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Universidade Federal do Tocantins - UFT

Programa de Pós-Graduação em Educação


Mestrado Acadêmico e Profissional

Anais do VI
Seminário
Contemporâneo
do Programa de
Pós-Graduação
em Educação

Damião Rocha
Marcos Maia
Marcos Irondes Coelho
Jocyléia Santana

organizadores
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

Anais do VI Seminário Contemporâneo do Programa de


Pós-Graduação em Educação

22 a 25 de agosto de 2017

Local: Auditório do Bloco IV


Campus UFT - Palmas

PALMAS, TO
2017
3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

COMITÊ CIENTÍFICO:
Francisca Rodrigues Lopes – PPPGE/UFT
Rosilene Lagares – PPGE/UFT
Marcelo Andrade – PPGE/PUC-RIO
Marluce Zacarioti – PPPGE/UFT
Fernando Pocahy – PPGE/UERJ
Márcio da Silveira - PPGA/UFT
Idemar Vizolli - PPGE/UFT
George Brito - PPGMCS/UFT
Damião Rocha – PPGE/UFT
Gentil Veloso – PPGMCS/UFT
Valéria Momenté - PPGA/UFT
Jocyléia Santana – PPGE/UFT
Adriana Malvásio – PPGCIAMB/UFT

COMISSÃO ORGANIZADORA
Marcos Irondes Coelho - Mestrando PPGE/UFT
Tomaz Martins Filho – Mestrando PPGE/UFT
Marcos Maia - Mestrando PPGE/UFT
Lúcia Barbosa - Faculdade Dom Orione
Silvano Coelho - Mestrando PPGE/UFT
Glinys Homrick - Secretária PPGE/UFT
Luciano Zilli - Mestrando PPGE/UFT
Wellyngton Teixeira - DTE/UFT
Juniezer Souza - DTE/UFT

APOIO
Reitoria da UFT
Diretoria de Tecnologias Educacionais - DTE
Diretoria de Comunicação - Dicom
Programa Universidade da Maturidade - UMA
Colegiado do Curso de Pedagogia - UFT/Palmas
Instituto de Educação da UFT
Programa PET Pedagogia
Fundação de Apoio Científico e Tecnológico - FAPTO
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Faculdade Católica Dom Orione - FCDO
Faculdade Serra do Carmo - FASEC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Biblioteca da Universidade Federal do Tocantins
Campus Universitário de Palmas

U58a Universidade Federal do Tocantins.


Anais do VI Seminário Contemporâneo do Programa de Pós-Graduação em Educação - Palmas, 2017.

65f.
Inclui bibliografia.

1. Trabalhos Acadêmicos. 2. Educação 3. Tocantins I. Título.


CDD: 330
Bibliotecário: Marcos Maia
CRB2: 1.445
Todos os Direitos Reservados – A reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio deste
documento é autorizada desde que citada a fonte. A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime
estabelecido pelo artigo 184 do código penal.
4

APRESENTAÇÃO

A última avaliação da Capes de 2017 do Sistema Nacional da Pós-Graduação (SNPG),


afirma que houve “crescimento de 25% no número de programas nos últimos quatro anos -
em dados absolutos” e que avançamos “de 3.337 para 4.175 programas entre os anos de 2013
e 2016”. Essa avaliação apresenta ainda o “aumento de 77% no número de cursos de mestrado
profissional. O mestrado acadêmico e o doutorado também evoluíram atingindo um
percentual de aumento de 17% e 23%, respectivamente”.

A Capes durante seus 66 anos tem implementado uma avaliação que não deu conta das
assimetrias regionais, todavia, os professores dos programas têm feito um grande esforço
docente na busca do reconhecimento acadêmico-científico das suas pesquisas e de
consolidação dos programas de pós-graduação.

Nós da região Norte temos diversos tipos de dificuldades sejam geográficas, sejam da
falta de investimentos e pessoal, dentre inúmeras outras. Todavia, o levantamento do Centro
de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), supervisionado pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), apontou que “em 2014, quase 75% dos
doutores titulados no Brasil estavam empregados — no mesmo período, o índice de
empregabilidade de mestres era de 65%”. No que se refere a diferença salarial em comparação
com o restante da população os dados revelam que “um doutor tem um salário mensal médio
de R$ 13.861, enquanto a remuneração do restante dos brasileiros é calculada em R$ 2.449”.
Pelo que pese que salário não é uma das variáveis mais importantes para a qualidade dos
programas porque outras questões são mais impactantes nessa atual conjuntura, há que se
destacar também, que conforme esse levantamento que “o número de pessoas que ingressam
nos programas acadêmicos ainda é baixo, e que de acordo com o Censo de 2010, pouco
menos de 0,5% da população tem um diploma de mestre ou doutor”.

Essas são questões que nos desafiam e assumindo nossos compromissos temos
buscado enfrentar nossos problemas internos, promovendo eventos, como este, e nos
articulando às redes de pesquisas, preocupados com a endogenia, mas entendendo que a partir
de nossa capilaridade coletiva seremos capazes de avançar para ações, programas e projetos
de pesquisas com qualidade referenciada.
5

SUMÁRIO

MILITARIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA NO TOCANTINS: UMA POLÍTICA EDUCACIONAL


DA PEDAGOGIA PRUSSIANA LIBERAL .......................................................................................... 8
AUTONOMIA DO PODER LOCAL DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE ARAGUAÍNA:
UNIDADE E COERÊNCIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO .......................................................... 9
PERFIL DA EMPREGABILIDADE DOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS ................................................................................ 10
MÉTODOS INOVADORES NO PROCESSO DE LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE COM A
TURMA DO 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL MANCHETE –
MUNICIPIO DE MARIANÒPOLIS -TOCANTINS ........................................................................... 11
FORMAÇÃO DOCENTE: NA PERSPECTIVA DA INTERCULTURALIDADE E DA
COMPLEXIDADE ............................................................................................................................... 12
AS CRIANÇAS DA ERA DAS MÍDIAS DIGITAIS E SUA RELAÇÃO COM A LEITURA NO
COLÉGIO SANTA CRUZ DE ARAGUAÍNA-TO ............................................................................. 13
ALFABETIZAR NA ERA DIGITAL ................................................................................................... 14
DISCUTINDO GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ................................................................... 15
OS ESTEREÓTIPOS DE “COISAS” DE MENINO E “COISAS” DE MENINA .............................. 15
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE SANTO AGOSTINHO EM DE MAGISTRO E DOCTRINA
CHRISTIANA....................................................................................................................................... 17
O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO ESCOLÁSTICA E O PAPEL DE MESTRE NO PROCESSO DE
PRODUÇÃO DO SABER .................................................................................................................... 18
AS POTENCIALIDADES DO ROLEPLAYING GAME (RPG) NA EDUCAÇÃO: CASE COM
JOVENS EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE EM PALMAS - TO ......................... 19
NARRATIVAS DIGITAIS: SABERES ESTÉTICOS E (PER) FORMATIVOS NA LEITURA E
ESCRITA ESCOLAR ........................................................................................................................... 21
VALORIZAÇÃO E O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS PLANOS DE CAREIRA DOS
PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO. ................................................................................................ 23
A ROBÓTICA COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL DIGITAL ................................................ 25
ESTADO DA ARTE DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO HOSPITALAR: UM ESTUDO DAS TESES
E DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS NO BRASIL A PARTIR DA SEGUNDA DÉCADA DO
SÉCULO XXI ....................................................................................................................................... 26
O DESENVOLVIMENTO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE
SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES: IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE ........................... 27
REMINISCÊNCIAS MATEMÁTICA DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL
EGRÉSSOS DO ENSINO MÉDIO ...................................................................................................... 28
ALTAS HABILIDADES: AS ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS EM
IDENTIFICAR E ATENDER CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ............................ 29
CONEXÕES ENTRE MATEMÁTICA E ARTE: BUSCA DE CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO
DE UMA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INTERATIVA. .................................................................. 30
6

EDUCAÇÃO DO CAMPO E ESCOLA COMUNITÁRIA: RESISTINDO NUM CONTEXTO DE


DESISTÊNCIA ..................................................................................................................................... 31
JOGOS PARA LETRAMENTO ONLINE DE CRIANÇAS PEQUENAS.......................................... 32
O ACESSO DA PESSOA COM NEE NA ESCOLA DE ENSINO REGULAR: OS DESAFIOS DA
INCLUSÃO........................................................................................................................................... 33
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DAS DIVERSIDADES E
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS DESENVOLVIDAS EM CMEI’S PALMENSES ......................... 34
APRENDENDO COM AS MEMÓRIAS E INTELECTUALIDADES DOS PROFESSORES
APOSENTADOS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. .......................................................... 35
ENTRE ABROLHOS E FERROLHOS: ENFRENTAMENTOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E
[OU] DA EDUCAÇÃO ........................................................................................................................ 36
A SEXUALIDADE NA EXPERIÊNCIA DO ENVELHECIMENTO DE HOMENS GAYS............. 38
O DUETO: EDUCAÇÃO INDÍGENA E EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA .............................. 39
DE CAMINHA A ZÉ CARIOCA: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL ................. 40
FUNDAMENTOS E PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO DO CAMPO DE
PALMAS-TO: POR UMA RELIGAÇÃO DOS SABERES ................................................................ 42
A LEITURA CRÍTICA DAS MÍDIAS: A EDUCOMUNICAÇÃO NO ENSINO JURÍDICO
SUPERIOR ........................................................................................................................................... 43
AS AÇÕES EDUCATIVAS DO PROGRAMA SABER SAÚDE NO ENFRENTAMENTO E
PREVENÇÃO DO TABAGISMO E OUTROS FATORES DE RISCO COM CRIANÇAS,
ADOLESCENTES E JOVENS NAS ESCOLAS DO TOCANTINS. .................................................. 44
SOFTWARE EDUCACIONAL PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS NO APRENDIZADO DE
BIOLOGIA ........................................................................................................................................... 46
UM ESTUDO EM PESQUISAS QUE TEMATIZAM O PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE FRAÇÃO ........................................................................................................ 47
O ENSINO DE FRAÇÕES POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DESENVOLVIDA
COM ESTUDANTES DO CURSO DE MATEMÁTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TOCANTINS ........................................................................................................................................ 48
A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DOS
CONSELHOS ESCOLARES E SEUS EFEITOS NOS SISTEMAS MUNICIPAIS DE ENSINO DO
ESTADO DO TOCANTINS ................................................................................................................. 49
A EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO DE MODERNIDADE LÍQUIDA: UMA PROPOSTA DE
CURRÍCULO INTERATIVO............................................................................................................... 50
OS JOVENS NO/DO ENSINO MÉDIO: SEUS MOTIVOS, SEUS INTERESSES, SUAS
EXPECTATIVAS ................................................................................................................................. 51
REVISÃO, ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DA NOVA NORMA DE PLANEJAMENTO E
CONDUTA DE ENSINO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO TOCANTINS: UM
COROLÁRIO QUALITATIVO DE UMA DISSERTAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS ................ 53
DIVERSIDADE CULTURAL NA EDUCAÇÃO TOCANTINENSE: UMA PERSPECTIVA
POSSÍVEL DE MUDANÇA ................................................................................................................ 54
O GÊNERO TEXTUAL CHARGE NA COBERTURA DA EDUCAÇÃO: ANÁLISE DE IMAGEM
E DISCURSO........................................................................................................................................ 55
7

A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA


EDUCAÇÃO DO CAMPO ................................................................................................................... 57
A LEI FEDERAL 10.639/03 NA PRÁTICA: PROBLEMATIZANDO E DESENVOLVENDO
ATIVIDADES VOLTADAS PARA A VALORIZAÇÃO DAS AFRICANIDADES NO CONTEXTO
ESCOLAR............................................................................................................................................. 58
AS REPRESENTAÇOES SOCIAIS DO FRACASSO ESCOLAR PARA OS PROFESSORES EM
UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ARAGUATINS/TO .................................................... 59
NARRATIVAS DOS ESTUDANTES DEFICIENTES VISUAIS NO ENSINO SUPERIOR ............ 60
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO HUMANA: DIREITO À EDUCAÇÃO E CLASSES
MULTISSERIADAS ............................................................................................................................ 61
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR E DO
PROCESSO DE ENSINO DA LEITURA PARA OS ALUNOS DO 6º ANO DA ESCOLA
MUNICIPAL SEBASTIÃO DE SALES MONTEIRO ........................................................................ 62
CORPO CRIATIVO: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES
DE DANÇA .......................................................................................................................................... 63
IDOSO ATIVO NA ERA TEMER PÓS REFORMA PREVIDENCIÁRIA ........................................ 64
LIBERDADE E ESPIRITUALIDADE PARA O BEM VIVER .......................................................... 65
ELOS INTERGERACIONAIS ENTRE AVÓS DE NETOS COM DEFICIÊNCIA ........................... 66
8

MILITARIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA NO TOCANTINS: UMA POLÍTICA


EDUCACIONAL DA PEDAGOGIA PRUSSIANA LIBERAL

Tomaz Filho
Mestrando em Educação PPGE/UFT. Licenciado em Filosofia. Professor de Filosofia do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA.

Damião Rocha
Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT.

Resumo: A educação militar tem sua prática embasada em fundamentos conceituais da


pedagogia prussiana liberal que surge na Prússia no reinado de Frederico Guilherme I, se
dissemina por meio da ideia de disciplina e rigor. Chega ao Brasil por meio dos ideais
iluministas do Marquês de Pombal. Devido às crises da organização educacional brasileira,
dá-se a intervenção do Estado prussiano por meio do militarismo. O militarismo da escola
pública é nada mais que a minimização das responsabilidades estatais para com os indivíduos,
responsabilizando-se por seu desenvolvimento intelectual e disciplinar. Este artigo tem como
objetivo a compreensão do desenvolvimento histórico da educação prussiana liberal como
ideal de política educacional na escola militar do Tocantins. Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica e documental em andamento no Programa de Pós-Graduação em educação da
Universidade Federal do Tocantins. O prussianismo é modelo político que se fundamenta na
liberalidade do Estado. No campo da educação, as decisões, os documentos e as políticas são
realizados de forma piramidal, de cima para baixo, inviabilizando a participação da sociedade
civil. Por isso, se diz que a implantação dos colégios militares é prussiana, visto que, em sua
maioria, não se estabelece um diálogo ou consulta a comunidade local para sua instalação. É
prussiana ainda quanto à gestão, na qual os maiores cargos e tomadas de decisões ficam
circunscritas ao âmbito da cúpula militar. Como conclusão, pode-se inferir que estudar o
militarismo da escola pública como política educacional perpassa pela investigação radical de
seus fundamentos teórico-analíticos, e requer a percepção de que a implementação de tal
política é mecanismo de subserviência, desumanização e desresponsabilizarão do Estado
quanto a formação dos cidadãos.

Palavras-chave: Educação militar. Disciplina. Prussianismo estatal.

Referencias
CPMTO, Colégio da Polícia Militar Caderno do Aluno. 2014. Palmas.
http://pm.to.gov.br/institucional/estrutura-geral/04-rgaos-especiais/cpm-colegio-da-policia-
militar-de-palmas/. Acesso: 05-10-2016.
EBY, Frederick. História da educação moderna: teoria, organização e práticas
educacionais. 2ª ed. Porto Alegre: Globo. 1976
LOCKE, John. Alguns pensamentos acerca da educação. Tradução: Avelino da Rosa
Oliveira e Gomercindo Ghiggi. Cadernos de Educação. Fae/UFPel, Pelotas. Nº 13. ago./dez.
1999. p. 147 – 173
9

AUTONOMIA DO PODER LOCAL DO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE


ARAGUAÍNA: UNIDADE E COERÊNCIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO

Karla Beatriz H. R. Hashimoto


Mestranda em Educação PPGE/UFT. Graduada em Direito pelas Faculdades Integradas Antonio Eufrásio de
Toledo. Docente da Faculdade Católica Dom Orione.

Rosilene Lagares
Doutora e Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Resumo: O presente trabalho busca verificar se existe unidade e coerência entre o conjunto
de normas jurídicas internas vigentes necessárias ao processo efetivo de institucionalização do
Sistema Municipal de Ensino de Araguaína e o ordenamento jurídico nacional regulador do
campo educacional. Em primeiro lugar, o estudo do ordenamento jurídico vigente em nosso
país que trata do assunto é necessário. A compreensão do significado e dos elementos que
compõem o sistema educacional e um sistema municipal de ensino também se apresenta de
suma importância, uma vez que possibilita a comparação entre o conjunto dessas normas e do
sistema municipal de ensino de Araguaína. Assim, a presente pesquisa é aplicada, em razão da
busca por produzir conhecimentos de aplicação prática, buscando a solução deste problema
em específico. A abordagem do assunto encontra-se amparada na pesquisa qualitativa. A
revisão da literatura e pesquisa documental é utilizada na coleta de dados e informações. A
conclusão da presente pesquisa se dá com a elaboração de um documento orientando como o
município poderá guardar a necessária unidade e coerência entre o conjunto de normas
jurídicas internas vigentes e o ordenamento jurídico nacional. Na realidade, apesar de
constatar-se a existência de alguns aspectos truncados na necessária unidade e coerência que
deve existir entre um sistema de ensino e as demais normas que regulam o assunto, a busca
por princípios e propostas que melhorem a realidade atual é imperiosa.

Palavras-chave: Direito à Educação; Legislação; Sistema Municipal de Ensino.

Referências
BRASIL. Congresso Nacional. Constituição. República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez.
1996.
CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
LAGARES, Rosilene. Organização da Educação Municipal no Tocantins: entre a
conservação de redes e o processo efetivo de institucionalização de sistemas. 2008. 175 f.
Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade
Federal de Goiás, Goiânia, 2008.
SAVIANI, Dermeval. Sistemas de ensino e planos de educação: o âmbito dos municípios.
Educação & Sociedade. Campinas, ano 20, n. 69, p. 119-136, dez. 1999.
10

PERFIL DA EMPREGABILIDADE DOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS


CONTÁBEIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Ariane Aline Ferreira Pereira

Valtuir Soares Filho

Resumo: O curso de Ciências Contábeis oferece um leque de oportunidades na atuação


profissional. Os bacharéis registrados como contadores podem ser professores, ter um
escritório contábil, podem ser consultores, peritos, auditores, trabalhar em empresas de
terceiros, dentre outros. Este trabalho objetivou mapear a área de atuação profissional, dos
acadêmicos de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Tocantins, enquanto alunos, no
interstício de janeiro a dezembro de 2017, com acadêmicos do 1º ao 8º período do curso,
tendo como população 351 alunos. A amostra definida foi 50% da população, o que
representou 175 alunos, somente 107 alunos responderam, perfazendo um total de 61%. Para
tanto, utilizou-se da pesquisa bibliográfica descritiva, com abordagem quantitativa, de
levantamento de campo, com o método de survey utilizando-se a ferramenta google docs para
envio do questionário aplicado aos acadêmicos, no período supracitado. Por meio das
respostas obtidas percebeu-se que a maioria é formada por jovens de 20 a 24 anos, sendo
51,9% a segunda faixa etária de maior destaque foi de 25 a 29 anos com 24% e que na
amostra 82,1%, cursaram o ensino médio em escola pública. O gênero predominante é
masculino com 53,8 % dos entrevistados, também se constatou que a maior parte dos
acadêmicos não atuam na área pois, 55,2%, trabalham e áreas totalmente diversa à
contabilidade. A pesquisa mostrou que 16,2% estão estagiando na área de contábil e que
14.3% atuam em áreas afim no do curso, já que 11,3% estão no setor financeiro e 3% em
outras áreas correlatas. Por fim a pesquisa evidenciou, também que a apesar de grande parte
dos acadêmicos não atuarem na área contábil, eles demostraram interesse ao concluírem o
curso seguir a carreira de auditor fiscal, com mais de 40% de interessados. Os acadêmicos
relataram que não estão atuando na área contábil, pela falta de mais atividades práticas na área
ao longo do curso.

Palavras-chave: Ciências Contábeis, Atuação Profissional, Acadêmicos


11

MÉTODOS INOVADORES NO PROCESSO DE LEITURA, ESCRITA E


ORALIDADE COM A TURMA DO 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA
ESCOLA MUNICIPAL MANCHETE – MUNICIPIO DE MARIANÒPOLIS -
TOCANTINS

Danilo Marcus Barros Cabral


danilobarros227@gmail.com; Instituto Federal Educação, Ciência e Tecnologia – IFPA/CNPq

Resumo: O presente artigo tem como foco explanar em discussões, conceitos modernos de
letramento, com vistas a expandir o poder das habilidades linguísticas dos alunos de uma
turma do quinto ano do ensino fundamental de uma pequena comunidade, levando em
consideração a questão do mundo extraescolar, onde podemos considerar o eixo para um
desenvolvimento linguístico ao favorecer os educandos uma sociedade mutante e moderna,
onde as habilidades de leitura, escrita e oralidade tornam-se essenciais ao convívio no mundo
contemporâneo. No que se refere à metodologia, foi feita uma pesquisa bibliográfica,
realizando-se um estudo de como os livros didáticos atuais trazem à tona a questão do
letramento, analisando os estudos contextualizados, e como se dão na prática a associação que
as instituições fazem com o mundo de informações fora da escola, aproveitando as múltiplas
formas de leituras sobre assuntos diversos. Temos por base científica a teoria histórico-
cultural, que nos conceitua o letramento como linguagem sociocultural construída ao longo do
tempo. Com um nível elevado de questionamentos foram recolhidos dados no pequeno
assentamento de “Piracema” na cidade de Marianópolis – TO, Estado do Tocantins, onde foi
revelado que, os eventos modernos de letramentos contextualizados às informações
constantemente atualizadas, podem enriquecer o poder de interpretação dos estudantes do
quinto ano do ensino fundamental da Escola Manchete, quando se colocam atualizados com o
mundo prático de informações, ou seja, a compreensão se torna enfática quando se associa a
realidade do livro didático com as ciências sociais. Com pareceres didáticos foi feita a
constatação de caminhos que podem trazer à sociedade fórmulas de integrações
socioeducativas com a finalidade de evoluir o poder linguístico dos estudantes. Assim,
constatamos que os avanços são invisíveis, pois ainda se tem uma visão escolar
tradicionalista, restrita à diversidade e diversas formas linguísticas de aprendizado e à
interpretação do mundo real. Há muitas barreiras para que a escola se estabeleça de fato como
instituição que prevaleça os diversos caminhos de leitura e interpretação do mundo.

Palavras-chave: Transformação. Futuro. Letramento. Avanço.

Referências
CANDAU, Vera Maria. Escola, Didática e interculturalidade: desafios atuais. In: LIBÂNEO,
José Carlos e SUANNO, Marilza V. R. (Orgs.) Didática e escola em uma sociedade
complexa. Goiânia: CEPED, 2011. 216 p.
CANDAU, Vera Maria. Construir ecossistemas educativos. Reinventar a escola. In
CANDAU, Vera Maria (Org) Reinventar a escola. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010
12

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam .23ªEd. São
Paulo: Cortez, 1989.
LIBÂNEO, José Carlos; SUANNO, Marilza Vanessa Rosa (Org.). Didática e escola em uma
sociedade complexa. Goiânia: CEPED /Editora Cegraf UFG, 2011.
SOARES, Magda Becker. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica
Editora, 2010. 128p.

FORMAÇÃO DOCENTE: NA PERSPECTIVA DA INTERCULTURALIDADE E DA


COMPLEXIDADE

Josivânia Sousa Costa Ribeiro


Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Tocantins; e-mail: josivaniascr@uft.edu.br

Idemar Vizolli
Doutor em Educação/UFSC. Mestre em Educação/UFPR. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal do Tocantins, e-mail: idemar@uft.edu.br

Maria José de Pinho


Doutora em Educação e Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do
Tocantins-PPGE, e-mail: mjpgon@uft.edu.br

Resumo: Este trabalho busca refletir sobre a relevância dos estudos da educação intercultural
e da teoria da complexidade nos ambientes de formação docente. Para tanto, baseou-se
metodologicamente em um estudo bibliográfico com abordagem qualitativa e exploratória,
cuja dimensão pautou-se nas concepções de CANDAU (2012); MORIN (1990, 1998, 2000,
2001b); MORAES (2012a, 2012b, 2015) dentre outros. Compreender a formação dos
docentes, tanto a inicial como a continuada, é primordial para a ressignificação do papel
docente diante das adversidades. Todavia, a atuação profissional deve valorizar o ser humano
em todas as suas multimensionalidades. Por meio da formação, os docentes terão a
oportunidade de conhecer e apreender conhecimentos, vivenciar experiências e desenvolver
uma prática efetiva na escola, contemplando a interculturalidade e a complexidade. A
superação da visão linear e disciplinar, do olhar que separa, fragmenta e compartimentaliza os
fenômenos do universo, requer dos educadores uma nova visão que propõe aos estudantes
uma noção do todo, ou seja, que as partes integram o todo, e o todo compõe as partes. Ao
conceber o processo de formação como primordial ao desenvolvimento de sua prática, os
docentes reconhecem que não cabem mais reproduzir discursos cristalizados, preconceituosos,
e sim buscar o entendimento teórico e reflexivo com vista a contribuir com a educação
complexa e intercultural nos contextos escolares.

Palavras-chave: Formação docente. Interculturalidade. Complexidade

Referências
BEHRENS, M. A – Contributos de Edgar Morin e Paulo Freire no Paradigma da
Complexidade IN: BEHRENS, M. A; ENS, R. T- Complexidade e Transdisciplinaridade:
Novas Perspectivas Teóricas e Práticas para a Formação de Professores. 1 ed. Curitiba,
Appris, 2015.
CANDAU, V. M (org) Sociedade multicultural e educação. Tensões e desafios. In:
CANDAU, V. M (org) Didática Crítica Cultural. Rio de Janeiro; Vozes, 2012.
13

Morin. E. Os setes saberes necessários à educação do futuro. São Paulo. Cortez. Brasília-DF –
UNESCO, 2000.

AS CRIANÇAS DA ERA DAS MÍDIAS DIGITAIS E SUA RELAÇÃO COM A


LEITURA NO COLÉGIO SANTA CRUZ DE ARAGUAÍNA-TO

Liliane Rodrigues de Almeida Menezes


Mestranda do Mestrado Profissional em Educação – UFT.

Francisca Rodrigues Lopes


Doutora e Mestre em Comunicação e Semiótica/PUC-SP. Docente da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Resumo: Com os avanços tecnológicos no mundo contemporâneo não se pode mais negar a
presença das novas e mais variadas mídias no cotidiano de muitas crianças, dentro e fora da
escola. Quando se fala de mídia em educação percebe-se que as crianças têm grande domínio
no uso de mídias digitais e vão colocando estas em substituição aos livros. Para essa nova
geração que, com apenas um click, recebem muitas informações, a leitura de um livro literário
tem se tornado algo cansativo e menos atraente. Outro ponto que se tornou relevante é a
digitalização dos livros, que potencializou a disseminação do conhecimento, entretanto, essa
“disseminação” não significa um aumento do número de leitores, porque a leitura realizada na
frente do computador muitas vezes se dá de forma fragmentada, pois ao mesmo tempo em que
se lê, podem-se fazer outras conexões com outras redes sociais. A tarefa da escola em formar
crianças para leituras na era das mídias digitais precisa ser uma constante, não como uma
obrigação, mas pela necessidade da formação de leitores proficientes na sala de aula, capazes
de compreender a obra em sua totalidade. Desta forma é de grande relevância pensar nas
mídias no meio deste processo, pois negar sua presença seria inútil. A escola precisa estar
preparada para receber as crianças da era tecnológica informacional, que já chegam à sala de
aula com um repertório midiático, é necessário realizar essa ligação com as novas mídias e a
leitura de livros literários, como também a realização de um trabalho sério em sala de aula,
contextualizando histórias dos livros e mostrando para as crianças seu verdadeiro valor. Esta
concepção trouxe a necessidade de se realizar uma pesquisa no Colégio Santa Cruz de
Araguaína (TO), com o intuito de responder a problemática: que tipos de leituras fazem as
crianças da era das mídias digitais, e o que fazer para despertar nelas um maior interesse pela
leitura de livros literários? Partindo da hipótese que na era da popularização das mídias
digitais é quase certo que poucos alunos leem espontaneamente livros literários, tem-se como
objetivo geral levantar os tipos de leitura que as crianças do ensino fundamental costumam
fazer e apresentar sugestões que possam despertar o interesse delas pela leitura literária. Para
subsidiar essa pesquisa teremos como base teórica: COSSON (2014) ECO (2010) FANTIN
(2012) MAIA (2007) MORAN (2006) SOLÉ (1998) YUNES (2003), entre outros, que
certamente trarão contribuições a temática aqui proposta pela pesquisadora. Quanto a natureza
e objetivos a pesquisa será realizada na forma aplicada e exploratória, com abordagem
qualitativa e terá como procedimento a pesquisa de campo, utilizando como instrumento,
questionários, entrevista semiestruturada e observação aos partícipes do processo. Do ponto
de vista técnico, a pesquisa também fará uma revisão bibliográfica necessária à compreensão
e aprofundamento do tema, tendo como sujeitos os professores de lingua portuguesa,
14

bibliotecários e alunos do Colégio Santa Cruz de Araguaína (TO). A etapa final dessa
pesquisa é a análise dos dados e a construção de um catálogo indicativo de links e clipes com
sugestões de vídeos e livros de literatura para estimular a criança a ler e refletir sobre as obras
com clareza, transformando-o em um leitor crítico que entende o que está lendo e que
compreende as diversas interpretações de uma história.

Palavras chave: Mídia, Educação, Leitura e Literatura.

ALFABETIZAR NA ERA DIGITAL

Elizangela Silva de Sousa Moura


Mestranda em Educação/PPPGE/UFT; mouraely@gmail.com

Maria das Graças Aires de Medeiros Andrade


Mestranda em Educação/PPPGE/UFT; andrade.mgraca@gmail.com

Francisca Rodrigues Lopes


Doutora em Comunicação e Semiótica e Docente da Universidade Federal do Tocantins – UFT;
france@uft.edu.br

Resumo: Ao recorrer ao dicionário Houaiss (2009, p. 90) encontra-se a seguinte definição


para o termo Alfabetização: “o ato ou efeito de alfabetizar, de ensinar as primeiras letras”, no
entanto, esse conceito amplia-se no contexto atual da cibercultura e dos múltiplos letramentos.
Então, para ser considerado alfabetizado nesse contexto, faz-se necessário ir além da
aquisição da decodificação de signos, tendo em vista que a sociedade atual apresenta um alto
avanço tecnológico, aumento de informação e acesso às tecnologias de informação e de
comunicação, o que torna urgente e necessário ao indivíduo o domínio dos diferentes códigos
das diversas linguagens presentes na sociedade contemporânea. Para essa sociedade, o sujeito
só estará alfabetizado se for capaz de ver, interpretar e problematizar imagens da televisão, de
assistir e compreender os filmes, de analisar as publicidades, de ler e problematizar as notícias
de jornais, de escutar e de identificar os programas de rádio, de saber usar o computador, de
navegar nas redes sociais, ou seja, essas mídias e outras não podem ficar mais fora do
processo de alfabetização. É com esta concepção, que se propôs a realização de uma pesquisa
junto aos professores alfabetizadores do Colégio Santa Cruz em Araguaína (TO), com o
intuito de responder a problemática: Como os professores se apoderam das mídias digitais e
utilizam-nas como ferramentas pedagógicas para uma alfabetizadora inovadora? Partindo da
hipótese de que os professores inseridos na era digital não estão alheios a ela, porém pouco
sabem tirar proveito desta como mediação pedagógica em sala de aula. A pesquisa tem como
objetivo geral investigar a percepção dos professores sobre a utilização das mídias digitais no
processo de alfabetização, tendo com pretensão, ao final da pesquisa, apresentar uma
proposição de alfabetização utilizando-se de meios tecnólogicos (computador, internet,
celular, video e etc). Quanto a natureza a pesquisa será aplicada e exploratória, com
abordagem qualitativa, contando como procedimento a pesquisa de campo, subsidiada com os
instrumentos da entrevista semiestruturada e observação aos partícipes do processo, tendo
como sujeito os professores alfabetizadores do Colégio Santa Cruz de Araguaína – TO. A
etapa final dessa pesquisa é a análise dos dados e a apresentação de uma proposição didática
para a alfabetização a partir das imagens da mídia digital. Torna-se relevante, portanto,
verificar se o professor faz uso do método de alfabetização tradicional como única ferramenta
15

ou se alia a sua prática pedagógica também o uso das mídias digitais, visto que estamos
cercados de máquinas eletrônicas e digitais, sem contar que, desde cedo e a todo instante, as
crianças têm acesso ao “mundo digital”, numa sociedade altamente tecnológica e na era da
cibercultura, não sendo admissível que a alfabetização fique alheia a essa realidade. Para
subsidiar essa pesquisa buscou-se como base teórica: BRITO (2007), FANTIN (2008),
SOARES (1998), VALENTE (2000) e MORIN (2000), entre outros, que certamente trarão
contribuições a temática aqui proposta pela pesquisadora.

Palavras-chave: Alfabetização. Professor. Mídia digital.

DISCUTINDO GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:


OS ESTEREÓTIPOS DE “COISAS” DE MENINO E “COISAS” DE MENINA

Rutileia Carvalho Xavier Pinho


Mestranda em Educação PPGE/UFT. Licenciada em Pedagogia; Email: rcarvalhouft@gmail.com

Damião Rocha
Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT.

Resumo: Este texto visa colaborar no sentido de reconhecer, divulgar e demonstrar a


possibilidade - e necessidade - de um processo contínuo e dinâmico de educação ao longo da
vida, focado nos estudos relacionados às questões de gênero e seus impactos no processo
educativo. Desta forma residindo aí à centralidade da justificativa social dando visibilidade a
uma área formativa que, parcialmente tem pouco espaço de anuência pelos ambientes
escolares, e que vem de maneira contributiva influir na formação cultural e social da criança
pequena, em contraposição aos padrões sociais estabelecidos a homens e mulheres. O tema
constitui-se na educação infantil frente às discussões de gênero no ambiente escolar. O
problema da pesquisa concentra-se em: as práticas pedagógicas das pedagogas que atuam na
educação infantil podem influenciar e/ou reforçam o comportamento construído socialmente
em relação a meninos e meninas, na idade de 4 e 5 anos, numa instituição municipal de
educação infantil, na cidade de Lajeado-TO? Os objetivos estão relacionados à compressão da
atuação das pedagogas na educação infantil, frente às discussões de gênero no ambiente
escolar, em que o comportamento socialmente construído influencia e/ou reforça padrões de
gênero estabelecidos para meninos e meninas, na fase pré-escolar, numa instituição municipal
de educação infantil, na cidade de Lajeado-TO. Os objetivos específicos conhecer as práticas
escolares da instituição, em específico em relação a gênero; Compreender a importância das
discussões de gênero na educação infantil; e entender o processo de produção e reprodução
dos lugares socialmente construídos para meninos e meninas no âmbito da escola. O
referencial teórico buscou-se aporte em: Conceituando a Educação Infantil no Brasil:
(CF/1988); (ECA/1990); (LDB/1996); (RCNEI/1998); (PNQUEIs/2006); (DCNEIs/2009); e
(OLIVEIRA, 2010). E Relações de Gênero no Ambiente Escolar: (LOURO, 2003);
(FERREIRA, 2006); (GOELLNER; GUIMARÃES E MACEDO, 2011); e (BERTUOL,
2013). Metodologia será desenvolvida a partir da Pesquisa Aplicada (CERVO e BERVIAN,
2007); a Abordagem por meio da Pesquisa Qualitativa (LÜDKE e ANDRÉ, 1986); os
Objetivos pela Pesquisa Descritiva (GIL, 2009); as Estratégias empregadas na coleta de dados
e informação, por meio da Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental e da Pesquisa de
Campo. A pesquisa de campo utilizará as estratégias da Etnografia da Prática Escolar
(ANDRÉ, 1995), configuradas na observação participante, entrevistas intensivas e análise de
documentos. Procedimentos de coletas de dados, o universo da pesquisa: O local onde a
16

pesquisa será realizada consiste num centro municipal de educação infantil, na cidade de
Lajeado-TO. Os Sujeitos da pesquisa: Caracterizam-se pelas pedagogas que atuam na
educação infantil, especificamente na fase da pré-escola, que atende crianças entre 4 a 5 anos
de idade. Amostra da pesquisa: escolha por essa instituição se justifica devido que a
pesquisadora, durante a graduação (licenciatura em pedagogia) realizou o seu estágio
curricular obrigatório (2013), na instituição de educação infantil. E em algumas atividades de
interação com as crianças observou-se que algumas professoras reforçavam e também
influenciavam padrões sociais construídos para meninos e meninas. O recorte dos sujeitos: A
escolha pelos(as) pedagogo(as), como os sujeitos da pesquisa justifica-se por ser esse o
profissional licenciado para atuar na docência da educação infantil, (creche e pré-escola)
conforme preconiza a Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006. Recorte pela fase da
pré-escola: justifica-se que, nessa fase, as crianças têm um pouco mais de compreensão do
mundo ao seu redor e são menos dependentes fisicamente do adulto possuindo maior
interatividade com meio ao qual estão inseridas proporcionando assim, uma observação mais
restrita das práticas pedagógicas dos profissionais pesquisados. Procedimentos de registro de
dados: Os procedimentos para o registro de dados e informações serão intencionalmente
planejados, por meio de: diário de bordo; fichamentos de citação direta; fotografias e também
através de entrevistas intensivas gravadas e filmadas. Por se tratar de uma intenção de
pesquisa, as análises e discussões ainda não foram iniciadas.

Palavras-chave: Educação Infantil. Pedagogas. Relações de Gênero

Referências
BERTUOL, Bruna. Coisas de menino ou menina? Pedagogias de gênero nas escolas de
educação infantil. Dissertação (Mestrado). Centro Universitário La Salle – UNILASALLE,
Canoas, RS, 2013. Disponível em:
http://biblioteca.unilasalle.edu.br/docs_online/tcc/mestrado/educacao/2013/bbertuol.pdf.
Acesso em: 30/06/2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno.
Resolução CNE/CP n. 1 de 15 de maio de 2006 que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Pedagogia.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/DCNEIs. Brasília, 2009.
FERREIRA, Márcia Ondina Vieira. Docentes, representações sobre relação de gênero e
consequências sobre o cotidiano escolar. In: SOARES, Guiomar Freitas; SILVA, Meri
Rosane Santos da; RIBEIRO, Paula Regina Costa (Orgs). Corpo, gênero e sexualidade.
Problematizando práticas educativas e culturais. Rio Grande/RS: Edit. da FURG, 2006, pp.
69-82.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista.
Petrópolis, RJ:Vozes, 6ª edição, 2003. Disponível em:
http://www.mulheresprogressistas.org/AudioVideo/genero-sexualidade-e-educacao.pdf.
Acesso em: 30/06/2016.
17

O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE SANTO AGOSTINHO EM DE MAGISTRO E


DOCTRINA CHRISTIANA

Luciano Zilli
Mestre em Educação/UFT. Graduado em Teologia e Filosofia.

Damião Rocha
Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT.

Resumo: Este estudo analisa as concepções de educação, currículo e a relação entre mestre e
discípulo, em Santo Agostinho, o principal representante do movimento patrístico, durante os
primeiros séculos do cristianismo. Para melhor compreensão desses temas, serão analisadas,
de antemão, a antropologia e a epistemologia agostiniana, temas introdutórios para
compreensão de seu pensamento. Após essa introdução, passa a se analisar as duas obras de
maior relevância de seu pensamento, no que se refere à educação e ao relacionamento entre
mestre e discípulo (De Magistro), ao currículo escolástico, oriundo do paganismo, que se
consolidará na Idade Média no formato das Artes Liberais do Trivium e Quadrivium (De
Doctrina Christiana). Será demonstrado como em Santo Agostinho o papel do mestre
consiste em “auxiliar” o aluno no processo de aquisição do conhecimento, sendo Cristo o
verdadeiro Mestre, o único capaz de “iluminar” a mente do homem e lhe proporcionar o
conhecimento das coisas. Quanto ao conteúdo do ensino, Santo Agostinho lança mão do
patrimônio cultural e intelectual produzido pelo paganismo e tenta harmonizá-los com a
doutrina cristã, com o escopo de melhor compreendê-la. Nesse sentido, as disciplinas das
Artes Liberais são consideradas idôneas para a correta interpretação da Sagrada Escritura.
Esse movimento de inculturação entre paganismo e cristianismo se ancorou no binômio
fé/razão (fides et ratio), onde o pensamento filosófico serviu de suporte para a explicação dos
dogmas teológicos do cristianismo. Como conclusão desse estudo, apresentar-se-á Santo
Agostinho como o grande humanista e educador de seu tempo e como sua concepção
pedagógica, que apresenta o professor como “mediador” do conhecimento, valoriza o esforço
do aluno, que busca “dentro de si” o sentido do que se está aprendendo. Desse modo, Santo
Agostinho antecipa as modernas teorias da educação, que rechaçam os modelos pedagógicos
onde o aluno se reduz a uma “tábua rasa”, um “banco” onde se “deposita” o conhecimento,
comprometendo a formação integral do indivíduo.

Palavras-chave: Santo Agostinho. De Magistro. De Doctrina Christiana. Currículo. Artes


Liberais
18

O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO ESCOLÁSTICA E O PAPEL DE MESTRE NO


PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SABER

Luciano Zilli
Mestre em Educação/UFT. Graduado em Teologia e Filosofia.

Damião Rocha
Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT.

Resumo: Este estudo analisa as concepções de educação, currículo e a relação entre mestre e
discípulo, em Santo Agostinho, o principal representante do movimento patrístico, durante os
primeiros séculos do cristianismo. Para melhor compreensão desses temas, serão analisadas,
de antemão, a antropologia e a epistemologia agostiniana, temas introdutórios para
compreensão de seu pensamento. Após essa introdução, passa a se analisar as duas obras de
maior relevância de seu pensamento, no que se refere à educação e ao relacionamento entre
mestre e discípulo (De Magistro), ao currículo escolástico, oriundo do paganismo, que se
consolidará na Idade Média no formato das Artes Liberais do Trivium e Quadrivium (De
Doctrina Christiana). Será demonstrado como em Santo Agostinho o papel do mestre
consiste em “auxiliar” o aluno no processo de aquisição do conhecimento, sendo Cristo o
verdadeiro Mestre, o único capaz de “iluminar” a mente do homem e lhe proporcionar o
conhecimento das coisas. Quanto ao conteúdo do ensino, Santo Agostinho lança mão do
patrimônio cultural e intelectual produzido pelo paganismo e tenta harmonizá-los com a
doutrina cristã, com o escopo de melhor compreendê-la. Nesse sentido, as disciplinas das
Artes Liberais são consideradas idôneas para a correta interpretação da Sagrada Escritura.
Esse movimento de inculturação entre paganismo e cristianismo se ancorou no binômio
fé/razão (fides et ratio), onde o pensamento filosófico serviu de suporte para a explicação dos
dogmas teológicos do cristianismo. Como conclusão desse estudo, apresentar-se-á Santo
Agostinho como o grande humanista e educador de seu tempo e como sua concepção
pedagógica, que apresenta o professor como “mediador” do conhecimento, valoriza o esforço
do aluno, que busca “dentro de si” o sentido do que se está aprendendo. Desse modo, Santo
Agostinho antecipa as modernas teorias da educação, que rechaçam os modelos pedagógicos
onde o aluno se reduz a uma “tábua rasa”, um “banco” onde se “deposita” o conhecimento,
comprometendo a formação integral do indivíduo.
19

Palavras-chave: Santo Agostinho. De Magistro. De Doctrina Christiana. Currículo. Artes


Liberais

AS POTENCIALIDADES DO ROLEPLAYING GAME (RPG) NA EDUCAÇÃO: CASE


COM JOVENS EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE EM PALMAS - TO

Arthur Barbosa de Oliveira - UFT


Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação PPGE/UFT; profarthurbarbosa@outlook.com

Damião Rocha – UFT


Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT; damiao@uft.edu.br

Resumo: Introdução: Sabe-se que na atualidade há necessidade de novas técnicas de ensino-


aprendizagem para desenvolver os assuntos a serem trabalhados em sala de aula. A internet e
a própria globalização possibilitam aos alunos acesso a técnicas e abordagens de ensino ao
redor do mundo. Existem diversas abordagens explorando o mundo digital, todavia, há
interesse em refletir acerca de práticas analógicas de desenvolvimento metodológico.
Desenvolvimento: O trabalho retrata o início do pensamento de pesquisa a ser desenvolvida
no PPGE/UFT. A proposta desse projeto é verificar as possibilidades de uso do Roleplaying
Game (RPG) com vias a valorizar a identidade do sujeito por vias da oralidade, da encenação
de seus personagens, atribuindo valores históricos hábitos e atitudes de certos cotidianos.
Utilizar-se-á o jogo de representação de papéis, conhecido como RPG. Compreende-se o jogo
como uma linguagem arcaica e quase instintiva dos animais, e seres humanos,
compreendendo-os como Homo Ludens, que usa a linguagem do jogo para transmitir sua
cultura e seus desejos. Além disso, compreende-se o fazer do RPG através da ótica da
linguística cognitiva, considerando saberes pautados na razão e metáfora, podendo utilizar
esse entendimento, somado a experiências etnográficas para mediar os conteúdos e conflitos
durante as atividades propostas. Com isso utilizar-se-á a Metodologia Role Play, de Rocha
(2014), com o intuito de, além de alcançar os objetivos intrínsecos e sociais do projeto de
pesquisa, possamos pensar na utilização da metodologia por outras pessoas.
Avaliação/Discussão de Resultados: Por trata-se de um projeto de pensamentos iniciais, no
presente momento nos cabe refletir acerca da proposta utilizando o lúdico. O RPG, “jogo de
representação de papéis”, é um dos instrumentos utilizados no auxílio da leitura e
interpretação de textos em diversos formatos, podendo tornar a atividade diversa e social.
Também, devido a utilização da metodologia, buscamos observar se a mesma auxilia no
20

desenvolvimento da cognição, raciocínio lógico-matemático, trabalho individual e em grupo,


e principalmente a oralidade do sujeito. Com essa abordagem busca-se desenvolver o ensino
critico e contextualizado das literaturas e histórias orais, estrangeira e regional, com auxilio da
performance narrativa disponibilizada pelo RPG. Para tal o presente projeto pauta-se na
Metodologia Role Play (2014) que propõe a aula narrativa, assim como outros trabalhos
pertinentes ao uso do RPG na educação.

Palavras-Chave: RPG. Identidade. Jogo. Oralidade.

Referências Bibliográficas:
CREPALDE, Adilson. A construção do significado de tekoha pelos kaiowá do Mato
Grosso do Sul. 2014. 264 f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Letras, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17ª.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Editora da
Universidade de S. Paulo, Editora Perspectiva, 1971.
KÖVECSES, Zoltan. Metaphor: A practical introduction. United Kingdom: Oxford
University Press, 2010.
ROCHA, Rafael Correia. Narrativa da Imaginação: Proposta pedagógica, metodologia Role
Playing e reflexões sobre educação. Uberlândia: Narrativa da Imaginação. 2014.
21

NARRATIVAS DIGITAIS: SABERES ESTÉTICOS E (PER) FORMATIVOS NA


LEITURA E ESCRITA ESCOLAR

Ângela Noleto da Silva


Universidade Federal do Tocantins – UFT; angelanoleto@uft.edu.br

Lúcio França Teles


Universidade de Brasília – UnB; teleslucio@unb.br

Resumo: O intenso acesso às vias digitais, acompanhado pela a democratização e pelo


alcance aos artefatos tecnológicos móveis, vivenciados na sociedade hodierna, demonstra que
os canais de comunicação em massa, passaram a compor as práticas do cotidiano
contemporâneo, bem como das instituições sociais. Todas essas observações, são também
encontradas no interior das escolas, quando a “sala de aula interativa” conquista espaço, e por
vezes, favorece e potencializa o uso de recursos didáticos em estratégias de ensino e
aprendizagens no tocante à leitura e a escrita. Assim este projeto de doutorado se propõe a
examinar em que medida as narrativas digigráfico-textuais, imagéticas e sonoras - elementos
do letramento digital- mobilizam na elaboração de novos saberes estéticos e formativos de
leitura e escrita acadêmico-escolar. Para tanto, a investigação inscrever-se-á no tipo de
pesquisa-ação, tendo em vista a realização de atividades de intervenção didático-pedagógicas
em turmas de Ensino Médio em unidades escolares públicas no Estado do Tocantins em
consonância ao caminho metódico proposto pela Teoria Fundamentada – Ground Theory
(CHARMAZ,2009), a qual aborda estudos em novos espaços de construção de linguagens,
neste caso, as digitais. A estrutura teórico-conceitual se dará por meio de estudos assentados
acerca da: reprodutibilidade técnica (BENJAMIN, 1994), estética (SHILLER,1990;
RANCIÈRE, 2015), dos elementos que compõe a semiótica da comunicação (PEIRCE,1978;
D’ORS, 1968; RUSSI, 2013), da inserção dos artefatos técnicos culturais digitais móveis na
sociedade contemporânea (LEMOS 2007, 2012, 2016; PRIMO 2011; SANTAELLA 2013;
LEVY 1999;CASTELLS,2001;) do letramento digital (MARTIN 2008; LANKSHEAR e
KOLBER 2008; BUCKINGHAN 2010; MANOVICH 2001) e demais vieses da utilização das
telas eletrônicas sobre os quais emergem linguagens repletas de hibridismos gráfico-textuais.
22

Palavras-chave: Tecnologias Móveis Digitais. Cibercultura. Letramento Digital. Saberes


escolares. Comunicação.

Referências
CHARMAZ, R. A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise
qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e
Técnica: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
LANKSHEAR, Colin & Michele KNOBEL. Digital Literacies: concepts, policies and
practices. NewYork: Peter Lang Publishing, 2008.
LEMOS, André. Dispositivos de leitura eletrônicos. Comunicação, Mídia e Consumo. São
Paulo, Ano 9, n.9, v.24, p.115-131, 2012.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. 3ª ed. São Paulo: Editora 34, 2015.
SANTAELLA, L. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.

A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS


DOS/AS PROFESSORES/AS DE UMA ESCOLA DE ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DISTRITO FEDERAL.

Anderson Neves dos Santos


Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação/UFT.

Damião Rocha
Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT

Resumo: O presente projeto de pesquisa tem a finalidade de investigar a seguinte questão:


como se manifesta a diversidade sexual e de gênero nas práticas pedagógicas dos/as
professores/as de uma escola de anos iniciais do ensino fundamental da rede pública de ensino
do Distrito Federal? Para alcançar a resposta do problema da pesquisa propõem-se os
seguintes objetivos: compreender como se manifesta a diversidade sexual e de gênero nas
práticas pedagógicas dos/as professores/as de uma escola de anos iniciais do ensino
fundamental da rede pública de ensino do Distrito Federal. Como desdobramento da pesquisa,
objetiva-se especificamente: analisar o discurso dos/as professores/as quanto às questões de
diversidade sexual e de gênero na escola; analisar se/como os documentos orientadores da
SEEDF e o Projeto Político Pedagógico da escola abordam a diversidade sexual e de gênero;
analisar de que maneira a SEEDF tem contribuído para o desenvolvimento de práticas
pedagógicas que favoreçam a compreensão da diversidade sexual e de gênero; analisar as
características e as tendências das práticas pedagógicas de professores/as quanto à abordagem
utilizada acerca da diversidade sexual e de gênero. A pesquisa será de abordagem qualitativa
com características de estudo de caso e se desenvolverá em contato do pesquisador com o
contexto investigado através da observação participante. O contexto da pesquisa será uma
escola pública do Distrito Federal que oferece os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Os/As interlocutores/as da pesquisa serão todos/as os/as professores/as do quarto e quinto ano
do Ensino Fundamental da escola pesquisada. Para a coleta dos dados serão utilizados como
instrumentos de pesquisa a entrevista semi-estruturada, o grupo focal e a análise documental.
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As principais referências de estudo teórico são: Louro (2003, 2007), Foucault (1993) e o
Distrito Federal (2013). A pesquisa em questão tem sua relevância no conhecimento,
discussão e possível criação de estratégicas teóricas- metodológicas sobre a diversidade
sexual e de gênero para a educação no Distrito Federal. Ainda apresentará contribuições
significativas no sentido de proporcionar a visibilidade desses temas no espaço escolar.

Palavras-chave: diversidade; escola; gênero; práticas pedagógicas.

VALORIZAÇÃO E O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS PLANOS DE CAREIRA


DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO.

Amanda Cavalcante Rodrigues


Mestranda em Educação pela UFT. E-mail: amandacr.edu@gmail.com

Odaléa Barbosa de Sousa Sarmento


Mestranda em Educação pela UFT. E-mail: professoraodalea@uft.edu.br

Rosilene Lagares
Doutora e Mestre em Educação/UFG. Professora Adjunto da Universidade Federal do Tocantins; E-mail:
roselagares@uft.edu.br

Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar o processo de valorização dos
profissionais do magistério investigando em que medida seus planos de carreira se
configuram como instrumento de valorização. Para tal, identificou-se elementos basilares para
a valorização da carreira docente. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica e
documental, contemplando a leitura e análise das normas educacionais brasileira e os planos
de carreira e remuneração dos profissionais do magistério dos 07 municípios jurisdicionados à
Diretoria Regional de Ensino de Palmas - TO. Tem-se como subsídios os estudos sobre o
trabalho docente em um contexto de expropriação e alienação. Conclui-se que os princípios
que asseguram a valorização como: ingresso mediante concurso público de provas e títulos;
profissionalização com remuneração condigna e condições adequadas de trabalho; valorização
do tempo de serviço profissional, do desempenho profissional, da qualificação; progressões
periódicas, estão contemplados na legislação e nas leis municipais dos planos porém, não
foram explicitados os mecanismos de implantação.

Palavras-chave: Valorização. Profissionais do Magistério. Plano de Carreira.


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Referência
AZEVEDO, J. M. L. de A Educação como política pública. 3. Ed. Campinas, São Paulo:
Autores Associados, 2004 – (Coleção polêmicas do nosso tempo: vol.56).
BRASIL, Lei Darcy Ribeiro(1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 5ª edição-
Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2009.
______. Constituição de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. 25 ed. São
Paulo: Saraiva 2000.
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96. Disponível em
<www.planalto.gov.br>. Acesso em 08 de jul de 2017.
_______. Lei n. 13005/14 – Plano Nacional de Educação. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 08 de jul de 2017.
_______. Piso Salarial Profissional Nacional, Lei nº 11.738 de 16 de julho de 2008
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11738.htm
GATTI, Bernardete A. (2012). Reconhecimento Social e as Políticas de Carreira Docente na
Educação Básica. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v42n145/07.pdf. Acesso: jul de
2017 às 14h30min
SAVIANI, Demerval. (2009) Plano Nacional de Educação, a Questão Federativa e os
Municípios: O Regime de Colaboração e as Perspectivas da Educação Brasileira. Disponível
em: http://www.adufpi.org.br/arquivos4/analise_Demerval_Saviani.pdf.Acesso em 09 jul.
2017
VIEIRA, Juçara Dutra. Valorização Profissional: um diálogo com as metas do PNE, in
Valorização dos profissionais da educação: formação e condições de trabalho/Márcia Ângela
da S. Aguiar, João Ferreira de Oliveira (Organizadores) – Camaragibe. PE: CCS Gráfica e
Editora, 2016.
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A ROBÓTICA COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL DIGITAL

Dêmis Carlos Fonseca Gomes


Mestrando em Educação PPGE/UFT. Graduado em Ciência da Computação/UFT. Licenciado em Computação
IFTO; E-mail: demisc@uft.edu.br

José Damião Trindade Rocha


Doutor em Educação/UFBA, Mestre em Educação Brasileira/UFG. Pedagogo. Professor adjunto do curso de
Pedagogia UFT. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação UFT.

RESUMO: o grande crescimento do uso da tecnologia tem impulsionado diversos setores,


inclusive os do conhecimento, tendo a escola de acompanhar o avanço do mundo
contemporâneo, em que a utilização da robótica no ambiente escolar torna-se uma ferramenta
de ensino, podendo ser um modelo eficaz e inovador quando bem utilizada. E assim, esta
pesquisa tem como objetivo apresentar uma revisão sistemática da literatura sobre como se
caracteriza a utilização da robótica no ensino, através de produções científicas publicadas no
Brasil entre os anos de 2006 e 2016 nas seguintes bases: BDBComp, CrossRef, Google
Scholar, Periódicos da CAPES, Sumários.org e SciELO, partindo da tecnologia como
ferramenta mediadora do ensino e aprendizagem, e, caracterizando como se deu a utilização
da robótica no ensino no Brasil no referido período. Utilizou-se para esta revisão sistemática a
recomendação PRISMA. Esta recomendação, conforme Moher D. e Tetzlaff J. (2009, p. 335),
reúne os principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises, criada a partir da
necessidade de se melhorar a qualidade de pesquisas de revisões publicadas a partir do final
dos anos de 1980, as quais não atendiam aos critérios científicos, gerando artigos de baixa
qualidade. Como resultado, constata-se, a partir dos 152 estudos eleitos para análise, através
da referida recomendação, o número crescente de pesquisas que tratam a robótica como
ferramenta pedagógica, passando de cinco em 2006, para 31 em 2016. Observa-se também o
grande número de estudos que apresentam a robótica como proposta metodológica
(pedagógica) alternativa, com utilização nas mais diversas áreas, como matemática, física,
química, programação, engenharia, na formação de professores e outras áreas do
26

conhecimento. É possível observar também a carência de financiamentos de pesquisas em


robótica na educação, podendo este fator ter refletido no baixo número de estudos
encontrados que propõem a construção de novos objetos de ensino envolvendo a temática
pesquisada. Diante disso percebeu-se que estudos envolvendo a robótica em sala de aula
desde o ano de 2006 é uma crescente realidade, demonstrando uma maior necessidade de
apoio dos órgãos de fomento e pesquisa para os trabalhos abordando o assunto. É importante
assumir o desafio de desvendar essa tecnologia e dar à robótica o papel de potencializar os
processos de ensino e aprendizagem, favorecendo a educação (Castells, 2003).

Palavras-chave: Aprendizagem. Educacional. Ensino. Revisão. Robótica Pedagógica.

ESTADO DA ARTE DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO HOSPITALAR: UM ESTUDO


DAS TESES E DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS NO BRASIL A PARTIR DA
SEGUNDA DÉCADA DO SÉCULO XXI

Roger Trindade Pereira


Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Mestrando em Educação (PPGE/UFT).
E-mail: rogertp@uft.edu.br

Carmem Lúcia Artioli Rolim


Doutora em Educação/Unimep. Mestre em Educação pela Uniso. Licenciada em Ciências e Matemática.
Professora associada I na Universidade Federal do Tocantins, leciona e orienta no curso de Pedagogia e no
Mestrado em Educação PPGE/UFT. E-mail: carmem.artioli@uft.edu.br

Resumo: A presente pesquisa em andamento está vinculada ao Programa de Pós-Graduação


em Educação da Universidade Federal do Tocantins e inserida na linha de pesquisa Currículo,
Formação de Professores e Saberes Docentes. O estudo tem como objetivo conhecer
tendências temáticas e metodológicas da pesquisa brasileira no contexto da Educação
Hospitalar, bem como suas possíveis contribuições e implicações para as práticas educativas
no ambiente hospitalar. A justificativa desta pesquisa reside na importância do conhecimento
acerca do mapeamento completo ou parcial de estudos e pesquisas em Educação Hospitalar,
área de conhecimento que apresenta crescimento tanto quantitativo quanto qualitativo,
principalmente reflexões desenvolvidas em nível de pós-graduação, produção esta construída
por inúmeros programas de pesquisa, ainda pouco divulgada, e necessária no processo de
evolução da ciência. A metodologia concorda com uma abordagem mista (pesquisa
qualitativa seguida de pesquisa quantitativa), considerando a natureza metodológica de caráter
exploratório sequencial por meio de revisão bibliográfica e mapeamento documental. Os
procedimentos de coleta de dados e desenvolvimento da pesquisa consistem em síntese nas
seguintes fases: (fase 1) coletar e analisar a pertinência para o estudo das teses e dissertações
nos bancos e bibliotecas digitais de pesquisa acadêmica; (fase 2) desenvolver instrumento de
27

levantamento qualitativo de categorias de análise e de mapeamento quantitativo das


pesquisas; (fase 3) explorar, descrever e relatar de forma direta a amostra do estudo. Para
realizar a configuração deste processo será observado as recomendações da análise de
conteúdo por meio de reiteradas leituras na íntegra das teses e dissertações, evidenciando os
elementos comuns e divergentes ao conteúdo dessas pesquisas, os quais permitem estabelecer
relações e promover compreensões sobre o objeto de estudo.

Palavras-chave: Educação e saúde. Pedagogia hospitalar. Produção acadêmica. Mapeamento.

O DESENVOLVIMENTO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE


SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES: IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE

Letícia Silva Cardoso


Mestranda em Educação PPGE/UFT. Licenciada em Matemática pela Universidade Federal do Tocantins.
Professora da educação básica na Escola Estadual Beira Rio.

Idemar Vizolli
Doutor em Educação/UFSC. Mestre em Educação/UFPR. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal do Tocantins.

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo verificar se o desenvolvimento de uma


sequência didática propicia condições para que estudantes de educação básica, mais
especificamente do 6º ano do ensino fundamental, compreendem a operação de subtração de
frações por meio da metodologia de pesquisa engenharia didática. A construção da sequência
didática foi iniciada na disciplina de Laboratório de Ensino de Matemática (LEM II), no curso
de Licenciatura em Matemática, da Universidade Federal do Tocantins, no Campus de Arraias
e será ampliada e aplicada no mestrado em educação da Universidade Federal do Tocantins,
Campus de Palmas. Acreditamos que o uso da sequência didática tornarão as aulas
diversificadas, simples, e o melhor despertará o interesse dos alunos pela matemática que
consequentemente os mesmos terão melhores rendimentos nos conteúdos ministrados.

Palavras chave: Sequência didática. Subtração de frações. Engenharia Didática.


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REMINISCÊNCIAS MATEMÁTICA DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA


VISUAL EGRÉSSOS DO ENSINO MÉDIO

Euler Rui Barbosa Tavares


Mestrando em educação pela Universidade Federal do Tocantins, professor de História do IFTO-Palmas. E-mail:
euler.tavares@ifto.edu.br

Idemar Vizolli
Doutor em Educação Matemática pela Universidade Federal do Paraná, professor do Mestrado em Educação
pela Universidade Federal do Tocantins. E-mail: idemar@uft.edu.br

Carmem Artioli
Doutora em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba-SP, professora do curso de mestrado em
educação pela Universidade Federal do Tocantins. E-mail: carmem.rolim@uft.edu.br

Resumo: O presente artigo faz parte do projeto de mestrado em educação e, tem como
objetivo compreender o desenvolvimento do processo de aprendizagem de conteúdos
matemáticos de pessoas com deficiência visual, egressa do ensino médio, na cidade de
Palmas-Tocantins. Considerando a necessidade de discutir o processo educativo em
matemática, utilizamos como procedimentos metodológicos revisão bibliográfica, numa
abordagem qualitativa. Os resultados indicam a disposição pessoal dos estudantes com
deficiência visual em buscar os conhecimentos necessários para aprender e desenvolver na
prática, os conteúdos matemáticos do ensino médio, diminuindo cada vez mais suas
dificuldades no processo de aprendizagem. Objetivando compreender o desenvolvimento do
processo de aprendizagem em matemática pelos estudantes egréssos do ensino médio, com
29

deficiência visual, foi utilizado como aporte teórico, as contribuições de Leontiev (1978),
Triviños (1987), Stainback (1999), D’ambrosio (2001), Reily (2004), Vizolli (2006), Sá e
Silva (2007), Minayo (2009), Rolim (2009), dentre outro autores. A pesquisa está em
andamentro e, objetiva entender e descrever como o estudante egrésso do ensino médio
aprendeu os conteúdos matemáticos, suas maiores dificuldades e as estratégias de superação.
Até o momento, os estudos que se tem são por meio dos referenciais teóricos que ao findar a
pesquisa, fará o cruzamento das vivências dos estudantes.

Palavras-chave: Deficiência visual. Matemática. Processo de Aprendizagem.

ALTAS HABILIDADES: AS ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS EM


IDENTIFICAR E ATENDER CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Elisandra Silveira Gonçalves Rodrigues


Professora da rede particular de ensino no Tocantins. Aluna especial do Curso de Pós-Graduação em Educação.
E-mail: elisandrasesc@gmail.com

Resumo: O Brasil enfrenta diversos obstáculos quanto à aprendizagem eficiente e eficaz de


modo que atenda as crianças em suas peculiaridades. Para isso, existem diretrizes
educacionais que abrangem o atendimento a crianças especiais. Contudo, o termo especial não
se refere somente a deficiências, mas também a crianças que possuem o nível intelectual mais
elevado, termo denominado de altas habilidades e/ou superdotados. Sendo assim, o presente
estudo bibliográfico busca apresentar os principais indicativos de alunos com altas habilidades
e as possíveis formas de atendimento a este público específico dentro das Diretrizes Básicas
Educacionais Brasileira. De maneira que possa auxiliar em estudos e pesquisas na reflexão
quanto a melhor forma de atender alunos com necessidades especiais intelectuais e cognitivas.
A educação inclusiva no Brasil, nas três últimas décadas, sofreu um avanço, ainda que
modesto, quando comparado a países de primeiro mundo, pois está engatinhando rumo a uma
política educacional que realmente venha ao encontro da realidade dos alunos, que precisam
de uma atenção de qualidade e que supra suas necessidades moral, motora e intelectual.
Gardener (2000) destaca que os seres humanos possuem oito inteligências: corporal,
30

sinestésica, musical, linguística, lógica matemática, espacial, interpessoal e naturalista, e em


estudo, a existencial e que essas inteligências podem apresentar-se de forma combinadas e de
forma alternadas, e ainda, que a execução de algumas atividades poderá envolver a junção de
várias delas. O portador de altas habilidades se destaca em relação ao seu grupo por
apresentar uma capacidade superior em uma ou várias destas inteligências. Cabe salientar que,
por muito tempo a inteligência foi “medida” através de conceitos rígidos e estáticos pelos
famosos testes de QI, em que se observava apenas as inteligências lógica, linguística e
espacial. Estes testes vêm caindo em desuso, pois não levam em consideração fatores em que
a capacidade humana é capaz de se manifestar através das inteligências emocionais. Neste
contexto percebemos que a inteligência humana se apresenta de inúmeras formas e também
pelas oportunidades e vivência de cada ser. Sendo um desafio para a educação brasileira
reconhecer que estas diferenças possam promover um ambiente de inclusão e
desenvolvimento educacional, o que de fato fomenta experiências positivas para toda
comunidade escolar.

Palavras-chave: Educação Especial. Altas Habilidades. Superdotação. Capacidade


Intelectual. Diretrizes Educacionais.

Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília. 2008. GARDNER.
Howard. Inteligência: um conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

CONEXÕES ENTRE MATEMÁTICA E ARTE: BUSCA DE CAMINHOS PARA A


PROMOÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INTERATIVA.

Adílio Jorge Sabino


Mestrando em Educação pela Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Idemar Vizolli
Doutor em Educação Matemática pela Universidade Federal do Paraná, professor do Mestrado em Educação
pela Universidade Federal do Tocantins – UFT. E-mail: idemar@uft.edu.br

Resumo: A Matemática e a Arte estão diretamente ligadas à vivência humana. O presente


trabalho tem como objetivo verificar possíveis conexões entre Arte e Matemática presentes
em livros didáticos do Ensino Médio utilizados por professores do Instituto Federal do Pará –
Campus Conceição do Araguaia. O estudo foi organizado em duas etapas, na primeira analisa-
se imbricações e rupturas nas relações históricas entre Arte e Matemática; na segunda estuda-
se o modo como é abordada a Matemática nos livros didáticos de Arte e está nos livros
didáticos de Matemática. A metodologia utilizada se consistiu de um estudo bibliográfico, de
abordagem qualitativa. Os resultados indicam um distanciamento da relação entre essas duas
31

áreas de conhecimento, ainda que, em diversos momentos da história, elas se inter-


relacionavam. São raras e elementares as abordagens entre Arte e Matemática apresentadas
nos livros didáticos analisados e tampouco exploram possibilidades de aprendizagens de
conceitos na e entre as áreas de conhecimento.

Palavras-Chave: Arte. Matemática. Livros didáticos.

Referências
ATALAY, Bulent. A Matemática e a Mona Lisa: a confluência da arte com a ciência.
Tradução: Mário Vilela. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Publicações Mercuryo Novo Tempo,
2009
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Contexto & aplicações. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
FAINGUELERNT, Estela Kaufman; NUNES, Katia Regina Ashton. Fazendo arte com a
matemática. Porto Alegre: Artmed, 2006.
FERRARI, Solange dos Santos Utuari et al. Por toda parte: Volume único. 1. ed. São Paulo:
FTD, 2013.
ZALESKI FILHO, Dirceu. Matemática e Arte. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

EDUCAÇÃO DO CAMPO E ESCOLA COMUNITÁRIA: RESISTINDO NUM


CONTEXTO DE DESISTÊNCIA

Walnélia Benigno Magalhães Carrijo


Mestranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Darlene Araújo Gomes


Professora da Secretaria da Educação do Estado do Pará – SEDUC/PA.

Idemar Vizolli
Doutor em Educação Matemática pela Universidade Federal do Paraná, Docente do Programa de Pós-Graduação
em Educação pela Universidade Federal do Tocantins – UFT. E-mail: idemar@uft.edu.br

Resumo: O artigo, parte de uma pesquisa em andamento, investiga o percurso histórico da


implantação e implementação da Escola Comunitária Casa Familiar Rural de Conceição do
Araguaia no Pará (CFR), como símbolo de resistência e defesa pelos direitos dos povos que
vivem no e do campo, no contexto político do estado liberal brasileiro. Muitos são os desafios
32

para implementar essa prática que propõe uma alternativa para além do modelo pedagógico
das escolas tradicionais como política pública de educação do campo, conquistada pelos
movimentos sociais e legitimadas por lei. Com a metodologia, História Oral Temática e
abordagem qualitativa, foram entrevistados sujeitos envolvidos no processo de implantação da
(CFR), para apreender, por meio das suas narrativas, os processos de continuidades e rupturas
presentes nesta implantação. Como aporte teórico, dialoga-se diversos autores entre os quais
Coutinho (2006), Azevedo (2004), sobre liberalismo, Estado e educação; Gimonet (2007),
Estevam (2003), sobre educação do campo e Casas Familiares Rurais; Alberti (2005), sobre
História Oral Temática e outros. Consultou-se documentos oficiais, como as LDBs 4024/61,
5692/71, 9394/96, Parecer CEB/MEC 36/2001 e Projeto Político Pedagógico da CFR (2009).
A pesquisa demonstra, em resultados preliminares, que dentre muitos desafios encontrados
para a implementação da (CFR), destaca-se a negligência por parte do Estado e de seus
grupos hegemônicos em relação as políticas públicas para a população do campo e a
compreensão de que a mesma está permeada de conflitos ideológicos, que ultrapassam as
questões de currículo, recursos metodológicos, formação docente, que são rotineiramente
discutidas na escola.

Palavras-chave: Educação do campo. Desafios. Continuidades.

Referências
ALBERTI, Verena. Manual da Historia Oral. FVG Editora. 2005
AZEVEDO, Janete M. Lins de. A Educação como Política Pública. 2. ed. Campinas/ SP:
Autores Associados, 2001.
COUTINHO, Carlos Nelson. O Estado Brasileiro: gênese, crise, alternativas. In. LIMA, Julio
César França (Org.). Fundamentos da Educação Escolar do Brasil Contemporâneo:
Editora FIOCRUZ, 2006.
ESTEVAM, Dimas de Oliveira. Casa Familiar Rural: a formação com base na Pedagogia da
Alternância. Florianópolis: Insular, 2003.
GIMONET, Jean-Claude. Praticar e compreender a pedagogia da alternância dos
CEFFAs. Petrópolis, RJ: Vozes, Paris: AIMFR, 2007.

JOGOS PARA LETRAMENTO ONLINE DE CRIANÇAS PEQUENAS

Clerislene da Rocha Morais Nogueira


Mestranda em Educação PPPGE/UFT. Graduada em Pedagogia/UFT. Professora da Secretaria Municipal
Educação/Miracema-TO; clerislene@uft.edu.br

Damião Rocha
Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT; damiao@uft.edu.br

Resumo: Este estudo faz parte do projeto de pesquisa submetido ao Programa de Mestrado
Profissional em Educação/UFT, tendo como objetivo geral: Catalogar os tipos e modelos de
jogos de alfabetização e letramento online, e objetivos específicos: 1) Descrever os jogos de
alfabetização e letramento online e sua utilização pedagógica para a criança pequena; 2)
Identificar os jogos de alfabetização e letramento online conforme seus objetivos; 3)
33

Caracterizar os jogos de alfabetização e letramento online de acordo com seu conteúdo. O


problema da pesquisa parte do seguinte questionamento: Quais as contribuições dos jogos de
alfabetização e letramento online para a alfabetização e letramento online de crianças
pequenas? Diante disso, a metodologia proposta para este estudo se define na pesquisa
aplicada, visto que a mesma parte da necessidade que motiva o pesquisador a conhecer um
problema e contribuir para solução ou amenização das dificuldades encontradas na realidade
escolar. Para esta pesquisa optou-se pelo método da fenomenologia (etnopesquisa
crítica/etnopesquisa formação). A pesquisa terá abordagem quantitativa e qualitativa, que
consiste no levantamento de informações a respeito dos jogos online para alfabetização e
letramento das crianças pequenas, bem como, revisão bibliográfica. Para a revisão
bibliográfica, serão utilizados os seguintes autores: Almeida (2014); Castells (1999); Ferreiro
(2006), Lamy (2010); Levy (1997, 1998); Valente (2007); Primo (2007); Rocha (2006, 2007);
Silva (2003, 2010); Soares (2005), dentre outros. Os autores citados contribuirão no
embasamento teórico e possíveis resultado da pesquisa que visa propor um catálogo de jogos
online que facilitem o acesso para uso, tanto do professor, quanto da criança aos diversos
tipos e modelos de jogos de alfabetização e letramento online, que de forma direta ou indireta
contribuirão no processo de ensino e aprendizagem discente.

Palavras-chave: Jogos online. Alfabetização e Letramento. Crianças Pequenas.

O ACESSO DA PESSOA COM NEE NA ESCOLA DE ENSINO REGULAR: OS


DESAFIOS DA INCLUSÃO

Lucas Leal Lima de Sousa


Mestrando em Educação PPGE/UFT. Professor da Secretaria Municipal de Educação de Palmas –
SEMED/Palmas; lucassleall91@gmail.com

Idemar Vizoli
Doutor em Educação Matemática pela Universidade Federal do Paraná, Docente do Programa de Pós-Graduação
em Educação pela Universidade Federal do Tocantins – UFT. E-mail: idemar@uft.edu.br

Carmem Lúcia Artioli Rolim


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Doutora em Educação/Unimep. Mestre em Educação pela Uniso. Licenciada em Ciências e Matemática.


Professora associada I na Universidade Federal do Tocantins, leciona e orienta no curso de Pedagogia e no
Mestrado em Educação PPGE/UFT. E-mail: carmem.artioli@uft.edu.br

RESUMO: Neste trabalho discutimos a respeito da inclusão escolar, atentando para a


compreensão do termo inclusão. Quando entendemos o que significa a expressão indicada, é
possível entendermos também o que ela almeja aplicar na escola, o que se espera que os
professores e toda a equipe pedagógica realizem para subsidiar a aprendizagem das pessoas
com deficiência ou com outras necessidades especiais, além de atentarmos para as limitações
do movimento de educação inclusiva. Objetivamos, nesse sentido, falar a respeito do acesso
dos estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) nas escolas de ensino regular
e dos desafios desse movimento denominado de inclusão. O texto segue uma abordagem
qualitativa, e foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, encontrando nas ideias
de autores como Alves (2006), Bueno (2001), Machado (2009), Góes (2007), Laplane (2007),
uma direção para seguir as discussões realizadas neste artigo. Os achados da pesquisa
bibliográfica, expostos no decorrer do artigo possibilitou aprofundarmos o debate em relação
à inclusão dos estudantes com NEE nas escolas de ensino regular e, posteriormente, os
desafios dessa inclusão. Os resultados sinalizam que os desafios da inclusão escolar dizem
respeito a inúmeros fatores que vão desde a formação docente, passando por modelos e
propostas curriculares e pedagógicas, até um modelo de sociedade que segrega e exclui.

Palavras – Chaves: Inclusão escolar. Estudantes. Ensino regular. Necessidades educacionais


especiais.

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DAS DIVERSIDADES


E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS DESENVOLVIDAS EM CMEI’S PALMENSES

Jardilene Gualberto
Mestrando em Educação PPGE/UFT. Professora da Secretaria Municipal de Educação de Palmas –
SEMED/Palmas; jard-25@hotmail.com

José Damião Trindade Rocha


Doutor em Educação/UFBA. Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente na Universidade Federal do
Tocantins – UFT; damiao@uft.edu.br
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Resumo: A pesquisa em andamento procura esclarecer qual tem sido o posicionamento do


Estado, da sociedade e dos profissionais da educação como fomentadores das práticas de
políticas educacionais ao promover o processo de desenvolvimento das diversidades e das
relações étnico-raciais através do papel social da escola. Tem como objetivo investigar a
atuação metodológica dos fomentadores políticos educacionais, as causas e consequências de
um desenvolvimento e aprendizagem sobre as diversidades junto a 02 (dois) CMEI`S de
Palmas, nos últimos 4 anos. Observa-se que, oferecer uma educação para a diversidade ainda
é um desafio para o Estado e para os profissionais da educação. Dentre as várias dificuldades
encontradas na educação e no cuidado com as crianças, encontra-se a necessidade de adotar
práticas educativas que contemplem a diversidade brasileira e alcancem resultados positivos e
significantes. Grande parte dos educadores continua com práticas educativas ultrapassadas, ao
invés de construir maneiras coletivas, novas formas de convivência e respeito entre
educadores, crianças e comunidade. O Estado, por sua vez, reconhece o direito à educação das
crianças e seu desenvolvimento integral com a intervenção da família. No entanto, ainda não
foi capaz de garantir o acesso a todos que necessitam, e nem a qualidade assegurada na
legislação. A sociedade possui a responsabilidade social, juntamente com a família, em defesa
da criança e de seu pleno desenvolvimento, entretanto, sua participação junto às unidades
educacionais ainda é tímida. Nesta perspectiva, a proposta desse projeto alerta que, desde a
educação infantil, os profissionais da educação, em parceria com as famílias que representam
a sociedade, precisam levar as crianças a pensar sobre esses assuntos que permeiam o nosso
cotidiano, para que possam internalizar atitudes de respeito a todos, independentemente da
cor, etnia, gênero ou credo. A pesquisa pretende verificar quais práticas educativas de
desenvolvimento e aprendizagem sobre as relações étnico-raciais estão presentes no cotidiano
dos CMEI`S e analisar a periodicidade e finalidade dos projetos, programas e/ou práticas
metodológicas. Além disso, almeja mapear as fragilidades dos profissionais fomentadores de
métodos nessas instituições e identificar nos agentes, as potencialidades para uma educação
de práticas sustentáveis a estas políticas de afirmação na educação infantil.

Palavras-Chave: Participação política. Práticas educativas. Relação étnico-racial. CMEI’s


palmenses.

APRENDENDO COM AS MEMÓRIAS E INTELECTUALIDADES DOS


PROFESSORES APOSENTADOS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.

Ana Leide Rodrigues de Sena Góis


Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Tocantins-UFT; analeide_r.sena@hotmail.com

Jocyleia Santana dos Santos


Doutora em História pela UFPE. Professora associado da Fundação Universidade Federal do Tocantins,
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFT/CAPES; jocyleiasantana@gmail.com
36

Resumo: O estudo apresenta o resultado de uma pesquisa referente a professores aposentados


seus saberes e intelectualidades atualmente. Utilizou-se como metodologia de pesquisa a
história oral, a qual primou por entrevistas com professoras que se aposentaram, no município
de Colinas do Tocantins. Fundamentada na abordagem teórico-metodológica da história oral,
foram realizadas à pesquisa bibliográfica, documental e de campo. A investigação privilegiou
fontes primárias, com entrevistas com três professoras aposentadas da rede municipal de
educação. Estas foram desgravadas e analisadas com vistas a subsidiar o estudo, com o
objetivo de analisar a qualidade de vida dos professores aposentados dos anos iniciais do
ensino fundamental e como ocorreu o processo de aposentadoria. Os pontos elencados pelas
professoras dizem respeito ao processo de aposentadoria, planos de vida, sentimentos e
dificuldades vivenciadas. Na análise das entrevistas e em confronto com os documentos
consultados no âmbito municipal, constou-se que a renda familiar não é suficiente em razão
dos baixos salários dos aposentados, pois continuam desenvolvendo atividades paralelas para
complementar à renda. Como se constatou, as professoras continuam colaborando com a
educação do município, prestando serviço voluntário com afazeres educacionais, ministrando
aulas de reforço, narração de histórias, palestras, entrevista, dentre outros. Compartilhando
saberes e experiências melhorando à qualidade de vida das professoras, as narrativas
salientam que houve uma melhora no tempo compartilhado com a família, no tempo dedicado
a atividade física. Pode-se concluir, a partir das entrevistas efetivadas que houve uma melhora
na qualidade de vida das professoras com a troca desses saberes e experiências apreendida
durante o exercício do magistério.

Palavras-chave: Professores aposentados. Memória. Intelectualidades.

ENTRE ABROLHOS E FERROLHOS: ENFRENTAMENTOS DA GESTÃO


DEMOCRÁTICA E [OU] DA EDUCAÇÃO

Luzenir Poli
Mestranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Aldizia Araújo
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Mestranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Rosilene Lagares
Doutora e Mestre em Educação Brasileira/UFG. Docente da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Resumo: Neste artigo, abordam-se dilemas e chances da gestão democrática no campo da


educação, considerando conjunturas atuais, à luz de teóricos como Gramsci (1978), Coutinho
(1979), Saviani (1981), Bordenave (1985), Bobbio (1986), Wood (2003; 2007), Chauí (2004),
Azevedo (2011) e Lima (2013). Tem como objetivo evidenciar a importância das bases
conceituais que fundamentam o entendimento desse princípio, desvelando e suscitando
reflexão e discussão quanto às concepções que o disputam. Para esse fim, realizou-se uma
revisão bibliográfica, com análise descritiva de disputas do conceito de democracia e
possíveis ressonâncias na administração e gestão democrática no campo da educação. Nessa
perspectiva, é traçado um breve histórico do surgimento desse conceito e de concepções que o
disputam, assim como de suas bases legais nacionais. Expõe que coletividade e dinâmica
inclusionista do processo democrático se opõem ao individualismo e às tendências
segmentadoras e marginalizantes capitalistas. Impõe-se a necessidade de políticas públicas
brasileiras que primem por processos de gestão democrática, tendo como foco a
transformação/emancipação sócio-política.

Palavras-chave: Democracia. Política Pública Educacional. Gestão da Educação.

Referências
AZEVEDO, Janete Maria Lins de. Notas sobre a análise da gestão da educação e da qualidade
do ensino no contexto das políticas educativas. Revista Brasileira de Política e Administração
da Educação – v.27, n.3, p. 361-588, set./dez. 2011.
BORDENAVE, Juan Diaz. O que é participação? E. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2004.
COUTINHO, Carlos Nelson.. A Democracia como Valor Universal. SILVEIRA, Ênio.
Encontros com a Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1979, p. 33-47.
GRAMSCI, Antonio. Americanismo e fordismo. In: Obras escolhidas. São Paulo: Martins
Fontes, 1978.
LIMA, Antonio Bosco de. Adeus à Gestão (Escolar) Democrática. Revista @rquivo Brasileiro
de Educação. Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 27-50, 2013.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia ou a teoria da curvatura da vara. ANDE: Revista
da Associação Nacional de Educação, Ano 1, n° 1, 1981, pp. 22-33.
WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra capitalismo: a renovação do materialismo
histórico. São Paulo: Boitempo, 2003.
WOOD, Ellen Meiksins. Estado, Democracia e Globalização. In: AMADEO, Javier;
BORON, Atílio; GONZALEZ, Sabrina (org.). A Teoria Marxista Hoje: problemas e
perspectivas. Buenos Aires: CLACSO; São Paulo: Expressão Popular, 2007. p. 381-393.
38

A SEXUALIDADE NA EXPERIÊNCIA DO ENVELHECIMENTO DE HOMENS


GAYS

Marcos Irondes Coelho


Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Tocantins. E-mail:
marcosico@uft.edu.br
39

Damião Rocha
Doutor em Educação pela UFBA e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal
do Tocantins. E-mail: damião@uft.edu.br

Resumo: O presente trabalho tem como propósito apresentar a pesquisa desenvolvida no


âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Tocantins
(UFT). Esta pesquisa toma como problema principal as políticas e os discursos
hétero/normativos como articuladores as práticas sociais e culturais de gays velhos, e ainda,
como arranjos emergem da intersecção entre gênero, sexualidade e envelhecimento. Numa
abordagem qualitativa, faz uma pesquisa bibliográfica e documental, caminhando para o
campo da etnopesquisa. Como resultado este estudo permite a compreensão dos mecanismos
sociais e culturais de hétero/normatização do gênero e da sexualidade, que fazem intersecções
com a questão do envelhecimento, demonstrando os discursos produzidos e/ou em negociação
acerca da sexualidade e do envelhecimento, além de apresentar uma análise crítica que aponta
arranjos emergidos da intersecção entre gênero, sexualidade e envelhecimento.

Palavras-chave: Sexualidade. Homossexualidade. Envelhecimento.

O DUETO: EDUCAÇÃO INDÍGENA E EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Leni Barbosa Feitosa


Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins. Graduada em
Ciências Naturais/UEPA e Enfermagem/UEPA. lenifeitosa@uft.edu.br
40

Idemar Vizolli
Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná – Professor do Mestrado em Educação do Programa
de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins. idemar@uft.edu.br

Resumo: Tratamos nesse estudo a existência de duas concepções que norteiam os processos
educacionais para os índios: a educação indígena e a educação escolar indígena, considerando
como dois modelos educacionais diferenciados e, que na ótica sociedade indígena precisam
equalizar para representar no ambiente escolar o modo de vida do seu povo. A educação
indígena é considerada nesse estudo como um processo educacional que já sobrevinha nas
comunidades indígenas, antes da oferta da instituição escola, considerando que é um processo
realizado por todas as sociedades humanas substanciada na concepção de mundo, valores e
crenças. O processo educacional indígena é construída e significada ao longo de toda a vida,
instruídos pelos anciões das aldeias aos mais novos, na intenção da alteridade cultural, onde o
espaço e tempo não são delimitados. Já a educação escolar indígena é considerada como um
ambiente institucional, estruturado em um espaço físico e delimitado na sala de aula, com
calendário escolar, horário estabelecido, currículo escolar e recursos humanos específicos
para o desempenho das atividades pedagógicas de ensino e aprendizagem. Desta forma, esse
estudo objetiva deslindar as concepções de educação indígena e educação escolar indígena,
buscando entender como principiou o pensamento de educação escolar fundamentada nos
processos próprios de ensino e aprendizagem das comunidades indígenas no ambiente escolar,
a luz de um estudo bibliográfico. As concepções de educação indígena e educação escolar
indígena apresentam-se de forma bastante distinta, uma vez que uma privilegia o modo de ser
indígena com seus processos próprios de aprendizagem substanciada pela oralidade e, a outra
caminha na contemporaneidade na perspectiva da articulação do saber ocidental com o saber
indígena. O rompimento da escola para o índio para o prelúdio da educação escolar indígena
se constituiu a partir da década de 1970 com a articulação dos movimentos indígenas que
evidenciou sua cosmovisão, e, por conseguinte, a necessidade de reestruturar do modelo
educacional, a fim de privilegiar os seus processos tradicionais de aprendizagem constituída
pelo seu povo no ambiente escolar.

Palavras-chave: Indígena. Educação indígena. Educação escolar indígena.

DE CAMINHA A ZÉ CARIOCA: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL

Cidiclei Alcione Biavatti


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Mestrando do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Sociedade da Universidade Federal do Tocantins


(UFT). Graduado em Comunicação Social/Jornalismo. email: cidbiavatti@gmail.com.

Leni Barbosa Feitosa


Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins. Graduada em
Ciências Naturais/UEPA e Enfermagem/UEPA. lenifeitosa@uft.edu.br

Resumo: Pretensioso seria dar luz à formação da identidade de uma nação como o Brasil,
miscigenado étnica e culturalmente, a partir do estudo comparativo entre uma revista em
quadrinhos e a Carta de Pero Vaz de Caminha. Entretanto, almeja-se contribuir com o
entendimento de como os fatos ali narrados, que evidenciam as diferenças culturais entre
portugueses e nativos, caracterizam nossa história. Os elementos utilizados para a realização
desse trabalho estão no Especial Brasil 500 Anos - Zé Carioca, publicada em abril de 2000,
por ocasião do quingentésimo aniversário do “descobrimento” do Brasil e a Carta de
Caminha, o primeiro registro oficial sobre a chegada dos portugueses por estas paragens. O
conteúdo da revista em quadrinhos é composto por relatos históricos dos eventos oficiais
sobre a chegada dos descobridores, ao mesmo tempo em que desenvolve uma trama centrada
em José Manoel dos Calotes, ou simplesmente Zé Lusitano - personagem que descreveremos
mais adiante - um antepassado do personagem Zé Carioca, este último criado pelos estúdios
de Walt Disney no ano de 1942. A carta escrita por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal,
Dom Manuel, descrevia brevemente a jornada realizada por Cabral e sua esquadra até chegar
ao novo território. Entretanto, após a ancoragem, o escrivão oficial passa a relatar de maneira
detalhada os acontecimentos ocorridos nos dez dias em que a esquadra aqui permaneceu.
Desta forma, esse estudo objetiva compreender a concepção da construção da identidade
cultural, a partir de um estudo comparativo entre os elementos apresentados na revista em
quadrinhos Especial Brasil 500 Anos - Zé Carioca, publicada em abril de 2000 e a Carta de
Pero Vaz Caminha. O trabalho tem como base teórica os estudos antropológicos sobre
identidade e processos culturais, sob os quais se enseja deslindar o encontro desses dois povos
com referenciais culturais tão distintos. Compreende-se que tanto na carta, como na revista,
foram abordadas as diferenças culturais entre os povos indígenas e portugueses, retratando a
imagem do colonizador com fortes princípios morais, religiosos e de dominação, em oposição
à imagem do nativo atrasado, sem cultura e ambição; a situação de invisibilidade dos povos
indígenas diante do colonizador, que o vê, mas não percebe sua existência em plenitude e a
imposição da cultura europeia que estatuiu o futuro dessa população, a qual determinou sua
cultura apenas como enfeite e não como aprendizado para alteridade das comunidades
indígenas.

Palavras-chave: Identidade. Cultura. Povos Indígenas. Zé Carioca. Carta de Caminha.


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FUNDAMENTOS E PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO DO CAMPO


DE PALMAS-TO: POR UMA RELIGAÇÃO DOS SABERES

Thalita Melo de Souza Medeiros


Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Tocantins. thalitamelo@uft.edu.br

Idemar Vizzoli
Doutor Em Educação. Universidade Federal do Tocantins. idemar@uft.edu.br

Maria José de Pinho


Doutora em Educação. Universidade Federal do Tocantins. mjpgon@uft.edu.br

Resumo: O presente artigo é fruto de reflexões acerca da Educação do Campo no município


de Palmas, em especial da disciplina Fundamentos e Práticas Agroecológicas, um dos
componentes curriculares na parte diversificada da Matriz curricular do 1º ao 9º ano das
Escolas do Campo de Tempo Integral no município. O objetivo principal do artigo é trazer à
tona algumas reflexões acerca da possível religação de saberes pautada em uma prática
transdisciplinar na Educação do Campo do referido município por meio das práticas
desenvolvidas na disciplina Fundamentos e Práticas Agroecológicas. O procedimento adotado
para o alcance do objetivo caminha pela abordagem qualitativa, de caráter bibliográfico e
documental. O levantamento bibliográfico foi substanciado pelas contribuições teóricas de
autores como Arroyo et. al. (2004), Arroyo (1999) acerca da Educação do Campo; Badem e
Silveira (2002), Guhur e Toná (2012) e Leff (2002) acerca da Agroecologia; D’Ambrosio
(1997), Moraes (2015) e Moraes e Nava (2010) acerca da Transdisciplinaridade na educação.
Já a pesquisa documental foi direcionada aos documentos que norteiam a Educação do Campo
nas esferas Federais e municipais: o Referencial Político Pedagógico da Educação do Campo
(2017), as Orientações Gerais quanto a modulação dos Professores das Escolas do Campo
(2017) e a Resolução CME/CEB-PALMAS-TO nº 04 de 27 de abril de 2017. Além da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996) e o
Relatório da I Conferência Nacional: Por uma Educação Básica do Campo (1998). No bojo
dos levantamentos e questionamentos apresentados, buscou-se provocar reflexões no sentido
de contribuir com discussões acerca do papel da disciplina Fundamentos e Práticas
Agroecológicas na Educação do Campo e o potencial desta a partir de uma abordagem com
perspectiva transdisciplinar para promover mudanças no contexto em que estão inseridos
educadores e educandos das Escolas do Campo de Tempo Integral no município de Palmas.
Com isso, é evidenciado que a proposta da referida disciplina, dentro desse contexto, pode
oportunizar mudanças e transformações a partir de práticas transdisciplinares planejadas,
desenvolvidas e vivenciadas por educadores e educandos levando-os a uma religação de
saberes. Contudo, limites como a formação dos educadores para atuar de acordo com o
Referencial Político Pedagógico da Educação do município, e a partir de uma perspectiva
transdisciplinar precisam ser superados. Acreditamos que mesmo diante de uma proposta
educacional que contemple o sujeito, o seu contexto, suas especificidades, que reconheça a
importância da integração entre o conhecimento científico e empírico, que promova a
interelação entre teoria e prática, é primordial que a formação dos educadores esteja pautada
também nesses princípios, para que o resultado dos processos de ensino-aprendizagem seja
favorável a possíveis transformações e coerentes com as propostas de ensino estabelecidas nas
Diretrizes, Referenciais e Projetos Políticos Pedagógicos.

Palavras-chaves: Educação do Campo. Fundamentos e Práticas Agroecológicas.


Transdisciplinaridade.
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A LEITURA CRÍTICA DAS MÍDIAS: A EDUCOMUNICAÇÃO NO ENSINO


JURÍDICO SUPERIOR

Wellington Holanda Morais Júnior

Marluce E. C. Zacariotti

Resumo: O presente trabalho compreende a pesquisa sobre como o ensino jurídico tem visto
as temáticas jurídicas tratadas nas mídias e de que modo tem se apropriado disso para a
aprendizagem dos alunos. Os autores que dão base para a pesquisa são os autores que
trabalham com a Educomunicação e com o tema mídias. Segundo Roberto Aparici (2014), a
Educomunicação é uma inter-relação do campo da educação e da comunicação, também
conhecida como recepção crítica da mídia, pedagogia da comunicação ou educação midiática.
Nesse contexto, é importante explicitar que a comunicação é um processo que educa (ou
deseduca, como queiram), que produz sentidos, que influencia diretamente a vida das pessoas
e a sociedade como um todo. Adilson Odair Citelli e Maria Cristina Castilho Costa (2011)
concebem a “Educomunicação como uma área que busca pensar, pesquisar, trabalhar a
educação formal, informal e não formal no interior do ecossistema comunicativo”. O trabalho
começará com a análise de Paulo Freire e Mauro Kaplún, que são os primeiros autores com
uma perspectiva educomunicativa. A pesquisa utilizará de métodos qualitativos. Serão
utilizados elementos da metodologia da pesquisa-ação, conforme Michel Thiollent (2011),
além de métodos relativos ao trabalho com grupos focais, para o desenvolvimento da
pesquisa, segundo Bernadete Angelina Gatti (2012). O objetivo geral da pesquisa, com o
correspondente produto final, será: a criação de um curso em módulos, a ser transmitido por
meio de um canal no Youtube, para capacitar o professor em uma sequência didática, a qual
será desenvolvida por meio de elementos de uma pesquisa-ação com os alunos do direito
(grupo focal), a fim de que os docentes estejam instrumentalizados e aptos a fazerem uso
crítico dos temas de direito tratados nas e pelas mídias como conteúdos de aprendizagem.

Palavras-chave: Educomunicação. Ensino Superior. Ensino Jurídico.

Referências
APARICI, Roberto. Educomunicação: para além do 2.0. Tradução: Luciano Menezes Reis.
São Paulo: Paulinas, 2014.
CITELLI, Adilson Odair; COSTA, Maria Cristina Castilho. Educomunicação: construindo
uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011.
GATTI, Bernadete Angelina. Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas.
Brasília: Liber Livro Editora, 2012.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.
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AS AÇÕES EDUCATIVAS DO PROGRAMA SABER SAÚDE NO


ENFRENTAMENTO E PREVENÇÃO DO TABAGISMO E OUTROS FATORES DE
RISCO COM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS NAS ESCOLAS DO
TOCANTINS.

Raimundo dos Santos Bezerra


Licenciado em Pedagogia. Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação – PPGE/UFT.
Professor da educação básica no município de Palmas, Pedagogo na Fundação Escola Saúde Pública de Palmas
- TO. mundicobezerra@gmail.com

Damião Rocha
Doutor em Educação pela UFBA. Mestre em Educação pela UFG. Docente do Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Educação – PPGE/UFT. Docente Adjunto da UFT. Líder do Grupo de Pesquisa sobre
currículo. damiao@uft.edu.br

Resumo: Grande parte das políticas públicas envolve a responsabilidade compartilhada entre
diferentes organizações - sejam elas na esfera governamental ou organizações privadas. Essa
característica, além de tornar a implementação das políticas um processo fragmentado,
evidencia a necessidade do acompanhamento e monitoramento frequente da prática cotidiana
dos programas. O OBJETIVO é analisar a efetividade do Programa Saber Saúde no
enfrentamento e prevenção do tabagismo e outros fatores de risco com crianças, adolescentes
e jovens nas escolas do Estado do Tocantins. METODOLOGIA: O trabalho resultará da
pesquisa que está sendo realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFT),
numa abordagem qualitativa. Seus CAMPOS TEÓRICOS filiam-se a “etnopesquisa” e
“etnopesquisa-formação”, abarcando estudos do processos educativos em saúde, do consumo
do tabaco, das abordagens pedagógicas e do referencial metodológico do programa em
estudo. RESULTADOS: O Programa Nacional de Controle do Tabagismo e outros fatores de
risco do Instituto Nacional do Câncer é um dos exemplos que demonstram a complexidade e a
fragmentação no processo de implementação das políticas. O cenário de implementação do
Programa Saber Saúde ganha densidade no Estado do Tocantins a partir do ano de 2007. O
trabalho está dividido em très capítulos, sendo que a primeira seção se propõe a apresentar o
Programa Nacional de Controle de Tabagismo, da Conceção Quadro de controle do uso do
Tabaco e da legislação relacionada a temática em estudo. Já a segunda seção se dedicará a a
descrever as ações educativas com crianças, adolescentes e jovens do Programa Saber Saúde,
descrever as ações pontuais e os materiais didático-pedagógicos produzidos e adotados no
programa, enfatizando sua abordagem metodológica. A terceira seção irá trazer o resultado de
um levantamento de informações sobre o o desenvolvimento do referido programa nas escolas
do Estado do Tocantins, com análise de dados estatísticos, dos avanços, buscando desta forma
evidenciar a eficácia e efetividade do programa na redução da incidência de câncer no Estado
do Tocantins CONCLUSÕES: Esta pesquisa apresenta portanto, uma função social de tornar
mais evidente os elementos que envolvem a problemática do uso do tabaco em suas diversas
formas, que poderá ser usado como uma oferta da pesquisa científica para a comunidade,
governo e demais pesquisadores de políticas públicas educacionais e de saúde de
enfrentamento do tabagismo e outros fatores de risco.

Palavras-Chave: Educação; Saúde; Tabagismo; Políticas Públicas e Efetividade.


45

Referências
INSTITUO NACIONAL DE CÃNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Saber saúde:
prevenção do tabagismo e outros fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas
não transmissíveis. . – 3 ed rev atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2013.
MACEDO, Roberto Sidnei. Etnopesquisa crítica, etnopesquisa-formação. 2 ed., Brasília, DF:
LiberLivro Editora, 2010.
RICO, Elizabeth de Melo. Avaliação de Políticas Sociais: uma questão em debate. São Paulo,
SP: Cortez, 1999.
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SOFTWARE EDUCACIONAL PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS NO APRENDIZADO


DE BIOLOGIA

José Luis dos Santos Sousa


Mestrando em Educação PPPE/UFT, joseluispsicopedagogo@outlook.com

Marluce Zacariotti
Doutora em Educação e Professora do Mestrado Profissional em Educação/UFT, marluce@mail.uft.edu.br

Resumo: Este estudo faz parte do projeto de pesquisa do Mestrado Profissional em Educação
da Universidade Federal de Tocantins/UFT. A presente pesquisa parte da problemática de
como um software para dispositivos móveis pode auxiliar no processo de aprendizagem no
Ensino de Biologia, e quais as implicações envolvidas neste processo. Para tentar solucionar
esta questão foram traçados os seguintes objetivos, geral: desenvolver um software para
dispositivos móveis a ser utilizado no processo de ensino e aprendizagem em Biologia,
especificamente nos conteúdos do Ensino Médio e sendo seus objetivos específicos: 1.
Pesquisar sobre a utilização e desenvolvimento de softwares educacionais para o ensino de
Biologia; 2. Fazer um estudo da arte sobre o ensino de Biologia em documentos oficiais
brasileiro e autores que discutem esse assunto; 3. Identificar os itens necessários para
integração do software através dos alunos e professores; 4. Buscar apoio tecnológico para o
desenvolvimento do software. Este estudo terá como base princípios da pesquisa-ação, em
que será trabalhado o conteúdo e será testado o software com os alunos selecionados, em uma
perspectiva de grupo focal, uma pesquisa bibliográfica e de campo, visando alcançar os
objetivos que foram propostos, a pesquisa de campo privilegiará analisar na própria realidade.
Inicialmente será feita uma pesquisa bibliográfica para descrever teorias que abordam práticas
pedagógicas inovadoras, usando as novas tecnologias, a partir dos principais teóricos que
discutem tal temática como: Alava, Castells, Kenski, Lemos, Prenski, Zacariotti entre outros.
Serão feitas visitas às escolas da rede pública de ensino de Palmas, quando será aplicado
questionários individuais para os alunos e professores responderem a respeito da temática em
questão. A aplicação do questionário será de grande importância para a criação do software,
que para a criação do mesmo buscará parceria com alunos do curso de computação da UFT.
Após a criação do software haverá a aplicação em uma escola pública de Palmas/TO no
Ensino Médio. Tem-se a pretensão de fazer seu uso em outras escolas, haja visto, a
necessidade que a atual sociedade impõe à forma de aprender do aluno.

Palavras-chave: Juventudes. Novas tecnologias. Software. Tecnologia móvel. Ensino de


biologia.
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UM ESTUDO EM PESQUISAS QUE TEMATIZAM O PROCESSO DE ENSINO E


APRENDIZAGEM DE FRAÇÃO

Marcos José Pereira Barros


Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação. Especialista em Educação Matemática. E-mail:
marcos.mat@mail.uft.edu.br

Idemar Vizolli
Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutor em Educação. Email: idemar@mail.uft.edu.br

Resumo: O processo de ensino e aprendizagem de conteúdos da Ciência Matemática tem sido


inútil e desinteressante (D’AMBROSIO, 1991, 2005), para os estudantes, tanto da Educação
Básica (EB) quanto da Superior (ES). Este cenário de desinteresse está relacionado à
metodologia escolhida pelos professores para ministrarem as aulas desta disciplina. A
curiosidade e o interesse dos estudantes estão, na maioria dos casos, relacionados à
abordagem metodológica escolhida pelos educadores. Dependendo da estratégia de ensino
proposta os estudantes não se sentem instigados, “provocados”, interessados em aprender os
conceitos da ciência Matemática. E, conforme afirma D'Ambrosio (1991, 2005) a maneira
como estamos ensinando a Matemática à torna inútil e desinteressante aos meninos e meninas.
O ensino de frações deve ser proposto e ensinado por meio de aulas criativas dando sentido ao
que está sendo lecionado por meio da contextualização dos conceitos. A ênfase exagerada no
método tradicional de lecionar os conceitos por meio de fórmulas e “métodos práticos” para
resolução de problemas limita a compreensão do real significado das frações. “Com relação
ao ensino, o que se tem revelado, é uma ênfase exagerada em procedimentos e algoritmos, e
uma forte tendência para introduzir esse conceito com base no significado parte-todo”
(MERLINI, 2005, p. 2). O presente artigo tem como objetivo verificar o que pesquisa que
tematizam o ensino de frações apontam como possíveis causas das dificuldades de estudantes
da Educação Básica no processo de solução de situações que envolvem este conceito. Trata-se
de um estudo de abordagem qualitativa, cujos dados e informações foram obtidos a partir de
consulta ao banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES), por meio do termo ensino e aprendizagem de frações. Do total de 07
pesquisas encontradas, seis são dissertações de mestrado e uma tese de doutorado, ambas
tratam do ensino de frações, aprendizagem de frações, e o processo de ensino e aprendizagem
deste conteúdo. Os resultados apontam que as dificuldades na aprendizagem deste conceito
estão relacionadas as abordagens metodológicas adotadas pelos professores nas aulas; à falta
de interesse, por parte dos estudantes, nos conteúdos matemáticos; a não relação dos conceitos
de frações com situações concretas. Com um olhar atento nos estudos nos permite dizer que o
conteúdo de frações é importante no cotidiano dos meninos e meninas; que os educadores
tendem a privilegiar seu ensino por meio de figuras geométricas planas conceituando as
frações como parte-todo; e que o ensino de frações se torna interessante e útil aos estudantes
quando eles são participantes ativos no processo de aprendizagem e na construção de seu
próprio conhecimento.

Palavras-chaves: Frações. Ensino de frações. Aprendizagem de frações.


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O ENSINO DE FRAÇÕES POR MEIO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA


DESENVOLVIDA COM ESTUDANTES DO CURSO DE MATEMÁTICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Marcos José Pereira Barros


Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação. Especialista em Educação Matemática. E-mail:
marcos.mat@mail.uft.edu.br

Idemar Vizolli
Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutor em Educação. Email: idemar@mail.uft.edu.br

Resumo: este trabalho trata de uma pesquisa, que está em andamento, sobre o processo de
ensino e aprendizagem do conceito de frações, desenvolvida por meio de uma sequência
didática com estudantes do curso de graduação em Matemática da Universidade Federal do
Tocantins, na cidade de Araguaína-TO. Diversas pesquisas apontam que o processo de ensino
e aprendizagem do conteúdo de frações é um dos mais difíceis de serem assimilados pelos
estudantes e ensinados pelos professores. De maneira geral, os docentes costumam abordá-lo
por meio, unicamente, da metodologia tradicional com a representação parte-todo de frações.
Neste sentido objetivamos analisar as possíveis contribuições do uso de sequências didáticas
com vistas a compreensão do conceito de fração por estudantes ingressantes no Ensino
Superior, considerando os diferentes significados de fração, o uso de diferentes registros de
representação, e a natureza da grandeza. Buscaremos responder a seguinte questão norteadora:
QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS COM VISTAS
A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE FRAÇÃO QUANTO AOS SEUS
SIGNIFICADOS, REGISTROS E NATUREZA? A metodologia adotada no desenvolvimento
da pesquisa é de caráter qualitativo em que a utilização de instrumentos e procedimentos
garantirão a descrição confiável dos passos da pesquisa. “O delineamento, a coleta, a
transcrição e análise dos dados fazem parte desse desenvolvimento. Uma forma de organizar
esses elementos e delinear uma pesquisa qualitativa é o estudo de caso” (ARAÚJO, 2009, p.
55). As fases da pesquisa constituem-se: Fase 1 – leituras de livros, revistas, artigos
científicos, periódicos que abordam a temática investigada como a formação de professores,
aperfeiçoamento, didática, processo de ensino e aprendizagem de frações – que para
Fiorentini e Lorenzato (2007, p. 79) se caracterizam a fase exploratória e preparatória; Fase 2
– corresponderá ao levantamento de dados, caracterizada como a fase da coleta de dados, que
será por meio de atividades aplicadas antes e depois do desenvolvimento da sequência
didática constituindo as análises a priori e a posteriori; Fase 3 – compreenderá a análise dos
dados coletados, “ordenação, classificação, categorização...”; e, a Fase 4 – compreende a
elaboração do relatório da pesquisa caracterizado como conclusões e considerações finais. Os
resultados indicam ainda que o conteúdo de frações é importante no cotidiano dos meninos e
meninas; que os livros didáticos tendem a privilegiar seu ensino por meio de figuras
geométricas planas conceituando as frações como parte-todo; e que as sequências didáticas
figuram como uma possibilidade para o ensino de frações de maneira significativa,
interessante e útil aos estudantes, tornando-os participantes no processo de aprendizagem e na
construção de seu próprio conhecimento.

Palavras-chaves: Frações. Ensino de frações. Aprendizagem de frações. Sequência didática.


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A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO


DOS CONSELHOS ESCOLARES E SEUS EFEITOS NOS SISTEMAS MUNICIPAIS
DE ENSINO DO ESTADO DO TOCANTINS

Katia Cristina Custódio Ferreira Brito

Celso Luiz Aparecido Conti

Resumo: O presente texto apresenta considerações iniciais acerca dos efeitos do Programa
Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, que teve sua implementação fomentada
a partir de 2004, nas redes municipais de educação do Estado do Tocantins. Busca-se analisar
o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares identificando seus alcances
e limites nos sistemas municipais de Ensino do Estado do Tocantins no que se refere à
consolidação dos conselhos escolares como ferramenta de gestão democrática. No aspecto
metodológico, o estudo é proposto, incialmente, em uma abordagem de pesquisa
Quali/Quantitativa. Na segunda fase da pesquisa, de cunho qualitativo, propõe-se a
combinação de dois procedimentos: pesquisa bibliográfica e documental, com análise de
documentos legais e atos normativos referentes a gestão democrática nos municípios do
estado do Tocantins, bem como, recorrer à aplicação de entrevistas aos dirigentes municipais
de educação possibilitando evidenciar ações desenvolvidas nos municípios a partir da
implementação do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Quanto
aos resultados obtidos/esperados o trabalho está em fase de elaboração dos instrumentos e
contatos iniciais com os sujeitos da pesquisa.

Palavras-chave: Conselho escolar. Gestão democrática. Programa Nacional de


Fortalecimento dos Conselhos Escolares

Referências
AZEVEDO, Janete Lins. A educação como política pública. Coleção Polêmica do Nosso
Tempo, 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Os conselhos de educação e a gestão dos sistemas. In:
FERREIRA, Naura Syria Carapeto; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (orgs.). Gestão da
educação: impasses, perspectivas e compromisso. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
DOURADO, L. Gestão escolar democrática – a perspectiva dos dirigentes escolares da rede
municipal de Goiânia. Goiânia: Editora Alternativa, 2003.
LUIZ, Maria Cecília. Algumas reflexões sobre a prática da gestão democrática na cultura e
organização escolar. Revista de Educação, online, v. 4, n.2, Nov. 2010. Programa de Pós-
Graduação em Educação da UFSCar. Disponível em www.reveduc.ufscar.br
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A EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO DE MODERNIDADE LÍQUIDA: UMA


PROPOSTA DE CURRÍCULO INTERATIVO

Ilda Neta Silva de Almeida


Mestranda do Programa Mestrado Profissional em Educação UFT. E-mail: ildaneta@hotmail.com

Eduardo José Cezari


Doutor em Educação em Ciências e Matemática - UFMT/REAMEC. Mestre em Ciências do Ambiente. Docente
do PPPGE/UFT. E-mail: eduardo@mail.uft.edu.br

Resumo: Esta pesquisa, pretende refletir o currículo da educação infantil, partindo da


possibilidade de uma proposta interativa em tempo de modernidade líquida. A proposta
interativa parte da tentativa de compreensão de um currículo fluído. Intencionamos o
desenvolvimento de uma plataforma ou site, onde os professores poderão postar, compartilhar
e socializar planejamentos, aulas exitosas, projetos e práticas pedagógicas. O objetivo deste
estudo é pesquisar a compreensão teórica e prática da relação currículo e planejamento na
rotina de educação infantil de um grupo de professores. Quanto aos objetivos específicos
pretendemos: Analisar o contexto social, político, econômico e cultural dos participantes
inseridos na pesquisa. Entender as concepções teóricas e práticas de currículo e planejamento
dos professores, observando as dificuldades e obstáculos na rotina escolar. E por fim propor o
currículo interativo como possibilidade de aprimorar a dinâmica de construção do
planejamento. A pesquisa será qualitativa na perspectiva dos Estudos Culturais. Quanto aos
participantes a Pesquisa será aplicada em dois CMEIS do município de Palmas, localizado na
região sul, envolvendo professoras da educação infantil. Os Instrumentos de coleta de dados
serão observação, Diário de campo e entrevista semi-aberta. Para análise dos dados coletadas
será feito a análise de conteúdo.

Palavras-chave: Currículo. Educação Infantil. Modernidade líquida. Planejamento.

Referências
BAUMAN, Z,1925. A sociedade individualizada: vidas contadas e histórias vividas .tradução
José Gradel. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil(DCNEI). Brasília: MEC, SEB, 2010.
_______. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998 (v. I, II,
III).
CEZARI, Eduardo; SOUSA, Jil-vanny da Silva Cunha; CUNHA, Rogério de Sousa. A
EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: conceitos e
propostas de um currículo. Revista Observatório, [S.l.], v. 2, n. 4, p. 456-475, out. 2016. ISSN
2447-4266.
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OS JOVENS NO/DO ENSINO MÉDIO: SEUS MOTIVOS, SEUS INTERESSES, SUAS


EXPECTATIVAS

Sérgio Zeno Granetto


Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação – PPGE/UFT. Professor de Ensino
Superior da Faculdade Católica Dom Orione – Araguaina/TO. sergiogranetto@gmail.com.

Eduardo Seccatto Calaman


Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá. Graduado em Filosofia pelo Instituto Santo Tomás de
Aquino. Graduação em Pedagogia pelo Instituto Isabel. Graduação em Teologia pela Puc-Rio.
caliman@catolicaorione.edu.br.

Damião Rocha
Doutor em Educação pela UFBA. Mestre em Educação pela UFG. Docente do Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Educação – PPGE/UFT. Docente Adjunto da UFT. Líder do Grupo de Pesquisa sobre
currículo. damiao@uft.edu.br.

Resumo: O que pensam os jovens sobre o Ensino Médio? A importância de se entender o que
pensa o jovem sobre o ensino médio, sobre a infra-estrutura, acolhimento, metodologia, entre
outros, para poder planejar e adequar o currículo às necessidades e realidades dos alunos,
tornando-os conectados com o mundo e com a escola. Ouvir o que os jovens do Ensino Médio
do Colégio Santa Cruz - Araguaína/TO pensam sobre os costumes, o que eles querem do
colégio, por diversas vezes não é que os jovens não querem estudar, mas é que os professores
não conseguem fazer com que eles apreendam, ou que se interessem em apreender. O
OBJETIVO do trabalho é compreender as relações entre juventude e escola investigando o
lugar que o EM ocupa na socialização dos jovens contemporâneos. Entender as tensões e
desafios existentes na relação atual dos jovens com o EM. Identificar as características dos
jovens que chegam ao Colégio Santa Cruz. METODOLOGIA: O trabalho resultará da
pesquisa a ser realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFT), O
método de pesquisa survey. Pode ser quantitativo (survey, experimento) ou qualitativo
(estudo de caso, focus group). Poder ser interdisciplinar ou multirreferencial. Quanto ao seu
propósito pode ser pesquisa explanatória, exploratória, descritiva. Com amostra probalística.
Seu instrumento é o questionário. Será na primeira etapa realizada a revisão bibliográfica
existente sobre o assunto; na segunda etapa serão realizadas as entrevistas com alunos do
ensino médio do Colégio Santa Cruz de Araguaina/TO; na terceira etapa serão feitas a
transcrição das respostas dos alunos, as quais serão analisadas, e tabuladas; e na quarta etapa o
Produto final o artigo cientifico final como resultado do Survey apresentando o relatório da
pesquisa em forma de artigo para que seja publicado. RESULTADOS: Como resultado
esperado procuraremos responder ao problema de pesquisa: Para aqueles que frequentam o
Ensino Médio do Colégio Santa Cruz de Araguaína/TO, a escola contribui para a construção,
52

na vivência, da sua condição juvenil? A vivência juvenil no cotidiano escolar é marcada por
tensões, constrangimentos na sua difícil tarefa de constituir-se jovem-aluno? A escola é
percebida pelos jovens como proposta educativa de formação social, cultural, moral e ética?
CONCLUSÕES: A educação da juventude, a sua relação com a escola, tem sido alvo de
debates sobre os problemas da instituição escolar, onde professores, alunos e seus suas
famílias acabam culpando-se mutuamente. Se não mudamos a metodologia de ensino,
continuaremos trabalhando com o aluno na mesma perspectiva que nós tivemos enquanto nós
fomos alunos, onde naquele momento funcionou, mas não podemos transferir esse método
para a atual geração de jovens.

Palavras-Chave: Relação juventude e escola; Condição juvenil no Brasil; Culturas juvenis.

Referências
ABRAMOVAY, Miriam. ANDRADE, Eliane Ribeiro. ESTEVES, Luiz Carlos Gil. (Orgs.).
Juventudes: outros olhares sobre a diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Unesco 2007. 342 p. : il – (Coleção
Educação para todos; 27) ISBN 978-85-98171-71-5
ARROYO, Miguel G. Adolescentes e jovens: seu lugar nos currículos. In: ARROYO, Miguel
G. Currículo, território em disputa. 5 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 2007b.
CANEVACCI, Massimo. Culturas eXtremas: mutações juvenis nos corpos das metrópoles.
Rio e Janeiro: DP&A, 2005.
DAYRELL, Juarez. A escola faz juventudes? Reflexões sobre a socialização juvenil. Revista
Educação & Sociedade. Campinas, v. 28, n. 100, p. 1105-1111, out. 2007.
DAYRELL, Juarez. CARRANO, Paulo. MAIA, Carla Linhares. (Orgs.). Juventude e ensino
médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
FÁVERO, Osmar. SPÓSITO, Marília Pontes. CARRANO, Paulo. NOVAES, Regina Reys.
Juventude e contemporaneidade. – Brasília: UNESCO, MEC, ANPEd, 2007.
LOPES Marina. OLIVEIRA, Vinícius de. Jovens querem escola com participação, atividades
práticas e tecnologia. 2016. Disponível em:<http://porvir.org/jovens-desejam-uma-escola-
participacao-atividades-praticas-tecnologia/>. Acesso em: 25 abr. 2017.
MELUCCI, A. Juventude, tempo e movimentos sociais. Juventude e contemporaneidade,
Revista Brasileira de Educação, São Paulo, ANPED, n. 5 e 6, p. 5-14, 1997. p. 182-211. v. 1.
ROCHA, J. Damião T. Juventude outsider e suas plásticas contemporâneas. In: COUTO,
Edvaldo. SILVA, Valdirene Cássia da. TEIXEIRA, Irenides. (Orgs.). Cultura e comunicação
visual. Canoas, RG: Ed. ULBRA, 2013.
53

REVISÃO, ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DA NOVA NORMA DE


PLANEJAMENTO E CONDUTA DE ENSINO DO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO TOCANTINS: UM COROLÁRIO QUALITATIVO DE UMA
DISSERTAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Cléber José Borges Sobrinho


Mestre em educação pela Universidade Federal do Tocantins, e, Diretor de Ensino e Pesquisa do Corpo de
Bombeiros Militar do Tocantins. cleberborgess@yahoo.com.br

José Damião Trindade Rocha


Doutor em educação pela Universidade Federal da Bahia, e, Coordenador do Programa Profissional de Pós-
graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins. damiao@uft.edu.br

Resumo: O presente estudo descreve o processo de revisão, elaboração e publicação da nova


Norma de Planejamento e Conduta de Ensino – NPCE, principal documento educacional do
Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins – CBMTO, a partir da dissertação do Programa de
Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Tocantins, intitulada
“Dispositivos docentes curriculares de profissionalização: da competência individual à
competência coletiva dos profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins”,
defendida em setembro de 2014. A ação educacional para revisão e publicação de uma nova
NPCE foi subsidiada por um planejamento descritivo composto por seis passos, em
consonância à referida dissertação, o qual objetivou levantar os conteúdos constantes na
NPCE existente e revisá-los em um nível educacional contemporâneo, com linguajar técnico e
resultado aplicável às diferentes formações profissionais dos bombeiros militares
tocantinenses. O primeiro passo foi analisar a NPCE vigente, datada de fevereiro de 2014 e
com conteúdo de noventa e seis páginas; o segundo passo buscou levantar as informações
repetitivas, controversas e não referenciadas aos saberes profissionais vinculados, e àquelas
encontradas foram descartadas; o terceiro passo associou os conteúdos restantes em
conformidade às preconizações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e os
pontos desconexos foram retirados; o quarto passo foi possibilitar que a nova NPCE
permitisse a construção curricular contínua dos processos educacionais da Academia de
Formação do CBMTO; o quinto passo adicionou os conteúdos programáticos, referenciados
pela Matriz Curricular Nacional, que oportunizassem o desenvolvimento de competências
profissionais específicas para bombeiros militares; e o último passo foi correlacionar a
proposta de uma nova NPCE aos amparos legais pertinentes, a saber: a Lei de Organização
Básica do CBMTO, o Estatuto dos militares estaduais do Tocantins, a Lei de Promoção do
54

CBMTO, a Lei de fixação de efetivo do CBMTO e as Normas Gerais de Ação dos cursos de
formação profissional do CBMTO. Neste processo construtivo, os principais autores
utilizados foram Sacristán (2000), Tardif (2002), Le Boterf (2003), e Borges Sobrinho (2014).
Após a revisão da NPCE de 2014 foi elaborada uma Portaria institucional para revogação do
antigo documento educacional e publicação do novo, à qual foi apresentada ao comando da
corporação tocantinense em modelo de projeto. Os resultados alcançados foram considerados
totais, uma vez que as seis etapas do planejamento, subsidiadas pela dissertação do PPGE,
foram cumpridas em sua totalidade, e a nova Norma de Planejamento e Conduta de Ensino do
Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins foi publicada em Boletim Geral da corporação por
meio da Portaria nº 006/2017/DEP, de 10 de agosto de 2014, com conteúdo de trinta e uma
páginas.

Palavras-chave: Educação. Corpo de Bombeiros. Currículo. Competências.

DIVERSIDADE CULTURAL NA EDUCAÇÃO TOCANTINENSE: UMA


PERSPECTIVA POSSÍVEL DE MUDANÇA

Leonardo Victor dos Santos


Professor da Educação Básica em Arraias–Tocantins; mestrando do Programa de Pós-Graduação da Educação da
Universidade Federal do Tocantins/PPGE/UFT; E-mail: professorleonardoarraias@gmail.com.

Meire Lúcia Andrade da Silva


Mestranda do PPGE-UFT; membro do NEPCE/EpeEM/ObSPE/Rede MAPA Tocantins. E-mail:
melucia26@hotmail.com

Rosilene Lagares
Professora PPGE-Pedagogia-UFT, Líder do NEPCE e Coordenadora do EpeEM/ObSPE e da Pesquisa Rede
MAPA Tocantins. E-mail: lagaresrose@uft.edu.br

Idemar Vizolli
Doutor em Educação/UFSC. Mestre em Educação/UFPR. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal do Tocantins, e-mail: idemar@uft.edu.br

Resumo: A diversidade cultural ganha destaque nas políticas públicas educacionais


brasileiras a partir da segunda metade do século XX, com as demandas por reconhecimento de
diversos movimentos sociais. Neste artigo, construído por meio de revisão bibliográfica e
documental, objetiva-se refletir a respeito das políticas de diversidade cultural planejadas no
Brasil e no Estado do Tocantins, tomando como referência o conteúdo das metas e das
estratégias do Plano Nacional de Educação relacionadas ao tema. Partindo de uma perspectiva
crítica, o estudo é fundado em diálogos entre pesquisas que analisam o tema no âmbito das
políticas públicas em educação e o planejado. Isto, com vistas a iniciar a construção de
princípios alternativos ao modelo estabelecido pelo conhecimento hegemônico de trabalhar o
tema da diversidade cultural, que aparece nos referenciais curriculares e é normatizado nas
leis, planos, diretrizes e resoluções. A ideia toma por base o regime de colaboração
estabelecido pela Constituição Federal de 1988 e a Emenda Constitucional nº 59/2009, que
55

enfatiza o papel articulador do Plano Nacional em relação à construção do Sistema Nacional


de Educação. No caso específico da diversidade cultural na educação, parte da necessidade da
colaboração entre escolas, Diretorias Regionais de Educação, Secretarias Municipais de
Educação, Secretaria Estadual de Educação do Tocantins e Universidade Federal do
Tocantins.

Palavras-chave: Planos de Educação. Cultura. Regime de Colaboração.

O GÊNERO TEXTUAL CHARGE NA COBERTURA DA EDUCAÇÃO: ANÁLISE


DE IMAGEM E DISCURSO

Alecsandre Alves Oliveira


Mestrando em Comunicação e Sociedade no Programa de Pós Graduação em Comunicação e Sociedadeda
Universidade Federal do Tocantins (UFT). E-mail: oliveira.alec@gmail.com.

Cidiclei Alcione Biavatti


Mestrando em Comunicação e Sociedade no Programa de Pós Graduação em Comunicação e Sociedadeda
Universidade Federal do Tocantins (UFT). E-mail: cidbiavatti@gmail.com.

Resumo: O presente estudo objetiva analisar as abordagens das charges no jornal a Folha de
São Paulo na questão da educação no Brasil. Para chegar ao que se propõe realizaremos
análise de imagem e discurso, apoiamos ainda nas teorias da comunicação social (Teoria da
Ação Política e Crítica), na busca de identificar os valores notícia utilizados pelo jornal para
noticiar o tema. Para Coelho (2014, p. 5) “não existe vida social sem a presença da
comunicação”, desta forma buscar sua compreensão é entender de que maneira, “os processos
comunicacionais se manifestam no interior das diferentes dimensões sociais” e como atuam
em sua articulação. Para o autor a Teoria Crítica da Comunicação não existe disjunção entre
processos comunicacionais, processos sociais e processos históricos. Como a educação é um
produto que nasce na sociedade, e, portanto, é material noticioso. Porém, para que um fato
social tornar notícia constrói-se uma relação negocial, uma vez que o jornalismo não pode
ignorar a pauta, por outro lado a imprensa sofre pressões de grupos econômicos que não
reconhecem a pauta, nessa perspectiva, portanto entende que ação política na comunicação
atende o objetivo proposto nesse estudo. Traquina (2005, p. 161), “[...] o estudo do jornalismo
debruça-se sobre as implicações políticas e sociais da atividade jornalística, o papel social das
notícias, e a capacidade do Quarto Poder em corresponder às enormes expectativas em si
depositadas pela própria teoria democrática”.Os fatos noticiosos nem sempre são elencados,
ou seja, não ganham destaques, pela sua importância social, como explica Traquina. Bourdieu
(2010, 2008) explica que o campo dos mídia sofre uma espécie de “censura”, do campo
econômico que impõe o que deve ou não ter destaque. Neste sentido a cobertura da imprensa
ao tema educação não tem o devido destaque. Ao analisar as imagens do Jornal Folha de São,
em 2010, escolhendo três charges, sendo uma de julho, agosto e outubro, publicadas no
56

Primeiro Caderno paina A2. Ao analisar as charges que noticiam a educação no Brasil,
identificamos que elas foram utilizadas como ferramenta de crítica, de sátira e ideológica.
Quanto à análise que perfaço ao referencial teórico no campo das políticas públicas, é notório
que houve realização de várias ações do poder público na intenção de resolver, ou ao menos
abrandar o problema da educação no país. Entretanto, a distância que permeia a intenção, da
resolução dos problemas que afetam a educação, ainda é distante, sendo necessária a
implantação de políticas de Estado com maior duração, para que haja seguimento nas ações
que vise a concretização do direito do cidadão à educação.

Palavras-chave: Charges. Educação. Folha de São Paulo. Análise de Imagem e Discurso.


Teorias da Comunicação

Referências
BOURDIEU, Pierre. Razões práticas sobre a teoria da ação. Campinas, SP: Papirus, 2008.
__________, Pierre, 1939-2002. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro; tradução Fernando
Tomaz (português de Portugal); 13ª. ed. Bertrand Brasil, 2010.
COELHO,Cláudio Novaes Pinto.Teoria Crítica e Sociedade do Espetáculo. Jundiaí, SP: In
House, 2014.
TRAQUINA, Nelson. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo, RS, Brasil.
Editora Unisios, 2005.
57

A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS


PARA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Márcia Flausino Vieira Alves

Idemar Vizolli

Resumo: Os conflitos de terra marcam a história do povo brasileiro, e especialmente a partir


do século XX, com a organização dos movimentos sociais tem estabelecido uma parceria no
avanço do debate das políticas sociais. Como parte das conquistas dos movimentos sociais
organizados podemos destacar as legislações criadas com o intuito de estabelecer políticas
públicas da educação do campo. A presente pesquisa apresenta a pedagogia da alternância no
contexto da escolarização dos povos do campo no Estado do Tocantins. Ressaltamos a
relevância da pedagogia da alternância no contexto das políticas públicas para educação do
campo e a contribuição da Escola Família Agrícola de Porto Nacional para o desenvolvimento
dessa política educacional no Tocantins.

Palavras-chaves: Educação do Campo. Políticas públicas. Pedagogia da Alternância.


58

A LEI FEDERAL 10.639/03 NA PRÁTICA: PROBLEMATIZANDO E


DESENVOLVENDO ATIVIDADES VOLTADAS PARA A VALORIZAÇÃO DAS
AFRICANIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR

Natalia Dias Ribeiro Pereira


Universidade Federal do Pampa

Fabiane Ferreira da Silva


Universidade Federal do Pampa

Resumo: A presente pesquisa relata uma experiência vivenciada numa escola pública, onde
fora desenvolvido um projeto de intervenção com o objetivo de discutir e problematizar
situações de racismo e discriminação vivenciados por negros, bem como, enaltecer as raízes
de matriz africana através de atividades voltadas para essa temática. As ações do projeto
buscaram valorizar a História e Cultura Africana e Afro-brasileira no contexto escolar, à luz
da Lei Federal 10.639/03, que legisla sobre a obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio, oficiais e particulares, o ensino sobre História e Cultura Africana e
Afro-brasileira. O projeto de caráter interdisciplinar, contou com a participação de alunos do
Ensino Fundamental, Séries Finais com envolvimento das disciplinas de Língua portuguesa,
Ensino Religioso e Artes. O trabalho baseou-se nos moldes da Pesquisa-ação, que busca
investigar a realidade, interagindo com esta nos propiciando repensar nossa prática,
planejando ações na perspectiva de trabalharmos em prol da transformação. Ao longo das
aulas aplicamos um questionário, promovemos discussões e reflexões acerca das questões
étnico-raciais e também realizamos diversas atividades voltadas para a valorização da História
e Cultura Africana e Afro-Brasileira. A culminância do trabalho se deu através da realização
da I Mostra de História e Cultura Africana e Afro-brasileira, realizada na escola. Com esse
projeto percebemos que precisávamos rever nossa prática docente, sobretudo voltar o nosso
olhar para as diferentes culturas, valorizando a singularidade dos nossos educandos,
identificamos também que quando desenvolvemos atividades voltadas para a valorização das
africanidades promovemos a autoestima do nosso educando, principalmente daqueles que se
identificam negros, bem como os que renegam essas raízes. Observamos também que a
abordagem das relações étnico-raciais no contexto escolar possibilitou que os educandos
59

reconhecessem a presença do racismo no nosso cotidiano, uma vez que historicamente


evidencia-se no Brasil o racismo velado. Importante ressaltar que os educandos através das
atividades se fizeram perceber e entender como acontece o racismo, conhecer suas origens,
tomaram consciência da grandeza que apresenta a ideologia racista presente em nosso
cotidiano perpetuada há muitos séculos. Dessa forma, os educandos refletiram e repensaram
suas posturas e comportamentos acerca das práticas de racismo, bem como conheceram uma
cultura participante e formadora de nossa identidade.

Palavras-chave: Escola. Relações étnico-raciais. Racismo. Cultura Africana. Cultura Afro-


brasileira.

AS REPRESENTAÇOES SOCIAIS DO FRACASSO ESCOLAR PARA OS


PROFESSORES EM UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ARAGUATINS/TO

Miliana Augusta Pereira Sampaio


Aluna do Programa de Mestrado Profissional em Educação - UFT

Simone Lima de Arruda Irigon


Aluna do Programa de Mestrado Profissional em Educação – UFT

Denise de Barros Capuzzo


Professora Dra. Orientadora do Programa de Mestrado Profissional em Educação - UFT

Resumo: A preocupação com o chamado “fracasso escolar” deu origem a inúmeras pesquisas
nas últimas décadas, em decorrência da reflexão e indagação dos pesquisadores sobre as
mazelas históricas que assolam as escolas brasileiras, que são reveladas nos nossos baixos
índices e nos escassos investimentos na área educacional. Torna-se relevante considerar o
papel de mediação do professor entre o conhecimento historicamente produzido e o aluno.
Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo investigar as concepções de professores
de uma escola pública da esfera municipal em relação ao fracasso escolar no município. Para
a realização de tal pesquisa foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 12 professores
do ensino fundamental de uma escola situada em Araguatins, cujos dados do IDEB (Índice de
desenvolvimento da educação básica, indicador utilizado para avaliar a qualidade da
educação) apontavam dificuldades sobre a escolarização. O conteúdo das entrevistas foi
analisado mediante o método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2004), e
concomitantemente observado sobre a luz da teoria das representações sociais de
(Moscovici,1978), Jodelet (1999), Jovchelovitch (2000) respeitando por fim a rede complexa
que constitui o fracasso escolar baseado em Patto (2000), Zonta e Meira (2007) . Como
60

resultado, constatou-se que os professores expressaram concepções ambíguas e contraditórias


acerca do fracasso escolar, ao atribuírem como principais elementos constituintes do fracasso
escolar a fatores relacionados ao aluno, à família, ao sistema escolar, ao professor e a
condições sociais mais amplas, ao mesmo tempo em que aferem o sucesso escolar ao método
pedagógico, ou seja, o próprio professor como gestor do processo, por vezes minimizando o
seu papel em relação ao fracasso escolar. A análise dos resultados permite concluir que os
professores reconstituem sua representação de “fracasso escolar” como um processo
claramente esquematizado: o desinteresse e a dificuldade de aprendizagem do aluno, aliados à
falta de apoio familiar levam à repetência, por vezes considerando seu papel como diminuto
ou nulo como parte do fenômeno, além de expressarem um forte sentimento de desamparo
para o enfrentamento do fracasso escolar, desamparo este que perpassa as facetas do
desamparo teórico, relacional e do próprio sistema de ensino.

Palavras-chave: Fracasso Escolar. Repetência. Concepções. Representação Social.


Professores.

NARRATIVAS DOS ESTUDANTES DEFICIENTES VISUAIS NO ENSINO


SUPERIOR

Maria de Lourdes L. Macedo


Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Tocantins, graduada em História, professora de Educação
Básica. malutocantins@gmail.com

Maria José de Pinho


Pós-Doutora em Educação pela Universidade de Algarve-Portugal, graduada em História e Pedagogia.
Professora do Curso de Mestrado em Educação pela UFT/TO. mjpgon@mail.uft.edu.br

Jocyléia Santana dos Santos


Doutora em História pela Universidade Federal de Pernambuco, orientadora, professora e coordenadora do
Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Tocantins. jocyleiasantana@gmail.com

Resumo: A presente pesquisa surgiu a partir da problemática de como as políticas públicas


subsidiam as Instituições Educativas a fim de atender, com qualidade, a pessoa com
deficiência visual, estando o cidadão cego ou com baixa visão? Dessa forma, para atingir o
objetivo desse estudo buscou-se analisar a situação de atendimento à acadêmicos, que são
deficientes visuais e estudam na Universidade Federal do Tocantins, campus de Palmas – TO,
e qual atendimento pedagógico essas pessoas recebem. Essa pesquisa narra às memórias de
dois acadêmicos, deficientes visuais (DV), entrevistados no período de agosto a dezembro de
2016, e que cursam graduação em jornalismo e pós-graduação no Mestrado em Educação na
referida Universidade. Como percurso metodológico usou-se a história oral temática como
método, concomitante aos referenciais teóricos de autores que tratam sobre o ensino superior,
e as demandas de acessibilidade de pessoas com deficiência (PCD). Foi necessário trazer
algumas informações acerca das questões de saúde em torno da cegueira, suas causas e
discussões, bem como a legislação que ampara a pessoa com deficiência visual (PCDV). O
61

aporte teórico embasa-se nos autores: Cunha (2000), Ávila, Alves e Nishi (2005), Ferreira
(2007), Pinho (2007) Pinho (2013), Cordovil (2009), Siqueira e Santana (2010), Almeida
(2010), Morin (2015), dentre outros. O resultado aponta os entraves institucionais no que se
refere à acessibilidade das pessoas com deficiência visual, a partir de relatos dos acadêmicos.
Por fim, os dados coletados e as narrativas podem servir de orientação e reflexão para as
Instituições de Ensino Superior (IES), em relação ao atendimento às pessoas com deficiência
visual, bem como aos demais usuários, cidadãos e gestores.

Palavras-chave: Acessibilidade. Deficiência Visual. Política Pública.

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO HUMANA: DIREITO À EDUCAÇÃO E CLASSES


MULTISSERIADAS

Dilsilene Maria Ayres de Santana


Discente do PPGE/UFSCas e Professora efetiva da Universidade Federal do Tocantins. Campus
Palmas/Pedagogia.

Resumo: A oferta da Educação Básica em salas multisseriadas é realidade em todo o mundo.


No Brasil, presença marcante no meio rural, é considerada como um desvio do padrão da
escola considerada ideal: urbana e seriada. Essa organização escolar é responsabilizada pelo
baixo desempenho acadêmico dos estudantes, conforme as avaliações institucionais. Justifica-
se, pois o movimento de fechamento de tais escolas. Com a baixa densidade demográfica do
meio rural, a oferta da educação escolar em salas multisseriadas figura-se com alternativa à
garantia do direito à educação? O propósito é buscar aporte teórico que subsidie a
compreensão das possibilidades formativas na oferta da educação escolar no meio rural em
salas multisseriadas e identificar se essa oferta configura-se como alternativa à garantia do
acesso à educação escolar aos povos que vivem e trabalham no meio rural. As referências
teóricas para a proposição assentar-se-ão na pedagogia histórico-crítica e na teoria histórico-
cultural que buscam, a partir do materialismo histórico e dialético, compreender as
possibilidades de formação humana mediada pela educação escolar. É fato a redução da
população no meio rural, mas como os povos que vivem e trabalham no meio rural terão
acesso ao direito à educação com o fechamento das escolas sob a lógica de que não há
crianças o suficiente para abrir e manter escolas em funcionamento? Tomaremos em analise a
realidade da oferta da educação escolar em salas multisseriadas no Tocantins em confronto
com dados populacionais no meio rural de modo a discutir acerca das garantias da efetivação
62

do direito à educação escolar em contextos de baixa densidade demográfica. Estudos iniciais


na perspectiva teórica e histórica evidencia a presença ausente das classes multisseriadas na
história da educação brasileira. A pedagogia histórico-crítica nos ajuda compreender a
importância da educação escolar nos processos de formação humana e a teoria histórico-
cultural afirma da natureza social da aprendizagem, isto é, as interações sociais são
fundamentais no desenvolvimento das funções psicológicas superiores, próprios da natureza
humana, distinguindo-nos dos animais. A escola constitui-se num lugar privilegiado de
interações. Dai se depreende a importância do acesso da educação escolar no sentido de
garantir o acesso aos conhecimentos construídos pela humanidade ao longo de sua existência
em interações sociais ricas de intencionalidades formativas.

Palavras-chave: Salas multisseriadas. Meio rural. Formação humana.

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR E


DO PROCESSO DE ENSINO DA LEITURA PARA OS ALUNOS DO 6º ANO DA
ESCOLA MUNICIPAL SEBASTIÃO DE SALES MONTEIRO

Maria das Graças Pereira Silva


Universidade Federal do Tocantins – PPGE/UFT, Brasil, gracaprofessor@gmail.com

Frankinaldo Pereira Lima,


Universidade Federal do Tocantins – PPGE/UFT, Brasil, (aluno especial), franckinaldo_00@uft.edu.br

Vania Maria de Araujo Passos


Universidade Federal do Tocantins – PPGE/UFT, Brasil, vaniapassos@mail.uft.edu.br

Resumo: O presente estudo, inserido na linha Formação de Professores na Educação Básica,


tem por fundamento a relação entre o teatro e a leitura como processo de ensino para
estimular a motivação do aluno para a aprendizagem. Orienta-se pelo questionamento de
como a prática do professor contribui no processo de ensino da leitura dos alunos do 6º ano de
uma escola da rede municipal de ensino do território de Lajeado do Tocantins? Tem por
objetivo geral compreender as motivações que levam os alunos a desenvolverem o gosto pela
leitura alcançando o seu aprendizado. Como objetivos específicos apresentam-se: (1)
identificar os elementos pedagógicos que permeiam a formação do professor; (2) analisar a
metodologia e a dinâmica de trabalho adotada, na turma do 6º ano, para o processo de
63

aprendizado da leitura. Metodologicamente optou-se por uma abordagem qualitativa de


pesquisa, por meio de estudos bibliográficos, entrevistas e observações diretas. A partir dos
dados coletados será apresentada a articulação entre a linguagem corporal e a linguagem
escrita para fortalecer a significação da leitura no contexto social e seu impacto no processo
de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Formação de professor; ensino de leitura; teatro.

Referências
BOGDAN, Robert e BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação – uma introdução à
teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora, 1994.
PASSOS, Vania Maria de Araújo, A Profissão docente e o curso de Pedagogia na
Universidade Federal do Tocantins. Goiania: UFG/Programa de Pós Graduação em Educação
da Faculdade de Educação, 2011.
SAVIANI, D. Escola e democracia: polêmicas de nosso tempo. 40. ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2008.

CORPO CRIATIVO: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA


PROFESSORES DE DANÇA

Márcia Regina R. G. Sommer


Graduada em Educação Física (UEG). Mestranda do PPPG em Educação, da UFT; Especialista em Dança e
Consciência Corporal (UGF) e Docência Universitária (CEULP/ULBRA); Professora do Balé Popular do
Tocantins (SEDUC –TO) e Colégio COC Palmas. Email: marcia.edf@hotmail.com

Maria José de Pinho


Doutora em Educação. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Programa de Pós-
Graduação em Língua e Literatura da Universidade Federal do Tocantins. E-mail: mjpinho@uft.edu.br

Resumo: O projeto em questão trata de uma proposta de formação continuada para os


professores de dança da rede pública municipal de Palmas, da primeira fase do ensino
fundamental. Buscar-se-á analisar como a criatividade pode ser desenvolvida nas aulas de
dança, e para tanto pretende-se descrever as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores
da disciplina analisada, conhecer as concepções de “criatividade” que os mesmos têm e as
principais dificuldades para se desenvolvê-la na disciplina “dança”. A partir dessas
dificuldades será elaborada e aplicada uma formação continuada sobre o ensino de dança à luz
da criatividade. Após a formação continuada, será elaborado um material de apoio para
auxiliar os professores no desenvolvimento das suas aulas. O percurso metodológico será o da
64

pesquisa-ação. Inicialmente, será feita uma pesquisa descritiva, utilizando o questionário


VADECRIE (adaptado) para coleta de dados acerca da concepção de criatividade dos
professores, bem como observação das práticas pedagógicas. A partir dos dados levantados,
será feita uma intervenção, por meio da formação continuada proposta para esses professores.
Participarão da pesquisa os professores das escolas municipais de tempo integral padrão. A
pesquisa em questão terá como referencial teórico autores que discutem o conceito de
criatividade no viés da complexidade e transdisciplinaridade, como Maria Cândida Moraes,
Saturnino de La Torre, Maria José de Pinho, Henrique Suanno, Marilza Suanno, Basarab
Nicolescu, dentre outros, além de autores que discutem a dança-educação, como Rudolf
Laban e Isabel Marques. Percebe-se a importância desta pesquisa, que tem um caráter de
ineditismo, para discutirmos a criatividade como elemento imprescindível para a formação
continuada de professores, independente da disciplina que lecionam, além de termos a
possibilidade de proporcionar uma visão das concepções e práticas pedagógicas dos
professores de dança das séries iniciais, o que gerará discussões e consequentes melhoras.

Palavras-chave: Criatividade. Dança. Ensino.

IDOSO ATIVO NA ERA TEMER PÓS REFORMA PREVIDENCIÁRIA

Hemilde Higa
Professor do curso de direito da Faculdades de Balsas e aluno especial do Mestrado em educação da UFT. E-
mail: advhiga@gmail.com

Idemar Vizolli
Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins. E Doutor em
Educação pela UFPR - Universidade Federal do Paraná E-mail: idemar@uft.edu.br

Resumo: Com o crescimento populacional significativo das últimas décadas e o baixo índice
de natalidade, o mundo está se tornando um local de pessoas velhas, fazendo com que o idoso
seja o melhor representante de um país. Compreender como será a atividade do idoso no
momento posterior a aposentaria e um fator a ser a ser desmistificado pela gerontologia. O
problema apresentado e elucidar quais as consequência, caso a PEC 287/2016 seja aprovada,
que trata da reforma da previdência, incluindo novos requisitos para a aposentadoria.
Utilizando-se de uma metodologia descritiva-reflexiva, com base em dados bibliográficos foi
possível constatar que a reforma será demasiadamente onerosa ao idoso, pois aumenta em
média quase 10 anos, para que o idoso adquira o direito de se aposentar, como consequência
65

do aumento do prazo para a aquisição da aposentadoria gerará um excesso de mão de obra de


idosos, bem como a redução na qualidade de vida na velhice.

Palavras-chave: Idoso Ativo. Envelhecimento. Reforma da previdência.

Referências
ALVARENGA, Líria Núbia, et al. "Repercussões da aposentadoria na qualidade de vida do
idoso." Revista da Escola de Enfermagem da USP 43.4 (2009): 796-802.
CAMARANO, Ana Amélia; KANSO, Solange. Envelhecimento da População Brasileira:
Uma Contribuição Demográfica . IN: FREITAS, Elizabete Viana de. [et al.]. Tratado de
geriatria e gerontologia - 3.ed. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
FERREIRA, Olívia Galvão Lucena et al. Significados atribuídos ao envelhecimento: idoso,
velho e idoso ativo. Psico-USF (Impr.) [online]. 2010, vol.15, n.3, pp.357-364. ISSN 2175-
3563. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712010000300009.

LIBERDADE E ESPIRITUALIDADE PARA O BEM VIVER

Rita de Cássia Castro Vidal


Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação- PPGE da Universidade Federal do Tocantins-
UFT/CAPES. Graduada em Pedagogia – UFT.

Maria José de Pinho


Doutora em Educação e Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Pós – Doutora em
Educação pela Universidade do Algarve-Portugal. É professora Associada e Bolsista Produtividade do CNPq
categoria 2.

Resumo: Este trabalho busca discutir de forma breve algumas questões relacionadas à
liberdade bem como o lugar da espiritualidade na contemporaneidade, de modo a
problematizar a própria formação humana que, pautada numa visão reducionista e mecanicista
da vida, oriunda do paradigma conservador tendo como base a lógica clássica do terceiro
excluído, fragmenta o conhecimento, a vida e as relações humanas.

Palavras-chave: Liberdade. Espiritualidade. Transdiciplinaridade. Complexidade.


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ELOS INTERGERACIONAIS ENTRE AVÓS DE NETOS COM DEFICIÊNCIA

Simone Lima de Arruda Irigon


Mestranda Profissional em Educação – UFT/Campus Palmas, simonealianca@bol.com.br

Denise de Barros Capuzzo


Professora Doutora do Mestrado Profissional em Educação – UFT / Campus Palmas

Miliana Augusta Pereira Sampaio


Mestranda Profissional em Educação – UFT / Campus Palmas

Resumo: Este estudo faz parte do projeto de pesquisa do Mestrado Profissional em Educação
da Universidade Federal de Tocantins/UFT. Assim, a respectiva pesquisa parte das interações
intergeracionais, as possibilitam a contribuição no desenvolvimento de relacionamentos, entre
avós e netos com deficiência, apontando para o valor dos relacionamentos intergeracionais em
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famílias de crianças com deficiência e como se dá essa relação, os vínculos afetivos e suas
influências no âmbito educacional. O objetivo da pesquisa é compreender as influências dos
elos intergeracionais entre os mesmos, com base no desenvolvimento educacional, de modo a
investigar tal relação, descrevendo a força desses elos e as implicações educativas das
experiências das gerações. Na pesquisa serão estudados autores da área, como ALCÂNTARA
(2008), ANDRADE (2008), MEDEIROS (2004), PY (2004), dentre outros. Pretende-se
aprofundar nas discussões teórico-metodológicas sobre a educação na intergeracionalidade
retratada no processo de ensino-aprendizagem, na convivência entre avós de netos com
deficiência. O estudo exploratório de abordagem qualitativa do tipo pesquisa de campo
consistirá em análises de documentos oficiais e aportes teóricos da área, o qual direcionará
para o desenvolvimento de uma investigação, por meio de grupo focal com aplicação de
questionários individualizados com os avós de netos com deficiência, matriculados nas Salas
de Recursos Multifuncionais, dos Centros Educacionais Especializados: Centro de Apoio
Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual - CAP/TO e Centro de
Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez -
CAS/TO, vinculados à Secretaria da Educação, Juventude e Esportes do Estado do Tocantins
em Palmas. O destaque da referida pesquisa, se retrata na integração entre gerações, relato de
lembranças e de histórias de vida com foco educativo. Por conseguinte os resultados que serão
apontados averiguarão se o valor do relacionamento intergeracional entre os avós de netos
com deficiência se apresenta como positivo na vida de todos os envolvidos em meio à
sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Avôs. Deficiência. Intergeracional. Netos.

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