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Conceito de tributo
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
a sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (art. 3º
do Código Tributário Nacional)
Competência Tributária
É a aptidão abstrata, privativa, irrenunciável, incaducável, indelegável e facultativa, deferida aos três entes de
governo pela Constituição (União, Estado, DF e Municípios), para instituir legislativamente tributos, nos limites
definidos na Carta, em regra via lei ordinária (e medida provisória), e, nos casos definidos expressamente na
Constituição, na via da lei complementar.
Definição de Imposto
É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte (art. 16 do CTN)
Definição de Taxa
Instituída em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (art. 145, I, da CR88)
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Definição de Empréstimo Compulsório
Trata-se de tributo restituível, somente passível de instituição pela União, via lei complementar, para atender a
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência, bem como no
caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
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1. Contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE (arts. 149 e 177 da CR88)
2. Corporativas (art. 149 da CR88 – Contribuição para conselhos profissionais e
contribuição sindical)
3. Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (art. 149-A da CR88)
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2 - Tributação sobre a Renda
2. IRPJ e CSLL
Fato Gerador do IR
O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica (art. 43 do CTN):
• de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
• de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não
compreendidos no inciso anterior.
A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
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Contribuintes do IRPJ e CSLL
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Não são Contribuintes do IRPJ
▪ O consórcio não possui personalidade jurídica. Seus resultados devem ser tributados em nome das
consorciadas, na proporção da participação estabelecida no contrato;
▪ a pessoa física que, individualmente, preste serviços profissionais, mesmo quando possua
estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;
▪ pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de mão-de-obra, sem
o concurso de profissionais qualificados ou especializados;
▪ a pessoa física que individualmente seja receptora de apostas da Loteria Esportiva e da Loteria de
Números (Loto, Sena, Megasena, etc), credenciada pela Caixa Econômica Federal
▪ o condomínio de edifícios;
▪ as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro
público.
Lucro real, lucro arbitrado, lucro presumido e Simples Nacional, este último para as microempresas e
empresas de pequeno porte (receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00 em 2017 e R$ 4.800.000,00 a partir de
2018)
Os períodos de apuração do IRPJ e CSLL seguem os trimestres civis, podendo a PJ tributada pelo lucro real optar
pela apuração anual, pagando estimativas mensais.
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do IRPJ e CSLL é, em essência, uma presunção de lucro obtida da receita bruta, com acréscimo de alguns outros
valores (ganho de capital na alienação de ativos, rendimentos de aplicações financeiras etc.). O lucro presumido
seria um lucro com percentuais incidentes sobre o faturamento definidos em lei, um lucro legal.
Formas de tributação
As empresas com receita bruta anual inferior a R$ 78.000.000,00 no ano-calendário anterior à opção, desde que
não sejam instituições financeiras (instituições em sentido lato, abrangendo factorings e atividades de
securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio), não tenham lucros, rendimentos, ganhos de
capital oriundos do exterior, que não usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto ou
que não tenham pago o imposto no regime do lucro real anual (estimativa mensal).
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Presunção de lucro sobre a receita bruta (variável de acordo com a atividade econômica da empresa)
+
ganho de capital
+
rendimentos e ganhos em aplicações de renda fixa ou variável
+
variações monetárias ativas
+
juros recebidos como remuneração do capital próprio
+
juros recebidos
+
todos os demais resultados positivos recebidos pela PJ
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre a base de cálculo - BC, havendo um adicional de 10% sobre o montante da BC
que exceder R$ 60.000,00 no trimestre.
Do IRPJ devido, poderão ser deduzidos o Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF sobre as receitas que
integraram a base de cálculo, vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal.
No caso em que o imposto retido na fonte ou pago seja superior ao devido, a diferença poderá ser compensada
com o imposto a pagar relativo aos períodos de apuração subseqüentes.
A CSLL será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre o resultado presumido das empresas
submetidas ao lucro presumido;
Da CSLL apurada podem ser deduzidos os valores de CSLL retidos na fonte (retidos por órgãos públicos, por
empresas tomadores de serviços de vigilância, limpeza, conservação, transporte de valores, locação de mão-de-
obra etc.)
Estudo de Caso
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Supermercado e posto Autolatina Ltda – 1º Trimestre de 2010
Revenda de mercadoria R$ 2.000.000,00
Revenda de combustível R$ 500.000,00
Prestação de serviço (Lavagem de carros) R$ 100.000,00
Rendimentos de aplicações financeiras renda R$ 50.000,00
fixa
Aluguéis recebidos (desconta o custo de R$ 20.000,00
administração)
Ganho de capital na alienação de bens do R$ 10.000,00
permanente
IRRF sobre as aplicações financeiras R$ 5.000,00
Imposto de Renda
Revenda de mercadoria – presunção lucro R$ 2.000.000,00 x 8% = 160.000,00
Revenda de combustível – presunção de R$ 500.000,00 x 1,6% = 8.000,00
lucro
Prestação de serviço – presunção de lucro R$ 100.000,00 x 32% = R$ 32.000,00
(+) rendimentos de aplicações financeiras R$ 50.000,00
(+) aluguéis recebidos R$ 20.000,00
(+) Ganho de capital na alienação de bens R$ 10.000,00
Base de cálculo do IRPJ R$ 280.000,00
IR devido (15% x R$ 280.000,00 + 10% x R$ 64.000,00
R$ 220.000,00)
(-) IRRF R$ 5.000,00
IR A Pagar R$ 59.000,00
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Tributação pelo Lucro Real
Lucro Real
O lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro
líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais (regime de competência – despesas
incorridas, ainda que não pagas, e receitas auferidas, ainda que não recebidas).
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ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável, para apurar a base de cálculo
da CSLL.
Da estimativa do imposto apurado, poderão ser abatidos o IRRF e os incentivos referentes ao PAT, doações aos
fundos de criança e adolescente, atividades culturais ou artísticas, atividades audiovisuais e Funcine;
A ausência de pagamento da estimativa do IRPJ e CSLL implica na imputação de uma multa isolada de 50% sobre
a estimativa não paga.
Lucro Arbitrado
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela
autoridade tributária ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar
de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso.
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na
legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas
regras do lucro arbitrado.
Hipóteses de Arbitramento
1) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver
vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
b) determinar o lucro real;
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Base de Cálculo do Arbitramento – IRPJ e CSLL
O lucro arbitrado é devido em cada trimestre do ano-calendário, com os percentuais do lucro presumido
multiplicados por 20% para cada atividade econômica específica, exceto para instituições financeiras – IF.
Percentual de arbitramento das IF = 45%.
Da mesma forma que na sistemática do lucro presumido, uma vez determinada a parcela da base de cálculo
decorrente da receita bruta auferida (percentual X receita), torna-se necessário acrescer os ganhos de capital, os
rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras e as demais receitas.
O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando não conhecida a receita bruta, será determinado através de
procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo: 1,05 do lucro real
referente ao último período conhecido; 0,04 dos ativos do último balanço; 0,07 do valor do capital; 0,05 do PL do
último balanço; 0,4 das compras de mercadorias efetuadas no mês; 0,4 da folha de pagamento agregada das
compras de matéria-prima, material de embalagem e produtos intermediários; 0,8 da soma dos valores devidos
a empregados; 0,9 do valor mensal do aluguel.
(Súmula do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF nº 97: O arbitramento do lucro em
procedimento de ofício pode ser efetuado mediante a utilização de qualquer uma das alternativas de
cálculo enumeradas no art. 51 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, quando não conhecida a receita
bruta).
SIMPLES NACIONAL
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Regimes Tributários Brasileiros das ME e EPP
Aspectos abrangidos pela vigente Lei complementar nº 123/2006 – tributários, societários (inscrição e baixa de
empresas), acesso a mercados (aquisições públicas), trabalhistas, associativismo (negócios de compra e venda
de bens, para os mercados nacional e internacional, por meio de Sociedade de Propósito Específico - SPE),
estímulo a crédito e a capitalização, apoio a inovação e acesso aos juizados especiais
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Exemplo (Tabelas de incidência – Comércio) – Exemplo – a partir de 2018
O Microempreendedor Individual-MEI
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Rendimentos submetidos à tabela progressiva e levados ao ajuste na declaração anual
Desconto Simplificado
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Despesas dedutíveis - Exercício 2017
a) despesas médicas pagas para tratamento do contribuinte, de seus dependentes, e de alimentandos em
virtude de decisão judicial, sem limite;
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Outros rendimentos isentos
1. Indenização
2. Despedida, rescisão de contrato de trabalho, FGTS
3. Lucros e dividendos apurados na escrituração
4. Pensão, aposentadoria, reserva remunerada ou reforma – isenção de R$ 1.903,98, por mês (valor do ano-
calendário 2016), a partir do mês em que o inativo ou pensionista fizer 65 anos, sem prejuízo da parcela
isenta prevista na tabela de incidência mensal do imposto
5. Moléstia grave — proventos de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada e
reforma
6. Bolsa de estudos (que não representem vantagem para o doador nem contraprestação de serviço)
7. Rendimentos de PDV – plano de demissão voluntária
8. Desaparecidos políticos — indenização
9. Indenização de transporte
10. Diárias e ajuda de custo
11. Parlamentares — passagens, correio, telefone
12. Programas de concessão de créditos — Estímulo à solicitação de documento fiscal
13. Indenização por ato ilícito
14. Indenização por danos causados no imóvel locado
15. Empréstimo compulsório sobre aquisição de veículos
16. valor do saldo devedor correspondente a financiamento para aquisição de casa própria, quitado em
virtude de invalidez permanente ou falecimento do mutuário
17. Restituição do imposto de renda
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IR devido
=
(base de cálculo x alíquota)
–
parcela a deduzir
=
(Rendimento de salário
–
despesas médicas
–
despesa com instrução, limitada a R$ 3.375,83 por declarante/dependente
–
previdência oficial
–
previdência privada, limitada a 12% dos rendimentos tributáveis
–
quantidade de dependentes x 2.156,52 )
x
Alíquota
–
parcela a deduzir
=
(120.000,00 – 15.000,00 – 3.375,83 x 2 – 13.200,00 – 120.000,00 x 12% - 2 x 2.156,52 )
x
alíquota
–
parcela a deduzir
=
(66.335,30)
x
27,5%
–
9.913,83
=
R$ 8.328,37
Suponha um contribuinte que tenha receita anual da atividade rural de R$ 200.000,00. Ele pode ter livro caixa
ou demais livros comerciais, para daí apurar o resultado (receita – despesas), que terá como teto 20% das
receitas. Esse resultado será submetido à tabela progressiva, junto com os demais rendimentos. Ainda, caso
apure o resultado, eventuais prejuízos da atividade rural poderão ser compensados com o resultado da atividade
rural dos anos subseqüentes.
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Tributação do Ganho de Capital
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Isenções do Ganho de Capital
1 - Indenização da terra nua por desapropriação para fins de reforma agrária, conforme o disposto no
§ 5º do art. 184 da Constituição Federal de 1988.
2 - Indenização por liquidação de sinistro, furto ou roubo, relativo ao objeto segurado.
3 - Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único bem imóvel que o titular possua,
individualmente, em condomínio ou em comunhão, independentemente de se tratar de terreno,
terra nua, casa ou apartamento, ser residencial, comercial, industrial ou de lazer, e estar localizado
em zona urbana ou rural, desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de
imóvel a qualquer título, tributada ou não;
4 - Ganho de capital apurado na alienação de imóveis adquiridos até 1969.
5 - O valor da redução do ganho de capital para imóveis adquiridos entre 1969 e 1988.
6 - A partir de 16/06/2005, o ganho auferido por pessoa física residente no Brasil na venda de imóveis
residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato, aplique
o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País.
7 - Alienação de bens ou direitos de pequeno valor (atualmente R$ 20.000,00, no caso de alienação de
ações negociadas no mercado de balcão e R$ 35.000,00, nos demais casos);
8 - Restituição de participação no capital social mediante a entrega à pessoa física, pela pessoa jurídica,
de bens e direitos de seu ativo avaliados por valor de mercado.
9 - Transferência a pessoas jurídicas, a título de integralização de capital, de bens ou direitos pelo valor
constante na declaração de rendimentos.
10 - Permuta de unidades imobiliárias, sem recebimento de torna (diferença recebida em dinheiro).
11 - Permuta, caracterizada com a entrega, por valor não superior ao de face, pelo licitante vencedor,
de títulos da dívida pública federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, ou de outros créditos
contra a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, como contrapartida à aquisição das ações
ou quotas leiloadas, no âmbito dos respectivos programas de desestatização.
12 - Alienação de bens localizados no exterior ou representativos de direitos no exterior, bem como
a liquidação ou o resgate de aplicações financeiras, adquiridos a qualquer título, na condição de não
residente;
13 - A variação cambial decorrente das alienações de bens ou direitos adquiridos e das liquidações
ou resgates de aplicações financeiras realizadas com rendimentos auferidos originariamente em
moeda estrangeira;
14 - A variação cambial dos saldos dos depósitos mantidos em instituições financeiras no exterior
15 - Alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, cujo total de alienações, no ano-calendário,
seja igual ou inferior ao equivalente a cinco mil dólares dos Estados Unidos da América.
16 - A partir de 1º/01/2002, na hipótese de doação de livros, objetos fonográficos ou iconográficos,
obras audiovisuais e obras de arte, para os quais seja atribuído valor de mercado, efetuada por
pessoa física a órgãos públicos, autarquias, fundações públicas ou entidades civis sem fins
lucrativos, desde que os bens doados sejam incorporados ao acervo de museus, bibliotecas ou
centros de pesquisa ou ensino, no Brasil, com acesso franqueado ao público em geral:
a) o doador deve considerar como valor de alienação o constante em sua declaração de bens;
b) o donatário registra os bens recebidos pelo valor atribuído no documento de doação.
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Tributação da Renda Fixa e Variável
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Renda Variável – alíquota e incidência IR
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4. REPARTIÇÃO DE RECEITAS – IMPOSTO DE RENDA
Repartição de Receitas – IR
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3 - Tributação sobre a Propriedade (ITR, IPTU E IPVA)
ITR
Imposto de competência da União, progressivo e com alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção
de propriedades improdutivas, não incidindo sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore
o proprietário que não possua outro imóvel.
Poderá ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei (Lei nº 11.250/2005),
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
ITR – Imunidade
Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as
explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel (100 ha, se localizado em município
compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; 50 ha, se localizado
em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; III - 30 ha, se localizado em
qualquer outro município – art. 2º da Lei nº 9.393/96)
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ITR – Tabela de Alíquotas
Cálculo do Imposto
18 Valor da Terra Nua Tributável [(04/01) x 17] 13.000.000,00
19 Alíquota 0,45%
20 Imposto devido 58.500,00
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Repartição de Receitas – ITR
IPTU – Contribuinte
Art. 34 do CTN. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.
Art. 21 do Código Tributário do Município do Recife - CTM. Contribuinte do Imposto Sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana é o proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou o seu possuidor.
Art. 22 do CTM do Recife. Poderá ser considerado responsável pelo imposto, quando do lançamento, qualquer
dos possuidores, diretos ou indiretos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos demais possuidores.
§ 1º. O espólio é responsável pelo pagamento do imposto relativo aos imóveis que pertenciam ao "de cujus".
§ 2º. A massa falida é responsável pelo pagamento do imposto relativo aos imóveis de propriedade do
comerciante falido.
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VV = (VO x TF) + (Vu x Ac), onde:
VV – é o valor venal do imóvel;
VO – é o valor unitário do metro linear de testada fictícia de cada face de quadra dos logradouros
públicos, definido pela Planta Genérica de Valores de Terrenos;
TF – é a testada fictícia do imóvel;
Vu – é o valor do metro quadrado de construção nos termos da Tabela de Preços de Construção;
Ac – é a área construída do imóvel.
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Exemplo de cálculo do IPTU (Recife)
VALOR DO TERRENO
Área Testada Principal Testada Fictícia Valor metro linear(VO) Fração ideal Valor Terreno
1.410,17 m2 20,05 m 28,21 m x 43.494,23 x 0,02626 = R$ 32.220,29
PARTES DA EDIFICAÇÃO
Jurisprudência
Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Imunidade tributária. Instituições de educação e
de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 3.IPTU. Lote vago. Não
incidência. 4. A imunidade tributária, prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, aplica-se aos bens
imóveis, temporariamente ociosos, de propriedade das instituições de educação e de
assistência social sem fins lucrativos que atendam os requisitos legais. Precedentes. 5. Recurso
não provido. Reafirmação de jurisprudência.
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por
unanimidade, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional
suscitada. No mérito, por maioria, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria,
vencido o Ministro Marco Aurélio. Não se manifestaram os Ministros Joaquim Barbosa e
Roberto Barroso. Ministro GILMAR MENDES Relator (RE 767332 RG / MG, em 31/10/2013)
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397 - O contribuinte de IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
399 - Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU (Imposto Predial e
Territorial Urbano).
IPVA – Histórico
O IPVA surgiu através da Emenda Constitucional nº. 27, de 28.11.1985, que atribuiu aos Estados e ao Distrito
Federal competência para instituir imposto sobre propriedade de veículos automotores, vedando a cobrança de
impostos ou taxas incidentes sobre a utilização de veículos, dispositivo esse ratificado pelo art. 155 da CR88. R
essalte-se que não permaneceu no dispositivo constitucional a vedação à cobrança de impostos ou taxas
incidentes sobre a utilização de veículos.
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A respeito do aspecto material do IPVA, ainda não foi editada a lei complementar que trata do fato gerador, da
base de cálculo e contribuintes do IPVA. Como os Estados possuem competência suplementar para estabelecer
normas gerais (art. 24, § 2º, CF), eles exercem, nesse aspecto, competência plena.
IPVA – Alíquotas
O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal e poderá ter alíquotas diferenciadas em função do
tipo e utilização (art. 155, § 6º, I e II, da CR88).
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Jurisprudência – repercussão geral STF
IPVA – automóvel – alienação fiduciária – relação jurídica a envolver o estabelecimento
financeiro e o município – imunidade recíproca admitida na origem – recurso
extraordinário – repercussão geral configurada.
Possui repercussão geral a controvérsia relativa à incidência da imunidade recíproca, prevista
no artigo 150, inciso VI, alínea “a”, da Carta da República, no tocante ao Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores – IPVA a recair em automóvel alienado fiduciariamente
por instituição financeira a município (RE 727851/ MG, relator Min. Marco Aurélio, em
17/10/2013).
Jurisprudência
(...) A jurisprudência desta Corte converge no sentido da pretensão formulada pela ECT,
reconhecendo-lhe amplamente o direito de imunidade tributária quanto à cobrança
de IPVA incidente sobre os veículos de sua propriedade, independentemente de produção
probatória para efeitos de distinção entre os veículos utilizados ou não nas atividades sob o
regime de monopólio. Precedentes: ACO nº 789/PI e ACO nº 765/RJ.
3. Embargos parcialmente acolhidos, sem alteração do dispositivo do acórdão embargado. (ACO
819 AgR-ED / SE, relator Min. Dias Toffoli, em 23/05/2013)
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Tema 4 - Tributação sobre Transferência de Patrimônio (ITCMD E ITBI)
ITCMD
A Constituição Federal de 1988 em seu art. 155, inciso I, atribuiu aos Estados e Distrito Federal a competência de
instituir o imposto sobre as transmissões “causa mortis” e doação de quaisquer bens ou direitos.
A Lei Estadual pernambucana nº 10.260/1989 instituiu o Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação
de Quaisquer Bens ou Direitos – ICD (regulamentada através do Decreto nº 13.561).
O ICD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos), como é denominado
em Pernambuco, é um Imposto Estadual devido por toda pessoa física ou jurídica que receber bens (móveis ou
imóveis) ou direitos como herança (em virtude da morte do antigo proprietário) ou como doação.
ITCMD - Contribuintes
Nas transmissões causa mortis (em virtude do falecimento de uma pessoa): o herdeiro ou
legatário;
Nas transmissões “inter vivos” não onerosas (doação): aquele que recebe os bens ou direitos (o donatário).
ITCMD - Alíquotas
As alíquotas do ITCMD são fixadas livremente pelos Estados, mas estes devem respeitar o limite máximo de 8%
fixado pelo Senado Federal através da Resolução nº 9/1992. Nos casos de transmissão “causa mortis”, ou seja,
a alíquota será aquela vigente na data do óbito.
No caso de doação, a alíquota será a vigente na data da doação.
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