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CURSO: INSTITUTO DAS CIENCIAS EXATAS NATURAIS

DISCIPLINA: PRÁTICA EDUCATIVA V


PROF: LORENÇO OCUNI CÁ

DISCENTE: LIZATÓRIA JOANICO FERNANDES


TURMA: 2012.2

UNILAB-PALMARES
2015
II. FREIRE, NEOLIBERALIMSO E EDUCAÇÃO.

1. CONHECER PAULO FREIRE.

Em todas as nações do mundo, há aqueles que a educação não é uma atividade


neutral, que está intimamente ligada a múltiplas relações de dominação e subordinação-
e, de um modo essencial, a luta para desconstruir e reconstruir essas relações. O
Neoliberalismo se impõe, e em seu bojo, apregoa o público como ineficaz. Direciona a
privatização como única alternativa para as mazelas sociais. Noções como público,
pesquisa, solidariedade e similares significam retrocesso, resultado de mentes
ultrapassadas e utópicas. A educação neste prisma adquire contornos de mercadoria e não
direito. Reforça a polarização da educação: de um lado se oferece um ensino de
“qualidade” e privado as classes privilegiadas, e de outro um ensino público como serviço
assistencial prestado pelo estado, estigmatizado pela má qualidade e fadado ao fracasso e
desemprego da maioria excluída.

Configura-se um desafio para os profissionais da educação, que devem ser


polivalentes, dominar as mais diversas ferramentas tecnológicas, serem competitivos,
dinâmicos, práticos.

Para dar conta da demanda docente, se aposta numa formação aligeirada dos
profissionais da educação. Desvincula-se a pesquisa e valoriza-se a prática. Os cursos de
formação docente, como Pedagogia se espalham dentro de uma visão mercadológica, de
modo a secundarizar o compromisso e qualidade com a educação. As avaliações dos
alunos, professores e instituições ficam subservientes aos ditames dos organismos
internacionais, como o Banco Mundial. Santos, por seu turno, colabora.

A política das estratégias de conversão de classe.

De facto, há pouco autores por quem respeito seja maior do que por Paulo Freire.
Dados que muitos outros escreveram ou irão revisões das suas ideias, que deseja mudar
o foco.
Actualmente, existe uma “indústria” de Freire. Foram escritos múltiplos livros
sobre o trabalho de Paulo Freire. Aparecem artigos sobre artigos, frequentemente não
dizendo mais do que antes. Isto não é necessariamente mau. Sem dúvida, o facto de terem
constante optado por utilizar o trabalho de Freire como alicerce do seu próprio trabalho
de um compromisso político por parte desses autores. Mas tem de ser honesto, uma vez
que o próprio Paulo Freire insista em falar a verdade. Preocupa-se muito esta “indústria
de freire”. Muita gente utilizou Freire enquanto escritor e pessoa como parte de estratégias
mobilidades sociais no meio acadêmico. As concepções de Paulo Freire me levam a
pensar que hoje o neoliberalismo é algo que nega a autonomia, na medida em que
promove uma crescente desigualdade social e, dessa forma, deixa a maioria das pessoas
e nações em condições econômicas de pobreza. Situações de pobreza e miséria limitam a
autonomia na medida em que restringem o poder de realizar. Ainda, a ideologia
neoliberal amacia a verdadeira realidade, promove modos de pensar massificados, o que
nega a liberdade de cada qual pensar por si mesmo, negando assim, a autonomia. Alguns
exemplos desse amaciamento ideológico: o desemprego que é considerado pelos
neoliberais uma desgraça da época, o pragmatismo pedagógico que treina em vez de
formar afirmando que os sonhos morreram e o importante é preparar para o mercado de
trabalho, etc.
2. EDUCAÇÃO E RESTAURAÇÃO CONSERVADA.

A educação é um local de luta e compromissos. O actual regresso da Direita na


educação e na sociedade em geral, aquilo que denomina a restauração conservada (apple,
1993, 1996ª) é resultado da luta travada pela direita para formar uma vasta aliança. O
triunfo desta nova aliança prepara-se em parte a sua crescente capacidade de vencer a
batalha contra o senso, ou seja, conseguiu de forma criativa reunir diferentes tendências
sociais e compromisso tendo-as organizado sob a sua liderança geral em questões
relativas ao bem-estar cultura, economia e educação.

Existem 4 elementos principais nesta aliança. Cada um tem a sua própria e


dinâmica relativamente autónoma, mas cada um foi também articulado com um momento
conservador em termos mais genéricos. Tais elementos incluem os neoliberais, os
servidores, os populistas autoritários e um sector particular da nova classe pendente.

A educação é uma resposta da finitude e da infinitude. A educação é possível para


o homem porque este é inacabado e sabe-se inacabado. Isto leva-o a sua perfeição. A
educação, portanto, implica uma busca realizada por um sujeito que é o homem. O homem
deve ser o sujeito de sua própria educação. Não pode ser o objeto dela. Por isso, ninguém
educa ninguém. Por outro lado, a busca deve ser algo e deve traduzir-se em ser mais: é
uma busca permanente de “si mesmo”. A educação tem caráter permanente. Não há seres
educados e não educados. Estamos todos nos educandos. Existem graus de educação, mas
estes não são absolutos. O homem, por ser inacabado, incompleto, não sabe de maneira
absoluta.

Neoliberalismo, educação e mercado

Os neoliberais são o elemento mais poderosos na restauração conservadora. São


guiados pela visão do estado fraco. Assim, o que é privado é necessariamente bom e o
que é público é necessariamente mau.

O discurso da globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua ética é a
ética do mercado e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar
bravamente se optamos, na verdade, por um mundo de gente" (idem, p. 144). Paulo Freire
identifica uma "ditadura do mercado" (ibid) que impõe uma ética do lucro, bem diversa
da ética universal defendida por ele. "A liberdade de comércio não pode estar acima da
liberdade do ser humano”. Para que tenhamos um homem autônomo, a liberdade e a
dignidade humana não podem ser desrespeitadas ou esquecidas em favor dos interesses
de grupos econômicos. Os neoliberais possuem um discurso pragmático que sugere a
simples adaptação, em vez da intervenção.

Os neoliberais defendem que fazendo do mercado o árbitro último da dignidade


social, será eliminada a política, e a respectiva a irracionalidade, das nossas decisões
sociais e educacionais. Eficiência e análise de custos-benefícios serão os motores da
transformação social e educacional. O neoliberalismo reduz o homem a um simples objeto
da técnica, em vez de autônomo transforma o ser humano em autômato. Deformados pela
a criticidade, não são capazes de ver o homem na sua totalidade, no seu quefazer-ação-
reflexão, que sempre se dá no mundo e sobre ele e a racionalidade fria e calculista da
civilização ocidental sobrepondo interesses egoístas e individualistas sobre os valores
humanos e o bem-estar comum.
3. A PEDAGOGIA POLÍTICA DE PAULO FREIRE.

Paulo Freire ensinou-lhes que a dominação, a agressão e a violência são


intrínsecas à vida social e humana. Paulo afirmou que poucos encontros humanos estão
isentos de uma certa opressão, qualquer que seja, uma vez que as pessoas, devido à raça,
classe social ou género sexual, tendem a ser vítimas ou causadoras de opressão. Ele
salientou que o racismo, o sexismo e a exploração social são as formas mais evidentes de
denominação e opressão, mas também reconheceu que a opressão pode ser gerada em
crença religiosas, filiações políticas e atitudes face à naturalidade, idade, tamanho e
deficiências físicas e intelectuais.

Na sua pedagogia política, Paulo freire afirmou que ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou sua construção. Numa
época dominada pela hegemonia de um discurso que se caracteriza pela negação do futuro
e pela cristalização de um presente terminal e excludente, Paulo Freire escolheu a
perspectiva pedagógica, certamente porque ela reafirma também, na sua essência, a
denúncia e o anúncio de um outro projeto de sociedade, no qual a realização coletiva de
todos não pode eliminar a realização de cada pessoa. Em outras palavras, as realizações
pessoais e coletivas se interpenetram e se complementam mutuamente. Uma não tem
sentido sem a outra, porque a absolutização do individualismo anula, tanto quanto a
absolutização do coletivo, a perspectiva humanista e, portanto, a possibilidade da
civilização. Com essas afirmações, seria ingenuidade não se lembrar de que, mesmo de
um modo geral, a Pedagogia tem prestado o serviço oposto, em benefício da reprodução
dos sistemas injustos e das exclusões sociais perpetradas ao longo dos séculos. Contudo,
é no espaço mesmo da Pedagogia “Bancária” que tem surgido, dialeticamente, a
Pedagogia Crítica.
A Pedagogia Crítica, além de se constituir numa razão e oferecer quadros à ação
transformadora, tem possibilitado momentos de felicidade pessoal e coletiva, porque é
uma aventura do espírito. Em outros termos, a Pedagogia carrega em si, potencialmente,
as dimensões epistemológica, política, ética e estética e, por isso mesmo, é um
permanente convite à planificação reclamada pela consciência da incompletude humana.
Paulo Freire, certamente, não propunha que se formulasse e se escrevesse
qualquer pedagogia, mas aquela que refletisse, criticamente, sobre as determinações
naturais e sociais e que carregasse consigo uma proposta de transformação, no sentido da
libertação de todos os homens e mulheres do mundo. Portanto, as “pedagogias” por ele
propostas inscrevem-se no universo da Crítica. Pedagogia como uma reflexão metódica
e sistemática sobre a ciência e a arte da educação. E consideraremos educação como
trabalho coletivo de criação histórico-cultural, ou seja, como ação conjunta humana de
transformação do mundo enfim, enquanto processo civilizatório. Os professores não
ensinam apenas conteúdos. Através da sua prática, também ensinam como pensar
criticamente. Se somos progressistas, então ensinar, para nós, não é depositar pacotes de
conteúdo na consciência vazia dos alunos. Freire estudou a organização da consciência
de classe dos oprimidos, focando os processos sociais.
4. EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO.

Segundo Freire, a construção da autonomia passa pela conscientização, ele propõe


a conscientização como um esforço de "conhecimento crítico dos obstáculos que
impedem a transformação do mundo, que impedem a superação das condições de
heteronomia. O homem é o único ser vivo que consegue tomar distância do mundo,
objetificá-lo, admirá-lo, para promover uma aproximação maior, para conhecê-lo. Aí a
dialogicidade aparece como exigência epistemológica. Mas essa aproximação espontânea
que o homem faz do mundo ainda não é uma posição crítica sobre ele, é uma posição
ingênua, é tomada de consciência, mas não é conscientização. A última "não pode existir
fora da 'práxis', ou melhor, sem o ato ação-reflexão". A conscientização está baseada na
relação consciência-mundo, e implica em transformar o mundo, é inserção crítica na
História e exige que os sujeitos criem a própria existência com aquilo que o mundo os
dispõe.
A conscientização exige que ultrapassemos a esfera da espontaneidade, que
substituamos a consciência ingênua pela consciência crítica Freire diz que a consciência
do homem pode evoluir em diferentes níveis. A consciência ingênua ou consciência semi-
intransitiva representa uma aproximação espontânea em relação ao mundo sem que o
homem se reconheça como agente, permanece mero expectador. A consciência ingênua-
intransitiva se caracteriza por ampliar a capacidade de compreensão e de resposta aos
desafios do meio. Na consciência transitivo-crítica o homem cria e recria suas ações, é
sujeito, conhece a causalidade dos fenômenos sociais, assimila criticamente a realidade e
tem consciência da historicidade de suas ações. É a consciência transitivo-crítica que
possibilita a construção da autonomia.
Desde o início, a práxis educativa freireana incorporava dois objetivos básicos:
primeiro, realizar uma antiga aspiração brasileira, a eliminação do analfabetismo entre os
setores populares do país e, segundo, desenvolver e aumentar a democracia através da
participação educacional popular.
É nas práxis do distanciamento/aproximação que o mundo é problematizado,
decodificado, que os seres humanos se descobrem instauradores do próprio mundo,
descobrem que não apenas vivem, também existem. A consciência do mundo e
consciência de si crescem juntas. "Mas ninguém se conscientiza separadamente dos
demais. A consciência se constitui como consciência do mundo". Não há um mundo para
cada consciência, elas se desenvolvem em um mundo comum a elas, se desenvolvem
essencialmente comunicantes, por isso se comunicam. A intersubjetividade das
consciências se dá junto com a mundaneidade e a subjetividade. O sujeito se constitui em
sua subjetividade pela consciência do mundo e do outro. "O diálogo fenomeniza e
historicista a essencial intersubjetividade humana; ele é relacional e, nele, ninguém tem
iniciativa absoluta". O diálogo é o próprio movimento constitutivo da consciência, que é
consciência do mundo. Ao objetivar o mundo, o homem o historiciza, o humaniza, ele
passa a ser mundo da consciência que é uma elaboração humana.
5. PAULO FREIRE E IVAN ILLICH: DAS UTOPIAS PEDAGÓGICAS.
ÀS UTOPIAS SOCIAIS.

Utopias pedagógicas e Educação, o presente trabalho objetivo traçar as


possibilidades que uma conveniente e adequada leitura da Utopia pode fornecer para as
políticas educacionais brasileiras da atualidade. Indica também, como ambos os conceitos
podem contribuir com chaves para se repensar a práxis pedagógica nas suas dimensões
de superação e mudança. Nesses tempos, como se disse nos contos de fadas, pretendia-se
conscientizar o povo de desescolarizando a formação, valorizar os analfabetos
denunciado a escola, para libertar a cultura popular de todos os seus constrangimentos,
de institucionalizado o aparelho da cultura oficial.
O pressuposto aqui é que a utopia não precisa ser inoperante: “Graças ao
pensamento utópico podem-se criar condições para a reforma social, de modo que o que
num momento pode ser utópico oportunamente se converte em real. A utopia, como toda
teoria sobre a sociedade humana, pode ajudar a modificar a realidade social. Uma utopia
pode também, e sobre tudo, exercer influência sobre o curso dos acontecimentos,
tornando-se assim uma expressão de esperança.
Colocam-se, na forma de indagações, as grandes Utopias pedagógicas, que
recorrentemente, desde os atenienses clássicos, tem povoado as esperanças de educadores
de todos os tempos e de todos os lugares. Os educadores da contemporaneidade constatam
que a educação baseada em critérios de uma racionalidade reduzida, instrumental,
positivista, tornou-se um instrumento de condicionamento e de adestramento dos
indivíduos aos interesses econômicos e ideológicos prevalecente. Isto porque a história
da racionalidade desenvolvida no Ocidente nesses três últimos séculos mostra que ela tem
conduzido a humanidade muito mais para implementar novas formas de barbárie do que
para promover a emancipação dos povos. O efeito paradoxal dessas utopias pedagogias
foi o de persuadir os educadores da sua missão relativamente a toda uma sociedade,
mantendo o horizonte das suas consciências do possível no interior do sistema educativo.
Segundo Ivan Illich: os pedagogos, em vez de refletirem sobre a educação por exemplo,
sobre o papel do seu subsistema no conjunto da sociedade.
Com efeito, o pensamento é tanto mais lastimável quanto o pensamento utópico
visa fundamentalmente um projeto imaginário de uma outra realidade. Com efeito, o
pensamento utópico visa, antes de mais, um desejável possível que não é necessariamente
um previsível provável como o supõe ingenuamente e muito apressadamente no futuro.
Além disso, o pensamento utópico sugere e refere-se a uma realidade que procede daquela
que ainda imposta, negando-a parcial ou totalmente. Uma ponte sobre o que se tem e o
que se poderia ter em educação, ao se lutar por uma escola que eduque para a
emancipação, para a liberdade, para a autonomia e para a mudança; para isso ela precisará
revolucionar todos os seus fins, seus personagens, seus papéis, seus métodos, seus
conteúdos, enfim, toda a sua configuração. É esta uma “ponte” de perspectiva utópica, de
união da imaginação com a prática, na concretude de ideais e ideias a serem perseguidas
pela Pedagogia da Utopia, se assim a podemos chamar. Os caráteres paradigmáticos de
todos estes textos deixam claro o pacto entre ideia, autor e leitor, permeados pela Utopia.
6. O CERNE DO ELEITO: ALFABETIZAÇÃO VERSUS
ESCOLARIZAÇÃO.

Esse conteúdo fala sobre a experiência do Ivan Illich depois da sua experiência
de Nova Iorque e Porto Rico de uma teoria disse que imediato, de Cuernavaca ou seja, o
México que não ocupa um lugar específico no seu pensamento, na sua obra ou no seu
ensino. De facto, o que o preocupa é o destino dos países industrializados, pois está
convencido de que, fatalmente, todos os países acabarão por o ter como modelo de
referência.
A educação, a partir do movimento político-democrático, passa a buscar teorias e
práticas didático-pedagógicas para integrar a escola, o ensino e a alfabetização. A história
da alfabetização não se sobrepõe à história da escolarização. A história da escolarização
visa a compreensão e a aplicação de um modelo instrucional, a história da alfabetização
a construção de um modelo pedagógico (a formação de um ente humano cognoscente,
racional e activo, a partir da cultura escrita). A alfabetização e escola se fundem. A escola
emergiu como um móbil do Poder Central apostado em controlar o que era necessário
ensinar, tendo em vista a construção de uma sociedade onde cada cidadão fosse um
patriota, ordeiro e organizado, e hierarquizado de acordo com as rápidas transformações
tecnológicas e sociais que então se operavam, firmadas no aparelho produtivo e das novas
formas de vida emergentes.
Ele projecta na escola todas as suas preocupações relativas a igreja (a igreja
católica Romana). A escola não é se não uma peça, o bode expiatório e talvez a vítima de
uma disputa muito mais vasta com a igreja institucionalizada; e esta não serve se não para
denunciar a própria ideia de instituição. Numa sociedade, a escola essa filha bastarda e
ilegítima da igreja docens não se não a metamorfose última de uma evolução
sócioespiritual que substitui o culto cerimonial da celebração da esperança; uma castração
de fé viva que foi camuflada por uma excrescência monstruosa dos aparelhos. O rito da
escolaridade não serve nem a aquisição individual dos conhecimentos nem a equidade
social. A escola e a imagem da igreja como instituição gera uma cultura do silencio. E
por isso que I.Illich ao contrário de E. Reimer, que não partilha das suas obsessões
eclesiásticas e que é muito mais preciso na sua reflexão sobre a morte da escola.
Na sua análise da escolarização, apenas de detém naquilo que esclarece por
analogia do processo de institucionalização da igreja por exemplo:
 Os corpos docentes, tal como o clero, estariam submetidos a uma
hierarquia todos poderosas.
 A instituição gere mal o seu crescimento porque lhe faltam mecanismo de
regulação interna.
 Os docentes tal como o baixo clero são instrumentos impotentes assim que
reagem, são marginalizados.
 Tal como a fé dependeria de um saber codificado e especializado o que se
afasta da experiência religiosa, também a cultura escolar desvaloriza cada
vez amais a cultura vivida.
 Cultura escolar não faz se não reproduzir a cultura dominante do mesmo
modo que as tomadas de posição da igreja muito frequentemente se
fundem nas ideologias oficiais.
7. PAULO FREIRE E OS NOVOS IMAGINÁRIOS PEDAGÓGICOS LATINO
AMERICANOS.

Nesse artigo esclarece sobre o pedagogo brasileiro Paulo Freire contribui com uma
série de ideias que são dissonantes relativamente ao modelo educativo moderno. O
conceito educação dialógica, a não essencialidade do educador e educando e a
interioridade da política em relação a educação constituem alguns dos elementos que
possibilitam a construção de novos imaginários pedagógicos. De muitas entrevistas em
que o interrogam sobre as suas origens e apesar da diversidade da influência recebidas.
Freire nunca manifestou grandes conflitos ideológicos ou cisões entre religião e política
mas entre a política que foi transformada em pedagogia e o dogmatismo.
A educação como prática da liberdade no seu primeiro livro do Freire ele fala muito
sobre a política. No entanto, muitos anos depois o Paulo freire fez um diálogo com Frei
Betto e Ricardo Kotscho no seu primeiro texto não havia uma única palavra sobre relação
entre a política e a educação. A educação como prática da liberdade significa uma
proposta da mudança gradual. Esclarece os conceitos de desenvolvimento e evolução
presentes tanto na doutrina social da igreja como no pensamento sociológico então
dominante na América Latina. A teologia da libertação e o seu posterior contra o discurso
da doutrina social que não haviam ainda ocupado os cenários dos discursos cristão. A
crítica que Freire faz ao assistencialismo deixa a sensação de um conflito latente. Por isso
resumiu tudo que a pedagogia é uma continuidade da política e pode conduzir a liberdade.
No primeiro capítulo, Paulo Freire apresenta sua interpretação sobre as forças
políticas que disputavam o poder, o esclarecendo inicialmente seus pressupostos
filosóficos. Ele define sua filosofia de caráter existencial, para ele existir ultrapassa viver,
porque é mais do que estar no mundo. É estar nele e com ele. O existir é individual.
Transcender, discernir, dialogar são exclusividades do existir. Herdando a experiência
adquirida e integrando-se às condições de seu contexto, lança-se o homem em um
domínio que lhe é exclusivo o da História e o da Cultura.
A liberdade é um tema sempre presente em Freire. Para Freire, a liberdade ocorre
quando se descoloniza a mente do oprimido da presença do opressor. Com ausência, como
esperança, como meta, como conflito nas suas origens filosóficas a confissão de Gabriel
Marcel sobre a sua luta para sair do mundo ao qual estava preso, mas a preocupação como
o sentido da liberdade remete imediatamente para Emmanuel Mounier, para que não se é
livre pelo mero facto de se exercitar a espontaneidade no sentido da libertação. Quando o
Paulo Freire saiu do Brasil, ele tinha uma posição latino-americana e terceiro-mundista.
Para verificou-se pelas suas obras, considerou que as suas experiências não se podem
transladar, que cada realidade histórica social concreta tem novos significados. De
Genève, freire escreveu a Mario Cabral, o líder da Guiné-Bissau “No nosso caso, pelo
contrário, o que as experiências de que participamos ontem, como aquelas em que nós
achamos envolvido hoje nos ensinam é elas não podem ser simplesmente transplantadas.
O processo de tomada de consciência política, crítica e transitiva é a proposta de
Freire para se libertar da prisão dos exílios e da intransitividade. É o caminho para
humanização que destrói a possibilidade da morta psicológica e moral.
Contudo, o freire continuo a ser acusado pela esquerda tradicional de culturalista,
idealista, espontaneísta, paternalista e outros atributos que têm em comum um facto de
assinalar que o sujeito se encontra afastado das posições doutrinária marxistas e das
propostas políticas dos partidos ou organizações.

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