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GESTE – PROMEC - UFRGS FELIPE ROMAN CENTENO

Navier Stokes

1. Defina análise Euleriana e Lagrangeana, e estabeleça a equação para a aceleração de uma partícula fluida.

Análise Euleriana: sob as hipótese do contínuo as propriedades do fluido (ρ, T, V, etc) podem ser consideradas como
funções contínuas da posição e do tempo, e serem representadas por meio de campos: ρ= ρ(x,y,z,t), T=T(x,y,z,t),
V=V(x,y,z,t). Assim, a partir de coordenadas fixas, podemos exprimir as propriedades do fludo em qualquer instante.
Descreve-se, portanto, a evolução da propriedade no tempo em todos os pontos do escoamento relativos a um sistema de
coordenada fixo.

Análise Lagrangeana: considera-se o fluido como um conjunto de partículas que podem se “marcadas” e seguidas ao
longo do escoamento. Assim, para estudar “cada” partícula no escoamento deve-se segui-la, isto é, x, y, e z na expressão
de V=V(x,y,z,t) não devem ser fixos, mas sim variar continuamente, de forma a localizar sempre “cada” partícula. As
coordenadas espaciais devem ser consideradas funções do tempo, temdo valores pré-determinados x0, y0 e z0, no instante
t0. Por exemplo, a velocidade de qualquer partícula fluida, originalmente na posição x0, y0 e z0 no instante t0, pode ser
expressa da forma: u=u(x(t),y(t),z(t),t), v=v(x(t),y(t),z(t),t), w=w(x(t),y(t),z(t),t).

Aceleração de uma partícula fluida:


r r r r r
DV r ∂V ∂V ∂V ∂V
= ap = u +v +w +
Dt ∂x ∂y ∂z ∂t
As três equações escalares, nas três direções das coordenadas cartesianas são:

r ∂u ∂u ∂u ∂u
ax p = u +v +w +
∂x ∂y ∂z ∂t

r ∂v ∂v ∂v ∂v
ay p = u + v + w +
∂x ∂y ∂z ∂t

r ∂w ∂w ∂w ∂w
az p = u +v +w +
∂x ∂y ∂z ∂t

2. Escreva as equações de Navier-Stokes para um escoamento incompressível indicando o que significa cada um de
seus termos.

} 1

 ∂Vr 6 r78r  r
2
r
ρ ( )
+ V∇ V  = {
∂t4243  4 {
F −∇ p + ν
1 ∇
2
2
3 V
 1  5 6
 3 
1: aceleração local
2: aceleração convectiva
3: aceleração total
4: forças de campo
5: forças de pressão
6: forças de atrito (difusão da qtde. de movim.)

3. Explique o que Escoamento Potencial e escreva suas equações de balanço. Qual a principal simplificação que leva a
este escoamento?

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O escoamento potencial é aquele onde as forças viscosas são nulas. Assim a ENS torna-se:
r r r
( )
ρ V∇ V = F − ∇p
Conhecida como a Eq. de Euler. Tal simplificação torna a análise matematicamente mais simples, porém este é um
caso ideal, pois para fluidos reais existem as forças de atrito. Logo, a principal simplificação que leva a este escoamento é
a consideração que µ=0.
Características do escoamento potencial:
- Bidimensional
- Incompressível
- Permanente
- Irrotacional:
r 1 r
Ω = rotV = 0
2 r 1  ∂v ∂u  r
Ω =  − k = 0 como é 2-D, então:
2  ∂x ∂y 
∂v ∂u
então o Critério de Irrotacionalidade fica: =
∂x ∂y
Equações do escoamento potencial:
- Função de corrente: ψ r ∂φ r ∂φ r
- Potencial de velocidade: φ, tal que: V = − gradφ = − i− j
∂φ ∂ψ ∂x ∂y
- Assim: u=− =−
∂x ∂y
∂φ ∂ψ
v=− =
∂y ∂x
∂u ∂v
- Eq. da continuidade: + =0
∂x ∂y

Verificação de satisfação do critério de irrotacionalidade e da eq. da continuidade:

∂ 2ψ ∂ 2ψ
− + =0 ψ satisfaz a eq. da continuidade automaticamente
∂x∂y ∂y∂x

∂ 2ψ ∂ 2ψ ψ satisfaz o critério de irrotacionalidade somente se


+ =0 ∇ 2ψ = 0
∂2x ∂2 y
∂ 2φ ∂ 2φ φ satisfaz o critério de irrotacionalidade automaticamente.
− + =0
∂x∂y ∂y∂x

∂ 2φ ∂ 2φ
− 2 − 2 =0 φ satisfaz a eq. da continuidade somente se ∇ 2φ = 0
∂ x ∂ y
Condições de Contorno para escoamento potencial:
- no contorno da superfície:
 ∂φ   ∂ψ 
  =0   =0
 ∂n  cont  ∂s  cont

- no infinito:  ∂φ   ∂ψ 
−  =U∞  −  =U∞
 ∂x  x, y =∞  ∂y  x, y = ∞
Estas condições de contorno na superfície saem dos seguintes argumentos: o fluido desliza sobre o corpo (vθ ≠0), todo
contorno é uma linha de corrente (Ψ=0), condição de impermeabilidade (vr=0).

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4. Explique com suas próprias palavras o que é camada limite, e quais as hipóteses feitas por Prandtl para simplificar
as Equações de Navier-Stokes?

Camada-limite é uma camada muito fina na vizinhança imediata da parede sólida, na qual o gradiente de velocidade
normal a parede, ju/jy, é muito grande. Devido às forças de atrito existentes dentro da CL, o fluido adere à parede
(condição de não-escorregamento) ocorrendo um retardo no escoamento, assim, a velocidade u, dentro da CL, varia de 0,
na parede, até 0,99U∞. Nesta região, a viscosidade dinâmica, µ, do fluido exerce uma influência essencial na tensão de
cisalhamento, t, onde tw= µ(ju/jy)w, assumindo valores grandes. È importante lembrar que fora da CL tem forças
viscocsas, sendo a viscosidade nula.
Prandtl, a fim de simplificar as ENS, fes um estudo de ordens de grandeza dos temros daquelas equações.
Primeiramente considerou:
δ << L , δ ~ ν , L = O[1]
A partir daí, concluiu que as ENS na direção x são de ordem O[1] e na direção de y de ordem O[δ], podendo a última
ser negligenciada. Ainda, no termo de forças viscosas, concluiu:
1  ∂ 2u ∂ 2u   1 
 2 + 2  ≈ O[δ 2 ] O[1] + O  2  
Re  ∂x ∂y   δ  
assim o termo
∂ 2u ∂ 2u  1 
2
<< 2
≈ O[1] << O  2 
∂x ∂y δ 
podendo negligenciar o termo
∂ 2u
∂x 2
Assim as ENS’s simplificadas por Prandtl se tornaram:

∂u ∂u ∂u 1 ∂p ∂ 2u
+u +v =− +ν 2
∂t ∂x ∂y ρ ∂x ∂y
O gradiente de pressão da equação acima é imposto pela camada exterior à camada limite, sendo assim, ele é
calculado pela equação de Euler:
∂U ∂U 1 ∂p
+U =−
∂t ∂x ρ ∂x
5. O que é separação e quando ela acontece? Cite um exemplo de como evitá-la.

Quando uma região com gradiente de pressão adversa existe ao longo da parede, as partículas de fluido desacelerado
não podem, em geral, penetrar muito longo para dentro da região de aumento de pressão, devido a sua baixa energia
cinética. Então a CL é defletida para longe da parede, separando-se dela e aumentando bastante a espessura da CL, e
movendo-se em direção ao escoamento principal. Em geral, após o ponto de separação, as partículas de fluido próximas
da parede seguem o gradiente de pressão, e se movem na direção oposta á corrente exterior, formando assim um ponto de
inflexão no perfil de velocidades dentro da CL. Portanto, a separação acontece somente na presença de um gradiente de
pressão adversa. Devido a separação, ao arrasto viscoso deve ser somado o arrasto de pressão (de forma). Para placa plana
com ângulo de ataque nulo não ocorre separação, pois dp/dx=0. Ainda, dentro da CL a vorticidade é não-nula, ou seja, os
elementos de fluidos sofrem rotação, sendo que fora da CL a vorticidade é nula (escoamento potencial irrotacional).
Para evitar a separação podemos:
- alterar a forma do corpo, fazendo com que o gradiente de pressão adversa fique mais suave.
- Sucção/sopramento da CL.
- Utilização de Arame de Tropeço (Tripping Wire): cria um ponto de inflexão no perfil de velocidade e desestabiliza o
escoamento, tornando-o turbulento, o que aumenta a energia cinética (qtde. de movimento) das partículas de fluido,
com isso o escoamento penetra mais no gradiente de pressão adversa, retardando ou até anulando a separação.

Def. 2: Devido às grandes forças de atrito dentro da CL, uma partícula de fluido consome muito de sua energia
cinética, que o que sobra é insuficiente para suportar o gradiente de pressão adversa,. Como ela não pode mover-se longe
dentro da região de aumento de pressão, o seu movimento é estancado, e então devido a este graidente de pressão adversa,
ela se move da direção reversa. O ponto de separação é definido onde:
 ∂u 
  = 0
 ∂y  w

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Após a separação o escoamento principal se afasta consideravelmente do contorno. A separação só occore na


presença de um gradiente de pressão adversa, e o perfil de velocidades terá um ponto de inflexão.

6. O que são tensões deviatórias e como elas surgem? Indique o seu valor para o caso de um escoamento irrotacional!

Tensões deviatórias (s’) são tensões normais que surgem devido ao movimento do fluido. Tais tensões se somam à
pressão termodinâmica (-p) para formar as tensões normais constituintes do tensor tensão, logo:

σ x τ xy τ xz  − p 0 0  σ x' τ xy τ xz 
   
T = τ yx σ y τ yz  =  0 − p 0  = τ yx σ y' τ yz 
τ zx
 τ zy σ z   0 0 − p  τ zx τ zy σ z' 

Assim: σ x = − p + σ x'
σ y = − p + σ y'
σ z = − p + σ z'
onde:
∂u 2 v
σ x' = 2µ − µdivV
∂x 3
∂v 2 v
σ y' = 2µ − µdivV
∂y 3
∂w 2 v
σ z' = 2µ − µdivV
∂z 3
Para escoamentos irrotacionais, as tensões deviatórias são nulas, assim: sx=-p.

7. Qual a relação existente entre linhas de corrente e função de corrente?

Uma linha de corrente é o lugar geométrico dos pontos correspondentes a um valor constante da função de corrente
(Ψ=cte). Como as linhas de corrente descrevem a trajetória das partículas fluidas, então os vetores de velocidade ao longo
de uma linha de corrente, ou seja, uma linha com Ψ=cte, serão tangentes a ela.

8. Compare a condição de contorno junto a um corpo no escoamento potencial e no escoamento de um fluido real.

No escoamento potencial: como o escoamento é sem atrito, então o fluido desliza sobre o corpo, logo vt ≠0, além disso,
todo contorno é uma linha de corrente (Ψ=0), e ainda tem a condição de impermeabilidade (vn=0).

- no contorno da superfície:
 ∂φ   ∂ψ 
  =0   =0
 ∂n  cont  ∂s  cont
- no infinito:  ∂φ   ∂ψ 
−  =U∞  −  =U∞
 ∂x  x, y = ∞  ∂y  x, y = ∞
No escoamento real: neste escoamento existem as forças viscosas, por isso, existe a condição de não-deslizamento, logo
vt= vn =0, na superfície. Assim:
- no contorno da superfície: vt= vn =0
- no infinito: u=U∞

Obs.: para uma placa plana, vt=u e vn =v.

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9. O que estabelece o critério do ponto de inflexão para um perfil laminar de velocidade? Discuta sucintamente.

Da ENS simplificada por Prandtl, com as condições de contorno u=v=0 em y=0, temos:

dp ∂ 2u
=µ 2
dx ∂y
Para escoamentos com pressão decrescente (dp/dx<0) nós temos (j2u/jy2)w<0, e ainda j2u/jy2<0 sobre toda
espessura da CL. Na região de aumento de pressão (dp/dx>0) encontramos (j2u/jy2)w>0, porém, para uma grande
distância da parede ainda se tem j2u/jy2<0, assim deverá existir um ponto de inflexão no perfil de velocidades na CL.
Devido a este ponto de inflexão no perfil de velocidades, haverá um retardo na região de escoamento potencial.

10. Escreva as equações e o significado físico dos principais grupos adimensionais.

- Número de Reynolds: relação entre a força de inércia e a força de atrito.

ρV 2
Re = L = ρVL
µV µ
L2
- Número de Froude: relação entre as forças de inércia e a gravidade.
V2
Fr =
Lg
- Número de Mach: relação da raíz quadrada da força de inércia para a raíz quadrada da força representativa da
compressibilidade do fluido.
V
M=
c
- Número de Weber: relação da força de inércia para a força de tensão superficial.

ρV 2 L
W=
σ
- Número de Euler: relação entre as forças de pressão e de inércia. Na prática, o coeficiente de pressão p/(½ρV2) é
usado, que é igual ao dobro do número de Euler.
p
Eu =
ρV 2
- Número de Strouhal:
fD
St =
U

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11. Prove que o tensor de tensões é simétrico.


σ x τ xy 
 
τ σ y 
 yx
Considere o elemento infinitesimal da figura abaixo:

Fazendo o somatório de momentos em relação ao eixo y, obtemos

Como o o lado esquerdo é muito pequeno em relação ao lado direito, temos

Analogamente,

12. Desenvolver o princípio de similaridade via Equações de Navier-Stokes para as componentes do tensor das tensões.
 ∂u ∂u ∂u  ∂p  ∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u 
ρ  u + v + w  = − + µ  2 + 2 + 2 
 ∂x ∂y ∂z  ∂x  ∂x ∂y ∂z 
Fazendo:

u v w p x y z
u′ = v′ = w′ = p′ = x′ = y′ = z′ =
V V V ρV 2 L L L
Substituindo na ENS, obtemos a ENS adimensional:

V2 ∂u ′ ∂u ′ ∂u ′  V 2 ∂p ′ V 2  ∂ 2u′ ∂ 2u′ ∂ 2u′ 


ρ  u ′ + v′ + w′  = − ρ +µ  + + 
L  ∂x ′ ∂y ′ ∂z ′  L ∂x ′ L  ∂x ′ 2 ∂y ′ 2 ∂z ′ 2 
∂u ′ ∂u ′ ∂u ′ ∂p ′ µ  ∂ 2u′ ∂ 2u′ ∂ 2u′ 
u′ + v′ + w′ =− +  + + 
∂x ′ ∂y ′ ∂z ′ ∂x ′ ρVL  ∂x ′ 2 ∂y ′ 2 ∂z ′ 2 
Como
ρVL
Re =
µ
Então:
∂u ′ ∂u ′ ∂u ′ ∂p ′ 1  ∂ 2 u ′ ∂ 2 u ′ ∂ 2 u ′ 
u′ + v′ + w′ =− +  + + 
∂x ′ ∂y ′ ∂z ′ ∂x ′ Re  ∂x ′ 2 ∂y ′ 2 ∂z ′ 2 
Analogamente, pode-se chegar na ENS adimensional para as direções y e z.

Assim, dois escoamentos serão dinamicamente semelhantes se eles tiverem a mesma solução das ENS
adimensionais, ou seja, mesmo Re.

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13. Sendo u, v, e w os componentes da velocidade no ponto A, determine a velocidade em um ponto B, em relação a A.


Escreva a matriz das derivadas parciais do campo de velocidades. Faça um desenho ilustrativo.

Se a velocidade no ponto A é dada por u, v e w, então no ponto B será dada pela expansão de 1ª ordem da séria de
Taylor:

u + du = u +
∂u
dx +
∂u
dy +
∂u
dz  ∂u ∂u ∂u 
∂x ∂y ∂z  ∂x ∂y ∂z 

∂v ∂v ∂v  ∂v ∂v ∂v 
v + dv = v + dx + dy + dz  ∂x
∂x ∂y ∂z ∂y ∂z 
 ∂w ∂w ∂w 
∂w ∂w ∂w  
w + dw = w + dx + dy + dz  ∂x ∂y ∂z 
∂x ∂y ∂z

14. Enunciado da Lei de Conservação de Massa.


r
∫ ρVdA + ∫ ρdV = 0
SC VC

Taxa líquida de Taxa de variação


fluxo de massa + de massa dentro =0
para fora da SC do VC

 ∂ρu ∂ρv ∂ρw   ∂ρ 


 + + dx.dy.dz +  dx.dy.dz = 0
 ∂x ∂y ∂z   ∂t 
∂ρu ∂ρv ∂ρw ∂ρ
+ + + =0
∂x ∂y ∂z ∂t
r ∂ρ
divρV + =0
∂t
r r ∂ρ
ρdivV + Vgradρ + =0
∂t
r 1r ∂ρ 
divV = − Vgradρ + 
ρ ∂t 
r 1 Dρ
divV = −
ρ Dt
r
Para escoamento compressível permanente: divρV = 0
r
Para escoamento incompressível (permanente ou transiente): divV = 0

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15. Comente a ENS interpretada como Equação de Transporte de Vorticidade.


r
A ENS é:  ∂V r r  r
ρ  + V∇V  = −∇p + µ∇ 2V
 ∂t 
Aplicando o operador rotacional (VX) em ambos os lados da eq. acima, obtemos:
r
DΩ r r r
= −ΩgradV +ν∇ 2 Ω
Para escoamentos 2-D:
Dt
r
DΩ r
= ν∇ 2 Ω
Dt
Esta equação afirma que a variação substantiva de vorticidade, a qual consiste nos termos local e convectivo, é igual
a taxa de dissipação de vorticidade através do atrito.

Para o caso limite onde as forças viscosas são muito elevadas em relação as forças de inércia, ou seja, Re0, a
equação do transporte de vorticidade fica: 2
r
∇ Ω=0
Para o outro caso limite, Re∞, este tipo de simplificação não pode ser feita, pois acabaria que a equação resultante
não obedeceria às condições de contorno.

16. Simplificações que podem ser utilizadas nas soluções das ENS.

Para coordenadas retangulares:

(1) escoamento permanente: j/jt=0


(2) placa infinita na direção x: j/jx=0
(3) placa infinita na direção z: j/jz=0
(4) escoamento plenamente desenvolvido: ju/jx=0
(5) sem forças de campo: X=Y=Z=0
(6) escoamento unidirecional (p. ex., na direção x): v=w=0

Para coordenadas cilíndricas:

(1) escoamento permanente: j/jt=0


(2) escoamento plenamente desenvolvido na direção z: j vz /jz=0
(3) sem forças de campo: Fr= Fθ= Fz =0
(4) escoamento unidirecional (p. ex., na direção z): vr= vθ=0
(5) escoamento bidirecional (p. ex., nas direções θ e z): vr=0
(6) simetria axial: j/jθ=0
(7) velocidade angular constante (ω=cte): j vθ /jt=0

17. Condições de contorno que podem ser utilizadas nas soluções das ENS.

Para coordenadas retangulares:

u=umax onde ju/jy=0 (para placas planas) e ainda ju/jz=0 (para análise 3-D, p.ex, dutos quadrados.)
u=v=0 em paredes paradas
u=V0 em paredes com velocidade V0
u=U∞ para bem longe da placa (y=∞) – placa parada e fluido em movimento
u=0,01U∞ ou u=0 para bem longe da placa (y=∞) – placa em movimento e fluido parado

Para coordenadas cilíndricas:


vz vz max onde j vz /jr=0
vz=0 para tubo parado
vθ=ωr na parede de um duto girando à velocidade ω

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18. Equações gerais.

Atrito na parede / arrasto:

 ∂u  Corpo qualquer Placa plana Cilindro


τ w = µ  
 ∂y  y = 0 l l 2π
FD = b ∫ τ w cos(φ )ds FD = b ∫ τ w dx FD = ∫p sup cos(φ ) Rdθ
x =0 x =0 0

Placa plana: Cf local Cf total


τ w ( x) FD 1
c f ,x = cf = cf ≈
1 1
ρU ∞2 ρU ∞2 A Re
2 2

Equação de Darcy:

∂p ρV M2
− =λ
∂x 2 Dh
4A
Dh =
P
Velocidade média:

R h R2
1 1 1
VM =
πR 2 ∫v
0
z (r )2πrdr VM = ∫ u ( y )dy
h0
VM =
(
π R 2 − R12
2
)∫ R1
v z (r )2πrdr

Espessura de camada-limite:

Dentro da camada-limite, as forças inércia estão em equilíbrio com as forças viscosas, logo:

ρU 2 U µL νL δ 1
≈µ δ≈ = ≈
L δ 2
ρU U x Re x
Espessura de deslocamento da CL:

È a distância a deslocar o contorno para que todo o escoamento fosse imaginado sem atrito e a mesma vazão em
massa fosse mantida em qualquer seção.

U ∞ δ 1 = ∫ (U ∞ − u )dy
0

 u 
δ 1 = ∫ 1 − dy
0  U  ∞ 
δ1 1

x Re x
Espessura de quantidade de movimento da CL:

ρU ∞U ∞ δ 2 = ρ ∫ u (U ∞ − u )dy
0

u  u 
δ2 = ∫ 1 − dy
0
U∞  U∞ 
δ2 1

x Re x
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