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A Versão de Fibonacci da Equação Diofantina de Brocard – Ramanujan

Diego Marques

Resumo: neste artigo nós provamos que a versão de Fibonacci da equação diofantina
de Brocard – Ramanujan , isto é, não tem solução nos
inteiros positivos .

1. Introdução

Em 1876, Brocard [ ] e, independentemente, Ramanujan [ ] [ ] p.327,


apresentaram o problema de encontrar todas as soluções inteiras da equação
diofantina

(1)

a qual desde então ficou conhecida como


.

As únicas soluções conhecidas para (1) são { }. Em 1906,


Gérardin [ ] declarou que se , então deve ter pelo menos digitos. Gupta
[ ] mostrou que o cálculo de acima de não apresenta soluções adicionais.
Recentemente, Berndt e Galway [ ] provaram que não há soluções adicionais acima
de .

Seja a sequência de Fibonacci dada por e ,


para . Os primeiros termos são .

Neste artigo, vamos mostrar a prova da insolubilidade da versão de Fibonacci para a


equação de Brocard – Ramanujan, quando na equação (1) nós substituímos com
os respectivos números de Fibonacci, e nós usaremos a notação .
Atualmente, buscamos uma generalização desse resultado.

Teorema 1.1.

(2)

Luca e Shorey [ ] provaram, em particular, que se é algum número


racional fixado que não é uma potência perfeita de um número racional diferente,
então a equação
tem um número finito de soluções para todo . No entanto, isso não se
aplica à equação (2), pois é uma potência perfeita.

2. A Prova do Teorema
2.1. Resultados Auxiliares. Antes de avançarmos, alguns resultados podem ser
necessários para provar o teorema.
O é o fator primo de o qual não divide ∏ .
Sabe-se que existe um divisor primitivo de em algum . O enunciado acima
é usualmente chamado de (veja [ ] para uma
versão mais geral)

A sequência dos é definida por , com e


. Alguns fatos interessantes e proveitosos podem ser essenciais na prova do
teorema 1.1.

Para todo , nós temos

( √ ) ( √ )

A equação e, mais geralmente, com inteiros e


tem solução em [ ] e [ ], respectivamente. A solução para a última equação
recursiva para números de Fibonacci e Lucas com índices negativos são definidas da
seguinte forma: e . Assim, por exemplo,
, . Bugeaud et al. [ ] seção 5, usou esses números para dar a
fatorização de . Nós esboçamos seu método para a conveniência do leitor.

Desde que permaneça válida a fórmula de Binet para os números de Fibonacci e


Lucas com índices negativos, podemos deduzir o seguinte resultado.

Lema 2.1.

Demonstração

Da identidade segue que


O lema 2.1. dá imediatamente a seguinte fatorização para , dependendo da
classe de módulo 4:

(3)

Agora nós estamos prontos para lidar com a prova do Teorema.

2.2. A Prova

A equação pode ser reescrita da forma

Da relação nós temos , onde


são fechados para . De fato, cada está em {
}. De , nós temos , e nossa equação fica

(4)

Um cálculo rápido mostra que podemos assumir . De fato,


é primo para e

os quais claramente não são raízes perfeitas. Agora, se assumirmos , então


{ }. Assim, sobre o lado direito de (4), nós temos um produto de
números de Fibonacci sendo dois deles com índices , ambos maiores que . Pelo
Teorema do Divisor Primitivo, estes dois índices deveriam ser bem distantes um do
outro no lado esquerdo, mas eles são consecutivos (daí, não são ambos iguais), com
índices . Isto é uma contradição.

Referências

Consultar o artigo original “The Fibonacci version of the Brocard – Ramanujan


Diophantine equation”

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