You are on page 1of 6

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I

CAROLINE CARDOSO, KARINE RODEGHIERO E ROBERTO MÂNICA

CINEMÁTICA DA ROTAÇÃO – SISTEMA DE ARO

Porto Alegre, maio de 2014.


Cinemática da Rotação – Sistema de Aro

INTRODUÇÃO
Rotação é o movimento de rodas, engrenagens, motores, ponteiros de relógios. Este é o
movimento de spin de elétron e átomos, de planetas, de estrelas e galáxias. É o movimento de
acrobatas, mergulhadores e de astronautas em órbita. O movimento de rotação nos cerca
completamente.
Usaremos a rotação de um corpo rígido em torno de um eixo fixo, cada ponto do corpo
se move num círculo, cujo centro situa-se sobre o eixo de rotação e cada ponto, sofre o mesmo
deslocamento angular durante certo intervalo de tempo.
Neste experimento teremos MCUV quando é aplicada uma força peso e MCU quando não
se aplica força.
Movimento Circular Uniforme (MCU)
Neste tipo de movimento a partícula se move com velocidade angular constante em
módulo, em uma circunferência de raio r.
Podemos definir a velocidade angular como a razão entre o deslocamento angular pelo
intervalo de tempo do movimento, conforme a equação (1) a seguir:

𝜃
Ѡ=𝑡 (1)

Onde:
Ѡ = velocidade angular
Θ = deslocamento angular
t = tempo
Movimento Circular Uniformemente Variado (MCUV)
Neste movimento uma partícula se move sobre uma circunferência com a aceleração
angular constante.
Podemos definir a aceleração angular conforme a equação (2) demonstrada abaixo:

2𝜃
α= , (2)
(𝑡)2

onde α é a aceleração angular.

2
Cinemática da Rotação – Sistema de Aro

DESENVOLVIMENTO
Materiais utilizados no experimento:
 Sistema de aro;
 Três discos de latão;
 Cronômetro.
Com o sistema aro montado, giramos o aro duas voltas e o mantemos assim. A seguir
ajustamos a altura da plataforma no mesmo nível do suporte a fim de coletarmos os dados de
MCU e MCUV. E, por fim, colocamos três discos de latão no suporte.
Feito isso, primeiro passo do experimento foi cronometrar o tempo decorrido do MCUV
e MCU. O MCUV decorria desde o momento em que soltamos o aro até os discos tocarem a
plataforma. Para esse tempo decorrido o chamamos de t1. Ao tocarem a plataforma, os discos
ficavam presos na mesma e o suporte continuava o movimento até o aro desenrolar todas as
voltas dadas. Esse último movimento trata-se do MCU e o tempo decorrido o chamamos de t2.
Após cronometrar os deslocamentos de MCUV e MCU, podemos encontrar a aceleração
angular do MCUV a partir da equação (2). Feitos os cálculos, encontramos também o valor da
aceleração média, que foi α = 0,03 rad/s2. Por fim, calculamos a velocidade angular para cada
um dos testes realizados a partir da equação (1). Os resultados desses cálculos encontram-se
todos na tabela abaixo:

N° de voltas Deslocamento Intervalo de Aceleração Deslocamento Intervalo de Velocidade


(contando com Angular θ1 (rad) Tempo t1 (s) angular α angular θ2 (rad) Tempo t2 (s) angular Ѡ
as duas voltas (rad/s2) (rad/s)
já dadas)

3 2π 19 0,03 4π 22,46 0,56

4 4π 29 0,03 4π 16,48 0,76

5 6π 39 0,02 4π 13,41 0,93

6 8π 43 0,03 4π 12 1,05

7 10π 49 0,03 4π 11 1,14

3
Cinemática da Rotação – Sistema de Aro

Onde:
o θ1 é o deslocamento angular correspondente ao MCUV;
o t1 é o intervalo de tempo correspondente ao MCUV;
o θ2 é o deslocamento angular correspondente ao MCU;
o t2 é o intervalo de tempo correspondente ao MCU.
A nossa tarefa se concluiu com a elaboração de três gráficos:
 Gráfico 1: θ1 x t;
 Gráfico 2: Ѡ x t;
 Gráfico 3: θ2 x t.
Todos estão no anexo desse trabalho.

CONCLUSÃO
Realizados os cálculos, podemos observar que a aceleração angular do corpo (suporte) se
manteve constante, independentemente do número de voltas que o aro tivesse, ou seja, o
intervalo de tempo do movimento é diretamente proporcional ao deslocamento angular (nesse
caso θ1), conforme nos mostra o gráfico 1. Tendo esse corpo uma aceleração angular, o mesmo
possuiu uma velocidade angular que, por sua vez, não será constante, mas sim diretamente
proporcional ao tempo e ao deslocamento angular (novamente referindo-se ao θ1), delineando
perfeitamente um movimento circular uniformemente variado.

Quando o corpo abandona os discos de latão na plataforma, percorrendo um


deslocamento angular de 4π (neste caso θ2), a velocidade angular do mesmo é inversamente
proporcional ao tempo, sendo que para o menor tempo desse deslocamento o corpo
apresentou a maior velocidade angular e vice e versa, conforme nos apresenta o gráfico 2. É
possível observar, também, o quanto o ângulo de inclinação reflete sobre a velocidade angular:
no gráfico 3 percebemos que quanto maior a inclinação da reta Ѡ, maior foi o tempo decorrido
do deslocamento. Tendo o corpo velocidade angular constante para o deslocamento θ2, sua
aceleração angular será zero, apresentando perfeitamente um movimento circular uniforme.

4
Cinemática da Rotação – Sistema de Aro

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David. RESNIK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de Física – Volume I:


Mecânica. 4° Edição. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
Web Site (acessado em 21/05/2014 às 23h51min) -
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/mc.php

5
Cinemática da Rotação – Sistema de Aro

ANEXO

You might also like