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(TJSP – Concurso 181º) - Cônjuges com vida em comum vêm a falecer em lamentável

acidente de veículo, na mesma ocasião e em razão do mesmo acontecimento, sem que


tenha sido possível se determinar quem morreu primeiro, conforme o laudo pericial
realizado. Deixaram apenas parentes colaterais de terceiro grau, notoriamente
conhecidos. Nesse caso,

a) Há que se presumir que foi o varão quem morreu primeiro, porque era pessoa já
um tanto alquebrada pelo peso da idade e, assim, somente os parentes da
mulher deverão ser os destinatários dos bens deixados pelas vítimas.

b) O juiz não pode admitir a comoriência no próprio inventário, embora a contar com
dados de fato disponíveis e seguros para tanto, porque a matéria deve ser
definida nas vias ordinárias, sem limitações.

c) Não tendo sido possível se determinar qual das vítimas faleceu antes da outra,
caberá, simplesmente, no tempo oportuno, declaração judicial de herança
jacente.

d) O juiz deverá declarar que, nas circunstâncias, não tendo sido possível se
determinar qual dentre os comorientes precedeu ao outro, não ocorrerá
transferência de direitos entre eles, de modo que cada falecido deixará a herança
aos próprios parentes.

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