidora? do seu José será dirimida pelo cálculo do risco pelo desvio-
Observam-se no exemplo os seguintes dados: padrão conforme a fórmula imediatamente anterior.
KJ = são os percentuais de retornos esperados (30%, _
30% e 40% do ativo total); Primeiramente, é necessário calcular o retorno médio,
PrJ = são as probabilidades de retorno (9, 10 e 8%). K, que é:
_
O cálculo do retorno médio será: K = 13% + 12% + 10% + 9% = 11% aa.
_ 4
K = (30% x 0,09) + (30% x 0,10) + (40% x 0,08) = 8,9% _
aa. Em seguida substituir o K na equação. Fica assim:
sk =
A avaliação do retorno de uma carteira
É dada pela fórmula:
(13 − 12 ) 2 + (12 − 1 ) 2 + (10 − 1 ) 2 + (9 − 1 ) 2
Kp = (W1.K1) + W2.K2) + ... + (Wn.Kn), que é igual a 4 − 1.
Kp = S(WJ.KJ), onde:
Kp = retorno do negócio;
WJ = participação percentual (em decimais) de cada
(4 + 1 + 1 + 4
ativo;
KJ = retorno de cada ativo. sk = 3
Avaliação de risco
10
Avaliação do risco de um ativo
3 3,3
sk = =
Como o risco é a variabilidade dos retornos de certo
ativo, pode ser calculado pelo desvio-padrão e pela sk = 1,82%. Assim, o riso de seu José não boter a taxa
amplitude, que são medidas estatísticas. medida de 11% é de 1,82%
45
ADMINISTRAÇÃO
∑ (K )
2
σK = j −K × PR j
Exemplos
Sabendo que seu José pretende investir sua aposentadoria, um gerente de banco apresentou-lhe opções de
investimento, dizendo que para a opção “w” previa as seguintes probabilidades: 40% de probabilidade de render 20% aa,
30% de probabilidade de render 25% aa e 30% de probabilidade de render 30% aa.
Qual o risco dessa opção?
_
O retorno médio K, neste caso, será encontrado multiplicando-se a o retorno pela probabilidade respectiva, que é:
_
K = (20% x 0,40) + (25% x 0,30) + (30% x 0,30) = 24,50%
Em seguida, faz-se a substituição na equação:
∑ (K )
2
σK = j −K × PR j
σK = 17 ,25
σK = 4,15% de risco.
Avaliação do risco de uma carteira de ativos
No caso de se conhecer a média dos retornos esperados ou verificados, o risco será o desvio-padrão dos retornos da
carteira, ou seja:
∑ (k )
2
j −k
σK =
n −1
Exemplo:
Suponha que seu José tenha pensado em aplicar seus recursos em dois tipos de ações (ativos), cujos retornos nos
últimos três anos foram os seguintes: ação da “Alimento Sadio”: (10, 20 e 40%) e ação da “Livros para Todos”: (10, 20 e 50%).
Qual a ação de maior risco?
_
O primeiro passo é calcular o retorno médio K de cada ação nos últimos três anos:
_
KA = 10% + 20% + 40% = 23,33% aa.
3
_
KL = 10% + 20% + 50% = 26,66% aa.
3
46
ADMINISTRAÇÃO
(10 − 23 ,3 ) 2 + (20 − 23 ,3 ) 2 + (40 − 23 ,3 ) 2
σK =
3 −1
466,64
σK
A =
2
σ K A = 15,25%. Este é o risco da ação “Alimento Sadio”
O Cálculo do risco da ação “Livros para Todos”, pela mesma fórmula, resulta risco de 20,81%, o que significa que a ação
da “Alimento Sadio” tem menor risco, e portanto, mais aconselhável ao seu José.
∑ (K )
2
σK = j −K × PR j
Exemplo:
Suponha que seu José tenha informações sobre as probabilidades de retorno das ações (ativos), que são as seguintes:
Ação “Alimento Sadio”. Ação “Livros para Todos”.
Probabilidade Retorno Probabilidade Retorno
40% 10% 35% 10%
55% 20% 60% 20%
5% 40% 5% 50%
σK
l = (10 − 18 ) 2 x0,35 + (20 − 18 ) 2 x0,60 + (50 − 18 ) 2 x0,05 = 8,71%
Portanto, as ações da “Alimento Sadio” apresentam menor risco (7,14%) que as ações da ”Livros para Todos” (8,71%).
Que ações seu José preferirá? As ações da “Alimento Sadio”, claro.
O CAPM (Modelo de Precificação de Ativo de Capital) serve para mensurar o risco sistemático, tendo como base a
associação do retorno de um ativo ou de uma carteira ao retorno do mercado como um todo.
Essa variação é denominada Coeficiente Beta (b), que é uma medida de risco sistemático, já que indica a variação do
retorno de um ativo ou carteira causada pela variação do retorno do mercado como um todo.
Assim, quanto maior for b, (maior risco sistemático), maior o retorno exigido pelos investidores.
Exemplo: considere o b 0,80 para o ativo “A”, 1,60 para o ativo “B” e -1,10 para o ativo “C”.
47
ADMINISTRAÇÃO
Essa escala significa que o ativo B é mais arriscado, por que tem um b maior que os demais.
Se ocorrer um aumento de 10% no retorno do mercado, qual seria a mudança no retorno de cada ativo?
Ocorrendo queda nos retornos do mercado, o retorno dos ativos diminuirá (exceto para o ativo “C”). Basta fazer a conta
com a metodologia acima.
Observa-se pelo quadro de betas (b) que, ocorrendo baixa no retorno do mercado, o ativo C aumenta (risco de C varia
no sentido inverso ao do mercado), sendo preferível aos demais, por isso, no caso de baixa do mercado.
Havendo recuperação no mercado, os retornos dos ativos A e B aumentam (variam no mesmo sentido do mercado),
tendo o ativo B melhor recuperação que o ativo A porque tem b maior.
O aumento no retorno do ativo (8%, 16% e –11%) significa que o retorno dos ativos “a”, “b” e “c” seriam aumentados
em 8%, 16%, e diminuído em 11%, respectivamente.
KJ = RJ + b x (km – RJ)
KJ - RJ = b x (km – RJ)
b=
KJ - RJ, sendo:
Km - RJ
KJ = retorno esperado/exigido de um ativo;
RJ = taxa de retorno livre de risco;
b = incremento pelo risco de mercado exigido pelo investidor;
Km = retorno do mercado sobre a carteira de ativos do mercado.
A diferença entre (Km - RJ) é o acréscimo de retorno exigido pelos investidores para assumir o risco do mercado, ou seja,
é o prêmio pelo risco do mercado.
O modelo permite calcular o risco sistemático de um ativo e o retorno exigido pelos investidores para aplicar nesse
ativo.
Exemplo:
Após muitas análises, seu José aplicou seus recursos em um fundo que rende 7% aa., sem risco, mas está pensando em
aplicar em outra ação.
Qual o retorno exigido dessa outra ação (ativo) para que seu José retire seu dinheiro da opção que rende 7% aa livre de
risco, e aplique nessa outra ação (ativo), cujo b é 0,80, sabendo-se que o retorno do mercado é de 10% aa?
Pelo cálculo seu José mudaria de opção, mas exigiria 9,4% de retorno para compensar o risco de 0,80 da nova ação. Ou
seja, o acréscimo de 2,4% é o prêmio que seu José exigiria por correr o risco de mercado.
48
ADMINISTRAÇÃO
O b de uma carteira é a média ponderada dos b dos diversos títulos que a compõem:
_
b= (W1 x b1) + (w2 x b2) +......+(Wn x bn)
_
bp= S(WJ x bJ)
1.1.1 Exemplo:
Seu José tomou gosto por investimentos e, analisando as carteiras de investimentos de dois bancos, afirmou que a
carteira do banco Y é menos arriscada que a carteira do banco X. Considerando que as carteiras analisadas apresentam as
seguintes características, seu José está certo?
Que carteira oferece mais risco? A carteira de maior risco será a que apresentar a maior média ponderada dos b de
seus títulos.
Como a média dos b do banco Y é menor que a média dos b do banco X, seu José está certo.
Mas como calcular o b? Os coeficientes b são, geralmente, obtidos em publicações sobre ações negociadas com
freqüência.
O cálculo empírico do b é complexo. São empregados métodos rigorosos, recomendando-se aos interessados na
marcha de cálculos recorrer a textos avançados sobre investimentos.
Para calcular o coeficiente de regressão bj deve ser empregada análise de regressão de mínimos quadrados pela
equação:
kj = aj + bjkm + ej, onde:
kj = retorno sobre o ativo j;
aj = o intercepto;
bj = coeficiente beta (b), que equivale a
b=
Cov (kJ, km), onde:
sm2
Cov (KJ, km) = covariância do retorno do ativo j, kj, e a carteira do mercado km;
sm2 = variância do retorno sobre a carteira de mercado;
km = taxa de retorno exigido da carteira do mercado do ativo;
eJ = erro que reflete risco sistemático ou não sistemático do ativo j. Também é chamado de erro randômico
(randômico é empregado no sentido de “por acaso”, “aleatório”).19
49
ADMINISTRAÇÃO
50
ADMINISTRAÇÃO
51
ADMINISTRAÇÃO
52
ADMINISTRAÇÃO
Agora você já conhece o tipo mais comum de investimento: títulos de dívida, que consistem em emprestar dinheiro
em troca de uma remuneração futura. Agora vamos falar sobre outros dois grupos: ações de empresas e ativos reais, como
imóveis.
Investimentos em ações
Lembra daquela história de que sua prima Rosana propôs pegar seu dinheiro emprestado para investir na expansão da
sorveteria? Pois imagine que ela lhe faz uma nova proposta: em vez de pedir um empréstimo, oferece a você uma pequena
participação no negócio.
Você não teria que trabalhar na empresa nem se envolver nas decisões. A gestão continuaria sendo feita pela Rosana.
Seu papel seria entrar com R$ 100 mil e, como recompensa, você receberia uma parte dos lucros futuros. Rosana calcula que
poderia lhe pagar pelo menos R$ 20 mil todo ano, o equivalente a 20% do total investido. No entanto, ela não tem como
garantir esse valor, pois depende diretamente do desempenho da companhia.
O risco que você corre, neste caso, é que a sorveteria não vá tão bem como sua prima planeja e que seu retorno seja
menor do que o esperado ou eventualmente nem ocorra.
Esta é a situação em que você se enquadra quando compra ações de uma companhia de capital aberto, listada na bolsa
de valores, e se torna um sócio minoritário. Você participa de um empreendimento de risco, sem garantia de retorno do
dinheiro aplicado.
Comprar ações é basicamente fazer uma aposta no sucesso de uma empresa. Se tudo correr bem, você, como acionista,
receberá parte dos lucros. Também poderá vender sua participação por um valor maior do que o inicial. Por outro lado,
se o negócio tiver prejuízo ou até mesmo fracassar, você não obterá os rendimentos imaginados e ainda poderá perder o
valor investido.
O retorno deste tipo de investimento não pode ser previsto de antemão, mas costuma ser proporcional ao risco assu-
mido. Ou seja, o investidor está disposto a arcar com perdas em troca da possibilidade de um retorno muito acima do que
seria proporcionado por um título de dívida. Dizemos que o retorno esperado é alto.
Para se ter uma ideia, o índice Ibovespa, principal indicador de ações do mercado brasileiro, teve valorização média de
12,23% ao ano no período desde o início do Plano Real em 1994 até o fim de 2015. Houve, porém, períodos de forte baixa
e alta durante esse período. O ano mais favorável foi 1999, com alta de 151%, e o pior 1998, com baixa de 41%.
A liquidez das acões varia de empresa para empresa, mas normalmente é alta. Você consegue negociar papeis de com-
panhias abertas a qualquer momento e ter seu dinheiro de volta em três dias.
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ADMINISTRAÇÃO
21 Fonte: www.blog.magnetis.com.br
54
ADMINISTRAÇÃO
Rentabilidade
O ponto de equilíbrio indica a quantidade mínima que deve ser produzida para que a atividade não apresente lucro nem
prejuízo, ou seja, indica o nível em que as receitas se igualam aos custos totais de produção. É um indicador de flexibilidade
e segurança do empreendimento. Por isso, seu cálculo é importante, uma vez que permite visualizar antecipadamente a
quantidade mínima que deve ser produzida e vendida para que a atividade dê bons resultados.
A lucratividade é um indicador que mede o resultado líquido em relação às vendas. É um dos principais indicadores
econômicos das empresas, pois está relacionado à sua competitividade.
55
ADMINISTRAÇÃO
A rentabilidade é um indicador que revela a atrativi- Inicialmente, alguns conceitos devem ser abordados
dade do negócio, pois mede o retorno do capital investido para facilitar o desenvolvimento do trabalho. Assim,
aos sócios. É obtido sob a forma de percentual, por uni- definiremos capital como sendo tudo aquilo que se detém
dade de tempo (mês ou ano), a partir da divisão entre o e seja passível de negociação. Ativo, é o capital próprio
resultado líquido e o investimento total. existente. Passivo, é o capital de terceiros com que se pode
contar. Carteira, é a coleção ou grupo de ativos. Retorno é
total de ganhos ou prejuízos de um investimento durante
um período de tempo. Por fim, investimento como sendo a
transação financeira visando algum retorno.
Assim, faremos um panorama sobre a administração do
risco relacionado a um investimento (ou a um conjunto de
investimentos) com seus processos analíticos de avaliação
e administração desse risco. Assim, devemos começar
com a distinção primitiva entre duas palavras bastante
relacionadas ao assunto: incerteza e risco.
Assim, o custo de capital a ser utilizado como taxa A incerteza é o fato de não se poder prever um dado
de desconto para cálculo do valor presente líquido (e acontecimento futuro.
outras técnicas de análise) em determinado projeto de O risco é a ameaça a existência dos interesses de
investimento de longo prazo deve ser segregado em uma pessoa provocado por alguma incerteza, sendo que,
dois: (a) custo de capital de terceiros e (b) custo de capital normalmente, causa algum prejuízo ou dano.
próprio. Financeiramente, quando tratamos de uma situação de
Ao definir qual taxa de desconto émais adequada para risco as consequências são verificadas por meio de perdas
o cálculo do VPL, um critério possível de ser utilizado pelos ou ganhos. Comumente, a possibilidade descendente do
analistas de projetos de investimentos de capital éconsiderar risco é chamado prejuízo e a ascendente como um ganho.
como taxa de desconto o custo de oportunidade do capital Logo, dependendo da expectativa do investimento, desvios
utilizado no projeto.22 do valor esperado para o retorno podem ser “bons” ou
“ruins”.
Risco e Incerteza Devemos levar em consideração que as características
A impossibilidade de conseguir prever com exatidão de cada individuo estão relacionadas com a aceitação
o futuro, é algo que intriga a humanidade. Os riscos e ou aversão ao risco. Portanto, uma pessoa ao avaliar a
as incertezas a que estamos inerentes, principalmente relação custo benefício (ligado ao risco) pode optar entre
quando estamos tratando com unidades monetárias, que o menor risco com menor retorno ou não, por exemplo.
é o combustível de movimentação do planeta. Por isso, Esse processo de compensação e avaliação das decisões
o cuidado natural que se tem ao analisar cada passo a financeiras tomadas é chamado administração do risco.
ser tomado ao longo de um investimento, passou a ter a Vale ressaltar que o retorno esperado não é o retorno que
necessidade de um padrão, uma mensuração facilitadora os investidores acreditam que necessariamente ganharão,
para as tomadas de decisões. Assim, matematicamente, e sim o resultado da precificação de todos os resultados
o tal processo analítico financeiro capaz de diferenciar a possíveis, reconhecendo que alguns resultados são mais
viabilização de um investimento, tem sua fundamentação prováveis que outros.
em procedimentos estatísticos tais como: desvio padrão, Com isso, o processo de administração do risco, que é
variância, coeficiente de variação, covariância e coeficiente uma gestão (uma análise), é dividido em:
de correlação. • Identificação do risco: tem como fundamento
A maior parte dos riscos que possam afetar o descobrir quais são as exposições ao risco mais peculiares
desenvolvimento das finanças, tanto pessoais quanto que estão ligados ao investimento em análise e que, even-
empresariais, além da caracterização estatística, podem tualmente possam afetar a regularidade do investimento.
ainda estar suscetíveis a princípios chamados fundamentais • Avaliação do risco: trata-se da quantificação dos
para formação de carteiras, nos quais relacionam a riscos, avaliando informações sobre a exposição financeira
existência do risco com a rentabilidade proposta pela (estimativas e probabilidades de acontecimentos).
carteira. Contudo, o principal objetivo do trabalho é • Seleção de técnicas para administração do ris-
identificar, financeiramente, como se define o risco e suas co: inicialmente pode-se evitar o risco não se expondo a
relações com um certo capital disponível, de modo a abrir ele. Pode-se reter o risco absorvendo-o e cobrindo com
um leque de opções para que o gestor possa lidar com recursos próprios, ou por último, transferir os riscos repas-
situações teóricas e reais, partindo do pressuposto que o sando-os para terceiros.
maior retorno alcançado é o mais atratível. • Implementação: coloca-se em ação as técnicas
selecionadas reduzindo os custos.
• Revisão: como a cada momento sua expectativa
pode mudar quanto ao investimento, então se deve rea-
22 Fonte: www.estudio01.proj.ufsm.br – Por Marta valiar todo o processo para evitar retratações tardias que
Von Ende possam ocasionar perdas.
56
ADMINISTRAÇÃO
Na sequencia das questões mencionadas Alves distribui os indicadores de analise financeira em cinco grupes:
57
ADMINISTRAÇÃO
Marques (2006) explica que o fluxo da caixa (cash-flow) não A taxa mínima de atratividade (TMA) no caso de ava-
e um indicador de lucro ou rendimento/autofinanciamento, liação dos novos projetos de investimento apresente um
mas esta apresentado com a mapa de saldo entre as entradas ponte de partida, onde o TMA apresenta a taxa de refe-
e saídas de fluxos monetários durante da vida do projeto. rencia na analise financeira, e serve com o determinante
Conforme os autores apresentados, a mapa de fluxos da caixa na decisão de acetar ou não o projeto (SCHROEDER, 2005).
esta composta por seguintes variáveis: investimento, custos Segue Schroeder, o custo de capital como a taxa mínima
de exploração, proveitos ou benefícios e tempo. Para uma de atratividade na avaliação de projetos de investimento,
analise objetiva e determinação da rentabilidade correta de o custo de capital serve como a TMA nas analises de pro-
um projeto de investimento tem que por em consideração jetos de investimento para determinar a melhor estrutura
o valor temporal do dinheiro. Assim como um certo volume ou combinação de «fornecedores» de capital, no caso de
da moeda tem o valor qualitativo diferente em dependência escolha da estratégia de formação do capital social. O TMA
do tempo (LOPES, 2012). Conforme Lopes as variáveis (risco, determina desde o inicio a condição da rentabilidade míni-
poder da compra, timing) influencia o valor da moeda da ma exigida para o projeto de investimento.
seguinte forma: A estratégia de investimento e/ou financiamento do
O timing – preferência pelo consumo presente ao projeto influencia o custo do capital (SCHROEDER, 2005) e,
consumo futuro determina a moeda ser mais valia no presente em dependência da estrutura do capital social da empresa,
de que no futuro; Schroeder explica o desvantagem principal do método de
O risco – as moedas seguras valem mais de que as moedas utilização do Capital Medio Ponderado como a TMA, em
com alto nível de risco; dificuldade de utilizar o CMPC global, no caso se a empresa
O poder de compra – a moeda com maior puder da tem vários negócios, limitações em determinação do CMPC
compra valem mais de que a moeda com puder de compra que pode oferecer uma referencia não certa para o projeto
fraco. especifico. Outro desvantagem em calculo do CMPC e
Oldcorn menciona a depreciação do investimento como utilizado como TMA e a assimetria da informação interior
o custo de capital do investimento ao longo da sua vida útil (da empresa) e o mercado (exterior).
estimada e é uma técnica contábil. A depreciação influencia Por outro lado a eficiência do CMPC em qualidade
diretamente os resultados futuros que poderá gerir um projeto. de TMA, em condições que se vai eliminar os riscos
Neste contexto a depreciação apresenta a diferença-chave nos desnecessários tendo em conta só os riscos aceitáveis para
fluxo de caixa atualizada e fluxo de caixa simples (OLDCORN, as fontes financiadoras (SCHROEDER, 2005).
1998). Por outro lado Albertino Marques focaliza atenção por
variáveis assim como inflação, risco e a compensação esperada Período de Recuperação do Investimento
pelo investidor. As variáveis sempre em modificação no tempo Período de recuperação do investimento (Payback)
que diretamente depreciam o valor do investimento. Sem – apresente o prazo de recuperação do investimento
calculo desses promotores, os resultados obtidos da analise da inicial. O payback e uma ferramenta importante na
rentabilidade pode ter as conclusões erradas e conduzir a uma analise de investimento, que esta utilizada pela maioria
decisão que poderá prejudicar a saúde financeira da empresa, das empresas. Conforme Neto (NETO, 2009) o período de
ou capital de investimento. payback apresenta o numero dos períodos necessários
Conforme Oldcorn existe vários métodos e técnicas de para acumular as entradas de caixa para igualar-se ao
avaliação financeira de projeto, para além do fluxo da caixa, investimento.
onde Roger & David concentraram a sua atenção nas três A partir de Titman (TITMAN, 2010), o método do
maneiras de avaliação: Payback esta amplamente ridicularizado entre académicos
1. A taxa de retorno de capital investido; e pesquisadores, mas e muito usado na pratica empresa-
2. Período de recuperação do investimento (Pay Back); rial com uma dos métodos de avaliação de investimento.
3. O fluxo de caixa descontado. A preferência pelos investidores é ter um payback mais
pequeno possíbil. Por outras palavras quanto menor for
A avaliação de projeto confirma a necessidade dum o prazo para recuperar o capital investido melhor. Correia
conjunto de técnicas que determinam os parâmetros de propõe comparar o período payback com o prazo máximo
viabilidade do investimento, e propõem como as principais de retorno do capital aplicado que esta disponível aceitar
métodos de avaliação de projetos, os seguintes: o investidor. Neste contexto a comparação entre o perío-
1. Calculo de Período de Payback (PB) Simples e do payback do investimento e o período máximo aceitável
Descontado pelo investidor pode determinar a decisão sobre o futu-
2. Valor Presente Liquido (VPL) ro projeto. Partilha e mesma opinião da Pereira (PEREIRA,
3. Taxa Interna de Retorno (TIR) 2010)que explica duas decisões logicas em conformidade
4. Analise do Risco (analise de sensibilidade) das duas situações seguintes:
1. A decisão de rejeitar o projeto e no caso quando o
Taxa de Retorno de Investimento prazo de recuperação descontado e maior de que o prazo
A taxa de retorno de capital investido - e uma forma máximo tolerável;
sintetizada de explicar o interesse do investimento apresentado, 2. O projeto será aceito no caso quando o prazo de
por exemplo um projeto com taxa de 20% e mais atraente de recuperação payback descontado será menor de que o
que um investimento com taxa de retorno de 10%. prazo máximo tolerável;
58
ADMINISTRAÇÃO
Roger menciona que os maiores desvantagens do O mesmo afirma Sanvicente (apud Harrison, 1976, p.
método do payback são: 46), quando diz que “em termos mais formais, o ‘payback’ é
a) O método não menciona o volume do lucro que pode o espaço de tempo entre o início do projeto e o momento
gerir o projeto em que o fluxo de caixa acumulado torna-se positivo”.
b) No caso da avaliação dos múltiplos projetos com o No entanto, Sanvicente(1987) faz críticas ao método
payback similar, sem outros indicadores apresenta-se uma pois “ele não leva em consideração a distribuição dos
grande dificuldade na escolha do melhor projeto; fluxos de caixa no tempo dentro do próprio período
c) O período de recuperação apresenta um indicador calculado”. Acrescentando a este fator há também uma
limitado para o gestor do projeto, no caso quando a vida visão restrita, pois “o método não se interessa pelos fluxos
útil do projeto será maior de que o período de recuperação. que ocorrem após a recuperação do investimento” e fica
difícil a visualização de um todo do projeto.
Por outro lado (PEREIRA, 2010) existem as vantagens do O fator interessante desse método é a busca por uma
método como: liquidez mais rápida da empresa, pois determina o prazo
1) A aplicação e a interpretação fácil do método; para a recuperação de investimentos visando chegar mais
2) O período payback apresenta uma medida de risco nos rápido a homeostasia.
termos do tempo, quanto maior o período de recuperação No entanto, tal método não pode ser analisado
descontado, menor a liquidez e vice-versa; isoladamente, pois quanto menos dados se tem para a
3) Período de recuperação pode indicar o grau do risco tomada de decisão, menos precisa esta se torna.
do projeto, quanto menor o payback descontado, menor
será o risco e vice-versa.24 2. TAXA MÉDIA DE RETORNO (TMR)
A Taxa Média de Retorno (TMR), refere-se a uma
Seleção de projetos de investimento taxa obtida da divisão do lucro líquido médio anual
Os investimentos representam um compromisso de estimulado pelo valor do investimento médio durante
capital da empresa aplicado em algo que lhe traga um a vida útil do projeto. O resultado final é uma taxa que
retorno futuro. Esse retorno ocorre entre dois ou mais anos,
deve ser comparada a taxa mínima requerida decide-se
na maioria das vezes, após o investimento inicial.
pelo descarte da proposta e em caso contrário o inverso
Para tanto é necessário ao Administrador Financeiro da
acontece.
empresa saiba tomar a decisão que melhor sinaliza com os
Tanto Braga(1989) quanto Sanvicente(1987) concordam
objetivos da corporação sempre na busca de torná-la mais
criticamente em um ponto falho deste método assim
competitiva, lucrativa e próspera no mercado.
como o de Payback “por utilizar lucros contábeis em vez
Seguindo esta linha de raciocínio temos que métodos
de entradas líquidas de caixa, e mesmo que o fizesse, o
matemáticos não faltam para a tomada de decisão e este
artigo exemplifica os mais conhecidos: Período de Payback, cálculo com médias anuais desconsidera a distribuição dos
Taxa Média de Retorno, Valor Presente Líquido e Taxa Interna valores no tempo”. Desta forma, mesmo que a taxa média
de Retorno. de um projeto seja, por exemplo, 50% a.a. comparada
No entanto, o bom Administrador Financeiro é também a taxa mínima de 25% a.a. isso não quer dizer que o
um bom Mercadólogo, pois tem que avaliar o momento investimento será recuperado na metade do tempo. Não
atual da Economia e sua tendência, não somente a tendência é por menos que há o período de Payback. Nesse caso o
econômica, mas também, a tendência de seu mercado-alvo. valor exemplificado acima menciona que o projeto será
Junto a esta série de fatores, sempre se deve buscar a melhor viável, pois a taxa média de retorno é maior que a taxa
seleção de projetos que venha ao encontro dos interesses mínima requerida pelo investidor.
da empresa.
Outro fator de extrema importância para selecionar um 3. VALOR PRESENTE LÍQUIDO(VPL) OU VALOR ATUAL
investimento é o fator tempo. Devido a este fator muitos LÍQUIDO(VAL)
movimentos, poderão fazer com que o valor aplicado e o O Valor Presente Líquido segundo Braga(1989, p.
valor final do projeto mudem de acordo com as perspectivas 286), consiste no método no qual “os fluxos de caixa são
planejadas porque geralmente muitos fatos ocorrem em convertidos ao valor presente através da aplicação de uma
três ou mais anos – tempo médio de retorno da maioria de taxa de desconto predefinida que pode corresponder ao
investimentos – por exemplo, a inflação e os juros. custo de capital da empresa ou à rentabilidade mínima
aceitável em face do risco envolvido”. Em outros termos
Tais métodos mencionados serão mencionados a seguir. significa dizer que “é a diferença entre os valores atuais das
1. PERÍODO DE PAYBACK ( PAYBACK) entradas líquidas de caixa e os valores de saídas de caixa
Significa, segundo a maioria dos autores, o período de relativas ao investimento líquido”.
retorno de determinado investimento inicial. Geralmente Sanvicente(1987, p. 47), reafirma tal idéia e, relação ao
este retorno deve cobrir o investimento inicial, pelo menos, Valor Presente Líquido dividindo-a em etapas descritas abaixo:
ou, cobrir tal investimento e gerar caixa positivo no período a) Depois de uma série de fluxos de caixa do projeto,
final determinado pela empresa para que isto ocorra. escolher uma taxa de desconto;
b) Com essa taxa transformar os fluxos futuros de caixa
24 Fonte: www.comum.rcaap.pt em valores atuais;
c) Comparar o valor atual das entradas ao valor atual das saídas.
59
ADMINISTRAÇÃO
Se o resultado final(valor atual líquido) for positivo o A orientação é que, utilizando apenas estes métodos
projeto será aceito, pois a taxa de remuneração do capital é apresentados, a melhor indicação será a análise conjunta
superior a taxa de custo de capital da empresa. dos mesmos para que se tenha a visualização global da
Em relação aos métodos anteriores este fornece uma situação de investimento e retorno de um projeto que deve
noção do valor em uma escala de tempo mostrando os ser analisado pela óptica matemática e mercadológica.25
valores líquidos projetados nos períodos.
Classificação dos projetos de investimento
4. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) A classificação de projetos de investimento, analisados
A Taxa Interna de Retorno (TIR), “é a taxa necessária para sob o aspecto econômico de geração de valor, é utilizada
igualar o valor de um investimento (valor presente) com os com frequência no ambiente corporativo, onde cada
seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa”, ou seja, vez mais existem menos recursos. A necessidade de
é taxa que diz quando o percentual o projeto retornará para classificação de projetos de investimento contribuiu para o
o investidor. desenvolvimento de métodos de avaliação que pudessem,
A Taxa Interna de Retorno é avaliada juntamente com a além de validá-los, classificá-los sob a ótica da geração de
Taxa Mínima de Atratividade(TMA), que define o mínimo que valor para a empresa.
um projeto pode obter de resultado desejado pelo investidor. Autores como Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999) e
Se a TIR for maior que a TMA significa que o investimento Brasil (2002) ilustram a dificuldade de enquadrar a situação
é economicamente atrativo, se for igual a Taxa Mínima em dúvida com o melhor método a ser utilizado para tomar
de Atratividade o investimento está economicamente a decisão.
numa situação de indiferença, se for menor que a TMA Métodos como o VPL (Valor Presente Líquido) e a TIR
o investimento não é economicamente atrativo, pois seu (Taxa Interna de Retorno) costumam apresentar, inclusive,
retorno é superado por um retorno de um investimento com resultados antagônicos, o que será demonstrado neste
o mínimo de retorno. estudo.
Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa Segundo pesquisa efetuada por Fensterseifer e Saul
de juros que torna o valor presente das entradas de caixa (1993, apud Galesne, Fensterseifer e Lamb, 1999), os critérios
igual ao valor presente das saídas de caixa do projeto de de rentabilidade utilizados como critérios principais entre
investimento fazendo com que o Valor Presente Líquido(VPL) as empresas de maior faturamento no setor industrial e de
do projeto seja igual a zero. serviços básicos no ano de 1989, são os métodos oriundos
A fórmula pra encontrar o valor da Taxa Interna de da análise do fluxo de caixa descontado, utilizados por
Retorno, dá-se pela seguinte equação: 67,3% das empresas. A TIR, no entanto, aparece como
sendo o critério mais utilizado, sendo o critério principal
de avaliação de aproximadamente metade (49,6%) das
empresas pesquisadas.
“O prestígio da TIR deve-se, possivelmente, a sua
introdução nos roteiros de projetos do BNDES e do CDI
Na maioria dos casos a TIR, sem outros parâmetros, não em meados da década de 70, permanecendo inabalado
pode ser analisada isoladamente. até os dias atuais, embora o VPL seja apontado pela teoria
Porém, diversos autores afirmam que há um defeito financeira como o mais adequado. Além disso, habitualmente
crítico do método de cálculo da TIR porque “ múltiplos valores os empresários preferem raciocinar em termos de taxa de
podem ser encontrados se o fluxo anual de caixa mudar de retorno e não de uma massa monetária (como é o caso do
sinal mais de uma vez (ir de negativo para positivo e para VPL)”. (Galesne, Fensterseifer e Lamb; 1999, p. 48)
negativo novamente, ou vice e versa) durante o período de Os resultados da pesquisa comprovam que 46% das
análise”WIKIPÉDIA(2004). empresas utilizam mais de dois critérios na avaliação
da rentabilidade de seus projetos de investimento. As
5. ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES FINAIS principais razões apontadas para esse procedimento
Os Critérios de Seleção de Investimentos apresentados são segurança e confiabilidade na tomada de decisões
neste artigo referem-se aos métodos de julgamento para (31,4% das respostas) e de ordem estratégica (13,5%). Esse
identificar se um projeto de investimentos será ou não viável procedimento gerencial pode ser justificado pelo fato de os
economicamente para investidor ou empresa. métodos atuais de avaliação não apresentarem resultados
No entanto, optou-se por apresentar de forma confiáveis em determinadas análises, ou seja, são limitados,
condensada e explicativa as ideias centrais de cada método: prejudicando a análise conjunta, uma vez que desta forma
Payback, TMR, VPL e TIR. os projetos só poderão ser classificados se tomados dois
Há uma complexidade em cada projeto de investimento a dois.
que deve ser analisada juntamente com outros fatores tais
como: setor de atividade da organização, mercado-alvo,
momento e tendências político-econômicas local e global,
acesso a crédito, riscos da atividade, custo de oportunidade,
taxa de juros, inflação, tempo entre outros elementos que 25 Fonte: www.administradores.com.br – Por Gilberto
fazem parte da estrutura de risco do projeto de investimento. Junior Fernandes
60
ADMINISTRAÇÃO
A Tabela 1.1 apresenta as principais características de cada método: sua aplicabilidade e limitações:
Além das restrições descritas acima, autores como os descritos a seguir apresentam outras limitações ao uso dos métodos
clássicos para classificação de projetos em uma cesta restritiva de capital.
A utilização do VPL, por exemplo, para classificação de projetos com períodos diferentes e/ou investimentos iniciais de
diferente monta, provoca uma distorção nos resultados, uma vez que autores como Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999) e
Brasil (2002) aconselham adaptações nos projetos com o objetivo de equalizar as propostas em análise. As adaptações mais
recomendadas, para aqueles que desejam utilizar o VPL como ferramentas são as seguintes:
- para períodos diferentes: replicar os projetos até o MMC (mínimo múltiplo comum);
- para investimentos iniciais diferentes: analisar a viabilidade dos projetos incrementais, subtraindo o projeto de menor
investimento do projeto de maior investimento.
61
ADMINISTRAÇÃO
Alguns autores, como Brasil (2002), consideram o VPL = Com a utilização do ILA é possível classificar projetos
0 e a TIR = TMA (taxa mínima de atratividade) como sendo diferentes sem realizar adaptações ou alterações nos mesmos,
uma alternativa de rejeição do projeto. O fato de o projeto mantendo a integridade dos projetos, sendo esta a sua principal
não ser superior ao esperado, não significa que ele seja característica. O Índice de Lucratividade Anualizado de um
inviável. Por exemplo: em uma análise onde todos os outros projeto que pode ser representado pela expressão:
apresentarem VPL negativo, aquele que apresentar VPL = 0
pode ser classificado como o único viável, pois retornou o
investimento capitalizado à taxa solicitada.
Assim como o VPL apresenta limitações quanto à
característica dos projetos, a TIR possui limitações intrínsecas:
- reinvestir à própria taxa TIR: o método VPL supõe que
a taxa à qual os fluxos de caixa podem ser reinvestidos é o
custo de capital (TMA utilizada), ao passo que a TIR supõe,
implicitamente, que a empresa tem a oportunidade de
reinvestir os fluxos de caixa à própria TIR (o que na maioria
das vezes é inviável pois a TIR é exclusiva do projeto em
questão).
- TIR´s múltiplas: por ser a raiz de uma equação, um A equação (3.1) também pode ser escrita da seguinte forma:
projeto apresentará tantas TIR´s quantas forem as mudanças
de sinal ao longo dos períodos. Ou seja, um projeto com
um investimento inicial e outro fluxo negativo em qualquer
instante, terá, pelo menos duas TIR´s, taxas que zeram o VPL.
Para solucionar estes problemas, surgiu a TIRM – Taxa
Interna de Retorno Modificada – a qual prevê a utilização da
TMA para levar todas as saídas de caixa ao Valor Presente
(instante inicial) e todas as entradas de caixa ao Valor Futuro
(último período de vida útil do projeto).
Autores como Kelleher e Maccormack (2005), mesmo
acreditando que a maneira mais fácil de evitar problemas
com a TIR é deixar de utilizá-la, apresentam como solução,
considerada imperfeita, a utilização da TIRM.
Segundo Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999), se os
dirigentes da empresa puderem obter todo o capital necessário onde,
à realização de todos os seus projetos de investimento ILA = Índice de Lucratividade Anualizado;
rentáveis, poderíamos, no limite, nos desinteressarmos pela Rt = entradas de caixa (receitas) esperadas durante o
ordem de classificação. período t;
Entretanto, esta é uma visão utópica. Usualmente, Dt = saídas de caixa (despesas) esperadas durante o
projetos são engavetados à espera de recursos financeiros período t;
e, quando estes aparecem, os projetos precisam ser refeitos, i = taxa de juros ou taxa de desconto (TMA);
pois se tornam obsoletos. n = vida útil do projeto.
Em alguns projetos, o VPL apresenta contradição com a
TIR. Contribuindo para solucionar o impasse de não precisar
definir entre VPL e TIR para classificar projetos, verifica-se
a necessidade de uma metodologia capaz de traduzir qual
projeto, dentre pelo menos dois, é o melhor para a empresa.
62
ADMINISTRAÇÃO
Por ser a junção de dois métodos secundários (Figura 3.1), que foram concebidos para sanar as falhas do VPL, aconselha-
se a utilização deste método para qualquer situação em análise, uma vez que o mesmo mantém coerência com o VPL, para
projetos de mesmo investimento e prazo, e com os demais métodos secundários, projetos com investimento ou prazo de
duração diferente.
63
ADMINISTRAÇÃO
Ao analisar a Tabela 3.1.2 verifica-se que o método ILA foi o método que apresentou o maior retorno em termos de massa
monetária (VPL da cesta de projetos) ao utilizar 9,7 milhões de capital investido. Os demais projetos, além de apresentarem um VPL total
menor, não conseguiram distribuir o investimento total em vinte diferentes projetos, o que contribui para a redução do risco sistêmico.
Enfim, em uma realidade cada vez mais escassa de recursos que possam financiar novos projetos para lançar as empresas
em ambientes mais seguros, afastando-as do perigo da obsolescência e da competitividade, a utilização de um método eficaz de
classificação de projetos é fundamental.
Mesmo com todas as críticas existentes sobre a utilização errônea da TIR (ver Kelleher & Maccormack, 2005) os dirigentes, por
necessidade, acabam por utilizá-la e, muitas vezes, fazem adaptações no método (TIRM) com o objetivo de reduzir as distorções
encontradas.
O método ILA, conforme visto neste estudo, é capaz de classificar projetos diferentes sem que os mesmos sofram alterações,
adaptações, replicações, mantendo a integridade dos eventos e atingindo uma classificação coerente com as metodologias usualmente
utilizadas em casos específicos (VPL-VAE-IL).
Nos casos específicos, onde o dirigente deve decidir entre dois projetos, a análise pode ainda ser feita pelos métodos usualmente
utilizados, ou seja, o ILA não cancela a utilização de nenhum método, apenas auxilia na classificação de cestas com mais de dois
projetos.
A classificação de projetos, tomados dois a dois, conforme visto nos itens anteriores, pode ser realizada pelo método que mais se
adapte às condições de análise. Portanto, os métodos recomendados para cada análise de investimento, conforme as características
intrínsecas dos projetos, são descritos na Tabela 4.1:
A Tabela 4.1 não limita a análise a apenas dois projetos. Se os projetos de uma cesta de investimentos mantiverem as características
descritas acima, os demais métodos são válidos.
A classificação de projetos pelo ILA proporciona uma visão de classificação dos projetos e os seus respectivos retornos por
unidade de investimento, dando prioridade para projetos menores em detrimento de projetos maiores com retornos inferiores. Após
a classificação, o dirigente é capaz de montar a sua cesta ótima de investimentos, utilizando programação linear, tendo em vista a sua
restrição orçamentária. Com o uso de softwares, como por exemplo o Solver do Excel®, o dirigente pode destinar investimentos em
projetos mais rentáveis e, com a utilização do ILA, esta cesta estará coerente com a Teoria de Portifólio de Markowitz (Brealey & Myers,
1981), pois ao dar prioridade para projetos menores, reduz consideravelmente o risco individual de cada projeto financiado.
64
ADMINISTRAÇÃO
Como sugestão para estudos futuros, considera-se As corporações compram e vendem derivativos para
interessante a realização de estudos de métodos de avaliação proteção à exposição aos riscos existentes, tais como
e classificação de projetos de investimento que apresentem flutuações nos preços do commodities, taxas internas e
equações estruturais capazes de satisfazer, simultaneamente, taxas de trocas internacionais. Os derivativos podem incluir
aspectos econômicos e estratégicos, específicos para cada opções de troca, futuros, antecipações e trocas.
empresa. Desta forma, pode-se reduzir a distância existente Em razão destas questões, os administradores
entre as áreas financeiras e de marketing, pois alinhar-se-ão as financeiros deparam-se freqüentemente com 02(duas)
estratégias de investimento, rentabilidade e competitividade. questões essenciais:
Alternativamente, sugere-se a busca de um método de • Qual a proporção do lucro deve ser investido na
classificação de projetos capaz de relacionar e sincronizar as companhia antes da distribuição os dividendos aos acio-
decisões estratégicas do Balanced Scorecard (por exemplo) com nistas; e
as decisões financeiras da empresa.26 • Qual a proporção da dívida deve ser financiada
antes da respectiva distribuição.
Financiamentos Corporativos
A primeira e mais importante fonte de recursos financeiros
A resposta à primeira pergunta depende da política de
são as ações comuns. Os acionistas detentores deste tipo de
dividendos da companhia. Já a segunda depende de sua
ação são a própria companhia, pois além de votarem questões
importantes e comporem - na maioria das vezes - o conselho política de financiamento.27
de administração, recebem dividendos resultantes dos lucros
da companhia ou absorvem seus resultados negativos. Para a
obtenção de recursos financeiros adicionais, as companhias
costumam distribuir aos acionistas portadores das ações
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
comuns novos lotes de ações ou reinvestir a lucratividade obtida, FINANCEIRAS.
aumentando desta maneira o valor patrimonial da companhia.
A segunda fonte de recursos financeiros são as ações
preferenciais. Estas ações são conhecidas pela preferência no O objetivo da Análise de Balanço é oferecer um diag-
pagamento dos dividendos resultantes do lucro da companhia. nóstico sobre a real situação econômica-financeira da or-
Entretanto, tais dividendos - em alguns casos - são distribuídos ganização, utilizando relatórios gerados pela Contabilidade
somente após o recebimento pelos acionistas das ações comuns. e outras informações necessárias à análise, relacionando-se
Especialistas na área de direito tributário costumam dizer que prioritariamente a utilização por parte de terceiros.
as ações preferenciais são semelhantes às ações comuns. Isto O produto da análise de Balanço é apresentado em
significa que tais dividendos são isentos de tributação. Por esta forma de um relatório que inclui uma análise da estrutu-
razão, as preferenciais são menos populares que as ações de ra, a composição do patrimônio e um conjunto de índices
dívida. e indicadores que são cuidadosamente estudados e pelos
A terceira fonte de recursos financeiros são as próprias ações quais é formada a conclusão do analista.
de dívidas. Os devedores são autorizados a efetuar pagamento As informações da análise de balanços estão voltadas
dos juros e, ao final, pagamento do principal. Se forem para dentro e fora da empresa e não se limitam apenas a
insolventes, a companhia quebra. Desta maneira, são obrigados cálculo de meros indicadores de desempenho.
a vender parte do patrimônio para honrar tais compromissos ou Para que a análise possa espelhar a realidade de uma
operarem sobre novos negócios. empresa, é necessário que o profissional de contabilidade
A variedade dos instrumentos de dívida da companhia é
tenha certeza dos números retratados nas Demonstrações
infinita. São classificados por:
Contábeis e quem efetivamente espelham a real situação
• Maturados;
líquida e patrimonial da entidade.
• Provisões de re-pagamento;
No levantamento dos Balanços e das demais De-
• Antiguidade;
• Segurança; monstrações Contábeis, que no Brasil são intituladas de
• Risco padrão; Demonstrações Financeiras, são necessários vários proce-
• Taxas internas; dimentos que estão detalhados nas NBC - Normas Brasi-
• Procedimentos de distribuição; e leiras de Contabilidade, na Lei das Sociedades por Ações,
• Dívida corrente. no Regulamento do Imposto de Renda e em normas do
expedidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de
A quarta fonte de recursos financeiros são as opções. Elas Valores Mobiliários.
não podem ser separadas do balanço patrimonial da companhia. Então, para que o contabilista possa fazer uma perfeita
A opção simples é a justificativa dada pelos acionistas na compra análise do balanço, ele necessita saber se foram observa-
de uma ação com preço e data certos. São vendidas como parte dos todos os procedimentos recomendados pelas normas
de um pacote com dívida. Títulos conversíveis é a segurança em vigentes, sendo um destes requisitos a realização de
oferecida ao acionista na conversão de suas ações. Desta maneira, auditoria financeira, fiscal, tributária e operacional.
operam com uma composição de dívidas e opção simples.
26 Fonte: www.abepro.org.br - Por Alexandre Lerch
Franco/ Oscar Claudino Galli 27 Fonte: www.economiabr.net -Por Ivan Pricolli Calvo
65
ADMINISTRAÇÃO
A análise de balanços é uma das principais ferramentas É importante salientar que o analista de balanço cor-
para auxiliar a tomadas de decisões e pode ser dividida em: re o risco de oferecer parecer ou apresentar índices que
a) Análise Contábil – tem por objetivo a análise de rela- poucos subsídios darão aos usuários de suas informações
tórios e demonstrações com a finalidade de fornecer infor- e que estas podem ser imprecisas ou enganosas. Assim
mações numéricas preferencialmente de dois ou mais pe- acontecendo, o analista de balanços poderá ser respon-
ríodos de modo a instrumentar os administradores e acio- sabilizado pelas informações prestadas, se o investidor ou
nistas, entre outros, que estejam interessados em conhecer credor sofrer prejuízos. Observe também que empresas de
a situação da empresa para que possam tomar decisões. A auditoria, apesar de toda sua experiência, também já fo-
Análise Contábil subdivide-se em: ram ludibriadas e sofreram sanções. Por esse motivo, pelo
• Análise de estrutura; menos uma das norte-americanas famosas foi obrigada a
• Análise de evolução; fechar suas portas. As Agências Classificadoras de Risco,
• Análise por quocientes; conhecidas como Agências de Rating também estão su-
• Análise por diferenças absolutas. jeitas a processos judiciais caso eventuais informações im-
b) Análise Financeira – é a tradicionalmente efetuada precisas venham a causar prejuízos a pessoas ou entidades
através de indicadores para análise global e a curto, médio que se utilizem de suas informações profissionais.28
e longo prazo da velocidade do giro dos recursos.
c) Análise da Alavancagem Financeira - é utilizada para Demostrações financeiras e suas análises
medir o grau de utilização do capital de terceiros e seus Consiste no exame pormenorizado dos componentes
efeitos na formação da taxa de retorno do capital próprio. patrimoniais (contas e grupos de contas), comparando-
d) Análise Econômica – é utilizada para mensurar a lu- os entre si e em relação a seus similares em outras
cratividade, a rentabilidade do capital próprio, o lucro lí- demonstrações contábeis.
quido por ação e o retorno de investimentos operacionais.
Portanto, a verdadeira análise das Demonstrações Objetivos:
Contábeis deve abranger: A análise de balanços objetiva extrair dos demonstrativos
• A avaliação de Ativos (Circulante, Realizável de contábeis informações capazes de orientar o analista
Longo Prazo e Permanente) e Passivos (Circulante e Exigível
e demais interessados a tomar decisões adequadas na
a Longo Prazo) utilizando-se os princípios e demais regras
gestão da entidade. .
constantes das Normas Brasileiras de Contabilidade, da Lei
Podem-se listar, entre outras, as seguintes informações
das S/A, do Regulamento do Imposto de Renda;
produzidas pela Análise de Balanços.
• A análise das receitas e despesas, principalmente
01 - Situação financeira
no que se refere à apuração de fraudes documentais com o
02- Situação econômica
intuito de manipulação de resultados;
• A verificação e a apuração de ações administrati- 03 – Desempenho da entidade
vas ou judiciais tanto ativas como passivas de cunho traba- 04 – Níveis de endividamento
lhista, previdenciário, fiscal e tributário; 05 – Eficiência na utilização dos recursos
• A avaliação de riscos e de capital mínimo, no caso 06 – Pontos fortes e fracos
das instituições do SFN, segundo a Resolução CMN 2099 07 – Tendências e perspectivas
(Acordo da Basiléia), incluindo limites de endividamento, 08 – Quadro evolutivo
de risco e capital mínimo e de imobilização e de determi- 09 – Causas das alterações na situação financeira .
nados tipos de operações. 10 – Causas das alterações na rentabilidade
No universo de analistas de balanço também existem 11 – Evidência de erros da administração
profissionais que têm competência técnica e legal e que
querem fazer a coisa tecnicamente perfeita e de forma ab- 12– Avaliação de alternativas econômico-
solutamente séria. O grande problema é que os profissio- financeiras futuras.
nais de contabilidade enfrentam enormes dificuldades para
conseguir desempenhar essa função de analista de balan- A Análise Horizontal e Vertical é a forma mais comum
ços, que os leigos não conseguem medir por absoluta falta de expressar a análise das demonstrações contábeis,
de competência técnica e legal. pois, apesar de sua simplicidade, elas irão destacar as
Entre as dificuldades, estão principalmente: variações mais importantes no Balanço Patrimonial e na
• A falta de clareza das demonstrações contábeis e Demonstração de Resultado do Exercício.
a falta de informações mais precisas nas notas explicativas
e em outras peças auxiliares dos balanços; Análise Horizontal
• A falta de vontade dos representantes de algumas Essa análise é denominada horizontal porque se
entidades de prestar as informações necessárias para que o baseia na evolução dos saldos das contas ao longo dos
profissional especializado possa efetuar a perfeita análise; anos. A comparação ocorre entre os mesmos elementos
• A falta de auditoria operacional, patrimonial, fi- patrimoniais, porém em exercícios diferentes. Essa
nanceira, fiscal e tributária das demonstrações contábeis metodologia propicia o conhecimento dos detalhes
das entidades de capital fechado e das demonstrações financeiras.
• A falta de credibilidade nos pareceres emitidos por 28 Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br – Por
alguns auditores “independentes”. Reinaldo Luiz Lunelli
66
ADMINISTRAÇÃO
A análise horizontal tem como principal objetivo evidenciar o crescimento ou a redução de itens dos demonstrativos
contábeis ao longo dos exercícios sociais para caracterizar tendências.
Mostra a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre elas, permite tirar conclusões
sobre a evolução da empresa.
Metodologia de Análise:
O cálculo é bastante simples. O primeiro ano, que é o mais antigo, será considerado ano base e todos os seus valores
serão considerados iguais a 100. Todos os demais valores dos anos subsequentes serão um percentual desse valor base.
Exemplo:
67
ADMINISTRAÇÃO
Análise Vertical
A Análise Vertical mostra a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através
da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permite inferir se há
itens fora das proporções normais.
Ela permite avaliar as estruturas de composição de itens de um demonstrativo contábil, buscando evidenciar
as participações dos elementos patrimoniais e de resultado dentro de um total. A metodologia consiste em calcular o
percentual de cada conta em relação ao um valor base. Na análise de vertical de um Balanço calcula-se o valor percentual
de cada conta em relação ao total do Ativo.
Formula: Conta(ou grupo de contas)/Ativo total(ou passivo total) x 100
68
ADMINISTRAÇÃO
Exemplo:
69
ADMINISTRAÇÃO
Na DRE: No cálculo da Análise vertical da Demonstração A doutrina contábil é a face científica desse encontro
do Resultado do Exercício (DRE) a base pode ser a fértil entre a realidade e o modelo para acolhê-la e
receita bruta ou a receita líquida. No exemplo a seguir, descrevê-la. Do lento, mas maravilhoso crescimento
consideramos como base a Receita Líquida de vendas.29 multiforme, nascem, primeiramente, a escrituração e, mais
tarde, a ciência contábil e, portanto, sua doutrina.
O irromper das questões práticas, que devem ser
resolvidas a fi m de a Contabilidade ter sua função na vida
real das organizações e das entidades, de forma alguma
pode perturbar, mas sim potencializar, as especulações
teóricas enquanto ciência.
Não se pode esquecer que a Contabilidade, genuína e
amplamente explicada por teorias de caráter científico, tem
sua faceta prática, extremamente importante, que é a de
servir como instrumento de accountability, de avaliação
da entidade e de seus gestores, da prestação de contas
destes e como insumo básico para a tomada de decisões
dos agentes econômicos, tanto internos quanto externos à
entidade. Talvez, seu caráter científico, na verdade, repouse
exatamente no entrelaçamento harmônico e conceitual
de seus objetivos, acima delineados, e não em visionárias
concepções fundadas no vazio de uma lógica formal fria,
infértil e privada de consequências.
A urgência na procura de modelos que sirvam
para a solução de problemas reais só pode acelerar o
desenvolvimento da Contabilidade. Na verdade, as técnicas
são os braços, no mundo real, das doutrinas, da mesma
forma que o desenvolvimento tecnológico é a consequência
da pesquisa pura.
Há os que se comprazem em fazer recair suas concepções
teóricas num mundo abstrato e distante da realidade, de
uma ciência que a si se basta, sem se lembrarem que essa
disciplina nasceu das necessidades prementes de gestores,
comerciantes, banqueiros, agentes econômicos de maneira
geral, à procura de um modelo descritivo, primeiramente, e,
com sua evolução, previsional, para o mundo dos negócios.
CONTABILIDADE: CONTABILIDADE GERAL, E sem se lembrar que a validação de qualquer teoria contábil
se dá única e exclusivamente pela sua utilidade gerada
CONTABILIDADE DE CUSTOS, CONTABILIDADE perante os usuários no mundo prático.
GERENCIAL. Hendriksen e Van Breda (1999:39) pontificam: [...] A
contabilidade é um produto do Renascimento Italiano. As
forças que conduziram a essa renovação do espírito humano
A Contabilidade, campo de conhecimento essencial para foram as mesmas que criaram a contabilidade [...]
a formação dos agentes decisórios dos mais variados níveis, Na verdade, os autores acima se referem à Contabilidade
é fruto concebido da relação entre o desenrolar dos fatos como hoje a conhecemos (como sistema de escrituração
econômico-financeiros e sua captação e processamento e posteriormente de informação), pois suas formas mais
segundo os paradigmas de uma metodologia própria e rudimentares já se evidenciavam há muito mais tempo.
potencializada pela racionalidade científica. Logo, a pedra Mas, que forças foram essas a não ser a conjugação
fundamental que apoia e sustenta o edifício contábil pode de espiritualidade e racionalidade casadas com a vibrante
ser definida como “a contabilidade seguindo, relatando atividade comercial das cidades do norte da Itália, como
e respeitando a essência dos eventos econômicos que Gênova, Veneza, Pisa e Florença, entre outras?
captura e mede”. Claramente, a contabilidade, antes de ciência, foi, em
A capacidade de capturar, primeiro, a ocorrência dos seus inícios, um sistema completo de escrituração.
eventos econômicos que impactam em um determinado O método das partidas dobradas, base do sistema,
estado de riqueza, depois a de precificá-lo e, por último, de encontra seus registros iniciais já em 1299-1300 em uma
comunicar seus efeitos, é o desafio a que a Contabilidade empresa de mercadores de Florença e uma forma mais
está, não apenas preferencialmente, mas de fato completa, em 1340, na cidade de Gênova.
unicamente, habilitada a enfrentar, apoiando-se sempre Está-se a falar, ainda, de sistema de escrituração e de
em disciplinas afins dentre as quais o Direito, a Economia, método das partidas dobradas. Por enquanto, naquelas
os Métodos Quantitativos e a Ciência da Informação. antigas eras, eram sinônimos de contabilidade. Faltava muito,
29 Fonte: www.facil-contabilidade.blogspot.com.br entretanto, para o nascimento da ciência da contabilidade.
70
ADMINISTRAÇÃO
Fica, assim, bem patente, desde seu “renascimento” como os objetivos, é preciso um processo de comunicação claro
sistema perfeitamente desenvolvido, que a contabilidade no qual o usuário perceba com nitidez o que a linguagem
da época era a resposta às necessidades práticas dada pela contábil quer transmitir. Essa última parte do processo está
criatividade do ser humano em desenvolver técnicas para longe, ainda, de ter sido resolvida eficientemente, pois
resolver problemas reais. envolve transmissor e receptor, ruídos de informação,
capacidades distintas de absorção do significado da
OBJETO E OBJETIVOS informação transmitida etc. Está a desenvolver-se, nos
O entrelaçamento entre o que se pretende alcançar em últimos decênios, o estudo da Semiótica Contábil, parte
Contabilidade e o contexto patrimonial dentro do qual se aplicada da Teoria da Comunicação, com resultados
desenvolvem os efeitos dos eventos que são registrados prometedores, mas ainda incipientes. Por outro lado, não
deixa não muito clara, às vezes, a diferença entre objeto e existem pesquisas conclusivas apontando que efeito se
objetivos da Contabilidade. teria na qualidade das decisões por parte dos usuários, se,
Na visão destes ensaístas, os objetivos têm um em vez da Contabilidade, outra fosse a fonte de informação
alcance e uma hierarquia muito mais amplos do que o econômico-financeira sistemática. Note-se, todavia, que os
objeto. Objetivo é onde se quer chegar e quem se quer usuários não se utilizam apenas da informação contábil
encontrar; objeto representa o contexto formal da estrutura para suas avaliações e decisões, atualmente.
patrimonial que se altera à medida que os eventos são O objetivo nasce da necessidade dos usuários.
captados e registrados pela técnica contábil. O objeto, o patrimônio, é a grande resposta contábil.
Suponha-se, assim, que o objetivo da Contabilidade O núcleo através do qual, se o contador for além da mera
seja o de transmitir, de forma inteligível e inteligente, equação patrimonial histórica, se contemplar os desafios do
informação estruturada de natureza econômico-financeira, valor em lugar do custo, introduzindo as noções de custos
física, de produtividade e social aos vários grupos de imputados e econômicos, de custo de oportunidade,
usuários da informação contábil, para sua avaliação e de valor do dinheiro no tempo, aprofundando a análise
decisões informadas, conforme a definição da Estrutura dos elementos patrimoniais pelo seu Value at Risk e
Conceitual Básica da Contabilidade da CVM, ligeiramente pela pluralidade dos resultados possíveis em face da
adaptada: conquanto se possam discutir variantes, no que se
variabilidade das premissas subjetivas inerentes, terá
refere aos objetivos, poucos contestarão a definição. Surge,
construído um modelo de validade científica comprovada,
agora, a questão: será que a forma como a Contabilidade,
único, como avaliador do desempenho de uma entidade.
em sua função de sistema receptor, processador e
Note-se que alguns autores, como Broedel Lopes (2002),
transmissor dos resultados de eventos e transações, obtém
consideram que o patrimônio não pode ser o tecido
essas informações seria a única viável ou possível? Parece
científico da Contabilidade, pois quem define patrimônio é a
que não, pois se poderia, através de outro sistema ou até
própria contabilidade. Isso faria recair o campo dos eventos
mediante outra técnica que não a contábil, transmitir aos
usuários informações de natureza tal que, de alguma forma, a serem estudados pela ciência contábil, efetivamente,
suprissem as necessidades dos usuários. Apresentando no estudo da informação, ligado aos objetivos, e não no
outro exemplo e analogia, suponha-se que o objetivo seja patrimônio, propriamente. Na verdade, como foi visto, o
o de se chegar a um determinado destino: poder-se-ia patrimônio é a forma primária (o acompanhamento de sua
chegar de avião, de automóvel ou até andando. Variarão evolução no tempo) que a Contabilidade escolheu para
o tempo, o custo, o conforto, a segurança, mas o objetivo iniciar o processo de geração de informações úteis para os
final poderá ser alcançado por qualquer forma. usuários.
Objetivo e objeto, todavia, estão intimamente
ligados em Contabilidade. A natureza única e distinta da Resumidamente:
Contabilidade, como técnica e ciência, é a ligação entre OBJETO
objetivos (o quê fazer, aonde chegar) e o objeto (a estrutura O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entida-
viária (patrimonial) que levará a alcançar o objetivo). des. Patrimônio administrável e em constante alteração.
Por estranho que possa parecer, talvez o fato de os
objetivos poderem ser atingidos, pelo menos em parte, OBJETIVOS
através de outro campo de conhecimento, que não o - Controlar o patrimônio das entidades
estritamente contábil, realce a força o modelo contábil e - Apurar o resultado das entidades
da integração entre objeto e objetivo. Só a Contabilidade - Prestar informações sobre o patrimônio, sobre o re-
consegue atingir os objetivos propostos, de forma sultado das entidades aos diversos usuários das informa-
sistemática e com uma relação custo/benefício favorável, ções contábeis.
através de sua técnica formal de captação, registro, Entidade é qualquer pessoa física ou jurídica detentora
acumulação e comunicação de informações contábeis. de um patrimônio. Modernamente as finalidades da Con-
Assim, o objeto da Contabilidade, ou seja, o tabilidade são reunidas em duas:
patrimônio e suas variações quantitativas e qualitativas, - Planejamento - a informação contábil pode ser um
é a resposta ou a forma mais inteligente, conforme a forte suporte para o planejamento e, mais ainda, quando
aceitação da própria sociedade (pois, se assim não fora, estabelecendo padrões, torna claras situações futuras.
ela teria se casado com outro parceiro), de se atingirem - Controle - está ligado à análise das definições adota-
os objetivos. Note-se, todavia, que, antes de se atingirem das pela organização.
71
ADMINISTRAÇÃO
AS VÁRIAS ABORDAGENS À CONTABILIDADE para fins de dedutibilidade pelo Fisco. Como se viu, longe de
A Contabilidade pode ser visualizada conforme várias padronizar, essa prática aumenta a assimetria informacional
abordagens, enfoques, o “approach” dos povos de língua entre empresa e mercado. Embora a Lei das S/A tenha
inglesa. Conquanto nenhuma das várias abordagens seja tentado separar Contabilidade Fiscal da Societária, a
sufi cientemente ampla e densa para explicar toda a prática influência fiscal é assombrosa e reflete, também, um certo
contábil, elas lançam luzes e fazem vislumbrar aspectos grau de comodismo e conformismo dos contadores, muito
interessantes e peculiares. típicos da tradição emanada do direito romano-germânico.
Não se tratará, neste trabalho, de todas as principais Na verdade, a
abordagens, nem mesmo da maior par te delas, pois estão Lei, no caso, permite a utilização de outras taxas na
devidamente tratadas nos textos de Hendriksen e Van Contabilidade Societária, mas a tradição legal é tão forte
Breda (1999) e Iudícibus (2004). Apenas, invadir-se-á o que os contadores não se utilizam da prerrogativa.
âmago de algumas delas, sob alguns aspectos que melhor O tratamento contábil que ainda se dá às operações de
explicam a evolução da espécie contábil. arrendamento mercantil financeiro (apesar da tímida, mas
Assim, à luz da moderna teoria positiva da louvável investida do Conselho Federal de Contabilidade
Contabilidade, alguns conceitos, princípios e abordagens sobre o assunto – não seguida na prática), ao “sale-
podem ser questionados. A abordagem ética, nesse lease-back”, a muitos provisionamentos (quando não
sentido, pode ser objeto de contestação, pois, no pano dedutíveis, é claro), às subvenções para investimento (em
de fundo das pesquisas sobre mercado de capitais, o fato desacordo com as práticas mundiais), às vendas (com
de os agentes econômicos sempre procurarem o melhor base, comumente, nas emissões de notas fiscais e não
para si, em termos econômicos, não deixa muita margem no momento econômico em que a receita é “ganha” ou
para valores como ética, justiça, distribuição social e outros. auferida pelo agente ou entidade, principalmente no
Cada um age de acordo com o que é melhor para sua caso dos serviços) etc. são alguns dos exemplos dessa
situação econômica. preponderância das regras fiscais sobre as informações
Como disciplina eminentemente social, todavia, a econômicas que deveriam estar efetivamente refletidas nas
Contabilidade não pode ser imoral ou privilegiar, em demonstrações contábeis.
prejuízo de outros, certos stakeholders. Veja que se disse Inadequação da Abordagem Macroeconômica:
[...] em prejuízo de outros. Isso significa que não se pode Frequentemente apontada como inteligente e
aumentar a assimetria informacional que existe entre os sofisticada, essa abordagem, se utilizada, subjuga os
conhecedores da situação da empresa (os agentes internos) critérios de apropriação contábil, principalmente no que se
e os outros. Não impede que certos agentes possam ter refere à utilização dos provisionamentos, dedutibilidade ou
um grau de detalhe de informação maior do que outros, não de gastos para efeitos tributários
de acordo com as necessidades de seu modelo decisório. etc. à política macroeconômica de um país, visando
Desde que os outros tenham o mínimo necessário servir como ação anticiclo. A mais conhecida, mas não
para poder fazer inferências com relação à entidade. única diretriz, nesse sentido, é a prática da depreciação
Essa situação é bastante delicada e os limites entre o acelerada contábil para efeito de incentivar investimentos
comportamento hedonista, de um lado, e a inobservância em equipamentos a fim de estimular a atividade econômica.
de regras de equidade, de outro, são muito tênues. Assim, Conquanto útil em circunstâncias especiais ou para setores
a denominada abordagem ética da Contabilidade defi nidos, a prática generalizada da contabilidade a serviço
permanece quase que como um santuário de propósitos, da macroeconomia é totalmente inadequada à luz da
uma promessa que se faz, da mesma forma que os crentes verdadeira função da Contabilidade. De forma alguma se
procedem com relação a Deus, ou seja, de não pecar, de servirá bem à sociedade obedecendo a critérios mutáveis
comportar-se com justiça e retidão, de não prejudicar de políticas econômicas ditadas por equipes econômicas,
ninguém. É claro que o mundo real da competitividade às vezes, de duvidosa capacidade técnica. A sociedade
provoca outros comportamentos. será muito mais bem servida se a contabilidade apurar
Mas não se pode, socialmente, desistir de se procurar o resultado econômico mais correto possível, à luz da
um comportamento ético, como entidade inserida num melhor técnica de que se possa dispor, do que perseguir
contexto social. Claramente, não se deve, nunca, extravasar um resultado desejado. Nesse aspecto, estar-se-ia a
para o que não se possa caracterizar como legal. Ético, manipular a Contabilidade pior ainda do que se faz, às
justo e legal é o comportamento ideal. O obtido, muitas vezes, no gerenciamento de resultados, pelos gerentes
vezes, é apenas o legal. A Abordagem Fiscal, tratada da entidade. Estes, pelo menos, conhecem sua empresa.
por Hendriksen e Van Breda, tem descaracterizado, A boa alocação de recursos na economia estará muito
principalmente em muitos paises de origem ibérica e mais amparada, crê-se, com uma Contabilidade correta,
germânica, as aplicações mais nobres da Contabilidade. executada por milhares de entidades, do que por uma
Entretanto, isso se deve à exagerada influência do Fisco na rígida padronização de práticas contábeis a serviço de
utilização de critérios dentro do regime de competência. autocracias, mesmo que competentes, nunca o sufi ciente
No Brasil, por exemplo, quase nenhuma empresa para substituir o mercado. A denominada contabilidade
se preocupa em calcular da forma mais correta possível macroeconômica (ou abordagem macroeconômica) é,
as taxas de depreciação a serem aplicadas a seus ativos assim, totalmente condenável numa economia de mercado.
depreciáveis. Via de regra, utiliza-se a porcentagem aceita A Contabilidade é muito útil, como resultado das ações
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ADMINISTRAÇÃO
tomadas pelos agentes em função das informações por ela evidenciar um saldo positivo. Segundo Meyer e Rowan
prestadas, à macroeconomia, mas não pode ser induzida, (1992), a institucionalização é um processo mediante o qual
em suas normas, por ditames macroeconômicos, a não ser valores sociais (práticas, crenças, obrigações) assumem a
em casos excepcionais e por curto lapso de tempo. No condição de regra no pensamento e na ação dos indivíduos,
Brasil, felizmente, essa abordagem normalmente não afeta quer estejam aglutinados numa organização ou dispersos
tanto a Contabilidade como em outros países no caso das na sociedade de forma geral. Assim, nem sempre as pessoas
depreciações, já que os incentivos fiscais que têm existido e as organizações se comportam de forma absolutamente
com esse fi m têm sido controlados extra-contabilmente, racional. Mas, adotam esse ou aquele procedimento por
no livro de apuração do lucro tributável – conhecido considerá-lo melhor, mais adequado, mais justo, mais
como Lalur; mas as seguidas investidas nos diferimentos legítimo socialmente, mais “respeitável” etc. No fundo,
de variações cambiais com a tecnicamente insustentável essa nova visão traz conceitos e elementos cognitivos
desculpa de não da Sociologia, abrindo novas fronteiras para a pesquisa
se quebrar regras contratuais de relação capital contábil, pois se parte da admissão de que o mundo das
próprio/de terceiros, ou para se continuar a distribuir empresas, dos agentes econômicos, da Contabilidade, não
dividendos onde lucros podem até inexistir são exemplos é totalmente racional ou movido apenas por desejos de
infelizmente presentes. lucro máximo a curto prazo e a qualquer custo. (Para um
Continuando com a análise crítica das várias estudo mais aprofundado, veja o Capítulo 1 do livro “Teoria
abordagens, exemplo de uma que se apresenta como Avançada da Contabilidade”, IUDÍCIBUS e LOPES, 2004.).
desafiadora é a que se poderia denominar de Abordagem Essas visões sociais, sociológicas e institucionais abrem
Social e Institucional, mais frequentemente referida um vasto campo de investigação para a Contabilidade, e
como Social ou Sociológica. Nesta resenha, realçam-se metodologias de pesquisa empírica podem perfeitamente
as características institucionais, pois confunde-se, muitas ser utilizadas, como se faz em Sociologia e Psicologia.30
vezes, abordagem social com balanço social, forma
de evidenciação contábil para stakeholders específi cos, CAMPO DE APLICAÇÃO
como empregados da entidade, aspectos ambientais Pessoas físicas e pessoas jurídicas com finalidade lucra-
e de extensão de serviços à comunidade. No Brasil, tem tiva ou não, inclusive as de Direito Público como a União,
estado bastante em evidência, nos anos mais recentes, essa Estados e Municípios.
abordagem entendida em seu sentido mais
restrito. Apesar de notáveis trabalhos, como o de Tinoco USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
(2001) e alguns outros como Ribeiro (1992; 1998), Antunes - Os proprietários e sócios de empresas;
(1999) e de algumas empresas terem empreendido sérios - Os administradores de empresas;
esforços para elaborar um balanço social significativo, - Os empregados das empresas;
boa parte das evidenciações atêm-se mais a aspectos de - Os fornecedores e financiadores;
promoção institucional das entidades do que a verdadeiros - Governos;
e fidedignos reportes sociais. De todas as sub-espécies do - O público em geral.
balanço social, sem dúvida, a faceta ambiental, para estes
autores, representa a interface mais interessante e que, OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
provavelmente, se desenvolva bastante no futuro, sem Os Princípios de Contabilidade representam a essência
desmerecer as demais, como a laborial e a Demonstração das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade,
de Valor Adicionado, bem como a comunicação de serviços consoante o entendimento predominante nos universos
prestados à sociedade em geral. A abordagem social, científico e profissional.
todavia, poderia ser considerada com um espectro mais A partir de 02.06.2010, Os “Princípios Fundamentais
amplo, como o de abranger demonstrações contábeis de de Contabilidade (PFC)”, citados na Resolução CFC nº
resultados sociais, como no caso de uma Universidade, por 750/1993, passam a denominar-se “Princípios de Contabili-
exemplo, em que, num sentido social amplo, sua receita dade (PC)”, por força da Resolução CFC 1.282/2010.
social seria muito maior do que o valor das anuidades e Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu
contribuições recebidas, para abraçar o valor social no sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patri-
mercado dos que vierem a se formar na dita Universidade. mônio das Entidades.
Essa subespécie de abordagem social, todavia, conquanto São Princípios de Contabilidade:
atrativa, não tem prosperado, pelas evidentes dificuldades I) o da ENTIDADE;
de mensuração e devido a seu exagerado subjetivismo. II) o da CONTINUIDADE;
Mais recentemente, têm-se desenvolvido estudos na III) o da OPORTUNIDADE;
área institucional, tendo Hopwood (1983) como um dos IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
pioneiros, a fim de descobrir novas facetas e aspectos do V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado
processo contábil. No Brasil, interessantíssimo exemplo tem pela Resolução CFC 1.282/2010)
sido o do Metrô de São Paulo que procura identificar todos VI) o da COMPETÊNCIA; e
os benefícios sociais por ele trazidos, como economia de VII) o da PRUDÊNCIA.
combustível, redução da poluição etc., cotejando-os com o 30 Sérgio de Iudícibus/ Eliseu Martins/ L. Nelson Carva-
seu resultado contábil normalmente negativo, procurando lho
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
As Normas Brasileiras de Contabilidade PROFISSIO- A Interpretação Técnica tem por objetivo esclarecer
NAIS se estruturam da seguinte forma: a aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade,
I – Geral – NBC PG – são as Normas Brasileiras definindo regras e procedimentos a serem aplicados em
de Contabilidade aplicadas indistintamente a todos os situações, transações ou atividades específicas, sem alterar
profissionais de Contabilidade; a substância das normas.
II – do Auditor Independente – NBC PA – são as Normas O Comunicado Técnico tem por objetivo esclarecer
Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, assuntos de natureza contábil, com a definição de
aos contadores que atuam como auditores independentes; procedimentos a serem observados, considerando os
III – do Auditor Interno – NBC PI – são as Normas interesses da profissão e as demandas da sociedade.
Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos
contadores que atuam como auditores internos; As Normas Brasileiras de Contabilidade, com exceção
IV – do Perito – NBC PP – são as Normas Brasileiras de dos Comunicados Técnicos, devem ser submetidas à
Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores audiência pública com duração mínima de 30 (trinta) dias.
que atuam como peritos contábeis. A inobservância às Normas Brasileiras de Contabilida-
de constitui infração disciplinar sujeita às penalidades pre-
As Normas Brasileiras de Contabilidade TÉCNICAS se vistas nas alíneas de “c” a “g” do art. 27 do Decreto-Lei n.º
estruturam da seguinte forma: 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, e ao Código de
I – Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Ética Profissional do Contador.
Contabilidade convergentes com as normas internacionais
emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB); e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas LIVROS OBRIGATÓRIOS
por necessidades locais, sem equivalentes internacionais; - Livro Diário: O Livro Diário registra todos os fatos
II – do Setor Público – NBC TSP – são as Normas que afetam o patrimônio, em ordem cronológica de dia,
Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor mês e ano, podendo contar com livros auxiliares para re-
Público, convergentes com as Normas Internacionais gistrar operações específicas ou a movimentação de deter-
de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela minadas contas.
International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas - Livro Razão: O Livro Razão registra, também, todos
Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público os fatos, só que dando ênfase às contas que compõem o
editadas por necessidades locais, sem equivalentes patrimônio. É esse livro que permite conhecer a movimen-
internacionais; tação de débito e crédito de cada elemento que compõe o
III – de Auditoria Independente de Informação patrimônio da empresa.
Contábil Histórica – NBC TA – são as Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas à Auditoria convergentes com LIVROS AUXILIARES:
as Normas Internacionais de Auditoria Independente Embora obrigatórios perante o fisco, os livros citados a
emitidas pela IFAC; seguir podem ser utilizados na escrituração contábil como
IV – de Revisão de Informação Contábil Histórica auxiliares.
– NBC TR – são as Normas Brasileiras de Contabilidade - Livro Caixa: Esse livro tem a finalidade de registrar
aplicadas à Revisão convergentes com as Normas as entradas e saídas de numerário. Os registros devem ser
Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC; efetuados em ordem cronológica e, por isso, pode ser uti-
V – de Asseguração de Informação Não Histórica lizado como auxiliar do Livro Diário, devendo, nesse caso,
– NBC TO – são as Normas Brasileiras de Contabilidade atender a todas as formalidades exigidas. Ressalte-se que
aplicadas à Asseguração convergentes com as Normas as empresas optantes pelo SIMPLES estão obrigadas, pe-
Internacionais de Asseguração emitidas pela IFAC; rante o fisco, à escrituração do Livro Caixa, observando as
VI – de Serviço Correlato – NBC TSC – são as exigências contidas na Lei no 9.317/96 e as demais forma-
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas aos Serviços lidades, inclusive quanto aos termos de abertura e encer-
Correlatos convergentes com as Normas Internacionais ramento.
para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC; - Livro de Inventário: O Livro de Inventário tem a fi-
VII – de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas nalidade de registrar os bens de consumo, as mercadorias,
Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de as matérias-primas e outros materiais que se achem esto-
Auditoria Interna; cados nas datas em que forem levantados os balanços. As
VIII – de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras empresas optantes pelo SIMPLES também estão obrigadas
de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Perícia; a escriturar este Livro.
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Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais No caso de pessoa física equiparada à pessoa jurídica
que não excedam ao período de um mês, relativamente a pela prática das operações imobiliárias, a autenticação do
contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da livro para registro permanente de estoque será efetuada
sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares pelo órgão da Secretaria da Receita Federal.
para registro individualizado e conservados os documentos No Livro de Inventário deverão ser arrolados,
que permitam sua perfeita verificação. com especificações que facilitem sua identificação, as
Para efeito do disposto no parágrafo anterior, no transporte mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-
dos totais mensais dos livros auxiliares, para o Diário, deve ser primas, os produtos em fabricação e os bens em
feita referência às páginas em que as operações se encontram almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial
lançadas nos livros auxiliares devidamente registrados. levantado ao fim da cada período de apuração.
A pessoa jurídica que empregar escrituração mecanizada A pessoa jurídica é obrigada a conservar em ordem,
poderá substituir o Diário e os livros facultativos ou enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam
auxiliares por fichas seguidamente numeradas, mecânica ou pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a
tipograficamente. sua atividade, ou que se refiram a atos ou operações
Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação
referidos, deverão conter termos de abertura e de encerramento, patrimonial.
e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de
Registro do Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no livros, fichas, documentos ou papéis de interesse da
Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de escrituração, a pessoa jurídica fará publicar, em jornal de
Títulos e Documentos. grande circulação do local de seu estabelecimento, aviso
Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas Correntes, concernente ao fato e deste dará minuciosa informação,
que também poderão ser escriturados em fichas, terão dentro de 48 horas, ao órgão competente do Registro do
dispensada sua autenticação, quando as operações a que se Comércio, remetendo cópia da comunicação ao órgão da
reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em Secretaria da Receita Federal de sua jurisdição.
livros devidamente registrados.
Os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica,
No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa
relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis
jurídica adotará livro próprio para inscrição do balanço e demais
de exercícios futuros, serão conservados até que se opere
demonstrações financeiras, o qual será autenticado no órgão
a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os
de registro competente.
créditos tributários relativos a esses exercícios.
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá
O sujeito passivo usuário de sistema de processamento
manter, em boa ordem e segundo as normas contábeis
de dados deverá manter documentação técnica completa
recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua
Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na auditoria, facultada a manutenção em meio magnético,
legislação. sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada
A escrituração deverá ser individualizada, obedecendo a A escrituração ficará sob a responsabilidade de
ordem cronológica das operações. profissional qualificado, nos termos da legislação específica,
A pessoa jurídica, além dos livros de contabilidade previstos exceto nas localidades em que não haja elemento
em leis e regulamentos, deverá possuir os seguintes livros: habilitado, quando, então, ficará a cargo do contribuinte
I – para registro de inventário; ou de pessoa pelo mesmo designada.
II – para registro de entradas (compras); A designação de pessoa não habilitada profissionalmente
III – de Apuração do Lucro Real – LALUR; não eximirá o contribuinte da responsabilidade pela
IV – para registro permanente de estoque, para as escrituração.
pessoas jurídicas que exercerem atividades de compra, Desde que legalmente habilitado para o exercício
venda, incorporação e construção de imóveis, loteamento ou profissional referido neste item, o titular da empresa
desmembramento de terrenos para venda; individual, o sócio, acionista ou diretor da sociedade pode
V – de Movimentação de Combustíveis, a ser escriturado assinar as demonstrações financeiras da empresa e assumir
diariamente pelo posto revendedor. a responsabilidade pela escrituração.
Relativamente aos livros a que se referem os itens I, II e A escrituração será completa, em idioma e moeda
IV, as pessoas jurídicas poderão criar modelos próprios que corrente nacionais, em forma mercantil, com individuação
satisfaçam às necessidades de seu negócio, ou utilizar os livros e clareza, por ordem cronológica de dia. mês e ano, sem
porventura exigidos por outras leis fiscais, ou, ainda, substituí- intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras,
los por séries de fichas numeradas. emendas e transportes para as margens.
Os livros de que tratam os incisos I e II ou as fichas É permitido o uso de código de números ou de
que os substituírem, serão registrados e autenticados pelo abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio,
Departamento Nacional de Registro do Comércio, ou pelas revestido das formalidades estabelecidas em lei.
Juntas Comerciais ou repartições encarregadas do registro de Os erros cometidos serão corrigidos por meio de
comércio e, quando se tratar de sociedade civil, pelo Registro lançamento de estorno, transferência ou complementação.
Civil de Pessoas Jurídicas ou pelo Cartório de Registro de Títulos
e Documentos.
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ABREVIATURAS DO HISTÓRICO CONTÁBIL Basicamente, trata-se do valor gasto pela empresa para
Admite-se a utilização de abreviaturas no histórico que seu serviço ou produto seja comercializado, sempre
contábil. Algumas mais comuns são: considerando que toda produção envolve algum tipo cus-
to, desde as matérias-primas e maquinários, até a mão de
Cfe. = Conforme obra, aluguel, luz, água e assim por diante. Tudo que envolve
Ch. = Cheque a produção de bens e serviços está direta ou indiretamente
Dep. = Depósito qualificado como custo.
Dp. = Duplicata A partir daí, a questão gira em torno de ter esses custos
Fat. = Fatura sempre em vista e bem categorizados. Desta forma, o gestor
NF = Nota Fiscal ou diretor, possui as informações e ferramentas das quais
N/ = Nosso, nossa, nesse necessita para, não só planejar seu setor financeiro evitan-
Pg. = Pago do dívidas, como também para precificar seus produtos ou
Ref. = Referente serviços.
Transf. = Transferência Portanto, quando falamos em Contabilidade de Cus-
Vl. = Valor tos, estamos tratando de registrar os gastos das operações
de produção ou fornecimento de serviços. Sendo um pouco
mais técnico, é um registro contábil das operações da em-
FATOS CONTÁBEIS presa, que por sinal, podem ser divididos da seguinte forma:
Os fatos contábeis classificam-se em: • Contabilidade de Custos de Serviços – gastos
a) Fatos Permutativos gerados na prestação de serviços.
b) Fatos Modificativos • Contabilidade de Custos Industriais – gastos
c) Fatos Mistos gerados na produção de produtos.
FATOS PERMUTATIVOS Qual a finalidade da Contabilidade de Custos?
Não alteram o patrimônio líquido, ocorrendo somen- Certo, uma vez entendido o conceito da contabilidade
te trocas entre os elementos do patrimônio, tais como: de custos, é chegada a hora de entender sua real finalidade
bens por bens, bens por obrigações, direitos por bens, etc. dentro do negócio. Possivelmente já tenha ficado claro que
Exemplos: o objetivo principal dessa atividade é separar e registrar os
- compra de mercadorias a vista (bens por bens) componentes do custo de produção de um determinado
- compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações) produto ou do fornecimento de um serviço.
- recebimento de uma duplicata (direitos por bens) Com isso, é possível fornecer a análises dos gastos que
podem ser interpretadas pelas áreas de gestão e servir de
FATOS MODIFICATIVOS parâmetro para definições importantes como, por exemplo:
Alteram o patrimônio líquido aumentando-o ou dimi- • A formação do preço de venda de cada item;
nuindo-o, como as receitas e as despesas. Exemplos: • A identificação de produtos que apresentam
- receitas de aluguel problemas;
- fato modificativo aumentativo • A orientação de melhorias de processos que
- receitas de juros - fato modificativo aumentativo aumentarão a produção ou as vendas;
- despesas de salários - fato modificativo diminutivo • O embasamento de decisões de produção entre
- despesas financeiras - fato modificativo diminutivo comprar, produzir, terceirizar, etc.
Além disso, a Contabilidade de Custos recebe informa-
FATOS MISTOS ções para outros departamentos da empresa, por intermé-
Combina fatos permutativos e modificativos. Exemplos: dio de relatórios e de inventários:
- venda de mercadorias com lucro • Setor Financeiro – Informa ou dá subsídios sobre
- Fato Misto Aumentativo entradas de matérias-primas, folha de pagamento, perdas
- venda de mercadorias com prejuízo - Fato Misto Di- de fabricação;
minutivo • Setor Industrial – Permite a distribuição da mão-
- pagamento de uma duplicata com juros - Fato Misto de-obra, registra requisições de materiais para o processo
Diminutivo produtivo;
- recebimento de uma duplicata com juros - Fato Misto • Setor Pessoal – Informa sobre número de
Aumentativo31 funcionários, rotatividade de mão-de-obra;
• Setor Comercial – Trata de pedidos de fabricação,
Contabilidade de Custos valor de manufatura, controle de estoque e etc.
Bem, começaremos explicando o que, de fato, é a con- É ainda através da contabilidade de custos, que infor-
tabilidade de custos. De forma simplificada, coisa bem di- mações importantes são registradas, como os custos por
fícil quando falamos no tema, a contabilidade de custos é período, total de itens produzidos, cálculo de custo médio
a área da contabilidade que identifica e mede todos os e outros, informações estas que são importantes para de-
custos gerados pela empresa. cisões estratégicas que definem quais alternativas a admi-
31 Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br – Por Júlio nistração pode tomar para reduzir perdas ou melhorar seu
César Zanluca desempenho como um todo.
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Ainda explicando o fator “finalidade”, a contabilidade • Custo Orçamentário – Relaciona não somente o
de custos possui como principal função calcular o custo custo padrão, mas agrega outros gastos como despesas
de produção do período (CPP), que por sinal, considera indiretas, e serve para prever a necessidade financeira de
três tipos de elementos: os materiais diretos, a mão de obra forma mais completa.
direta e o custo indireto de fabricação (CIF) que são, res- Quando se compara o custo padrão com o custo
pectivamente, as matérias primas, embalagens e afins, os real, por exemplo, a gestão pode encontrar, através das di-
salários e encargos, e por fim, aluguel, energia, depreciação ferenças, perdas de produção e falhas de processo e pode
dos equipamentos e etc. tratar de corrigi-las.
São essas classificações que permitem à diretoria e
Como e por que classificar os custos? gestão das empresas, embasar diversas tomadas de deci-
Para que esse tipo de contabilidade funcione, os cus- sões pertinentes ao negócio.
tos têm que ser classificados cuidadosamente, de forma a
permitir a contabilização correta de cada fator. Dentre as Como utilizar a Contabilidade de Custos?
classificações possíveis, temos os custos fixos, semifixos e Diversos setores da empresa podem utilizar como base
variáveis, além dos direto e indiretos. Veja a baixo um pou- os dados as informações colhidas e tomar decisões para
co mais sobre cada um deles. melhorar os resultados, buscando a meta fundamental de
No volume de produção, os custos são divididos en- todas as empresas: maximizar os ganhos e diminuir os
tre fixo, semifixo e variável: gastos.
• Custos Fixos – Não variam conforme a quantidade Um dos principais focos da Contabilidade de Custos
de itens produzidos. Exemplo: Aluguel de imóvel, limpeza é a formação do preço de venda de um item. Como dis-
da área fabril, vigilância do parque industrial; semos no começo do artigo, o registro do custo é feito
• Custos semifixos – Permanecem fixos até através de contas de custeio. Esse custeio pode ser feito
determinada faixa de produção, mas mudanças mais através de um dos vários critérios de classificação dos quais
intensas geram variações; falamos, entre eles:
• Custos Variáveis – São proporcionais ao volume • Custeio por Absorção – Utilizada a classificação
produzido, como os insumos, matéria-prima e a energia relativa ao produto, considerando os custos diretos e
elétrica. indiretos;
Já em relação ao produto, os custos são classificados • Custeio Direto – Também chamado de Custeio
em diretos e indiretos: Variável, separa os custos de acordo com o volume de
• Custos Diretos – São diretamente vinculados produção, mas somente se presta a análises internas por
aos itens produzidos e incluem materiais que fazem parte questões de princípios contábeis brasileiros.
do produto acabado como rótulos, garrafas e tampas. Então, para a formação do preço de venda, são consi-
Também integra os custos diretos a mão-de-obra direta que derados os custos diretos do produto e aplicada a margem
são os empregados que participam da linha de produção; de contribuição e o rateio dos custos indiretos. Assim, é
• Custos Indiretos – São relativos aos materiais possível ver quantas unidades do item é preciso vender
indiretos que servem para produção ou acabamento na para que a produção não gere um prejuízo, cubra todas
linha fabril. Cola, pregos, lubrificantes são exemplos de suas despesas e custos e, claro, gere lucros à empresa.
materiais indiretos. A mão-de-obra indireta também entra Vendo por todos esses aspectos, a contabilidade de
nessa contabilização: gestores, inspetores, transportadores custos não é somente um assunto amplo, como é também
são exemplos cabíveis aqui. fundamental, afinal, ela trata diretamente da sustentabili-
Além deles, há as despesas de fabricação que, de for- dade de seu negócio e permite clara visão de muitos dos
ma geral, não são ligadas ao processo produtivo de forma aspectos relativos à saúde financeira da sua empresa.32
direta, mas que são indispensáveis à produção e abrangem
um leque de possibilidades, variando conforme o planeja- Contabilidade Gerencial
mento de contas da empresa. A água, a luz e o material A contabilidade gerencial utilizar-se de temas de ou-
de limpeza podem entrar nesse conjunto de gastos. tras disciplinas, ela se caracteriza pôr ser uma área contábil
Outra classificação importante de citar é sobre o plane- autônoma, pelo tratamento dado à informação contábil,
jamento e a controladoria, pois os custos contemplam in- enfocando planejamento, controle e tomada de decisão,
formações necessárias para preparar orçamentos. A clas- dentro de um sistema de informação contábil. A contabili-
sificação se dá por: dade gerencial é relacionada com o fornecimento de infor-
• Custo Real ou Histórico – Apurado sobre itens já mações para os administradores, isto é, aqueles que estão
produzidos e registrado no Livro Razão de Custos; dentro da organização e que são responsáveis pela direção
• Custo Estimado – Baseia-se em estimativas e controle de suas operações, a contabilidade gerencial
e dados de períodos anteriores e serve para indicar pode ser constatada como contabilidade financeira, que é
possibilidades de produção, ou previsão de gastos; relacionada com o fornecimento de informações para os
• Custo Padrão – É também uma previsão de acionistas, credores e outros que estão de fora da organi-
custo, calculada não de acordo com dados históricos, mas zação.
capacidade produtiva (material, tempo de fabricação e
despesas para cada unidade a ser produzida); 32 Fonte: www.erpflex.com.br – Por Alexandre Kirslys
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
Diferença entre a contabilidade gerencial e a finan- Gestão financeira através de fluxo de caixa
ceira Outra utilização importante da contabilidade gerencial é a
A Contabilidade Financeira é a base da Contabilidade correta gestão financeira, que poderá contar com o uso de fer-
Gerencial, entretanto, muito mais limitada, já que é pautada ramentas como, por exemplo, o fluxo de caixa Tradicional e o
em aspectos bastante normativos, ou seja, é regida por Projetado que permitem que a empresa conheça quanto possui
leis, normas, princípios e resoluções contábeis. de recursos financeiros disponíveis, quais são suas expectativas
Do outro lado, a Contabilidade Gerencial, é voltada para o futuro e como ela poderá empregar estes recursos em
para os usuários internos da organização e não possui suas principais necessidades.
normatizações ou limitações, sendo seus relatórios elabo-
rados de acordo com a necessidade destes usuários. Redução de desperdícios
Outro ponto é a periodicidade, que no caso da Con- A contabilidade gerencial também atua na redução de des-
tabilidade Financeira é regida pelas normatizações, o que perdícios, sejam eles de recursos financeiros, humanos, tecnológi-
exige datas pontuais para a entrega de demonstrações e cos ou relacionados à atividade principal da empresa. Também per-
declarações, o que já não ocorre na Contabilidade Geren- mite encontrar e solucionar os chamados gargalos de produção,
cial, que pode gerar informações e fornecer análises sem que são áreas, funcionários ou processos que possuem alguma
uma data pré-definida. limitação que pode, até mesmo, comprometer toda a produção.
Relatórios da Contabilidade Gerencial e Financeira Comunicação que favorece decisões estratégicas
Especificamente em relação aos relatórios, na Con- Com um caráter ligado à comunicação, a Contabilidade Ge-
tabilidade Gerencial, é possível citar aqueles relativos ao rencial permite uma maior eficiência neste ponto junto a todos
desempenho de um determinado produto, departamen- os níveis de gestão, o que permite que as decisões estratégicas
to ou, até mesmo, colaborador, sendo possível, também, sejam tomadas de forma mais clara, objetiva e com segurança.
o detalhamento dos custos e das receitas gerados em
um determinado período e a análise destes por diferentes Como a contabilidade gerencial pode ser utilizada em
sua empresa
ângulos.
A implementação da contabilidade gerencial começa com
Já na Contabilidade Financeira, o produto final é repre-
o correto registro e reconhecimento da movimentação con-
sentado pelas Demonstrações Contábeis, como o Balanço
tábil de uma empresa, que deve ser feita, preferencialmente, em
Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, De-
softwares integrados de gestão, que permitam conhecer, de
monstração de Lucros e Prejuízos Acumulados ou Demons-
forma completa, toda a movimentação da empresa em um de-
tração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração
terminado período de tempo.
do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.
A utilização de um bom software, além de permitir a geração
Outro aspecto bastante importante e que diferencia a da informação em tempo real, deve permitir a emissão de relatórios
Contabilidade Gerencial da Financeira é que no caso da diferenciados, que possibilitem ao gestor o conhecimento dos cus-
primeira, os cálculos, relatórios e análises estão voltados tos, despesas e receitas, além de outros aspectos, de forma deta-
para o futuro, uma vez que projeções, tendências, estraté- lhada, mostrando todos os pormenores da atividade empresarial.
gias e ferramentas financeiras são utilizadas para melhorar Além disso, podem ser implementados, como já visto, o uso
a performance da empresa ou ainda deixá-la mais eficiente. de ferramentas gerenciais, como o fluxo de caixa, orçamentos,
Já no segundo caso, os registros contábeis represen- projeções, análises de índices e de demonstrações contábeis que
tam o passado, ou seja, mostram os fatos que modificaram podem ajudar a traçar um perfil da empresa, mostrando onde
o patrimônio de uma determinada organização e o impac- ela está e onde será possível chegar.34
to que estes têm para a empresa, não sendo possível, neste
ponto, nenhuma intervenção, já que estes já ocorreram. Contabilidade gerencial não é apenas uma matéria didática,
e sim um conhecimento para uma carreira profissional.
Vantagens da utilização da contabilidade gerencial O desenvolvimento que a Contabilidade Gerencial pode ter
A utilização dos relatórios que são gerados na con- com o uso inteligente de métodos quantitativos e com a difusão
tabilidade financeira permite que os gestores tomem suas de sistemas de informações gerenciais em processamento ele-
decisões de forma adequada, mas, além disso, a contabi- trônico é difícil de dimensionar, mas certamente parece enorme.
lidade gerencial permite o aumento da eficiência de todas Ainda que a Contabilidade auxilie bastante no fornecimento de
as funções da empresa, já que o conhecimento dos recur- informações para decisões cujo conhecimento e tratamento ínti-
sos faz com que seja possível sua utilização de uma forma mo estejam afetos a outras ramificações.
mais racional. O objetivo da contabilidade gerencial é de fazer a conexão
entre as ações locais dos gerentes e a lucratividade da empresa,
Precificação mais eficiente para que eles possam saber quais ações suas levam a empresa
Com o detalhamento dos custos e despesas, a correta em direção à sua meta.
fixação do preço de venda, margem de contribuição, pon- A Contabilidade gerencial tem como fundamento um apren-
to de equilíbrio e estratégias que maximizem o lucro da dizado mais profundo, tanto para aqueles que irão ingressar nessa
empresa. área, como aqueles que já operam como um profissional, e principal-
mente, auxiliar os gestores na tomada de decisão nas organizações.
Menezes 34 Fonte: www.erpflex.com.br – Por Camila Lopes
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ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
4. (FCC - 2012 - TRF) A receita pública: 8. (FCC – 2009 - TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
I. classifica-se em orçamentária e extraorçamentária. DE GOIÁS) A Lei Orçamentária Anual visa concretizar os
II. orçamentária classifica-se nas categorias objetivos e metas propostas no Plano Plurianual, segundo as
econômicas denominadas receitas correntes e receitas diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias
de capital. e compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento
III. classificada como transferência corrente é oriunda a) da seguridade social e a política de aplicação das agências
de recursos financeiros recebidos de outras entidades de financeiras de fomento.
direito público ou privado e destinados ao atendimento b) de investimentos das empresas estatais e as metas e
de gastos, classificáveis em despesas correntes. prioridades da administração pública.
IV. de contribuições é também uma fonte das receitas c) da seguridade social e as alterações na legislação
correntes, destinada a arrecadar receitas relativas tributária visando a arrecadação de tributos.
a contribuições sociais e econômicas, destinadas à d) de investimentos das empresas estatais e o orçamento
manutenção dos programas e serviços sociais e de da seguridade social.
interesse coletivo. e) da seguridade social e as metas e prioridades da
É correto o que consta em: administração pública.
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas. 09. (CESGRANRIO/2012 – Transpetro) A técnica
c) III e IV, apenas. empregada para o registro dos fatos contábeis e que tem
d) I, II e IV, apenas. como objetivo o controle do patrimônio e de suas variações
e) II e III, apenas. é denominada
a) controladoria
5. (FCC 2012 - Tribunal de Contas do Estado do b) consolidação
Amapá) Conforme o artigo 165 da Constituição Federal c) combinação
“a lei [...] estabelecerá, de forma regionalizada, [...] d) demonstração
e) escrituração
objetivos e metas da administração pública federal para
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
10. (CESGRANRIO/2013 – BNDES) A análise econômi-
as relativas aos programas de duração continuada”, cujos
co-financeira de um projeto empresarial determina se ele
princípios básicos devem incluir a identificação clara
gerará riqueza ou destruirá valor para os donos da em-
dos objetivos e das prioridades do governo, garantia de
presa. O método de análise que utiliza a TIR (Taxa Interna
transparência e gestão orientada para resultados. No
de Retorno) do projeto como critério de decisão foi muito
ciclo orçamentário tal lei será a
utilizado pelos executivos nas décadas passadas. Porém, de
a) de Diretrizes Orçamentárias. uns anos para cá, parece haver uma predileção pelo método
b) do Orçamento Anual. VPL (Valor Presente Líquido) de análise.
c) do Plano Plurianual. Isso se deve ao fato de que o método da TIR
d) do Plano de Desenvolvimento Nacional. a) gera uma única taxa interna de retorno, seja qual for a
e) do Plano de Aceleração do Crescimento. apresentação dos fluxos de caixa do projeto.
b) gera uma taxa interna de retorno que não apresenta
6 (FCC 2012 - Tribunal de Contas do Estado do Amapá) relação matemática com o método VPL.
Segundo o artigo 48 da Constituição Federal, “Cabe c) supõe que todos os fluxos de caixa negativos são
ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente reinvestidos à taxa interna de retorno do projeto.
da República [...] dispor sobre todas as matérias de d) supõe que todos os fluxos de caixa positivos são
competência da União, especialmente sobre” os reinvestidos à taxa interna de retorno do projeto.
instrumentos de gestão pública em que se inclui: e) supõe que todos os fluxos de caixa positivos e negativos
a) o Sistema Integrado de Administração Financeira. são reinvestidos à taxa interna de retorno do projeto.
b) as Diretrizes Contábeis Internacionais.
c) as Diretrizes Curriculares dos Congressistas.
d) o Sistema de Prestação de Contas de Partidos. GABARITO
e) as Diretrizes Orçamentárias.
01 C
7. (ESAF 2012 - - AFC – SFC) Entre os demonstrativos 02 D
financeiros aplicados ao setor público, a Lei de 03 C
Responsabilidade Fiscal estabeleceu um deles como
04 A
elemento obrigatoriamente integrante do Relatório
05 C
Resumido da Execução Orçamentária o(a):
06 E
a) Balanço Orçamentário
07 A
b) Balanço Financeiro
08 D
c) Balanço Patrimonial
d) Demonstração das Variações Patrimoniais 09 E
e) Demonstração do Resultado do Exercício 10 D
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ADMINISTRAÇÃO
ANOTAÇÕES
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MARKETING
BLOCO 2:
Marketing: Conceitos básicos.............................................................................................................................................................01
Criando valor para o cliente................................................................................................................................................................02
Marketing de relacionamento.............................................................................................................................................................10
Administração de Marketing...............................................................................................................................................................19
Planejamento de Marketing................................................................................................................................................................34
O ambiente de Marketing e vendas..................................................................................................................................................38
Análise do mercado, da concorrência e do consumidor............................................................................................................41
Pesquisa de mercado.............................................................................................................................................................................46
Segmentação e posicionamento........................................................................................................................................................51
Estratégias de Marketing......................................................................................................................................................................54
Vendas: Planejamento de vendas......................................................................................................................................................60
Funções da atividade de vendas. Venda e comunicação integrada de Marketing.............................................................66
Técnicas de vendas e negociação......................................................................................................................................................79
Análise e controle de vendas..............................................................................................................................................................91
Conquista e manutenção de clientes................................................................................................................................................94
Sistemas de informação em vendas............................................................................................................................................... 101
MARKETING
1
MARKETING
[Valores Percebidos] – [Custos de Aquisição (não apenas monetários)] = Criação de Valor para o Cliente
Às vezes a solução para nossos problemas está mais próxima de nós do que acreditamos. E na questão de como criar
valor para o cliente, a resposta pode se resumir em uma equação simples de entender (mas não tão fácil de implementar).
A todo momento, quem trabalha com vendas fala em entregar valor para o cliente, mostrar o valor da solução para
o cliente, criar valor para o cliente e outras expressões semelhantes.
2
MARKETING
Assim como o trabalho de um artesão, o segredo para criar valor para o cliente está no cuidado aos detalhes.
E o foco de como criar este valor para o cliente acaba caindo sobre metodologias que ensinam como entender as ver-
dadeiras necessidades do prospect e mostrar para ele como o produto ou serviço que sua empresa vende pode ser valioso,
pois é a solução para resolver da melhor forma essa necessidade que ele tem.
Será que não existe uma maneira mais fácil de equacionar em nossa cabeça como o cliente forma essa percepção de
valor sobre a solução que oferecemos?
Sim, existe, e ela foi bem explicada por Philip Kotler em uma equação que utiliza 8 elementos que somados e subtraí-
dos entre si fornecem o valor que o cliente usa para decidir se compra ou não seu produto ou serviço.
[Valores Percebidos] – [Custos de Aquisição (não apenas monetários)] = Criação de Valor para o Cliente
O resultado é o que se chama de Valor Entregue para o Cliente, que é o que você deve evidenciar para ele no pro-
cesso de venda.
Muito bem, o Custo Total para o Cliente nesta equação é composto de quatro elementos:
1. Custo psíquico
2. Custo de energia física
3. Custo de tempo
4. Custo monetário
A soma dos valores subtraída dos custos, gerará o Valor Entregue para o Cliente.
Uma forma de entender isso seria observando esta ilustração em que os 3 primeiros custos são representados pelo cír-
culo laranja; o custo monetário é destacado com o nome de preço no círculo roxo e o Valor Total para o Cliente, quando
supera o custos, aparece nesta figura na cor verde.
3
MARKETING
Fonte: Design
Vamos detalhar, a seguir, cada um dos oito elementos usados para criar valor para o cliente.
1- Custo psíquico
O comprador com quem você trata tem sobre suas costas toda a responsabilidade de tomar uma decisão complexa e
que pode impactar tanto positiva como negativamente na empresa para a qual trabalha.
O estresse inerente a esta função é grande e o comprador, ou, muitas vezes, o diretor de uma área, se preocupa em
que seu prestígio dentro da organização não seja abalado por uma escolha errada.
A melhor maneira de diminuir este custo é trazendo cases, dados concretos, informação de qualidade e outros fatores
que deixem o comprador confiante e seguro sobre a solução que você está oferecendo.
3- Custo de tempo
O custo de tempo envolve dois fatores:
• Tempo para tomar a decisão
• Tempo para que a decisão seja implementada
O vendedor pode tornar este primeiro fator menos custoso ao tornar o processo de compra o mais ágil possível e, com
isso, estará criando valor para o cliente de forma indireta, ao diminuir este custo.
Note que muitos dos seus esforços para diminuir custos de tempo também se refletem nos custos de energia física.
Para isso, torne o processo de compra o mais célere possível.
Por exemplo: crie um checklist em que se visualizam rapidamente, na forma de bullets, todos os benefícios que sua
solução vai trazer ao cliente, ou se ofereça para criar uma apresentação de slides com tudo pronto para ele apresentar para
a diretoria o projeto de implantação da solução.
Quanto ao custo de tempo de implementação da solução, como análises e estudos necessários, visitas técnicas, defini-
ção de especificações, treinamentos e outras semelhantes, este é um fator que o profissional de vendas não pode controlar.
Mas, a cada nova implementação, ele pode levar feedbacks para a equipe de desenvolvimento de produtos com o
objetivo de melhorar esse processo e torná-la o mais ágil, rápido e menos custoso para o cliente.
Além disso, um acompanhamento constante dos progressos e auxílio no que for preciso, sempre poderá surpreender
positivamente e gerar um efeito de fidelização sobre o cliente.
4
MARKETING
4- Custo monetário
O preço do produto deve ser encarado pelo vendedor como a peça menos importante de toda esta equação.
Baixar o preço para criar valor para o cliente é a pior solução possível, como veremos mais adiante.
E se o vendedor se vir obrigado a fazer uma negociação de preços ou conceder outras vantagens monetárias, como
parcelamentos, bonificações em produtos, assistência técnica gratuita, taxa de juros diferenciada e outras, sempre deve
fazer isso em função de uma concessão da outra parte.
Simplesmente baixar o preço ou aumentar o número de parcelas sem uma compensação do comprador não cria valor
para o cliente, apenas deprecia o produto ou serviço que sua empresa comercializa.
1- Valor da imagem
Sim, mesmo em vendas B2B a imagem da marca é levado em conta pelo comprador corporativo.
Quer um exemplo fácil de entender? Imagine o comprador de uma rede de hotéis de luxo que precisa equipar os quar-
tos do hotel com aparelhos de TV.
Você acha que ele vai optar por uma marca qualquer, sem prestígio ou relevância no mercado, ou tomará o cuidado de
analisar esse quesito em sua equação de valor?
O mesmo vale para outros ramos menos glamourosos. Uma grande firma de consultoria empresarial não pode simples-
mente equipar seus executivos que visitam clientes com uma marca de notebooks qualquer, existe todo um status por trás
desses equipamentos que se traduzem em valor para o cliente deles, assim como em smartphones e outros dispositivos
semelhantes.
Outro exemplo muito comum do valor da imagem em vendas B2B é a escolha de empresas de auditoria de balanços
por bancos e outras organizações de grande porte. Quanto mais conceituada for a consultoria escolhida, mais valor para o
cliente o banco vai transparecer.
Não deixe de usar a imagem e o prestígio de sua marca ao fazer vendas B2B.
2- Valor do pessoal
Por valor do pessoal, Kotler queria se referir a competência da equipe da empresa fornecedora para dar a devida
atenção ao cliente e prestar uma verdadeira consultoria para ele, mostrando que conhecem seus produtos ou serviços, o
mercado, seus concorrentes e que sua opinião e assessoria têm grande valor para ele.
O cliente precisa confiar no pessoal da empresa e ter certeza que estão buscando a melhor solução para seu negócio
e não apenas correndo atrás de comissões e querendo empurrar uma venda.
Na verdade, esta frase de Peter Drucker traduz muito bem como criar valor para o cliente através das pessoas que o
atendem:
5
MARKETING
Fonte: Citador
Isso é: coloque-se na posição da pessoa para quem você tem que vender, entenda seu negócio a fundo, suas necessi-
dades reais, e ache a solução ideal, aquela que você adotaria se estivesse no lugar dele.
4- Valor do produto
O valor do produto são os benefícios que este traz para o cliente e que ele reconhece como importantes para resolver
seu problema. Lembre-se, não estamos falando de preço, mas de valor: o quão valiosa pode ser aquela solução para a
empresa que a adquire.
Um produto pode ser confiável, durável, ter um desempenho melhor, ser mais simples de usar e até mesmo questões
como o design podem ser valorizadas pelo cliente.
Normalmente o valor do produto está em algum ou em vários destes três fatores:
1. Ele vai ajudar o cliente a diminuir custos de produção ou manutenção
2. Ele vai reduzir algum risco inerente ao negócio do cliente
3. Ele vai fazer o cliente ganhar mais dinheiro
Não existe nenhum outro motivo racional para se enxergar valor no produto, no que tange a este quesito específico
da equação de valor.
6
MARKETING
Confira neste infográfico, um resumo de tudo o que falamos até agora neste artigo:
Criar valor para o cliente é um trabalho contínuo de somar valor e diminuir custos
Para diminuir o Custo Total para o Cliente, um bom vendedor deve focar na diminuição dos custos de tempo, de ener-
gia física e custo psíquico, como ilustramos em diversos exemplos na parte inicial do texto, se esforçando para desenvolver
uma venda consultiva, que ajuda o cliente a fechar a compra mais depressa e com menos esforço, mesmo se tratando de
uma venda complexa.
Quanto ao preço, é um elemento sobre o qual o vendedor tem algum controle, no entanto, como dissemos antes, mas,
apesar da facilidade de manipular este elemento, isso, deve ser evitado a todo custo e usadas estratégias de negociação
para não reduzir preços.
Reforçamos: o foco do profissional de vendas sempre deve ser o valor da solução e não o preço!
Por fim, e muito importante que o vendedor note que ele tem pouco poder de alterar o Valor Total para o Cliente, pois
o produto ou serviço é fornecido pelas outras áreas da empresa dentro de um determinado padrão.
O que ele pode fazer nesse sentido é ressaltar isso aos olhos do cliente, estudando o mercado, a empresa dele e os
benefícios que a solução vai entregar.
Outra maneira de aumentar o Valor Total do Cliente é com auxílio de equipes de Customer Success, especializadas
em acompanhar e assessorar os clientes para que atinjam o maior sucesso possível no uso da solução que adquiriram.
7
MARKETING
É a diferença entre as percepções do cliente quanto aos benefícios e custos da compra e uso de produtos e serviços e
os custos que eles incorrem para obtê-los.
Desta forma, valor entregue ao consumidor é a diferença entre o valor total esperado e o custo total do consumidor.
Onde, valor total para o consumidor é o conjunto de benefícios esperados por determinado produto ou serviço, enquanto
custo total do consumidor é o conjunto de custos esperados na avaliação, obtenção e uso do produto ou serviço.
Valor Agregado
Podemos agregá-lo de várias maneiras, das mais criativas às mais tradicionais. Prestar serviço ao cliente é uma das mais
comuns atualmente. Por exemplo: só o fato de o dono da empresa estar presente na hora da assinatura de um contrato, é
uma forma de agregar valor ao produto ou serviço.
8
MARKETING
O importante é sabermos que o conceito de valor não se forma no produto ou serviço. Ele é formado na mente das
pessoas. Ele é a percepção que cada um tem de quanto vale determinado bem ou serviço.
Quando ouvimos aquela frase: “ é caro mas vale a pena”, sabemos que aí temos um bom conceito de valor percebido
pelo cliente. Na verdade não é caro porque vale pelo benefício que proporciona.
Uma nota de R$50,00 não custa mais do que R$0,50 para ser produzida, no entanto todos acreditam que ela de fato
vale R$50,00, porque este é o valor percebido em nossa mente. De fato podemos trocá-la por mercadorias até esse valor,
em qualquer parte do país. O Governo Federal foi sem dúvidas muito eficiente em nos convencer que este é o valor ver-
dadeiro daquele produto.
9
MARKETING
Quando procuramos vender um produto ou serviço devemos sempre mostrar os benefícios que a aquisição deste pro-
duto ou serviço irá proporcionar ao nosso cliente, satisfazendo seus desejos e necessidades. A demonstração dos benefí-
cios deverá tirar todas as dúvidas em relação ao produto ou serviço quebrando as objeções e permitindo ao consumidor
fazer uma avaliação e tomar a decisão pela compra ou não.
Valor Percebido
Outro ponto importante tem que ser levado em conta. Quando alguém compra um produto, é criada uma expectativa
em cima do que vai ser apresentado. Quando o produto é recebido é a hora da percepção, que vai confirmar, anular ou
superar suas expectativas. Fazendo essa comparação, obtém-se a satisfação.
De acordo com Kotler e Armstrong: “[…] a satisfação do cliente depende do desempenho do produto percebido
com relação ao valor relativo às expectativas do comprador”. Isso significa que se o desempenho for de acordo com as
expectativas, teremos um comprador satisfeito. Agora, se exceder as expectativas, aí teremos um comprador encantado.
Encantar o cliente
Empresas orientadas para o marketing trabalham sempre para manter seus clientes satisfeitos, pois clientes satisfeitos
voltam a comprar e ainda falam sobre suas boas experiências com o produto. A chave para o sucesso é encontrar o ponto
de equilíbrio entre as expectativas do cliente e o desempenho da empresa.
Empresas bem preparadas têm como meta “encantar” seus clientes, e conseguem isso quando prometem somente o
que podem oferecer e depois oferecem “mais” do que prometeram.
Encantar seus consumidores acaba criando um bom relacionamento, que é conquistado com ações que ocorrem sem
o cliente esperar, aos poucos a cada dia, com ações objetivando levar conforto, comprometimento e acima de tudo, credi-
bilidade ao cliente.
Com ações como estas seu cliente fala positivamente da sua empresa, pois está sendo feito por ele algo que ninguém faz.
MARKETING DE RELACIONAMENTO.
Atualmente, nós, que trabalhamos na área de atendimento, devemos mudar a mentalidade de “fechar uma venda”
para a de “iniciar um relacionamento com o cliente”. Para que esse relacionamento nos proporcione lealdade, precisamos
aprender a dialogar com nossos clientes.
Sendo assim, devemos interagir com os nossos clientes, pois são eles que passam o feedback dos nossos serviços e
produtos. É necessário conversar, saber a opinião deles e entender quais são as suas expectativas, para melhor atendê-los.
10
MARKETING
Em seu livro “Marketing de Relacionamento”, Vavra e-mails para falar das novidades, descontos ou até mes-
menciona alguns dos benefícios que o diálogo com o clien- mo convidá-los para participar de eventos. Faça pós venda
te pode trazer: não deixa o cliente esquecer de você.
• Abertura para que o cliente dê sugestões para cor- Atualmente, também é possível utilizar as redes so-
rigir erros e promover melhorias na empresa; ciais para interagir com os clientes. Elas nos proporcio-
• Ideias sobre novos produtos e maneiras de apre- nam esse contato mais próximo, que podemos utilizar a
sentar os produtos atuais; nosso favor. Utilize também o WhatsApp para falar sobre
• Despertar um maior interesse no cliente potencial, lançamentos de produtos ou sobre um novo cardápio.
sem deixá-lo aborrecido ou frustrado;
• Fazer que o cliente sinta-se mais leal e compro- Marketing de Relacionamento: Fidelizar o cliente e
missado ao fazer negócios com a empresa; melhorar a reputação da sua marca
• Agregar valor aos produtos e serviços. Em algum momento da sua carreira de empreendedor,
você já deve ter ouvido a frase: “É mais difícil manter um
Para Vavra, o contato direto com o cliente é uma das cliente do que conquistá-lo”. Os dois processos são desa-
melhores maneiras de construir relacionamentos duradou- fiadores, claro, mas fidelizar um cliente exige um conjunto
ros. de estratégias diferenciadas, o que conhecemos no mer-
Seguem algumas dicas para se aproximar dos seus cado como marketing de relacionamento.
clientes: Entenda o que é Marketing de Relacionamento
Deixe no seu estabelecimento uma urna ou uma caixa
de sugestões para que o cliente compartilhe suas opiniões O que é marketing de relacionamento:
sobre a loja ou informe sobre algum produto que espera- Trata-se de ações realizadas pela empresa com o obje-
va adquirir, mas não encontrou. Não é necessário que o tivo de manter o cliente próximo. Diante da concorrência,
cliente se identifique, pois dessa forma ele se sentirá mais à que oferece os mesmos produtos a preços equivalentes, é
vontade para fazer sua avaliação. necessário se destacar na memória das pessoas. Além dis-
Devemos nos preocupar, principalmente, com aqueles so, um cliente fidelizado também realiza o famoso “boca a
que não reclamam, pois esses vão embora e não retornam. boca”, criando uma boa reputação da sua empresa e ala-
Os clientes que demonstram sua insatisfação são os que de- vancando seu negócio.
sejam ainda manter um relacionamento com sua empresa. O marketing de relacionamento promove essa ligação
Interaja com seus clientes. afetiva, por meio de algumas estratégias que veremos ao
– Em uma loja de roupas, por exemplo, você pode, longo do texto. Antes, é importante lembrar que para rea-
mediante autorização, tirar fotos de suas clientes (com as lizar um bom planejamento, é necessário conhecer mui-
roupas da loja) e colocá-las em um mural ou postá-las no to bem sua base de clientes, seus gostos e necessidades.
Facebook, marcando a cliente. Dessa forma, todos os seus Você pode obter essas informações por um software para
amigos a verão e isso será, automaticamente, uma propa- gestão comercial, pesquisas de satisfação, entre outras
ganda da sua loja. Seja uma consultora de moda, estude ações.
moda, as tendências e auxilie sua cliente. Dê dicas de mo- Identifique quais são aqueles que fazem negócio com
das, enviei e-mail, ou use o face e watsapp para informar mais frequência e que fazem diferença no seu faturamen-
dicas de moda. Ofereça um curso de moda para suas prin- to e monte uma estratégia diferenciada. Esses clientes
cipais clientes que pode ser abordado assuntos como uso precisam de um acompanhamento mais personalizado e
de roupa para cada ocasião, o certo e errado, como usar próximo, para que essa relação seja duradoura e sempre
acessórios com determinados tipos de roupas. vantajosa.
– Em restaurantes, barzinhos, cafeterias ou pizzarias,
você pode pedir que o cliente crie um drink ou um prato, Estratégias utilizadas pelo marketing de relaciona-
que levará seu nome. Chame um chefe de cozinha para mento
ensinar pratos diferentes e dicas de culinárias, e convide Confira algumas das estratégias de marketing de re-
seus principais clientes. lacionamento mais utilizadas e como aplicá-las em seu
– Envie um cartão no aniversário do cliente ou em ou- negócio:
tras datas comemorativas.
– No dia 15 de setembro, dia do cliente, dê brindes, Atendimento de qualidade
cartões de agradecimento, descontos ou chame seus clien- Pode parecer óbvio, mas é sempre bom lembrar como
tes para um café ou chá da tarde especial. um bom atendimento é essencial para fidelizar o cliente.
– Faça uso de cartões fidelidade. Pode ser utilizado em Afinal, o que é Marketing de Relacionamento se não con-
salões de beleza, lojas, restaurantes etc. quistar a confiança de seu cliente mostrando proximidade
– Valorize aquele cliente que faz indicações e propa- e interesse em ajudá-lo sempre? De acordo com uma pes-
ganda gratuita do seu estabelecimento. Dê um presente ou quisa realizada pela revista Pequenas Empresas, Grandes
um grande desconto. Negócios, 61% das pessoas afirmam que receber um bom
– Utilize um sistema de gerenciamento de dados com atendimento é mais importante do que o valor ou quali-
informações dos seus clientes, com suas últimas com- dade do produto. Por isso, invista nos canais de contato e
pras, preferências, datas de aniversário etc. Ligue ou envie na capacitação do seu time.
11
MARKETING
A fidelização depende de esforços diários para ajudar Relacionamento com diversos públicos nas Organi-
seu cliente a ter aquilo que ele busca zações
Qual o conceito de Públicos e quais os existentes?
Programas de fidelidade Para Cândido Teobaldo: público é “o agrupamento es-
Essa estratégia pode garantir um bom retorno. Para pontâneo de pessoas adultas ou grupos sociais organiza-
iniciar o planejamento, é preciso pensar em alguns pon- dos, com ou sem contigüidade física, com abundância de
tos importantes: o tipo de premiação, as regras de funcio- informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e
namento, pontuação, software para acompanhamento do opiniões múltiplas quanto à solução ou medidas a serem to-
programa etc. Um programa de fidelidade atrativo deve ser madas frente a ela; com ampla oportunidade de discussão e
de fácil entendimento, utilização e oferecer prêmios que acompanhamento ou participando do debate geral, através
sejam de interesse do cliente. da interação social ou dos veículos de comunicação, à pro-
cura de uma atitude comum, expressa em uma decisão ou
Interações em redes sociais opinião coletiva, que permitirá a ação conjugada”.
Criar perfis nas redes sociais, postar conteúdo regu- J.B. Pinho, com base na definição de Teobaldo, afirma
larmente e estimular a interação são ações fundamentais que uma organização tem como seus públicos aqueles
para conquistar o cliente que vive conectado e trocando grupos que desfrutam de ampla liberdade de informação e
informações a todo o momento. Já falamos aqui no blog discussão e que se voltam para essa organização a fim de
sobre a importância do Marketing Digital para o seu negó- externar suas opiniões e posições diante de controvérsias
cio, confira abaixo mais dicas para aplicar em seu dia a dia: e questões de interesse. A determinação da identidade de
• Faça, no mínimo, um post por dia; cada grupo nas suas relações com as instituições vai se dar
• Responda às dúvidas na própria rede social, não pelo interesse público, que representa um elo entre eles.
peça para o cliente enviar e-mail ou ligar (se for um assunto A classificação clássica dos públicos de uma organiza-
particular, responda por inbox); ção baseia-se no critério de proximidade física, no nível de
• Crie enquetes ou faça perguntas, para criar inte- relacionamento que os públicos mantêm com a organiza-
ração; ção e na existência de interesses em comum. Segundo essa
• Publique vídeos. classificação, os públicos de uma organização podem ser
divididos em:
Lembrança de aniversário Público interno: os empregados de todos os ní-
Mande um e-mail simpático no aniversário, cumpri- veis da organização e seus familiares.
mentando seu cliente ou até mesmo oferecendo um des- Público externo: consumidores, concorrentes,
conto no dia. Tem uma grande carteira de clientes e acha imprensa, governo, comunidade e público em geral.
que não vai lembrar do aniversário de todos eles? Deixe de Público misto: acionistas, distribuidores, fornece-
se preocupar com isso! Seu sistema de gestão comercial dores, revendedores. Segundo Pinho, classificar acionistas,
pode avisá-lo de todas as datas importantes e ações que distribuidores, fornecedores e revendedores como público
devem ser realizadas diariamente. misto não é uma classificação consensual. Para o autor, al-
Se você ainda não se deu conta sobre o que é Marketing guns estudiosos classificam esses públicos como interno,
de Relacionamento, pense que ele é muito semelhante a uma uma vez que esses grupos possuem ligações estreitas com
amizade ou namoro: quem é amigo lembra do seu aniversário! as organizações e nas suas manifestações se assemelham
às reações do público interno.
Os requisitos básicos para que uma empresa possa Quais são as ações de comunicação possíveis de serem
praticar o marketing de relacionamento são: estratégias desenvolvidas para efetivar o relacionamento com os públi-
utilizadas e os benefícios alcançados com estas estratégias, cos de uma organização?
a partir daí as empresas devem trabalhar cada vez mais o A Comunicação pode agir em diversas áreas na empre-
relacionamento, para obter uma vantagem competitiva, re- sa se dirigindo até mesmo para públicos específicos, per-
duzindo custos, além de conquistas de clientes fiéis e sa- meados por culturas organizacionais distintas.
tisfeitos aumentando a estabilidade da empresa, compro- A seleção de ferramentas de Comunicação Interna
vando que o foco no relacionamento traz resultados muito sempre deve ser feita de forma planejada e alinhada aos
positivos. objetivos estratégicos da empresa. Para facilitar a avaliação
O objetivo maior das empresas atualmente é reter o do que implantar sugere-se as seguintes categorias:
cliente já que isso significa maximizar o lucro a longo prazo Comunicação Interna Institucional – materiais
e durante esse período em que o cliente se relaciona com e campanhas que visam apresentar e posicionar a organi-
a organização poderá trazer novos clientes, seus amigos e zação, seus conceitos de missão, visão, valores, políticas e
familiares. processos.
Conclui-se, portanto que, para manter seus clientes Veículos de Comunicação Interna – constituídos
fieis, é necessário que a empresa possua foco estratégico, por canais de comunicação estabelecidos de forma perma-
conquiste a confiança dos seus clientes, invista nos funcio- nente, com periodicidade e formato definidos e possibili-
nários, se preocupe com detalhes, cuide constantemente dade de interação entre emissor e receptor (comunicação
de sua imagem e utilize o marketing de relacionamento. de mão dupla).
12
MARKETING
Ações de relacionamento – programas de capacitação para gestores e para agentes de comunicação, por meio
de workshops e treinamentos, no sentido de difundir a cultura de comunicação e multiplicar conceitos, ampliando a abran-
gência e divulgando, para além da área de comunicação, a forma como a empresa troca suas informações, gerando e
compartilhando conhecimento.
Manter um bom relacionamento com os clientes depende de uma série de fatores: destacamos alguns deles neste post!
Como diria o conceituado autor Ronald Swift, vice-presidente da NCR Corpotation:
Gestão de relacionamento com clientes é uma abordagem empresarial destinada a entender e influenciar o comporta-
mento dos clientes, por meio de comunicações significativas para melhorar as compras, a retenção, a lealdade e a lucrativi-
dade deles.
Mas é claro que tudo isso só é possível, nos dias de hoje, com ajuda da tecnologia, que potencializa todas as habilida-
des, experiências e conhecimentos dos profissionais de vendas, ao se relacionarem de forma significativa com os clientes
e prospects.
Em outro artigo recente de nosso blog, comentamos a importância das conversas significativas (ou comunicações
significativas, como citado na definição de Swift) na gestão de relacionamento com clientes, e de como elas fazem seu fluxo
de vendas gerar mais conversões.
Mas, na postagem de hoje, nosso foco vai além da conversão! Vamos esclarecer como cada etapa do processo de gestão
do relacionamento com clientes pode tornar esse objetivo mais fácil de se alcançar, de uma forma mais sustentável e lucrativa.
Para isso, além de consultar diversos autores e artigos, selecionamos as seis etapas da gestão do relacionamento
com clientes, conforme são apresentadas pelo próprio Ronald Swift, em seu livro Como Revolucionar o Marketing de Re-
lacionamento:
1. Descobrir Clientes
2. Conhecer os Clientes
3. Manter o relacionamento com os clientes
4. Verificar se receberam mesmo o que foi prometido
5. Assegurar que eles recebam o que desejam em todos os detalhes
6. Assegurar que o cliente se mantenha na empresa
13
MARKETING
Em um artigo intitulado “Os Perigos do Oceano Vermelho”, os consagrados autores do best seller “Estratégia do Ocea-
no Azul” W. Kim e Renée Mauborgne deixam claro que, além de se concentrar em seus clientes ideais, uma estratégia ven-
cedora de gestão de relacionamento com cliente não pode deixar de buscar novos mercados para que a empresa cresça
sempre.
Fonte: HBR
Mas que fique claro: preocupar-se menos com a segmentação não significa abandoná-la! Mas dosar os esforços para
também se conquistar novos perfis de clientes.
Os autores também dão mais um alerta: um novo mercado não precisa necessariamente de novos produtos ou tec-
nologias, nem que você abandone o que faz hoje.
Muitas vezes, a empresa não enxerga um mercado ainda inexplorado para o qual seu produto ou serviço é perfeito. E é
isso que o vendedor deve se esforçar para encontrar, além do perfil ideal de cliente, que a empresa já explora com sucesso.
Exemplo: por muito tempo a tecnologia GPS era oferecida apenas para empresas de mapeamento por satélite, minera-
doras e grupos militares, até que alguém pensou em oferecer para empresas automotivas e até agrícolas, que usam o GPS
em seus tratores automatizados nas plantações, produzindo mais e melhor.
2- Conhecer os Clientes
Uma frase dos conceituados autores Don Peppers e Marta Rogers vale ser citada:
Trate clientes diferentes de forma diferente
Conhecer seus clientes com ajuda de seu sistema CRM, se ele for bom, significa conhecer grupos ou tipos de clientes
e, em caso de necessidade, poder consultar o histórico de suas interações com ele antes de uma reunião, para se preparar
adequadamente.
Mas se você quer realmente tratar clientes diferentes de maneira diferente, um toque humano será necessário (sempre
sem ultrapassar o limite da inconveniência, invadindo a privacidade do cliente).
Já falamos aqui no blog sobre como as redes sociais podem te ajudar a saber os hobbies do cliente, para onde costuma
viajar, como se diverte com os filhos e outras informações interessantes para gerar assunto e criar rapport, principalmente
para quem faz vendas complexas B2B.
Para isso, damos mais uma sugestão interessante que pode ajudá-lo a criar relacionamentos mais fortes ao conhecer
seus clientes mais a fundo: o Marketing de Experiência.
Tente encontrar um interesse comum de alguns seus clientes e o relacione com o produto ou serviço que sua empresa
vende.
• Por exemplo: se sua empresa vende facas profissionais de cozinha para hotéis, restaurante e lojas especializadas
e, ao pesquisar nas mídias sociais você nota que muitos de seus clientes gostam de churrasco, por que não organizar um
workshop que ensinando a fazer churrasco (com suas facas em evidência), seguido de degustação, é claro!
Para que esse tipo de iniciativa funcione, três elementos precisam estar presentes:
• Verdade: o evento tem que mostrar que é autêntico
• Vontade: interesse genuíno de todos participarem
• Valor: os participantes têm de enxergar algo que valorizam no evento, deixando lembranças e conexões fortes.
14
MARKETING
Fonte: 5 Seleto
15
MARKETING
Nesse contexto, Roland T. Rust, da Universidade de Maryland, e Christine Moorman, da Duke University, publicaram um
artigo: “Repensando o Marketing”, em que afirmam:
Empresas de B2B usam gerentes de contas importantes e diretores de contas globais para se concentrar na satisfação
de necessidades do cliente — em constante evolução — em vez de vender produtos específicos
Fonte: HBR
Em outras palavras, é preciso manter um relacionamento próximo e pessoal, focado em atender as necessidades dos
clientes. Isto é, mostrar o valor da solução de sua empresa na hora certa, em que seus clientes mais precisam e assegurá-los
de que tudo está sendo entregue corretamente. Essa é a chave da gestão do relacionamento com clientes.
O foco, portanto, não está no produto ou serviço, mas em como eles vão atender plenamente seu cliente. Um ge-
rente de produto (ou de serviço) não tem esse contato próximo e pessoal com o cliente para entender suas necessidades
e promover a resolução de suas dores por meio do produto ou serviço.
16
MARKETING
1. Serviço Ideal: mostre aos seus clientes que se importa com eles e que seu serviço é o ideal para atender suas
necessidades.
2. Envolva toda a empresa na Cultura de serviços: só com todos em sua organização entendendo que o foco é aten-
der as necessidades do cliente será possível gerar uma experiência inesquecível.
3. Mantenha a Atenção no cliente: conheça seus clientes profundamente para atender suas necessidades e persona-
lizar o atendimento, sempre que possível.
4. Seja Responsivo: é claro que a proatividade é importante, mas responder agilmente às necessidades dos clientes
os faz sentir especiais, além de fazê-los enxergar valor nas soluções de sua empresa.
5. Empodere sua equipe: sem autonomia para agir e fazer o que é preciso na hora certa pelo cliente certo, sem esse
poder de decisão, não há como oferecer um bom atendimento aos clientes. Defina alçadas de decisão mais amplas e treine
seus funcionários para usarem esse poder adequadamente.
No fundo, a gestão de relacionamento com clientes se resume a entregar valor aos clientes, na forma de solução
para suas dores. A maneira de fazer isso pode variar, mas atingir esse objetivo é fundamental.
17
MARKETING
Fonte: HBR
Relacionamentos duradouros não se baseiam em quanto um produto (ou serviço) pode ser rentável, mas em quanto
um cliente bem atendido – que se serve de diversas soluções da empresa ao longo do tempo (produtos e serviços variados
e complementares – pode ser rentável para o negócio.
É o que os autores chamam de VCC, Valor Vitalício do Cliente:
… será preciso dar menos atenção às vendas no presente e mais ao VVC. Uma empresa em declínio pode estar vendendo
bem hoje, mas ter péssimas perspectivas. O valor vitalício do cliente é um indicador que mede o lucro futuro que um cliente
trará, devidamente descontado para refletir o valor do dinheiro no tempo
18
MARKETING
ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING.
Por algum tempo, erroneamente, o conceito de marketing era entendido simplesmente como sinônimo de propaganda
e publicidade, entretanto hoje sabemos da complexidade e da evolução existente nessa área. O conceito de marketing é
amplo e envolve muitos outros fatores além da publicidade e propaganda. Para nivelar, e facilitar nossa compreensão sobre
marketing, é necessário entendermos alguns conceitos, por isso trazemos algumas referências:
• Produto – é entendido como tudo que pode satisfazer uma necessidade ou desejo do consumidor. Pode ser um
objeto físico ou um serviço.
• Troca – é um ato de transação, onde produtos ou serviços são trocados por dinheiro.
• Mercado – é o ambiente onde ocorrem as trocas. Onde há um potencial para o comércio há um mercado, e este pode
ser segmentado por produto, local, idade, etc.
A partir do entendimento desses conceitos, podemos definir o significado de marketing:
O marketing envolve a entrega de valor para o cliente, e quando abordamos o termo valor na área de marketing não
significa apenas o preço a pagar pelo produto, mas também os benefícios que esse produto ou serviço proporciona a quem
compra.
Ou ainda, de acordo com a Kotler (1990), “conceitua-se marketing como uma orientação da administração baseada no
entendimento de a tarefa primordial da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado
e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma mais efetiva e eficiente que seus concorrentes.
Desse modo, marketing é um processo social, com o desenvolvimento, a oferta e a livre negociação, as pessoas ad-
quirem os produtos ou serviços que necessitam. Muitas vezes, a função de marketing é confundida com vender produtos,
no entanto, precisamos entender que as vendas fazem parte do marketing, mas o objetivo principal, de acordo com Peter
Drucker um dos maiores teóricos dessa área, é conhecer e entender tão bem o cliente, fazendo com que o produto ou o
serviço se adeque a ele e se venda naturalmente.
Posteriormente, iremos estudar o marketing como uma função administrativa, a administração de marketing é a res-
ponsável por planejar e executar o desenvolvimento de ideias, produto ou serviços, pela formulação dos preços, pela pro-
moção e distribuição dos mesmos.
Entretanto, nem sempre a ideologia do marketing se fez presente nas organizações, ela surgiu efetivamente nos anos
de 1970. Para entendermos como o conceito de marketing surgiu, temos que compreender a evolução e as diferentes eras
pelas quais as organizações passaram, as quais estão ilustradas na Figura a seguir.
Como podemos perceber, o foco das organizações estava na produção, produzir era o propósito maior, essa visão foi
influenciada pelos efeitos da Revolução Industrial, na qual surgiu a produção em massa, que tinha como premissas a pro-
dução em alta escala e redução máxima de custos. Porém foi observado que a concentração dos esforços na produção não
era suficiente, era importante produzir, mas também era fundamental conseguir vender os produtos.
19
MARKETING
Assim iniciou-se a era das vendas, onde o foco era vender, independente das necessidades dos compradores. Entretan-
to para vender era preciso ter produtos de qualidade, desse modo as organizações começaram a voltar a sua orientação
para o produto, buscando produzir produtos com melhor desempenho e eficiência.
Mesmo com todos os esforços concentrados em vender e ter produtos de qualidade, com o passar do tempo às orga-
nizações identificaram que não havia mais demanda suficiente de mercado para os produtos, os consumidores passaram
a ter o poder de escolha e a partir disso iniciou-se a preocupação com o consumidor, com o foco na compreensão das
necessidades, surgindo assim a era do marketing.
Além de compreender as necessidades dos consumidores, o marketing possui outras responsabilidades. Ele é também
responsável pelo relacionamento com os clientes. Por algum tempo as organizações ignoraram essa função do marketing,
mas hoje entende-se que manter um relacionamento com os clientes mesmo após a compra é fundamental também para
fidelizar e manter esses clientes.
Assim, podemos identificar e resumir em três os princípios fundamentais do marketing, já citadas anteriormente, as
quais encontram-se na Figura a seguir:
Como já observamos, o marketing tem a função de atrair os compradores potenciais e isso é feito identificando as
necessidades não satisfeitas desses compradores e colocando no mercado produtos que venham a satisfazer essas neces-
sidades, desse modo ele também é responsável pela venda e por estabelecer um relacionamento com os clientes.
Percebe-se que a função do marketing está voltada principalmente na atração e na retenção de clientes, por meio da
satisfação das necessidades dos mesmos.
A seguir, estudaremos de forma mais específica as tarefas de marketing, ou seja as principais atividades de marketing,
focando nos processos e no diferentes estágios organizacionais.
Tarefas de marketing
As atividades de marketing podem passar por três diferentes estágios que aprofundaremos a seguir:
• Marketing empreendedor – grande parte das empresas são criadas por indivíduos com características empreende-
doras, ou seja, por pessoas que identificam oportunidades, desenvolvem suas ideias e realizam suas visões com base na
criatividade e inovação. É nisto que consiste o marketing empreendedor, de ações criativas e inovadoras das pessoas que
criam seus negócios.
• Marketing profissionalizado – a partir do momento em que as empresas alcançam um maior sucesso nos seus ne-
gócios, elas passam a adotar e implementar práticas de marketing mais profissionais. E ainda muitas das empresas, coope-
rativas e organizações passam a contratar pessoas e empresas especializadas para auxiliar na administração dos negócios.
• Marketing burocrático – a empresa com o marketing profissionalizado passa a adotar um marketing rotineiro e
em processos estáveis, onde o foco é investigar relatórios de pesquisa de mercado a fim de maximizar suas relações com
distribuidores e o desenvolvimento das campanhas publicitárias. Assim, muitas vezes a criatividade, a inovação e a paixão
das empresas são esquecidas, ao contrário do que acontece no marketing de “guerrilha” apresentado no primeiro estágio,
o marketing empreendedor.
O escopo do marketing
A área de marketing é percebida como a área responsável por desenvolver, promover e proporcionar bens ou serviços
que satisfaçam as necessidades dos clientes. Portanto, o escopo de marketing é amplo e envolve bens, serviços, experiências,
eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. A seguir apresentaremos o conceito de cada um.
• Bens – os bens ou produtos possuem a característica de tangibilidade e são predominantes na área de produção e
de marketing. Em países desenvolvidos os bens como commodities, alimentos, artigos de vestuário, são os responsáveis
por manter o setor econômico ativo.
20
MARKETING
• Serviços – com a evolução do sistema econômico a produção de serviços é cada vez mais frequente e diversificada.
Caracteriza-se como serviço aqueles prestados por hotéis, médicos, advogados, locadores, empresas aéreas entre outros
que ofertam um benefício em forma de serviço.
• Experiências – gerindo serviços e produtos, podem-se também criar e comercializar experiências. Por exemplo, pas-
sar uma semana em uma conferência sobre cooperativismo com grandes teóricos da área pode proporcionar um grande
nível de experiência aos participantes.
• Eventos – dentro do escopo de marketing, há os profissionais responsáveis por planejar, organizar eventos, como
aniversários da empresa, feiras comerciais, eventos esportivos entre outros.
• Pessoas – o marketing também pode assumir um foco em pessoas, é o chamado marketing de celebridades. Sabemos
que hoje toda pessoa famosa ou que tem uma grande importância no meio artístico ou social possui um agente, ou um
gerente pessoal vinculado a alguma agência de relações publicas.
• Lugares – o marketing também está presente na questão das cidades, regiões e países, pois há uma competição para
atração de turistas, indústrias, novos moradores. Entre os exemplos de empresas de marketing de lugares, podemos citar
especialistas em desenvolvimento econômico, agências de propaganda, imobiliárias.
• Propriedades – o conceito de propriedade consiste em direitos de posse de bens imóveis e de bens financeiros.
Esses direitos podem ser comprados e vendidos e, por isso, há instituições que trabalham para quem procura comprá-los,
podemos citar nesse caso imobiliárias e instituições financeiras.
• Organizações – as organizações procuram trabalhar para construir uma imagem positiva para seu público. São co-
muns os anúncios de identidade corporativa que procuram maior reconhecimento público, a fim de competir com maior
sucesso por um público maior.
• Informações – as informações podem ser geradas e comercializadas como um produto e representam um dos prin-
cipais setores econômicos. Como exemplo, pode-se citar a internet, livros e enciclopédias que, por um determinado preço,
vendem informação e conhecimento a quem adquire.
• Ideias – toda vez que adquirimos um produto ou um serviço, estamos adquirindo uma ideia, um conceito.
21
MARKETING
Como observamos, os profissionais de marketing são responsáveis por um grande número de decisões relacionadas a
demanda dos clientes. Essas decisões normalmente fazem parte do planejamento e controle da organização e devem ser
tomadas de maneira adequadas para a eficácia dos processos, pois suas consequências podem influenciar o desempenho
da mesma. Para isso, parece importante ter-se profissionais capacitados, com conhecimento técnico e estratégico para
conduzir e fazer parte de todo o processo de decisão de marketing.
22
MARKETING
23
MARKETING
-alvo tentando descobrir as razões pelo qual o consumidor venha a adquirir o produto, compreender as influências que
motivam ou inibem o ato da compra. De maneira geral, podemos dizer que a motivação de compra pode ser entendida
como a avaliação dos fatores que interferem no comportamento de compra. Muitas vezes, identificar estas características
não é uma tarefa fácil, pois muitas pessoas adquirem um produto ou um serviço não pelo seu valor tangível, mas pelo que
ele representa, podendo haver motivações e estímulos inconscientes para este comportamento.
Ajustamento de produto
Após identificar as características e o comportamento de compra dos consumidores, é necessário desenhar, ajustar o
produto às necessidades e desejos dos consumidores visando à satisfação dos mesmos. É por meio deste passo que os ges-
tores conseguem identificar as mudanças no mercado, pois tem-se que entender que as preferências e os gostos mudam,
um produto que antigamente era líder de preferências, após um determinado tempo pode não ser mais. Desse modo, é
importante realizar estes ajustes com as necessidades e desejos recentes do mercado.
Distribuição física
Após a produção do produto ou serviço, a distância existente entre a fabricação e o consumidor tem que ser o menor
possível para que a satisfação possa ser alcançada. Desse modo, a distribuição física é de grande importância, ela abrange
o setor de estoque, transporte e logística, armazenamento dos materiais, processamento dos pedidos. Esta função tem
como missão garantir que os consumidores recebam seus produtos ou serviços em um determinado tempo e lugar e que
os custos sejam mínimos.
Comunicação
A quinta função parece muito simples, precisa haver uma divulgação, comunicação para que os consumidores saibam
da existência e da disponibilidade do produto. No entanto, a comunicação também exerce outro papel que é o de sensibili-
zar e muitas vezes persuadir os compradores de que aquele determinado produto irá satisfazer as suas necessidades. Uma
das formas de desenvolver a comunicação é por meio da propaganda e do pessoal de vendas.
Transação e pós-transação
A função transação se refere a qualquer atividade que ocorra no momento da compra, podendo ser desde fornecimen-
to de crédito até garantias.
A pós-transação nada mais é do que o relacionamento mantido após a venda, essa função tem uma grande impor-
tância para as organizações, por algum tempo pode-se perceber que o processo de marketing era finalizado com a função
da transação, o momento da venda específica. Entretanto, hoje sabemos que manter um relacionamento com os clientes
mesmo após a compra é fundamental, pois além de trazer satisfação a eles, pode fazer com que eles voltem a repetir a
compra, desenvolvendo, assim, uma relação de fidelização.
24
MARKETING
Fonte: CTISM
Produto
Os produtos podem ser definidos como bens tangíveis, de caráter físico, como um automóvel, um óculos, um livro, mas
é importante entender que os serviços também são produtos, quando estudantes se matriculam em uma escola eles estão
comprando um produto, esperam receber benefícios em forma de conhecimento. É importante destacar que no contexto
do mix de marketing, consideramos como produtos os bens tangíveis e os intangíveis (serviços), no entanto deve-se ficar
claro e que os dois possuem características e particularidades diferentes quando comparados entre si. Em aulas posterior-
mente iremos estudá-los separadamente com mais profundidade.
Assim, para atender os desejos dos consumidores é preciso o desenvolvimento de produtos e serviços, e que os mes-
mos possuam algumas características fundamentais como qualidade, opções de modelos e estilos, variação de tamanhos,
uma marca atraente.
Todos os dias são identificados, desenvolvidos e comercializados novos produtos, e cada um deles requerem um com-
posto de marketing único, a fim de atingir seu público-alvo. Os produtos podem ser classificados de várias formas. A seguir
visualizaremos algumas classificações.
• Duráveis e não duráveis – esta categoria considera a expectativa de vida de um produto. Geralmente, produtos ali-
mentícios e o setor de vestuário têm uma curta expectativa de vida e são chamados de produtos não duráveis.
Já por outro lado, espera-se que produtos como eletrodomésticos e automóveis tenham uma maior durabilidade, por
isso são chamado de produtos duráveis.
• Perecíveis e imperecíveis – outra forma de categorizar produtos é pelo fato de serem ou não perecíveis. Produtos
com prazos de validade, ou que estão sujeitos a perecer, como alguns alimentos como frutas são intituladas perecíveis,
já produtos como televisão, rádio ou produtos alimentícios como feijão, arroz são considerados imperecíveis. Nesse caso,
citamos exemplos de perecibilidade física, mas ela também pode ser psicológica, como no caso as tendências de moda
passageiras e estilos que podem perder rapidamente seu valor após um tempo.
• Necessidades ou luxos – produtos categorizados como necessidade, são aqueles produtos considerados essenciais,
enquanto os de luxo são itens voltados a atender os desejos. É importante destacarmos que não há uma verdade absoluta
para todos os consumidores, o que pode ser considerado desejo para algumas pessoas, pode ser considerado necessidade
para outros.
25
MARKETING
• Demanda elástica e inelástica – há ainda uma forma de classificação que considera a sensibilidade a preço. Existem produtos
cuja demanda pode ser muito sensível à alteração de preço, sendo chamada de demanda elástica, enquanto outros produtos têm
uma demanda que não varia com alterações de preço, a demanda inelástica. Podemos citar os automóveis como produtos que pos-
suem demanda elástica, ou seja, uma alteração dos preços pode influenciar a demanda, em contrapartida existem produtos como
pão, leite em que a demanda é inelástica, pois a demanda desse produto tende a não variar com possíveis alterações de preço.
• Produtos de consumo e produtos industriais – por fim, temos a classificação com foco no comprador do produto.
Os produtos de consumo têm como destino o comprador final, já os produtos industriais são os usados na produção e no
desenvolvimento de outros produtos ou serviços.
As classificações de produto fazem parte do composto de produto que ainda conta com alguns outros elementos,
como a marca. A marca é um fator fundamental e que pode ser determinante na satisfação das necessidades dos clientes. A
marca é um nome, um sinal, um símbolo, ou design, ou ainda uma combinação de todos esses fatores que busca identificar
os produtos frente à concorrência. Para a escolha da marca alguns aspectos são fundamentais como conhecer os consu-
midores, a marca deve ser de fácil reconhecimento, leitura e memorização, deve proporcionar a associação ao produto, e
poder ser pronunciada em todas as línguas além de ser adaptável a embalagem e rotulagem.
Alguns outros elementos ainda fazem parte da variável produto, como à embalagem que tem função de facilitar a
armazenagem, proteger e conservar os produtos, facilitar o uso e o posicionamento do produto e auxiliar na venda, pois
muitas vezes as pessoas são motivadas a comprar pelos aspectos visuais da embalagem e do seu design.
No composto produto se encontram a determinação de várias estratégias, principalmente no que refere a diferenciação do pro-
duto. É fundamental nos dias de hoje o desenvolvimento de produtos com qualidade e todos os aspectos que citamos anteriormente,
mas é importante que possuam características que não podem ser copiadas com facilidade e que ofereçam serviços agregados.
Preço
A variável preço é um dos responsáveis direto pela receita de venda. O custo, a concorrência e o consumidor são três
dos principais aspectos que fazem parte da formulação de uma política de preços.
O preço de um produto ou serviço tem grande influência nas vendas, quando ocorre redução de preço para alguns
produtos a venda dos mesmos tende a crescer. Assim podemos entender que o preço de um produto impactará sobre as
receitas e consequentemente sobre os lucros. Como pode-se perceber a variável preço tem efeito sobre a economia, sobre
as empresas e sobre os consumidores em geral, por isso parece essencial entendermos como é determinado essa variável.
Para a política de estabelecimento de preços são seguidos alguns passos que estão apresentados na Figura a seguir:
26
MARKETING
Para o estabelecimento de preço, primeiramente a empresa precisa decidir onde deseja posicionar sua oferta no mer-
cado, quanto mais claros os objetivos da organização, mais facilmente será determinar os preços.
Cada preço proporcionará níveis diferentes de demanda e consequentemente diferentes impactos. Os aspectos re-
ferentes à demanda dividem-se em duas categorias: a demanda individual, que é a relação que um indivíduo faz entre a
satisfação e o consumo do produto, e a demanda de mercado que é resultante de todos os indivíduos. Quando os preços
de uma empresa se alteram, o mercado pode ser estimulado ou não. Se a demanda total permanece, a empresa que reduz
os preços pode ter uma vantagem, mas se ocorrer ao contrário, a redução dos preços aumentarem a demanda do mercado
total, a concorrência é que vai se beneficiar, pois uma redução de preços pode estimular o consumo.
A demanda estabelece um determinado teto no preço que uma empresa pode cobrar por seu produto ou serviço, a
empresa objetiva um preço que cubra seu custo de produção, distribuição e venda do produto, por isso há a necessidade
da estimativa de custos. Os custos assumem duas formas, os chamados custos fixos ou indiretos, são aqueles que não va-
riam em relação à produção como, por exemplo, aluguel, energia, e o outro tipo de custos são os variáveis que mudam em
função do nível de produção, como por exemplo a mão de obra.
Conforme a faixa de preços possíveis, determinados pela demanda de mercado e pelos custos da empresa, também
deve ser realizada a análise levando em conta custos, preços, e a oferta dos concorrentes, caso a oferta de uma empresa for
igual à concorrência, a empresa terá que determinar um preço próximo a concorrência senão perderá vendas, se a oferta
for inferior a concorrência, a mesma não poderá cobrar mais que o concorrente. É importante entender que a reação dos
concorrentes pode alterar os preços.
A seguir, as empresas optam por um método de determinação de preços, alguns dos métodos mais utilizados são os
preços de markup, preço de valor, preço de mercado.
• Preço de markup – é um índice utilizado na formação de preço de venda e consiste na aplicação de um valor margem
sobre o custo de fabricação de um produto ou serviço.
• Preço de valor – a soma dos esforços que despendemos para obter o que buscamos, representam o preço que pa-
gamos para obter o que queremos, enquanto a soma dos benefícios que recebemos ao obter o que buscamos representa
o preço de valor.
• Preço de mercado – o preço de mercado também chamado de preço de equilíbrio, representa o preço que se forma
no mercado, levando em consideração os interesses dos consumidores e dos produtores de forma conjunta. Isto é possível
quando a quantidade demandada pelos consumidores é igual à quantidade ofertada pelos produtores.
Após a seleção do método de determinação de preço, a empresa consegue selecionar mais facilmente o seu preço final.
A empresa ainda deve considerar nessa seleção final alguns fatores adicionais como a determinação de preço psicológico,
pois alguns consumidores associam o fator qualidade a preço, deve considerar a influência de outros elementos de marke-
ting, as políticas de preço da empresa e o impacto do preço sobre os terceiros.
Como podemos identificar, a variável preço envolve uma série de passos para a sua determinação. Por fim, é impor-
tante destacar que as empresas normalmente não aplicam um preço único e sim uma estrutura de preços que reflitam as
variações da demanda, os custos, as exigências do mercado entre outros fatores.
A seguir continuaremos o estudo do mix de marketing, aprofundando o terceiro P, a variável praça.
Antes de abordamos sobre a variável praça, devemos lembrar que o composto praça possui um significado diferente
do que normalmente temos do termo.
Praça, no caso de marketing, se refere aos canais de distribuição. A função da distribuição diz respeito à movimentação
física dos produtos para os consumidores finais, são os intermediários, que têm o objetivo de levar o produto adequado
ao lugar certo por meio dos canais de distribuições apropriados, fazendo com que não haja falta de produtos em nenhum
mercado importante.
A seguir encontra-se a Figura representando o fluxo de distribuição simples.
27
MARKETING
As atividades de distribuição são muito importantes, No sistema varejista também há uma classificação dos
pois não adianta ter produtos inovadores, a um preço atra- negócios que podem ser: pequeno varejo, varejo em geral,
tivo se os produtos não conseguem chegar até o alcance franquia, loja especializada, lojas de departamentos, coo-
dos compradores quando estes o desejam. A distribuição perativas que atuam no varejo, como por exemplo no caso
envolve todos os estágios do desenvolvimento de um pro- das agropecuárias que possuem supermercados, postos
duto ou serviço, desde as compras dos recursos ou maté- de combustíveis e lojas de insumos e comercializam tanto
rias-primas, pela fabricação, até as vendas finais. para os associados como para não sócios.
O número de distribuidores é variável de acordo com
o negócio e o mercado, podendo ter a ausência de um in- b) Atacado
termediário (distribuidor), ou pode ter também mais de um Segundo a definição da American Marketing Associa-
intermediário, sendo alguns exemplos de intermediários, tion, atacado é uma unidade de negócio que compra e
varejistas e atacadistas, a seguir entenderemos o conceito revende mercadorias para varejistas e outros distribuido-
de varejo e atacado. res ou consumidores industriais, mas que não possuem a
função de vender aos consumidores finais. No entanto, no
a) Varejo Brasil os atacadistas também dispõem-se a vendar no va-
O conceito de varejo é estabelecido pela American rejo para consumidores.
Marketing Association como, uma unidade de negócio que Assim, podemos entender que o mercado atendido
compra mercadorias de fabricantes, atacadistas, e outros pelos atacadistas é o varejista ou outros atacadistas, e cujo
distribuidores e vende de forma direta a consumidores fi- objetivo é a revenda, normalmente são compras em gran-
nais ou outros consumidores como podem ver na Figura des quantidades, cobrem uma área geográfica mais exten-
abaixo: sa que os varejistas e geralmente os custos de mercadorias
para o atacado são mais baixos em razão do seu tipo de
Figura: Fluxo de varejo negócio.
A escolha de um canal de distribuição por parte da em-
presa depende de aspectos como cobertura de mercado,
maior controle do produto e custos.
28
MARKETING
Processamento de pedidos
A forma com que os produtos se movimentam entre os membros do canal de distribuição depende da rapidez com
que os pedidos são processados em cada ponto ao longo do sistema. Esse processamento envolve muitos procedimentos
operacionais e muita atenção, pois um fluxo incorreto de informação pode causar um grande prejuízo no fluxo de produtos
para os consumidores.
Manuseio de materiais
No interior dos depósitos, muitas vezes os produtos precisam ser movimentados com frequência, assim é necessário à
facilidade de locomovê-los quando forem necessários. Fazem parte desse elemento, os sistemas de esteiras transportado-
ras, empilhadeiras, robôs...
Embalagem
A questão da embalagem é fundamental pelo fato que produtos danificados em qualquer ponto do canal da distribui-
ção poderão perder a satisfação do cliente. As embalagens, os recipientes e containers usados para transportar os produtos
devem ser compatíveis com o manuseio de materiais, além de ajustar-se ao equipamento de transporte objetivando a
redução de custos de frete.
Transporte
Faz parte deste elemento, a determinação da modalidade de transporte a ser adotada para embarcar os produtos do
local de fabricação para os demais canais de distribuição. O objetivo é determinar o tipo de transporte, o tipo de veículo,
as rotas necessárias, o tipo e o tamanho da frota e os roteiros para a entrega.
Não podemos esquecer que o objetivo da distribuição física é proporcionar um nível de serviço satisfatório a custos
mínimos. É fundamental compreendermos que uma decisão errada na logística pode ser irreversível, por isso é necessário
à análise adequada de todo processo de distribuição.
Promoção
A partir dos conceitos estudados anteriormente compreendemos como os produtos são desenvolvidos, administrados,
como se determinam os preços e se movimentam para o consumidor. Assim, agora vamos explorar um dos aspectos de
marketing que talvez seja o mais conhecido por todos, a promoção, também chamada de comunicação.
Primeiramente, temos que entender que o termo promoção, assim como o termo praça, que vimos anteriormente, tem
um significado diferente do que normalmente conhecemos. Promoção, se refere às estratégias de divulgação, de como
a empresa irá informar e persuadir os consumidores sobre seus produtos. Para isso, a área de promoção utiliza-se de três
ferramentas, propaganda, relações públicas e promoção de vendas.
a) Propaganda
O conceito de propaganda é definido como uma forma remunerada de apresentação não pessoal de ideias, produtos,
ou serviços por meio de uma identificação do patrocinador. Os anúncios são formas eficazes em termos de custos e de
disseminação de mensagem.
As empresas, organizações e cooperativas podem ter diferentes formas de lidar com a propaganda, algumas optam por contratar
agências de propaganda outras têm seu próprio departamento. A função do departamento de propaganda envolve a decisão sobre
orçamento, o desenvolvimento de estratégia da propaganda, aprovação de anúncios e campanhas, bem como o controle destas.
Para desenvolver uma propaganda, os gerentes devem começar pela identificação do mercado-alvo e dos desejos do consumidor. Após
esta identificação, o departamento responsável pode tomar as principais decisões que são resumidas nos 5Ms, como ilustra a Figura 3.5.
Como podemos perceber, são cinco as etapas envolvidas no processo de criação de uma propaganda. Primeiramente
devem ser definidos os objetivos, após determinado o orçamento que leve em consideração alguns fatores como o estágio
do ciclo de vida do produto, concorrência e saturação da comunicação, participação de mercado e base de consumidores,
frequência da propaganda e grau de substituição do produto. Na terceira etapa ocorre a escolha da mensagem que o
anúncio irá conter, como essa mensagem irá ser gerada, a avaliação e seleção da mensagem mais adequada, e a execução
da mensagem com o formato escolhido e de uma maneira socialmente responsável.
29
MARKETING
Na etapa seguinte, ocorre a decisão sobre a mídia, dos meios que serão utilizados para atingir os resultados esperados
e na etapa final ocorre a mensuração, a avaliação da comunicação e dos efeitos que essa propaganda teve nas vendas, pois
essa propaganda será eficiente quando provocar efeitos positivos nas vendas.
b) Relações públicas
É uma atividade da variável promoção que tem como objetivo comunicar uma imagem positiva do produto ou serviço.
Essa área é responsável por uma série de ferramentas como publicações, eventos, notícias, identidade de mídia, relação
com imprensa...
A publicidade é uma das principais e mais conhecidas atividades das relações públicas, ela pode ser definida como
informações comunicadas por meio de mídias como jornais, televisão, rádio, ou seja divulgar, tornar público um produto,
uma ideia. Tem o objetivo de dar maior identidade a um produto, serviço ou a própria empresa, estimulando a ação da
compra.
c) Promoção de vendas
Consiste em um conjunto de atividades que tem como intuito incrementar as vendas em curto prazo, estimular com-
pras mais rápidas. Como exemplo de práticas da promoção de vendas podemos citar amostras grátis, cupons de descontos,
brindes, garantias e descontos em geral que são direcionados ao mercado. No entanto, é comum também a promoção
empresarial para a equipe de vendas, exemplificadas por concurso para vendedores, feiras comerciais e convenções.
Desse modo, finalizamos o estudo da variável promoção e também do composto de marketing, a seguir apresentamos
um quadro resumo das variáveis, aspectos importantes a serem considerados e as atividades que fazem parte de cada
variável.
30
MARKETING
Comportamento do consumidor
Para compreendermos o comportamento do consumidor, precisamos entender o modelo de estímulo e resposta. O
consciente do consumidor recebe estímulos ambientais e de marketing, as características do comprador e seus processos
de decisão levam os compradores a tomar decisões. A função do gestor de marketing é compreender o que acontece entre
o estímulo externo e a decisão de compra.
É uma das áreas mais complexas do marketing, pois reúne conceitos de vários campos do conhecimento, como a psi-
cologia, sociologia, antropologia e a economia. Não há, portanto, apenas uma teoria do comportamento do consumidor.
Podemos definir o comportamento do consumidor, como atitudes e ações que levam o consumidor a agir de determi-
nada forma no que se refere à satisfação de suas necessidades.
Fatores culturais
Os fatores culturais são importantes determinadores do comportamento de compra. São exemplos de fatores culturais,
a cultura, a subcultura e a classe social. A cultura é algo intrínseco, desenvolvido desde criança quando adquirimos valores,
percepções, e comportamentos, seja da família, ou de instituições.
31
MARKETING
A cultura é formada por subculturas, que fornecem uma identificação mais específica, podemos classificá-las a partir
da nacionalidade, religião, grupos racionais. As classes sociais, divisões relativamente semelhantes, ordenadas hierarquica-
mente e duradouras de uma sociedade, as quais possuem preferências e comportamentos similares. Como indicadores de
classe social podemos evidenciar a ocupação, o grau de instrução e a área de residência.
Pessoas com a mesma cultura, subcultura ou classe social tendem a se comportar de maneira semelhante em diversas
situações, principalmente no que se refere à atividade de consumo.
Fatores sociais
O comportamento do consumidor também pode ser influenciado por aspectos sociais, como grupos de referência, fa-
mília, status. Os grupos de referência podem ser definidos como pessoas que possuem alguma influência direta ou indireta
sobre as atitudes e comportamento dos consumidores, ou seja, pessoas podem adquirir um produto ou serviço porque
pessoas que ela possui afinidade, e são referências para ela, adquiriram o mesmo. A família faz parte dos grupos de refe-
rência primária, muitas vezes compramos em certa loja, ou certo produto porque nossos pais, irmãos também compravam,
e essa influência pode acontecer de maneira inconsciente. O status social, a posição que a pessoa possui em cada grupo,
as atividades que ela exerce, também podem ser fatores determinantes de comportamento, pois geralmente as pessoas
optam por produtos ou serviços que informem seu status e papel na sociedade.
Fatores pessoais
O comportamento do consumidor pode ser ainda influenciado por aspectos pessoais como, por exemplo, idade, estilo
de vida, ocupação. Nas diferentes fases da vida as pessoas consomem diferentes produtos e serviços, interesses em roupas,
móveis, lazer, por exemplo, estão relacionados aos diferentes estágios de idade. As empresas também podem ter seus
padrões de consumo influenciado pelo estilo de vida, pelas atividades, interesses e opiniões que o consumidor desenvolve.
A ocupação, como vimos nos fatores sociais, exerce influência no padrão de consumo. Assim, os gestores de marketing
podem identificar os grupos conforme a ocupação, que possuem os mesmos interesses em adquirir seu produto ou serviço.
Fatores psicológicos
Motivação, percepção e aprendizagem são fatores psicológicos que podem também influenciar nos padrões de consu-
mo. As necessidades de consumo podem ser do tipo fisiológicas como sede, fome, e do tipo psicológicas, como necessida-
de de reconhecimento, integração. A motivação é uma necessidade que leva a pessoa a agir de determinada forma, dentro
dessa área temos a teoria de Maslow que hierarquiza as necessidades, e evidencia que quando uma pessoa satisfaz uma
necessidade importante, essa necessidade deixa de ser um motivador e a pessoa busca satisfazer a próxima necessidade,
assim a teoria busca explicar porque as pessoas são motivadas por determinadas necessidades nas diferentes épocas. A
percepção que uma pessoa tem de algo, seja um produto, serviço, ou empresa pode ser impulsionada tanto por estímulos
físicos, do ambiente ou pessoais, são as imagens e interpretações criadas a partir das informações recebidas. O conceito
de aprendizagem pode orientar os gestores de marketing em criar demanda para um bem ou serviço associando a esse
impulsos, sinais motivadores e fornecendo respostas, reforços positivos.
Até esse momento aprofundamos os principais influenciadores do comportamento dos consumidores, a partir de ago-
ra iremos estudar como acontece o processo de decisão de compra.
32
MARKETING
33
MARKETING
O modelo anterior propõe cinco etapas de forma sequencial no processo de decisão de compra, no entanto, é impor-
tante compreender que nem sempre essas etapas se apresentarão de forma sequencial, os compradores podem pular ou
voltar os passos do processo.
A primeira etapa do modelo é o reconhecimento do problema, ou seja, o processo de compra tem início quando o
comprador reconhece uma necessidade, o interesse por um produto ou serviço. Por meio desse interesse, o comprador
busca conhecimento e informações em diversas fontes a respeito do determinado artigo ou serviço que deseja, estas fontes
podem ser do tipo pessoas, família, amigos, do tipo comercial, propagandas, vendedores, do tipo público, mídias, organi-
zações, ou ainda do tipo experimentais.
É a partir desse conhecimento que os consumidores identificam as marcas concorrentes e suas principais diferenciações.
Após essa etapa o consumidor já tem a possibilidade de avaliar as alternativas existentes seja de produtos ou serviços que
podem satisfazer a sua necessidade, os consumidores na maioria das vezes buscam avaliar os benefícios e atributos entre
as opções existentes no mercado. É nessa etapa que os consumidores desenvolvem suas preferências entre as alternativas
existentes. A decisão de compra pode ser interferida pelo risco percebido, esse risco pode ser representado pelo valor em
dinheiro envolvido, o nível de autoconfiança, e o grau de incerteza em relação aos benefícios esperados do produto. Assim,
é responsabilidade dos gestores de marketing identificar esse nível de risco, e tentar minimizá-lo por meio de informações.
A função do marketing como vimos nas aulas anteriores, não termina no ato da compra, após esse, o comprador po-
derá perceber na prática se o produto atende as suas necessidades ou não. Assim, é essencial ter um acompanhamento da
utilização, das ações e da satisfação do comprador em relação ao produto.
Muitas vezes esse é um fator determinante para a garantia da satisfação, da manutenção e fidelização dos clientes a
uma empresa, produto ou serviço.
Lembramos sempre que é importante saber identificar, analisar e monitorar o comportamento dos consumidores,
tendo sempre como foco garantir a satisfação do cliente, pois estes satisfeitos continuarão a comprar o produto, os insa-
tisfeitos certamente não o comprarão e ainda poderão fornecer referências negativas para outros possíveis compradores.
PLANEJAMENTO DE MARKETING.
Iremos compreender um pouco mais o que é um plano de marketing, porque, quando, com que frequência ele é de-
senvolvido, e suas principais contribuições.
Muitos conceitos já foram vistos, no entanto, nessa aula, iremos revê-los inseridos no plano de marketing.
Fonte: CTISM
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MARKETING
Fonte: CTISM
Análise de oportunidades
Após a descrição do resumo e da situação atual, deve-se constar em um plano de marketing, a análise SWOT. A análise
SWOT é uma ferramenta clássica de gestão, cuja sigla é composta por 4 fatores: Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses),
Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
35
MARKETING
Objetivos
Nesta fase do plano de marketing, o profissional da área deverá ter como uma das principais funções definir os objeti-
vos financeiros de marketing que o plano terá.
Estratégia de marketing
Após as fases anteriores, o profissional de marketing define a estratégia de marketing a ser adotada, para atender os
objetivos propostos. Nesta fase há forte comunicação entre os setores, alinhando a estratégia com a capacidade de cada
um. Por exemplo, a estratégia deve estar alinhada com o setor financeiro, verificando se há recursos disponíveis para a
propaganda e promoção, deve interagir com o setor produtivo, a fim de verificar se há a capacidade de comprar materiais
e produzir unidades suficientes para atender a demanda. A estratégia de marketing envolve os 4 P´s, o mercado-alvo, as
vendas, pesquisa e desenvolvimento, o posicionamento no mercado entre outros aspectos já estudados.
Programas de ação
Os programas de ação devem ser estabelecidos de forma que respondam os seguintes questionamentos: O que será
feito? Quando será feito? Quem serão os responsáveis? Quanto custará?
36
MARKETING
Controle
A última seção do plano de marketing é o controle para a monitoração e acompanhamento do plano. O orçamento e
os objetivos são definidos para cada período seja mensal, trimestral, e é responsabilidade dos gestores acompanharem os
resultados.
Fonte: CTISM
De forma geral, estes são os conteúdos encontrados em um plano de marketing, a seguir para consolidarmos este
estudo, visualizamos o Quadro a seguir com as seções do plano de marketing.
37
MARKETING
Macroambiente e microambiente
O ambiente de marketing é composto de forças externas, que afetam a capacidade da organização de desenvolver e
manter relacionamentos com consumidores.
A organização pode ser comparada a uma célula, quanto mais ela se desenvolve mais relações ela estabelece com o am-
biente, e é de grande importância identificar as forças que agem sobre a organização.
A identificação dessas forças são fundamentais para a estratégia organizacional e também para transformar as adversida-
des em oportunidades de desenvolvimento.
Por isso, é importante termos a representação desse ambiente bem claro e compreendido, abaixo trazemos o desenho do
meio ambiente de marketing e seus agentes, que iremos estudar na sequência.
O ambiente de marketing está dividido em microambiente que envolve forças e agentes próximos a empresa, e ma-
croambiente, que são aquelas forças mais distantes a empresa e que não podem ser controladas, mas exercem uma grande
influência nas decisões de uma empresa.
Microambiente
Como já mencionamos então, o microambiente de marketing consiste em forças próximas à empresa, e que afetam de maneira
direta ou indireta a sua capacidade de servir seus clientes.
Assim, constituem o microambiente os seguintes agentes: fornecedores, intermediários de marketing, clientes, concorrentes e
públicos. A seguir, iremos aprofundar e estudar cada um destes agentes.
• Fornecedores – representam um elo importante no sistema da empresa, de “oferta de valor” ao consumidor, ou seja, fornecem
os recursos necessários para a produção dos bens ou serviços que a organização irá comercializar, e podem afetar de maneira sig-
nificativa as decisões de marketing. É importante monitorar o comportamento dos fornecedores, pois qualquer alteração de custos
irá influenciar no preço final do produto ou serviço comercializado. Além do custo, temos que ter cuidado com outros aspectos
referentes a fornecedores, como qualidade, confiabilidade, entrega e que, também, podem influenciar na produção dos produtos.
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MARKETING
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MARKETING
Estes foram alguns exemplos destacados sobre a Sabemos da relevância e da amplitude da legislação
força que o ambiente demográfico exerce no desenvol- existente, leis que regulam a propaganda, leis que impe-
vimento da estratégia organizacional, as organizações dem a degradação do meio ambiente, leis que controlam
devem conhecer os dados demográficos e saber o que os preços, leis que protegem os consumidores, a concor-
fazer com eles, como eles podem vir a influenciar positi- rência, entre outras leis que são aprovadas frequentemen-
vamente ou negativamente no negócio. te.
Por isso, o responsável de marketing deve ter um bom
c) Ambiente social conhecimento das leis que influenciam a conduta das ati-
O ambiente social do marketing é constituído pe- vidades do marketing. É importante ele saber como elas
las pessoas de uma sociedade e seus valores, crenças e estão sendo interpretadas e quais os impactos que elas
comportamentos. Mudanças no ambiente social, sejam geram.
elas sutis ou drásticas, podem apresentar aos profissio- Seguindo nosso estudo, a seguir iremos identificar
nais de marketing novas oportunidades e desafios. Na quais são as variáveis controláveis e incontroláveis, algu-
questão social, em especial, na variável cultura, estilo mas já estudadas nessa seção e outras que iremos estudar
de vida, é onde concentram grande parte dos esforços na próxima aula.
de adaptação das estratégias globais. Neste ambiente
absorve visões de si próprio, visões das outras pessoas, Variáveis controláveis e incontroláveis
visões das organizações, visões da sociedade e visões da Como já vimos, toda decisão ou estratégia desenvol-
natureza. vida pela área de marketing estará propensa a sofrer in-
fluência de muitas variáveis e mudanças, e estas podem ser
d) Ambiente cultural controláveis ou incontroláveis.
Cada pessoa cresce em um determinado meio, gru- As forças macroambientais que estudamos anterior-
po ou cultura específica, suas ações e relações são de- mente como, o ambiente demográfico, econômico, natural,
senvolvidas, moldadas de acordo com as crenças e os tecnológico, político e cultural são conhecidas e chamadas
valores desse ambiente. Os principais valores de uma de variáveis incontroláveis. Elas existem externamente à
sociedade são manifestados pela visão das pessoas de si empresa, mas influenciam diretamente as decisões orga-
mesmos, das outras pessoas, das organizações, da socie- nizacionais.
dade, do meio físico e do universo. Já as variáveis controláveis pela empresa, são repre-
A cultura das pessoas pode influenciar as suas per- sentadas pelos – 4P’s – produto, preço, propaganda e dis-
cepções, as suas preferências e comportamentos. tribuição (praça) –, que também fazem parte das funções
Assim, fica evidente que é essencial o profissional de do marketing, e são ferramentas que a empresa dispõe nos
marketing compreender as crenças dos possíveis clientes processos de troca com seu mercado.
e no que eles acreditam, podendo classificar assim os
consumidores e desenvolverem estratégias compatíveis Tendências e necessidades no macroambiente
aos valores e cultura dos mesmos. Muitas oportunidades são identificadas a partir das
tendências. O conceito de tendência é definido como:
e) Ambiente tecnológico “Uma direção de atividades que tem determinado
Toda organização deve observar e reconhecer o que impulso e duração.”
há de novo no meio ambiente, pois novas tecnologias Por exemplo, podemos citar a participação de mulhe-
influenciam fortemente a estrutura do negócio e da so- res no trabalho como um dos motivadores da abertura de
ciedade. Elas podem gerar oportunidades de novos ne- creches, produtos e linhas voltados ao bem estar e maior
gócios, mas também podem inviabilizar ou tornar pro- consumo de comidas rápidas.
dutos atuais obsoletos. É importante evidenciarmos que há diferenças entre
A tecnologia é uma força extremamente poderosa modismo e tendências, estas são mais previsíveis e du-
que afeta os processos de gestão de marketing, ela está radouras já uma moda é imprevisível e de curta duração.
presente em todo o composto de marketing. Ainda há o conceito de megatendências, que representam
Muitas empresas possuem seu próprio departamen- grande mudança em todas as variáveis macroambientais
to de P & D, o qual é responsável pela pesquisa e desen- (social, econômica, política e tecnológico). As megatendên-
volvimento e têm como objetivo buscar novas caracte- cias influenciam por algum tempo, geralmente por 7 anos
rísticas, componentes, a fim de melhorar ou diferenciar ou mais, cita-se como exemplo, o renascimento das artes,
os produtos. a explosão da economia global.
O gestor de marketing deve atuar constantemente As tendências representam grandes forças para os ges-
com esse setor, buscando sempre analisar as tecnologias tores de marketing.
disponíveis no mercado. O desenvolvimento de um novo produto ou pla-
no de marketing a partir da análise das tendências e
f) Ambiente legal e político megatendências, representam identificar oportunida-
É composto de leis, agências governamentais e gru- de e identificando oportunidades os gestores podem
pos de pressão que afetam as decisões de marketing e ter um maior sucesso nos objetivos do seu negócio.
limitam as ações das organizações.
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Além disso, o conhecimento do setor de atuação per- Quanto ao estudo do preço, essa é uma definição
mite potencializar o atendimento e, assim, melhorar seu mais complexa do que parece. Não basta definir um va-
posicionamento de mercado. lor baseado apenas no custo, mas sim levar em conta
localização, preço do concorrente, trabalho realizado,
• Estude o seu cliente, a concorrência e os forne- custos, objetivos, remuneração e a remuneração do
cedores cliente.
A compreensão das particularidades dos seus sta- Quais as ferramentas necessárias?
keholders é muito importante na análise de mercado. Para colocar facilitar os estudos envolvidos na aná-
Primeiro, procure entender o público-alvo da empresa lise de mercado, existem ferramentas muito úteis. Co-
tanto no sentido quantitativo quanto qualitativo. nheça!
Para isso, podem ser usadas ferramentas como ques-
tionários, análise de tráfego e de preferências dos clientes. Coletores de dados
Procure saber qual a idade, o gênero a classe social e a Existe hoje muitos softwares e aplicativos que possi-
ocupação deles, por exemplo. bilitam uma análise dinâmica de dados sobre diferentes
Na perspectiva qualitativa, as informações devem mercados e setores.
abordar questões mais comportamentais destas pessoas, Muitos apresentam informações sobre empresas
como hábitos de consumo e estilo de vida. que receberam investimentos recentemente, além de
Delimitar a área de abrangência do negócio é também relatório de desempenho de vários tipos de negócio.
um fator importante, assim como possibilitar ao cliente que
ele encontre, com facilidade, a empresa. Analisadores sociais
É fundamental prezar também pela qualidade dos pro- No mundo digital, os analisadores sociais são indis-
dutos, preços e condições de pagamento favoráveis, boa pensáveis para qualquer negócio.
localização e bom atendimento. Pela análise de dados estatísticos do site e das redes
Depois é hora de avaliar dois públicos que têm impac- sociais da sua é possível identificar qual é o comporta-
to direto no sucesso do seu negócio: os fornecedores e a mento do público-alvo e o tipo de conteúdo que mais
concorrência. gera interesse e visitas.
Quanto à concorrência, compreenda como eles se po-
sicionam perante o mercado para, assim, identificar poten- Plataformas de pesquisas
ciais oportunidades e diferenciais para o seu negócio. As plataformas de pesquisa facilitam a realização de
No caso dos fornecedores a análise deve levar em con- pesquisas de campo, que são fundamentais para conhe-
sideração tudo aquilo que pode impactar na produção do cer as diferentes esferas do cliente.
seu negócio: preço, prazo e negociação. Nesse tipo de plataforma dá para definir um orça-
mento, o tamanho do público-alvo de interesse e suas
• Avalie as projeções de mercado características.
Mediante os dados coletados, é possível realizar
A avaliação econômica do mercado em que você pre- uma análise mais aprofundada do que os clientes de-
tende atuar permite que a empresa tenha perspectiva de sejam.
estabilidade financeira.
Uma análise de setor possibilita compreender qual será Ferramentas financeiras
o provável crescimento em determinadas condições finan- Usar ferramentas financeiras permite realizar e co-
ceiras. nhecer projeções de mercado e até mesmo entender
A análise de projeções favorece a realização do plane- mais sobre os fornecedores.
jamento de investimentos, além de demonstrar uma neces- Ao mesmo tempo, ter essas ferramentas que acom-
sidade de capital para determinados períodos. panhem indicadores de mercado, ações na Bolsa de Va-
Especialmente em um momento de crise, o estudo das lores e resultados da economia permitem que a sua em-
projeções de mercado se torna um grande aliado para presa entenda como anda o mercado no qual ela está
fortalecer a empresa e permitir que ela consiga superar inserido e quais são as possibilidades para o futuro.
qualquer problema de ordem financeira. O maior benefício de uma análise de mercado as-
sertiva é a inteligência corporativa gerada às empresas.
• Estude o produto Uma organização torna-se mais competitiva e prepara-
da para encarar os desafios do nicho que está inserido!
Analise o produto dos seus concorrentes, buscando
pontos fracos e fortes. Diante dos pontos fracos, busque
criar oportunidades de diferenciação para chamar a aten- A análise do mercado permite ainda se conhecer de
ção do público-alvo. perto o ambiente onde o produto/serviço se encontra.
Nos pontos fortes, pense em como “reduzir a distân- O mercado está composto pelo ambiente onde a em-
cia” entre a qualidade do seu produto e do deles, a fim de presa e produto se localizam, pela concorrência e pelo
ser forte o suficiente para conquistar clientes. perfil do consumidor.
42
MARKETING
Análise da Indústria/Setor
A análise da indústria deve apresentar as informações a respeito do tamanho, crescimento e estrutura da indústria/
setor em que sua organização está inserida. Inicia-se com a coleta de informação do setor ao qual pertence o produto/
serviço. Essa informação é geralmente discriminada em termos dos objetivos e pode estar relacionada com a estrutura da
indústria e do setor em termos estatísticos, práticas de marketing e o composto de marketing. Essa informação pode ser
usada para monitorar mudanças no setor e aproveitar as oportunidades decorrentes dessas mudanças em nichos especí-
ficos.
Um segmento de mercado é um conjunto de clientes que tem necessidades e desejos em comum. Ao agrupar clientes
semelhantes, você pode satisfazer suas necessidades específicas de forma mais eficaz.
Quanto mais recursos e opções esses clientes demandam, mais razões você tem para dividi-los em grupos.
A figura 6 apresenta uma forma esquemática de como definir o segmento de mercado para seu produto/serviço. Para
isso, deve-se responder, basicamente, às seguintes perguntas:
Quem está comprando?
O que está comprando?
Por que está comprando?
43
MARKETING
44
MARKETING
Os segmentos de mercado baseados na entrega também podem considerar outros critérios, como: disponibilidade
total de horário (lojas de conveniência); disponibilidade total de local (postos de gasolina); disponibilidade garantida (vídeo
locadoras); sensibilidade ao horário (floricultura, pizzarias, frutas e vegetais).
Quando agrupa seus clientes usando as respostas a essas perguntas, você cria segmentos de mercado baseados nos
benefícios que os clientes estão procurando. Como esses segmentos de mercado descrevem seus clientes a partir do ponto
de vista dos clientes, e não do seu, oferecem melhor oportunidade para que você satisfaça as necessidades específicas de
um grupo inteiro de clientes.
Análise da Concorrência
Os concorrentes são todas aquelas pessoas ou empresas que atuam no seu segmento e, como você, devem fazer de
tudo para satisfazer as necessidades dos clientes.
A concorrência deve ser avaliada em relação a produtos/serviços e à organização (nesse caso, sua análise já ocorreu na
etapa de planejamento estratégico).
De que maneira o produto ou serviço pode ser comparado ao do concorrente?
De que maneira ele está organizado?
Ele pode tomar decisões mais rápidas do que você?
Ele responde rapidamente a mudanças?
Tem uma equipe gerencial eficiente?
A concorrência é líder ou seguidor no mercado?
Eles poderão vir a ser os seus concorrentes no futuro?
Observe o quadro:
Depois de preencher este quadro, você poderá definir se está apto a concorrer com essas empresas, definir o seu dife-
rencial e saber se o mercado comporta mais uma empresa do mesmo segmento.
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— Quais serão os resultados dessa mudança? — Testes de Apercepação Temática (T.A.T.): consiste de
20 cartões com ilustrações, pinturas e desenhos relaciona-
Principais fatores psicológicos envolvidos na pes- dos com o assunto pesquisado. O indivíduo é solicitado
quisa vocacional: a contar uma história muito pequena sobre cada quadro,
— presunções, crenças e pressuposições quais os fatos que conduziram a situação quais serão as
— pontos de referência, atitudes e opiniões conseqüências e a descrever os pensamentos e sentimen-
— aspirações, experiências e realização tos dos personagens. Pode-se o enredo não uma história
— sensações, sentimentos e imagens mentais literária.
— motivos racionais e irracionais e suas satisfações Pode-se sondar o indivíduo sobre qualquer aspecto
— identificação e empatia omitido na história.
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MARKETING
SEGMENTAÇÃO E POSICIONAMENTO.
A segmentação de mercado está presente no mundo dos negócios, sabemos que há uma grande diversidade
social, econômica, cultural, política entre os possíveis consumidores ou clientes de um determinado produto ou ser-
viço, por isso é importante as empresas segmentarem o mercado, podendo identificar assim qual o tipo de mercado
que poderão satisfazer. Assim, o conceito de segmentação de mercado envolve o processo de identificar grupos de
compradores com diferentes necessidades de consumo, ou seja é o processo que consiste dividir o mercado em um
subconjuntos homogêneos.
Uma das práticas comuns na área de marketing é as empresas optarem por um mercado-alvo, ou seja, as empre-
sas ao invés de concentrarem-se em estratégias para todos os mercados, elas escolhem um segmento ou mais para
desenvolverem seus produtos ou serviços e direcionarem sua estratégia e ações de marketing.
Para posicionarem de maneira adequada o seus produtos ou serviços, em seus respectivos segmentos de merca-
do, são evidenciados alguns aspectos fundamentais, segundo Kotler (2000).
Outros autores também nos trazem os requisitos para a segmentação de mercado, são eles: a identificação e a
mensuração específica do segmento, como por exemplo, a obtenção de dados demográficos, sociais e culturais; um
segmento precisa evidenciar uma necessidade potencial e que represente uma oportunidade; um segmento precisa
ser economicamente viável, verificando se há realmente similaridade entre os compradores; o segmento também
precisa reagir as práticas e ações de marketing; e ainda um segmento precisa ser estável, ou seja, segmentos que se-
jam duradouros, e onde qualquer possível mudança possa ser identificada com antecedência. No decorrer do nosso
estudo, voltaremos a esse assunto com os procedimentos de segmentação de mercado.
A seguir, iniciaremos o estudo que diz respeito aos vários modelos ou níveis de segmentação existentes.
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Níveis de segmentação
Nessa seção, apresentaremos os conceitos de marketing de segmento, marketing de nicho, marketing local, marketing
individual e variáveis de segmentação de mercado e suas peculiaridades.
Marketing de segmento
O marketing de segmento pode ser definido como um grupo de compradores que é identificado por meio da simi-
laridade de suas preferências, localização física, hábitos de compra, poder de compra entre outras características mútuas.
Quando comparamos o marketing de massa, aquele onde os profissionais de marketing decidem estrategicamente
produzir, distribuir em massa, visando atrair todos os tipos de compradores, percebemos que o marketing de segmento
possui algumas vantagens. A empresa que adotar o marketing de segmento, ou seja, que busca oferecer um produto ou
serviço para determinado publico, pode desenvolver o produto ou serviço de forma mais adequada e oferecer um preço
mais adequado conforme o cliente-alvo.
Marketing de nicho
Podemos definir nicho como um mercado pequeno que possui necessidades não satisfeitas, e é o que o difere do
marketing de segmento. Enquanto os segmentos são considerados grandes e com inúmeros concorrentes, os nichos são
pequenos e geralmente possuem poucos concorrentes. Uma das grandes vantagens das empresas que adotam o marke-
ting de nicho é que elas compreendem amplamente as necessidades dos clientes, e por isso os clientes não se importam
em pagar um preço superior. Inserido no marketing de nicho estão alguns produtos comercializados pelas cooperativas,
como o leite sem lactose, que atende as necessidades de um público específico, no caso os indivíduos que possuem into-
lerância a lactose. Estes indivíduos geralmente não se importam em pagar um valor maior, pois o bem estar físico e saúde
são necessidades maiores, ainda tem-se outros produtos como iogurte probiótico, queijo probiótico e outros que atendem
as necessidades de um nicho menor.
Para um nicho ser atraente, é preciso que os clientes ou consumidores tenham um conjunto de diferentes necessidades,
que estes clientes estejam dispostos a pagar um preço maior para a empresa que melhor satisfazer suas demandas, o nicho,
geralmente, não atrai outros concorrentes, e ele se diferencia e gera lucros pela sua especialização, ou seja, por oferecer
um tipo de produto ou serviço específico para um determinado grupo de mercado, geralmente pequeno e que procura
benefícios distintos ao adquirir este produto ou serviço.
Assim, para ampliar nosso conhecimento e entendimento, a seguir, apresentamos alguns exemplos:
Ramada – a Ramada Franchises Enterprises, é uma empresa do ramo hoteleiro e atua em um variedade de nichos:
Ramada Limited para viajantes com pouco dinheiro; Ramada Inn para pessoas que buscam um hotel com preços médios e
serviços completos; Ramada Plaza, um conceito de nicho de preço médio-alto; Ramada Hotels que oferece um serviço de
três estrelas e os hotéis Ramada Renaissance, que oferecem um serviço de quatro estrelas.
Fonte: http://www.ramada.com/hotels/colorado/denver-northglenn/ramada-plaza-denver-north/hotel-overview
Marketing local
O nível marketing local é definido como programas de marketing desenvolvidos de acordo com as necessidades de
clientes locais, podendo ser essas áreas comerciais, bairros ou lojas. Nesse caso o departamento de marketing das empresas
percebe a propaganda em nível nacional como desnecessária, já que não atende o contexto local.
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Como exemplo, podemos citar o Citibank que fornece em declínio, devido à baixa natalidade e em razão do au-
diferentes serviços bancários nas suas agências, de acordo mento do período de amamentação e passarem a consu-
com as características demográficas dos bairros. Destaca- mir alimentos sólidos mais cedo.
-se nesse sentido as cooperativas que normalmente fazem
propagandas em suas regiões ou determinados locais que • Sexo – este tipo de segmento é bastante comum e vi-
atuam, dentre elas as cooperativas de eletrificação, super- sível na categoria de roupas, cosméticos e revistas. Pode-se
mercados de cooperativas, agrocentros, cooperativas de citar a empresa ‘Boticário’ e suas linhas específicas para o
taxistas. público feminino e linhas para o público masculino.
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Como exemplo, temos as empresas de aviação que podem se especializar em diferentes ocasiões, pelo qual as pessoas
viajam negócios, férias...
b) Status do usuário – os compradores podem ser segmentados em não-usuários, ex-usuários, usuários potenciais,
usuários iniciais e usuários regulares do produto ou serviço, sendo necessárias diferentes estratégias de marketing para
cada um.
c) Status de fidelidade – os clientes normalmente têm níveis de fidelidade variados em relação à marca, a lojas e em-
presas em gerais. Kotler (2000) afirma que os compradores podem ser divididos em quatro grupos de acordo com o nível
de fidelidade à marca:
Fiéis convictos – consumidores que adquirem sempre a mesma marca.
Fiéis divididos – consumidores que não são fiéis a apenas uma marca e sim a duas ou três.
Fiéis inconstantes – consumidores que mudam constantemente de marca.
Infiéis – consumidores que não são fiéis a nenhuma marca.
Esta variável possibilita à empresa um alto grau de conhecimento a respeito do negócio, ao estudar os fiéis convictos
ela identifica os pontos fortes do seu produto ou serviço, e ao analisar os fiéis divididos pode perceber quais as marcas são
tão competitivas quanto a sua. Ainda ao analisar os dois últimos grupos a empresa pode identificar seus pontos fracos e
corrigi-los.
Fonte: CTISM
ESTRATÉGIAS DE MARKETING.
A sobrevivência e o crescimento das organizações estão diretamente relacionados ao seu esforço para atingir e manter
uma vantagem competitiva no ambiente em que atuam, ofertando ao mercado algo que supere os concorrentes. Para tanto
a estratégia é primordial. A elaboração e operacionalização de uma estratégia respondem à necessidade que a organização
tem de gerenciar suas ações e buscar atingir seus objetivos em um contexto altamente competitivo. Visualiza-se um fluxo
de influências: o ambiente induz a estratégia, que conduz ao posicionamento de vantagem competitiva, influenciando a
performance de mercado e a performance financeira (Dickson, Farris e Verbeke, 2001).
A estratégia é o foco das atenções. O contexto competitivo mundial em que as organizações estão inseridas correspon-
de ao pano de fundo para a questão estratégica. O marketing possui um papel fundamental porque é um dos elos entre
a organização e o mercado. Para tal, é necessário aprofundar conhecimentos sobre a construção de estratégias, ou seja,
como se dá o processo de formação da estratégia de marketing, sua formulação e implementação.
O estudo do processo de formação da estratégia de marketing é um tema pouco analisado na literatura nacional e
internacional. Converge com o que se afirma em relação ao conceito da própria estratégia, não havendo unanimidade.
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MARKETING
Porém, há consenso de que não existe uma única e Por sua vez, Hunt e Morgan (1996) também abordam
melhor maneira de se criar e desenvolver uma estratégia, a questão central da concorrência na formação de estra-
como não há um melhor caminho para a organização. tégias, afirmando que ela é o ponto de desequilíbrio das
Sempre há as particularidades de cada contexto em organizações. Defendem que a obtenção da performance
que ela está inserida (Mintzberg e Quinn, 2001). financeira almejada ocorre por meio da vantagem em re-
Dessa forma, este artigo propõe discutir o processo de cursos – tangíveis ou não – perante a concorrência, que
formulação e implementação de estratégias de marketing, possibilita a composição de uma oferta de maior valor para
abordando, inicialmente, a literatura sobre o tema, refletin- o mercado.
do teoricamente e apresentando dois modelos existentes Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) afi rmam que
na bibliografia sobre formação da estratégia de marketing. a formulação e implementação de estratégias são visua-
Ademais, congrega-se a prática empresarial por meio lizadas como um processo que possui várias perspectivas,
de pesquisa exploratória e descritiva com executivos de or- quais sejam: busca adequações, é formal e sistemático,
ganizações, a fi m de propor um construto teórico de for- analítico, visionário, mental, emergente, coletivo, adaptá-
mação da estratégia de marketing constituído de elemen- vel ao ambiente, de negociação e de transformação. Cada
tos que precisam ser trabalhados pelas organizações para um desses enfoques corresponde a uma escola do pensa-
que sua posição competitiva seja cada vez mais distinta, mento da estratégia. Para eles, o melhor é considerar várias
contribuindo, assim, para a teoria em Marketing. dessas abordagens na formação de estratégias.
Com isso, uma questão pode ser formulada: o que é
Formulação e implementação de estratégias mais importante? O que deve vir primeiro? Ao realizar am-
Uma estratégia é constituída pela sua formulação e pla revisão de literatura na área, Menon et al. (1999) con-
sua implementação, que são apresentadas separadamen- cluem que “formulação” e “implementação” precisam ser
te para fins de estudo e análise, mas que precisam estar consideradas conjuntamente a fi m de que nada se perca e
inter-relacionadas na prática empresarial (Hutt, Reingen e não haja prejuízo à performance organizacional.
Ronchetto, 1988; Menon et al., 1999; Mintzberg e Quinn, Defendem, assim, a união de duas escolas de pensa-
2001; Piercy, 1998; Varadarajan e Jayachandran, 1999). mento: a racional, que defende a formulação da estratégia,
A formulação se refere à concepção da estratégia. São e a incremental, que se fundamenta na implementação.
atividades desenvolvidas para definir a estratégia que será Por isso, dividir o processo formulação–implementa-
colocada em prática. Envolve a identificação e avaliação racio- ção da estratégia é presumir que no momento da formu-
nal das oportunidades e ameaças no ambiente externo, bem lação há informações completas e sufi cientes, não sendo
como dos pontos fracos e fortes da organização, definindo- necessárias algumas adaptações, e que durante a imple-
-se, assim, alternativas estratégicas para a escolha da opção mentação não haverá mudanças no ambiente externo. En-
que melhor se adapte ao contexto e aos objetivos traçados tretanto, isso não é verdadeiro, pois o contexto ambiental
(Menon et al., 1999; Mintzberg e Quinn, 2001; Piercy, 1998). se altera rapidamente. As informações atuais não são mais
A implementação, por sua vez, direciona-se à realiza- suficientes. Além disso, vão se estabelecendo relações du-
ção da estratégia, que é propiciada por ações organizacio- rante as atividades. A organização é levada a repensar a
nais que levam a sua efetivação. De forma pormenorizada, sua estratégia, porque talvez ela não cause mais impacto
essas ações são as seguintes: mobilização dos recursos in- no mercado em que atua (Minztberg, 2001).
ternos necessários, adaptação da estrutura organizacional Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) complementam
às atividades de implementação, sistema de informações que separar formulação e implementação seria negar que
e fluxo de comunicações entre os grupos, gestão das pes- as estratégias, além de deliberadas, podem ser emergen-
soas envolvidas – buscando comprometimento e envolvi- tes, ou seja, novas estratégias podem surgir por causa de
mento de todos – e, por fim, a preocupação com a existên- modificações dos ambientes interno e externo. A realização
cia de liderança efetiva durante o processo (Hutt, Reingen plena daquilo que se pretendera, a saber, a estratégia de-
e Ronchetto, 1988; Menon et al., 1999; Mintzberg e Quinn, liberada, é muito difícil de acontecer, levando à aceitação
2001; Noble e Mokwa, 1999; Piercy, 1998). de alterações durante o percurso, com a inserção de ações
As forças do ambiente são elementos preponderantes criativas, ou seja, à estratégia emergente.
quando se fala de formação da estratégia, com a concor- Considerar a formulação e a implementação separada-
rência em posição de destaque. Na década de 1980, Mi- mente é isolar também o pensamento da ação, ou seja,
chael Porter (1991) se tornou mundialmente conhecido por durante a implementação não há reflexão do que está se
defender essa ideia, ao abordar as questões estratégicas desenvolvendo (Ferreira, 1988). Por isso, aborda-se a es-
voltadas para a competição. A formulação de uma estra- tratégia do ponto de vista processual, onde não há inter-
tégia competitiva, na visão de Porter – que se baseou em rupção, mas sim a simultaneidade entre estudo, pesquisa,
trabalhos de Kenneth Andrews (2001) da década de 1960 e, análise, ação, revisão e nova ação. Não se pode entendê-la
de certa forma, no trabalho de Mintzberg (1990) –, precisa como fases isoladas e como fins em si mesmas, mas como
considerar: os pontos fortes e os pontos fracos da empresa; um inter-relacionamento. São elementos que interagem
os valores pessoais dos principais responsáveis pela imple- mutuamente, interação na qual a ação é acompanhada
mentação da estratégia escolhida, suas motivações e suas pela investigação e crítica, não podendo uma existir sem
necessidades; as ameaças e as oportunidades da indústria; a outra.
as expectativas da sociedade.
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MARKETING
Estratégia de marketing
O marketing se insere nessa seara de conceitos ao desempenhar seu papel na organização, formulando e implemen-
tando estratégias. Day (1992) define estratégia de marketing como o desenvolvimento de atividades e tomadas de decisão
a fi m de construir e manter uma vantagem competitiva sustentável. Isso ocorre pela sua contínua interação com o meio
externo, relacionando-se com vários públicos, em especial, com os consumidores, buscando informações e respondendo
às demandas existentes.
Assim, o marketing contribui com a realização de estratégias que configurem entrega de valor aos mercados (Woodruff,
1997). É necessário ter consciência de que o indivíduo compõe sua opção de compra comparando os benefícios oferecidos
com os custos de aquisição da oferta e, em seguida, confrontando o valor dessa oferta com o valor das outras, fazendo por
fim a sua escolha (Oliver, 1999).
A questão do valor para o cliente, então, configura-se na preocupação da formulação e implementação de estratégias de mar-
keting. A fi m de se obter vantagem competitiva, o maior empenho é direcionado para a realização de atividades e aspectos espe-
cíficos do negócio voltados para a entrega de valor superior aos clientes em relação às ofertas concorrentes (Webster, 1988, 1992).
Duas dimensões da estratégia de marketing podem ser ressaltadas: a primeira, funcional, relativa ao desenvolvimento
da lealdade do consumidor por meio da marca, dos serviços prestados ou do controle do acesso aos canais de distribui-
ção. A segunda, filosófica, que aborda a questão da busca pela performance organizacional a longo prazo por meio da
proliferação de uma cultura organizacional orientada para o mercado (Weitz e Wensley, 1992). Essa abordagem caracteriza
a responsabilidade de marketing em definir estratégia tanto no nível operacional, como as estratégias do composto de
marketing, quanto no nível estratégico, em que influencia o pensar e agir dos indivíduos da organização, disseminando a
crença de que os objetivos organizacionais serão atingidos se as ações contemplarem a satisfação dos clientes.
A literatura de estratégia, ao longo dos anos, abordou vários desses aspectos. Varadarajan e Jayachandran (1999) e
Shoham e Fiegenbaum (1999) afirmam que a bibliografia sobre estratégia apresenta mais estudos a respeito do conteúdo
do que do processo da estratégia. Isso significa que o enfoque das pesquisas está concentrado mais no que a estratégia é
e menos em como se chega à escolha de uma estratégia específica, bem como às ações necessárias para realizá-la.
O processo da estratégia é fonte de vantagem competitiva duradoura, uma vez que é mais difícil de ser imitado do
que o próprio conteúdo das estratégias do composto de marketing. Isso ocorre quando se considera que um processo é
constituído por um conjunto de ações de formulação e implementação, influenciado pela estrutura e cultura organizacio-
nais, crenças e competências de indivíduos, enfim, construído a partir das capacidades organizacionais. As últimas são os
elementos particulares de cada organização, sendo complicado o concorrente conhecer esses elementos e saber de que
forma foram relacionados para gerar a estratégia avaliada (Shoham e Fiegenbaum, 1999).
Ademais, a visão da estratégia como processo é importante porque o valor que se quer oferecer ao mercado não está
somente no objeto da transação, mas nas atividades e nas pessoas envolvidas antes, durante e depois da sua efetivação
(Webster, 1992). Por isso as capacidades organizacionais se configuram como elementos essenciais para a construção do
processo da estratégia (Piercy, 1998), cuja formulação e implementação devem acontecer simultaneamente em um sistema
com um contínuo feedback das ações pensadas e realizadas (Varadarajan e Jayachandran, 1999).
O processo de formação da estratégia de marketing é fundamentado teoricamente a seguir, apresentando dois modelos, testados
e validados, que discorrem sobre a estrutura e os elementos necessários à formulação e implementação da estratégia de marketing.
56
MARKETING
II – Processo: elementos que compõem a própria formulação e implementação da estratégia de marketing na organi-
zação.
a) Análise situacional – análise das forças e fraquezas, ameaças e oportunidades organizacionais;
b) Abrangência – identifi cação sistemática e avaliação profunda das múltiplas alternativas para escolher a estratégia;
c) Ênfase nos ativos e competências de marketing – conhecimento dos recursos e habilidades desenvolvidos para a
entrega de valor superior ao mercado;
d) Integração entre funções – inter-relação dos setores e níveis da organização;
e) Qualidade da comunicação – natureza da comunicação, formal e informal, durante o processo da estratégia;
f) Comprometimento com os recursos da estratégia – existência de recursos humanos, materiais e temporais adequa-
dos e comprometidos com o processo;
g) Comprometimento com o consenso da estratégia – comprometimento consensual da equipe em relação à estratégia
escolhida.
IV – Variável de controle: turbulência ambiental elementos que influenciam os resultados da estratégia: a concorrência,
a inovação e a tecnologia da indústria, o comportamento dos consumidores e os fatores macroambientais.
I – Variáveis de resultado: os resultados do processo de implementação são analisados a partir do sucesso da imple-
mentação da estratégia e da performance do papel do gerente no seu esforço de obter sucesso com a implementação.
II – Dimensões de compromisso.
a) Compromisso organizacional: a pessoa e o seu trabalho em relação aos objetivos e valores organizacionais;
b) Compromisso com a estratégia: compreensão e apoio do gerente aos objetivos da estratégia de marketing;
57
MARKETING
III – Fatores da estratégia: aspectos da estratégia que influenciam os gerentes na sua implementação.
a) Adequação à visão: adequação da estratégia com a visão e com o plano estratégico organizacional;
b) Importância percebida da estratégia: percepção da potencialidade da estratégia para a organização;
c) Escopo da estratégia: envolvimento dos gerentes, grupos e setores na organização com a estratégia;
d) Liderança efetiva: condução da implementação da estratégia por um indivíduo específico, motivado para atingir os
objetivos;
e) Apoio da alta administração na implementação da estratégia;
f) Compromisso de todos na organização: adesão de todos à ideia da estratégia formulada.
IV – Papel dos gerentes responsáveis pela implementação: o envolvimento dos gerentes intermediários na definição do
seu papel na implementação influencia o seu compromisso no desempenho de tal papel.
a) Envolvimento com o seu papel: envolvimento na formulação da estratégia e na adequação das suas funções;
b) Autonomia do papel do gerente: liberdade que o gerente possui para tomar decisões;
c) Significância do papel do gerente: percepção da importância do seu papel para o sucesso da estratégia.
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MARKETING
O modelo teórico desenvolvido não apresenta uma única visão de estratégia, ou seja, mesmo analisando individual-
mente os trabalhos de Menon et al. (1999) e de Noble e Mokwa (1999), nota-se que nenhum deles utilizou uma única
abordagem da formação de estratégias.
Parecem concordar com Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), que, ao apresentarem as várias escolas de estratégias, afirmam não existir
uma única maneira efi caz para a formação de estratégias. Diferentemente, a formação de estratégias é uma combinação dos vários enfoques,
valorizando a interdependência das escolas e não a existência de estratégias baseadas numa mesma óptica (Mintzberg e Lampel, 1999).
Nos Antecedentes (veja a Figura 4) visualizam-se particularmente questões de poder e de cultura (Mintzberg, Ahlstrand
e Lampel, 2000), quando se considera a predisposição à inovação como um valor organizacional e uma visualização, por
parte do grupo, do quanto a estratégia é considerada importante para a organização. O poder é caracterizado pelas pos-
sibilidades de negociação e de concessões entre indivíduos e grupos nos procedimentos da estratégia. A cultura, por sua
vez, está vinculada à formação da estratégia como um processo de interação social no qual estão arraigados os valores e
as crenças da organização, compartilhados por seus membros.
No Processo (veja a Figura 4) destacam-se elementos que se relacionam com processo formal de planejamento, design
(concepção), posicionamento, reação ao ambiente, empreendedorismo, cultura e poder (Mintzberg, Ahlstrand e Lampel,
2000), traduzidos pela existência de um processo formal, com etapas distintas e objetivas, utilizando técnicas analíticas para
conhecimento das competências organizacionais e do ambiente. Com isso, geram-se alternativas possíveis para a estraté-
gia, considerando- se, a partir da alta administração, os valores e as crenças da organização nas negociações, enfatizando
comprometimento, comunicação e integração para a formação da estratégia.
Também se pode perceber que o modelo teórico construído desenvolve tanto uma perspectiva prescritiva, ao enfocar especialmen-
te questões de planejamento, design e posicionamento, como descritiva, salientando elementos culturais, de aprendizagem, de poder,
de empreendedorismo e ambientais. Isso significa que não há um único caminho para a formulação e a implementação de estratégias.
Elas se originam e se desenvolvem tanto de forma sistemática, apresentando o modo como as estratégias devem ser
formuladas, se considerada a perspectiva prescritiva, como também da descrição da maneira como as estratégias são de
fato formuladas, se tomada a perspectiva descritiva (Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, 2000).
Verifica-se, finalmente, que duas das abordagens citadas anteriormente perpassam os grupos Antecedentes e Processo
de formação da estratégia de marketing (veja a Figura 4), auxiliando talvez a explicar o seu inter-relacionamento.
As relações de poder e cultura permeiam os dois grupos e estão ligadas entre si. Os dois construtos estudados focam a
estratégia a partir das deliberações e ações dos principais tomadores de decisão, que são os executivos das organizações.
O poder emanado desses decisores mantém e homologa a cultura organizacional (Bertero, 1996), e a cultura orienta os
processos de escolha e de mudança na organização (Pettigrew, 1996).
Sendo assim, a cultura conduz as opções estratégicas que estão interiorizadas no processo de formulação e implementação
de estratégias de marketing, e o poder as ratifica e dá sustentação a sua efetivação. O conjunto das variáveis apresentadas no
modelo teórico desenvolvido enfoca a necessidade de esclarecer detalhadamente a construção de estratégias de marketing, seus
conceitos e suas influências. As ferramentas, atividades, técnicas e os processos existentes são estudados, abordando não só as
questões mercadológicas, mas a organização empresarial como um todo, especialmente os participantes do processo. Cada vez
mais o marketing demonstra, por sua imbricação externa e interna, ter um papel decisivo no contexto estratégico organizacional.
Esta proposta teórica de formação da estratégia de marketing é responsável pela apresentação de um acréscimo ao
estudo da estratégia, por realizar uma reflexão teórica bastante aprofundada em modelos existentes e na prática empre-
sarial, gerando as bases de um construto para o desenvolvimento e aplicação do processo da estratégia de marketing.
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MARKETING
A mais complexa atividade da área comercial é sem sombra de dúvidas a realização do Planejamento de Vendas. É ele
que irá traduzir na prática o direcionamento estratégico que uma empresa irá tomar com relação ao seu mercado, produtos
e a forma de atuar.
1. As 5 Forças Competitivas: Uma empresa precisa ter definida sua estratégia de competição, ou seja, precisa ana-
lisar suas 5 forças competitivas.
2. Modelagem de Negócios: Conheça os princípios básicos da metodologia para modelagem de negócios contidos
no livro Business Model Generation.
3. Matriz BCG: A Matriz BCG é um modelo para a análise do portfólio de produtos, baseado no conceito do ciclo de
vida do produto.
4. Curva ABC: A Curva ABC é uma poderosa ferramenta para a gestão de clientes. Monitore o volume de vendas e a
lucratividade dos seus clientes estratégicos.
5. Inteligência Competitiva: A Inteligência Competitiva pode ser decisiva para o Planejamento de Vendas em am-
bientes de negócios mutantes.
6. Big Data: Aprenda porque o Big Data possibilita a analise de um volume inédito de dados.
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MARKETING
7. Análise SWOT: A Análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas para o diagnóstico
estratégico.
8. Ciclo de Vida do Produto: Conheça as 4 etapas do Ciclo de Vida do Produto.
9. Ciclo de Adoção dos Produtos: O Ciclo de Adoção dos Produtos explica por que uma campanha tem resposta
entusiasmada de alguns consumidores e frias de outros.
10. Missão, Visão, Valores, Objetivos e Metas: Veja a diferença entre Missão, Visão, Valores, Objetivos e Metas.
11. Custo de Aquisição do Cliente: Muitas empresas alegam ter dificuldade para identificar o Custo de Aquisição do
Cliente. Aprenda como fazê-lo.
12. Etapas do Processo de Vendas: Todos precisam falar a mesma linguagem. Aprenda a definir as etapas do processo
de vendas.
61
MARKETING
3. Definir o período:
Exemplo: Ganhar “X” grandes clientes no Sul do país até o fim do ano.
• Definição do Público-alvo
Quais são as características comuns que definem os prospects propensos a comprar?
Quais são os perfis dos decisores?
Quais são as características comuns dos que não são prospects (clientes que não devemos perseguir)?
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MARKETING
• Estratégia do Mercado
Como vamos alcançar o nosso público-alvo?
Como vamos engajar os nossos prospects na negociação?
Quais são as razões (catalisadores) para que um prospect tenha interesse/motivação em comprar?
• Posicionamento Competitivo
Qual é a definição de concorrência (empresas concorrentes)?
Prioridades da competição?
Prazos?
Outros?
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MARKETING
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MARKETING
• Recrutamento de Talentos
Qual é a mensagem de marketing para atrair os melho- Observações sobre a Etapa Operacional do Planeja-
res candidatos? mento de Vendas
Qual é a estratégia para atrair candidato? a. Avalie o desempenho de cada estratégia de mar-
Como será a entrevista dos candidatos e o plano de keting usada. Para isso, aproveite os históricos existentes
seleção? na sua empresa. Inclua as opções que foram bem sucedi-
das no seu novo Planejamento de Vendas.
• Perfil do Profissional de Vendas b. Analise as atividades do seu time de vendas. Você
Quais são os cargos, habilidades de vendas, caracterís- deverá incluir no seu Planejamento de Vendas as estraté-
ticas comportamentais e qualificações/histórico? gias de vendas que tenham sido comprovadamente efeti-
Como podemos tornar a cultura corporativa receptiva vas nos anos anteriores. Descreva as estratégias de aborda-
a este novo perfil de vendas? gem de curto e longo prazo que o seu time de vendas irá
Quais são as principais responsabilidades? Quais são empregar para fechar as novas negociações.
todas as responsabilidades? c. A estabilidade emocional do profissional de ven-
Quais serão as qualificações dos candidatos? das necessita ser forte. Ele precisa ter a capacidade de
Definir quais são os primeiros objetivos para os candi- avançar apesar da rejeição e derrotas, de manter o foco
datos efetivados (90 dias)? no objetivo desejado. É aconselhável incluir no seu Pla-
Especificidades: Quais são os territórios de vendas, ti- nejamento de Vendas medidas que visem prevenir e au-
pos de relatório de vendas, os requisitos para despesas de xiliar o tratamento de problemas emocionais, principal-
viagens ou locomoção, e o processo para reembolso de mente os relacionados com os transtornos de ansiedade.
despesas?
65
MARKETING
Durante toda a história da humanidade podemos perceber que no íntimo, na essência dos relacionamentos, está sem-
pre um desejo de negociar.
O que é a venda?
“Fechamento da venda é o processo de ajudar as pessoas a tomarem decisões que serão boas para elas mesmas”.
É o ato de ceder algo tendo em contrapartida um preço a receber.
É necessário, porém, que abandonemos um conceito antigo relacionado à venda, que é o conhecido “custo-be-
nefício” e adotemos o conceito “valor-benefício”.
Os métodos na Administração de Vendas tem como objetivo definir as táticas de como fazer um bom negócio.
Uma empresa não contrata um vendedor apenas para que esse venda um produto. É necessário que esse transmita a
imagem da empresa.
O principal objetivo da administração de vendas é fazer com que todo processo de venda seja desenvolvido com base
na condução da empresa na direção dos caminhos desejados.
Podemos classificar esses objetivos como:
Para tanto, é necessário compreendermos alguns conceitos que fazem parte desse processo, dentre eles:
66
MARKETING
Outra relação que devemos considerar é a de vendas e desempenho, ou seja, em todo ciclo de venda há um estudo
sobre processos de compra, papéis de compra, tipos de comportamento de compra e mercado, a partir desse estudo o
administrador de vendas deverá fazer uma previsão do que poderá ocorrer no período a ser planejado.
Os métodos utilizados podem ser:
Científicos: que são aqueles que utilizam de sistemas, programas e ferramentas mais complexas de análise e os.
Não científicos: que se baseiam em informações como: Intenção de compra; opinião da força de vendas; Vendas
passadas; Julgamento dos executivos.
Princípios da venda
• O desejo de aprender
• A necessidade de estagiar
• O dever de se especializar
• Tempo de confraternizar
• A vontade de ajudar
67
MARKETING
A primeira etapa do processo de venda deve ser o planejamento, através dele decidi-se com antecipação o que deve
ser feito, aonde se quer chegar, quais resultados se pretende atingir. Neste momento, se junta análises e informações onde,
através dessas, é possível precaver eventualidades futuras, analisando situações internas e externas.
Metas
Meta é o alvo, é uma unidade de um objetivo, é o que precisa se feito para conquistá-lo
A meta deve ser:
Mensurável
Específica
Temporal
Alcançável
Ter significado
Ao analisarmos o potencial de mercado, tratamos de uma estimativa sobre o valor total da capacidade do mercado
brasileiro no segmento que atua a empresa.
Ressaltamos que o território nacional representa 100% dessa capacidade.
Normalmente divide-se esse território em regiões para facilitar as estimativas.
Ex.: Rio de Janeiro representa 50% desse total, o que significa que seu potencial de mercado é 50%.
A capacidade de vendas da empresa parte da análise da demanda total do mercado.
Ex.: um produto que estima-se uma demanda total de 10.000 unidades, sabemos que o RJ representa 50% desse mer-
cado, ou seja, o potencial de vendas nessa cidade será de 5.000 unidades.
Resumidamente temos que, potencial de mercado traduz a capacidade máxima de absorção de mercado em determina-
do momento, enquanto que o potencial de vendas consiste na expectativa de uma empresa participar de um determinado
potencial desse mercado.
68
MARKETING
Os gatilhos mentais funcionam como estimulantes que aguçam os sentimentos, conectam-se ao cérebro emocional e
incentivam o cérebro de forma inconsciente.
Você deve estar pensando: mas na prática, como funciona e de que maneira aplico essa técnica na área comercial da
minha empresa?
A seguir você observará de forma mais clara e destrinchada 4 táticas infalíveis que acertarão em cheio as necessidades
do seu público e tudo o que você precisa saber sobre cada um delas.
69
MARKETING
Qualquer novo lançamento de um dos produtos da Apple é recebido com enorme animação pelo público e as filas nas
portas das lojas no dia de lançamento do produto são descomunais.
Esse poder se deve a um longo trabalho construído pela marca durante anos de inovação, qualidade e excelência.
Com apenas um vídeo a respeito da responsabilidade com o meio ambiente, a marca conseguiu autenticar o poder e
autoridade que possui.
Você deve estar pensando que o exemplo usado foge muito da sua realidade, não é mesmo?
A marca no início começou apenas com dois jovens apaixonados por inovação e poucos recursos artesanais, e só che-
gou onde está agora, porque soube do seu potencial desde o início.
Para isso, comece mostrando coisas importantes que você já fez ou participou, como por exemplo, palestras, cursos,
especializações.
Evidenciar sua competência e know-how no ramo lhe garantirá um posicionamento com muito mais autoridade.
Conquiste seu cliente de forma genuína
Quando alguém faz algum favor a você, mesmo que seja pequeno, você não fica com a sensação de que tem que re-
tribuí-la de alguma forma?
O vídeo a seguir expressa muito bem esse sentimento.
Já pensou em praticar algum gesto “sem intenção” nos seus negócios?
Estudos apontam que nossos ascendentes compartilhavam conhecimento, habilidades e comidas e com isso sentiam-
-se na obrigação de ajudar uns aos outros. Com o tempo, gestos de reciprocidade passaram a fazer parte da cultura do ser
humano.
Essa dádiva de nossos antepassados pode ser usada como proveito em suas vendas.
Fique atento às duas dicas cruciais a seguir:
Dica número 1: Numa venda deixe transpassar que seu principal objetivo é resolver o problema do cliente e
tornar a vida dele mais simples.
Dica número 2: Tente não transmitir que você só está atendendo em benefício próprio para gerar lucro para
seu negócio.
Ninguém gosta de vendedor insistente que não dá atenção ao real problema e só quer vender o seu peixe.
Quando o cliente tem a sensação de que você apenas quer ajudá-lo, sem recompensas, automaticamente você rece-
berá ótimos resultados.
Coloque em prática: amostras grátis são ótimas para conquistar o seu público e fazer com que ele sinta que deve re-
tribuir algo à você.
70
MARKETING
Essa estratégia promove grande influência na divulga- quando tiverem a necessidade daquele produto / serviço
ção dos produtos ou serviços oferecidos pela sua empresa. e a sua empresa estiver dentre as opções. Isso poderá ser
Você pode aproveitá-lo através das mesmas ferramen- um fator decisório, a confiança que as pessoas sentirão na
tas que as blogueiras usam, pois é o meio de disseminação sua marca por já terem visto em outras situações poderá se
que está em alta e acarreta grandes resultados. tornar o fiel da balança.
No marketing orientado a vendas, você cria por exem-
Preze pela excelência plo: catálogos, ações de mala direta segmentadas envian-
Em uma esfera mais prática, ter uma equipe capacita- do correspondência direto para seus clientes potenciais,
da e com domínio de ações eficientes de vendas é fun- amostras grátis para distribuir em pontos de venda, cam-
damental. panhas de desconto etc. Todas essas coisas para que você
Com isso, você demonstra confiabilidade na qualidade convença o seu cliente a comprar no momento em que ele
do produto ou serviço prestado e conquista a admiração e entrar em contato com aquela peça de marketing.
fidelidade do cliente.1 Parece besteira, mas já vi empresas quebrarem por in-
vestirem no marketing de branding no momento errado.
Marketing e Vendas Quando uma empresa é pequena e precisa de resultados
para crescer, o seu custo de aquisição por cliente tem de
O Marketing é uma área das empresas que as pessoas ser enxuto, os investimentos em marketing devem gerar
adoram trabalhar, uma área que tem glamour, nome boni- retorno no curto prazo. Mídias caras que não vendem, não
to e faz o que? Depende, nas empresas que funcionam o são uma boa opção nesse momento. Já vi empresas gasta-
marketing é funcionário das Vendas, ou seja, uma área que rem preciosos dinheiros pagando agências para alimentar
trabalha para que as vendas sejam mais fáceis de aconte- as redes sociais que não geravam nada de vendas, enquan-
cer. to o que gerava 50% das vendas, o google adwords, rece-
Nas grandes empresas que trabalham vendendo seus bia somente metade da verba de marketing.
produtos para o varejo por exemplo, o marketing possui Pense nos detalhes, entenda o momento da empresa,
uma função absolutamente fundamental, dificilmente um se use como exemplo, entenda o que você faz antes de
grande varejista comprará produto que não possuam um adquirir um produto ou um serviço e use isso como base
bom plano de marketing ou uma comunicação estabele- inicial para pensar nos investimentos que fará. Paralelo a
cida com seu público. Isso porque os mercados não dis- isso tenha um caixa para ações de marketing sempre dis-
põem de funcionários para ficarem apresentando e expli- ponível mesmo que você não use, é sempre melhor sobrar
cando produto por produto. Logo se o marketing não se do que faltar.
comunicar bem com o público antes desse público entrar Por último e não menos importante a dica é: Meça os
no mercado, ele terá apenas alguns poucos segundos para resultados, tente descobrir sempre quanto cada investi-
encantar clientes através de seu rótulo. O Marketing nes- mento de marketing te dá de retorno e depois de quanto
ses casos literalmente vende, pois dificilmente uma grande tempo, isso lhe auxiliará a fazer a melhor campanha para
rede varejista apostará apenas na apresentação do vende- o seu negócio, não se baseie por outras empresas, cada
dor. E quando as vendas vão mal, provavelmente o marke- negócio é um negócio.
ting está sendo mal feito. Não existe marketing caro, existe marketing que se
Nas empresas menores, principalmente nas que ofe- paga e marketing que não se paga.
recem serviços, o marketing não possui uma importância O Marketing é uma área das empresas que as pessoas
tão grande, e não por acaso não é raro eu encontrar em- adoram trabalhar, uma área que tem glamour, nome boni-
presas que não possuem nenhum trabalho de marketing to e faz o que? Depende, nas empresas que funcionam o
relevante, muitas vezes dentre os meus clientes o primeiro marketing é funcionário das Vendas, ou seja, uma área que
contato deles com o marketing é quando a minha consul- trabalha para que as vendas sejam mais fáceis de aconte-
toria, a BEM VENDER, os orienta. Nessas empresas a força cer.
da equipe comercial na ação direta, costuma trazer resulta- Nas grandes empresas que trabalham vendendo seus
dos minimamente satisfatórios. Resultados esses que, ob- produtos para o varejo por exemplo, o marketing possui
viamente, podem ser impulsionados por ações marketing uma função absolutamente fundamental, dificilmente um
eficientes. grande varejista comprará produto que não possuam um
Ainda assim é necessário entender a diferença entre bom plano de marketing ou uma comunicação estabele-
Marketing orientado ao Branding (formação e valorização cida com seu público. Isso porque os mercados não dis-
da marca) e Marketing orientado a vendas. põem de funcionários para ficarem apresentando e expli-
No Branding, a conversão é menor, o intuito é simples- cando produto por produto. Logo se o marketing não se
mente fortalecer a imagem da empresa para determinado comunicar bem com o público antes desse público entrar
segmento de público. Por exemplo, aparecer em uma re- no mercado, ele terá apenas alguns poucos segundos para
vista ou na chamada de um comercial na TV, muito pro- encantar clientes através de seu rótulo. O Marketing nes-
vavelmente, não fará com que as pessoas saiam de suas ses casos literalmente vende, pois dificilmente uma grande
casas para irem comprar seus produtos ou contratar seus rede varejista apostará apenas na apresentação do vende-
serviços, mas pode ser que as ajude a escolher sua empresa dor. E quando as vendas vão mal, provavelmente o marke-
1 Fonte: www.esagjr.com.br - Por Giovanna Fidélis Jacques ting está sendo mal feito.
71
MARKETING
Nas empresas menores, principalmente nas que oferecem serviços, o marketing não possui uma importância tão gran-
de, e não por acaso não é raro eu encontrar empresas que não possuem nenhum trabalho de marketing relevante, muitas
vezes dentre os meus clientes o primeiro contato deles com o marketing é quando a minha consultoria, a BEM VENDER, os
orienta. Nessas empresas a força da equipe comercial na ação direta, costuma trazer resultados minimamente satisfatórios.
Resultados esses que, obviamente, podem ser impulsionados por ações marketing eficientes.
Ainda assim é necessário entender a diferença entre Marketing orientado ao Branding (formação e valorização da mar-
ca) e Marketing orientado a vendas.
No Branding, a conversão é menor, o intuito é simplesmente fortalecer a imagem da empresa para determinado seg-
mento de público. Por exemplo, aparecer em uma revista ou na chamada de um comercial na TV, muito provavelmente,
não fará com que as pessoas saiam de suas casas para irem comprar seus produtos ou contratar seus serviços, mas pode
ser que as ajude a escolher sua empresa quando tiverem a necessidade daquele produto / serviço e a sua empresa estiver
dentre as opções. Isso poderá ser um fator decisório, a confiança que as pessoas sentirão na sua marca por já terem visto
em outras situações poderá se tornar o fiel da balança.
No marketing orientado a vendas, você cria por exemplo: catálogos, ações de mala direta segmentadas enviando
correspondência direto para seus clientes potenciais, amostras grátis para distribuir em pontos de venda, campanhas de
desconto etc. Todas essas coisas para que você convença o seu cliente a comprar no momento em que ele entrar em con-
tato com aquela peça de marketing.
Parece besteira, mas já vi empresas quebrarem por investirem no marketing de branding no momento errado. Quando
uma empresa é pequena e precisa de resultados para crescer, o seu custo de aquisição por cliente tem de ser enxuto, os
investimentos em marketing devem gerar retorno no curto prazo. Mídias caras que não vendem, não são uma boa opção
nesse momento. Já vi empresas gastarem preciosos dinheiros pagando agências para alimentar as redes sociais que não
geravam nada de vendas, enquanto o que gerava 50% das vendas, o google adwords, recebia somente metade da verba
de marketing.
Pense nos detalhes, entenda o momento da empresa, se use como exemplo, entenda o que você faz antes de adquirir
um produto ou um serviço e use isso como base inicial para pensar nos investimentos que fará. Paralelo a isso tenha um
caixa para ações de marketing sempre disponível mesmo que você não use, é sempre melhor sobrar do que faltar.
Por último e não menos importante a dica é: Meça os resultados, tente descobrir sempre quanto cada investimento de
marketing te dá de retorno e depois de quanto tempo, isso lhe auxiliará a fazer a melhor campanha para o seu negócio,
não se baseie por outras empresas, cada negócio é um negócio.
Não existe marketing caro, existe marketing que se paga e marketing que não se paga.2
72
MARKETING
73
MARKETING
A codificação nada mais é do que o conteúdo do email em si, enquanto a decodificação é como o público irá entender
aquele conteúdo, que pode ou não ser influenciado por algum ruído, como um erro gramatical, por exemplo.
Todo processo de comunicação envolve essas partes. E por que eu fiz questão de explicar cada uma delas?
Porque a partir do momento que você entende que cada uma delas é importante para que você se comunique com sua
audiência sem a interferência de ruídos e garantindo que a decodificação seja homogênea, maiores são as suas chances
de sucesso.
Vertical: os objetivos de comunicação precisam estar alinhados à missão da empresa, definida no planejamento
estratégico.
Interna: se você possui uma equipe, todos precisam estar informados e alinhados a respeito de lançamentos de
produtos, novos anúncios e parcerias para garantir que tenham autonomia mas que tomem decisões consistentes com a
mensagem principal que a empresa deseja passar.
Externa: se você, em um dado momento, precisa contratar serviços de terceiros, como agências de marketing de
conteúdo, editores, relações públicas, etc, precisa garantir que eles produzam conteúdos consistentes com aqueles que
você produz dentro da sua empresa, para manter a personalidade da sua marca.
74
MARKETING
A comunicação integrada de marketing pode representar não só uma vantagem competitiva, um reforço na sua
estratégia de posicionamento, como também pode resultar em menos estresse e gastos desnecessários no seu orça-
mento.
Ao organizar com cuidado toda a comunicação do seu negócio, você consegue evitar retrabalhos e até mesmo
reutilizar alguns materiais de design em diferentes mídias.
Porém, o benefício principal é que você define objetivos específicos para a sua comunicação integrada de marke-
ting, também evitando o desperdício de recursos. Os objetivos mais comuns são:
• Necessidade da categoria: um produto completamente novo, como o smartphone foi um dia, deve começar
com um objetivo de comunicação de estabelecer a necessidade pela categoria.
• Conscientização da marca: capacidade de identificar ou reconhecer uma marca dentro de uma categoria, em
detalhes suficientes para que se efetue a compra. É mais fácil conquistar o reconhecimento do que a lembrança, é mais
fácil lembrar de um logotipo e de suas cores do que lembrar do nome de uma marca quando solicitado.
• Atitude em relação à marca: capacidade da marca de atender uma necessidade relevante. Uma marca re-
levante pode ser orientada negativamente (eliminação de problemas, fuga de problemas, satisfação incompleta) ou
positivamente (gratificação sensorial, estímulo intelectual ou aprovação social)
• Intenção de compra da marca: instruções próprias para comprar uma marca ou realizar uma ação relacio-
nada à compra.
A comunicação eficaz consegue alcançar diversos objetivos ao mesmo tempo. No entanto, é possível ir muito
além, já que através de uma comunicação integrada de marketing você consegue conduzir com mais suavidade seu
potencial cliente pelo funil de vendas.
Cada etapa do funil de vendas exige um determinado tipo de conteúdo.
Para atrair leads, posts em blog, vídeos e infográficos sobre temas mais abrangentes são ideais. Conforme a pes-
soa demonstra interesse no conteúdo que você oferece, você pode conduzi-la pelo funil fazendo ofertas de conteúdos
cada vez mais específicos, procurando nutrir o lead e depois levá-lo a tomar uma ação.
Imagine atrair um visitante com conteúdos informais e usando uma linguagem mais descolada e no momento da
venda mudar para um tom totalmente comercial e formal? Essa estranheza pode facilmente fazer com que o cliente
desista da compra.
Uma mensagem unificada tem mais impacto que várias mensagens desconectadas, o que acaba por chamar
atenção das pessoas e até mesmo fidelizá-las em um mundo onde elas são bombardeadas com mensagens vindas de
todos os lados, o tempo todo.
Se a sua mensagem é única, fica fácil reconhecer sua voz no meio de tanto barulho. E é através da sua voz, da
sua personalidade que você irá construir relacionamentos com os seus consumidores.
As mensagens consistentes, não importando o canal, também garantem que você mantenha sua marca na cabe-
ça do seu público, aumentando seu valor com o passar do tempo, desde que seja coerente com a sua estratégia de
branding.
75
MARKETING
O mix de comunicação faz parte do seu P de promoção do mix de marketing, incluindo os esforços para promover
negócios, marcas ou produtos e serviços.
A promoção tem como objetivo atrair os clientes certos a fim de realizar vendas. E também de aumentar o reconheci-
mento de marca.
Os elementos mais comuns do mix de comunicação são:
• Propaganda: forma paga e impessoal de promover produtos e serviços, tanto em mídias off e online.
• Promoção de vendas: ferramentas como cupons de desconto, amostras e concursos para incentivar as vendas.
• Marketing direto: esforços direcionados especificamente para um público que já tem interesse no produto. Co-
municação via email marketing e mala direta são exemplos de ações de marketing direto.
• Marketing Digital: o elemento do mix que mais cresce nos últimos anos e que vem tornando essencial a presença
online das marcas, seja através de um site, de apps ou das redes sociais. Não há sobrevivência no mercado atual sem uma
presença digital.
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MARKETING
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MARKETING
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MARKETING
Os consumidores esperam que as empresas entre- As empresas ainda estão tendo dificuldades em inte-
guem soluções imediatas aos seus desejos, fazendo tam- grar os canais físicos com os virtuais, mostrando que há
bém do tempo de entrega um fator determinante para sua um longo processo pela frente para aproveitar as oportu-
satisfação. nidades.
Tudo culpa do mobile marketing, já que nenhum canal Você precisa garantir que o seu negócio também con-
aproxima mais uma marca de seus consumidores do que siga fazer essa conexão de forma coerente, garantindo a
o celular, sendo esse o centro da estratégia Omnichannel mesma experiência para seus clientes seja através de seu
nos dias de hoje. site, das redes sociais ou por email tanto quanto seria no
seu ambiente físico, se houver.
2. Webrooming em ambientes físicos Ter uma estratégia de marketing que considera uma
O Webrooming é o processo de compra que começa comunicação integrada entre canais com uma mensagem
com a pesquisa na internet e termina com a compra em consistente é a diferença entre replicar resultados positi-
uma loja física. vos sempre que possível ou apenas dar sorte de vez em
No entanto, é possível fazer com que essa pesquisa on- quando.
line comece na própria loja física, e essa já é uma tendência A comunicação integrada de marketing dará destaque
que vem se apresentando aos poucos. à sua mensagem principal, aquela que a sua marca precisa
A Apple usa um aparelho chamado de beacon, que se e deseja colocar no mundo, dando ênfase à sua vantagem
comunica com smartphones através de bluetooth, criando competitiva, sua proposta única de valor, voltada para um
uma conexão de máquina com máquina, quando próximos nicho de mercado adequado e que faça sentido não impor-
um do outro. ta se for em um vídeo no YouTube ou em uma campanha
Além disso, esses dispositivos conseguem dizer onde o na rádio da sua cidade.
consumidor se encontra dentro da loja, monitorando assim O mais importante permanecerá sempre o mesmo, in-
quais os departamentos mais visitados por esse cliente e dependente do meio que for transmitido: a essência do
quanto tempo gastam por lá. seu negócio.3
Também permitem o envio de notificações para os ce-
lulares de seus clientes, com base em sua localização, ter-
minando assim com dados preciosos sobre o comporta-
mento de consumidor.
TÉCNICAS DE VENDAS E NEGOCIAÇÃO.
3. Showrooming em canais online
O Showrooming é exatamente o oposto do Webroo-
ming. Nesse caso o cliente vai até uma loja física e con-
segue, através do uso dos cinco sentidos, experimentar o Primeiro - temos que ter em mente que tudo na vida
produto ou serviço antes da compra, que será feita virtual- é venda. Médicos, dentistas, advogados, arquitetos, conta-
mente. dores, têm que aprender a vender. O médico que aprendeu
Na Coréia do Sul, a Tesco colocou lojas virtuais, na ver- a vender é o dono do hospital. Não importa a sua profissão
dade papéis de parede que se assemelham à prateleiras ou área, saber vender sempre vai fazer a diferença. Até pra
de um mercado em locais públicos , como uma estação de casar! Quem não souber se vender vai acabar sozinho.
metrô. Segundo - existe uma falsa ideia que as pessoas nas-
Os consumidores mais ocupados podem comprar com cem vendedoras, o que não é verdade; vender é uma ha-
seus smartphones enquanto esperam pelo trem somente bilidade que se aprende. É claro que algumas pessoas nas-
escaneando os produtos desse “mural” em um aplicativo cem com características que ajudam a vender: comunica-
próprio. ção, atitude, iniciativa, mas todas essas habilidades podem
Esse tipo de abordagem permite que os consumido- ser aprendidas.
res explorem os produtos de forma presencial, usando Terceiro – existe também a ideia que vendedor é uma
seus sentidos e que ainda tenham a experiência humana, pessoa mentirosa e desonesta, que faz de tudo para tirar
mesmo que a compra aconteça de fato através da internet. o dinheiro do cliente. Isto não é vendedor, o nome disto é
É preciso mapear todos os possíveis pontos de conta- mau caráter. Um profissional de vendas aprendeu a fazer
to, bem como o comportamento do consumidor durante negócios a longo prazo, ou seja, não é o que eu vou ganhar
a jornada de compra. Como as possibilidades são as mais nesta negociação e sim o quanto eu posso ganhar nos pró-
variadas, é preciso identificar as mais populares. ximos dez, vinte anos fazendo negócios com este cliente.
1.Mapeie todos os pontos de contato e canais possí- Quarto – algumas pessoas acreditam que vender é fá-
veis da jornada de compra (online, offline, com a marca, cil. “Vender não é fácil, vender é simples”, há algumas coi-
com outros consumidores). sas que precisamos aprender ou desaprender.
2.Identifique os pontos de contato e canais mais críti- O grande desafio é que a pessoa começa a trabalhar
cos. com vendas hoje e três meses depois ela se considera um
3.Melhore e integre os pontos de contato e canais mais profissional de vendas. Nem estagiário de amador ela é
críticos. ainda.
3 Fonte: www.viverdeblog.com - Por Henrique Carvalho
79
MARKETING
Para ser considerada profissional, uma pessoa precisa A comunicação é uma das necessidades mais funda-
ter vivência em ambientes e cenários diferentes, ou seja, mentais da raça humana. Ao longo de milhares de anos o
quilômetro rodado. E o mais importante: para ser consi- homem vem desenvolvendo esta habilidade. Ela é uns dos
derado um profissional de vendas, você precisa dar bons pilares do nosso desenvolvimento.
resultados regularmente, independente de como está o Existem dois tipos básicos de comunicação: a interpes-
mercado. soal e a intrapessoal. A primeira tem a ver com como nos
comunicamos com os outros e a segunda é a forma de
Perguntas como nos comunicamos com nós mesmos.
O que é ser Vendedor? As duas formas de comunicação são importantes, po-
É gostar de gente. Melhor, gostar das pessoas do jeito rém a intrapessoal é a que afeta mais diretamente nossos
que elas são, porque gostar de gente boazinha, qualquer resultados, pois, se não conseguimos uma boa comunica-
medíocre gosta. Para um bom vendedor não existe cliente ção interna, não conseguiremos nos comunicar com os ou-
chato, só existe clientes exigentes, ou seja, aqueles clien- tros de uma forma eficaz.
tes que forçam ele a se melhorar continuamente. “Para um
cliente exigente, só um profissional preparado para vender”. Comunicação Intrapessoal
A comunicação intrapessoal é aquela que temos com
O que é ser um bom Vendedor? o nosso interior a todo momento. É, em termos simples,
É vender várias vezes para a mesma pessoa. Vender a como você conversa com você mesmo. Quando você está
primeira vez é fácil do mundo, é só mentir, mas provavel- sozinho está mal acompanhado? Quando você se olha no
mente vai ser a última vez que esta pessoa vai querer te espelho, o que você vê? Quando você faz alguma besteira,
ver na frente dela. Um bom vendedor cria um ambiente o que você diz para você mesmo? Você só vai melhorar
favorável ao crescimento através de indicações de clien- seus relacionamentos externos a partir do momento que
tes satisfeitos e até mesmo clientes vendendo para ele. Ele melhorar sua comunicação intrapessoal.
constrói negócios duradouros. Ela é a base da autoestima. Praticamente todo nosso
curso será um trabalho de refinamento da sua comunica-
Por que ser Vendedor? ção interna, moldando suas crenças, sua argumentação.
Na média, o profissional de vendas é o profissional Toda vez que mencionarmos alguma técnica de relaciona-
mais bem remunerado do mercado. É normal conflitos mento com clientes, ela serve principalmente para aquele
dentro das empresas entre a área comercial e as outras que deve ser o seu maior cliente, seu maior fornecedor e
áreas, principalmente por causa da discrepância de rendi- seu maior amigo: você!
mentos. Agora, porque estas pessoas não vêm para a área
de vendas? Simples, porque elas não estão dispostas a per- Comunicação Interpessoal
correr o caminho do aprendizado, da resiliência e da disci- A nossa capacidade de comunicação determinará em
plina. O bom de trabalhar com vendas é que, se você quer grande parte se vamos ou não ter sucesso em vendas. De-
um aumento de rendimento, é só acordar mais cedo ir até vemos desenvolver nossa comunicação se queremos ser
o espelho do banheiro e falar: eu preciso de um aumento. A entendidos por nossos clientes, melhor se queremos ser
pessoa no espelho vai responder: então vamos vender mais. felizes. Hoje em dia é muito comum ver pessoas dizendo:
Lembre-se: vendedor acorda desempregado todos os “ninguém me entende”, “parece que eu falo para as pare-
dias, ele tem até o final do dia para construir seu emprego. des”, “parece que eu falo grego”, o que está acontecendo?
A dificuldade de se comunicar esta levando muita gente
Do que vivem as empresas? ao fracasso pessoal e profissional. São três os elementos
As empresas não vivem de vendas, as empresas vivem que compõem a nossa comunicação externa: A palavra é
do lucro das vendas. a forma mais elementar de comunicação, a grande maioria
Se não der lucro, não é venda! das pessoas só se preocupa com este fator, e por mais que
Uma «venda sem lucro» pode ser chamada de doação, se esforcem terão grandes dificuldades de serem entendi-
parceria, caridade. Para ser chamada de vendas só existe das, pois a palavra é responsável por apenas 7% da nossa
um pré-requisito - tem que dar lucro. Nós vamos encontrar capacidade de comunicação. O tom de voz determina 38%
várias pessoas na área comercial que só conseguem vender da nossa capacidade de comunicação e pode melhorar
se derem desconto. Claro que é importante termos uma muito o nosso desempenho, pois o tom da voz pode dar a
margem de negociação, mas se todas as minhas vendas devida importância naquilo em que queremos dar ênfase.
ocorrem com desconto, pior “desconto máximo” tem algu- Fisiologia é colocar o seu corpo em sincronismo com o que
ma coisa muito errada comigo. você está falando. Você não pode estar falando sobre um
produto que é fantástico parado com os braços para baixo.
Comunicação A fisiologia determina 55% da capacidade de comunicação.
Seguramente um dos maiores desafios do ser humano Quando conseguirmos trabalhar a palavra, o tom de
é a comunicação. Marido e mulher se separam por pro- voz e a fisiologia estaremos aumentando a nossa comuni-
blemas de comunicação, amigos viram inimigos por pro- cação interpessoal. Outro ponto importante em comunica-
blemas de comunicação, nações entram em guerras por ção é que devemos estar, de tempos em tempos, pegando
problemas de comunicação. feedback para verificarmos se estamos sendo entendidos.
80
MARKETING
Por que não comprar? Qualidades essenciais para ser um profissional de ven-
Desejo x Dinheiro das.
As pessoas compram o produto quando querem o Ser boa gente: lembrando que não se pode fazer
produto mais que o dinheiro que ele custa. Na maioria das um bom negócio com um mau sujeito.
vezes as pessoas vão comprar o que elas querem e não Ter instinto de fechamento: saber a hora certa
o que precisam. Se todos fossem adeptos da velha escola de fechar.
de pensamento segundo a qual “só devemos comprar o Desenvolvemos esta habilidade com o tempo e mais
que precisamos”, os vendedores estariam numa enrascada. treino, treino e treino.
Digo isto porque a maioria das pessoas possui muito mais Ter métodos para fechar: não basta saber a hora de
do que realmente “precisa”.(De quantas peças de roupas, fechar a venda tem que saber como fazer (vamos trabalhar
quanto espaço, quantos aparelhos de TV, de quanta comi- isto no módulo de fechamento).
da você precisa?). É obrigação do vendedor despertar o de-
sejo do cliente pelo produto. Palavra mágica para despertar Vendedor de Sucesso
o desejo: Imagine... Um vendedor de sucesso tem dez características mar-
Lei de Ouro: “o medo de perder é maior que o desejo de cantes:
possuir”. 1. Tem uma crença inabalável nele mesmo, no pro-
Não estou falando em colocar o foco no medo de per- duto e na empresa. (Compromisso).
der o dinheiro e sim o medo de perder a oportunidade de 2. É entusiasmado e auto motivado.
comprar. Quem tem que despertar isto no comprador é o 3. É persistente.
vendedor. 4. Tem iniciativa própria.
5. Tem uma grande habilidade no trato com pessoas
Falta de dinheiro de todos os tipos.
A segunda razão pela qual as pessoas não compram 6. Não tem medo do trabalho duro.
é a falta de dinheiro. Você pode usar todas as técnicas do 7. Tem foco.
mundo e mesmo assim não vai conseguir fazer dinheiro. 8. Tem cara de pau, não fica esperando o “momento
Porém, quando se trata de preço, algumas pessoas men- conveniente”.
tem dizendo que não tem dinheiro (veremos isto nas ob- 9. É cabeça dura. Acredita que vai dar certo até o fi-
jeções). nal de suas forças.
10. É um expert em sua área, está constantemente se
Sem pressa treinando.
A terceira razão pela qual as pessoas não compram é
porque não tem pressa para comprar. Esta é uma das obje- Verdades sobre a Venda
ções mais difíceis de se enfrentar. Quem estabelece o valor do produto, na mente do
Devemos entender que não existe o momento ideal cliente, é o vendedor. Valor é diferente de preço: preço é se
para se tomar uma decisão importante. Tomamos as maio- paga pelo produto e valor tem a ver com os benefícios, o
res e mais importantes decisões de nossas vidas não ba- valor agregado. Isto só será possível se houver confiança e
seados na lógica e sim na emoção. Verifique quando você boa comunicação.
decidiu casar, comprar sua casa, abrir se próprio negócio, Vender é um processo educativo: o vendedor deve
fazer aquele concurso, ter seus filhos. Foi muito mais pela ter sempre em mente que o cliente não conhece tanto do
emoção do que pela razão e nós hoje nos sentimos bem produto quanto ele, assim sendo ele deve ser o mais didá-
por termos tomado as decisões lá traz. Quem esperar o tico possível. Nunca presuma nada.
momento ideal nunca vai fazer nada porque “não existe o As pessoas não mudam de ideia. Partindo desta
momento ideal”. afirmação nunca devemos tentar mudar a ideia do nosso
cliente, e sim, devemos colocar novos fatos para que ele
Falta de confiança possa tomar nova decisão.
O cliente compra quando tem confiança. A parte mais De um modo geral, o comprador escuta o começo
importante no processo de vendas é o vendedor. e o fim da apresentação: precisamos ter uma boa entrada e
O que as pessoas compram primeiro? um excelente fechamento.
1) O vendedor. Vender é uma habilidade que se aprende.
2) O produto. Vendedores são solucionadores de problemas:
3) A empresa. você vai ser mais importante ou menos importante para
4) O preço. seu cliente na ordem proporcional que você venha a fa-
cilitar a vida dele, a solução do problema da empresa não
Um número diz tudo sobre a confiança que o compra- pode ser transferida para o cliente.
dor deposita no vendedor, 71% das vendas ocorrem por- Boa parte da venda está na tonalidade de voz.
que o comprador gosta e confia no vendedor. Nenhum vendedor é normal, quando é realmente
bom.
Lei de Ouro: Você pode ter tudo o que quer na vida, se O comprador pode esquecer o preço, especial-
ajudar as outras pessoas a conseguirem o que desejam. mente quando ele gosta do vendedor e do produto.
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Capacidade Técnica
Capacitação técnica tem a ver com o conhecimento profundo dos produtos que você vende e das condições de paga-
mento e entrega.
Quanto às formas e condições de pagamento, estas são importantes, pois muitas vezes, permitem adequar o pagamen-
to ao orçamento do cliente, o que pode definir uma venda.
Flerte ou sedução
• Todos nós já tivemos a experiência de flertar, de querer seduzir, envolver alguém. Agora vamos resgatar um pouco
este sentimento, esta sensação. Pense nas coisas que você fez... Lembre-se da vontade e motivação para satisfazer os de-
sejos e anseios desta pessoa especial.
• É exatamente assim que você tem de pensar com relação a seus clientes, qualquer um merece e deve ser atendido
deste jeito.
• Logo para cativar o cliente você precisa ser envolvente e não só no momento da venda como depois também, pois,
como já foi dito, nosso objetivo vai além de só vender: É também manter este cliente e conseguir indicações.
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não só para sobreviver, mas principalmente prosperarem? negociar não parece certo, elas não acham justo colocar
Simples, fazer com que cada negociação seja única e como preço no produto do outro, ou que o outro coloque preço
tal a mais importante de todas. no produto dele.
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Todos os dias, quando pensar em um determinado zação está com dificuldade em finalizar uma venda,
cliente, pense: o que posso fazer para tornar a vida de o uso de uma solução de Business Intelligence pode
meu cliente mais fácil? indicar onde está o gargalo e ajudá-lo a corrigir a
Serviço, serviço, serviço! Este é o segredo do sucesso rota o quanto antes.
em vendas em longo prazo. Por exemplo, se a prospecção está a todo vapor,
mas as propostas não estão evoluindo para a fase de
A finalidade do ser humano negociação, pode ser que tenha algum erro de abor-
Todo ser humano quer, em sua essência, apenas uma dagem no escopo ou que o preço do serviço esteja
coisa: ser feliz. O que o impede de alcançar plenamente esta muito fora do praticado pelo mercado.
felicidade é o fato de não assumir algumas responsabilida- Além disso, com a ferramenta de análise de dados,
des: ainda é possível identificar os talentos da sua equipe
Permaneça impecável com a sua palavra. comercial por etapa do funil. Pode ser que tenha um
Não leve nada para o lado pessoal. vendedor que não seja tão bom no momento da pros-
Não tire conclusões precipitadas. pecção, mas que se apresente como um ótimo nego-
Não confunda gratidão com acomodação. ciador no fechamento do contrato. Explorar os dados
Sempre dê o melhor de si em tudo.4 com profundidade só contribui de forma positiva para
o sucesso do seu negócio.
Avalie as oportunidades
ANÁLISE E CONTROLE DE VENDAS. Essa é uma ótima possibilidade para aplicar inteli-
gência no gerenciamento do pipeline de vendas. Mui-
tas vezes, os gestores focam-se apenas na evolução
das negociações e deixam de considerar as pequenas
Em um processo de vendas, não é raro encontrar ges- e médias oportunidades de novas oportunidades. Uma
tores indecisos sobre quais os próximos passos que devem gestão do ciclo de vendas madura e assertiva também
seguir para concretizar a negociação. Dependendo do serviço favorece o cross e up-selling.
oferecido pela sua organização, você pode contar com ciclos
de vendas diferenciados por ofertas e maturidade de clientes. Conheça o processo de compra do seu cliente
E sem uma análise criteriosa das informações, a compreensão Ter acesso aos dados para construir projeções que
do modelo comercial pode ser mal sucedida. se confirmem ao longo da jornada de compra é uma
Uma forma de facilitar a gestão do pipeline de ven- estratégia que garante bons resultados de vendas.
das é com o uso de uma ferramenta de Business Intelli- Saber em que momento o seu cliente vai comprar
gence, que possibilita fazer uma análise de dados precisa ajuda a definir as campanhas de marketing para cada
e controlar cada etapa do processo de venda na empresa. etapa e também permite controlar a margem de esto-
Confira as melhores práticas para ter um planejamen- que, a reposição de itens e aumentar a rentabilidade,
to comercial assertivo e tomar a melhor decisão para au- diminuindo os custos desnecessários. 5
mentar a rentabilidade da organização.
O que deve ser analisado em cada período
Inteligência na análise dos dados
O acompanhamento dos indicadores do pipeline de Diariamente
vendas, por meio do Business Intelligence, é o que vai A análise diária visa prever quais são os compro-
determinar se as projeções de vendas estão precisas ou missos de seu dia de trabalho em vendas e mensurar
não e o que precisa ser feito para torná-las mais factíveis. o tempo necessário para executá-los. Nesta análise,
Por isso, é importante analisar com profundidade as não basta observar quais ações serão feitas, mas saber
informações trazidas individualmente por cada vendedor quais trarão um resultado mais rápido.
e cruzar esses dados com o pipeline como um todo. É Semanalmente
desta forma, que você conseguirá ter o controle analítico Semanalmente, é importante identificar em quan-
sobre o desempenho da sua equipe comercial e desco- tos e em quais estágios do processo de vendas estão
brir onde estão ocorrendo as possíveis falhas e perdas os potenciais clientes; quais pessoas devem ser envol-
de oportunidades. É a chance de fazer um controle com- vidas no processo para aumentar suas chances de ven-
parativo dos clientes e traçar abordagens personalizadas der; quanto da meta mensal já foi alcançada e quais
para cada um. clientes antigos precisam de um contato e atenção.
Fazer isso no início da semana, ajudará a organi-
Como agir em cada etapa do funil de vendas zar sua agenda e alinhar algumas atividades com ou-
O processo de vendas possui etapas distintas e, por tras pessoas, além de determinar a prioridade de cada
isso, ter uma análise correta de cada situação é funda- ação e quais poderão ser postergadas caso surjam im-
mental para determinar ações rápidas. Se a sua organi- previstos
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Apenas através da identificação de oportunidades, o Em razão desses benefícios, a organização pode alcan-
controle de vendas influencia e aperfeiçoa gestão de es- çar uma melhor cultura de investimento, uma vez que cada
toque e compras, departamento comercial e, até, as ações melhoria demanda alocação de dinheiro, esforços e pes-
de marketing. soas. E quanto melhor for o investimento nesses quesitos,
maior é a margem de lucro — ainda que o ticket médio
2. Aperfeiçoamento do follow-up não aumente.7
As melhores oportunidades dependem apenas de Como podemos ver,planejar o crescimento do seu ne-
mais uma visita ou ligação para se tornarem vendas. Por gócio está na agenda de todo empreendedor. Uma forma
isso, ter o controle e o domínio de seus fatores influentes eficaz de fazer isso é acompanhando o desempenho da
faz com que o follow-up nunca seja esquecido. empresa fazendo um controle de vendas efetivo enquanto
Além disso, através do mapeamento de clientes fei- ela ainda é pequena.
to já no momento da identificação das oportunidades, o Isso ajuda a direcionar as decisões e concentrar os es-
vendedor responsável por fazer o follow-up pode identifi- forços nas áreas que mais precisam de atenção.
car como atuar de forma certeira para dar o último passo Para identificar as análises mais importantes, o primei-
rumo ao fechamento de cada novo negócio. ro passo é registrar organizadamente as informações. Um
bom software de gestão ajuda nessa tarefa, gerando rela-
3. Aperfeiçoamento da avaliação do desempenho geral tórios e permitindo a análise de seus dados de uma forma
A ferramenta, pela sua abrangência, qualifica a análi- estruturada.
se de desempenho da empresa, já que, além das vendas Essa é a forma mais eficaz de conhecer, de fato, o de-
em si, permite medir números de outras áreas e tarefas e sempenho da sua empresa e identificar oportunidades de
relacioná-los para obter respostas mais úteis ao gerencia- melhoria. Mas não se assuste: existem opções variadas,
mento do negócio. adequadas ao bolso da sua empresa, mesmo que ela seja
Por exemplo, é possível saber quais vendedores ge- ainda muito pequena.
ram mais resultados e também qual é a taxa de conversão As vendas são, comumente o front do negócio; um
dos principais geradores de caixa em qualquer empresa.
dos orçamentos e propostas em negócios. Isso torna a ob-
Logo, o domínio desse processo é um dos primeiros pontos
servação e o estabelecimento das metas mais inteligentes
de controle com o qual todo empresário deve se preocupar.
e relevantes, pois o gestor entende como se chegou aos
números obtidos e como ele pode alterar positivamente
Listamos abaixo 6 dicas para que você tenha um con-
esse caminho.
trole de vendas efetivo e aumente a lucratividade do seu
negócio. Confira:
4. Personalização e qualificação do atendimento
1. Registre todas as operações em seu controle de
Todo cliente ou prospect é diferente, mas às vezes é
vendas
impossível classificá-los um a um pelo grande volume. No Para que você possa gerar relatórios, as informações
entanto, a empresa sempre pode segmentá-los de acordo das transações precisam estar disponíveis. Tenha em mãos
com características em comum percebidas nos dados ob- o registro completo de qualquer venda realizada, incluindo
tidos no mapeamento. dados como:
Dessa forma, a empresa se torna mais assertiva em • Produtos vendidos;
todas as suas ações, seja no marketing ou na área comer- • Preço unitário e total;
cial. E o pós-venda, de maneira ativa ou passiva, consegue • Forma de pagamento;
manter a satisfação dos clientes e, até, fidelizá-los. • Dados do cliente.
Essas informações podem dar indicações sobre infor-
5. Melhoria da precificação de produtos e serviços mações muito importantes, por exemplo:
O básico de uma precificação é fazer a análise do • Quais são os produtos mais vendidos;
ponto de equilíbrio financeiro e atribuir a margem de lu- • Quais são comprados em conjunto;
cro. Porém, outros elementos podem tornar esse proces- • Como seus clientes preferem pagar suas compras.
so padrão insuficiente. De posse desses dados, você tem um melhor planeja-
Por exemplo, se um produto fica muito tempo em es- mento de estoque, pode fazer promoções com itens com-
toque, seu valor de venda para cobertura dos gastos e binados e ainda oferecer formas de pagamento atrativas.
geração do lucro pode precisar de reajuste. E como o con-
trole compreende também os dados de estoque, a ferra- 2. Acompanhe o desempenho da equipe de vendas
menta permite tal avaliação para a tomada de decisão. A equipe de vendas pode determinar o sucesso ou fra-
O mesmo pode ocorrer com a prestação de serviços. casso da empresa. Saber quem é o seu melhor vendedor
Quando a negociação é longa e complexa, o preço pro- e os canais mais efetivos são informações capazes de ge-
jetado internamente quando o cliente em potencial fez o rar uma grande economia na sua empresa. Quando você
primeiro contato já pode estar defasado. Para identificar olha apenas o faturamento total, pode não perceber que
essa hipótese, além do percentual de lucro e dos gastos tem vendedores de baixa performance no time ou que in-
envolvidos, a empresa precisa mapear todo o processo veste em canais que não trazem o retorno almejado.
de vendas. 7 Fonte: www,blog.financas360.com.br
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Defina a periodicidade mais adequada de acordo com Listamos alguns exemplos de indicadores que podem
o segmento em que atua, e analise com cuidado a contri- ser úteis para você e como calculá-los, caso você não tenha
buição de cada vendedor para o resultado geral da em- um sistema que gere automaticamente um relatório com
presa. Você pode dividir o total de vendas pelo número de esses dados:
vendedores para achar a média e depois comparar com o Custo de aquisição de cliente (CAC)
resultado de cada vendedor individualmente, por exemplo. Quanto é o desembolso de sua empresa por cada novo
cliente? Esse valor é lucrativo para a empresa? Quanto tem-
3. Mapeie o fluxo das vendas po cada novo cliente tem que permanecer na empresa para
No varejo, com margens de lucro cada vez mais enxu- que se torne lucrativo?
tas, trabalhar com previsões é mandatório para quem de- Fórmula de cálculo
seja continuar no mercado. Algumas perguntas precisam Divida o valor total de investimento em marketing pelo
ser respondidas para que um gestor possa ter seu negócio número de novos clientes naquele período.
preparado para as demandas dos clientes: Taxa de conversão de clientes
• Quais são as datas comemorativas que atraem Qual o percentual efetivo de atendimentos que ge-
meus clientes? ram vendas de fato? De cada novo lead recebido, quantos
• Existe sazonalidade? clientes de fato concluem a compra?
• Quais os dias da semana e do mês em que a equi- Fórmula de cálculo
pe precisa estar completa na loja, por serem os mais mo- Divida o número total de leads recebidos em todos os
vimentados? canais pelo número de vendas realizadas no mesmo pe-
• Em que horário do dia as vendas acontecem com ríodo.
maior concentração? Ticket médio
Qual o valor médio, em reais de cada venda realizada?
4. Conheça seus clientes Fórmula de cálculo
Um atendimento encantador faz toda a diferença. Além Divida o faturamento total pelo número de vendas do
do treinamento de vendas e pós-vendas, é essencial que você período
otimize o relacionamento com seus clientes. Use suas fer- Para avaliar permanentemente se está no caminho cer-
ramentas de controle de vendas para fornecer ao seu time to, o empreendedor deve ter em mãos suas principais me-
informações úteis sobre eles. Para que isso funcione, mante- tas e saber como está o desempenho atual frente a esses
nha seus bancos de dados constantemente atualizados. objetivos.
Programas de fidelização, medição de satisfação e re- Avalie continuamente como você pode otimizar os re-
conhecimento do valor do relacionamento dele com a em- sultados e utilize todo o aprendizado gerado pelo controle
presa podem ser um diferencial importante e fazem com de suas vendas para desenvolver seu time de vendas, mu-
que o cliente se sinta valorizado. ni-los de informações relevantes e alavancar cada vez mais
o crescimento do seu empreendimento.8
5. Organize sua empresa
Não importa o tamanho da sua empresa: para que suas
vendas sejam efetivas, todos os processos relacionados a
ela devem estar em sintonia e encadeados. Afinal, gerir o
gasto com estoque otimiza o fluxo de caixa por exemplo. CONQUISTA E MANUTENÇÃO DE CLIENTES.
A gestão financeira da empresa também pode se be-
neficiar dos controles mais efetivos. Em uma empresa or-
ganizada, informações sobre produção, vendas, estoque,
fechamento de caixa e resultados operacionais estão or- Os clientes são patrimônios, precisam ser administra-
ganizadas em relatórios fáceis de consultar e de entender, dos e maximizados. A razão da existência de uma empre-
permitindo que o empreendedor foque cada vez mais em sa é atender necessidades e desejos, os clientes são quem
decidir os rumos estratégicos da empresa com mais segu- demandam produtos e serviços, sua atividade deve girar
rança e informações precisas. em torno de seus consumidores e não somente de seus
Um bom controle organizacional — além de melhorar produtos.
a gestão e facilitar o controle contábil e fiscal — aumenta a O marketing visa à construção de relacionamentos
credibilidade da empresa com fornecedores e instituições com a clientela através do estudo de necessidades para
financeiras que valorizam as informações recebidas de for- estruturar um valor superior que seja seu diferencial. Para
ma mais profissional e estruturada. a empresa realizar esse estudo é preciso estar atenta aos
hábitos dos consumidores.
6. Crie étricas e metas Atualmente a demanda é muito diversificada, produ-
Ninguém consegue melhorar aquilo que não consegue tos e estratégias de massa já não surtem tanto efeito. Por
medir. Além das métricas tradicionais de quantidade e va- isso, as empresas investem na construção e manutenção
lor das vendas, o empreendedor deve definir quais dados de relacionamentos com seus clientes de forma mais per-
necessita para ter um controle mais efetivo da performance sonalizada.
da empresa. 8 Fonte: www.blog.egestor.com.br
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MARKETING
Não basta apenas conquistar novos clientes, é necessário também manter os antigos e induzi-los a novas compras que
satisfaçam suas futuras necessidades. Perder um cliente é mais que perder uma venda, significa deixar de ganhar o valor
de todas as compras que ele faria.
A gestão de relacionamento com o cliente vai além da satisfação, busca o encantamento visando retê-lo e fidelizá-lo.
Para isso cria-se um banco de dados com informações pertinentes aos atuais e possíveis consumidores, que contenha:
dados comportamentais (preferências, frequência de consumo, histórico de compras), psicográficos (opiniões, interesses
e atividades), geográficos (continente, país, clima) e demográficos (idade, renda, aniversário). Esses dados fornecem a em-
presa uma perspectiva dos níveis de lucratividade, satisfação, retenção e fidelidade, identificando como os clientes são e
de qual maneira se comportam.
As empresas coletam as informações nos pontos de interação com o consumidor, através do contato direto com
vendedores, visitas a página na Internet, ligações para o serviço de atendimento ao cliente e até mesmo por pesquisas
de satisfação. Mas para o sucesso do uso de banco de dados ocorrer, é preciso saber quais informações serão cruciais na
pesquisa e análise para o cumprimento dos objetivos organizacionais. O banco de dados é apenas parte da gestão de rela-
cionamento com o cliente, afinal, a interação acontece entre pessoas. O software pode analisar os dados, mas não interagir
de forma direta e pessoal.
A vantagem na gestão de relacionamento é a construção de uma relação mais sólida, entender com clareza as expec-
tativas dos consumidores e manter níveis mais altos de atendimento e satisfação por meio de ajustes em produtos e na co-
municação. Outra vantagem é encontrar clientes com potencial acima da média, e desenvolver uma relação mais exclusiva
com eles ao criar ofertas ajustadas às suas exigências e fazer vendas cruzadas.
A empresa deve se voltar a atender quem realmente dá lucro as suas atividades fins e tentar traçar estratégias para
transformar os consumidores que não dão lucro em clientes potencialmente lucrativos.
O ato de conquistar e manter clientes exige mais do que um bom produto e um canal de relacionamento eficiente.
A verdadeira exigência está na demanda, em saber ouvi-la, compreender, planejar e coordenar a organização inteira de
maneira integrada para construir relacionamentos prósperos e duradouros, se baseando em entender e atender uma ne-
cessidade, e não no esforço de vender produtos desnecessários que não agreguem valor. Este é o segredo da existência a
longo prazo na relação entre empresa e consumidor.9
9 Fonte: www.administradores.com.br
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MARKETING
Vejamos então agora, de que forma o marketing de relacionamento influencia na conquista e manutenção de
clientes.
Há algum tempo, resumia-se marketing em uma ligação do executivo-chefe para a gerência administrativa em que
se utilizavam truques para iludir o cliente, persuadindo-o a comprar os produtos daquela empresa. Atualmente, segundo
Kotler (2006), o marketing não é visto como uma função e sim uma forma de fazer negócios, e não está restrita a um depar-
tamento; todos dentro da empresa devem ter a consciência, desde a moça que serve o cafezinho até o mais alto executivo.
Hoje as empresas têm que estudar muito bem o mercado e, principalmente, seu público alvo, para poder atender da
melhor forma suas necessidades. Nesse sentido, o marketing de relacionamento apresenta o conceito de intangibilidade
de um produto ou serviço e trabalha com a área subjetiva da mente do consumidor, lutando para que ele realmente se
torne leal à sua marca.
Portanto, o marketing de relacionamento é um conjunto de estratégias que visam ao entendimento e à gestão do re-
lacionamento em todos os pontos de contato entre uma empresa e seus públicos, atuais e potenciais, com o objetivo de
aumentar a percepção do valor da marca e a rentabilidade da empresa ao longo do tempo.
Em outras palavras é fazer com que o consumidor valorize a marca para que o empresário tenha um cliente cada vez
mais rentável. Assim, com o marketing de relacionamento pressupõe-se a capacidade de entender o consumidor e de gerir
o relacionamento entre ele e a empresa, utilizando três disciplinas: o marketing direto, o marketing digital (hoje presente na
Internet, nos celulares e na TV interativa) e o chamado database marketing, o banco de dados dos clientes (CUNHA JR., 2005).
96
MARKETING
Kotler (2005, p. 21) afirma que o marketing de re- Além disso, o marketing de relacionamento:
lacionamento diz respeito “a relacionamentos de troca É um esforço contínuo e colaborativo entre o
voluntários e mutuamente satisfatórios”. Sob essa pers- comprador e o vendedor. Desse modo, funciona em tem-
pectiva, marketing de relacionamento pode então ser en- po real.
tendido como Exige reconhecimento do valor dos clientes por
uma filosofia de administração empresarial baseada seu período de vida de consumo e não como clientes
na aceitação da orientação para o cliente e para o lucro ou organizações individuais que devem ser abordados a
por parte de toda a empresa, e no reconhecimento de que cada ocasião de compra. Ao reconhecer o valor do perío-
se devem buscar novas formas de comunicação para esta- do de vida - ou vitalício -, o marketing de relacionamento
belecer um relacionamento profundo e duradouro com os procura unir progressivamente a empresa aos clientes.
clientes, prospects, fornecedores e todos os intermediários, Exige também a construção de uma cadeia de
como forma de obter uma vantagem competitiva susten- relacionamentos dentro da organização para criar o valor
tável. (CAMILO JR., 2005, p. 2) desejado pelos clientes, assim como entre a organização
Para tanto, são usadas as ferramentas de Database e seus principais participantes, incluindo fornecedores,
Marketing, Telemarketing e Comunicação Dirigida, as- canais de distribuição intermediários e acionistas. (GOR-
sentando-se sobre informações, conhecimento (knowled- DON, 2002, p.32)
ge-based) e experiência (experience-based) e visando ao
desenvolvimento de estratégias que objetivem, entre ou- Para o autor acima citado, a empresa de marketing
tros, o aumento da lealdade e o incremento das vendas. de relacionamento procura cativar o cliente interativa-
Na concepção de Gordon (2002), o marketing de mente nas diversas etapas de criação de valor, buscando
relacionamento é o processo contínuo de identificação meios inovadores para desencadear benefícios novos e
e criação de valores com clientes individuais e o com- significativos para ele. E, em seguida, a empresa desejará
partilhamento de seus benefícios durante uma vida toda compartilhar o valor dos benefícios recentemente criados
de parceria. Isso envolve a compreensão, a concentração para o cliente, esteja ele relacionado com a escolha das
e a administração de uma contínua colaboração entre características ou de funcionalidades, rápida entrega do
fornecedores e clientes selecionados para a criação e o produto ou do serviço, comunicações oportunas ou qual-
compartilhamento de valores mútuos por meio de inter- quer outro aspecto do pacote de benefícios. Portanto, o
dependência e alinhamento organizacional. papel da gerência de relacionamento inclui a responsa-
Acrescenta ainda esse mesmo autor que o marketing bilidade de escutar o cliente e integrar comunicações,
de relacionamento deriva dos princípios do marketing tecnologias, pessoas e processos colaborativamente com
tradicional, ainda que seja bem diferente. Ele pode ser de- ele.
finido como o processo de identificação e satisfação das Para Gangana (2001), o marketing de relacionamen-
necessidades do cliente de um modo competitivamente to, por ser considerado um forte instrumento, é capaz de
superior, de forma a atingir os objetivos da organização. exercer melhorar os processos organizacionais. Ele é um
Assim, por meio do marketing de relacionamento: conjunto de estratégias que visam a identificar e satisfa-
Procura-se criar um valor para os clientes e com- zer as necessidades do consumidor.
partilhar esse valor entre o produtor e o consumidor; É importante lembrar que a função do gerente de
Reconhece-se o papel fundamental que os clien- relacionamento é nova em muitas empresas. Este profis-
tes individuais têm, não apenas como compradores, mas sional estará disponível para o cliente e trabalhará com
na definição do valor que desejam. Anteriormente espe- ele para garantir que ambos obtenham o valor que pro-
rava-se que as empresas identificassem e fornecessem curam. Ele comandará também um processo interno de
esse valor a partir daquilo que elas consideravam como revisão e avaliação da criação com todos aqueles que li-
um produto. Com o marketing de relacionamento, o dam com o cliente pelo uso de tecnologia e processos de
cliente ajuda a empresa a fornecer o pacote de benefícios negócios colocados em prática pela empresa com este
que ele valoriza. O valor é, assim, criado com os clientes propósito.
e não por eles. Segundo Gordon (2002, p.39), “[...] o gerente de rela-
Exige-se que uma empresa, em consequência de cionamento trabalha com os responsáveis pelas decisões
sua estratégia de marketing e de seu foco sobre o cliente, e pelas influências que fazem parte do processo colabo-
planeje e alinhe seus processos de negócios, suas comu- rativo através do qual os clientes se envolvem na compra,
nicações, sua tecnologia e seu pessoal para manter o va- incluindo os criadores de especificações dentro das em-
lor que o cliente individual deseja (GORDON, 2002, p.32). presas clientes e aqueles dentro da empresa que se co-
Observa-se que o marketing de relacionamento municam com os clientes e criam os valores desejados.”
exige um esforço contínuo por parte de todos envolvidos O marketing de relacionamento oferece uma opor-
no processo organizacional, ou seja, um esforço integra- tunidade para a empresa e o profissional de marketing
do de todos para identificar, construir, manter e aprimo- romperem com as estruturas existentes e fixarem-na
rar bons relacionamentos com clientes, em um processo dentro da mente e da carteira do cliente. E o marketing
de troca de benefícios que durem por muito tempo, cul- de relacionamento oferece ao profissional de marketing
minando na fidelização de clientes. uma chance para ajudar a empresa a crescer em um am-
biente competitivamente desafiador.
97
MARKETING
Segundo Bretzke (2000), para que a organização possa Outros estudiosos enfatizam que a cultura é o ador-
competir no mercado de forma satisfatória é necessário criar no social e normativo que segura a organização. A cultura
e manter relacionamento com cada um de seus clientes. expressa os valores e crenças que os membros da organi-
Na concepção de D’Angelo, Shneider, Larán (2006), zação partilham. Estes valores manifestam-se por símbolos
o marketing de relacionamento é capaz de oferecer van- como mitos, rituais, histórias, lendas e uma linguagem es-
tagens às empresas. Para tanto, é preciso que exista uma pecializada, por isso refere-se à mensagem não escrita e a
combinação de alguns elementos, tais como a cultura or- maior parte das vezes inconsciente que preenche a lacuna
ganizacional e as estratégias, que remetam cada ação a um entre o que formalmente deveria existir e aquilo que na
princípio fundamental, garantindo sinergia e reforço cons- realidade acontece; envolve filosofias, ideologias, valores,
tante. crenças, expectativas e normas partilhadas. (SANTANA, DIZ,
Os autores citados enfatizam que a combinação dos 1996).
elementos cultura e estratégias organizacionais abarca o A Cultura Organizacional é, portanto, moldada pelos
tangível e o intangível, uma vez que inclui crenças, valo- membros da organização de maneira como eles percebem,
res, conhecimentos, habilidades e recursos diversos que se pensam e agem. O foco da maioria dos esforços de mu-
traduzem na chamada cultura empresarial e nas diretrizes dança organizacional é a cultura de uma organização. As-
estratégicas, estejam elas formalizadas ou não (D’ANGELO, sim, as ações de melhoria organizacional atingem direta e
SHNEIDER, LARÁN, 2006). positivamente os processos organizacionais.
Em uma cultura organizacional é preciso levar em con- A partir de uma cultura organizacional bem estrutu-
sideração os aspectos culturais e civilizatórios do sistema rada é possível a adoção de estratégias de marketing de
como um todo, para que seja possível oferecer alternativas relacionamento. Para Gordon (2000), a estratégia visa a de-
para as crises e problemas inerentes de um sistema que senvolver as capacidades subjacentes necessárias ao apri-
está enfrentando os desafios da imprevisibilidade e em moramento do relacionamento com o cliente.
constante mutação. Para D’Angelo, Shneider, Larán (2006), o exame cuida-
Segundo Chiavenato (2006), a cultura é um assunto doso das características do mercado e dos clientes deve
amplo, envolvendo diversas abordagens e análises, que fornecer indicações quanto à pertinência da adoção de
se complementam e em alguns casos se contrapõem. Há, uma estratégia baseada em relacionamentos individuais.
contudo, um consenso de que só o homem é portador de Em mercados de consumo final, produtos e serviços de alto
cultura; por isso, só ele a cria, a possui e a transmite. As- envolvimento e caracterizados por demanda relativamente
sim, a cultura está presente em todas as manifestações e inelástica são os espaços ideais para a adoção do marke-
realizações humanas, no trabalho, no lazer, no lar, enfim, a ting de relacionamento. Desse modo, o produto ou serviço
cultura está em todas as organizações. central da empresa deve ser forte a ponto de permitir que
Na concepção de Prestes (1997), os pressupostos bá- se construa, em torno dele, uma série de agregações de
sicos, os costumes, as crenças e os valores, bem como os valor que incentivem o relacionamento.
artefatos que caracterizam a cultura de uma organização, Assim, sem esses componentes, cultura e estratégia
trazem a marca de seus correspondentes na cultural na- (CRM - Customer Relationship Management - Gerencia-
cional. Assim, cada organização delimita uma cultura orga- mento do Relacionamento com os Clientes), programas de
nizacional única, gerada e sustentada pelos mais diversos fidelidade, entre outros, tornam-se atividades comprome-
elementos e formas. Isso significa que a cultura organiza- tidas com ações estanques e de impacto limitado.
cional sofre grande influência de seus fundadores, seus lí- Segundo Brent Frei (apud GREENBERG, 2005, p.02),
deres, seu processo histórico e de seu mercado. fundador da Onyx Software, o CRM é “[...] um conjunto de
Vários autores traçaram um conceito de Cultura Or- processos e tecnologias para gerenciar relacionamentos
ganizacional, por isso ela pode ser entendida como um com clientes efetivos e potenciais e com parceiros de ne-
“conjunto de postulados compartilhados pelos membros gócios por meio do marketing, vendas e serviços, indepen-
de uma organização que lhes dá sentidos e identidade” dentemente do canal de comunicação.”
(FLEURY, 1996, p.34). Além disso, trata-se de um sistema Na concepção desse autor, as estratégias tecnoló-
de representações e valores compartilhados que oferecem gicas são executadas em quatro níveis, de acordo com a
uma visão comum, uma identificação dos indivíduos com capacidade de organização vertical e horizontal de todos
seus pares, constituído por meio de interação. os processos de cada empresa: funcional, departamental,
Para Chiavenato (2006), é a maneira de ser de cada CRM parcial e CRM. Quando se atinge o quarto nível, estão
empresa e de seus participantes. Já em Wheelen e Hunger presentes:
(1992 apud BOWDITCH, BUONO, 1999, p.78): Um único e universalmente compartilhado centro
[...] é a coleção de crenças, expectativas e valores par- de dados;
tilhados pelos seus membros, e transmitida de geração em Estratégias e processos departamentais coordena-
geração. Eles criam normas (regras de conduta) que definem dos;
os comportamentos aceitáveis, seja do gestor de topo seja Um sistema de relatórios em circuito fechado e
do simples operador. Mitos e rituais, muitas vezes implícitos, análises em tempo real;
que emergem ao longo do tempo reforçam certas normas Processos tradicionais e baseados em Internet
ou valores e explicam por que razão um dado aspecto da compatíveis e que convivem em um só mosaico de CRM
cultura é tão importante. (GREENBERG, 2005, p.03).
98
MARKETING
Assim, é apenas nesse nível tecnológico que se pode almejar construir a rede de relacionamentos de negócio, estágio
em que todas as relações diretas e indiretas entre clientes, parceiros e empresa são completamente integradas, visíveis e
gerenciáveis (GREENBERG, 2005).
Desse modo, por intermédio do CRM, as organizações mantêm um canal permanente de comunicação, cujo objetivo
é criar e sustentar um relacionamento efetivo com seus clientes, fornecedores e funcionários, agregando bens e serviços,
criando um valor superior para o cliente, conquistando e mantendo uma posição competitiva francamente favorável (BRET-
ZKE, 2000).
Para Leopoldo (2002), o CRM auxilia na missão de identificar, suportar, desenvolver e reter os clientes lucrativos. O
objetivo das empresas é criar uma base sólida de clientes leais que possam assegurar o crescimento do negócio a longo
prazo. A lealdade do cliente é conquistada por meio da criação e manutenção de contextos da alta credibilidade no rela-
cionamento, em que as informações fluem livremente e as ações reativas se transformam em proativas.
Gordon (2002) amplia os elementos indispensáveis à concretização do marketing de relacionamento, descrevendo téc-
nicas e princípios de marketing que se encaixam dentro do contexto mais vasto de marketing de relacionamento (figura 1).
Observa-se, conforme a ilustração, que são oito componentes do marketing de relacionamento: cultura e valores, lide-
rança, estratégia, estrutura, pessoal, tecnologia, conhecimento e percepção e processos.
No tocante à cultura e valores, Gordon (2002) explica que as empresas com culturas distintas podem criar valor jun-
tas, porém as semelhanças e as diferenças entre as culturas precisam ser entendidas desde o início. Diferenças culturais
extremas podem prejudicar a formação e a manutenção de um relacionamento. Por conta disso, os valores e a cultura dos
clientes devem ser conduzidos para formar relacionamentos duradouros.
Sobre a liderança, é importante destacar que, por muito tempo, formou-se uma concepção errônea do que é liderar;
de um modo geral, o líder apresentava uma imagem autoritária. Todavia, com o desenvolvimento das teorias administra-
tivas, abriu-se novo horizonte a esse respeito, tornando as relações humanas melhores e viabilizando o uso do poder que
lhe é conferido. Por conta disso, a ideia de um novo líder abriu espaço para um melhor desenvolvimento dos processos
organizacionais.
Os conceitos sobre liderança foram sendo substituídos por novas abordagens em que se buscou compreender, cada
vez mais, a essência do que vem a ser o ato de liderar. Por conta disso, foram traçando-se perfis gerenciais relacionados ao
autocrático, ao democrático e ao “laissez faire”.
O líder autocrático não admite interferências em suas decisões, uma vez que se considera o suprassumo do conheci-
mento. Tem pouco contato com o pessoal, fala muito, decide, em geral, de forma rápida e não gosta de receber críticas.
99
MARKETING
O líder democrático decide sempre em equipe e de deve ser capaz de compreender como seus produtos e
preferência por consenso, tem muito contato com os serviços são adquiridos e usados, além de identificar o
membros da equipe, possui características de orientador e que é valor para o cliente e quais as melhores oportu-
motivador, gosta de resultados e compromissos atendidos. nidades para criá-lo. Uma vez consolidado, o relacio-
O líder “laissez faire” ou liberal gosta de dar liberdade namento individual, torna-se uma unidade de análise a
plena aos coordenados e não gosta de cobrar resultados. ser monitorada e estimulada ao longo do tempo, sendo
Atualmente, foram desenvolvendo novas estratégias a empresa organizada pelos relacionamentos, e não por
que conduziram grupos e líderes conjuntamente para uma produtos ou funções.
eficaz administração organizacional. Para Gordon (2002), Muitas empresas continuam trabalhando efeti-
os líderes dentro de sua empresa devem estar preparados vamente no gerenciamento de produto, aplicando os
para se concentrarem no valor que pode ser desencadeado princípios dos bens embalados de consumo às suas in-
por intermédio do marketing de relacionamento e no inte- dústrias, deixando as necessidades do cliente em se-
resse mútuo dos clientes individuais e dos fornecedores. gundo plano. Todavia, a efetividade do marketing de
Ao exercer a liderança, tanto o cliente quanto o fornecedor relacionamento só pode ocorrer numa empresa a partir
devem escolher as empresas com as quais cada um se en- da adoção da concepção de que clientes e funcionários
volverá. E ambos devem estar preparados para se privarem são os principais ativos da organização.
de certos tipos de clientes/fornecedores e do possível va- Referindo-se à estrutura, Gordon (2002) revela que
lor que criariam se concentrassem suas empresas em um a estrutura de uma empresa deveria facilitar sua estra-
único tipo de relacionamento. Devem então alinhar suas tégia. O marketing de relacionamento pode resultar
empresas de acordo com esta forma de relacionamento. em uma maneira inteiramente diferente de estruturar
É importante frisar que não se pode afirmar o que faz uma empresa. Uma empresa organizada conforme esse
de uma pessoa um líder. Estudos revelam que são inúme- tipo de marketing terá gerentes que possuem catego-
ras as causas que levam um grupo a seguir um líder, tais rias específicas de relacionamento, com clientes atuais,
como: as características do líder, as características do gru- novos clientes, funcionários, fornecedores, investidores
po, a maneira como o líder age perante seus seguidores, e assim por diante. Então, em vez de ter um departa-
bem como a cultura da organização, poderão determinar o mento de vendas e marketing, a empresa poderá ter um
sucesso da liderança. departamento para criar valores com os clientes atuais
De acordo com Gordon (2002, p. 47): mais importantes, enquanto um outro poderá ficar en-
[...] É importante saber que nenhuma organização con- carregado de conquistar novos clientes cujos perfis
seguirá ser bem-sucedida em uma iniciativa de marketing combinem com os dos melhores clientes da empresa.
de relacionamento enquanto a liderança estiver concen- No aspecto pessoal, chama a atenção para o fato de
trada em sair ganhando às custas dos outros. Em algumas que produzir bens e serviços para obter lucros é uma
empresas, os executivos tentam se assegurar de que estão tarefa ampla e abarca um bom relacionamento entre as
maximizando os valores de cada negócio com todos os clien- pessoas que estão envolvidas nos processos organiza-
tes. Nessas empresas, é considerado astucioso (como em um cionais, já que as pessoas, na verdade, são as maiores
jogo) recolher todas as fichas para o seu lado da mesa. As responsáveis pelo desempenho da empresa.
empresas que tentam criar relacionamentos com essa abor- Sendo assim, conquistar e manter clientes internos
dagem subjacente aos clientes descobrirão, por razões ób- e externos implica maior aprofundamento das necessi-
vias, que os clientes não têm interesse em urna aliança a dades, que, por sua vez, demanda o desenvolvimento
longo prazo com tais fornecedores. A oportunidade de criar de estratégias que requerem a implementação de pro-
continuamente valores novos e mútuos com o tempo se ofe- cessos planejados e discutidos, uma das mais comple-
recerá aos concorrentes mais receptivos a compartilhar as xas tarefas do meio empresarial (RIBEIRO, 2004).
vantagens disso. Corroborando com essa concepção, Gordon (2002)
Portanto, a liderança deve entender o significado real enfatiza que as pessoas são essenciais para qualquer
de um relacionamento antes de comprometer a empresa relacionamento. Elas continuam executando o traba-
em um marketing de relacionamento, vez que a função da lho, mesmo em plena era das tecnologias e processos
liderança é iniciar o marketing de relacionamento de acor- para multiplicar suas capacidades e eficiência. Na era
do com os interesses de sua empresa, dos clientes e dos do marketing tradicional, o conhecimento sobre o mer-
fornecedores (GORDON, 2002). cado e os clientes era centralizado e o profissional de
Referente à estratégia, é importante acrescentar que marketing procurava envolver outros profissionais da
ela não ocorre em um único nível, mas em níveis. Por isso, empresa em programas de marketing estratégico. Ago-
conforme Gordon (2002), ela pode incluir estratégia de ra, as informações sobre os clientes são colocadas na
cliente e estratégias para desenvolver as capacidades sub- linha de frente, na qual clientes e empresas interagem.
jacentes necessárias para aprimorar o relacionamento com Para tanto, o pessoal de linha de frente deve ter ha-
o cliente. bilidade para se comunicar com os clientes de modo
Na concepção de D’ Angelo, Shneider, Larán (2006), a a reconhecê-los, lembrar o seu histórico de contatos,
elaboração e a implementação de uma estratégia de mar- entender as questões atuais dos clientes, prever certos
keting de relacionamento estão associadas ao entendimen- comportamentos e propor respostas, soluções ou su-
to do comportamento do consumidor, ou seja, a empresa gestões apropriadas.
100
MARKETING
No elemento tecnologia, é preciso analisar que, em Por conta disso, as organizações precisam efetuar
um contexto moderno, a oferta de recursos tecnológicos é medidas para que o bom relacionamento entre os clien-
abundante. Os instrumentos disponibilizados pela Tecnolo- tes ocorra, sendo fundamental a promoção de uma me-
gia da Informação (TI) estão gerando mais dados à medida lhoria na comunicação interna e a adoção de estraté-
que as organizações desempenham suas atividades, e es- gias de marketing de relacionamento com o intuito de
tão possibilitando a coleta ou a captação de informações combater a cultura de autoridade, buscando um clima
que até então não estavam disponíveis. Os novos recursos de participação e envolvimento de todos, aperfeiçoan-
tecnológicos também possibilitam a análise e a utilização do o intercâmbio de informações por meio do trabalho
mais abrangente dos dados ampliados. em equipe, em que clientes internos e externos sejam o
Na concepção de Abreu (2000, p.3), “a evolução das principal alvo da organização.
potencialidades da TI provoca grandes mudanças. Maior Verificou-se também que o marketing de relacio-
capacidade de armazenamento e disponibilização de in- namento é um processo de troca de informações entre
formações, interatividade em tempo real e integração de empresas e clientes. Por isso, ele é considerado uma
múltiplas mídias representam novas formas de trabalho e estratégia tão importante para o mundo dos negócios,
novas oportunidades”. pois há necessidade de tornar os clientes influentes, in-
À medida que a Tecnologia da Informação foi reinven- tegrados e informados do que acontece na empresa, fa-
tando as corporações, a Gestão do Conhecimento surgiu zendo-os sentirem-se parte dela.
como um esforço empresarial essencial para que as empre- Pela sua importância e aplicabilidade, o marketing
sas enfrentem novos desafios. de relacionamento é considerado, hoje, como algo im-
Segundo Abreu (2000, p.2): prescindível às organizações, merecendo, cada vez mais,
[...] A incorporação, cada vez maior, de conhecimento na maior atenção.10
produção de bens e serviços e alterações no escopo das orga-
nizações, em função da globalização e da alta competitividade
dos mercados, bem como alterações na arquitetura e estrutura
organizacional, exigem o desenvolvimento de novas compe- SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM VENDAS.
tências, tanto ao nível individual como organizacional.
Neste contexto, para captar o conhecimento é funda-
mental ter profissionais capacitados, com pleno domínio
em suas áreas de atuação. Profissionais que, além de dete- Sem se preocupar com o histórico da evolução dos
rem o conhecimento, saibam disseminá-lo por toda orga- Sistemas de Informação, pode-se dizer que, a partir de
nização, gerando resultados tangíveis e intangíveis. 1985, a informação passou a ser utilizada como recurso
A utilização eficiente da tecnologia demanda conhe- estratégico. Esta nova visão se tornou necessária, pois
cimento e percepção, já que, para Gordon (2002), a tec- muitos executivos precisavam saber o que sua empresa
nologia deve capacitar o marketing de relacionamento a estava representando para o mercado. Este posiciona-
desenvolver novos conhecimentos e percepções sobre o mento é decorrente do acirramento da concorrência e
relacionamento com o cliente, assim como facilitar ações da globalização, evidenciando a necessidade de ferra-
sobre essas informações. Para tanto, faz-se necessária a mentas mais aprimoradas para a gestão das empresas
utilização de ferramentas de software, formulação e rela- (RODRIGUES, 1996).
tórios que podem ajudar a agregar valor aos dados subja- Segundo Dalfovo (2000, p. 3), informação “é o dado
centes e mesmo prever o que fará um cliente individual, o trabalhado que permite ao executivo tomar decisões” e
que ajuda o profissional de marketing a antecipar o geren- dado “é qualquer elemento identificado em sua forma
ciamento desse cliente. bruta que por si só não conduz a uma compreensão de
Por fim, é importante acrescentar que o marketing de determinado fato ou situação”.
relacionamento requer que os processos organizacionais Em concordância com Dalfovo (2000), um executi-
sejam estruturados em torno do cliente, o que pode exigir vo, para que possa tomar decisões, necessita ter visão
mudanças essenciais para os processos existentes. Assim, do seu negócio. Para isso, ele precisa do auxílio de uma
os processos podem estar sendo atualmente desenvolvi- tecnologia que lhe informe o status atual do que está
dos para divulgação a um segmento do mercado, como sendo gerenciado. A informação é justamente a alavan-
também poderiam ser usados para segmento de menor ca principal para que o executivo possa tomar decisões
alcance. mais acertadas quanto aos rumos de sua empresa (RA-
Por intermédio deste artigo foi possível compreender DÜNZ, 2002), cujos resultados são fornecidos em forma
que o marketing de relacionamento decorre de vários fato- de sistemas.
res, dentre eles, a alteração de foco das empresas na con- Para Oliveira (2002, p. 23), entende-se por sistema
quista de novos clientes para a manutenção dos já existen- “um conjunto de partes interagentes e interdependentes
tes. Saliente-se ainda que o marketing de relacionamento que, conjuntamente, formam um todo unitário com de-
não deve ser confundido com retenção de clientes, mas terminado objetivo e efetuam uma determinada função”.
sim como uma estratégia que visa à manutenção dos clien-
tes atuais, aspecto que constitui um primeiro passo para 10 Fonte: www.periodicos.unifacef.com.br – Por Cenira Patrí-
uma futura adesão aos relacionamentos. cia S. Freire/ Maria Vanicleia S. Lima/ Betânia da Costa Leite
101
MARKETING
Laudon e Laudon (2004), definem sistemas de informação como sendo um conjunto de componentes inter-relaciona-
dos que coletam, recuperam, processam, armazenam e distribuem informações com o propósito de facilitar o planejamen-
to, o controle, a coordenação, a análise e a tomada de decisões nas organizações.
Um Sistema de Informação (SI) é uma série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam, manipulam
e armazenam, disseminam os dados e fornecem um mecanismo de feedback. (STAIR, 2002).
Para Stair (2002) os principais elementos de um SI estão apresentados na figura 1.
Laudon e Laudon (2004), ressaltam que o papel dos sistemas de informação está diretamente relacionado com os
tipos de problemas que eles resolvem e com o nível da hierarquia em que eles atuam. Assim são construídos sistemas de
informação especializados para servir a diferentes funções e a diferentes níveis organizacionais e que funcionam de forma
integrada na amplitude do ambiente empresarial.
Desta forma, os sistemas de informação foram divididos de acordo com as funções administrativas, que foram sendo
tratadas de forma individualizada, resultando na criação de vários sistemas para ajudarem os executivos, nos vários níveis
hierárquicos, a tomarem decisões, dentre eles, o Sistema de Informação Gerencial, objeto de estudo deste trabalho e, ou-
tros apresentados a seguir:
a) sistema de informação para executivos (EIS);
b) sistema de informação de suporte à tomada de decisão (SSTD);
c) sistema de informação estratégico para o gerenciamento operacional (SIEGO);
d) sistema de informação gerencial (SIG).
Oliveira (2002), salienta que os SIG são sistemas apropriados para os administradores acompanharem os resultados
das organizações em períodos regulares – semanal, mensal, anual – e que não estão preocupados com o dia-a-dia. São
orientados para a tomada de decisões estruturadas.
Laudon e Laudon (2004, p. 40), afirma que “sistemas de nível gerencial atendem às atividades de monitoração, controle,
tomada de decisões e procedimentos administrativos dos gerentes médios. Sistemas de informação gerencial (SIG) têm a
característica de produzir relatórios periódicos sobre as operações, em vez de informações instantâneas”.
Conforme Laudon e Laudon (2004), as funções principais de uma empresa podem ser definidas como:
a) fabricação e produção, responsável por criar / desenvolver o produto;
b) vendas e marketing, responsável pelas vendas e divulgação;
c) recursos humanos, responsável pelo controle e aperfeiçoamento de pessoal;
d) finanças e contabilidade, responsável pelo faturamento e finanças da empresa.
No ambiente conturbado da economia globalizada, a aptidão no uso de sistemas de informação para o gerenciamento
do processo de vendas e marketing e tomada de decisões com base nessas informações pode significar a diferença com-
petitiva que a empresa necessita.
Para Stanton e Spiro (2000), o conhecimento das tendências mercadológicas atuais, do comportamento dos consu-
midores, das estratégias dos concorrentes, do posicionamento no mercado, fazem parte de cada um dos módulos de um
sistema de informação de vendas e marketing:
a) gestão de clientes, tem por objetivo manter os contatos, características, perfil e condições de vendas;
b) gestão comercial, destina-se a manutenção registros de propostas e pedidos, incluindo a sua aceitação, alteração e
nível de satisfação do mesmo;
c) gestão de equipe de vendas, responsável por planejar e controlar a equipe de vendas através da definição de metas
e coleta de informações sobre concorrentes;
d) gestão de vendas, tem por objetivo relacionar informações sobre as vendas, com índices de lucratividade, segmentos
de atuação e regiões atendidas.
Para Drucker (1998), sistema de informação gerencial aplicado à área de vendas e marketing visa à obtenção da eficiên-
cia nos processos operacionais com o intuito de gerar informações precisas para a eficácia na tomada de decisões e alcance
da lucratividade planejada pela organização.
102
MARKETING
Ao contrário do que é comum imaginar, sistema de informação designa a logística indispensável à realização do pro-
cesso de informação, não se reduzindo somente à informática. Para Mañas (1999, p.55), sistema de informação pode ser
definido como o “conjunto interdependente das pessoas, das estruturas da organização, das tecnologias de informação,
dos procedimentos e métodos que deveria permitir à empresa dispor, no tempo desejado, das informações que necessita
(ou necessitará) para seu funcionamento atual e para sua evolução”.
Para Paula Filho (2001), Sistema é um conjunto de elementos, materiais ou ideais, entre as quais se possa encontrar ou
definir alguma relação.
De acordo com Laudon e Laudon (2004), o sistema de informação assume dimensões organizacionais com o auxílio
da tecnologia, existindo para responder às necessidades da empresa, incluindo-se problemas apresentados pelo ambiente
externo, criados por situações políticas, demográficas, econômicas e tendências sociais. Além disso, os sistemas de informa-
ção se desenvolvem em uma empresa, de acordo com os componentes desta (setores que executam as diferentes funções
necessárias ao funcionamento da empresa – produção, marketing, finanças) e conforme os níveis de decisão (estratégico,
tático e operacional).
De acordo com Oliveira (2002), os sistemas de informação, possuem os seguintes componentes:
a) dados: elementos identificados em sua forma bruta que por si só não levam a compreensão de um fato ou evento;
b) tratamento: é a transformação de um insumo (dado) em um resultado gerenciável (informação);
c) informação: é o dado refinado que permite ao executivo tomar uma decisão;
d) alternativa: é a ação sucedânea que pode levar, de forma diferente, ao mesmo resultado;
e) decisão: é a escolha entre vários caminhos alternativos que levam a determinado resultado;
f) recurso: é a identificação das alocações ao longo do processo decisório (equipamentos, materiais, financeiros,
humanos);
g) resultado: é o produto final do processo decisório;
h) controle e avaliação: são as funções do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previa-
mente estabelecidos, procuram medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os
tomadores de decisão, de forma que possam corrigir ou reforçar este desempenho;
i) coordenação: é a função administrativa que procura aproximar, ao máximo, os resultados apresentados com a
situação anteriormente planejada.
Para Rezende (1999), atualmente, a interação desses componentes apresenta as características de grande volume de
dados e informações; complexidade de processamento; muitos clientes/usuários envolvidos; contexto abrangente, mutável
e dinâmico; interligação de diversas técnicas e metodologias. Para o autor, esta combinação de fatores, emerge do planeja-
mento estratégico da empresa e esta ligado à gestão, servindo como suporte e auxílio ao processo de tomada de decisão.
Para Cruz (2000), os atuais sistemas de informação propiciam um gerenciamento de processos extremamente eficaz,
podendo chegar à sofisticação de apontar quanto tempo está levando um processo para produzir um bem ou serviço e
quanto custará produzi-los. Portanto, os sistemas de informação podem e devem integrar-se a uma ou mais tecnologias
emergentes, como forma de dar à organização que os necessita poder de mobilidade com segurança.
Os Sistemas de Informação (SI) são tipos especializados de sistemas, utilizados de forma cada vez mais intensa por executivos e de-
mais pessoas participantes de processos decisórios, no exercício de funções de planejamento, organização, direção e controle na gestão
empresarial. De acordo com Dalfovo (2000), a informação tem papel importante nos Sistemas de Informação, pois é dela que dependerá
o futuro da empresa. Os Sistemas de Informação surgiram como forma de manter o executivo preparado, com visão integrada de todas
as áreas da empresa; isto sem gastar muito tempo ou requerer do mesmo um conhecimento aprofundado de cada área.
Com a crescente globalização, e a conseqüente necessidade de decisões rápidas e precisas, a informação alcança uma
posição de destaque dentro da organização. Através desta, os executivos passam a dispor de meios que os auxiliam na
administração da organização, tanto na possibilidade de prever situações quanto na busca por soluções para as mais inu-
103
MARKETING
sitadas situações. Segundo Dalfovo (2000), define-se infor- b. produção do conhecimento, através da obtenção
mação como o dado trabalhado que permite ao executivo de informações que seriam de difícil acesso por outros pro-
tomar decisões, e dado como sendo qualquer elemento cedimentos;
identificado em sua forma bruta que por si só não conduz c. tomada de consciência, propiciando a sensibili-
a uma compreensão de determinado fato ou situação. zação para um problema da organização e o desenvolvi-
mento da consciência da coletividade sobre a sua solução
Sistemas de Informação Gerencial a curto e médio prazo.
De acordo com Oliveira (2002), uma visão do panora-
ma mundial da situação das organizações mostra que, na Para tanto, o SIG é constituído de atividades que sub-
transição de uma sociedade industrial para uma sociedade sidiam o processo de tomada de decisão, ocorrendo em
de informação, a capacidade de gerar, analisar, controlar e três níveis:
distribuir as informações passa a ser um ponto estratégico
para as mesmas. a. definição da estratégia da empresa quando os ob-
Muitas mudanças significativas no ambiente interno e jetivos, metas, fatores críticos de sucesso, ameaças externas
externo da organização, provocadas pela alta competitivi- são dimensionadas a partir da coleta e processamento de
dade do mercado, levaram a exigir respostas mais rápidas dados, salientando-se a busca de informações sobre com-
dos dirigentes, que passaram a utilizar os recursos de infor- petidores, clientes, fornecedores, ambiente do negócio,
mática como ferramentas estratégicas para o planejamen- contexto social, político e econômico, complementando
to, coordenação e controle, além do acompanhamento do as informações em ciência e tecnologia, tais como revistas
mercado em relação aos concorrentes, aos aspectos eco- científicas, patentes e normas técnicas;
nômicos, legais, políticos e culturais em nível global. b. execução, envolvendo o uso de tecnologias de
Metodologias e técnicas de apoio à tomada de deci- informação para desenvolvimento de atividade de coleta,
são com base em informações estratégicas que antecipem análise/síntese de informação, objetivando a geração de
estas mudanças estão sendo amplamente desenvolvidas produtos de informação. A coleta, organização, proces-
e divulgadas no âmbito das diversas ciências relacionadas samento e análise da informação deve ser norteado pela
com a administração estratégica da informação. Sistemas estratégia de negócios e pelos fatores críticos de sucesso
de Informação Gerenciais (SIG) fornecem conceitos, me- da organização e deve buscar informações tanto em fontes
todologias, técnicas e ferramentas para os executivos das formais quanto informais, internas e externas, no sentido
organizações tomarem decisões baseadas em informações de possibilitar agregar valor à informação coletada;
estratégicas, precisas, atualizadas e em tempo hábil. c. integração é o feedback que o SIG oferece para
Segundo Oliveira (2002), os maiores problemas em não a criação de uma organização flexível na qual existe um
ter SIG são os seguintes: constante monitoramento ambiental e exercícios de cená-
a. as informações ficam tão dispersas dentro da em- rios múltiplos, essenciais para subsidiar a definição de dire-
presa que exigem grande esforço para localizá-las e inte- trizes e políticas tanto em nível organizacional quanto em
grá-las; nível macro, seja setorial ou global. O papel dos executivos
b. as informações importantes às vezes são retiradas na organização é tomar decisões sobre as atividades diá-
com exclusividade por outros executivos; rias que levem ao sucesso, o que está diretamente ligado
c. as informações geralmente chegam tarde; à informação, que, cada vez mais, tem demonstrado o po-
d. as informações muitas vezes não são confiáveis; tencial para a combinação de dados precisos sobre os pro-
e. há muita informação de mercado do tipo inade- cessos organizacionais, procedimentos analíticos rigorosos
quado. para se chegar a decisões muito mais acertadas do que as
tomadas apenas com base no julgamento de executivos
Em contrapartida, estes são alguns benefícios do SIG, experientes e informados.
segundo Oliveira (2002):
a. redução dos custos das operações; No nível estratégico, em que é realizado o planejamen-
b. melhoria no acesso às informações, propiciando to da empresa, as decisões se referem às metas e objetivos
relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço; da mesma, possíveis investimentos, novos empreendimen-
c. melhoria na estrutura organizacional, por facilitar tos e desenvolvimento de novos produtos e mercados. Já
o fluxo de informações; no nível tático, o planejamento estratégico estabelecido no
d. redução da mão-de-obra burocrática; nível anteriormente citado é transformado em metas defini-
e. redução dos níveis hierárquicos. das que deverão ser alcançadas por meio do plano de ação,
desenvolvido para o atendimento dos objetivos determina-
Segundo UFBA (2004), os sistemas de informação geren- dos, consolidando, para isto, os planejamentos de recursos
ciais devem subsidiar três funções básicas na organização: físicos, humanos e financeiros que deverão ser necessários
para a execução das metas desejadas. Finalmente, no nível
a. resolução de problemas, mediante o equaciona- operacional, é implantado o plano de ação da empresa de-
mento e proposta de soluções para apoiar o dirigente da terminado no nível tático, utilizando-se os recursos huma-
empresa a atuar como agente transformador da sua orga- nos disponíveis, assim como os recursos financeiros e físicos,
nização; a fim de buscar a melhor relação custo/benefício.
104
MARKETING
Conforme Oliveira (2002), o SIG é normalmente com- As quatro fases do desenvolvimento do SIG são:
posto de diversos sub-sistemas de natureza conceitual a) fase de conceituação do SIG: a primeira fase do de-
idêntica à daquele que integram, mas com características senvolvimento do SIG tem como objetivo obter uma idéia
específicas quanto à finalidade e justificação, quanto ao preliminar e geral do volume e complexidade do projeto.
tipo de tecnologias utilizadas e quanto ao nível dos pro- Nesta fase de desenvolvimento do SIG deve-se identificar as
cessos ou natureza das pessoas que envolvem. informações e dados necessários e confiáveis ao desenvol-
De acordo com Pinto (2000), a evolução natural da vimento. Esta fase caracteriza-se pela realização de reuniões
informatização das organizações é o desenvolvimento de e entrevistas para que se possa avaliar a situação atual da
sistemas que forneçam informações integradas e sumari- empresa. A fase de conceituação do SIG deve fornecer con-
zadas, provenientes de diversos sistemas transacionais. É dições de efetuar-se um planejamento adequado do SIG;
através dessas informações que gerentes de médio escalão
podem visualizar o desempenho de seu departamento e b) fase do levantamento e análise do SIG: a fase do le-
mesmo da organização como um todo. Estes sistemas que vantamento e análise do SIG é a fase em que é necessário
suprem com informação a média gerência são conhecidos identificar as informações relacionadas às atividades do
como Sistemas de Informações Gerenciais (SIG). processo de tomada de decisões, avaliar estas informações,
Conforme o mesmo Pinto (2000), as principais funções estudar e desenvolver novas informações, e implementar e
e características dos SIG são: avaliar as novas informações dentro do contexto decisório
a. fornecer informações para o planejamento opera- da empresa. É através do SIG que fluem as informações,
cional, tático e até mesmo estratégico da organização; permitindo o otimizado funcionamento da empresa, que
b. suprir gerentes com informações para que estes depende destas para sua sobrevivência. A fase de levanta-
possam comparar o desempenho atual da organização mento e análise do SIG é caracterizada pela obtenção das
com o que foi planejado; informações que deverão fazer parte do mesmo;
c. produzir relatórios que auxiliem os gerentes na to-
mada de decisões. c) fase de estruturação do SIG: a estruturação do SIG
pode ser efetuada visando os relatórios gerenciais, que re-
Para que um sistema de informação gerencial possa presentam os resumos consolidados e estruturados das in-
proporcionar melhorias no desempenho da empresa, é formações necessárias ao processo decisório. Estas informa-
necessário que seus “dados” tenham qualidade e possam ções devem estar em nível otimizado de qualidade, ou seja,
ser transmitidos de maneira completa e objetiva, tornando a satisfação e manutenção do usuário da informação (o exe-
possível seu perfeito entendimento do significado correto cutivo decisor). Na fase de estruturação do SIG é necessário
de origem. que se defina alternativas de soluções que operacionalizem
De acordo com Stair (1998), o SIG é um agrupamento o objetivo principal do SIG. Estas alternativas devem consi-
organizado de pessoas, procedimentos, banco de dados e derar equipamentos, abordar formas diferentes de desen-
dispositivos usados para oferecer informações de rotina aos volver e implementar o SIG. Nesta fase deve-se: completar
administradores e tomadores de decisões e focaliza a eficiên- o fluxo geral do sistema de informações e as suas iterações;
cia operacional. Os SIG fornecem tipicamente relatórios pré- identificar o processo de tratamento de arquivos; determi-
-programados gerados com dados e informações do sistema nar os arranjos físicos (layouts); especificar a formatação dos
de processamento de transações. Para ele, a finalidade de um documentos e relatórios de entrada; definir a necessidade
SIG é ajudar uma organização a atingir suas metas, forne- de relatórios; desenvolver a estrutura lógica geral do sistema
cendo aos administradores uma visão das operações regu- de informações; determinar procedimentos e momentos de
lares da empresa, de modo que possam controlar, organizar controle e avaliação; estabelecer a estimativa de custo do
e planejar mais eficaz e eficientemente, ou seja, fornecer aos sistema de informações; elaborar um plano detalhado para
administradores informações úteis para obter um feedback implantação; documentar todos os aspectos desta fase do
para várias operações empresariais dando assim, suporte ao projeto ao coordenador do sistema e aos usuários; e esta-
processo de valor adicionado de uma organização. belecer a decomposição do sistema em subsistemas para
Os impactos proporcionados pela implantação de um facilitar o seu desenvolvimento e implementação;
sistema de informação gerencial podem ser traduzidos da se-
guinte forma: melhoria e redução de pessoas no processo de d) fase de implementação e avaliação do SIG: é conside-
tomada de decisões, melhoria da comunicação interna e exter- rada a fase mais problemática do desenvolvimento do SIG,
na, otimização do acesso às informações, propiciando assim a pois envolve intensivamente aspectos comportamentais e
melhoria na produtividade de reuniões, compactação das in- que devem ser tratados pela equipe responsável pelo SIG.
formações e implementação de uma posição competitiva. Nesta fase deve-se preparar a documentação informativa
necessária aos usuários, treinar estes usuários, supervisio-
Fases do desenvolvimento do SIG nar a implementação das diversas partes do SIG e acompa-
Segundo Oliveira (2002), o desenvolvimento de um SIG nhar a implementação do SIG consolidando um adequado
está baseado em quatro grandes fases. O objetivo principal processo de avaliação. É na fase de implementação e ava-
deste modelo de desenvolvimento é fazer com que o exe- liação do SIG que se verifica como e onde o SIG pode ser
cutivo possa efetuá-lo respeitando a realidade da empresa, melhorado, comparar com os objetivos originais e analisar
bem como os resultados a serem alcançados. todas as qualidades ou defeitos do SIG.
105
MARKETING
Sistemas de Informação de Vendas e Marketing a. a gerência pode não saber quais critérios de
compra específicos os usuários consideram importan-
A importância da implementação dos conceitos de tes;
marketing nas empresas de qualquer porte e sua disse- b. difícil para a gerência identificar como os usuá-
minação pelos vários níveis e setores organizacionais, rios percebem os produtos com relação a performance;
já vem merecendo destaque por parte de alguns teóri- c. várias influências interferem na evolução das
cos de marketing desde o início da década de 90, sob a necessidades dos clientes, por isso é necessário moni-
ótica da orientação para o mercado (RANK, 2001). torá-las constantemente.
Segundo Kotler (2000), marketing é a ciência e a
arte de conquistar e manter clientes e desenvolver rela- No ambiente competitivo atual, o “objetivo é anteci-
cionamentos lucrativos com eles. par-se às mudanças tanto tecnológicas como as do mer-
Já Tucker (1999) alerta que, “se sua proposição de cado consumidor, evitando surpresas que algumas vezes
valor não atende às necessidades dos clientes e não se são determinantes para o insucesso do empreendimento”
traduz em um bom valor, marketing algum irá tornar (COSTA, 1999).
a empresa bem sucedida”. Traduzir um bom valor sig- A fim de antecipar-se às mudanças, novas práticas
nifica que os produtos e serviços devem satisfazer as de marketing se fazem necessárias e exigem informa-
necessidades do cliente e ainda proporcionar a certeza ções minuciosas sobre os clientes, como se compor-
de que o valor cobrado é justo e pertinente ao produ- tam e como reagem aos estímulos das empresas. Es-
to ou serviço recebido. Observa-se então a importância sas informações são lançadas no banco de dados, que
do marketing para empresas de qualquer porte, mas precisa permitir a consulta das informações da maneira
somente quando as estratégias são voltadas para satis- como a empresa necessita e no momento certo, criando
fação do cliente. Várias atividades empresariais podem valor. Por isso, ele não deve acumular dados inúteis e
influenciar o comprador, positiva ou negativamente, não desperdiçar oportunidades pelo abandono de in-
por isso todas as atividades devem ser muito bem pla- formações preciosas, esquecidas nos arquivos da em-
nejadas e coordenadas. presa (ARANHA, 1996).
Para influenciar positivamente o cliente e obter sua No entanto, possuir um database marketing não é o
fidelidade é necessário adotar uma estratégia voltada suficiente, como salienta Hughes (1998) porque segundo
para ele, o que implica analisar o ambiente, levantar ele isso não significa que a empresa esteja praticando o
informações sobre o mercado em geral, planejar, seg- verdadeiro database marketing, ou usufruindo dos seus
mentar o mercado, determinar o mercado alvo, posi- reais benefícios.
cionar o seu produto/serviço, capacitar a empresa in- É necessário entender e utilizar o database marke-
ternamente, e finalmente, elaborar um plano de ação ting efetivamente. Hughes (1998) apresenta seus dois
visando a agregação de valor para a empresa e para o principais usos: marketing para clientes (oferecendo a
cliente. Esse processo deve ser contínuo, pois as mu- eles serviços especiais e reconhecimento, resultando
danças no ambiente, no comportamento de compra e em fidelidade crescente, redução de atritos e aumento
os níveis de satisfação alteram-se constantemente. No de vendas) e marketing para não clientes (utilizando o
entanto, todas essas atividades devem ser realizadas conhecimento do banco de dados para compreender
em íntima interação entre o fornecedor e o cliente, pois as motivações do consumidor, levando à identificação
de acordo com Hooley (1996) “o fornecedor e o consu- de clientes potenciais parecidos com os clientes mais
midor criam valor juntos”. lucrativos da carteira).
Para criar valor é imprescindível obter conhecimen- O mais importante é a criação de uma cultura de
to do mercado, dos clientes e de seus hábitos, entre informação, já que a empresa pode utilizar cada opor-
outras particularidades. Para isso, torna-se necessário tunidade e cada interação com os clientes para com-
criar mecanismos para captação, atualização e contro- preendê-los melhor e saber o que pensam dela e de
le das informações ou seja, Sistema de Informação de seus produtos ou serviços e, com isso, aumentar suas
Vendas e Marketing (SIV). probabilidades de atender adequadamente às exigên-
O risco e a incerteza tornam o processo de tomada cias desses clientes (WIESERMA, 1998). Os funcionários
de decisão cada dia mais crítico, e para reduzi-los é podem auxiliar a empresa neste processo, escutando
essencial levantar o máximo de informações possíveis os clientes, comprendendo-os, proporcionando uma
para auxiliar esse processo. Costa (1999) afirma que aproximação real e a aferindo o que efetivamente está
“um ambiente onde quem detém a informação e sabe ocorrendo com cada um deles.
utilizá-la de maneira estratégica ganha em eficiência e Segundo Holley e Saunders (1996), o SIV também
competitividade”. É de fundamental importância, saber deve proporcionar condições para um contínuo apren-
administrar essa informação adequadamente, selecio- dizado e melhoramento das estratégias. Para isso, é ne-
nando e analisando os dados para aproveitar apenas cessário monitorar constantemente o ambiente com o
aqueles que sejam pertinentes ao direcionamento es- objetivo de obter informações e antecipar-se às amea-
tratégico do negócio. ças e oportunidades, estabelecendo assim uma estra-
Segundo Rank (2001), as informações precisam ser tégia pró-ativa. Para desenvolver-se uma estratégia de
coletadas diretamente do consumidor, pois: marketing vencedora é necessário assegurar que as ca-
106
MARKETING
pacidades da empresa sejam compatíveis com o atual 02. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Bra-
ambiente competitivo do mercado em que opera, mas sil - Escriturário) O processo de vendas tem-se
também, num futuro previsível. transformado, ao longo do tempo, em função da
É necessário agir pró-ativamente e determinar o crescente competição existente no mercado en-
que os clientes valorizam, o que eles estão dispostos tre empresas de mesmo setor. Em função disso, o
a pagar e o que realmente a empresa pode oferecer a foco da administração de vendas também mudou.
eles e, para isso, o conhecimento das tendências pode Hoje, em função do mercado, o foco dessa área é
ser muito proveitoso, pois possibilita criar produtos no(a)
que os consumidores ainda não tem consciência de que a) Produção, estabelecendo metas de vendas
irão utilizar. que ultrapassem sua capacidade produtiva.
É de suma importância que o levantamento das b) Orçamento, proporcionando a expectativa
informações seja realizado de maneira consciente e de ganhos futuros em função das vendas a serem
responsável, a fim de não proporcionar conseqüências realizadas.
onerosas para a empresa, como fabricar produtos que c) Cliente, avaliando suas necessidades e ex-
o consumidor não deseja. Assumir a posição de saber o pectativas em relação aos produtos ofertados.
que o cliente deseja, realizar pesquisas e testes superfi- d) Território de vendas, delimitando assim a
ciais e ouvir as pessoas erradas são alguns procedimen- atuação de cada vendedor, que concentrará seus es-
tos errôneos relacionados por Tucker (1999). forços na área para ele determinada.
Para Rank (2001), é a manutenção do SIV que as- e) Vendedor, visando a aumentar os ganhos do
segura sua aplicabilidade, portanto é imprescindível profissional, já que seu salário é a comissão sobre as
que ela seja realizada periodicamente. Uma vez criado vendas realizadas.
o SIV, é possível programar estratégias para alcançar
os objetivos da empresa. As estratégias são imprescin- 03. (CESGRANRIO/2014 – LIQUIGÁS) Uma pes-
díveis, pois, baseadas em informações, fornecem um quisa de mercado pode basear-se em dados pri-
rumo seguro a ser seguido. mários ou secundários, levantados para um de-
Em um processo decisório, o valor da decisão está terminado fim.
diretamente ligado ao tempo que se leva para tomá- A diferença entre os dois tipos de dados é que
-la e a qualidade das informações utilizadas. Portan- o primeiro
to, torna-se necessário uma correta análise dos dados a) é apurado diretamente junto ao público-alvo,
existentes na organização, devidamente registrados, e o segundo vem de fontes já existentes no mercado
classificados, organizados, relacionados e interpreta- b) está baseado em métodos qualitativos, e o se-
dos dentro de um contexto, para que possa transmitir gundo se baseia em modelos quantitativos
conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma c) implica menos confiabilidade, enquanto o se-
otimizada.11 gundo fornece maior garantia para a pesquisa.
d) representa o início de uma pesquisa de mer-
cado, enquanto o segundo ocorre no final do tra-
E XERCÍCIOS balho.
e) vem de fontes primárias de pesquisa como
01. (FCC - 2013 - Banco do Brasil – Escritu- observação dos clientes, e o segundo advém dessas
rário) Ao nível de planejamento estratégico, as informações.
ações de vendas estão voltadas, para fins de exe- 04. ( CESPE/2016 - FUNPRESP JUD) Na seg-
cução, ao consumidor final. Com vistas ao plane- mentação horizontal, que consiste em relacionar os
jamento de vendas em si, atributos de valor dos produtos ao poder de com-
a) As vendas estão relacionadas ao planeja- pra dos consumidores, os produtos mais populares
mento estratégico de longo prazo. são posicionados de modo a serem mais atrativos
b) As vendas estão relacionadas com os níveis que os produtos mais sofisticados.Parte superior
estratégico, tático e operacional. do formulário
c) Cabe ao planejamento estratégico contratar ( ) Certo
uma assessoria para implantar programas de metas ( ) Errado
de retenção de clientes.
d) Cabe aos subsistemas de planejamento a in- 05. (CESGRANRIO/2012 – BANCO DO BRASIL) O
tegração das diversas partes. conceito de valor para os clientes é o resultado da
e) Cabe aos sistemas de informação a definição comparação que eles fazem, ao efetuar uma transa-
do nível a ser aplicado aos recursos humanos. ção comercial, entre
a) atendimento e tempo
b) atributos e preços
c) benefícios e custos
d) empresa e concorrência
11 Fonte: www.campeche.inf.furb.br – Por Bruno Tiergarten e) qualidade e reclamações
107
MARKETING
06. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturá- 09. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia
rio - 2013) As técnicas de vendas podem ampliar a da Informação) Sobre CRM, considere:
penetração de mercado de determinados produtos I. As empresas utilizam o CRM para trocar informa-
financeiros. Sabe-se que caminham, em paralelo ções com seus fornecedores sobre disponibilidade de
com o processo de marketing de relacionamento, o materiais e componentes, datas de entrega para remes-
planejamento e a fidelização. Sobre esse assunto, é sa de suprimentos e requisitos de produção.
correto afirmar que: II. CRM é uma rede de organizações e processos de
a) O especialista em vendas tem a função de negócios para selecionar matérias-primas, transformá-
apresentar o produto, preocupando-se com a imagem -las em produtos intermediários e acabados e distribuir
e a credibilidade da instituição perante os clientes fi- os produtos acabados aos clientes.
nais. III. Sistemas de CRM capturam e integram dados
b) O especialista em vendas se preocupa com a do cliente provenientes de toda a organização, con-
burocracia dos serviços para fidelização dos clientes. solidam e analisam esses dados e depois distribuem
c) As vendas visam prioritariamente ao cresci- os resultados para vários sistemas e pontos de con-
mento da instituição, sem preocupação com os clien- tato com o cliente espalhados por toda a empresa.
tes. IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm
d) As instituições não focam apenas os aspectos módulos para gerenciamento com o relacionamento
humanos e nem sempre se preocupam com sua ima- com o parceiro (PRM) e gerenciamento de relaciona-
gem. mento com o funcionário (ERM).
e) As instituições focam a impessoalidade atra- Está correto o que se afirma APENAS em:
vés do sistema hierarquizado. a) I e II.
b) II e III.
07. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - c) III e IV.
Escriturário) A motivação da força de vendas é um d) II, III e IV.
fator fundamental para o sucesso na área comer- e) IV.
cial, sendo então necessário respeitar a seguinte
premissa: 10. (CESGRANRIO/2010 – ELETROBRAS) Sobre os
a) A motivação financeira sempre será o aspecto dados mestre de cliente em vendas e distribuição, sa-
motivacional mais importante em um time comercial. be-se que
b) Uma equipe motivada sempre conseguirá al- a) dados gerais e dados da área de vendas são duas
cançar e superar as metas da área comercial. visões que não podem ser agrupadas.
c) O gasto financeiro da empresa em motivação b) dados da área de vendas são relevantes para vendas
é um fator essencial para manter a equipe de vendas e contabilidade.
constantemente motivada. c) informações fiscais de clientes estão localizadas na
d) A motivação está diretamente ligada à valori- ficha de registro Dados de controle da visão Dados gerais.
zação do funcionário. d) centro fornecedor e zona de transporte são infor-
e) A questão motivacional não tem relação com mações localizadas na ficha de registro Vendas da visão
um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e Dados da área de vendas.
profissional de seu colaborador e) emissor da ordem, recebedor da mercadoria, paga-
dor e pessoa de contato são funções de parceiro obrigató-
08. (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Ges- rias no mestre de clientes.
tão Administrativa) O preço é considerado uma variável
que, junto aos demais elementos do composto de mar- GABARITO
keting, determina a percepção que os consumidores
criam sobre a oferta de produtos ou serviços. Analise 1 B
as frases a seguir.
I. O preço pode variar de acordo com o amadureci- 2 C
mento do produto no mercado. 3 A
II. Necessidades de geração de caixa podem interferir
na política de preço dos produtos. 4 ERRADO
III. A redução de preço pode ser associada à redu- 5 C
ção da qualidade percebida pelo cliente. 6 A
Marque a alternativa CORRETA:
a) Apenas as frases I e II são verdadeiras. 7 D
b) Apenas as frases I e III são verdadeiras. 8 D
c) Apenas as frases II e III são falsas.
d) As frases I, II e III são verdadeiras. 9 C
e) 10 C
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MARKETING
ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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BLOCO 3
BLOCO 3:
Conhecimentos de Física - conhecimentos básicos e fundamentais: noções de ordem de grandeza; .............................. 01
Notação científica; sistema internacional de unidades; ........................................................................................................................... 01
Ferramentas básicas: gráficos e vetores; ........................................................................................................................................................ 02
Conceituação de grandezas vetoriais e escalares; operações básicas com vetores. Energia, trabalho e potência .......... 03
Conceituação de trabalho, energia e potência; conceito de energia potencial e de energia cinética; conservação de
energia mecânica e dissipação de energia; ................................................................................................................................................... 05
Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional; forças conservativas e dissipativas. ............................... 09
O calor e os fenômenos térmicos: conceitos de calor e de temperatura; escalas termométricas; transferência de calor e
equilíbrio térmico; capacidade calorífica e calor específico; condução do calor; dilatação térmica; mudanças de estado
físico e calor latente de transformação; ......................................................................................................................................................... 12
Comportamento de gases ideais; máquinas térmicas; ciclo de Carnot; leis da Termodinâmica; aplicações e fenômenos
térmicos de uso cotidiano. .................................................................................................................................................................................. 18
CONHECIMENTOS DE FÍSICA -
NOTAÇÃO CIENTÍFICA; SISTEMA
CONHECIMENTOS BÁSICOS E FUNDAMENTAIS:
INTERNACIONAL DE UNIDADES;
NOÇÕES DE ORDEM DE GRANDEZA;
Quando trabalhamos com grandezas físicas, muitas A física é responsável por estudar todos os aconteci-
vezes não precisamos nos preocupar com valores exatos. mentos que existem na natureza, os chamados fenômenos
Podemos apenas avaliar, com aproximação, um resultado físicos.
ou uma medida. Um recurso que facilita os cálculos muito Para facilitar o estudo desses fenômenos, os físicos op-
longos, em uma avaliação, é a utilização das ordens de taram por criar regras gerais que fossem capazes de serem
grandeza. identificadas em todo o mundo, uma forma universal de se
Por definição, ordem de grandeza de um número é a estudar os fenômenos físicos, tornando-os padrão.
potência de dez mais próxima desse número. Assim, para As grandezas físicas se resumem em unidades de me-
obter a ordem de grandeza de um número N qualquer, em didas criadas através do Sistema Internacional de Unidades
primeiro lugar, devemos escrevê-lo em notação científica, (SI), responsável por tal padronização.
ou seja, no formato: Na mecânica, o SI corresponde ao sistema MKS, que
tem como unidades fundamentais: metro, quilograma e
N = x.10n segundo.
em que 1 ≤ x ≤10 e n é um número inteiro Em toda medida, os algarismos corretos e o primeiro
duvidoso são chamados de algarismos significativos.
Em seguida, devemos comparar x com o ponto médio Entre as grandezas físicas também estão a notação
do intervalo de 1 (= 100) a 101. Em outras palavras, científica, o tempo, a unidade métrica e as medidas de dis-
devemos comparar o valor de x com o valor 100,5, como tância.
mostra a figura abaixo:
é, aproximadamente, o ponto médio do intervalo [100, • Unicidade – Porque existe apenas uma unidade para
101] em uma escala logarítmica. A partir dessa comparação, cada grandeza física.
• Uniformidade – Acaba com eventuais confusões so-
bre símbolos, porque cada fenômeno físico possui o seu
em particular.
• Relação decimal entre múltiplos e submúltiplos – Fa-
cilita o trabalho escrito e verbal, através da escrita com o
uso da potência de dez.
• Coerência – Evita interpretações erradas.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisi- Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/
ca/ordem-grandeza.htm grandezas-fisicas-unidades.htm
1
BLOCO 3
Conceito de vetor
2
BLOCO 3
Grandeza é um conceito fundamental na ciência. Mas o que é uma grandeza? O conceito científico para grandeza é
tudo o que pode ser medido.
Assim, o comprimento é uma grandeza? Sim, você pode medir o comprimento de uma mesa.
A massa é uma grandeza? Sim, você pode medir a massa do seu corpo.
Amor é uma grandeza? Não, você não pode medir sentimentos. Não existe um “amorômetro”.
Vamos agora aprender a diferença entre uma grandeza escalar e uma grandeza vetorial.
Grandeza escalar
Grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número ou um número e uma
unidade.
A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e uma
unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg.
A temperatura é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e
uma unidade. A temperatura da sala de aula é 27 ºC.
O volume é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma
unidade. O volume de uma caixa de leite é um litro.
O intervalo de tempo é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número
e uma unidade. A sessão de cinema durou 2 horas.
O índice de refração absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado apenas
por um número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico vale 2,0 esta grandeza fica perfeitamente
caracterizada.
GRANDEZA VETORIAL
Grandeza vetorial é aquela que somente fica caracterizada quando conhecemos, pelo menos, uma direção, um sentido,
um número e uma unidade.
O deslocamento de uma pessoa entre dois pontos é uma grandeza vetorial. Para caracterizarmos perfeitamente o
deslocamento entre a sua casa e a sua escola precisamos conhecer direção (Leste-Oeste), um sentido (indo para Oeste),
um número e uma unidade (10 km).
Desse modo, um segmento de reta não pode representar uma grandeza vetorial porque falta-lhe sentido. Não esqueça
que um segmento de reta não tem sentido, isto é, o segmento AB é igual ao segmento BA.
Se colocarmos um sentido em um segmento de reta, obteremos um vetor que é um segmento de reta orientado e pode
ser utilizado para representar graficamente uma grandeza vetorial.
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BLOCO 3
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BLOCO 3
Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/
mecanica/grandezas-escalares-e-vetoriais.html
Energia Cinética
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Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg
que inicia um percurso com velocidade 10m/s² até parar?
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Como a área de um triângulo é dada por: Para o caso de energia potencial elástica convertida em
energia cinética, ou vice-versa:
Então:
Exemplos:
1) Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se
desprende. Com que velocidade ela chegará ao solo?
Conservação de Energia Mecânica
A energia mecânica de um corpo é igual a soma das
energias potenciais e cinética dele.
Então:
Qualquer movimento é realizado através de
transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em
energia cinética. O mesmo acontece para a conservação de
energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos
conhecendo os princípios de conservação de energia. 2) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar uma
um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser mola de constante elástica igual a 2000N/m este diminui
abandonada, a pedra tem energia cinética nula ( já que não sua velocidade até parar, qual a compressão na mola neste
está em movimento) e energia potencial total. Quando a momento?
pedra chegar ao solo, sua energia cinética sera total, e a
energia potencial nula ( já que a altura será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se
converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas
(atrito, força de arraste, etc.) a energia mecânica é
conservada, então:
Para o caso de energia potencial gravitacional
convertida em energia cinética, ou vice-versa:
7
BLOCO 3
Impulso Exemplo:
Como já vimos, para que um corpo entre em Qual a quantidade de movimento de um corpo de
movimento, é necessário que haja um interação entre dois massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?
corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece,
teremos o corpo sob ação de uma força constante, durante
um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso
de um corpo sobre o outro:
Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:
As características do impulso são:
• Módulo:
• Direção: a mesma do vetor F.
• Sentido: o mesmo do vetor F. E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:
Como vimos:
então:
A = F.Δt = I
Quantidade de Movimento
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que
uma bolinha transfere seu movimento totalmente ou
parcialmente para outra. “O impulso de uma força, devido à sua aplicação em
A grandeza física que torna possível estudar estas certo intervalo de tempo, é igual a variação da quantidade
transferências de movimento é a quantidade de movimento de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de
linear , também conhecido como quantidade de tempo.”
movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um Exemplo:
corpo com sua velocidade: Quanto tempo deve agir uma força de intensidade
100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para que sua
velocidade passe de 5m/s para 15m/s?
• Módulo:
• Direção: a mesma da velocidade.
• Sentido: a mesma da velocidade.
• Unidade no SI: kg.m/s.
8
BLOCO 3
Então, se o sistema é conservativo temos:
Como a massa de um corpo, ou mesmo de um sistema, Nos três casos o efeito da força é o mesmo.
dificilmente varia, o que sofre alteração é a velocidade
deles. Equilíbrio
Exemplo: As situações em que um corpo pode estar em equilíbrio são:
Um corpo de massa 4kg, se desloca com velocidade • Equilíbrio estático: Ocorre quando o ponto ou
constante igual a 10m/s. Um outro corpo de massa 5kg é corpo está perfeitamente parado ( ).
lançado com velocidade constante de 20m/s em direção • Equilíbrio dinâmico: Ocorre quando o ponto ou
ao outro bloco. Quando os dois se chocarem ficarão presos corpo está em Movimento Uniforme .
por um velcro colocado em suas extremidades. Qual será a
velocidade que os corpos unidos terão? Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/
Mecanica/EstaticaeHidrostatica/estdoponto.php
Força gravitacional
Ao estudar o movimento da Lua, Newton concluiu
que a força que faz com que ela esteja constantemente
em órbita é do mesmo tipo que a força que a Terra exerce
Princípios Básicos
sobre um corpo em suas proximidades. A partir daí criou a
Lei da Gravitação Universal.
A estática é a parte da física que se preocupa em
Lei da Gravitação Universal de Newton:
explicar questões como: “Dois corpos atraem-se com força proporcional às
• Por que em uma mesa sustentada por dois pés, suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da
estes precisam estar em determinada posição para que distância que separa seus centros de gravidade.”
esta não balance?
• Por que a maçaneta de uma porta sempre é
colocada no ponto mais distante das dobradiças dela?
• Por que um quadro pendurado em um prego
precisa estar preso exatamente em sua metade?
• Por que é mais fácil quebrar um ovo pelas laterais
do que por suas extremidades?
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BLOCO 3
Onde:
F=Força de atração gravitacional entre os dois corpos
G=Constante de gravitação universal
Leis de Kepler
Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas de plantio e
colheita.
Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem um movimento regular, o que
propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas este modelo,
chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo deste sistema por milhares de
anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que o Sol estava no
centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor.
No século XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando anotações
do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601).
Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas como Leis de Kepler.
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2ª Lei de Kepler - Lei das Áreas
O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
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Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em alguns casos há
mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de proporcionalidade
(L).
Assim:
A constante de proporcionalidade é chamada calor latente de mudança de fase e se refere a quantidade de calor que
1 g da substância calculada necessita para mudar de uma fase para outra.
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança de estado físico.
Assim:
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Curva de aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de temperatura. Assim
podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor absorvida. Chamamos este gráfico
de Curva de Aquecimento:
Trocas de calor
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um aparelho
chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os corpos não
trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia térmica passa de um corpo ao
outro.
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula, ou seja:
ΣQ=0
(lê-se que somatório de todas as quantidades de calor é igual a zero)
Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.
Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro de água à 80°C?
Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.
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Capacidade térmica
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber
ou ceder para que sua temperatura varie uma unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:
Transmissão de Calor
Em certas situações, mesmo não havendo o contato
físico entre os corpos, é possível sentir que algo está mais
quente. Como quando chega-se perto do fogo de uma
lareira. Assim, concluímos que de alguma forma o calor
emana desses corpos “mais quentes” podendo se propagar
de diversas maneiras.
Como já vimos anteriormente, o fluxo de calor acontece Condução Térmica
no sentido da maior para a menor temperatura. É a situação em que o calor se propaga através de
Este trânsito de energia térmica pode acontecer pelas um «condutor». Ou seja, apesar de não estar em contato
seguintes maneiras: direto com a fonte de calor um corpo pode ser modificar
• condução; sua energia térmica se houver condução de calor por outro
• convecção; corpo, ou por outra parte do mesmo corpo.
• irradiação. Por exemplo, enquanto cozinha-se algo, se deixarmos
uma colher encostada na panela, que está sobre o fogo,
Fluxo de Calor depois de um tempo ela esquentará também.
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa- Este fenômeno acontece, pois, ao aquecermos a
se uma fonte térmica de potência constante, ou seja, uma panela, suas moléculas começam a agitar-se mais, como
fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por a panela está em contato com a colher, as moléculas em
unidade de tempo. agitação maior provocam uma agitação nas moléculas da
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de colher, causando aumento de sua energia térmica, logo, o
maneira constante como o quociente entre a quantidade aquecimento dela.
de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt): Também é por este motivo que, apesar de apenas a
parte inferior da panela estar diretamente em contato com
o fogo, sua parte superior também esquenta.
Convecção Térmica
A convecção consiste no movimento dos fluidos, e é
Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no o princípio fundamental da compreensão do vento, por
sistema internacional, o Watt (W), que corresponde a exemplo.
Joule por segundo, embora também sejam muito usada a O ar que está nas planícies é aquecido pelo sol e pelo
unidade caloria/segundo (cal/s) e seus múltiplos: caloria/ solo, assim ficando mais leve e subindo. Então as massas
minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s). de ar que estão nas montanhas, e que está mais frio que
o das planícies, toma o lugar vago pelo ar aquecido, e a
Exemplo: massa aquecida se desloca até os lugares mais altos,
Uma fonte de potência constante igual a 100W é onde resfriam. Estes movimentos causam, entre outros
utilizada para aumentar a temperatura 100g de mercúrio fenômenos naturais, o vento.
30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C Formalmente, convecção é o fenômeno no qual o calor
e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte demora para realizar se propaga por meio do movimento de massas fluidas de
este aquecimento? densidades diferentes.
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Onde:
p=pressão
Onde: V=volume
p=pressão =constante que depende da massa, temperatura e
natureza do gás.
m=massa do gás
Como esta constante é a mesma para um mesmo gás,
v=velocidade média das moléculas
ao ser transformado, é válida a relação:
V=volume do gás.
Exemplo:
Gás perfeito ou ideal Certo gás contido em um recipiente de 1m³ com
É considerado um gás perfeito quando são presentes êmbolo exerce uma pressão de 250Pa. Ao ser comprimido
as seguintes características: isotérmicamente a um volume de 0,6m³ qual será a pressão
• o movimento das moléculas é regido pelos exercida pelo gás?
princípios da mecânica Newtoniana;
• os choques entre as moléculas são perfeitamente
elásticos, ou seja, a quantidade de movimento é conservada;
• não há atração e nem repulsão entre as moléculas;
• o volume de cada molécula é desprezível quando
comparado com o volume total do gás.
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Onde:
Onde: p=pressão;
V=volume; T=temperatura absoluta do gás;
T=temperatura absoluta; =constante que depende do volume, massa e da
=constante que depende da pressão, massa e natureza do gás.;
natureza do gás.
Como para um mesmo gás, a constante é sempre a
Assim, quando um mesmo gás muda de temperatura mesma, garantindo a validade da relação:
ou volume, é válida a relação:
Exemplo:
Exemplo: Um gás que se encontra à temperatura de 200K é
Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até 300K, sem mudar de volume. Se a pressão
aquecido até a temperatura de 70ºC. Qual será o volume exercida no final do processo de aquecimento é 1000Pa,
ocupado por ele, se esta transformação acontecer sob qual era a pressão inicial?
pressão constante?
É importante lembrarmos que a temperatura
considerada deve ser a temperatura absoluta do gás (escala
Kelvin) assim, o primeiro passo para a resolução do exercício
é a conversão de escalas termométricas:
Lembrando que:
Equação de Clapeyron
Relacionando as Leis de Boyle, Charles Gay-Lussac
e de Charles é possível estabelecer uma equação que
Então: relacione as variáveis de estado: pressão (p), volume (V) e
temperatura absoluta (T) de um gás.
Esta equação é chamada Equação de Clapeyron, em
homenagem ao físico francês Paul Emile Clapeyron que foi
quem a estabeleceu.
Onde:
p=pressão;
V=volume;
n=nº de mols do gás;
R=constante universal dos gases perfeitos;
Transformação Isométrica T=temperatura absoluta.
A transformação isométrica também pode ser chamada
isocórica e assim como nas outras transformações vistas, Exemplo:
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(1) Qual é o volume ocupado por um mol de gás perfeito submetido à pressão de 5000N/m², a uma temperatura igual
a 50°C?
Dado: 1atm=10000N/m² e
Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/EstudodosGases/lgeral.php
1ª Lei da Termodinâmica
Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à termodinâmica, o que torna
possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma transformação termodinâmica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde se encontra,
como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma quantidade Q de calor, esta poderá realizar
um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU, ou seja, expressando matematicamente:
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Exemplo:
(1) Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que a Energia interna
do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o recebimento?
2ª Lei da Termodinâmica
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de máquinas e utilização
na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-
Planck:
• Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura
mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que
para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.
• Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de
calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por
menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.
Maquinas térmicas
As máquinas térmicas foram os primeiros dispositivos mecânicos a serem utilizados em larga escala na indústria,
por volta do século XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o aquecimento para transformar água em vapor, capaz de
movimentar um pistão, que por sua vez, movimentava um eixo que tornava a energia mecânica utilizável para as indústrias
da época.
Chamamos máquina térmica o dispositivo que, utilizando duas fontes térmicas, faz com que a energia térmica se
converta em energia mecânica (trabalho).
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A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no dispositivo transforma-se em trabalho mais uma
quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho .
Assim é válido que:
Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o resfriamento, por
exemplo, estes valores serão negativos.
Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da Termodinâmica,
este fluxo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho externo, assim:
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O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não • Uma expansão isotérmica reversível. O sistema
realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se fosse possível que a recebe uma quantidade de calor da fonte de aquecimento
máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas (L-M)
como visto, isto não é possível. Para sabermos este rendimento • Uma expansão adiabática reversível. O sistema
em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%. não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
• Uma compressão isotérmica reversível. O sistema
Exemplo: cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando • Uma compressão adiabática reversível. O sistema
lhe é fornecido uma quantidade de calor igual a 23kJ. Qual a não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
capacidade percentual que o motor tem de transformar energia Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que
térmica em trabalho? é fornecida pela fonte de aquecimento e a quantidade
cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas
temperaturas absolutas, assim:
Ciclo de Carnot
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a e
construção de uma máquina térmica ideal, que seria capaz de
transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um Logo:
rendimento total (100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro
francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma máquina
térmica teórica que se comportava como uma máquina de
rendimento total, estabelecendo um ciclo de rendimento
máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, Sendo:
independente da substância:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
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Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o ciclo a 200ºC?
Assim como para os gases, um dos efeitos da variação da temperatura é a variação de dimensões em corpos sólidos e
líquidos. Esta variação é o que chamamos Dilatação Térmica.
Dilatação Linear
Aplica-se apenas para os corpos em estado sólido, e consiste na variação considerável de apenas uma dimensão. Como,
por exemplo, em barras, cabos e fios.
Ao considerarmos uma barra homogênea, por exemplo, de comprimento a uma temperatura inicial . Quando esta
temperatura é aumentada até uma (> ), observa-se que esta barra passa a ter um comprimento (> ).
Com isso é possível concluir que a dilatação linear ocorre de maneira proporcional à variação de temperatura e ao
comprimento inicial . Mas ao serem analisadas barras de dimensões iguais, mas feitas de um material diferente, sua
variação de comprimento seria diferente, isto porque a dilatação também leva em consideração as propriedades do material
com que o objeto é feito, este é a constante de proporcionalidade da expressão, chamada de coeficiente de dilatação
linear (α).
Assim podemos expressar:
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Substância
Chumbo
Zinco
Alumínio
Prata
Cobre
O gráfico deve ser um segmento de reta que não passa
Ouro pela origem, já que o comprimento inicial não é igual a
zero.
Ferro Considerando um ângulo φ como a inclinação da reta
em relação ao eixo horizontal. Podemos relacioná-lo com:
Platina
Vidro (comum)
Tungstênio Pois:
Vidro (pyrex)
Lâmina bimetálica
Uma das aplicações da dilatação linear mais utilizadas
no cotidiano é para a construção de lâminas bimetálicas,
que consistem em duas placas de materiais diferentes,
e portanto, coeficientes de dilatação linear diferentes, Dilatação Superficial
soldadas. Ao serem aquecidas, as placas aumentam seu Esta forma de dilatação consiste em um caso onde há
comprimento de forma desigual, fazendo com que esta dilatação linear em duas dimensões.
lâmina soldada entorte. Considere, por exemplo, uma peça quadrada de lados
As lâminas bimetálicas são encontradas principalmente que é aquecida uma temperatura , de forma que
em dispositivos elétricos e eletrônicos, já que a corrente esta sofra um aumento em suas dimensões, mas como há
elétrica causa aquecimento dos condutores, que não dilatação igual para os dois sentidos da peça, esta continua
podem sofrer um aquecimento maior do que foram quadrada, mas passa a ter lados .
construídos para suportar. Podemos estabelecer que:
Quando é curvada a lâmina tem o objetivo de
interromper a corrente elétrica, após um tempo em
repouso a temperatura do condutor diminui, fazendo com
que a lâmina volte ao seu formato inicial e reabilitando a
passagem de eletricidade. assim como:
Representação gráfica
Podemos expressar a dilatação linear de um corpo
através de um gráfico de seu comprimento (L) em função E relacionando com cada lado podemos utilizar:
da temperatura (θ), desta forma:
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Propriedades Gerais e Específicas; Além disso, podemos afirmar que não tem nenhuma
outra substância misturada na água, porque os pontos
Propriedades intensivas e extensivas. de ebulição e de fusão são valores exatos. No caso de
Se alguém lhe pedisse para buscar uma pessoa que você misturas, as mudanças de estados físicos ocorrem não
não conhece no aeroporto, o que você lhe perguntaria? em temperaturas específicas, mas em intervalos de
Provavelmente gostaria de saber algumas características temperatura.
sobre determinada pessoa, tais como altura, cor da pele, Uma das formas de se classificar as propriedades físicas
cor dos olhos, a roupa que estará vestindo e assim por da matéria, isto é, aquelas propriedades que são analisadas
diante. Essas características são importantes para chegar e coletadas de modo que a composição do material
até a pessoa. continue a mesma, é de acordo com a dependência da
No entanto, é bem verdade que essas são características massa na amostra.
que podem se repetir. Por exemplo, muitas pessoas têm Existem dois tipos de propriedades nesse caso,
1,60 m de altura, são morenas, têm os olhos castanhos e as intensivas e as extensivas. As propriedades intensivas
podem usar uma camiseta vermelha no mesmo dia. Esses são aquelas que não dependem da massa da amostra.Por
são exemplos de características gerais, que não servem exemplo, como mostra a imagem mais acima, se temos uma
para identificar determinada pessoa sem a chance de erro. solução e medimos a sua temperatura, independente da
Por outro lado, quando se precisa de uma identifica- sua quantidade, a temperatura será a mesma. Desse modo,
ção mais precisa, existem algumas características que são temos que a temperatura é uma propriedade intensiva da
específicas da pessoa, como a digital, uma vez que cada matéria.
pessoa possui a sua. Tanto que o governo utiliza disso por Outros exemplos são os pontos de fusão e de
meio de vários sistemas de identificação, como no caso da ebulição, independente da quantidade de material, eles
cédula de identidade, no registro de nascimento, no CPF permanecerão os mesmos. Como acontece, por exemplo,
(Cadastro de Pessoa Física), entre outros. com a água; não importa se temos 100 g ou 1 kg de água,
Algo similar ocorre ao se trabalhar na identificação ao nível do mar, o seu ponto de fusão sempre será 0ºC e
das substâncias químicas. Existem propriedades físicas dos seu ponto de ebulição sempre será 100ºC.
materiais que são gerais, enquanto outras são específicas.
Isso distingue a água dos demais materiais, o que nos
As propriedades gerais são aquelas que podem
mostra que algumas propriedades intensivas podem ser
se repetir para substâncias diferentes, que não são
utilizadas para descobrir a constituição de uma substância.
exclusivas de um único material. Já as propriedades
As propriedades extensivas, por outro lado, são
específicas são exclusivas e particulares de cada
aquelas que dependem da massa da amostra. O volume é
material puro, podendo ser usadas para identificá-los.
um exemplo, podemos ver isso comparando 1 saco de 2 kg
Por exemplo, digamos que temos um material que não
de açúcar com 1 um saco de 5 kg. É obvio que o que possui
sabemos a composição. Observe as seguintes propriedades
que foram determinadas para ele: maior massa ocupa um espaço maior.
Existem também algumas propriedades intensivas
Incolor; que são derivadas de propriedades extensivas, como é
Líquido nas condições ambientes; o caso da densidade (densidade = massa/volume). A
Inodoro; densidade é uma propriedade intensiva, pois não depende
Amostra de massa igual a 36 g; da variação da massa. Por exemplo, um cubo de gelo tem
Amostra com volume de 36 mL; densidade igual a 0,92 g/cm3. A densidade de um iceberg é
Temperatura igual a 25ºC nas condições ambientes; a mesma. É por isso que tanto um cubo de gelo quanto
Ponto de ebulição igual a 100ºC a 1 atm e 25ºC; um iceberg flutuam na água, que possui densidade maior
Ponto de fusão igual a 0ºC a 1 atm e 25ºC; (1,0 g/cm3).
Densidade igual a 1,0 g/cm3 a 1 atm e 25ºC; A massa e o volume, conforme já dito, são propriedades
Calor específico de 1 cal/g . ºC. extensivas, mas a densidade é intensiva porque à medida
que a massa diminui, o volume também diminui e, portanto,
Observe que as propriedades citadas nos números a relação m/v permanece constante, isto é, a densidade
de 1 a 6 são todas propriedades gerais, pois elas não permanece a mesma independente da amostra.
servem para identificarmos de que substância se trata. Por A densidade é outra propriedade intensiva que pode
exemplo, o etanol e a água são compostos de constituição ser usada para distinguir uma substância da outra.
totalmente diferentes, mas ambos são líquidos e incolores. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/
Além disso, a cor, o volume, a massa e a temperatura propriedades-intensivas-extensivas.htm
podem se repetir para inúmeros materiais.
Já as propriedades apresentadas nos números de 7 Misturas são formadas por duas ou mais substâncias,
a 10 são todas propriedades específicas. Com elas, nós elas podem se classificar em Misturas homogêneas ou
podemos chegar à conclusão de que o líquido estudado é a heterogêneas.
água pura. Por exemplo, a densidade da água é exatamente Misturas homogêneas: são as que apresentam uma
1,0 g/cm3 e não pode ser o etanol, pois a sua densidade é única fase. Apresentam aspecto uniforme que não nos
igual a 0,79 g/cm3. Isso também acontece com as outras permite a separação visual dos componentes. Exemplo:
propriedades específicas citadas, elas são únicas da água. mistura de água e álcool.
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Misturas heterogêneas: apresentam mais de uma * Catação: Método manual de separação, como quando
fase. Esse tipo de mistura nos permite visualizar cada escolhemos os feijões para cozinhar;
componente individual. Exemplo: mistura de água e óleo. * Ventilação: Arraste por corrente de ar de um dos
É fácil perceber a presença de duas fases, pois a água se componentes da mistura que seja bem leve. Exemplos:
separa completamente do óleo - sendo assim, a mistura se separação das cascas de grãos de café, cereais e amendoim
torna heterogênea porque vemos nela duas fases. torrado;
Algumas misturas nos parecem homogêneas se * Levigação: Arraste de sólidos de baixa densidade por
visualizadas a olho nu, mas uma investigação criteriosa meio de correntes de água, permanecendo no recipiente os
(com auxílio de microscópio) nos permite verificar que se sólidos de densidade maior. Isso é feito pelos garimpeiros
trata de misturas heterogêneas. Vejamos alguns exemplos: para separar a areia (menos densa) do ouro (mais denso);
1. O leite é uma mistura homogênea ou heterogênea? * Peneiração ou tamisação: É usada para separar sólidos
Se observamos a olho nu, ficaremos com a primeira opção: de diferentes tamanhos, geralmente passando por uma
homogênea, mas com o auxílio de um microscópico é
peneira, sendo que os sólidos menores passam por sua
possível perceber gotículas de gordura em suspensão.
malha, sendo separados dos maiores. É muito usada em
Para provar que o leite é uma mistura heterogênea basta
construções para separar a areia do cascalho e na cozinha
aquecê-lo. Este procedimento permite que as partículas de
quando se quer separar impurezas na farinha de trigo;
gordura se unam em forma de uma nata, neste momento
forma-se duas fases na mistura.
2. O ar que respiramos é uma mistura heterogênea de Alguns exemplos de métodos de separação de mis-
gases (Nitrogênio, Oxigênio, entre outros) e minúsculas turas: catação, ventilação, levigação e peneiração
partículas (sujidades) suspensas. Os automóveis juntamente
com as indústrias são os principais responsáveis pelo * Extração por solventes: Usa-se algum líquido para ex-
lançamento dessas impurezas. Bom seria se nosso ar não trair um ou mais componentes da mistura. Por exemplo, se
possuísse tais partículas, desta forma estaríamos livres da adicionarmos uma solução aquosa de cloreto de sódio em
chamada poluição atmosférica. uma mistura de gasolina e álcool, agitarmos e depois colo-
carmos em repouso, veremos que a água separará o etanol
Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/quimica/ da gasolina. Isso se baseia na diferença de polaridade e no
classificacao-das-misturas.html tipo de forças intermoleculares.
O etanol possui uma parte polar e outra apolar, sendo
A maioria dos materiais encontrados na natureza não que sua parte apolar é atraída pelas moléculas da gasolina,
é substância pura, ou seja, não é constituída de um único que também são apolares, pela força de dipolo induzido.
tipo de partículas ou moléculas; mas, na verdade, trata- Mas a sua parte polar, caracterizada pela presença do gru-
se de misturas compostas de duas ou mais substâncias po OH, é atraída pelas moléculas de água, que também são
diferentes. polares, realizando ligações de hidrogênio que são bem
Mas a separação dos componentes dessas misturas mais fortes que as ligações do tipo dipolo induzido.
ou o fracionamento delas (ou ainda sua análise imediata) * Flotação: A flotação consiste em adicionar bolhas de
são importantes para vários aspectos de nossa vida, como ar em uma suspensão coloidal, que, por sua vez, é classi-
para separar os poluentes da água e torná-la própria ficada como uma mistura formada por partículas suspen-
para consumo, na produção de metais e de componentes sas em um líquido, sendo que essas partículas possuem
especiais que são usados para produzir medicamentos, tamanho entre 1 e 1000 nm. Por exemplo, na mineração
alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza; na e extração do cobre a partir da calcopirita (CuFeS2), esta
obtenção do sal de cozinha, na análise dos componentes do
é pulverizada e combinada com óleo, água e detergente.
sangue nos laboratórios, para separar os componentes do
Depois de injetar ar através da mistura, o sulfeto mineral
lixo e destiná-los ao tratamento correto ou para reciclagem
revestido de óleo é atraído pelas bolhas de ar e é arrastado
e assim por diante.
para a superfície com a espuma. O resíduo não desejado,
No entanto, visto que as composições variam, para
realizar a separação de misturas, é necessário aplicar que é denominado de ganga, deposita-se na parte inferior.
técnicas ou métodos especiais para cada caso. As técnicas * Filtração: É um método de separação de misturas he-
podem ser físicas ou químicas, pois o princípio fundamental terogêneas sólido-líquido ou gases-sólidos que se baseia
é usar as propriedades dos componentes das misturas na passagem da mistura por um filtro. Existem dois tipos
para separá-las. Essas propriedades podem ser o ponto de filtração: a comum e a vácuo. A filtração comum é a
de fusão, o ponto de ebulição, a solubilidade, a densidade, simples passagem da mistura por um funil com papel de
entre outros. filtro a vácuo onde os sólidos ficam retidos. Já a filtração
Conhecendo bem essas propriedades, é possível a vácuo é feita usando-se um funil de Buchner acoplado a
então determinar se será necessário aplicar somente um um kitassato, que, por sua vez, está acoplado a uma trompa
dos métodos de separação de misturas ou se será preciso de água que arrasta o ar de dentro do kitassato, causan-
aplicar vários. do uma região de pressão baixa. Essa diferença de pressão
Conheça agora os principais processos de separação leva à sucção do líquido da mistura e acelera o processo
de misturas homogêneas e heterogêneas: de filtração.
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* Decantação, sedimentação, sifonação e centrifuga- Já a destilação fracionada é usada para misturas lí-
ção: Esses processos baseiam-se em um único princípio: a quido-líquido miscíveis. A única diferença é que, antes do
diferença de densidade entre os componentes da mistura. condensador, há uma coluna de fracionamento, em que há
Eles costumam ser usados em conjunto para separar mistu- uma barreira, pois esse condensador possui bolinhas ou
ras heterogêneas de dois tipos: líquido + sólido e líquidos cacos de vidro ou de porcelana.
imiscíveis. Assim, somente o líquido que tiver menor ponto de
Esse tipo de separação inicia-se na sedimentação. A ebulição conseguirá passar pela coluna de fracionamento,
mistura é deixada em repouso para que, depois de um enquanto o outro sofrerá condensação e voltará para o ba-
tempo, as partículas do sólido em suspensão no líquido ou lão de destilação.
o líquido mais denso, por ação da gravidade, depositem-
-se no fundo do recipiente. Esse processo de sedimenta- * Dissolução fracionada: Usada para separar misturas
ção pode ser acelerado pela realização de uma centrifuga- do tipo sólido-sólido em que um dos sólidos mistura-se
ção, no caso de misturas do tipo líquido + sólido. A mistura em determinado solvente e o outro não. Por exemplo, se
é colocada em um tubo de ensaio dentro de uma centrí- tivermos uma mistura de sal e areia, podemos adicionar
fuga, que rotaciona em alta velocidade e, por inércia, faz água para que o sal misture-se nela e separe-se da areia.
com que as partículas de maior densidade depositem-se Podem ser usados outros processos depois, como a filtra-
no fundo do tubo. ção para separar a areia, a destilação para separar a água e
A decantação ocorre quando se inclina o recipiente o sal, ou a evaporação para obter somente o sal.
que contém a mistura, derramando em outro recipiente o * Fusão fracionada: Método aplicado para separar mis-
líquido menos denso, que ficou na parte de cima. Isso pode turas do tipo sólido-sólido que possuam pontos de fusão
ser feito também por sifonação, que é a transferência do diferentes. A mistura é aquecida e um dos sólidos funde-se
líquido por meio de um sifão ou uma mangueira plástica, primeiro.
iniciando-se o fluxo por sucção.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/
Processo de separação de mistura envolvendo se-
separacao-misturas.htm
dimentação, decantação e sifonação
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Em alguns casos, somente pela observação visual, não é possível identificar se houve uma transformação. Por exemplo,
quando misturamos soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio, ambas incolores. Após a mistura, o líquido resultante
ainda é incolor, sem aparentar a formação de um novo material. No entanto uma reação química acontece quando essas
substâncias são misturadas. Portanto é importante identificar e reconhecer os diferentes materiais que participam de uma
transformação.
Toda transformação química constitui uma reação química. As substâncias presentes no início da reação recebe o nome
de reagentes, e as que se formam recebem o nome de produto.
Exemplo: HCl+NaOH→NaCl+H2O
HCl, o ácido clorídrico, e NaOH, o hidróxido de sódio, são as substâncias que reagem, ou seja os reagentes. NaCl, o
cloreto de sódio, e H2O, a água, são as substâncias que se formam, ou seja, os produtos.
TRANSFORMAÇÕES
As transformações podem ocorrer das seguintes maneiras:
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Donde,
SISTEMAS GASOSOS: LEI DOS GASES; P: pressão
EQUAÇÃO GERAL DOS GASES IDEAIS, T: temperatura
PRINCÍPIO DE AVOGADRO; K: constante de volume (depende da natureza, do
volume e da massa do gás)
Equação de Clapeyron
Sistemas gasosos: Lei dos gases. Equação geral dos A Equação de Clapeyron foi formulada pelo físico-
gases ideais químico francês Benoit Paul Émile Clapeyron (1799-1864).
As leis de gás foram criadas no final do século XVIII, Essa equação consiste na união das três leis dos gases, na
quando os cientistas começaram a perceber que nas qual relaciona as propriedades dos gases dentre: volume,
relações entre a pressão, o volume e a temperatura de uma pressão e temperatura absoluta.
amostra de gás pode ser obtida uma fórmula que seria P.V= n.R.T
válida para todos os gases. Eles comportam-se de forma Donde,
semelhante numa ampla variedade de condições, devido à P: pressão
boa aproximação com moléculas que estão mais afastadas, V: volume
e agora a equação de estado para um gás ideal é derivada n: número de mols
da teoria cinética. Agora as leis anteriores de gás são como R: constante universal dos gases perfeitos: 8,31 J/mol.K
casos especiais da equação do gás ideal, com uma ou mais T: Temperatura
das variáveis mantidas constantes.
Equação Geral dos Gases Perfeitos
Lei de Boyle: Relação pressão-volume A Equação Geral dos Gases Perfeitos é utilizada para os
(transformação isotérmica) gases que possuem massa constante (número de mols) e
A Lei de Boyle-Mariotte, proposta pelo químico e variação de alguma das grandezas: pressão, o volume e a
físico irlandês Robert Boyle (1627-1691), apresenta a temperatura, estabelecida pela seguinte expressão:
transformação isotérmica dos gases ideais, de modo que Donde,
a temperatura permanece constante, enquanto a pressão e P: pressão
o volume do gás são inversamente proporcionais. Assim, a V: volume
equação que expressa a lei de Boyle: T: temperatura
P.V= K OU P= K/V
K: constante molar
P1: pressão inicial
Donde,
V1: volume inicial
p: pressão da amostra
T1: temperatura inicial
V: volume
K: constante de temperatura (depende da natureza do P2: pressão final
gás, da temperatura e da massa) V2: volume final
T2: temperatura final
Lei de Gay – Lussac: Transformação Isobárica
A Lei de Gay-Lussac, proposta pelo físico e químico Combinação e as leis dos gases ideais:
francês, Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850), apresenta A lei geral dos gases ou equação geral dos gases, está
a transformação isobárica dos gases, ou seja, quando a formada pela combinação das Leis de Boyle e Charles, e
pressão do gás é constante, a temperatura e o volume são mostra a relação entre pressão, volume e temperatura de
diretamente proporcionais, expressa pela fórmula: uma massa fixa de gás:
V= K.T OU K= V/T Com a adição da lei de Avogadro, a lei dos gases em
Donde, geral torna-se a lei dos gases ideais:
V: volume do gás Onde a constante, agora chamada de R, é a constante
T: temperatura dos gases, com um valor de 0,08206 (atm∙L)/(mol∙K)
k: constante da pressão (isobárica) Uma formulação equivalente a esta lei é:
PV=KNT
Lei de Charles: Relação temperatura-volume onde
(transformações isométricas) K é a constante de Boltzmann (1.381×10−23 J·K−1 em
A Lei de Charles, proposta pelo físico e químico francês unidades SI)
Jacques Alexandre Cesar Charles (1746-1823), apresenta a N é o número de moléculas.
transformação isométrica ou isocórica dos gases perfeitos, Estas equações só são precisas para um gás ideal,
ou seja, o volume do gás é constante, enquanto a pressão e que não leva em conta os efeitos diversos intermolecular
a temperatura são grandezas diretamente proporcionais. A (ver gás real). No entanto, a lei do gás ideal é uma boa
partir disso, a fórmula que expressa a lei de Charles: aproximação para a maioria dos gases sob pressão e
P= KT OU K=P/T
temperatura moderada.
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Exemplo prático:
Se enchermos um balão com 28g de gás nitrogênio
(massa de 1 mol de moléculas N2),o volume será de 22,403
litros (pressão externa de 1 atm e à temperatura de 0°C). Exemplos de gases moleculares
Substituindo o gás N2 por 2 gramas de gás hidrogênio
(massa de 1 mol de moléculas H2) e nas mesmas condições Agora falando de gases formados por átomos, isso ocor-
de temperatura e pressão (1 atm – 0°C), o balão adquire o re somente no caso dos gases nobres (pertencentes à família
18 da tabela periódica). Entre eles, temos o gás hélio (He), que
volume de 22,432 litros, ou seja, o volume não altera em
é usado para encher balões e no tratamento de asma junto
praticamente nada.
ao oxigênio, pois assim se reduz o esforço muscular da res-
piração; e o gás neônio (Ne), que é muito usado em letreiros
luminosos, pois, quando se passa uma descarga elétrica nesse
gás em um tubo a baixa pressão, ele emite uma coloração la-
ranja-avermelhada (daí a origem do termo “neon”). Vale des-
tacar que os que são de outras cores não contêm o neônio,
mas sim outros gases.
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Exemplos de aplicações dos gases hélio e neônio * Forças sobre as paredes do recipiente: As partícu-
Visto que não podemos ver as moléculas e os átomos que las dos gases que estão se movimentando chocam-se com
formam os gases, os cientistas criaram um modelo conhecido as paredes do recipiente que os contém, exercendo uma
como teoria cinética dos gases ou teoria do gás ideal, que é pressão. Esses choques ocorrem de forma perfeitamente
usado para explicar o comportamento deles. elástica, o que significa que não há variação da energia me-
Segundo essa teoria, os gases são formados por partículas cânica total desde que o gás esteja em equilíbrio com o
que ficam bem afastadas umas das outras e que estão em movi- meio externo, ou seja, a temperatura do gás e a do meio
mento constante, de forma veloz, livre e desordenada. O aumen- externo não podem ser diferentes. Conforme já dito, um
to da temperatura faz com que essas partículas movimentem-se
aumento na temperatura faz com que as partículas movi-
com maior velocidade, pois há aumento de sua energia cinética
mentem-se com maior velocidade, o que resulta também
média, que é diretamente proporcional à temperatura termodi-
em um aumento da pressão exercida pelo gás. Quando as
nâmica (na escala kelvin), conforme mostra a equação a seguir:
partículas chocam-se, isso também ocorre elasticamente,
EC = k . T sem perda de energia cinética entre elas.
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Teoria Cinética dos Gases Isso significa que independente da natureza do gás e do
A teoria cinética dos gases volta-se para a definição tamanho das suas moléculas, o volume que ele ocupará será
de gás e como ele se comporta. proporcional ao número de moléculas que há no frasco. Por
ntre os pesquisadores em destaque estão James Prescott exemplo, se temos dois frascos, um contendo gás hidrogênio
Joule e Rudolf Clausius que, através de seus estudos, chega- (H2) e o outro contendo dióxido de carbono (CO2), sendo o
ram à conclusão de que o calor está relacionado à energia volume dos dois igual, isso quer dizer que existe a mesma
cinética dos átomos e às moléculas de uma substância. quantidade de moléculas nos dois frascos.
Essa teoria apresentada não era aceita em razão de se Esse fato acontece porque o tamanho das moléculas ga-
tratarem de partículas microscópicas, ou seja, invisíveis a olho sosas é considerado desprezível em comparação com a dis-
nu, o que barrava sua aceitação na comunidade científica. tância entre elas.
As leis de Newton eram a base dos estudos da teoria Assim, quando consideramos as Condições Normais de
cinética dos gases, o que acabou facilitando sua aceitação Temperatura e Pressão (CNTP), em que a pressão é igual a
mais tarde. Ainda hoje é utilizada e considerada importante 1 atm e a temperatura é de 273 K (0ºC), temos que o volume
como modelo de desenvolvimento de teoria física, apesar de ocupado por 1 mol de qualquer gás sempre será de 22,4
suas explicações serem inaceitáveis para a física moderna. L. Esse valor corresponde ao volume molar dos gases.
Se considerarmos as Condições Ambientais de Tempe-
A teoria cinética dos gases são hipóteses que abordam o ratura e Pressão (CATP), em que a pressão também é de
que é um gás e como ele se comporta. aproximadamente 1 atm, mas a temperatura é de 298 K (25
ºC), o volume molar passa a ser 25 L.
Hipóteses da teoria dos gases Portanto, se temos 1 mol de gás hidrogênio e 1 mol de
• A formação de um gás se dá por um grande número gás carbônico em dois recipientes separados, podemos con-
de moléculas; cluir que ambos estão ocupando o volume de 22,4 L nas CNTP.
• As moléculas dos gases possuem dimensão desprezí- O número de moléculas deles também é o mesmo, tendo em
vel, o que significa que o volume por elas ocupado é muito vista que 1 mol de qualquer gás é sempre 6,0 . 1023 (número
de Avogadro).
pequeno, quase insignificante;
A diferença estará somente na massa, pois a quantidade e
• Esses gases se deslocam de forma descontínua e alea-
o tipo de átomo em cada molécula são diferentes. No caso de
tória ocupando, assim, todo o volume do recipiente onde se
1 mol de H2, temos a massa total de 2g, enquanto em 1 mol
encontram, tendo movimento retilíneo e uniformemente va-
de CO2, temos a massa de 44 g.
riado;
• São independentes, só interagem entre si quando ocor-
re colisão;
• As colisões existentes entre moléculas e moléculas e TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA:
entre moléculas e paredes do recipiente são colisões elás- TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
ticas, que fazem com que a energia cinética das moléculas CALORÍFICA; CALOR DE REAÇÃO; ENTALPIA;
permaneça constante. EQUAÇÕES TERMOQUÍMICAS; LEI DE HESS.
Energia interna
A energia interna do gás existe quando o gás for consti- As transformações químicas são chamadas reações
tuído por moléculas de apenas um átomo e nesse gás estiver químicas, estas são constituídas por reagentes se
a soma das energias cinéticas dessas moléculas que o cons- transformando em produtos. Existem algumas leis de
tituem, fornecendo assim o valor total da energia desse gás. transformação.
Podemos então concluir que através da Teoria Cinética
dos Gases é possível calcular a energia média total de amos- A primeira destas leis é a Lei da Conservação das Massas,
tra de gases, dependendo, claro, da estrutura molecular do (enunciada por A. L. Lavoisier em 1774) e a segunda é a Lei das
gás analisado, obtendo assim um resultado, mesmo que res- Proporções Definidas. (também chamada Lei da Composição
trito. Definida).
Volume molar dos gases Pode-se concluir que o sólido preto (sulfeto ferroso)
O volume molar corresponde ao volume ocupado por produzido tem propriedades que o diferenciam do Ferro e
qualquer gás nas CNTP, que é igual a 22,4 L. Enxofre, surgiu uma nova espécie de matéria. Tal processo
No ano de 1811, o químico italiano Amedeo Avogadro recebe o nome de transformação química.
(1776-1856) propôs uma explicação para a relação que ha- Um fato de grande importância na observação das
via entre o número de moléculas dos gases e o volume por transformações químicas e físicas é que matéria e energia estão
eles ocupado. Segundo a Hipótese de Avogadro ou Princí- intimamente relacionadas. Essas transformações acontecem
pio de Avogadro, volumes iguais de quaisquer gases que com liberação ou absorção de energia, por exemplo, a Energia
estão nas mesmas condições de temperatura e pressão Luminosa é absorvida na fotossíntese dos vegetais e liberada
apresentam o mesmo número de moléculas. na queima de uma vela; a Energia Elétrica é liberada em uma
pilha e absorvida na recarga de uma bateria de automóvel.
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Como mencionado, a energia pode ser transformada Calor de combustão: é o calor absorvido na combustão
em outra, da mesma forma que uma substância química total de 1 mol da substância, em condições ambientes (25°
também pode ser transformada em interconversão de C e 1 atm). A combustão libera calor, ela ocorre entre um
energia. Veja os exemplos: combustível e um comburente, o combustível pode ser
• Numa lâmpada, a Energia Elétrica é transformada em qualquer substância,
Energia Luminosa e Térmica. principal comburente é o oxigênio.
• Numa usina termelétrica, a Energia Térmica é Calor de solidificação: corresponde à variação de
transformada em Energia Elétrica. entalpia na solidicação total de 1 mol da substância, à
• Num aquecedor solar, a Energia Solar é transformada pressão de 1 atm.
em Energia Térmica. H2O (l) → H2O (s)
• Num um ferro de passar roupa, a Energia Elétrica é Δ H = - 1,7 Kcal / mo
transformada em Energia Térmica. (calor de solidificação da água líquida)
• Num motor à explosão, a Energia Térmica é convertida Calor de condensação: corresponde à variação de
em Energia Mecânica. entalpia na condensação total de 1 mol da substância, à
pressão de 1 atm.
Em uma reação química, pode haver liberação de H2O (v) → H2O (l)
Energia Luminosa, Elétrica, Térmica, entre outras. Δ H = - 10,5 Kcal / m
A combustão é uma reação química que libera calor, (calor de condensação do vapor de água)
Energia Térmica. Calor de formação: é a variação de entalpia constatada
Veja algumas curiosidades: na formação de 1 mol de moléculas de um determinado
• Na combustão completa da gasolina, álcool e óleo composto, cujos elementos estão em seu estado padrão,
diesel são liberados gás carbônico, vapor de água e Energia obedecendo às seguintes condições: um mol de uma
Térmica. A Energia Térmica é utilizada para mover motores substância simples, estando em condições ambientes (25°
de carros, caminhões, tratores. C e 1 atm) e no estado alotrópico mais estável, ou seja, sem
reagir.
• A energia liberada na combustão do Hidrogênio com Calor de neutralização: é o calor absorvido na
o Oxigênio, produzindo água, é utilizada para mover os neutralização de 1 mol de H+ (aq) com 1 mol de OH-,
ônibus espaciais. estando ambos em soluções diluídas.
• A Energia Térmica liberada na combustão do gás
de cozinha é utilizada no cozimento de alimentos, no Entalpia
aquecimento da água dos aquecedores domésticos.
• A energia liberada na combustão em forma de calor Entalpia é a quantidade de energia contida em uma
pode ser medida em calorias ou em Joule. determinada substância que sofre reação, ela calcula o ca-
lor de um sistema, é a forma mais usada de expressar o
Calores de reação conteúdo calorífico de um componente em uma reação
química. A variação da Entalpia está na diferença entre a
Calor de reação corresponde à variação de entalpia entalpia dos produtos e a dos reagentes, sendo assim, o
(calor absorvido) observada em uma reação, e sua calor de uma reação corresponde ao calor liberado ou ab-
classificação depende do tipo de reação decorrente sorvido em uma reação, e é simbolizado por? H
Exemplos: Não há como determinar a quantidade de energia em
uma substância, mas podemos conhecer e medir sua varia-
Reação de neutralização → calor de neutralização. ção. Para isso utiliza-se a fórmula:
Reação de combustão → calor de combustão. Δ H = H final – H inicial
Calor de vaporização: corresponde à variação de Em reações exotérmicas a entalpia final é menor do
entalpia na vaporização total de 1 mol da substância, à que a entalpia inicial, já que neste tipo de reação ocorre
pressão de 1 atm. a liberação de energia. Exemplo: queima de alimentos
H2O (l) → H2O (v) pelo organismo, reações de combustão.
Δ H = + 10,5 Kcal / m Em reações endotérmicas, a entalpia final é maior que
(calor de vaporização da água líquida) a entalpia inicial, já que neste tipo de reação ocorre a ab-
Calor de dissolução: é a variação de entalpia observada sorção de energia
na dissolução de 1 mol da substância em solvente Exemplo: Quando a luz solar incide em uma molécula
suficiente para se considerar a solução como diluída. Se for de clorofila das plantas, ocorre uma reação endotérmica,
adicionado mais solvente não vai alterar o estado térmico a planta absorve parte da energia luminosa permitindo a
do sistema. reação do gás carbônico com água, que produz carboidra-
Calor de fusão: corresponde à variação de entalpia na tos e libera oxigênio. A absorção da energia em forma de
fusão total de 1 mol da substância, à pressão de 1 atm. luz e sua transformação em energia química permitem o
H2O (s) → H2O (l) crescimento das plantas, seu florescimento e a produção
Δ H = + 1,7 Kcal / mo de frutos
(calor de fusão da água sólida)
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A variação da entalpia pode ser conhecida dependendo da temperatura, pressão, estado físico, número de mol e da variedade
alotrópica das substâncias. Foi criada uma forma padrão de realizar tais comparações, chamada entalpia-padrão, para que as ental-
pias sejam comparadas de acordo com uma da mesma condição, o que leva o nome de estado-padrão.
Há algumas reações químicas que não podem ser sintetizadas, o que faz com que sua entalpia seja conhecida através da ental-
pia de outras reações, utilizando a Lei de Hess que diz que em uma reação a variação de entalpia é a mesma independente da etapa
em que a reação ocorre.
LEI DE HESS
O químico e médico Germain Henry Hess (1802-1850) desenvolveu importantes trabalhos na área de Termoquímica.
A Lei de Hess é uma lei experimental e estabelece que a variação de entalpia de uma reação química depende apenas dos es-
tados inicial e final da reação.
A Lei de Hess também pode ser chamada de Lei da Soma dos Calores de Reação. É uma forma de calcular a variação de entalpia
através dos calores das reações intermediárias. Podem ser infinitas variações de entalpia
Exemplo:
Qual o valor da variação de entalpia da reação a seguir
Resolução:
______________________________________
Observe que a ΔH1e ΔH2 são somadas, obtendo-se o valor da variação de entalpia. As equações químicas também são
somadas, obtendo-se a reação global. Para montar as equações e aplicar a Lei de Hess, podemos fazer algumas alterações
matemáticas, seguindo as seguintes regras:
1°) as equações intermediárias devem estar de acordo com a reação global. Coloca-se as equações (dados) na ordem
que reagem ou são produzidas. Se não estiverem de acordo, troca-se o sinal da ΔH;
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2°) acertar os coeficientes também de acordo com a reação global. Se a equação for multiplicada, a ΔH também deve
ser multiplicada pelo mesmo número
3°) realizar o somatório para montar a reação global;
4°) somar os valores das ΔH das equações intermediárias para achar a ΔH da reação global.
Exemplo:
Calcule a variação de entalpia da seguinte reação pela Lei de Hess:
Dados:
Resolução:
Deve-se escrever todas as equações intermediárias (dados) de acordo com a reação global. Na primeira equação, o que
há em comum é o C(grafite). Então ele deve ser escrito da mesma forma (como reagente e 1mol).
A segunda equação tem em comum com a reação global o H2(g). Nos dados, esta espécie química não está exatamente
igual como na global. Deve-se multiplicar toda a equação por 2, inclusive a ΔH2
A terceira equação tem em comum com a reação global o CH4(g). deve-se inverter a posição desta equação e portanto
trocar o sinal da ΔH3
<=”” p=””
style=”border: 0px;”>
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Alguns fatores podem aumentar ou diminur a velocidade de uma reação química. São eles:
- temperatura
- superfície de contato
- pressão
- concentração
- presença de luz
- catalisador
- inibidores
Temperatura
A temperatura está ligada à agitação das moléculas. Quanto mais calor, mais agitadas ficam as moléculas. Se aumenta a
temperatura, aumenta a energia cinética das moléculas (movimento). Se as moléculas se movimentam mais, elas se chocam
mais e com mais energia, diminuindo a energia de ativação e em consequência, aumenta o número de colisões efetivas e
portanto a velocidade da reação também aumenta.
Por este motivo, aumentamos a chama do fogão para cozinhar e utilizamos a geladeira para evitar a deterioração dos
alimentos.
Superfície de Contato
A área de contato entre os reagentes também interfere na velocidade das reações químicas. Quanto maior a superfície
de contato, maior o número de moléculas reagindo, maior o número de colisões eficazes e portanto, aumenta a velocidade
da reação.
Isto explica porque devemos tomar um comprimido de aspirina, por exemplo, inteiro do que em pó. O comprimido em
pó reage mais rapidamente, causando lesões no nosso estômago. Se ele for ingerido inteiro, levará mais tempo para reagir,
evitando lesões.
Uma substância em pó reage mais rápido do que uma substância inteira porque possui maior superfície de contato.
Veja outros exemplos:
- a carne é digerida mais facilmente quando mastigada do que inteira;
- gravetos queimas mais rápido do que um pedaço de madeira de mesma massa;
- palha de aço queima mais rápido do que um pedaço de ferro de mesma massa.
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Pressão
Pressão é a razão entre força e área, ou seja, fazer força sobre uma determinada área. Com o aumento da pressão em
um recipiente, diminui o volume e desta forma aumenta a concentração dos reagentes. As moléculas se chocam mais, au-
mentando o número de colísões e portanto, aumenta a velocidade da reação.
Fonte: http://www.brasilescola.com/upload/e/pressao.jpg
Concentração
Concentração está relacionado à quantidade de soluto e de solvente de uma substância. Se aumenta a concentração
de reagentes , aumenta o número de moléculas dos reagentes, aumentando o número de colísões e aumentando também
a velocidade da reação. Está associada à Lei Cinética (Lei de Guldber-Waage).
Quando se aumenta a concentração de oxigênio numa queima, a combustão acontece mais rápido.
Presença de Luz
Algumas reações químicas ocorrem com maior velocidade quando estão na presença de luz. A luz influencia na veloci-
dade das reações porque é uma energia em forma de onda eletromagnética que ajuda a quebrar a barreira da energia de
ativação.
A água oxigenada, por exemplo, se decompõe mais facilmente quando está exposta à luz, por isso devemos deixá-la
guardada em local escuro. A fotossíntese realizada pelas plantas é um tipo de reação que é influenciada pela presença da
luz. Outra reação onde é muito utilizada a luz é a decomposição do AgBr que dá origem aos filmes fotográficos.
CATALISADOR
Catalisador é uma substância química que não participa da reação química. Diminui a energia de ativação e aumenta
a velocidade da reação.
O catalisador acelera a reação mas não altera a composição química dos reagentes e produtos envolvidos. A quantida-
de de substância produzida na reação não se altera com o uso de catalisadores.
Se a reação for reversível, a reação inversa também será acelerada, pois sua energia de ativação também terá um valor
menor.
O catalisador não altera a variação de entalpia.
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http://clientespeedy.klickeducacao.com.br/2006/arq_img_upload/paginas/558/cineticanew2.jpg
- catálise heterogênea: quando reagentes e catalisador não estão no mesmo estado físico formando um sistema hete-
rogêneo.
Não existe um tipo ideal de catalisador. Para cada reação química existe um tipo diferente de catalisador. Os catalisa-
dors mais comuns são:
lipase, suco gástrico.
Inibidores
- metais - principalmente os de transição: Co, Ni, Pt, Pd
- ácidos - que catalisam muitas reações orgânicas: H2SO4
- óxidos metálicos – Al2O3, Fe2O3
- bases - NaOH
- enzimas – produzidas pelos organismos vivos:
São substâncias, que ao contrário dos catalisadores, aumentam a energia de ativação e como consequência diminuem
a velocidade da reação química. Pode ser chamado também de veneno de catalisador ou anticatalisador. Antigamente era
chamado de catalisador negativo.
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Velocidade Instantânea
Nas reações químicas a velocidade a cada instante é diferente da velocidade média. As velocidades instantâneas nunca
são as mesmas, possuindo valores diferentes durante a reação. Se os intervalos de tempo utilizados nas medidas da velo-
cidade média forem ficando cada vez menores, a velocidade média tenderá a assumir valores cada vez mais próximos da
velocidade em um certo instante.
Velocidade Instantânea é o valor para o qual tende a velocidade média quando os intervalos de tempo vão se tornando
cada vez menores.
Pode ser calculada de acordo com a “Lei Cinética ou Equação de Velocidade”, proposta por Guldberg e Waage.
Cálculo da Velocidade Média de uma Reação
A velocidade média de uma reação (Vm) pode ser medida por meio da variação da concentração dos reagentes ou da
variação da concentração dos produtos em relação ao tempo transcorrido de reação, conforme a fórmula a seguir:
Visto que se considera a variação da concentração e do tempo, é necessário diminuir os valores finais pelos iniciais
daquele intervalo da reação. Isso permite que esse cálculo da velocidade média seja feito em qualquer intervalo de tempo
do processo:
Já no caso da variação da concentração dos reagentes, teremos que adicionar um sinal negativo na fórmula, pois como
os reagentes são consumidos durante o processo, a sua concentração final será menor que a inicial e o resultado daria
negativo, assim, temos:
A unidade da velocidade média será dada de acordo com as unidades da concentração e do tempo. Por exemplo, se
a concentração for dada em mol/L e o tempo em segundos, a unidade de Vm será mol. L-1. s-1. No entanto, as quantidades
de reagentes e produtos também podem ser expressas em termos de massa, volume – principalmente no caso de gases –,
número de mol, etc. Já o tempo também pode ser dado em minutos ou horas, dependendo da velocidade com a qual se
processa a reação.
Até agora explicamos quais são as fórmulas para se calcular separadamente as velocidades médias de consumo do
reagente e de formação do produto, porém, como conseguimos a velocidade média global da reação?
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Basta dividir cada valor da velocidade pelo coeficiente O carbono forma estruturas tetraédricas. Nestas es-
da respectiva substância na equação química que repre- truturas, o átomo de carbono localiza-se no centro de te-
senta a reação. De forma geral: traedros regulares e seus ligantes ocupam os vértices. As
ligações formam, entre si, ângulos de 109,5º, como ilustra-
do abaixo. Esta é a angulação mais estável para estruturas
contendo carbono. Em cadeias cíclicas, as ligações entre
carbonos apresentam ângulos inferiores a 109º5, o que as
tornam mais fracas.
TIPO DE LIGAÇÃO
O carbono realiza ligações do tipo covalente com ame-
tais (C, O, S, Cl, Br, I, F, etc.) e hidrogênio. Estas ligações
podem ser do tipo σ ou π de acordo com o entrosamento
de orbitais na realização da ligação. Quando essas ligações
forem realizadas por interpenetração de orbitais no mesmo
eixo de ligação, a ligação será do tipo σ; quando a ligação
for realizada por interação de orbitais p paralelos entre si, a
ligação realizada será do tipo π.
COMPOSTOS DE CARBONO: CARACTERÍSTICAS
É simples e importante prever quando dois átomos
GERAIS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS; unidos por ligação covalente fazem ligação do tipo σ ou π.
PRINCIPAIS FUNÇÕES ORGÂNICAS; Regra:
ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE • Ligações simples são do tipo σ
HIDROCARBONETOS; • Em ligações duplas, uma das ligações é do tipo σ e a
adicional é do tipo π
• No caso de ligação tripla, uma das ligações é do tipo
ÁTOMO DE CARBONO σ e duas são do tipo π
O carbono é o elemento básico para o estudo da quí-
mica orgânica, tema que costuma ser cobrado no Enem. Exemplo:
Localizado no grupo 14 (família IVA), o carbono possui seis
elétrons, sendo quatro destes localizados em sua camada
de valência. Desta forma, o carbono, tetravalente, realiza
quatro ligações covalentes para adquirir sua estabilidade
química. Pode-se ligar com outros átomos de carbono,
encadeando-se, para formar tipos inúmeros de cadeias. O
átomo de carbono se liga a hidrogênio e, a outros elemen-
tos comuns em compostos orgânicos como o oxigênio (O),
nitrogênio (N), enxofre (S), halogênios (Cl, Br, F, I), etc.
ESTRUTURA
Eteno: ligações σ e π (Foto: Colégio Qi)
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Para aumentar as possibilidades de ligação, o átomo de carbono sofre o processo de hibridização, onde orbitais s, com
dois elétrons e completo, e p se fundem para aumentar as possibilidades de ligação com o aumento do número de elétrons
desemparelhados já que um dos elétrons do subnível s se deslocará para o novo orbital formado. Por exemplo, para realizar
quatro ligações simples, fundem-se um orbital s com três orbitais p, originando quatro orbitais iguais sp3, cada um com um
elétron desemparelhado em seu orbital e passível de emparelhamento de elétrons (ligação).
Ao realizar ligações duplas e triplas, a quantidade de orbitais hibridizados é igual ao número de ligações σ realizadas
pelo átomo. As ligações π são realizadas entre orbitais p e não entre orbitais hibridizados.
Exemplo de hibridização sp2:
Repare que apenas pelo número de ligações π é possível inferir o tipo de hibridização do carbono.
Exemplos:
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CLASSIFICAÇÕES DO CARBONO
O carbono pode ser classificado de acordo com o nú-
mero de ligações que realiza com outros átomos de car-
bono. As classificações são realizadas da seguinte maneira: Por exemplo, o gás butano é um composto orgânico e
• Carbono primário: liga-se a um átomo de carbono só possui ligações covalentes entre carbonos e hidrogênios.
• Carbono secundário: liga-se a dois átomos de car- Visto que só possui ligações apolares, essa é uma molécula
bono apolar:
• Carbono terciário: liga-se a três átomos de carbono
• Carbono quaternário: se liga a quatro átomos de car-
bono
Exemplo:
ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE
• Solubilidade:
COMPOSTOS ORGÂNICOS OXIGENADOS; Os compostos orgânicos seguem a regra do
FERMENTAÇÃO; ESTRUTURA E “semelhante dissolve semelhante”, ou seja, os compostos
PROPRIEDADES DE COMPOSTOS ORGÂNICOS polares dissolvem-se em outros compostos orgânicos
NITROGENADOS;MACROMOLÉCULAS; polares, enquanto os apolares dissolvem-se nos apolares.
NATURAIS E SINTÉTICAS Por exemplo, a graxa é apolar e dissolve-se na gasolina,
que também é apolar. É por isso que não conseguimos
limpar a mão suja de graxa com água, que é um solvente
Os compostos orgânicos são aqueles que possuem polar. Além disso, é em virtude desse fato que a gasolina
como elemento principal o carbono. Além do carbono, os também não se mistura com a água.
principais elementos que também aparecem na maioria das
moléculas orgânicas são hidrogênio, oxigênio, nitrogênio,
halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo) e enxofre.
A existência ou não desses elementos nas moléculas,
o tipo de ligações que eles realizam e o arranjo espacial
das moléculas (geometria molecular) ajudam a determinar
algumas das propriedades físicas e químicas gerais dos
compostos orgânicos. Veja algumas delas:
• Polaridade:
Sempre que o carbono estiver ligado a um átomo de
hidrogênio ou a outro carbono, a ligação será apolar, pois Mãos sujas de graxa e gasolina em estrada não se
não há diferença de eletronegatividade, isto é, o par de misturando com a água
elétrons compartilhado fica equidistante dos dois átomos
e não é atraído com maior intensidade por nenhum deles.
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• Forças intermoleculares:
As forças intermoleculares existentes nos compostos orgânicos são fracas em comparação às forças dos compostos
inorgânicos.
A força intermolecular mais intensa é a ligação de hidrogênio, seguida da força de dipolo permanente, e a mais fraca
é a de dipolo induzido. Assim, quando comparamos os compostos orgânicos entre si, os que possuem o grupo OH, tais
como os álcoois e os ácidos carboxílicos, realizam ligações de hidrogênio e, por isso, possuem as interações mais fortes
entre suas moléculas.
• Estados físicos:
Em virtude dessa baixa intensidade das interações intermoleculares, existem compostos orgânicos nos três estados
físicos em temperatura ambiente. Abaixo temos exemplos de três compostos orgânicos que estão em estados físicos
distintos:
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Polímeros artificiais:
Plásticos:
Isopor (poliestireno): polímero de adição do estireno /
vinil-benzeno (insuflado com ar). Isolante térmico. Quando
não expandido é utilizado na fabricação de pratos, copos.
PVC (cloreto de polivinila): polímero de adição do cloreto
de vinila / cloro-eteno. Isolante térmico e material usado em
Os combustíveis usados nos automóveis são todos
estofamentos.
compostos orgânicos
Teflon: polímero de adição do tetraflúor-eteno. Material
usado em revestimento de utensílios domésticos.
Entretanto, existem algumas exceções, tais como o
Plásticos:
clorofórmio e o acetato de sódio, que não são compostos
Poliisobutileno: polímero de adição do isobutileno
combustíveis. (metil-propeno ou isobuteno). Empregado na fabricação de
câmaras de ar.
Buna-N: copolímero do acrilonitrila(o) e butadieno-1,3
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE POLÍMEROS; (eritreno). Empregado na fabricação de pneus.
AMIDO, GLICOGÊNIO E CELULOSE; BORRACHA Fibras:
NATURAL E SINTÉTICA; POLIETILENO, Poliéster: copolímero de ácidos dicarboxílicos.
Empregado na fabricação de tecidos.
POLIESTIRENO, PVC, TEFLON, NÁILON; ÓLEOS
Nylon: copolímero de diaminas com ácidos dicarboxílicos.
E GORDURAS, SABÕES E DETERGENTES Empregado na fabricação.
SINTÉTICOS; PROTEÍNAS E ENZIMAS. Dacron: polímero de condensação entre éster de ácido
orgânico com poliálcool do tipo glicol. Empregado na
fabricação de velas de embarcações.
Pode-se chamar de polímeros as macromoléculas em
que há uma unidade que se repete, chamada monômero. 3. Quanto às aplicações industriais:
O nome vem do grego: poli = muitos + meros = partes, a) elastômeros: possuem propriedades elásticas.
ou seja, muitas partes. A reação que forma os polímeros é Ex.: borrachas (naturais ou sintéticas).
chamada de polimerização. b) plásticos: são sólidos mais ou menos rígidos.
Ex.: PVC, poliuretano, polietileno.
Classificação dos Polímeros c) fibras: quando se prestam à fabricação de fios.
Ex.: nylon, poliéster.
1) Quanto à ocorrência: OBS.: Os plásticos que sofrem fusão sem decomposição,
a) polímeros naturais (os que existem na natureza). são chamados de termoplásticos, isto é, podem ser
Ex.: proteína, celulose, amido, borracha. remoldados sucessivamente. Ex.: poletileno.
b) polímeros artificiais (obtidos em laboratório). Os plásticos que sofrem decomposição por aquecimento,
Ex.: polietileno, isopor (poliestireno insuflado com ar antes que ocorra a fusão, são chamados de termoestáveis
quente). (termofixos), isto é, não podem ser remoldados.
Ex.: epóxidos.
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CARVÃO
ENERGIAS QUÍMICAS NO COTIDIANO:
PETRÓLEO, GÁS NATURAL E CARVÃO;
MADEIRA E HULHA; BIOMASSA;
BIOCOMBUSTÍVEIS; IMPACTOS AMBIENTAIS DE
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
PETRÓLEO
Refinaria de Petróleo
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restos sofreram, dentre todas as alterações, as alterações Os Biocombustíveis são fontes de energia conside-
do calor e resultaram no petróleo por conta da decompo- radas alternativas, por serem de caráter renovável e apre-
sição. A utilização do petróleo como fonte de energia se sentarem baixos índices de emissão de poluentes para a
iniciou na década de 60, com extração feita principalmente atmosfera. Em geral, essas fontes de energia costumam
no hemisfério sul. Hoje em dia, o petróleo é utilizado como ser produzidas a partir de produtos agrícolas ou vegetais,
combustível para automóveis (convertidos em gasolina e como a cana-de-açúcar, o milho, a mamona, entre outras
óleo diesel), navios e até mesmo aviões, como também ser- matérias-primas.
ve de matéria-prima para alguns produtos (plásticos, teci- Os principais tipos de biocombustíveis atualmente uti-
dos e fertilizantes). O petróleo é uma fonte de energia não lizados são o etanol e o biodiesel. Costumam ser utilizados
renovável, sendo as reposição ao ambiente natural ocorre tanto para a locomoção de veículos quanto para a geração
muito lentamente; por este motivo a procura pelo petróleo de energia (através de geradores, por exemplo).
seja tão grande e tão acirrada em todo o mundo. Etanol
Pesquisas relacionadas ao uso de Álcool (etanol) ocor-
GÁS NATURAL rem desde meados do século XX, no entanto a sua pro-
dução iniciou-se de maneira decisiva a partir da década
de 1970, com a chamada Crise do Petróleo. Com isso, o
mundo passou a buscar por outras fontes de energia que
fizessem uma alternativa à extrema dependência dos com-
bustíveis fósseis.
No Brasil, durante esse período, foi elaborado o Pro-
grama Nacional do Álcool (Proálcool) para reduzir os pre-
juízos econômicos causados pelo alto preço do barril de
Petróleo no mercado internacional. Apesar do relativo
sucesso, o novo combustível sofria críticas sobre a baixa
eficiência, sobretudo dos automóveis, na utilização dos
produtos. Além disso, a tecnologia automotiva existente na
época não era capaz de lidar com o etanol sem causar da-
nos corrosivos aos motores, carburadores e demais peças
dos veículos que o utilizavam.
O gás natural (um hidrocarboneto) é altamente infla- A partir do início da década de 2000, os projetos de
mável, encontrado juntamente ao petróleo em reservató- pesquisa sobre a produção de etanol foram novamente
rios subterrâneos. Este gás é mais leve do que o ar, comple- intensificados. Os avanços tecnológicos que permitiram
tamente translúcido e sem nenhum odor, tendo que passar a criação dos motores flex,que aceitavam tanto o álcool
por um procedimento para que ganhe um cheiro carac- quanto gasolina, contribuíram para a consolidação da pro-
terístico e fácil de localizar. A constituição do gás natural dução do álcool no país. Assim, o consumo de etanol, pela
é, em sua maioria, de gás metano. O gás natural é menos primeira vez, ultrapassou o de petróleo e tornou o Brasil
poluente do que o carvão e o petróleo, porém sua utiliza- um dos líderes mundiais de produção e exportação do pro-
ção também deve ser supervisionada. Este tipo de gás é duto.
formado por conta da decomposição de materiais orgâ- A fabricação desse combustível acontece, principal-
nicos há milhares de anos atrás, que ficaram armazenados mente, a partir da cana-de-açúcar. Tal escolha deve-se,
nas rochas mais antigas, onde atuam os microrganismos principalmente, à viabilidade do seu plantio, além de aten-
de maneira anaeróbica. O Brasil produz o gás natural forte- der a interesses econômicos dos grandes produtores na-
mente, que é transportado por meio de gasodutos. O gás cionais. Apesar disso, o Brasil também é um dos líderes
natural é uma fonte de energia para nossas casas, fábricas, em pesquisas de fontes alternativas de produção de álcool
eletricidade em geral, como também em automóveis em como forma de combustível.
sua versão liquefeita e comprimida. Biodiesel
Enquanto o etanol é utilizado para veículos e equipa-
Biomassa é qualquer matéria vegetal usada mentos de motores leves, o Biodiesel é um biocombustível
diretamente como combustível ou convertida em utilizado para caminhões e ônibus. Sua produção e consu-
outras formas antes da queima. São exemplos de mo no Brasil avançaram com a criação do Plano Nacional
biomassa: de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), no ano de 2004.
-- os resíduos de origem vegetal, como a madeira e Além do Brasil, outras potências mundiais na produção
plantações (utilizadas na produção de energia); dessa fonte de energia são: Alemanha e Estados Unidos,
- os materiais ou resíduos de origem animal; seguidos por Argentina, França, Japão e alguns outros paí-
-- as lixívias de sulfito ou licor negro (um licor alcalino ses.
dos biodigestores para a produção de sulfato de sódio ou A sua fabricação ocorre a partir da transformação de
de pasta durante a fabricação do papel), entre outros tipos óleos vegetais e gorduras, sendo considerado, assim, uma
de biomassa sólida. fonte de energia renovável e com baixos índices de polui-
ção.
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Assim como o etanol visa à substituição da gasolina, Impactos ambientais causados pelo uso de combus-
o biodiesel é utilizado para substituir o diesel comum que é tíveis fósseis
produzido a partir do petróleo. Com isso, o biodiesel foi incor- • A poluição ambiental é uma das grandes desvan-
porado ao diesel a partir de 2004, até que, em 2008, tornou-se tagens do uso de combustíveis fósseis. O dióxido de car-
obrigatória a sua inclusão ao diesel na proporção de 2%, que bono, gás liberado durante a queima desse tipo de com-
passou para 5% a partir de 2010. bustível é o principal responsável pelo aquecimento global.
• O dióxido de enxofre, um dos poluentes libe-
Críticas aos biocombustíveis rados também na combustão de combustíveis fósseis é a
Apesar de serem adotados, principalmente, para resolver causa principal da chuva ácida. Esse fenômeno pode levar
questões de caráter econômico, os biocombustíveis também à destruição monumentos feitos de alvenaria ou mármore
são considerados importantes alternativas ecológicas para e culturas agrícolas.
combater a emissão dos gases responsáveis pelo efeito estu- • A poluição originada a partir de automóveis (que
fa, principalmente o CO2. No caso do etanol, por exemplo, as utilizam combustíveis fósseis) e usinas de carvão pode
estimativas apontam que todo o Dióxido de Carbono produ- causar sérios riscos à saúde. As doenças relacionadas à po-
zido em sua queima é absorvido durante a produção de suas luição variam de leve a grave e podem afetar significativa-
matérias-primas, o que contribuiria para a redução dos efeitos mente a qualidade de vida. A poluição do ar pode resultar
negativos dessa substância na atmosfera. em asma, doença pulmonar obstrutiva crônica ecâncer
No entanto, existem aqueles que advogam a ideia de que de pulmão. A exposição prolongada pode aumentar as in-
os biocombustíveis não sejam uma fonte de energia tão limpa fecções respiratórias na população em geral. As crianças
como muitos imaginam. e os idosos são mais vulneráveis a partículas finas e outras
Em primeiro lugar, cientistas apontam que, apesar de substâncias tóxicas no ar.
conter a emissão de CO2 na atmosfera, os biocombustíveis • Os combustíveis fósseis costumam ser transpor-
estariam relacionados com a emissão de outros tipos de ga- tados para o local desejado por meio de navios. É comum
ses poluentes, como dióxido de enxofre (SO2), Nitrogênio (N2), ouvir falar sobre vazamentos em petroleiros ou navios car-
Fósforo (P4), entre outros. A consequência seria a ocorrência regados de óleo cru para ser refinado. A consequência dis-
de alguns danos ambientais, com destaque para o aumento
so é que o petróleo contém algumas substâncias tóxicas
das chuvas ácidas.
que, quando misturadas com água, causam sérios impac-
Outra crítica comumente direcionada aos biocombustí-
tos à vida aquática.
veis refere-se à produção de suas matérias-primas. A exemplo
do que acontece no Brasil, grandes áreas de cultivo são desti-
nadas para a produção de cana-de-açúcar, o que pode trazer
danos ambientais e econômicos. No que tange aos proble-
mas ambientais, há o desmatamento de grandes faixas flores-
tais para a agricultura dessa matéria-prima. Já no plano eco-
nômico, muitos produtores direcionam o cultivo para atender
a produção do etanol e deixam de cultivar outros produtos,
encarecendo-os.
Além disso, os críticos afirmam que a produção de ca-
na-de-açúcar no país é geralmente realizada por grandes la-
tifundiários, o que contribui para o aumento do processo de
concentração fundiária.
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09. (PETROBRÁS - TÉCNICO DE OPERAÇÕES JU- Este valor seria liberado se a eficiência fosse de 100%.
NIOR – CESGRANRIO/2013). Um combustível é consti- Mas, conforme o enunciado a eficiência foi de 90%. Logo
tuído exclusivamente de etanol com densidade 0,80g/ teremos:
mL e massa molar 32g/mol. Abaixo está representada a 280.000 KJ -------------- 100%
reação de combustão do etanol: Y ------------------------------90%
C2H6O + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O Y = 252.000 KJ
Na combustão completa de 1,0L de etanol, no esta-
do gasoso, a quantidade de energia liberada, em KJ, é RESPOSTA: “B”.
aproximadamente, igual a
(A) 19.000 11. (PETROBRÁS - TÉCNICO(A) QUÍMICO(A) DE PE-
(B) 17.000 TRÓLEO JÚNIOR - CESGRANRIO/2011). O trióxido de
(C) 15.000 enxofre (SO3) pode ser removido da atmosfera pelo óxi-
(D) 13.000 do de cálcio (CaO) em uma reação exotérmica, à pres-
(E) 11.000 são constante, conforme mostrado a seguir.
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13. (UNIPAMPA - TÉCNICO DE LABORATÓRIO – Ignorando este erro lamentável por parte da banca, va-
CESPE/2013). O rompimento de uma ligação química mos fazer o cálculo.
poderá ocorrer por meio de um processo endotérmico Calor de formação se refere à energia para formar UM
ou exotérmico. mol da espécie química.
Observamos que na reação acima formam 2 mol do
O rompimento de ligação química depende do forne- composto com liberação de 190,8Kcal. Basta fazer uma re-
cimento de energia para romper tais interações. Portanto, gra de três:
sempre será um processo exclusivamente endotérmico. 2mol de PCl5 ---------- -190,8 Kcal
Resposta: “ERRADO”. 1mol de PCl5 ---------------------X
X= -95,4 Kcal
14. (PCSP - PERITO CRIMINAL– VUNESP/2014).
Considere o seguinte diagrama de entalpia: RESPOSTA: “D”.
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H-Cl = 2x 431= 862kJ Como se deseja calcular a massa de metano que sofre
TOTAL= 1830kJ combustão incompleta, mas que libere a mesma energia
Como esta energia é decorrente da formação de liga- por combustão completa, devemos igualar as energias li-
ções ela será liberada (processo exotérmico). ∆H= - 1830kJ. beradas. Então, teremos:
Observa-se que a energia liberada é maior. Então, o 1mol CH4 ------------408,5kJ
processo, neste caso, será exotérmico ( já descarte 3 alter- 16g---------------------408,5kJ
nativas com valores positivos). Y-----------------------401.000kJ
Calculando: Y= 15.706g = 15,7 kg
∆Hf= ∆Hquebra + ∆Hformação
∆Hf= 1806 + (-1830) RESPOSTA: “D”.
∆Hf= -24 kJ
18. (IFE/MG - PROFESSOR DE QUÍMICA - IFE/
MG/2013). Considere as seguintes semi-reações a 25°C:
RESPOSTA: “B”.
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