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Anexo G1

ANEXO G1
MAIS-VALIAS NÃO TRIBUTADAS

Este anexo não é individual pelo que nele devem ser incluídas todas as transmissões
efetuadas, durante o ano a que respeita a declaração, pelos sujeitos passivos bem como
os dependentes que integram o agregado familiar.

Destina-se a declarar a alienação onerosa de partes sociais (quotas e ações) e outros


valores mobiliários, cuja titularidade o alienante tenha adquirido antes de 1 de janeiro de
1989, bem como de imóveis não sujeitos a tributação, nos termos do n.º 4 do artigo 4.º e
do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, bem como a alienação de
imóveis a fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) e a
sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (SIIAH) abrangidos
pelo regime especial aprovado pelo artigo 102.º e seguintes da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de
dezembro, e ainda a alienação onerosa, efetuada nos anos de 2009 e anteriores, de ações
detidas por mais de 12 meses.

Deve ser apresentado pelos sujeitos passivos quando estes ou os dependentes que integram
o agregado familiar, no ano a que respeita a declaração, tenham praticado qualquer dos
atos atrás referidos.

Os prazos e os locais para a sua apresentação são os previstos para a apresentação da


declaração de rendimentos modelo 3 do IRS, da qual faz parte integrante.

Congrega apenas informação relevante para conhecimento e posterior controlo da situação


contributiva dos sujeitos passivos de IRS, não constando do mesmo factos ou valores
suscetíveis de serem utilizados em sede do procedimento automático de liquidação da
declaração de rendimentos. Assim sendo, trata-se de um anexo meramente informativo.

Parcela de terreno alienada à C.P. para construção de uma passagem


inferior sob uma via férrea e caminhos paralelos

1 - F..., residente em ..., e seu marido X, venderam em 1997, aos Caminhos


de Ferro Portugueses, uma parcela de terreno com destino a integração no
domínio público ferroviário, e destacada de um prédio rústico que havia sido
adjudicado ao cônjuge marido por óbito de seu pai em inventário orfanológico a
que se procedeu em 1944.

2 - Porque os vendedores não declararam a alienação em sede de IRS, veio os


Serviços de Finanças notificá-los para apresentarem o competente anexo G, o
que a mulher veio a fazer em 22/09/2000 (nesta data já o cônjuge marido havia
falecido).

3 - Tendo posteriormente verificado não se encontrarem os ganhos obtidos,


com a venda em causa, sujeitos a IRS, como se encontra esclarecido pelo

IRS 2014 403


Anexo G1

Ofício-Circulado n.º X-4/90, destes Serviços, veio o cônjuge mulher solicitar


a anulação da declaração de substituição indevidamente apresentada, bem
como a restituição da coima que indevidamente pagou.

4 - Na realidade, de harmonia com o determinado no artigo 5.º do Decreto-Lei


nº 442-A/88, de 30 de novembro, os ganhos que não eram sujeitos a imposto
de mais-valias criado pelo Código aprovado pelo Decreto-Lei n.º 46.373, de
09/06/1965, só ficam sujeitos a IRS se a aquisição dos bens ou direitos a que
respeitam tiver sido efetuada após 1 de janeiro de 1989.

5 - Independentemente de ser questionável se o destino da parcela


alienada (construção de uma passagem inferior sob uma via férrea e caminhos
paralelos) lhe confere ou não a qualificação de terreno para construção,
o certo é que o imóvel do qual foi destacada foi adquirido muito antes de
1965, e de acordo com o determinado no § 1º do artigo 2.º do citado Decreto-
- Lei nº 46 373, de 09/06/1965, quaisquer ganhos que pudessem ser obtidos
com a sua venda para aquele fim também não se encontravam sujeitos ao
imposto de mais-valias por ele criado, por ali se prever igualmente que os
ganhos obtidos mediante a transmissão onerosa de terrenos para construção
apenas ficavam sujeitos àquele imposto se o terreno tivesse sido adquirido
após a data da publicação daquele diploma (09/06/1965).

6 - É da conjugação destas duas normas que resulta a exclusão tributária


perfeitamente prevista no n.º 2 do Ofício-Circulado n.º X-4/90, destes Serviços,
invocado pela requerente.

7 - Assim sendo, mal agiram os Serviços de Finanças, ao notificar os sujeitos


passivos para apresentarem uma declaração de rendimentos, sem curar
de saber se tais rendimentos se encontravam ou não sujeitos a imposto,
parecendo-me, pois, de anular a declaração de substituição, e de restituir
à requerente a coima que indevidamente pagou.
(Informação nº 1292/2000, de 31/10/2000, Proc. 4106/00, da Direção de Serviços do IRS, com
parecer favorável)

QUADROS 1, 2 e 3

2 Ano dos rendimentos Reservado à leitura óptica

MAIS-VALIAS NÃO
TRIBUTADAS
01 |2_|__|__|__|
MODELO 3
Anexo G1
3 Identificação do(s) sujeito(s) passivo(s)

Sujeito passivo A NIF 02 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| Sujeito passivo B NIF 03 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

No quadro 3, a identificação dos sujeitos passivos (campos 02 e 03) deve respeitar à


posição assumida para cada um no quadro 3A da declaração de rendimentos modelo 3.

404 IRS 2014


Anexo G1

QUADRO 4

Alienação onerosa de partes sociais e outros valores mobiliários não sujeitos a tributação
4 [(partes sociais adquiridas antes de 1 de janeiro de 1989 / ações detidas mais de 12 meses (anos de 2009 e
anteriores)]
Realização Aquisição Realização Aquisição
Mês Valor Ano Mês Valor Mês Valor Ano Mês Valor
| . . , | | | | . . , | . . , | | | | . . ,
| . . , | | | | . . , | . . , | | | | . . ,
| . . , | | | | . . , | . . , | | | | . . ,
| . . , | | | | . . , | . . , | | | | . . ,
| . . , | | | | . . , | . . , | | | | . . ,
| . . , | | | | . . , | . . , | | | | . . ,
Soma de controlo 401 . . , . . ,

Este quadro destina-se a declarar a alienação onerosa de partes sociais (quotas e ações) e
outros valores mobiliários, cuja titularidade o alienante tenha adquirido antes de 1 de janeiro
de 1989, bem como as alienações efetuadas nos anos de 2009 e anteriores relativamente
a ações detidas pelos sujeitos passivos durante mais de 12 meses.

Se o quadro for insuficiente para declarar todas as alienações, devem agrupar-se as ações
alienadas por ano de aquisição.

QUADRO 5

Imóveis alienados excluídos ou isentos da tributação


5 (n.º4 do art.º 4.º e art.º 5º do DL n.º 442-A/88, de 30 de novembro, e Regime Tributário dos FIIAH e SIIAH
- art.º n.º 102.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro)
Identificação matricial Data de aquisição Valor
Código
Freguesia Tipo Artigo Fração Ano Mês Dia Realização Aquisição
501 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
502 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
503 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
504 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
505 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
506 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
507 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
508 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
509 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
510 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
511 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
512 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
513 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
514 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
515 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
516 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
517 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
518 | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . ,
Soma de controlo . . , . . ,

Código 1 - Excluídos da tributação

Utilizando o código 1, devem ser identificados os imóveis, os respetivos valores de aquisição


e de realização, bem como a data da aquisição, respeitantes às transmissões onerosas de

IRS 2014 405


Anexo G1

direitos reais sobre bens imóveis adquiridos antes da entrada em vigor do Código do IRS
(01/01/1989), cujos ganhos não eram sujeitos a Imposto de Mais-Valias (Código aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 46 673, de 9 de junho de 1965), incluindo os ganhos derivados da
alienação a título oneroso de prédios rústicos afetos ao exercício de uma atividade agrícola
ou da afetação destes a uma atividade comercial ou industrial, exercida pelo respetivo
proprietário, conforme estabelece o n.º 4 do artigo 4.º e artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 442-
A/88, de 30 de novembro.

Data de aquisição a considerar, relativamente a um prédio urbano


adquirido por um casal que mais tarde se divorciou e na escritura de
partilhas decidiram ficar cada um com 50% do mesmo, quando no futuro
os interessados decidirem alienar a sua parte

Um casal, casados segundo o regime de comunhão geral de bens, adquiriu em


1974 um prédio urbano.

No ano em curso, divorciaram-se e fizeram a escritura de partilhas tendo ficado


cada um com 50% do referido imóvel.

Quando os interessados decidirem alienar a sua parte, qual a data de aquisição


a considerar, a da escritura de compra ou a da escritura de partilha resultante
do divórcio?

Nestes casos, a data de aquisição a considerar é a data da escritura da compra


do imóvel, dado que os sujeitos passivos, quando em 1974 adquiriram o
prédio, estavam casados segundo o regime de comunhão de bens (comunhão
geral ou comunhão de adquiridos), e por isso, nessa data, a cada um deles
ficou logo a pertencer 50% do imóvel (cfr. art.º 1732.º e 1724.º do Código Civil).

Quando a escritura de partilhas, por efeitos do divórcio, foi realizada, esta


situação não foi alterada, uma vez que cada um continuou na posse de 50%
do imóvel.

Assim sendo, o ganho que cada um vier a obter com a venda da sua parte,
face ao disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30/11, não está
sujeito a tributação, dado que o imóvel foi adquirido antes da entrada em vigor
do Código do IRS.

Consequentemente, neste caso concreto, quando no futuro os interessados


decidirem alienar a sua parte, a data de aquisição a fazer constar, da coluna
própria do quadro 5 do anexo G1, é a data da escritura da compra do imóvel.

Código 2 - Isentos da tributação

Utilizando o código 2, devem ser identificados os imóveis destinados a habitação


permanente que foram objeto de transmissão a favor dos fundos de investimento imobiliário
para arrendamento habitacional (FIIAH), que ocorra por força da conversão do direito de

406 IRS 2014


Anexo G1

propriedade desses imóveis num direito de arrendamento, bem como os respetivos valores
de aquisição e de realização e, ainda, a data em que foram adquiridos.

Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional -


FIIAH (regime tributário das mais-valias)

3 - Ficam isentos de IRS as mais-valias resultantes da transmissão de imóveis


destinados à habitação própria a favor dos fundos de investimento referidos
no n.º 1, que ocorra por força da conversão do direito de propriedade desses
imóveis num direito de arrendamento.

4 - As mais-valias referidas no número anterior passam a ser tributadas, nos


termos gerais, caso o sujeito passivo cesse o contrato de arrendamento ou
não exerça o direito de opção previsto no n.º 3 do artigo 5.º, suspendendo-se
os prazos de caducidade e prescrição para efeitos de liquidação e cobrança do
IRS, até final da relação contratual.
(n.ºs 3 e 4 do artigo 8.º do Regime Especial aplicável aos FIIAH, aprovado pelo artigo 102.º da
Lei n.º 64-A/2008, de 31/12)

ASSINATURAS

Data O(s) Declarante(s), Representante legal ou Gestor de negócios

Assinaturas
___/___/___ A) ___________________________ B)__________________________________

Este anexo deve ser assinado pelos sujeitos passivos ou por um seu representante, legal
ou voluntário, ou gestor de negócios, devidamente identificados (cfr. n.º 1 do art.º 146.º do
CIRS).

A falta de assinatura é motivo de recusa da receção da declaração, sem prejuízo das


sanções estabelecidas para a falta da sua apresentação (cfr. n.º 2 do art.º 146.º do CIRS).

IRS 2014 407

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