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Breve História do
Pensamento Administrativo

Organização do Capítulo
Neste capítulo, será demonstrado de que maneira as teses defendidas pelos pensadores influenciaram a história do
pensamento administrativo em relação às abordagens clássica, humanista, sistêmica, ambiental, de desenvolvimento
organizacional e contingencial.

Serão abordadas também as influências das civilizações e das intituiçóes sobre a administração por meio da adoção
de um sistema organizado de governo para o império. A Constituição de Chow, com seus oito regulamentos para
governar os diferentes setores do governo e as Regras de Administração Pública de (onfúciol, a separação de fun-
ções entre marido e mulher, a compreensão entre anciões e jovens e a fidelidade entre amigos servem de exemplos
para explicar a influência chinesa na definição de regras e prinCÍpios de administração. Na história da Administração,
duas instituições merecem ser mencionadas: a Igreja Católica Romana e as organizações militares. A Igreja Católica
Romana pode ser considerada a organização formal mais eficiente da civilização ocidental. Apoiada não só na força
de atração de seus objetivos, mas também na eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas,a Igreja tem
sobrevivido às revoluções do tempo e oferecido um exemplo de como conservar e defender suas propriedades, suas
finanças, rendas e privilégios. Sua rede administrativa espalha-se por todo o mundo e exerce influência, inclusive,
sobre o comportamento dos fiéis. A organização de exércitos nacionais tem.se constituído em uma das principais
preocupações do Estado moderno. O exército aparece nos tempos modernos como o primeiro sistema administrati-
vo organizado.

As transformações provocadas pela Revolução Industrial nos individuos, nos grupos, nas instituições e na sociedade
serão discutidas neste capítulo. Nessesentido, nota-se uma interação muito grande entre a administração e as ciências
sociais, particularmente o Direito, a Ciência Política, a Economia, a Sociologia, a Psicologia Social e a Antropologia.

Essaevolução é observada mais nitidamente quando são identificadas as principais escolas, orientações e aborda-
gens seguidas pelos estudiosos da Administração,quer pública quer particular, nas várias tentativas já efetivadas para
a formulação de uma teoria administrativa2•

A Influência dos Principais Pensadores da Administração


A evolução descrita" é unI exelnplo claro da inlportância que deve ser dada aos autores que ;lntecederJl11 ~1tãse
científiC;l da administração como demonstrado no Quadro 3.1.

41
42 PARTE 1 A Administração: Uma Visão Geral

QUADRO 3.1
Principais pensadores
da Administração. . Pensadores ,
:p:~~t~~;I;
~~, - D~staque '

Sócrates (468-399 a.c.) a) A introspecção é a característica da sua filosofia.


b) O perfeito conhecimento do homem é o objetivo de todas as suas
especulações e a moral, o centro para o qual convergem todas as partes
da filosofia.
c) O meio único de alcançar a felicidade ou semelhança com Deus, fim
supremo do homem, é a prática da virtude. A virtude adquire-se com a
sabedoria.
d) O procedimento lógico para realizar o conhecimento verdadeiro,
científico, conceptual é, antes de tudo,a indução, isto é, remontar do r:
particular ao universal, da opinião à ciência, da experiência ao conceito.4 V
-----------------------------------------------~.'
Platão (428-347 a.c.) a) Platão, como Sócrates, parte do conhecimento empírico para chegar ao r,.~.
conhecimento intelectual, conceptual, universal e imutável. .
b) O conhecimento sensível, particular, mutável e relativo não pode explicar f.f
o conhecimento intelectual, que tem por característica a universalidade, .
a imutabiJidade,o absoluto (do conceito); e ainda menos pode0 L
conhecimento sensível explicar o dever ser, os valores de beleza, verdade t:'
e bondade que estão efetivamente presentes no espírito humano.s n.
Aristóteles (384-322 a.C.) a) A lógica não faz parte do esquema pelo qual o autor dividiu e
sistematizou as ciências. A lógica considera a forma que deve ter
qualquer tipo de discurso que pretenda demonstrar algo e,em geral,
r
queira ser probatório.
b) A lógica é preliminar às ciências, necessária para o modo como estas são
desenvolvidas. 6

Leonardo Da Vinci (1452-1519)

Thomas More, São (1478-1535) o termo utopia (palavra derivada do grego outópos, 'não-lugar') foi
criado para descrever um Estado de características ideais. Essa perfeição
consiste na afirmação do prazer como princípio diretor de toda ação.lo

(confirma)
. ,

Breve História do Pensamento Administrativo Capítulo 3 43

QUADRO 3.1
Principais pensadores
Pensadores Pontos de Destaque '., .. ' , da Administração.
f.
a) Não admito nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço r: (contillrwçào)
René ~escartes (1596-1650)
evidentemente como tal. {.
I .•
b) A evidência é o que salta aos olhos, é aquilo de que não posso duvidar,
apesar de todos os meus esforços, é o que resiste a todos os assaltos da
°
dúvida, apesar de todos 0$ resíduos, produto do espírito critico.
c) Dividircada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem
possíveis.
d) Concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais
,
simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como por
i
meio de degraus, aos mais complexos.12 l'
;'
Montesquieu (l689-17SS) a) A política surge como essencialmente racionalista. Elase caracteriza pela i
busca de um justo equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade ~'
do cidadão. Daia separação entre poder legislativo, poder executivo e r
poder judiciário. (',':
b) Cada forma de governo determina, necessariamente, este ou aquele tipo i:
de lei,esta ou aquela psicologia para com os cidadãos: a democracia da :~,
cidade antiga só é viável em função da 'virtude: isto é, pelo espírito cívico l!.
da população. As leis obedecem a um determinismo racional. 13 8
Jean-Jacques Rousseau (1712.1778) a) Os pressupostos básicos com respeito à educação eram a crença
na bondade natural do homem e a atribuição à civilização da
responsabilidade pela origem do mal.Se o desénvolvimento adequado
é estimulado,a bondade natural do indivíduo pode ser protegida da
influência corruptora da sociedade. ,
b) Os objetivos da educação comportam dois aspectos: o desenvolvimento ..'.
das potencialidades naturais da criança e seu afastamento dos males
sociais.O mestre deve educar o aluno com base nas suas motivações
naturais. O mestre deve educar o aluno para ser um homem, usando a
estrutura provida pelo desenvolvimento natural do aluno, enquanto ao
mesmo tempo mantém em mente o contexto social do qual o aluna
eventualmente será um membro. Isso só pode ser conseguido em um
ambiente muito bem controlado.
c) Seu método de educação era o de retardar o crescimento intelectual: ele r~'
f'
demandava a criança a demonstrar seu próprio interesse em um assunto "
e fazer suas próprias perguntas. No estágio da puberdade, no entanto, a
sensibilidade do jovem deveria ser educada. 14

Adam Smith (1723-1790) a) Está presente em cada um de nós um 'homem interior' que desempenha
o papel de 'espectador imparcial:aprovando ou condenando nossas
ações próprias e as dos outros com uma voz impossível de ser ignorada.
b) Egoísmo e Altruísmo - viu o homem como uma criatura guiada por
paixões e,ao mesmo tempo,auto-regulada por sua habilidade de
raciocinar e - não menos importante - por sua capacidade de simpatia.
Essa dualidade tanto joga os homens uns contra os outros quanto os
leva a criar racionalmente instituições pelas quais a luta mutuamente
destrutiva pode ser mitigada e mesmo voltada para o bem comum.
c) Os homens interesseiros e egoístas são freqüentemente'levados por
uma mão invisívelsem que o saibam, sem que tenham essa intenção,
a promover o interesse da sociedade:Todo indivíduo necessariamente
trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da sociedade
seja o maior posslvel.Na verdade, ele geralmente não tem intenção
de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove.Ao
buscar seu próprio interesse, freqüentemente promove o da sociedade
de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de
promovê-l0.
d) Estágios da evolução social. Foi o primeiro filósofo a conceber uma
organização dinâmica da sociedade no sentido de sua evolução para
um semp.re maior bem-estar coletivo, uma linha de pensamento que
evoluirá, no século XIX,para o Utilitarismo.'s
_---,---,---,_.,..,---,,----, ---,_---,---,_.,..,---,---, "7---,...,,,...,-,,-...,,;-,-,-.,.~,~....,,-.,~,.é..
(comif1l1a)
44 PARTE 1 A Administração: Uma Visão Geral

QUADRO 3.1
Principais pensadores
da Administraçao. ,-,o

(((J/lfilllldl.70)
Pensadores ' _ P..o~~05
t de Destaqu" ,.
e) A livre concorrência. Demonstra que os homens que agem segundo sua
liberdade e pensam exclusivamente no próprio lucro é que finalmente
serão. involuntariamente, os motores do desenvolvimento social.'Não
é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que
esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu
próprio interesse:
fi Divisão do trabalho. Descreve a divisão do trabalho em uma fabrica de
alfinetes na qual dez pessoas, por se especializarem em várias tarefas,
produzem 48.000 alfinetes por dia, comparada com uns poucos, talvez
somente um, que cada um poderia produzir isoladamente. A divisão do
trabalho se equilibra pelo mesmo mecanismo da competição e da oferta
e procura.
g) Crescimento econômico. A riqueza das naçôes cresceria somente
se os homens, por intermédio de seus governos, não inibissem este
crescimento concedendo privilégios especiais que impediriam o sistema
competitivo de exercer seus efeitos benéficos.

John Stuart MiII(1806-1873)


Vê na liberdade de pensamento e discussão a condição para o contínuo
estimulo da atividade intelectual e do progresso humano, chamando
a atenção para o questionamento de verdades que se tornam dogmas
mortos, e não verdades vivas,quando não debatidas livremente. 16
Alfred Marshall (1842-1924) a) Procurou dar mais cientificidade à economia, buscando uma variável
comum para medir a atividade humana, analisando as relações entre a
oferta e procura e o valor, caracterizando o comportamento econômico
humano como um delicado equilíbrio entre a busca de satisfação,sem
sacrifícios. Em uma combinação entre a utilidade marginal e o custo real
subjetivo, mostra que o valor determina-se pela atuação conjunta das
forças que se localizam na oferta e na procura.
b) Contribuiu para a análise do valor e do preço, que está em sua análise
entre a oferta e procura. Distingue os diferentes periodos de tempo em
que as forças do mercado tendem a restabelecer o equilíbrio:'o valor de
mercado; que se determina quando a oferta é fixa,e os 'valores normais;
que são determinados em curtos períodos, quando a oferta poderá
aumentar se houver estoques de trabalho; e, no longo prazo, quando da
existência de modificações no processo produtivo. 11

A economia foi a ciênCIa que nlais influenciou a Administração. pelo Úto de ter
cOIno principias b~í.sicosa natureza, o capit;li e o tr;;tbalho - três dos preceitos tundalnen-
tais, nos quais a Adn1Ínistraç~lo e~tá t'lllbasada. Assim. veritica-se que a econontia e <1 ad-
nünistração estão relacionadas por apreciarem a llldhor lltiliz;;tç30 dos recursos e esforços
hun1anos no trabalho I;';.

()utras figuras renolll<.ldas da história da Administraç"lo podelll ser cita&lsl'J: o gener,l1


prussiano CarlVon Clauswitz (178U-1831). que criou o conceito de estratégia e de pla-
nejalllento p;'lra minünizar incertezas:W S.Jevons. que desenvolveu o conceito de estudo
do trabalho e do uso de terranlt"ntas, descrito em seu livro Ti..'oria dl1 C(VIlOlllid P()/ífíC(I,
publicado em 1871, além de declarar publicamente que os operários deveriam ter par-
ticipação nos lucros e a propriedade de ações das empresas; Hemy v: 1'001' (1812- J <JUS),
cinqüent<.l al10S antes de Taylor. constituiu-se como 11111 dos primeiros na formação de um
pensalnento adtninistrativo. ao antecipar, com l1lUit,,1propriedade e realisn10, problemas
até hoje entI-entados pelas organiz;lções_ Fundamentava ;l Adlninistraç;'lo em três grandes
preceitos: organização, intorn13ç<'lo e cOlllunicação.
~ ,

Breve História do Pensamento Administrativo Capítulo 3 45

A Influência sobre a Administração


Da lneSlna fonna que os pensadores, as civilizJ.ções tambénl tiveram suas influências so-
bre o pensanlento administrativo.:!o, COnfOfll1e ilustra o Quadro 3.2.
QUADRO 3.2
Ainfluência das
Civilizações Pontos de Destaque civilizações e
Os egípcios,durante a construção das pirâmides,praticavam ações que legitiman das instituições
Egípcia
as teorias administrativas.Reconheceram o valor do planejamento das atividades, no pensamento
a necessidade de uma pessoa que comandasse os demais trabalhadores, como administrativo.
um conselheiro,o principiode organização em grupos, com divisão de atividades e
responsabilidade e a técnica de descrição das tarefas de cada elemento do grupo. Surgiu,
também,a função de administrador para coordenação do empreendimento estatal.

Babilônica a Código de Hamurabi constitui um texto de leis que orientou o povo no princípio
de trabalho; institui o princípio da paga mínima, contratos de trabalho e recibos de
pagamento que permitiam controlar transações comerciais.

Hebraica Registraram alguns princípios básicos administrativos na Biblia.O êxodo,


empreendido por Moisés,foi uma tarefa gerencial; foi utilizada uma política de
descentralização de decisões em que se esboçavam os primeiros contornos dos
organogramas atuais.Os dez mandamentos são algumas regras de conduta
organizacional para preservar a solidariedade do grupo.

Aristóteles desenvolveu a tese de que a realidade é apreendida por meio da


percepção e da razão. O espírito científico de investigação formou a base da gerência
científica. Os gregos utilizavam a arte e a música como orientação. Seu ritmo serviu
para definir os movimentos padronizados e as cadências de trabalho - os repetitivos.

Desenvolveu um sistema semi-industrial de manufatura armamentista para sua


legião; de produção de cerâmica para o mercado mundial e, posteriormente, textêis
para exportação.
KingWUfundou a dinastia CHOWe era vista como uma constituição, na qual
constava a relação do quadro de pessoal do imperador,do mais alto escalão até a
mão-de-obra considerada serviçal.Também se observava a descrição detalhada das
tarefas de cada um. Implantaram, também, a seleção científica de seus trabalhadores
por meio de critérios rígidos, como: habilidade de cada indivíduo, seu conhecimento
e experiência para a tarefa e seus traços de personalidade.

Instituições Pontos de Destaque .. , .

Religiosas (Igreja Católica) A estrutura da Igreja Católka serviu de modelo para muitas organizações que, ávidas
de experiências bem-sucedidas, passaram a incorporar uma infinidade de princípios
e normas administrativas - organização do tempo, hierarquia de autoridade e
coordenação funcional.

Militares (Organizações) Têm influenciado muito o desenvolvimento das teorias administrativas no que se
refere a organização linear,princípio da unidade de comando,escala hierárquica
com seu grau de autoridade e de responsabilidade,centralização do comando e
descentralização da execução, linha e assessoria, princípio da direção - todo soldado
deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que deve fazer.

Religiosas (Ética Protestante O etos protestante foi uma das fontes da racionalização da vida que contribuiu para
e Capitalismo) formar o que se chama de espírito capitalista.

A Influência da Revolução Industrial


No decorrer do século XVIII, a Europa Ocidental passou por uma grande translormação
no setor da produção, enl decorrênci,l dos aVJ.nços d~lStécnicas de cultivo e da lnecal1l-
zação das f:ibricas, ã qual se deu O uome de Revolução Industrial.
46 PARTE 1 A Administração: Uma Visão Geral

A invenção e o uso da nláqllina peflllitiranl o <lUlllento da produtividade, a ditnioui-


ção dos preços e o crescünento do conSU1110 e dos lucros:!1.

As prilneiras nláquinas £Or<1111


de fiação e tecelagenl. H0111cns, ll1ulheres e até luesnlO
crianças trabalhavanl nas novas fábricas, onde grande parte das nüqllinas funcionava, a
princípio, pela força hidráulica, passando depois a ser movida a vapor.
A Inglaterra foi o país pioneiro da industrialização. A agricultura inglesa desenvol-
veu-se e0l11 a difusão de novas técnicas e instrUll1entos de cultivo. O finl do uso COlllUl11
das terras gerou o 'trabalhador livre', expulso do campo onde não tinha mais condições
de sobrevivência e transfornlado enl l11ão-de-obra urbana. A l11ecanização da produção
criou o proletariado rural e urbano, (OlUpasto de hOlllens, ll1ulheres e crianças, subn1eti-
do a un1 trabalho diário exaustivo no can1po ou nas fãbricas.

Em síntese, pode-se dizer que a primeira revolução industrial passou por quatro f.,ses:

• fase 1: mecanização da indústria e da agricultura - a máquina substitui o trabalho


do hon1ell1 e a {orça 1110triz ll1uscltlar do hOlllenl.
• fase 2: aplicação da força motriz à indústria - transformação das oficinas em
fabricas.
• fase 3: desenvolvimento do sistema fabril - o artesão desaparece para dar lugar ao
operário de fabricas baseadas na divisão do trabalho.
• fase 4: aceleranIento dos transportes e das c0111unicações - invenção do telégrafo
elétrico, selo postal.

A segunda revolução industrial foi marcada pela substituição do ferro pelo aço e do
vapor pela eletricidade; pelo aumento da especialização do trabalho; e pelo desenvolvi-
111ento de novas {anuas de organização capitalista.

As duas revoluções industriais proporcionaran1:

• transferéncia da habilidade do artesão para a máquina;


• substituição da força do animal ou do músculo pela maior potência da máquina;
• fusões de pequenas oficinas em fabricas; desaparecimento das unidades domésticas
de produção;
• solidificação do capitalis11lo C0111O crescente volul11e de unIa nova classe social: o
proletariado; o capitalismo começou a se distanciar dos seus operários e a conside-
rá-los U111aenonne ll1assa anôninla;

• fDcaçãona melhoria dos aspectos mecânicos e tecnológicos de produção e na regula-


luentação adn1inistrativa do operário COll10 principal preocupação dos enlpresários.

Com a Revolução Industrial, consolidou-se o sistema capitalista, baseado no capital e


no trabalho assalariado.

o capital apresenta-se sob a forma de terras, dinheiro, lojas, máquinas ou crédito.


• O agricultor, o conlerciante, o industrial e o banqueiro, donos do capital, contro-
lam o processo de produção, contratan1 ou demitenl os trabalhadores confoflue sua
conveniência. Estes, que não possuem capital, vendem sua força de trabalho por
unI salário.

Breve História do Pensamento Administrativo Capítulo 3 47

Os Avanços Tecnológicos
A explosão tecnológica atingiu UH1 rÍtnlo ainda 111aÍs frenético COlll a energia elétrica
e os lnatares a COlllbustão interna. A energia ~létrica aplicada aos 1110tores.a partir do
desenvolvinlento do dínamo, gerou UllI novo iInpulso industrial: 1110vÍmentar nláquínas,
iluminar ruas e residências, iOlpulsionar bondes. Os Jneios de transporte se sofistican1
com navios InaÍs velozes. Hidrelétricas aU111entavmn; O telefone dava novos contornos
à comunicação (Bell, 1876); O rádio (emie e Sklodowska, 1898) o telégrafo sem fio
(Marconi, 1895) e O primeiro cinematógrafo (irhlãos Lumiere, 1894), esses eram sinais
evidentes da nova era industrial consolidada.
E não podemos deixar de lado a invenção do automóvel movido a gasolina (Daimler
e Benz, 1885), que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades. O mo-
tor a diesel (Diesel, 1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação
criativa e a tecnologia avançava a passos largos22•
A indústria química talnbén1 se tornou unI iIllportante setor de ponta no campo
fabril, con1 a obtenção de lnatérias-prinlas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão
- nitrogênio e fosfatos, corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos etc. Entrava-se no sé-
culo XX com a visão de universo totalmente transformada pelas possibilidades que se
apresentavanl pelo avanço tecnológico.

1. Qual a influência e a utilidade das idéias dos pensadores sobre o COlnportamento dos indivíduos;g[UP-o_s~<G
organ~zações e sociedade nos dias de hoje? '-'-.- :>.-':.:::'
'.'

2...,D.e que maneira Ulna civilização pode influenciar o COluportamento. os valores e a cultura das 'or~~.ià~~
'. ções e da sociedade? . .. . ,','0.','",.,
' .. ~' ..":';
. 3. ..Quala relação entre urbanização, revolução industrial e qualidade de vida? . ','

, ',.~ ;n.-ijl':-:1$.
Notas, ... , ....• ,.d
. "

1. SGARIONI, Mari"1l3. Confúcio; quem foi eh:? E por que 5. PLATÃO. A R~plÍblj••l. Portugal: Fund::Jção CaJouste
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RCI,;st(lS"pcril/fewJ(llItc, Silo P:lUlo,ediç30 208, de 22 de 6.ARISTÓTELES. MClqfísim. Porto Alegre: Globo de Porto
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dezembro de 2002. lO.1\.10RE.Thom:ls. A UTopia. São Paulo: Martins Fontes, ...
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