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Evolução da ciência
2
Investigação
3
Notas e Técnicas Epidemiológicas
4
Investigação
5
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Revolução científica
6
Investigação
7
Notas e Técnicas Epidemiológicas
empírico. Foi-lhe fatal, porque acabou por morrer com uma pneu-
monia no decurso dos seus estudos naturais.
8
Investigação
Metodologia
9
Notas e Técnicas Epidemiológicas
10
Investigação
Hipóteses
Originalidade
Preparação prévia
11
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Comunicação
Por vezes, pode acontecer, tal como ocorreu com Sir McFarlane
Burnet, prémio Nobel da Medicina, que contava, que quando era
jovem (em 1920) assistiu a uma conferência do professor Orme
12
Investigação
Identificação de um problema
Fraude1
1
Ver capítulo 10 – Fraude científica
13
Notas e Técnicas Epidemiológicas
“Papermania”
2
Ver capítulo 9 – Ética da investigação – Código de Nuremberga
14
Investigação
Obsessão científica
3
Ver capítulo 25 – Vieses e variáveis de confundimento
15
Notas e Técnicas Epidemiológicas
16
Investigação
17
Notas e Técnicas Epidemiológicas
4
Ver capítulo 2 – Análise histórica de alguns estudos
18
Análise histórica de alguns estudos
Resumo
Espírito Científico
20
Análise histórica de alguns estudos
Penicillium glaucum
Fermentação
21
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Geração espontânea
22
Análise histórica de alguns estudos
Anaerobiose e aerobiose
Mycoderma aceti
O princípio da vacinação
23
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Carbúnculo
24
Análise histórica de alguns estudos
Vacinação anti-rábica
25
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Febre puerperal
26
Análise histórica de alguns estudos
27
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Observação de Semmelweis
28
Análise histórica de alguns estudos
29
Notas e Técnicas Epidemiológicas
“Partos de rua”
30
Análise histórica de alguns estudos
1
Tal como hoje, os responsáveis negam certas atitudes e factos. Muitas
comissões foram nomeadas para esclarecer a situação denunciada por
Semmelweis, facto que lhe valeu ser perseguido.
31
Notas e Técnicas Epidemiológicas
32
Análise histórica de alguns estudos
33
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estudos retrospectivos
Conclusão
34
Análise histórica de alguns estudos
Sarampo
35
Notas e Técnicas Epidemiológicas
36
Análise histórica de alguns estudos
37
Notas e Técnicas Epidemiológicas
38
Análise histórica de alguns estudos
Período de incubação
Panum descreve as observações contraditórias e díspares no
tocante ao período de incubação, então reinantes (8 dias, 10 a 14
dias e outros chegaram a afirmar que não havia um stadium
contagii latentis definido).
Não demonstra grande admiração pelas discrepâncias,
justificando-as com o facto de ser muito difícil estudar os casos
em zonas em que a interacção entre as pessoas é muito grande e
variada.
Chega a afirmar o seguinte: ”Em Copenhaga, por exemplo, rara
vez se pode dizer que um doente com sarampo esteve exposto à
infecção uma vez, neste ou naquele dia, porque quase nunca se
pode provar que não se tenha estado exposto de alguma forma,
mais cedo ou mais tarde, e sem saber a contágio de sarampo.”
Em 4 de Junho de 1846 um navio baleeiro com 10 homens iniciou
a sua actividade de caça à baleia; 14 dias depois, a 18 de Junho,
o exantema do sarampo aparecia em todos os homens.
Cerca de 12 a 16 dias após esta tripulação ter contraído o
sarampo (a contar da data do aparecimento do exantema), o
mesmo apareceu em quase todos os habitantes da aldeia de
Tjoruevig.
Com base nestes elementos iniciou um inquérito com o objectivo
de determinar a origem, o modo de introdução e de disseminação
da doença.
Efectuou um inquérito epidemiológico rigoroso com todas as
datas, em 52 povoações.
A sua capacidade de “profetizar” foi de tal ordem que acaba por
contar uma história interessante:
39
Notas e Técnicas Epidemiológicas
40
Análise histórica de alguns estudos
Cólica de Devonshire
Introdução
George Baker apercebeu-se que as causas das cólicas de
Devonshire estariam eventualmente relacionadas com o consumo
de cidra.
A razão de ser desta hipótese era devida ao facto dos casos de
cólicas serem mais frequentes nas zonas onde se produzia mais
cidra.
Verificou igualmente que atingia todos os níveis sociais, ao longo
do ano.
Inquérito
41
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estudo experimental
42
Análise histórica de alguns estudos
43
Notas e Técnicas Epidemiológicas
2
Relativamente ao consumo de álcool, não deixa de ser interessante que os
portugueses eram considerados como o povo mais sóbrio da Europa,
consumindo praticamente água. Mesmo a nível da realeza, não se consumia
praticamente bebidas alcoólicas. O povo tinha tendência a copiar os seus
hábitos. Os reis D. João I, D. Pedro II, D. João V e o D. José eram abstémios
(este último até ao terramoto de 1755, a partir do qual passou a beber, por
indicação do seu médico, para combater a melancolia decorrente do desastre de
Lisboa. Parece que se entregava em demasia ao vinho). As considerações sobre
a frugalidade dos portugueses foram descritas pelos inúmeros viajantes
estrangeiros, nomeadamente franceses e ingleses (A Alimentação em Portugal
no século XVIII nos relatos dos viajantes estrangeiros Carlos Veloso. Minerva
História. Coimbra, 1992).
3
Alguns viajantes consideram como responsáveis pelo alcoolismo, a presença
dos ingleses nas nossas cidades. Chegam a considerar o vinho do Porto, como
um verdadeiro veneno, resultante do desejo de agradar dos portugueses, ao
adicionarem aguardente ao vinho de forma a torná-lo mais agradável ao paladar
britânico. O que é certo foi a mudança radical dos hábitos de vida de um povo,
ao entrar em contacto com uma cultura diferente, dominada pelo álcool. O efeito
das mudanças sociais, económicas e políticas ocorridas nos séculos XVIII e XIX,
promoveu as raízes de um flagelo bastante grave, o alcoolismo (A Alimentação
em Portugal no século XVIII nos relatos dos viajantes estrangeiros. Carlos
Veloso. Minerva História. Coimbra, 1992)
44
Análise histórica de alguns estudos
O mal róseo
Introdução
Casal tinha ao longo de sua actividade de clínico, dedicado
particular atenção a uma doença endémica, denominada mal
róseo.
“Ainda que os sintomas desta doença sejam muitos e cruéis,
somente a um deles é que se aplica aquele nome vulgar; e este
sintoma é uma crosta terrível que, ainda que inicialmente a parte
atingida apresente uma cor vermelha, cobrindo-se de certa
aspereza, degenera finalmente numa crosta extremamente seca,
escabrosa, enegrecida, cortada muitas vezes por profundas
feridas, que penetram até à carne viva com dor, ardor e mal-
estar”.
À descrição pormenorizada das alterações cutâneas, Casal
verificou que as lesões apareciam quase sempre no equinócio da
Primavera e muito raramente nos restantes períodos do ano.
As cicatrizes que ocorriam no decurso do Verão eram
semelhantes às de uma queimadura.
Casal verificou tratar-se de uma doença “aniversária”, pois ocorria
todos os anos na Primavera, somando-se os estigmas.
As lesões nunca se produziam nas palmas das mãos e plantas dos
pés. Outros locais de lesões descritas por Casal: cotovelos,
pescoço e região peitoral.
45
Notas e Técnicas Epidemiológicas
História da doença
Sintomas
Evolução
46
Análise histórica de alguns estudos
Causa
Tratamento da endemia
47
Notas e Técnicas Epidemiológicas
48
Epidemiologia
O que é a epidemiologia?
50
Epidemiologia
História da epidemiologia
Hipócrates
Evolução da epidemiologia
51
Notas e Técnicas Epidemiológicas
52
Epidemiologia
Epidemiologia social
53
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Revolução francesa
Revolução industrial
54
Epidemiologia
Chadwick
55
Notas e Técnicas Epidemiológicas
O desenvolvimento comercial
A nova epidemiologia
56
Saúde comunitária
Introdução
Saúde comunitária
58
Saúde Comunitária
59
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Campos de Saúde
60
Saúde Comunitária
61
Notas e Técnicas Epidemiológicas
62
Saúde Comunitária
63
Notas e Técnicas Epidemiológicas
64
Saúde Comunitária
65
Notas e Técnicas Epidemiológicas
66
Saúde Comunitária
67
Notas e Técnicas Epidemiológicas
68
Saúde Comunitária
69
Saúde Pública – Da Filosofia à Prática
72
Saúde Pública da Filosofia à Prática
Figura1. Hiperinflação
73
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Figura 2. Bancos
74
Saúde Pública da Filosofia à Prática
75
Notas e Técnicas Epidemiológicas
76
Saúde Pública da Filosofia à Prática
77
Notas e Técnicas Epidemiológicas
78
Saúde Pública da Filosofia à Prática
79
Maria Tifóide (Mary Thyphoid)
Introdução
Através dos registos, Soper calculou que Mary foi responsável por
vinte e oito situações de febre tifóide. Uma das epidemias ocorreu
em Ithaca (Nova Iorque) com 1300 casos.
1
Em 1884 Georg Gaffky assistente de Robert Koch descobriu Salmonella
typhimurium
82
Maria Tifóide
Prometeu que nunca mais iria cozinhar, nem tocar nos alimentos
para as outras pessoas e aparecer de três em três meses perante
as autoridades de saúde. Deixaram-na sair e desapareceu.
83
Principais etapas da investigação
Introdução
Tipos de investigação
86
Principais etapas da investigação
87
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Reprodutibilidade
88
Principais etapas da investigação
89
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Quadro I. Substância X
Médico Médico A
B “0” “+” “++” Total
“0” 38 18 4 60
“+” 12 10 6 28
“++” 10 0 2 12
Total 60 28 12 100
90
Principais etapas da investigação
Médico Médico
A
B 1 2 3 Total
1 n11 n12 n13 n1.
2 n21 n22 n23 n2.
3 n31 n32 n33 n3.
Total n.1 n.2 n.3 n..
po = (n11+n22+n33)/n..)
pe = (n1.n.1+n2.n.2+n3.n.3)/n..2)
A
B Positivo Negativo Total
Positivo 150 100 250
Negativo 50 700 750
Total 200 800 1000
91
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Multiplicando n1. (250) por n.1 (200) e dividindo por n.. (1000)
obtemos n11.
n11 = n1.*n.1/n..
n11 = 250*200/1000
n11 = 50
n22 = n2.*n.2/n..
n22 = 750*800/1000
n11 = 600
A
B Positivo Negativo Total
Positivo 50 250
Negativo 600 750
Total 200 800 1000
92
Principais etapas da investigação
A
B Positivo Negativo Total
Positivo 50 200 250
Negativo 150 600 750
Total 200 800 1000
93
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Validade
94
Principais etapas da investigação
95
Notas e Técnicas Epidemiológicas
96
Principais etapas da investigação
97
Relatório final
Introdução
Sistema IMRD
Título
100
Relatório Final
Resumo
101
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Introdução
Material e Métodos
102
Relatório Final
Resultados
Discussão e Conclusões
103
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Referências
104
Relatório Final
105
Ética da Investigação - Código de Nuremberga
Experiência de Tuskagee
Código de Nuremberga
1
Jones JH. Bad blood: the Tuskegee syphilis experiment. New York: Free,
1993:1-11.
2
Vieira S, Hossne WS. Experimentação com seres humanos. São Paulo:
Moderna, 1987:47.
108
Ética da Investigação
3
Ler: Jonathan D. Moreno: Riscos Imorais - experiências secretas
governamentais em seres humanos - Livros do Brasil. Colecção Vida e Cultura.
Lisboa, 2000.
109
Notas e Técnicas Epidemiológicas
110
Ética da Investigação
111
Notas e Técnicas Epidemiológicas
112
Ética da Investigação
4
As sentenças foram as seguintes:
113
Notas e Técnicas Epidemiológicas
114
Ética da Investigação
115
Notas e Técnicas Epidemiológicas
116
Ética da Investigação
117
Má Conduta Científica
Introdução
120
Má conduta cientifica
William McBride1
1
Scientific Fraud and the Power Structure of Science. Brian Martin. Published in
Prometheus, Vol. 10, No. 1, June 1992, pp. 83-98. )
121
Notas e Técnicas Epidemiológicas
fraud. Yet, some time after the inquiry reported, McBride returned
to the Board of the Foundation.
Others were suspicious of him and his work from an early stage,
including Deakin professor Mark Wahlqvist, a colleague of Briggs.
Prominent Melbourne researchers Bryan Hudson and Henry
Burger raised their doubts with Deakin's Vice-Chancellor Professor
Fred Jevons in 1983. Jevons put questions from the anonymous
scientists to Briggs and conveyed Briggs' responses to them; they
decided at that stage not to proceed further.
2
Scientific Fraud and the Power Structure of Science. Brian Martin. Published in
Prometheus, Vol. 10, No. 1, June 1992, pp. 83-98. )
122
Má conduta cientifica
William Sumerlin3
123
Notas e Técnicas Epidemiológicas
John Long4
3
Fake Data in Science: Implications for Detection and Prevention by Tina G.
Noonan, April 20, 1999 - http://www.hoosiers.iupui.edu/h546/tina.html
4
Ver 3
124
Má conduta cientifica
125
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Thereza Imanishi-Kari5,6
The draft report, which has not been made public, accused
Imanishi-Kari of "serious scientific misconduct," stating that she
"repeatedly presented false and misleading information" to the
investigators and expert scientific panels.
5
NIH report finds fraud in MIT research. By Andrew L. Fish (ver nota
bibliográfica na internet)
6
Fake Data in Science: Implications for Detection and Prevention by Tina G.
Noonan, April 20, 1999......
126
Má conduta cientifica
A Grande Mentira7
The Big Lie has been maintained by outright fraud and the
persecution of scientists attempting to speak the truth. In 1990,
Dr. William Marcus, a senior scientist at the U.S. Environmental
Protection Agency, was fired for exposing a cover-up in a
government study showing that fluoride causes cancer. In 1992,
EPA ignored the union representing all 1200 scientists, lawyers
and engineers at EPA's Headquarters, when the union provided
evidence of scientific fraud in the development of the fluoride in
drinking water standard.
The powers that be work overtime at maintaining the Big Lie with
some fairly simple, but effective techniques: outright fraud and
cover-up, and intimidation and persecution of scientists and other
professionals who dare to speak the truth. One of the best
7
Corruption and Fraud at the EPA by Robert J. Carton, Ph.D. July 28, 1995.
http://www.sonic.net/kryptox/fluoride.htm>
127
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Other EPA scientists have attempted to get the truth in the open
without success. In November of 1991, Dr. Bob Carton, Vice-
President of the union representing all 1200 scientists, engineers,
and lawyers at EPA headquarters, presented the Drinking Water
Subcommittee of the Science Advisory Board of EPA with
evidence of scientific fraud in the preparation of EPA's fluoride in
128
Má conduta cientifica
129
Notas e Técnicas Epidemiológicas
130
Epidemiologia: fonte de conhecimento e geradora de
confusões
1
Randolph M. Nesse, George C. Williams. Why We Get Sick. Times Book,
Toronto, 1994.
Notas e Técnicas Epidemiológicas
132
Epidemiologia: fonte de conhecimento e geradora de
confusões
133
Notas e Técnicas Epidemiológicas
134
Epidemiologia: fonte de conhecimento e geradora de
confusões
135
Notas e Técnicas Epidemiológicas
136
Epidemiologia: fonte de conhecimento e geradora de
confusões
Epidemiologia e Metodologia
137
Notas e Técnicas Epidemiológicas
138
Epidemiologia: fonte de conhecimento e geradora de
confusões
139
Notas e Técnicas Epidemiológicas
140
Epidemiologia: fonte de conhecimento e geradora de
confusões
141
Principais estudos epidemiológicos
Introdução
1
Também designados como estudos não-experimentais.
144
Principais estudos epidemiológicos
145
Notas e Técnicas Epidemiológicas
146
Principais estudos epidemiológicos
147
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estudos de coorte
148
Principais estudos epidemiológicos
149
Notas e Técnicas Epidemiológicas
150
Principais estudos epidemiológicos
151
Notas e Técnicas Epidemiológicas
152
Principais estudos epidemiológicos
153
Notas e Técnicas Epidemiológicas
154
Principais estudos epidemiológicos
155
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Catiões
Aniões
− Ca 2+ = 1,6mg / l
HCO = 11,3mg / l
3
− Mg 2+ = 1,2mg / l
Cl = 9,8mg / l
Na + = 7,2mg / l
SO = 2,0mg / l
2
K + = 0,9mg / l
4
−
F = 0,05mg / l
Fe 2+ = 0,004mg / l
Aniões Catiões
HCO3− = 397,7 mg / l Ca 2 + = 137,6mg / l
Cl − = 102,2mg / l Mg 2 + = 15,6mg / l
SO42 = 2,0mg / l Na + = 42,78mg / l
156
Principais estudos epidemiológicos
Grupo A Grupo B
Número 17 17
Idade (anos) Média (DP) 20,3 19,9
(2,69) (2,02)
Índice de Massa Corporal 23,11 22,19
Média (DP) (2,05) (1,80)
Hidratos de Carbono (g/dia) 476 459
Média (DP) (55,4) (50,1)
Proteínas (g/dia) Média 116 111
(DP) (9,4) (7,71)
Proteínas animal (g/dia) 56,5 55,4
Média (DP) (5,8) (5,0)
Proteínas vegetais (g/dia) 59,4 57,3
Média (DP) (5,2) (5,5)
Lípidos (g/dia) Média (DP) 96,9 100,7
(11,6) (13,9)
Kcalorias/dia Média (DP) 3240 3231
(386) (322)
Colesterol (mg/dia) Média 440,9 453,3
(DP) (54,5) (45,0)
Colesterol (mg/dia)/1.000 136 140
Kcal
157
Notas e Técnicas Epidemiológicas
158
Principais estudos epidemiológicos
Estudo caso-controlo
159
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Ensaios aleatorizados
160
Principais estudos epidemiológicos
161
Notas e Técnicas Epidemiológicas
162
Principais estudos epidemiológicos
163
Notas e Técnicas Epidemiológicas
164
Principais estudos epidemiológicos
165
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Aminoácidos e Colesterolemia
Introdução
166
Principais estudos epidemiológicos
167
Notas e Técnicas Epidemiológicas
168
Principais estudos epidemiológicos
169
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Material e métodos
170
Principais estudos epidemiológicos
171
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Resultados
172
Principais estudos epidemiológicos
173
Notas e Técnicas Epidemiológicas
174
Principais estudos epidemiológicos
Discussão
175
Notas e Técnicas Epidemiológicas
176
Principais estudos epidemiológicos
Bibliografia
4. Sirtori C. R., Even R., Lovati M.R. - Soybean protein diet and
plasma cholesterol: from therapy to molecular mechanisms- In
Nutrition in Cardio-Cerebrovascular Diseases. Annals of the New
York Academy of Sciences. Pag.188-201. Vol. 676, 1993.
177
Notas e Técnicas Epidemiológicas
8. Descovich G.C., Benassi M.S., Cappelli M., Gaddi A., Grossi G.,
Piazzi S., Sangiorgi Z., Mannino G., Lenzi S. - Metabolic effects of
lecithinated and non-lecithinated textured soy protein treatment
in hypercholesterolemia. In Lipoprotein and Coronary
Atherosclerosis. G. Noseda, C. Fragiacomo, R. Fumagalli and R.
Paoletti Editors. Elsevier Biomedical, 1992.
10. Horigome T., Cho Y.S. - Dietary casein and soybean protein
affect the concentration of serum cholesterol, trglyceride and free
amino acids in rats. J. Nutr. 122:2273-2282, 1992.
Estudos transversais
178
Principais estudos epidemiológicos
179
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Introdução
2
Trabalho realizado por: Salvador Massano Cardoso, Luís Cunha, Carlos
Ramalheira, e Lívia de Sousa
180
Principais estudos epidemiológicos
Material e métodos
181
Notas e Técnicas Epidemiológicas
♦
O facto de o somatório dos inquéritos masculinos e femininos ser inferior à
cifra global, deve-se ao facto de nalguns deles não constarem o sexo
182
Principais estudos epidemiológicos
Questionário
183
Notas e Técnicas Epidemiológicas
184
Principais estudos epidemiológicos
185
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Autorizações
186
Principais estudos epidemiológicos
Resultados
187
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Odds ratio
Mulheres/Homens
188
Principais estudos epidemiológicos
14
12
10
8
%
6
4
2
0
Homens Mulheres Total
189
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Mulheres/Home
ns
(Int. Conf.
95%)
Impeditivas 45,8% 43,0% 1,12
de Tarefas (n=722) (n=561) (0,90 – 1,40)
Agravamento 44,7% 40,6% 1,18
Act. Física (n=721) (n=559) (0,95 – 1,48)
Cefaleias 7,1% 6,7% 1,06
todos os dias (n=731) (n=571) (0,69 – 1,64)
Dores tipo 58,6% 47,9% 1,54
latejar (n=722) (n=557) (1,23 – 1,92)
Náuseas e 20,0% 14,0 1,54
vómitos (n=730) (n=563) (1,14 – 2,07)
Intol. Luz 42,0% 41,5% 1,02
(n=724) (n=561) (0,82 – 1,28)
Intol. Ruído 56,8% 51,1% 1,26
(n=729) (n=564) (1,01 – 1,57)
>4 crises 71,5% 63,8% 1,42
(n=730) (n=567) (1,13 – 1,80)
190
Principais estudos epidemiológicos
Mulheres/Homens
191
Notas e Técnicas Epidemiológicas
25
20
15
%
10
5
0
10 – 19 20 – 29 30 – 39 40 – 49 50 – 59
anos anos anos anos anos
M H
192
Principais estudos epidemiológicos
Mulheres/Ho
mens
(Int. Conf.
95%)
10 – 19 22,1 % 42,6% 0,38
anos (n=462) (n=469) (0,29 – 0,51)
20 – 29 30,7% 63,6% 0,25
anos (n=280) (n=346) (0,18 – 0,35)
30 – 39 41,1% 68,5% 0,32
anos (n=95) (n=168) (0,19 – 0,54)
40 – 49 39,1% 70,3% 0,27
anos (n=110) (n=222) (0,17 – 0,44)
50 – 59 42,6% 59,3% 0,51
anos (n=68) (n=118) (0,28 – 0,93)
Discussão e Conclusões
Com base nas três amostras populacionais, cada uma delas com
potência e precisão suficientes para o cálculo da prevalência da
193
Notas e Técnicas Epidemiológicas
194
Principais estudos epidemiológicos
195
Notas e Técnicas Epidemiológicas
196
Principais estudos epidemiológicos
Agradecimentos
Bibliografia
197
Notas e Técnicas Epidemiológicas
198
Epidemiologia clínica
Introdução
200
Epidemiologia clínica
Decisão clínica
201
Notas e Técnicas Epidemiológicas
202
Epidemiologia clínica
203
Notas e Técnicas Epidemiológicas
204
Epidemiologia clínica
205
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Probabilidade Utilidade
Esperada
Utilidade
Cura
Completa
0,63 1,0 0,63
0,70
Vive
0,90
Melhoria
Parcial 0,18 0,8 0,144
0,20
Com
Tratamento
Melhoria
Duvidosa 0,09 0,5 0,045
0,10
Situação
A
Morre 0,10 0,0 0,00
0,10
Total: 0,819
Sem Cura
0,55 1,0 0,55
Tratamento Espontânea
0,55
Melhoria
0,30 0,8 0,24
Parcial
0,30
Melhoria
Duvidosa 0,10 0,5 0,05
0,10
Morre
0,05 0,0 0,00
0,05
Total: 0,840
206
Epidemiologia clínica
Probabilidade Utilidade
Esperada
Utilidade
Cura
Completa
0,760 1,0 0,760
0,80
Vive
0,95
Melhoria
Parcial 0,1425 0,8 0,114
0,15
Com
Tratamento
Melhoria
Duvidosa 0,0475 0,5 0,0238
0,05
Situação
B
Morre 0,05 0,0 0,00
0,05
Total: 0,898
Sem Cura
0,2 1,0 0,20
Tratamento Espontânea
0,20
Melhoria
0,20 0,8 0,16
Parcial
0,20
Melhoria
Duvidosa 0,30 0,5 0,15
0,30
Morre
0,30 0,0 0,00
0,30
Total: 0,51
207
Notas e Técnicas Epidemiológicas
NNT = 1 / p A − p B
208
Epidemiologia clínica
1
Naturalmente que é necessário conhecer os respectivos intervalos de
confiança, para podermos fazer afirmações desta natureza (ver respectivo
capítulo).
209
Notas e Técnicas Epidemiológicas
210
Epidemiologia social – Novos conceitos da epidemiologia
da aterosclerose
1
Ver Social Epidemiology, editado por Lisa F. Berkman e Ichiro Kawachi. Oxford
University Press 2000
Notas e Técnicas Epidemiológicas
214
Epidemiologia Social
215
Notas e Técnicas Epidemiológicas
216
Epidemiologia Social
Transição epidemiológica
origem humana”
Transição epidemiológica
217
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Transição epidemiológica
Fase % óbitos Problemas Factores de
DAC circulatórios risco
Transição epidemiológica
Fase % óbitos Problemas Factores de
DAC circulatórios risco
218
Epidemiologia Social
Transição epidemiológica
Fase % óbitos Problemas Factores de
DAC circulatórios risco
Transição epidemiológica
Fase % óbitos Problemas Factores de
DAC circulatórios risco
219
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Transição epidemiológica
I. Peste Idade das Idade das Idade das
e fome pandemias doenças doenças
degenerativas degenerativas
3 “adiadas”
AVC
4
DIC
2 DIC
D. Cardiacas
1 hipertensivas
AVC´s hemor.
D. reuma.; cardiomio.
220
Epidemiologia Social
221
Notas e Técnicas Epidemiológicas
222
Epidemiologia Social
223
Notas e Técnicas Epidemiológicas
224
Epidemiologia Social
225
Notas e Técnicas Epidemiológicas
226
Epidemiologia Social
227
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Posição sócio-ecómica
228
Epidemiologia Social
229
Notas e Técnicas Epidemiológicas
230
Epidemiologia Social
231
Comunicação e saúde
Comunicação e saúde1
1
Gregori J, Miller S. Science in Public – Communication, Culture and Credibility.
New York: Plenum Press, 1998.
Jorge M. Da Epistemiologia à Biologia. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.
Pfizer - Positive Stories - Bald - Operation Pride, Summer 1996
www.positiveprofiles.com/stories/bald/story.html
Pfizer - Positive Stories – Hope - Operation Pride, Fall 1993,
www.positiveprofiles.com/stories/hope/story.
Pfizer - Positive Stories - Lemonade Afternoon - Operation Pride, Summer 1996,
www.positiveprofiles.com/stories/lemonade/story.html
Pfizer - Positive Stories - Molly - Operation Pride, Winter 1994.
www.positiveprofiles.com/stories/molly/story.html
Popper K., Condry J. Televisão: Um Perigo para a Democracia. Viseu: Gradiva,
1995.
Rubin R, Rogers H. Under the Microscope The Relationship between Physicians
and the News Media http://www.fac.org/publicat/medical/index1.htm
Notas e Técnicas Epidemiológicas
234
Comunicação e saúde
235
Notas e Técnicas Epidemiológicas
236
Comunicação e saúde
237
Notas e Técnicas Epidemiológicas
238
Comunicação e saúde
239
Notas e Técnicas Epidemiológicas
240
Comunicação e saúde
241
Notas e Técnicas Epidemiológicas
242
Comunicação e saúde
243
Notas e Técnicas Epidemiológicas
10).
244
Comunicação e saúde
245
Notas e Técnicas Epidemiológicas
246
Comunicação e saúde
247
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Figura 7. Molly.
248
Comunicação e saúde
Figura 9. Hope.
249
Notas e Técnicas Epidemiológicas
250
Indicadores de saúde
Conceito de saúde
A definição de saúde da Organização Mundial de Saúde data de
1948 e podemos caracterizá-la como uma verdadeira definição
política, já que não suporta uma análise crítica.
Conceito de normalidade
O conceito de normalidade, conforme se depreende do capítulo
anterior, é bastante difícil de definir.
252
Indicadores de saúde
1
Neste caso, “normal” é, frequentemente, definido como “dentro dos limites
definidos pela média de uma dada distribuição mais dois desvios-padrão e a
mesma média menos dois desvios-padrão, de uma dada distribuição ou entre o
percentil 10 e 90”
253
Notas e técnicas epidemiológicas
Casos
Em Epidemiologia é indispensável a caracterização de dois
factores: o caso e a população em risco. A razão prende-se com a
necessidade de quantificar os problemas.
População em risco
Sem denominadores não há epidemiologia. Podemos afirmar sem
exagero que o conceito básico da epidemiologia assenta nos
denominadores.
2
O “caso” pode referir-se a um indivíduo com doença, perturbação de saúde ou
qualquer outra condição.
254
Indicadores de saúde
255
Notas e técnicas epidemiológicas
Taxas
As taxas medem a ocorrência de um dado acontecimento,
durante um determinado período de tempo, numa população em
risco.
Razões
As taxas exprimem probabilidades, mas não são necessariamente
preditivas para qualquer indivíduo da população, mas apenas
para esta considerada no seu todo e desde que não haja grandes
modificações das circunstâncias em que um determinado risco
ocorre (valor preditivo para um conjunto, sem grande valor para
os elementos do grupo).
R=X/Y
256
Indicadores de saúde
Proporções
As proporções são fáceis de calcular, permitindo uma rápida
análise com variações entre 0 e 1.
Prevalência
A prevalência é um dos indicadores que permitem medir a
morbilidade. Através dela podemos calcular qual a quantidade de
indivíduos doentes (ou com qualquer outra característica)
existente num determinado período e lugar, em função de uma
população específica.
257
Notas e técnicas epidemiológicas
Incidência
A taxa de incidência mede o número de novos casos de pessoas
que contraem uma determinada afecção em relação ao somatório
tempo-indivíduo na população de risco exposta, num determinado
período de tempo.
258
Indicadores de saúde
Incidência cumulativa
Paralelamente podemos calcular a incidência cumulativa. Neste
caso o denominador corresponde ao número de pessoas na
população sem a doença no início do período em questão.
Taxas brutas
O cálculo das taxas brutas normalmente não tem interesse na
medida em que podem induzir em erro o leitor devido a vários
viéses. A única vantagem prende-se com a facilidade e rapidez de
execução, podendo dar algumas orientações. No entanto, o papel
desempenhado por muitas variáveis, nomeadamente a idade e o
sexo, obriga a uma padronização a fim de tornar comparáveis as
taxas.
Taxas padronizadas
Como teremos oportunidade de calcular no capítulo adequado, as
taxas padronizadas, apesar de não serem reais (cifras fictícias)
permitem comparar regiões ou populações cujas diferenças em
termos de idade, ocupação e outras variáveis são notórias,
influenciando os resultados finais.
Denominadores
Já tivemos a oportunidade de afirmar a importância dos
denominadores, de tal forma que há quem afirme que a
Epidemiologia é a “ciência dos denominadores”.
259
Notas e técnicas epidemiológicas
Indicadores de saúde
Em epidemiologia utilizamos frequentemente um conjunto de
índices ou indicadores que nos permitem avaliar a situação de
saúde de uma dada região ou localidade e a sua evolução
temporal.
260
Indicadores de saúde
Esperança de vida
Representa o número médio de anos que um indivíduo de certa
idade espera viver (se não houver grandes variações nas taxas de
mortalidade específicas que foram utilizadas para o seu cálculo).
261
Notas e técnicas epidemiológicas
262
Indicadores de saúde
Razão de fecundidade
Trata-se de uma medida que restringe o denominador apenas à
população feminina fértil, isto é, às mulheres em idade de
procriar:
263
Notas e técnicas epidemiológicas
264
Indicadores de saúde
TaxaAVPP = ∑ ai * oi * 1000
. /n
i =1
265
Notas e técnicas epidemiológicas
i = (b + c)/2
Indicadores
Por vezes podemos elaborar índices sanitários, com base num
conjunto de indicadores, cada um dos quais com um coeficiente
de ponderação. Por exemplo, foi utilizado durante bastante tempo
pelas autoridades sanitárias portuguesas um índice sanitário,
construído de maneira empírica e que de facto permitia avaliar o
grau de desenvolvimento sanitário de várias regiões do país.
266
Indicadores de saúde
V = [(X-A)/(B-A)]*coeficiente de ponderação
X = valor a converter
VA = (6-5)/(13-5)= 0,125
VF = (12,4-5)/(13-5) = 0,925
267
Notas e técnicas epidemiológicas
268
Rastreios
Rastreios
270
Rastreios
Testes de rastreio
sensibilidade = a / N1
271
Notas e Técnicas Epidemiológicas
especificidade = b/ N0
1 Teorema utilizado em epidemiologia para determinar a probabilidade de uma doença num grupo de indivíduos com
uma dada característica, com base na taxa geral dessa doença (a probabilidade prévia da doença) e da verosimilhança
daquela característica em indivíduos saudáveis e em doentes
.
272
Rastreios
273
Notas e Técnicas Epidemiológicas
274
Padronização1
Introdução
POPULAÇÃO A POPULAÇÃO B
Escalão Habi. piA Mortes Taxa de Hab. piB Mortes Taxa de
Etário Morta. Morta.
(105) (105 )
20 - 30 400 000 0,40 40 10,0 200 000 0,10 8 4,0
31 - 40 300 000 0,30 60 20,0 400 000 0,20 40 10,0
41 - 50 200 000 0,20 60 30,0 600 000 0,30 120 20,0
51 - 60 100 000 0,10 60 60,0 800 000 0,40 320 40,0
Totais 1 000 000 1,00 220 22,0 2 000 000 1,00 488 24,4
1
Capítulo elaborado conjuntamente com o Dr. Carlos Ramalheira
2 Padronização: “conjunto de técnicas usadas para remover, tanto quanto possível, os efeitos das diferenças de idade e
de outras variáveis de confundimento, quando se comparam duas ou mais populações”.
Notas e Técnicas Epidemiológicas
3 Legenda do Quadro I: Habitantes - número absoluto de indivíduos em risco, em cada estrato etário; pi - frequência
relativa do estrato i; Mortes - número absoluto de mortes pela doença X registado no período de tempo Δt; Taxa... -
Taxa de mortalidade por 105
indivíduos em risco, no intervalo de tempo Δt.
276
Padronização
Meda = Σ λi * Medi,
277
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Pop. A: TMa = (0,4 * 10) + (0,3 * 20) + (0,2 * 30) + (0,1 * 60)
= 22,0
278
Padronização
5
Efectivamente, os valores populacionais absolutos com que se trabalha nos
dois casos são diferentes, mas as relações dos estratos entre si, expressos pelos
pesos, são idênticas (i.e., as suas distribuições proporcionais são semelhantes).
Na prática, quer se proceda à padronização com recurso aos pesos, como temos
feito, quer se recorra a um método de estimativa de mortes esperadas, as taxas
finais ajustadas que se obtêm são as mesmas.
279
Notas e Técnicas Epidemiológicas
λi = (1 / Vari) / (Σ 1 / Vari),
6
Pode fazer-se esta afirmação em virtude da variância de uma distribuição de
estimativas amostrais de um qualquer parâmetro ser uma estatística que
diminui com o aumento da dimensão das amostras utilizadas, ou seja, que varia
na razão inversa da estabilidade das estimativas. Logo, daqui decorre que o seu
inverso variará numa razão directa com a estabilidade, ou precisão, de uma
estatística. Já agora, registe que a variância (Vartx) de uma distribuição
amostral de estimativas de uma taxa observada (tx, dada por a / N), pode ser
estimada por Vartx = tx2 / a. Finalmente, repare que um sistema de pesos
baseado no inverso da variância apenas permite obter medidas globais mais
ajustadas, mas não padronizadas, i.e., não comparáveis entre si.
280
Padronização
POPULAÇÃO A POPULAÇÃO B
Escalão Taxa de Taxa Taxa de Taxa
Etário λi = piA mortalidade Padronizad mortalidade Padronizada
281
Notas e Técnicas Epidemiológicas
POPULAÇÃO A POPULAÇÃO B
Escalão Taxa de Taxa Taxa de Taxa
Etário λi = piB mortalidade Padronizad mortalidade Padronizada
282
Padronização
283
Notas e Técnicas Epidemiológicas
7
Em rigor, a medida que descrevemos, embora de uso generalizado, não
corresponde exactamente à medida que os autores anglo-saxónicos chamam de
Standardized Mortality Ratio e que, entre nós, se costuma traduzir por Razão
Padronizada de Mortalidade. De facto, uma noção subjacente àquela medida
anglo-saxónica, frequentemente utilizada em medicina do trabalho, e que não se
verifica nesta nossa medida, é a de que naquela se compara a mortalidade
observada num subgrupo populacional de indivíduos expostos a um factor
(numerador) com a que seria de esperar ocorresse nos mesmos indivíduos se
estivessem sujeitos às taxas específicas da população de que fazem parte
(denominador). Nesta definição está, portanto, implícita a noção de comparação
de um grupo de indivíduos expostos com a população total em que se integram
(SMR=R0/Rt). Tal não sucede nas circunstâncias como a do nosso exemplo, em
que os grupos são independentes. Note-se ainda que se a medida SMR é apenas
ajustada (nas condições em que se definiu fornece quase sempre uma sobre-
estimativa do RR, porque sempre que RR > 1, Rt é maior do que R0), a nossa
284
Padronização
POPULAÇÃO A POPULAÇÃO B
Escalão Taxa de Taxa Taxa de Taxa
Etário λi = pi mortalidade Padroniza mortalidade Padronizad
A+B
(a) (por 105 da (por 105 a
(b) ©
20 - 30 0,20 10,0 2,0 4,0 0,8
31 - 40 0,23 20,0 4,6 10,0 2,3
41 - 50 0,27 30,0 8,1 20,0 5,4
51 - 60 0,30 60,0 18,0 40,0 12,0
Σ 32,7 Σ 20,5
285
Notas e Técnicas Epidemiológicas
286
Padronização
9
Autores de língua francesa apelidam, sugestivamente, este padrão não
congruente, "entrelaçado", de enjambée.
287
Notas e Técnicas Epidemiológicas
288
Testes de diagnóstico
Introdução
Quadro I. Testes
Sensibilidade = a / N1
Especificidade = d / N0
Notas e Técnicas Epidemiológicas
290
Testes de Diagnóstico
Testes em paralelo
Testes em série
291
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Testes de verosimilhança
292
Testes de Diagnóstico
odds = probabilidade/(1-probabilidade)
Autópsia
Diagnóstico Hemorrágicos Outros Total
clínico AVC´s
Hemorrágicos 257 282 539
Outros AVC´s 120 583 703
Total 377 865 1242
293
Notas e Técnicas Epidemiológicas
= 0,43575*2,09 = 0,91
= 0,91/(1 + 0,91)
= 0,91/1,91 = 0,48
294
Riscos1
Risco relativo
1951 n %
Fumadores 28.585 83%
Não 5.855 17%
Fumadores
1971 Taxa mortal. Risco
padronizada Relativo
(105)
Fumadores 104 10,4
Não 10 1,0
Fumadores
Fonte: “Mortality in relation to smoking: 20 years observation on
male. British doctors.”Richard Doll, Richard Peto - British Medical
Journal, 2,1525-1536,1976.
1
Capítulo elaborado conjuntamente com o Dr. Carlos Ramalheira
Notas e Técnicas Epidemiológicas
FACTOR
Positivo Negativo
Casos a b
Nº Pessoas em N1 N0 N
Risco
R1 = a/N1
Por outro lado o risco mórbido no grupo dos não expostos é dado
através de :
R0 = b/N0
296
Riscos
297
Notas e Técnicas Epidemiológicas
298
Riscos
RR = 10,4
RA = p*(R1-R0)
RA = 0,83*(104-10)/100.000
RA = 78/100.000
299
Notas e Técnicas Epidemiológicas
FACTOR
Positivo Negativo
Casos a B M1
Controlos c D M0
Legenda: M1 = a + b; M0 = c + d
3 Também designado odds, razão de possibilidades, razão de produtos cruzados ou possibilidades relativas.
300
Riscos
a/M1 = 1 - (b/M1)
c/M0 = 1 - (d/M0)
301
Notas e Técnicas Epidemiológicas
RC = (a*d)/(b*c)
302
Riscos
FACTOR
Fumadores Não fumadores
Cancro do 87 (a) 13 (c) M1=100
pulmão
Controlos 30 (b) 70 (d) M0=100
N1=117 N0=83 N=200
4
No capítulo “Intervalos de confiança” analisamos diferentes maneiras de
proceder ao cálculo aproximado para intervalo de confiança para as médias e
proporções.
303
Notas e Técnicas Epidemiológicas
304
Riscos
σlnRR = ((1/a)+(1/b))1/2
σlnRR = ((c/a*N)+(d/b*N0)) ½
σlnRR = ((1/a)+(1/b)+(1/b)+(1/c))1/2
305
Notas e Técnicas Epidemiológicas
RR = 32,4
e = 2,718285
Zα/2 = 1,966
306
Riscos
A aplicação da fórmula
IC: (RC*e-Zα/2*σlnRC)
Sendo
σlnRC = ((1/a)+(1/b)+(1/c)+(1/d)) ½
Logo IC:
(RC*e-Zα/2* ((1/a)+(1/b)+(1/c)+(1/d)) ½
;
RC*e+Zα/2* ((1/a)+(1/b)+(1/c)+(1/d)) ½
)
307
Risco aceitável
Introdução
1
Miguel Oliveira. A co-incineração, o leigo, o cientista e o ministro. Comunicação pessoal. Coimbra,
Junho de 2000
310
Risco aceitável
311
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Foi com base num artigo de Nathan Mantel e Ray Bryan de 1961,
solicitados a definirem regras para definirem o número de animais
de laboratório necessários para estabelecer a segurança de uma
substância. Consideraram que "seguro" é igual a 1 em
100.000.000 de desenvolver cancro. À pergunta como tinham
chegado aquela cifra, disseram "tiramos da cartola"4. A FDA
transformou esta relação em 1 para 1.000.000, em 1977.
2
(Gigerenzer et al., 1989, The Empire of Chance. How probability changed
science and everiday life. Cambridge: Cambridge University Press, 265-269)
Citado por Miguel Oliveira.
312
Risco aceitável
3
Original apresentado no 84th Annual Meeting Air & Waste Management
Association Vancouver, B.C., Canada 16-21 June 1991
313
Intervalos de confiança
Intervalos de confiança
1
Salvador Massano Cardoso et al. Comportamento dos lípidos séricos em
mancebos do distrito de Coimbra e sua relação com a dureza das águas
(trabalho não publicado).
316
Intervalos de confiança
X ± (t1−α / 2 * σ y )
em que:
σy - erro padrão
X = 176,1 mg%
s = 37,2
n = 577
2
De acordo com a tabela de distribuição do t, obtêm-se a cifra correspondente
de acordo com os graus de liberdade e o nível de confiança desejado. Assim
para as grandes amostras o valor de t1-α/2 é igual a 1,96 se quisermos calcular
com um intervalo de confiança a 95% e igual a 2,58 se quisermos calcular com
intervalo de confiança a 99%.
317
Notas e Técnicas Epidemiológicas
ICμ = X ± t1-α/2*σ√n
ICμ = X ± t1-α/2*s√n
Assim:
318
Intervalos de confiança
IC ( μ A − μ B ) = ( X A − X B ) ± t ( s( X A − X
B
)
)
em que
s( X A − X B ) = sp 2 / N A + sp 2 / N B
sendo que
[ ]
s 2p = ( N A − 1) s 2A + ( N B − 1) s B2 / ( N A + N B − 2)
IC p = p$ ± 1,96 [ p$ (1 − p$ ] / n
Spˆ = [ pˆ (1 − pˆ ] / n
5.
319
Notas e Técnicas Epidemiológicas
IC = 0 , 25 ± 1, 96 0 , 25(1 − 0 , 25 ) / 50
IC = 0 , 231a 0 , 269
320
Significância médica e significância estatística
322
Significância médica e significância estatística
323
Notas e Técnicas Epidemiológicas
324
Causalidade1
Força da associação
1
Capítulo elaborado conjuntamente com o Dr. Carlos Ramalheira
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Efeito dose-resposta
326
Causalidade
327
Notas e Técnicas Epidemiológicas
328
Causalidade
329
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Especificidade da associação
330
Causalidade
331
Viés e variáveis de confundimento
Viés
334
Vieses e variáveis de confundimento
Outro tipo de viés diz respeito aos estudos feitos com base em
dados hospitalares. Naturalmente que o universo hospitalar não é
representativo da realidade do fenómeno que está em causa, na
medida em que nem todos acabam por serem hospitalizados. Os
estudos sobre enfartes do miocárdio dizem respeito a parte do
universo do enfarte, já que uma parte substancial dos enfartes
não chegam ao hospital, em virtude de provocarem morte súbita.
Do mesmo modo, certo tipo de afecção pode ser estudada a nível
hospitalar, correspondente a estadios de gravidade superiores, já
que grande parte da mesma afecção é tratada em regime
ambulatório. Assim, os resultados da investigação conduzida em
ambiente hospitalar não poderão ser extrapolados para a
população em geral.
335
Notas e Técnicas Epidemiológicas
336
Vieses e variáveis de confundimento
Variáveis de confundimento
337
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Rc = ( ∑a d
i i / ti ) / ( ∑b c
i i / ti )
338
Vieses e variáveis de confundimento
339
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Rc = 0.8750
340
Vieses e variáveis de confundimento
RRC = [( RR − 1) * P2 + 1] / [( RR − 1) P1 + 1]
341
Notas e Técnicas Epidemiológicas
342
Vieses e variáveis de confundimento
Assim:
343
Amostragem
Amostragem
Vocabulário
Notação algébrica
• amostragem sistemática
346
Amostragem
347
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Amostragem sistemática
348
Amostragem
Amostragem de agrupamento
349
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Tamanho da amostra
d= [ p(1 − p)] / n
Admitindo que d = 0.02:
350
Amostragem
n = 504
n = 216
[ p(1 − p)] / n = d
Logo:
n = [p(1-p)] / d2
n = 1/4d2
351
Notas e Técnicas Epidemiológicas
352
Amostragem
⎧⎪Z 1−α (1 + 1 / K )U (1 − U ) + ⎫⎪
n = 1 /[ p(1 − RR)] * ⎨
2
⎬
⎪⎩+ Z 1− β pRR(1 − RR p ) + p(1 − p ) / K ⎪⎭
U - (Kp+pRR)/(K+1)
razão controlo/exposto: 1
353
Notas e Técnicas Epidemiológicas
razão controlo:exposto: 4
354
Distribuição binomial e de Poisson
Distribuição binomial
Já afirmámos que
p = 1- q , (p+q) = 1
(p+q)1 = p + q
(p + q)2 = p2 + 2pq + q2
358
Distribuição binomial e de Poisson
1 1
2 1 2 1
3 1 3 3 1
4 1 4 6 4 1
5 1 5 10 10 5 1
n
.........................................................................
( p + q ) 6 = p 6 + 6 p 5 q + 15 p 4 q 2 + 20 p 3 q 3 + 15 p 2 q 4 + 6 pq 5 + q 2
p6 ----------------- 6
p5 q-----------------5 +1= 6
p4 q2----------------4+2 =6
p3 q3----------------3+3 = 6
359
Notas e Técnicas Epidemiológicas
( p + q ) n = ( 0 , 45 + 0, 55) 3
( p + q ) 3 = p 3 + 3 p 2 q + 3 pq 2 + q 3
( 0 , 45 + 0, 55) 3 = ( 0 , 45) 3 + 3( 0 , 45) 2 ( 0, 55) + 3( 0, 45)( 0 , 55) 2 + ( 0, 55) 3
3 p 2 q = 3( 0 , 45 ) 2 ( 0 , 55 ) = 0 , 3341
p = 1− q
( p + q ) 5 = p 5 + 5 p 4 q + 10 p 3 q 2 + 10 p 2 q 3 + 5 pq 4 + q 5
( 0, 9 + 0, 1) 5 = ( 0 , 9 ) 5 + 5( 0, 9 ) 4 ( 0, 1) + 10( 0, 9 ) 3 ( 0 , 1) 2 + 10( 0, 9 ) 2 ( 0, 1) 3 + 5( 0, 9 )( 0 , 1) 4 + ( 0, 1) 5
360
Distribuição binomial e de Poisson
1,0 1.000.000
σ = npq
σ = 5 * 0 , 9 * 0 , 1 = 0 , 45 = 0 , 6708
361
Notas e Técnicas Epidemiológicas
( p + q ) 5 = p 5 + 5 p 4 q + 10 p 3 q 2 + 10 p 2 q 3 + 5 pq 4 + q 5
1 A realidade é ligeiramente diferente. Nascem mais rapazes do que raparigas. Para efeito de cálculo admitimos a mesma proporção.
362
Distribuição binomial e de Poisson
Distribuição de Poisson
μ r / r !eμ
363
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Nº de acidentes Frequência
por trabalhador observada
0 800
1 134
2 50
3 10
4 5
5 1
1.000
364
Distribuição binomial e de Poisson
μ r / r !eμ
r = 0 → 0 , 289 0 / 0 ! e 0,289 = 1 / 1 * e 0,289 = 0 , 7490
r = 1 → 0 , 289 1 / 1! e 0,289 = 0 , 289 / 1 * e 0,289 = 0 , 2165
r = 2 → 0 , 289 2 / 2 ! e 0,289 = 0 , 0835 / 2 * 1 * e 0,289 = 0 , 031279
r = 3 → 0 , 289 3 / 3 ! e 0,289 = 0 , 02414 / 3 * 2 * 1 * e 0,289 = 0 , 0030132
r = 4 → 0 , 289 4 / 4 ! e 0,289 = 0 , 00698 / 4 * 3 * 2 * 1 * e 0,289 = 0 , 0002177
r = 5 → 0 , 289 5 / 5 ! e 0,289 = 0 , 00202 / 5 * 4 * 3 * 2 * 1 * e 0,289 = 0 , 0000126
1.000
365
Notas e Técnicas Epidemiológicas
366
Probabilidades
Probabilidades
Variáveis
Escala nominal
Escala ordinal
366
Probabilidades
Escala intervalar
Escala racional
367
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Probabilidades
368
Probabilidades
369
Notas e Técnicas Epidemiológicas
p(A).
Pˆ ( A) = a / n
370
Probabilidades
Assim,
371
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Pˆ (T +) + Pˆ (T −) = 1,0
e do mesmo modo
Pˆ ( D + ) + Pˆ ( D −) = 1,0
372
Probabilidades
Pˆ (T + ) = 20/100 = 0,20
Pˆ (T −) = 80/100 = 0,80
Pˆ ( D + ) = 20/100 = 0,20
Pˆ ( D −) = 80/100 = 0,80
Probabilidade conjunta
P(AeB)
P(A e B) = P(A|B)*P(B)
Assim:
P(T+|D+) = a / (a+c)
373
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Logo:
P(T+|D+)*P(D+) = a/(a+b+c+d)
Probabilidade condicional
P(A|B)
B = 670
A = 130
374
Probabilidades
P(A e B) = P(A|B)*P(B)
P(A e B) = P(B|A)*P(A)
P(A e B) = P(B e A)
375
Notas e Técnicas Epidemiológicas
P(A|B) = P(A)
P(A e B) = P(A|B)*P(B)
e como
P(A|B) = P(A)
P(A e B) = P(A)*P(B)
P(A e B) = P(A)*P(B)
P(A) = 670/1.000
P(B) = 670/1.000
376
Probabilidades
P(AeB)=P(A)*P(B)=670/1.000*670/1.000=0,449
P(A e B) = P(A)*P(B)
P(A e B e C) = P(A)*P(B)*P(C)
P(A) = 0,5
P(B) = 0,5
P(C) = 0,5
1
Na prática existem diferenças de probabilidades entre os sexos, havendo mais
hipóteses do nascituro ser do sexo masculino. Para efeitos práticos admitimos
igualdade entre os sexos.
377
Notas e Técnicas Epidemiológicas
378
Probabilidades
P(A)= P(A|B1)*P(B1)+....P(A|Bn)*P(Bn)
379
Análise de sobrevivência
Curvas de sobrevivência
Tabelas de sobrevivência
Si = q1*q2*....qn
384
Análise de sobrevivência
385
Notas e Técnicas Epidemiológicas
386
Análise de sobrevivência
Si = q1*q2*q3*q4
Método Kaplan-Meier
387
Notas e Técnicas Epidemiológicas
388
Análise de sobrevivência
Teste logrank
E ( oiA ) = n iA * oi / n i
Var ( o iA ) = o i * ( n i − ) * n iA * n iB / n i2 * ( n i − 1)
389
Notas e Técnicas Epidemiológicas
X 2 = ( TA − E A ) 2 / VA
X 2 = ( T A − E A ) 2 / E A + ( TB − E B ) 2 / E B
390
Meta-análise
Meta-análise
392
Meta-análise
Tratamento A Tratamento B
Estudo Casos Curados Casos Curados
P 100 50 180 120
Q 50 20 90 30
R 40 20 50 25
S 30 15 40 10
T 20 15 30 10
Total 240 120 390 195
393
Notas e Técnicas Epidemiológicas
d = pa − pb
Estudo d = pa − pb
P -0,167
Q 0,067
R 0,000
S 0,250
T 0,417
1
Ver capítulo “Cálculo do intervalo de confiança”
394
Meta-análise
s 2 d = pa (1 − pa ) / na + pb (1 − pb ) / nb
sd = s 2 = 0 , 003 = 0 , 055
(-0,059; -0,275)
395
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estudo d = pa − pb IC (95%)
P -0,167 (-0,059; - 0,275)
Q 0,067 (-0,021; 0,155)
R 0,000 (-0,206;0,206)
S 0,250 (-0,262;0,762)
T 0,417 (0,162;0,672)
Podemos verificar que apenas dois dos cinco estudos não incluem
o zero (estudo P e estudo T). No caso do estudo P o tratamento
mais favorável é o B e no estudo T, o mais favorável é o
tratamento A.
Como efectuar?
d = ( da + db + ... dn ) / n
s 2 d = ( s 2 a + s 2 b + ... + s 2 n ) / n 2
Logo
396
Meta-análise
d = 0,113
sd = sd 2 = 0,01 = 0,1
d ± 1, 96 * 0 , 1
397
Notas e Técnicas Epidemiológicas
398
Meta-análise
0 , 01527 ± 1, 96 * 1 / S
0 , 01527 ± 1, 96 * 0 , 03771
dp = 0 , 01527 ( −0 , 0892 ; 0 , 0587 − int. conf 95%)
399
Métodos quantitativos para identificar agrupamentos
temporo-espaciais
Agrupamentos espaciais
p = ∑n / t
Em seguida calculamos
χ 2 = ∑ ( pi − p) 2 / p
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Nº casos 2 1 0 3 4 5 1 2 3 0 2 2 24
402
Métodos quantitativos para identificar agrupamentos temporo-
espaciais
χ2 = ∑(X i − X)/ X
Agrupamento espacial
403
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Caso xi yi di Caso xi yi di
1 -1,500 1,500 11 1,500 2,500
2 -1,000 1,800 12 4,500 2,500
3 4,300 1,000 13 -2,800 -1,300
4 -2,400 -1,100 14 -5,600 -3,400
5 -4,400 1,200 15 -4,000 -2,700
6 -3,400 2,500 16 3,500 2,900
7 -2,600 1,800 17 3,900 3,000
8 3,200 -1,500 18 4,500 -2,500
9 -4,500 -3,200 19 6,000 1,000
10 -3,600 1,500 20 5,000 -3,000
404
Métodos quantitativos para identificar agrupamentos temporo-
espaciais
X = 0 , 03
Y = 0 , 225
A distância d = (1 / n ) ∑d . i
di = ( x i − x 0 ) 2 + ( yi − y0 ) 2
...............................................................................
405
Notas e Técnicas Epidemiológicas
406
Métodos quantitativos para identificar agrupamentos temporo-
espaciais
z = ( d − DE ) / Variância ( DE ) / n
Tempo
Próximo Afastado Total
Próximo n11 n12 n1.
Espaço Afastado n21 n22 n2.
Total n.11 n.21 n..
408
Métodos quantitativos para identificar agrupamentos temporo-
espaciais
Tempo
<15 dias
Próximo Afastado Total
Próximo 25 50 75
Espaço Afastado 190 500 690
<1Km
Total 215 550 765
409
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Tempo
<30 dias
Próximo Afastado Total
Próximo 50 55 105
Espaço Afastad 200 460 670
<2Km o
Total 250 515 765
μ = 34,31
μ = 5,8578
410
Métodos quantitativos para identificar agrupamentos temporo-
espaciais
411
Agrupamento espacial do enfarte do miocárdio
Introdução
1
Jacquez G M. Statistical software for the clustering of health events.
BioMedware.Ann Arbor, 1994.
Notas e Técnicas Epidemiológicas
2
Massano Cardoso. Epidemiologia das doenças cardiovasculares (definição de
um modelo experimental de investigação epidemiológica). Dissertação de
doutoramento. Coimbra 1983.
Massano Cardoso. Água, elementos e saúde pública. Coimbra Médica, 1:9, 1986.
Massano Cardoso, Mota A, Costa C. Domingos C. Água e doenças cardiovas-
culares (acção antihiperlipidemiante do cálcio veiculado por via
hídrica).Arquivos do Instituto Nacional de Saúde,12,83-109,1987.
416
Agrupamento espacial
3
INE (Instituto Nacional de Estatística) - Anuários de Saúde e Anuários
Demográficos. Vários (1985,1986,1987,1988,1989).Lisboa
417
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Material e métodos
4
Grinsom, R.C. A versatile test for clustering and a proximity analysis of neurons.
Methods of Information in Medicine 30:299-303, 1991
5
Jacquez G M. Statistical software for the clustering of health events. BioMedware.Ann
Arbor, 1994.
418
Agrupamento espacial
Alberg.-A-Velha 2 1 6 1 17 13 8 12 5
Anadia 3 1 5 11 259 1 14 71
…………………………………………………………………………………………………
6 3
Ver
419
Notas e Técnicas Epidemiológicas
…………………
Resultados
420
Agrupamento espacial
421
Notas e Técnicas Epidemiológicas
422
Agrupamento espacial
423
Notas e Técnicas Epidemiológicas
424
Agrupamento espacial
425
Notas e Técnicas Epidemiológicas
426
Agrupamento espacial
427
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Análise de clusters
IMP por Enfarte Agudo do Miocárdio (homens)
428
Agrupamento espacial
Análise de clusters
IMP por Enfarte Agudo do Miocárdio (mulheres)
Análise de clusters
IMP por Enfarte Agudo do Miocárdio
(homens e mulheres)
Teste de Grimson Indice de Moran
Valor mínimo : IMP ≥110
n = 81 I de Moran = 0, 240636
y = 5,2070 E[I] = -0,003650
Var(y) = 2,9090
RC = 30,4563 R
VC = 14,1993 Variância = 0, 001248
A = 74 Valor de Z = 6,916176
E(A) = 61,5718 Significância = 0,0000000
Var(A) = 44,6555
Valor de Z = 1,8598 Simulação
Significância Normal = 0, 03146 Significância = 0,0200000
Significância Poisson = 0,06742
VC/Var(A) = 0,31797
429
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Discussão e conclusões
430
Agrupamento espacial
7
Massano Cardoso. Epidemiologia das doenças cardiovasculares (definição de
um modelo experimental de investigação epidemiológica). Dissertação de
doutoramento. Coimbra 1983.
Massano Cardoso. Água, elementos e saúde pública. Coimbra Médica, 1:9, 1986.
Massano Cardoso, Mota A, Costa C. Domingos C. Água e doenças cardiovas-
culares (acção antihiperlipidemiante do cálcio veiculado por via
hídrica).Arquivos do Instituto Nacional de Saúde,12,83-109,1987.
431
Notas e Técnicas Epidemiológicas
432
Agrupamento espacial
433
Discrepância nas medições (análise da concordância
entre dois métodos)
...............................................................................
414
Discrepâncias das medições
Método A
415
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Método A
Positivo 250
Negativo 750
(200*250)/1.000=50
416
Discrepâncias das medições
Método A
Positivo 50 250
Negativo 750
Método A
Positivo 250
Negativo 750
(750*800)/1000=600
417
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Método A
Positivo 250
Método A
418
Discrepâncias das medições
1
Co – concordância observada
419
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Força de concordância
Kappa = 0 a 0,2 (ligeira)
Kappa = 0,21 a 0,4 ( mediana)
Kappa = 0,41 a 0,6 ( moderada)
Kappa = 0,61 a 0,80 ( substancial)
Kappa = 0,81 a 1, 0 (quase perfeita)
2
Ce – concordância esperada
420
Discrepâncias das medições
Tal como já foi afirmado, se não for possível utilizar métodos que
encerram em si uma validade lógica, temos de socorrer-nos da
validade consensual, a qual varia com o tempo e com a
reformulação de critérios.
421
Notas e Técnicas Epidemiológicas
3
Kein HJ, Wallace JM, Thurston H et all. J Appl Physiol 1976; 41: 797-799
422
Discrepâncias das medições
423
Notas e Técnicas Epidemiológicas
424
Discrepâncias das medições
150
100
Média + 2s
50
A-B
0
Média
-50
Média -2s
-100
0 100 200 300 400 500 600 700
(A+B)/2
425
Notas e Técnicas Epidemiológicas
150
100
Média + 2s
50
A-B
0
Média
-50
Média -2s
-100
0 100 200 300 400 500 600 700
(A+B)/2
426
Discrepâncias das medições
700
600
500
Metodo B
400
300
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600 700
Metodo A
4
Bland JM, Altman DG. International Journal of Epidemiology 1995; 24 (Suppl.
1): S7-S14
427
Notas e Técnicas Epidemiológicas
0 100
r = 0,95
Altman DG. Statistics and ethics in medical research. British Medical Journal
1980; 281: 1473-1475
Bland JM, Altman DG. Statistical Methods for Assessing agreement between two
methods of clinical measurement. The Lancet 1986; 307-310
428
Discrepâncias das medições
5
Burstow DJ, Nishimura RA, Bailey KR et all. Circulation 1989; 80: 504-514
Doenças e selecção natural
6
Burstow DJ, Nishimura RA, Bailey KR et all. Circulation 1989; 80: 504-
514Doenças e selecção natural
7
Pode utilizar também os gradientes máximos
429
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Gradient
e mmHg
Média
Doente Idade Tipo Tamanho Cateteris- Doppler C-D (C+D)
/Sexo prótese (mm) mo /2
1 69/f Starr-Edwards 31 12 13
14A
2 69/f Starr-Edwards 9A 23 14 14
3 50/m Starr-Edwards 27 15 16
12A
4 67/m Starr-Edwards 26 22 21
11A
5 71/f Starr-Edwards 9A 23 20 22
6 70/f Starr-Edwards 24 27 33
10A
7 58/f Starr-Edwards 9A 23 28 32
8 59/m Starr-Edwards 8A 21 38 37
9 47/m Starr-Edwards 26 36 42
11A
10 67/f Bjork-Shiley 21 20 17
11 69/m Bjork-Shiley 23 40 36
12 77/m Bjork-Shiley 23 24 21
13 80/f St. Jude 21 16 12
14 73/f St. Jude 21 14 15
15 80/f Braunwald-Cutter 22 19 19
16 54/m Hald-Medtronic 23 6 9
17 60/m Sorin 23 13 10
18 68/f Hancock 23 13 12
19 47/f Hancock 27 25 19
20 62/m Hancock 23 30 33
21 63/f Ionescu-Shiley 25 22 18
8
Burstow DJ, Nishimura RA, Bailey KR et all. Circulation 1989; 80: 504-514
Doenças e selecção natural
430
Discrepâncias das medições
431
Custo-efectividade
Custo-efectividade
Em que:
Donde:
Doença A:
População = 9.500.000
432
Custo-efectividade
Cálculo da efectividade de A:
Doença B:
População = 9.500.000
433
Notas e Técnicas Epidemiológicas
434
Custo-efectividade
Doença A
435
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Doença B
E agora?
Análise de terapêuticas
436
Custo-efectividade
Donde:
437
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Custos
70.000
10.000
- 70.000
438
Custo-efectividade
439
Discrepância nas medições (análise da concordância
entre dois métodos)
...............................................................................
416
Discrepâncias das medições
Método A
417
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Método A
Positivo 250
Negativo 750
(200*250)/1.000=50
418
Discrepâncias das medições
Método A
Positivo 50 250
Negativo 750
Método A
Positivo 250
Negativo 750
(750*800)/1000=600
419
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Método A
Positivo 250
Método A
420
Discrepâncias das medições
1
Co – concordância observada
421
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Força de concordância
Kappa = 0 a 0,2 (ligeira)
Kappa = 0,21 a 0,4 ( mediana)
Kappa = 0,41 a 0,6 ( moderada)
Kappa = 0,61 a 0,80 ( substancial)
Kappa = 0,81 a 1, 0 (quase perfeita)
2
Ce – concordância esperada
422
Discrepâncias das medições
Tal como já foi afirmado, se não for possível utilizar métodos que
encerram em si uma validade lógica, temos de socorrer-nos da
validade consensual, a qual varia com o tempo e com a
reformulação de critérios.
423
Notas e Técnicas Epidemiológicas
3
Kein HJ, Wallace JM, Thurston H et all. J Appl Physiol 1976; 41: 797-799
424
Discrepâncias das medições
425
Notas e Técnicas Epidemiológicas
426
Discrepâncias das medições
150
100
Média + 2s
50
A-B
0
Média
-50
Média -2s
-100
0 100 200 300 400 500 600 700
(A+B)/2
427
Notas e Técnicas Epidemiológicas
150
100
Média + 2s
50
A-B
0
Média
-50
Média -2s
-100
0 100 200 300 400 500 600 700
(A+B)/2
428
Discrepâncias das medições
700
600
500
Metodo B
400
300
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600 700
Metodo A
4
Bland JM, Altman DG. International Journal of Epidemiology 1995; 24 (Suppl.
1): S7-S14
429
Notas e Técnicas Epidemiológicas
0 100
r = 0,95
Altman DG. Statistics and ethics in medical research. British Medical Journal
1980; 281: 1473-1475
Bland JM, Altman DG. Statistical Methods for Assessing agreement between two
methods of clinical measurement. The Lancet 1986; 307-310
430
Discrepâncias das medições
5
Burstow DJ, Nishimura RA, Bailey KR et all. Circulation 1989; 80: 504-514
Doenças e selecção natural
6
Burstow DJ, Nishimura RA, Bailey KR et all. Circulation 1989; 80: 504-
514Doenças e selecção natural
7
Pode utilizar também os gradientes máximos
431
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Gradient
e mmHg
Média
Doente Idade Tipo Tamanho Cateteris- Doppler C-D (C+D)
/Sexo prótese (mm) mo /2
1 69/f Starr-Edwards 31 12 13
14A
2 69/f Starr-Edwards 9A 23 14 14
3 50/m Starr-Edwards 27 15 16
12A
4 67/m Starr-Edwards 26 22 21
11A
5 71/f Starr-Edwards 9A 23 20 22
6 70/f Starr-Edwards 24 27 33
10A
7 58/f Starr-Edwards 9A 23 28 32
8 59/m Starr-Edwards 8A 21 38 37
9 47/m Starr-Edwards 26 36 42
11A
10 67/f Bjork-Shiley 21 20 17
11 69/m Bjork-Shiley 23 40 36
12 77/m Bjork-Shiley 23 24 21
13 80/f St. Jude 21 16 12
14 73/f St. Jude 21 14 15
15 80/f Braunwald-Cutter 22 19 19
16 54/m Hald-Medtronic 23 6 9
17 60/m Sorin 23 13 10
18 68/f Hancock 23 13 12
19 47/f Hancock 27 25 19
20 62/m Hancock 23 30 33
21 63/f Ionescu-Shiley 25 22 18
8
Burstow DJ, Nishimura RA, Bailey KR et all. Circulation 1989; 80: 504-514
Doenças e selecção natural
432
Discrepâncias das medições
433
Estratégias das medidas preventivas
Introdução
A importância da epidemiologia está ligada à história da medicina
e da saúde pública. Sendo a medicina preventiva uma das quatro
formas de actuação médica, torna-se indispensável referir as
principais estratégias preventivas, a fim de evitar conflitos ou
fundamentalismos, ou má interpretações com todas as
consequências que daí podem advir para a comunidade.
Há cerca de 125 anos foi introduzida nos EUA por Oliver Holmes
uma posição nihilística relativamente à actuação da medicina que
se caracterizava pela aplicação de terapêuticas perigosas que iam
desde as violentas sangrias às purgas e uso de substâncias
tóxicas, cujos efeitos eram mais perniciosos do que benéficos.
Não fazer nada era mais útil do que as tradicionais atitudes, que
foram objecto de chacota e de críticas literárias, passando o
médico a constituir o objecto central de ridículo e a medicina
sinónimo de charlatanice.
444
Estratégias medidas preventivas
Prevenção
A prevenção utiliza basicamente dois tipos de medidas: colectivas
e individuais.
445
Notas e Técnicas Epidemiológicas
446
Estratégias medidas preventivas
447
Notas e Técnicas Epidemiológicas
mas apenas até cerca dos 50 anos. “A partir desta idade o doente
mais barato é um doente morto” (Geoffrey Rose).
Raciocínio dicotómico
Um dos grandes problemas que caracteriza o pensamento médico
baseia-se no facto de utilizar o raciocínio dicotómico; “ter ou não
ter a doença”.
448
Estratégias medidas preventivas
Paradoxo da prevenção
Todos já ouviram falar do paradoxo da prevenção.
449
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estratégias da prevenção
Sendo a doença um fenómeno pessoal e não colectivo, obriga-nos
a evitar o conjunto de infortúnios individuais e a acreditar que a
acção preventiva deverá atingir os indivíduos em risco. Estamos
perante a estratégia de alto risco.
450
Estratégias medidas preventivas
Marcadores de risco
Esta expressão, “marcador de risco” foi utilizada pela primeira vez
por James McCormick em vez do tão propalado factor de risco.
451
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Dizer que uma doença tem uma origem plurifactorial é muito útil,
mas não passa de uma ilusão. Todas as doenças são o resultado
da interacção de muitos factores.
452
Estratégias medidas preventivas
Tabaco
Quanto ao tabaco, hoje não temos dúvidas sobre os efeitos na
saúde humana.
453
Notas e Técnicas Epidemiológicas
454
Estratégias medidas preventivas
455
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Colesterol
A hipercolesterolemia é um factor major. Atinge muitas pessoas e
com intensidade diferentes. A genética tem um “peso” bastante
456
Estratégias medidas preventivas
457
Notas e Técnicas Epidemiológicas
458
Estratégias medidas preventivas
Pressão arterial
A hipertensão arterial é um importante factor de risco
cardiovascular.
459
Notas e Técnicas Epidemiológicas
460
Estratégias medidas preventivas
461
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Medicina preditiva
A medicina preditiva cujo nascimento anunciado começa a dar os
primeiros passos irá possibilitar realçar e obter partido da
interacção entre o meio ambiente interno e externo, fornecendo a
cada um de nós, ou melhor a cada um dos indivíduos das
próximas gerações, a probabilidade de fugir ou não à doença e
invalidez prematura, deslocando para as últimas semanas de uma
longa e desejável existência, o espectro do sofrimento que
sempre caracterizou a humanidade.
462
Estratégias medidas preventivas
463
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estratégias de prevenção
A prevenção exige estratégias correctas, baseadas em critérios
científicos, respeitadores da cultura e dos direitos dos cidadãos e
deverá insinuar-se de uma forma lenta e segura e não
imediatista, de modo a evitar histerismos colectivos, susceptíveis
de causar mais prejuízos do que benefícios.
464
Custo-efectividade
Custo-efectividade
Em que:
Donde:
Doença A:
População = 9.500.000
436
Custo-efectividade
Cálculo da efectividade de A:
Doença B:
População = 9.500.000
437
Notas e Técnicas Epidemiológicas
438
Custo-efectividade
Doença A
439
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Doença B
E agora?
Análise de terapêuticas
440
Custo-efectividade
Donde:
441
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Custos
70.000
10.000
- 70.000
442
Custo-efectividade
443
Estratégias das medidas preventivas
Introdução
A importância da epidemiologia está ligada à história da medicina
e da saúde pública. Sendo a medicina preventiva uma das quatro
formas de actuação médica, torna-se indispensável referir as
principais estratégias preventivas, a fim de evitar conflitos ou
fundamentalismos, ou má interpretações com todas as
consequências que daí podem advir para a comunidade.
Há cerca de 125 anos foi introduzida nos EUA por Oliver Holmes
uma posição nihilística relativamente à actuação da medicina que
se caracterizava pela aplicação de terapêuticas perigosas que iam
desde as violentas sangrias às purgas e uso de substâncias
tóxicas, cujos efeitos eram mais perniciosos do que benéficos.
Não fazer nada era mais útil do que as tradicionais atitudes, que
foram objecto de chacota e de críticas literárias, passando o
médico a constituir o objecto central de ridículo e a medicina
sinónimo de charlatanice.
446
Estratégias medidas preventivas
Prevenção
A prevenção utiliza basicamente dois tipos de medidas: colectivas
e individuais.
447
Notas e Técnicas Epidemiológicas
448
Estratégias medidas preventivas
449
Notas e Técnicas Epidemiológicas
mas apenas até cerca dos 50 anos. “A partir desta idade o doente
mais barato é um doente morto” (Geoffrey Rose).
Raciocínio dicotómico
Um dos grandes problemas que caracteriza o pensamento médico
baseia-se no facto de utilizar o raciocínio dicotómico; “ter ou não
ter a doença”.
450
Estratégias medidas preventivas
Paradoxo da prevenção
Todos já ouviram falar do paradoxo da prevenção.
451
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estratégias da prevenção
Sendo a doença um fenómeno pessoal e não colectivo, obriga-nos
a evitar o conjunto de infortúnios individuais e a acreditar que a
acção preventiva deverá atingir os indivíduos em risco. Estamos
perante a estratégia de alto risco.
452
Estratégias medidas preventivas
Marcadores de risco
Esta expressão, “marcador de risco” foi utilizada pela primeira vez
por James McCormick em vez do tão propalado factor de risco.
453
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Dizer que uma doença tem uma origem plurifactorial é muito útil,
mas não passa de uma ilusão. Todas as doenças são o resultado
da interacção de muitos factores.
454
Estratégias medidas preventivas
Tabaco
Quanto ao tabaco, hoje não temos dúvidas sobre os efeitos na
saúde humana.
455
Notas e Técnicas Epidemiológicas
456
Estratégias medidas preventivas
457
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Colesterol
A hipercolesterolemia é um factor major. Atinge muitas pessoas e
com intensidade diferentes. A genética tem um “peso” bastante
458
Estratégias medidas preventivas
459
Notas e Técnicas Epidemiológicas
460
Estratégias medidas preventivas
Pressão arterial
A hipertensão arterial é um importante factor de risco
cardiovascular.
461
Notas e Técnicas Epidemiológicas
462
Estratégias medidas preventivas
463
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Medicina preditiva
A medicina preditiva cujo nascimento anunciado começa a dar os
primeiros passos irá possibilitar realçar e obter partido da
interacção entre o meio ambiente interno e externo, fornecendo a
cada um de nós, ou melhor a cada um dos indivíduos das
próximas gerações, a probabilidade de fugir ou não à doença e
invalidez prematura, deslocando para as últimas semanas de uma
longa e desejável existência, o espectro do sofrimento que
sempre caracterizou a humanidade.
464
Estratégias medidas preventivas
465
Notas e Técnicas Epidemiológicas
Estratégias de prevenção
A prevenção exige estratégias correctas, baseadas em critérios
científicos, respeitadores da cultura e dos direitos dos cidadãos e
deverá insinuar-se de uma forma lenta e segura e não
imediatista, de modo a evitar histerismos colectivos, susceptíveis
de causar mais prejuízos do que benefícios.
466
Bibliografia
466
Bibliografia
467
Notas e Técnicas Epidemiológicas
468
Bibliografia
469
Bibliografia
468
Bibliografia
469
Notas e Técnicas Epidemiológicas
470
Bibliografia
471
Índice
Capítulos
1.Investigação 1
3.Epidemiologia 49
4.Saúde Comunitária 57
6.Maria Tifóide 81
8.Relatório final 99
17.Rastreios 269
Notas e Técnicas Epidemiológicas
18.Padronização 275
20.Riscos 295
24.Causalidade 325
26.Amostragem 345
28.Probabilidades 365
30.Meta-análise 391
35.Bibliografia 465
36.Índice 471
472