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Aula 03

Direito Processual do Trabalho para TRT-MG (Analista Judiciário - Área Jud e Of Just
Avaliador)

Professor: Bruno Klippel


Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

2. MATÉRIA OBJETO DA AULA – TEORIA:

1. PRAZOS PROCESSUAIS;

Prazo é o tempo de que se dispõe para a prática de um determinado ato


processual. Trata-se de instituto extremamente importante em direito
processual, pois interligado ao princípio da preclusão, já estudado, que possui
como uma de suas espécies a preclusão temporal (art. 183 do CPC).

9.1. Classificação;

Diversas são as classificações em relação aos prazos processuais, levando em


consideração, por vezes, quem os determina, o fato de poderem ou não ser
alterados e o destinatário.

9.1.1. Legais, judiciais e convencionais;

Em relação à determinação dos prazos, estes podem ser legais, judiciais e


convencionais, se o criador for, respectivamente, a lei, o Juiz ou as partes
(mediante convenção).
A regra quanto à determinação dos prazos é que sejam legais, isto é, criados
pela lei. Por questão de segurança jurídica e visando a concretização do princípio
da isonomia, o legislador deve criar os prazos de que dispõem os sujeitos
processuais para a prática de atos no decorrer da marcha processual.
Ocorre que nem todas as situações processuais foram pensadas pelo legislador,
que não impôs o prazo para a prática de todos os atos processuais. Assim,
diante dessa impossibilidade, delegou ao Magistrado, no caso concreto, a
determinação do prazo que atenda à situação concreta, ou seja, um prazo
razoável para que se realize o ato. Surgem assim os prazos judiciais,
determinados in concreto, para a prática de determinado ato. Verifica-se que em
relação aos prazos legais, o legislador tratou de situações genéricas (recursos,
defesa, etc), ao passo que nos judiciais o ato é concreto.

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Geralmente nos prazos judiciais, o legislador afirma que o julgador determinará


a prática do ato em prazo razoável, que em duas demandas que tramitam
perante o mesmo rito e juízo, podem ser diferentes, tendo em vista a
complexidade da causa,
! A frase seguinte é extremamente utilizada nos concursos
públicos e foi extraída do art. 177 do CPC: “na ausência de
estipulação do prazo, o Juiz determinará a sua prática em
prazo razoável, conforme a complexidade da demanda”.
O art. 13 do CPC é um bom exemplo de prazo judicial, que pode ser utilizado
perfeitamente nos domínios do processo do trabalho, tendo em vista a
preocupação com economia e celeridade processuais.
Por fim, por representarem número bastante restrito, os prazos convencionais
são aqueles definidos por acordo (convenção) das partes. Nessas situações, os
litigantes possuem certa liberdade para definir os prazos processuais. Situação
típica encontra-se no art. 265, §3º do CPC, que prevê a suspensão do prazo por
convenção das partes, hipótese em que o prazo será por elas estipulado, tendo
por máximo 6 (seis) meses. Verifica-se que a liberdade na definição não é
absoluta, e sim, relativa, uma vez que o legislador limita a definição a um prazo
máximo. Situação diversa poderia impedir o Estado de exercer a sua função
constitucional de analisar e decidir conflitos.

9.1.2. Dilatórios e peremptórios;

A presente classificação leva em consideração a natureza dos prazos,


considerando-se dilatórios os prazos que podem sofrer alteração, alargamento,
ou seja, os prazos que admitem prorrogação pelo juiz quando solicitado pelas
partes, conforme art. 181 do CPC.
Contudo, em decorrência da marcha processual e do interesse do legislador em
proporcionar o andamento célere do processo, a maioria dos prazos processuais
é classificada como peremptório, estando intimamente associados ao instituto de
preclusão, que impede a prática do ato processual após o término do prazo
estipulado para o mesmo.
O prazo recursal é apenas um exemplo de prazo peremptório. Se o parte possui
8 (oito) dias para interpor recurso, ao término daquele 8º dia haverá preclusão,
com a conseqüente perda da possibilidade de manejo do recurso.

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A ocorrência de preclusão temporal encontra-se prevista no art. 183 do CPC, que


a prevê como regra que comporta exceção, sendo essa ligada à ocorrência de
justa causa. Nessa hipótese, a não realização do ato no prazo determinado
acarretará a relevação da pena, com fixação de novo prazo, a ser estipulado
pelo Magistrado.
! Justa causa é considerado pelo §1º do art. 183 do CPC como o
evento imprevisível, que trouxe conseqüências negativas à
parte e que não podia ser evitado.
Importante destacar que mesmo os prazos peremptórios podem,
excepcionalmente, ser prorrogados na hipótese do art. 182 do CPC, que trata
das comarcas com dificuldade de transporte e em havendo calamidade pública.

9.1.3. Impróprios e próprios;

A última classificação leva em consideração o destinatário da norma: sendo o


Estado, que atua por meio do Juiz, Ministério Público fiscal da lei, perito, dentre
outros, o prazo será considerado impróprio; se as partes, os prazos serão
próprios.
Se o Juiz possui 10 dias para decidir, de acordo com o art. 189, II do CPC,
deverá fazê-lo naquele prazo. Contudo, a desobediência não acarreta a perda da
possibilidade de atuar posteriormente, isto é, se não decidir no prazo legal,
poderá fazê-lo posteriormente. Em outras palavras, não haverá preclusão.
! Característica importante dos prazos impróprios é a ausência
de preclusão, já que o destinatário é o próprio Estado, através
do qual é exercida a função jurisdicional.
Já os prazos próprios são destinados às partes, que devem cumpri-los sob pena
de preclusão temporal (art. 183 do CPC). Se a lei fixa que o recurso ordinário
deve ser interposto em 8 (oito) dias, a parte deverá agir dentro do prazo
destacado, sob pena de não poder interpor mais o recurso, gerando o trânsito
em julgado por conseqüência. É importante lembrar que a preclusão temporal é
uma regra que possui por exceção a ocorrência de justa causa, que poderá
relevar a pena processual, permitindo a prática do ato processual mesmo que a
destempo.
! A parte deverá demonstrar ao Juiz a ocorrência de um evento
imprevisível, que o impediu de realizar o ato processual no

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prazo, como um acidente grave, sendo que o Magistrado, ao


reconhecer a justa causa, concederá à parte um prazo para a
prática de ato, que pode ser igual ou diferente do prazo
originário.
Por fim, o fato da parte não ter requerido a produção de determinado meio de
prova no momento oportuno, lhe gera preclusão e, consequentemente, perda
daquela possibilidade, salvo se o Magistrado, por meio de seus poderes
instrutórios (art. 130 do CPC), determinar de ofício a produção da prova. Não
poderá a parte insistir diante do indeferimento, já que houve preclusão.

9.1.4. Ausência de estipulação do prazo;

Já foi dito anteriormente que no silencio da lei, o Juiz determinará a prática de


ato em prazo razoável, isto é, determinado em um caso concreto, de acordo com
a complexidade do ato. Assim:

Ausência de estipulação legal Juiz determina prazo razoável

Mas o que ocorreria se o Julgador não fixasse o prazo de acordo com a


complexidade da causa? No silencio da lei e do Juiz, qual é o prazo de que
dispõe a parte para a prática do ato processual?

Ausência de estipulação do prazo pela lei

Ausência de estipulação do prazo pelo julgador

Aplica-se o art. 185 do CPC – Prazo automático de 5 (cinco) dias.

Nessa situação, adota-se o art. 185 do CPC, que afirma ser o prazo de 5 (cinco)
dias, uma vez que no silêncio do legislador e do julgador, as partes devem estar
atreladas à alguma regra sobre o prazo de que dispõem. Assim, se a parte for
intimada para “juntar aos autos o contrato social da reclamada”, como não há
prazo legal sobre a matéria e o juiz não fixou prazo concreto, o contrato social
deverá ser juntado aos autos dentro de 5 (cinco) dias.

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9.2. Prerrogativas de prazo;

Alguns entes possuem prerrogativas de prazos, o que significa dizer que o


legislador, por considerá-los diferentes (desiguais), criou normas diversas no
que toca aos prazos, concedendo prazos maiores em comparação aqueles
despossuídos de tais prerrogativas.
O primeiro destaque atinge as pessoas jurídicas de direito público, cujo prazo
para contestar é contado em quádruplo, assim como o prazo para recurso é em
dobro, segundo disposição contida no Decreto-Lei 779/69. Ao se mencionar
“pessoas jurídicas de direito público”, encontram-se incluídas na prerrogativa a
União, os Estados, Municípios, autarquias e fundações públicas, o que significa
dizer que as empresas públicas e sociedades de economia mista possuem os
mesmo prazos dos particulares.
! As empresas públicas e sociedades de economia mista estão
excluídas da regra em referência por possuírem personalidade
jurídica de direito privado, o que significa dizer que as normas
aplicáveis são aquelas previstas para as empresas privadas em
geral.
Mas o que significa dizer, na prática, que aqueles entes possuem prazo em
quádruplo para apresentar defesa? No processo do trabalho, como ainda será
estudado em profundidade, a defesa é apresentada em audiência, sendo que
esse ato será designado com intervalo mínimo de 5 (cinco) dias a contar do
recebimento de notificação, o que, em outras palavras, representa dizer que o
reclamado terá pelo menos 5 (cinco) dias para preparar a documentação e
defesa para apresentação em audiência. Para as pessoas jurídicas de direito
público, o prazo mínimo entre o recebimento da notificação e a realização da
audiência, momento em que poderá ser apresentada a defesa, deve ser de, no
mínimo, 20 (vinte) dias, isto é, o quádruplo se comparado aos particulares.
Ocorre que além das pessoas jurídicas de direito público, também o Ministério
Público possui a prerrogativa de prazo, por aplicação subsidiária do art. 188 do
CPC, seja quando atua como fiscal da lei ou como parte. Nos termos do
dispositivo do Código de Processo Civil, poderá o MP:
 Apresentar defesa em prazo quádruplo;
 Recorrer em prazo duplo – se o prazo recursal trabalhista é, em regra,
de 8 (oito) dias, para o Ministério Público, será de 16 (dezesseis) dias.

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! Importante destacar que a prerrogativa de prazo para recurso


das pessoas jurídicas de direito público e Ministério Público
não alcança o prazo para apresentação de contrarrazões, que é
sempre simples. A prerrogativa existe apenas quando aqueles
entes interpõem recurso e não quando respondem ao apelo.
Mais uma vez, considerando a importância da regra e os equívocos que podem
dela surgir, destaca-se a inaplicabilidade do art. 191 do CPC. Não há no processo
do trabalho a prerrogativa de prazo para os litisconsortes que possuem
diferentes procuradores, como há no processo civil. Na seara trabalhista,
independentemente dos litisconsortes estarem representados por iguais ou
diferentes procuradores, o prazo será sempre simples. Essa informação consta
na OJ nº 310 da SDI-1 do TST.

9.3. Regras sobre contagem de prazos;

Sobre o tema, é imprescindível diferenciar início do prazo e início da


contagem do prazo, considerados pelas Súmulas nº 1 e 262 do TST, nos
seguintes termos:
 Início do prazo: se dá com a ciência do ato a ser realizado, ou seja, com
o recebimento da notificação. Assim, se recebida aquela numa sexta-feira,
o início do prazo será naquele mesmo dia.
 Início da contagem do prazo: ocorrerá no primeiro dia útil seguinte ao
início do prazo. Assim, se o início do prazo ocorreu numa sexta-feira, o
início da contagem do prazo será na segunda-feira, caso dia útil,
prosseguindo-se na contagem do prazo até o último dia.
Como saber qual é o primeiro e o último dias de um prazo de 5 (cinco) dias para
a juntada de determinado documento? Ou o primeiro e último dias para a
interposição de um recurso? A memorização das seguintes regras impedirá a
ocorrência de qualquer falha na contagem dos referidos prazos:
 1ª regra: ao contar o prazo, será excluído o primeiro dia (início do
prazo, dia da ciência) e incluído o último, ou seja, o ato poderá ser
realizado até o ultimo momento do expediente forense do último dia.
Assim, se o último dia do prazo for uma terça, poderá ser utilizado aquele
dia em sua integralidade.

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! Sendo a parte intimada na sexta-feira, esse dia será excluído,


não sendo contado para fins do prazo processual.

 2ª regra: o primeiro e o último dias do prazo devem cair um dias


úteis, ou seja, não há início ou fim de prazo em dias não úteis, que são
aqueles em que não há expediente forense, tais como: sábados, domingos
e feriados, prorrogando-se o prazo para o primeiro dia útil seguinte.
! Sendo a parte intimada na sexta-feira, esse dia será excluído,
iniciando-se o prazo apenas na segunda-feira, caso seja dia
útil, já que sábado, domingos e feriados não há início de prazo.
! Se o prazo terminar em um sábado, domingo ou feriado, será
prorrogado para o próximo dia útil, já que o último dia deve ser
útil.

 3ª regra: considera-se dia não útil aquele que o expediente forense não
for completo, isto é, se o expediente terminar antes da hora normal, o
prazo será prorrogado para o próximo dia útil.
! Se por qualquer motivo não houver expediente forense
completo (suspeita de bomba, falta de luz, etc), o prazo será
prorrogado para o próximo dia útil, uma vez que a parte possui
direito a praticar o ato até o último minuto do último dia.

 4ª regra: caso o sábado, domingo ou feriado estiverem no curso do


prazo, ou seja, se o início da contagem do prazo se der antes desses dias,
eles serão normalmente incluídos na contagem, já que os referidos dias
tão somente não geram o início e término do prazo, mas são contados no
curso.
! Sendo intimada a parte na quinta-feira, esse dia será
excluído, iniciando-se a contagem na sexta-feira, se dia útil. O
sábado e o domingo serão contados normalmente, não
havendo qualquer suspensão ou interrupção do prazo em
decorrência da ausência de expediente forense.

 5ª regra: caso a intimação seja realizada no sábado ou outro dia sem


expediente forense, o prazo será contado da seguinte maneira:

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considerar-se-á intimada a parte no primeiro dia útil seguinte, excluindo-


se tal dia e iniciando-se a contagem no subseqüente, se útil. Essa regra
está disposta na Súmula nº 262 do TST, relacionada à intimação no
sábado.
! Sendo intimado no sábado, presumir-se-á intimado na
segunda-feira, iniciando-se a contagem na terça-feira. O aluno
deve ter atenção especial, pois a tendência é pensar que o
prazo possui início na segunda-feira, o que está errado, já que
inicia a contagem na terça-feira.

Ainda sobre a contagem dos prazos, é importante destacar dois aspectos


tratados pelo TST na Súmula nº 387, que especifica a forma de contagem do
prazo recursal quando o apelo é interposto por aparelho de fax (fac-símile).
O primeiro aspecto está explicitado no inciso II da súmula em estudo e analisa o
início do prazo de 5 (cinco) dias para o encaminhamento dos originais, sob pena
do apelo considerar-se inexistente. Assim, quando terá início o referido prazo? A
dúvida surgiu em decorrência da possibilidade do recorrente interpor o apelo
antes do término no prazo, ou seja, de forma antecipada. Se o recorrente
interpuser o recurso no 2º dia do prazo, no subseqüente já terá início o
qüinqüídio legal? A resposta é negativa, já que o TST firmou entendimento de
que a aquele somente terá início quando findo o prazo recursal,
independentemente de ter sido manejado antes ou no último dia.
! Assim, se interposto no 2º dia, o prazo de 5 (cinco) dia para a
remessa dos originais só terá início após o último dia do prazo
recursal, que na maioria dos recursos é de 8 (oito) dias.
A segunda questão, indispensável para a prática trabalhista, relaciona-se ao
início da contagem do prazo de 5 (cinco) dias para o encaminhamento dos
originais. Segundo o inciso III da Súmula nº 387 do TST, o primeiro dia desse
prazo pode ser útil ou não útil, ou seja, pode ter início em sábados, domingos e
feriados. Assim, se o último dia do prazo recursal foi sexta-feira, o primeiro dia
do qüinqüídio será no sábado, o segundo dia no domingo, assim
sucessivamente.
Lembre-se que a ausência de envio dos originais faz considerar-se inexistente o
ato processual realizado por fac-símile.

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Por fim, destaque para a regra contida na Súmula nº 385 do TST, que trata da
demonstração de feriado local ou de dia sem expediente forense, quando da
interposição do recurso.
Segundo a regra em estudo, se houver algum feriado local (municipal e
estadual) que interfira na contagem do prazo recursal, em seu início ou término,
esse deverá ser comprovado nos autos, para que o juízo de admissibilidade seja
realizado corretamente, de forma a que o TRT e TST tenham possibilidade de
aferir corretamente a tempestividade do apelo. Na ausência de qualquer
comprovação, serão levados em consideração apenas os feriados nacionais, de
conhecimento público, o que pode levar os juízos a quo e ad quem a entender
pela intempestividade, criando sérios prejuízos ao recorrente, mas que deverão
ser suportados pelo mesmo, já que era seu ônus demonstrar qualquer anomalia
na contagem do prazo ocasionada por feriado local.

2. NULIDADES;
2.1. Princípios relacionados às nulidades;

 Princípio da Instrumentalidade das formas: previsto nos artigos 154


e 244 do CPC, também é denominado de princípio da finalidade, pois
demonstra claramente que atingir a finalidade do ato processual é mais
importante do que simplesmente seguir-se a forma imposta por lei. Em
outras palavras, se a finalidade for atingida mesmo com desrespeito à
forma, o ato é válido. Assim, mesmo que a citação não seja entregue ao
real destinatário no endereço correto, se esse souber da demanda judicial
e vier aos autos, apresentando defesa, a ausência de prejuízo fará com
que o ato seja válido. O termo “finalidade” é a palavra-chave do
princípio.
 Princípio da Transcendência ou prejuízo: disposto no art. 794 da CLT,
o princípio aduz que somente haverá nulidade se do vício decorrer
prejuízo. Isto porque do conceito de nulidade extrai-se a seguinte
formula: nulidade = erro de forma + prejuízo. Se não houver prejuízo
para aquele que é beneficiado pelo ato, não há razão para repetir-se a
prática daquele, uma vez que a formalidade existe para proteger e, por
isso, evitar prejuízos decorrentes de sua violação.

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 Princípio da preclusão ou convalidação: conforme já estudado em


tópico próprio, preclusão é a perda da possibilidade de realizar-se um ato
processual e são 3 (três) as espécies: temporal, lógica e consumativa. O
princípio da preclusão ou convalidação é aplicável às nulidade relativas,
que são aquelas que devem ser alegadas pelas partes em momentos
oportunos, sob pena de não se poder mencioná-las no processo. Exemplo
clássico é a incompetência relativa, por exemplo, territorial, que deve ser
alegada no momento da defesa, por meio de exceção de incompetência. A
não apresentação daquela peça de defesa, por conveniência ou
esquecimento, impede a futura discussão acerca do vício, já que houve
preclusão e, portanto, perda da possibilidade de alegação futura.
 Princípio da economia processual: o primado da economia processual
foi levado em consideração pelo legislador trabalhista ao redigir os artigos
796, a e 797 da CLT, que em síntese demonstram que a nulidade do ato
processual somente deve ser declarada como última opção, quando não
for possível suprir a sua falta ou repetir-se o ato. Da mesma forma,
quando se for declarar a nulidade de um ato processual, deve-se atentar
para a regra acerca do aproveitamento dos atos processuais, descrita no
art. 249 do CPC, já que a nulidade de um ato processual pode acarretar
ou não a nulidade dos demais, devendo o Poder Judiciário declarar
aqueles que são atingidos pela nulidade.
 Princípio da utilidade: também denominado de princípio da causalidade
ou interdependência, encontra previsão no art. 798 da CLT e 248 do CPC
e, em síntese, demonstra que os atos processuais são concatenados, mas
que, em certas situações, a nulidade de um não prejudica os demais,
posteriores ao viciado. O dispositivo celetista diz que “a nulidade do ato
não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam
conseqüência”. Assim, os atos posteriores, por serem independentes,
serão preservados, podendo ocorrer ainda de um mesmo ato complexo
ser anulado apenas em parte.
 Princípio do interesse: trata-se de reflexo do adágio “ninguém poderá
se valer da própria torpeza”, ou seja, aquele que realizou a conduta capaz
de gerar a nulidade, não pode arguí-la para benefício próprio. Tratado no
art. 796, b da CLT, diz que a nulidade ao será pronunciada quando
argüida por quem lhe tiver dado causa.

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2.2. Espécies de nulidades;

As nulidades processuais são penalidades impostas àquele que descumpre a


formalidade prevista para determinado ato processual. A inobservância das
regras impostas retira do ato jurídico processual os efeitos que lhe são
inerentes, isto é, priva aquele ato processual dos seus efeitos jurídicos.
Verifica-se sempre, ao se analisar o tema nulidades, a ocorrência de uma
irregularidade, que pode ser em grau maior ou menor, a depender do interesse
tutelado (privado ou público).
Parte-se, a partir de agora, para a análise das diversas espécies de nulidades,
partindo-se do menor para o maior grau, isto é, das irregularidades, que não
geram conseqüências processuais negativas para o processo, até chegar à
inexistência, pior espécie de nulidade, que fulmina totalmente o ato processual,
ceifando-o de qualquer efeito.

2.2.1. Irregularidades:

Trata-se da mais simples forma de nulidade, pois são vícios que não impedem
que o ato processual produza efeitos. Podem ser ignorados ou reconhecidos de
ofício pelo Magistrado, ou mediante requerimento das partes.
! Reconhece-se uma irregularidade quando é verificado um
vício de forma, mas que não traz qualquer conseqüência
negativa. Um despacho está a lápis ou uma folha não está
numerada nos autos. Isso não retira do processo a sua força
vinculante, não impede que o Estado atue de forma a dizer o
direito material.
Outra hipótese é o descumprimento dos prazos para a prática de atos pelo Juiz
ou Servidor. Se a sentença não for proferida em 10 (dez) dias, de acordo com o
art. 190 do CPC, poderá ser proferida posteriormente? Produzirá os seus efeitos
normalmente? As respostas são positivas.
Como já dito, as irregularidades podem ser simplesmente ignoradas, por não
produzirem efeitos negativos, ou corrigidas de ofício pelo Juiz ou a requerimento
simples por qualquer das partes ou interessados.

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Por fim, como exemplo de irregularidades, tem-se o art. 833 da CLT e 463 do
CPC, que tratam dos erros materiais existentes na sentença e que podem ser
corrigidos pelas formas acima descritas.

2.2.2. Nulidade relativa;

Também conhecida por anulabilidade, ocorre quando o desrespeito à forma


atinge norma jurídica de interesse privado, ou seja, de interesse das partes. O
prejudicado com a nulidade não é o Estado, e sim, as partes, razão pela qual
somente essas podem alegar o vício, não podendo ser reconhecido de ofício pelo
Juiz.
Além disso, não sendo alegada pela parte prejudicada no primeiro momento (no
momento adequado), restará preclusa, ou seja, tornar-se-á sanada, não sendo
lícita a alegação posterior. Nesse ponto, aplica-se o princípio da preclusão, que
impede a rediscussão posterior da questão.
! Pelos motivos expostos, a nulidade relativa é considerada um
vício sanável.
Exemplo típico dessa espécie de vício é a incompetência relativa, que afeta os
interesses das partes (e não do Estado), sendo que a Súmula nº 33 do STJ
impede o conhecimento do vício de ofício pelo Magistrado. Caso o réu não alegue
a questão no momento adequado (defesa), por meio da peça correta (exceção
de incompetência), o processo continuará a tramitar no juízo antes
incompetente, uma vez que a partir da incidência do princípio da preclusão, o
juízo incompetente tornou-se competente, instituto denominado prorrogação de
competência.

2.2.3. Nulidade absoluta;

Diferentemente do que dito no item anterior, sobre a nulidade relativa, a


nulidade absoluta afeta diretamente norma de ordem pública, ou seja, de
interesse do Estado, e que por isso pode ser reconhecida pelo Juiz de ofício, ou
mediante requerimento da parte.
! A violação às matérias de ordem pública pode ser conhecida a
qualquer tempo, pois não incide o princípio da preclusão sobre

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as mesmas, tendo em vista o interesse público em sua


preservação.
As nulidades absolutas também são conhecidas por objeções processuais, de
maneira a diferenciá-las das exceções, que dizem respeito às nulidades
relativas.
A violação às normas de competência relativa é considerada como nulidade
relativa, ao passo que o desrespeito às normas de competência absoluta
(critérios absolutos – pessoal, material, hierárquico e funcional) acarretara a
nulidade absoluta, já que o Estado criou os referidos critérios em benefício
próprio.
Sendo matérias de ordem pública, podem ser reconhecidas a qualquer tempo e
grau de jurisdição (com exceção aos recursos extraordinários, que demandam
prequestionamento), pelo Juiz de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes, assim como em qualquer momento, mesmo depois do trânsito em
julgado, hipótese em que pode ser utilizada a ação rescisória (art. 485 do CPC).
O art. 113 do CPC ilustra bem o que foi dito, já que afirma que a incompetência
absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e
grau de jurisdição, independentemente de exceção.
Importante apenas relembrar o disposto no §2º do referido dispositivo legal,
pois diz que apenas os atos decisórios serão nulos, quando reconhecida a
incompetência absoluta, preservando-se os demais, o que vai ao encontro do
princípio da economia processual.
! Somente os atos decisórios são anulados. Os demais são
preservados.

2.2.4. Inexistência;

Como já dito, o sistema de nulidades retira a produção de efeitos jurídicos do


ato viciado. Na irregularidade, o ato produz os seus efeitos normalmente, já que
ínfimo o vício. Na nulidade relativa, produz os seus efeitos até que a nulidade
seja argüida pelas partes, produzindo normalmente aqueles se a parte
prejudicada não arguí-lo no tempo e modo devidos. Na nulidade absoluta, o ato
viciado também produzirá os efeitos até que seja declarado nulo.
Na inexistência, espécie mais grave de nulidade processual, a ato sequer existe
para o mundo jurídico, não sendo passível de produção de qualquer efeito.

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Afirma-se que o ato processual sequer nasce. Assim, não pode produzir qualquer
efeito legal. Como exemplos correntes na doutrina, têm-se: sentença sem
assinatura do Juiz e ato praticado por advogado sem procuração e que não foi
ratificado no prazo a que alude o art. 37 do CPC. Também pode ser citado o ato
praticado por fac-símile (Lei nº 9.800/99), sem o devido encaminhamento no
prazo de 5 (cinco) dias dos originais.
! O vício não pode ser sanado, sendo o ato simplesmente
desconsiderado para qualquer fim, haja visto não produzir
efeitos jurídicos.

3. PETIÇÃO INICIAL;

Já se afirmou que o Estado é inerte, necessitando da provocação da parte


interessada para atuar, conforme artigos 2º e 262 do CPC. Para retirar o Estado
de sua inércia, exerce-se o direito de ação através da apresentação da petição
inicial.
A petição inicial trabalhista possui diversas particularidades, dentre elas o fato
de poder ser apresentada oralmente. No processo civil, tal possibilidade somente
se dá em sede de juizados especiais, de acordo com a Lei n. 9099/95.
Em sede trabalhista, a apresentação oral, disposta no art. 840 da CLT decorre do
princípio da proteção, já que o acesso ao Poder Judiciário deve ser privilegiado,
mesmo para aqueles que não sabem escrever (lembre-se que o jus postulandi
permite o ajuizamento da demanda sem Advogado).
Ao ser ajuizada a demanda trabalhista oral, seguir-se-á à sua redução a termo,
por servidor da Justiça do Trabalho, após a distribuição.
! Atenção: a petição inicial oral será primeiramente distribuída
para depois ser reduzida a termo.
Alguns aspectos importantes sobre a petição inicial oral devem ser destacados:
 Dissídio coletivo: Os dissídios coletivos, de acordo com o art. 856 da
CLT, não podem ser ajuizados por petição inicial oral.
 O inquérito para apuração de falta grave, conforme disciplina o art.
853 da CLT, somente pode ser ajuizado por escrito.
 Perempção: a ausência ao ato de redução a termo da petição inicial oral
importa em perempção, de acordo com o art. 731 da CLT. A pena surge
com uma única ausência.

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Outra característica importante, que sempre deve ser destacada, é a


desnecessidade de ser firmada por Advogado, já que ainda vige no processo do
trabalho o jus postulandi., nos termos do art. 791 da CLT, com as restrições
impostas pela Súmula n. 425 do TST.
! Nos termos da Súmula nº 425 do TST, não se aplica o jus
postulandi na ação rescisão, mandado de segurança, ação
cautelar e recursos para o TST.

3.1. Requisitos legais;

No tocante aos requisitos para a petição inicial, dúvidas surgem em virtude da


possível aplicação subsidiária do art. 282 do CPC, além do fato de na prática o
Advogado sempre se espelhar no artigo do Código de Processo Civil, em
detrimento do art. 840 da CLT, que regulamenta a matéria sem, contudo, fazer
menção a diversos requisitos ordinariamente utilizados.
A redação do dispositivo celetista é bastante simplória, não fazendo menção a
diversos requisitos, tais como fundamentos jurídicos, pedido de notificação do
reclamado, valor da causa e provas. Nos termos do preceito legal, “Sendo
escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do
juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado,
uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a
assinatura do reclamante ou de seu representante”.
Serão analisados, um a um, os requisitos faltantes à luz da CLT, de forma a
avaliar-se a necessidade ou não de aplicação dos preceitos do CPC.

 Fundamentos jurídicos: apesar do art. 840 da CLT mencionar apenas os


fatos que embasam o pedido, entende-se pela necessidade de
demonstração também dos fundamentos jurídicos, isto é, da violação à
norma ocasionada pelo réu, a embasar os pedidos formulados na inicial.
! Não se pode confundir fundamento jurídico com fundamento
legal, já que este último é a indicação do artigo de lei tido por
violado. Não há necessidade dessa indicação, pois o Juiz
conhece o direito (iura novit curia), salvo nas exceções do art.
337 do CPC.

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 Pedido de notificação do reclamado: não há necessidade de pedido de


notificação (citação) do reclamado (réu), por tratar-se de ato automático,
realizado pelo escrivão ou chefe de secretaria, isto é, independe de pedido
da parte, como no processo civil. Além disso, não é o Juiz do Trabalho que
determina a notificação, já que aquela, como já afirmado, é automática.
 Valor da causa: nesse item residem dúvidas na doutrina e na
jurisprudência, já que parte defende a aplicação do Art. 2º da Lei n.
5584/70, que afirma a possibilidade do juiz determinar de ofício o valor da
causa, bem como parte advoga a tese de que após a Lei n. 9957/2000,
que criou o rito sumaríssimo, o valor da causa é obrigatório.
! Adotar o entendimento de que o valor da causa é obrigatório
atualmente apenas no rito sumaríssimo, já que a lei assim
disciplina (art. 852-B, I da CLT). Nos demais ritos, é melhor
seguir a idéia de que o valor da causa é dispensável. Apesar de
entendimentos contrários, para concursos é melhor seguir essa
tese.
 Provas: no que toca ao pedido de produção de provas, também não se
mostra necessário, pois as provas serão produzidas em audiência, sendo
que as testemunhas são levadas àquele ato sem necessidade de
intimação, nos termos do art. 825 da CLT, bem como eventual perícia
será deferida em audiência, mesmo de ofício pelo Magistrado, conforme
art. 130 do CPC, que trata dos poderes instrutórios do Juiz.

Analisando o art. 840 da CLT, são requisitos da petição inicial trabalhista: 1.


Indicação da autoridade competente; 2. Qualificação das partes; 3. Breve
exposição dos fatos de que resulte o dissídio; 4. Pedido; 5. Data e assinatura do
subscritor.
Em relação ao item “1. Indicação da autoridade competente”, trata-se de
requisito indispensável, pois informa o juízo competente, isto é, o órgão
jurisdicional com atribuição legal para julgar aquela demanda, devendo-se seguir
as regras dispostas no art. 651 da CLT.
Já o item “2. Qualificação das partes”, mostra-se de extrema importância, pois
nele são informados os nomes, profissão, estado civil e endereço do reclamante
e reclamado, servindo para individualizar as partes, ou seja, fixar os limites
subjetivos da lide, permitindo a realização dos atos processuais de maneira

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correta, sem equívocos. Além disso, a indicação correta do endereço do


reclamado, para o procedimento sumaríssimo, é essencial para que a petição
inicial não seja indeferida.
Por sua vez, o item “3. Breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio” é
imprescindível pois a causa de pedir deve ser exposta pelo autor, ou seja, deve
aquele demonstrar qual é o objeto do litígio e de fatos o mesmo se origina,
permitindo ao Juiz a verificação de eventual ferimento a direito e proporcionando
o contraditório e ampla defesa para o reclamado.
Ainda, em relação ao item “4. Pedidos”, estes vinculam a atividade do
Magistrado, de acordo com o princípio da congruência ou correlação, de maneira
a guiar o julgador quando de sua decisão, já que não pode conceder algo que
não foi pedido ou em quantidade superiora ao que se solicitou, sob pena da
decisão ser eivada de vícios (extra petita, ultra petita e citra petita).
Por fim, o ítem “6. Data e assinatura do subscritor” mostra-se importante para
verificar a regularidade de representação, apesar de permitir-se o mandato
tácito (Art. 791, §3º da CLT e Súmula 164 TST).

3.2. Indeferimento;

Duas são as posições doutrinárias e jurisprudenciais sobre o indeferimento da


petição inicial. Corrente majoritária destaca que a petição inicial trabalhista
somente deve ser indeferida quando não for possível a sua emenda, conforme
Súmula n. 263 do TST. Tal entendimento também decorre do princípio da
proteção, já que o acesso ao Poder Judiciário deve ser privilegiado através da
aplicação do art. 284 do CPC, que determina a emenda da petição inicial quando
faltar algum pressuposto legal.
Além disso, a restrição ao indeferimento também possui relação com o fato do
art. 840, §1º da CLT prever apenas alguns requisitos de forma para a petição
inicial. Nos termos do preceito celetista, “Sendo escrita, a reclamação deverá
conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for
dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos
fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou
de seu representante”.
Contudo, se ausentes os requisitos mínimos exigidos por lei ou havendo algum
vício que não seja passível de correção, previstos no art. 295 do CPC, deverá o

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Magistrado proferir sentença extinguindo o processo, com ou sem resolução do


mérito, conforme art. 269 e 267 do CPC.
! Na hipótese do art. 295, IV do CPC, em que o Magistrado
reconhece a prescrição ou decadência, a sentença extinguirá o
processo com resolução do mérito. Nas demais hipóteses, o
processo será extinto sem resolução do mérito.
! O indeferimento da petição inicial poderá ocorrer na própria
audiência, já que pelo procedimento imposto pela CLT, o
Magistrado dificilmente possui contato com os autos antes
daquele ato processual.
Não se pode confundir o indeferimento da petição inicial com a improcedência
liminar prevista no art. 285-A do CPC, hipótese na qual o Magistrado julga
improcedente o mérito da demanda, da maneira idêntica a outras situações já
analisadas pelo Poder Judiciário, se presentes os requisitos legais que serão
estudados oportunamente.
No que concerne ao rito sumaríssimo, destaque para o art. 852-B § 1º da CLT,
pois elenca situação específica de indeferimento da inicial naquele rito. Nos
termos celetistas, a petição inicial do rito sumaríssimo deve observar regras
próprias, a saber: 1. O pedido deve ser certo e determinado e indicar o valor,
isto é, não pode ser genérico, uma vez que nesse procedimento não há
liquidação da sentença; 2. O nome e endereço do reclamado devem ser
expostos corretamente, pois não é realizada a notificação por edital.
Não sendo cumpridas tais regras, a petição inicial será arquivada, ou seja,
extinta sem resolução do mérito, não sendo possível, conforme dicção do §1º do
art. 852-B da CLT, a emenda para correção do vício.
! Segundo dispõe a CLT, não cabe emenda da petição inicial
caso não seja fornecido o valor correspondendo aos pedidos,
bem como se o endereço fornecido ou o nome estiver errado ou
for insuficiente.

3.2.1. Recurso cabível;

Sendo indeferida a petição inicial, da sentença caberá o recurso ordinário, nos


termos do art. 895, I da CLT, com as peculiaridades impostas pela aplicação do
art. 296 do CPC. Conforme o dispositivo do Código de Processo Civil, duas são as

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peculiaridades do recurso interposto em face da sentença que indefere a petição


inicial:
 1ª: poderá o Magistrado retratar-se da sentença, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, excepcionando o art. 463 do CPC, que alerta que
o Juiz não poderá, em regra, depois de publicada a sentença, alterá-la,
salvo de for para corrigir inexatidões materiais e erros de cálculo, mesmo
que ofício, ou por meio do recurso de embargos de declaração, já que
julgado pelo mesmo Juiz.
! Não se pode confundir tal situação com aquela prevista no
art. 285-A do CPC, na qual a retratação poderá ocorrer no
prazo de 5 (cinco) dias.
 2ª: Não havendo retratação pelo Magistrado, os autos serão remetidos
imediatamente ao Tribunal competente, sendo que o termo
imediatamente significa sem contrarrazões, isto é, o recorrido não será
intimado para apresentá-las.
A despeito das peculiaridades, o julgamento do recurso ordinário seguirá as
mesmas regras das demais hipóteses, a serem estudadas em tópico próprio.

3.3. Emenda;

Pode-se afirmar que a emenda da petição inicial sempre será a primeira opção
no processo do trabalho, quando a peça de ingresso contiver algum vício. Isso
significa dizer que, antes de indeferir aquela peça, arquivando o feito, deve o
Magistrado determinar prazo para que o autor a complete, conforme dicção do
art. 284 do CPC.
Alguns aspectos de relevo sobre o tema devem ser tratados:
 Obrigatoriedade da emenda: interpretação literal do disposto no art.
284 do CPC nos conduz à conclusão de que o Magistrado deve intimar o
autor para emendar a petição inicial, já que o legislador afirmar que
aquele determinará que o autor a emenda ou complete. Tal idéia está
totalmente de acordo com os princípios da celeridade e economia
processuais, razão pela qual se mostra como norma de ordem pública.

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 Prazo: o prazo para o autor emendar a petição inicial é de 10 (dez) dias,


contados de sua intimação, seguindo-se a regra do art. 184 do CPC, que
determina a exclusão do primeiro dia e inclusão do ultimo.
 Consequência da inércia do autor: caso o autor, intimado para
emendar, não o faça no prazo legal, sua petição inicial será indeferida,
com a conseqüente extinção do processo sem resolução do mérito,
podendo ainda ser condenada ao pagamento das custas processuais,
salvo de beneficiária da justiça gratuita.
 Situações reconhecidas pelo TST em súmulas: duas são as súmulas
que tratam do assunto, a saber:
o Súmula 263: destaca, de forma genérica, que o indeferimento da
petição inicial somente é possível após a intimação do autor para
emendá-la, caso aquele seja inerte. Óbvio que não se aplica nas
situações enquadradas no art. 295 do CPC, pois aquelas presumem
a impossibilidade de correção do vício.
o Súmula 299: Trata da emenda da petição inicial da ação
rescisória, destacando em seu inciso II que a ausência da certidão
do trânsito em julgado pode ser suprida por meio de emenda, bem
como outro documento indispensável.
! A juntada posterior da certidão do trânsito em julgado é
posterior, se realizada no prazo de emenda da petição inicial.
Contudo, o trânsito em julgado da decisão rescindenda deve
ter ocorrido antes do ajuizamento da ação rescisória, pois o
TST não permite a rescisória preventiva.
 Hipóteses em que não é possível a emenda: a jurisprudência
sumulada do TST já definiu por meio do verbete n. 415, a impossibilidade
de ser determinada a emenda da petição inicial no mandado de
segurança, para juntada posterior de documentos, já que é exigida prova
pré-constituída. Se faltar algum documento é porque não está preenchida
a condição da ação interesse processual adequação (direito líquido e
certo), razão pela qual a demanda deve ser extinta sem resolução do
mérito.

3.4. Aditamento;

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A matéria já foi analisada quando do estudo do princípio da inalterabilidade da


demanda, que permite sejam realizadas algumas alterações na petição inicial,
após o ajuizamento da demanda, desde que respeitados alguns requisitos.
Sobre o tema, os artigos 264 e 294 do CPC são aplicados, destacando, em
síntese, que:
 O aditamento da petição inicial é possível na audiência, antes da
apresentação da defesa do réu, sem a necessidade de seu consentimento.
 Após a apresentação da defesa, o aditamento ainda é possível, desde que
o reclamado consinta.
 Ultrapassado o momento da defesa, isto é, ingressando o feito na fase
instrutória, nenhuma alteração pode ser realizada, mesmo com o
consentimento do réu.
! Não confundir com as regras do processo civil, que em síntese
são as seguintes: 1. Até a citação é possível o aditamento sem
necessidade de consentimento; 2. Após a citação e até o
saneamento é possível o aditamento, desde que o réu consinta;
3. Após o saneamento é impossível o aditamento, mesmo com
o consentimento do réu.

3.5. Improcedência liminar – art. 285-A do CPC;

A lei n. 11.277/06 introduziu no Código de Processo Civil um importante instituto


denominado improcedência liminar, também chamado de improcedência prima
facie, já que a idéia pensada pelo legislador foi oportunizar ao Poder Judiciário o
julgamento imediato de questões repetitivas, nas quais já se sabe inexistir
direito ao direito.
Assim, um primeiro ponto a ser destacado é a conclusão a que o Magistrado
pode chegar ao se utilizar desse instituto: a sentença deve ser de total
improcedência.
Assim, não há qualquer violação ao princípio do contraditório, pois mesmo não
sendo citado, o réu não é prejudicado, haja vista não haver qualquer
condenação.

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! A nulidade somente existe quando há vício de forma e


prejuízo. Nessa hipótese, não há qualquer prejuízo ao réu.
Muito pelo contrário, pois é beneficiado pela sentença (de total
improcedência) sem “ser incomodado”!
Para que o instituto possa ser aplicado, alguns requisitos devem estar presentes,
a saber:
 A matéria em discussão deve ser unicamente de direito, ou seja, não deve
haver fatos a serem analisados pelo Magistrado;
 A matéria já deve ter sido analisada outras vezes pelo Poder Judiciário,
concluindo pela total improcedência dos pedidos formulados pelo autor.
Importante que se diga que o Juiz não é obrigado a dispensar a citação e
proferir sentença desde logo, pois o dispositivo afirma que poderá ser
dispensada a citação. Na dúvida, não se deve aplicar o dispositivo, já que a
única conclusão que pode surgir na sentença é a total improcedência. Além
disso, o dispositivo pode ser aplicado também nos tribunais, em ações de sua
competência originária, tais como mandados de segurança e ações rescisórias,
não havendo razão para reduzir a sua aplicação apenas ao primeiro grau de
jurisdição.
É claro que a aplicação do dispositivo pode ser dificultada pela sistemática do
direito processual do trabalho, no qual a notificação do réu é automática, mas
poderá o Magistrado, se tiver acesso aos autos antes da audiência, aplicá-lo ou
mesmo no início da audiência, após a primeira tentativa de conciliação, proferir
desde logo sentença de total improcedência.

3. QUESTÕES COMENTADAS SOBRE O TEMA:

1 - Q280527 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do


Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; )
Em relação aos prazos no processo do trabalho, é entendimento
jurisprudencial dominante:
a) Os prazos contam-se com inclusão do dia do começo e inclusão do dia
do vencimento.
b) Os prazos que se vencerem em sábado ou domingo, terminarão na
segunda-feira seguinte.

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c) Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará na


segunda-feira imediata, e a contagem, na terça-feira.
d) O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal
Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais.
e) Não se aplica o prazo em dobro para a interposição de embargos
declaratórios por pessoa jurídica de direito público.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmativa acerca da suspensão dos
prazos recursais no recesso forense e férias coletivas do Ministros do TST, está
de acordo com o inciso II da Súmula nº 262 do TST, a seguir transcrito:

“O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal


Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os
prazos recursais”.

Letra “A”: errada, pois os prazos são contados com a exclusão do primeiro dia e
inclusão do último.
Letra “B”: errada, pois o prazo é prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, e
não, na segunda-feira seguinte, pois se esse dia não for útil, será novamente
prorrogado.
Letra “C”: errada, pois não se pode falar em segunda e terça-feira, e sim, em dia
subsequente. Realizada a notificação no sábado, a intimação será
presumidamente realizada no dia útil seguinte e o início da contagem no
subsequente, conforme Súmula nº 262 do TST.
Letra “E”: errada, pois o DL 779/69 diz em prazo em dobro para a interposição
de recursos, inclusive os embargos de declaração.

2 - Q288774 ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito


Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; )
O seguinte comando do Código de Processo Civil é considerado
INCOMPATÍVEL com o Processo do Trabalho, de acordo com entendimento
sumulado pelo TST:
a) Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei.

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Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a


complexidade da causa.
b) Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser lhes ão
contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo
geral, para falar nos autos.
c) Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o
dia do começo e incluindo o do vencimento.
d) Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco)
dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
e) Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração
judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar
que não o realizou por justa causa.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A aplicação do art. 191 do CPC, que
trata da dobra do prazo quando os litisconsortes tiverem diferentes
procuradores, é incompatível com o processo do trabalho, conforme OJ nº 310
da SDI-1 do TST, uma vez que viola o princípio da celeridade processual.
Transcreve-se a OJ, uma vez que muitas vezes é exigida nos concursos
trabalhistas:

“A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do


trabalho, em decorrência da sua incompatibilidade com o
princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista”.

Letra “A”: essa regra, descrita no art. 177 do CPC, é compatível com o processo
do trabalho. Caso a lei seja omissa, o Juiz fixará o prazo. Sendo omisso o juiz, o
prazo será de 5 dias, conforme art. 185 do CPC.
Letra “C”: tal regra é compatível com o processo do trabalho, pois tanto no
processo civil, quanto no trabalhista, a regra de contagem do prazo é a mesma,
ou seja, haverá a exclusão do primeiro dia e inclusão do último.
Letra “D”: perfeito, nos termos do art. 185 do CPC.
Letra “E”: o art. 183 do CPC, que trata da preclusão temporal, é compatível com
o processo do trabalho.

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3 - Q249303 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; )
Os prazos
a) peremptórios decorrem de normas que permitem à parte dele dispor
para a prática de determinado ato.
b) peremptórios, em regra, podem ser objeto de convenção.
c) convencionais, em regra, não são dilatórios.
d) dilatórios podem ter a prorrogação autorizada pelo juiz a qualquer
momento.
e) dilatórios decorrem de normas de natureza dispositiva.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Os prazos dilatórios realmente
decorrem de normas de natureza dispositiva, pois podem ser alterados por
vontade das partes. Os prazos peremptórios decorrem de normas de ordem
pública, em que há o interesse do Estado, não sendo possível a sua alteração
por vontade das partes. Os prazos convencionais, como aquele previsto no art.
265 do CPC, que trata da suspensão do processo, são em regra dilatórios,
podendo ser alterados por vontade das partes. Vale a pena transcrever os
artigos 181 e 182 do CPC, que tratam da matéria:
“Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou
prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia
se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em
motivo legítimo. § 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo
da prorrogação. § 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da
parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo,
reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas
comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer
prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. Parágrafo
único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o
limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos”.

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4 - Q249306 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; Dissídios Individuais; )
Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual
trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em
súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado
o reclamado para comparecer em audiência que será a primeira
desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações,
ainda que se trate de empregados da mesma empresa, sem a
participação da entidade sindical.
c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no
processo trabalhista, com o advento das novas competências, como por
exemplo, as indenizações por danos morais e por acidente do trabalho e
as responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação
trabalhista verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa
previsão legal, deve enviar os autos imediatamente ao juiz para
realização do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o
seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui
ônus de prova do destinatário.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. O recebimento da notificação pelo
reclamado está de acordo com a Súmula nº 16 do TST, que presume o
recebimento daquela na prazo de 48h, sendo um presunção relativa. A mesma
Súmula afirma ser ônus do destinatário a prova do não recebimento ou do
recebimento posterior àquele prazo. Nos termos do entendimento sumulado,
temos:

“Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas


depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega

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após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do


destinatário”.

Letra “A”: errado, pois em desconformidade com o art. 841 da CLT. Houve a
inversão dos prazos. A remessa é feita em 48h, para a audiência em, pelo
menos, 5 dias.
Letra “B”: errado, pois contraria o art. 842 da CLT, que não fala em participação
do sindicato.
Letra “C”: errado, pois a petição trabalhista verbal continua sendo compatível
com o processo do trabalho, conforme art. 840 da CLT.
Letra “D”: errado, pois não há juízo de admissibilidade da petição inicial. Deve
ser realizada a notificação do reclamado pelo Secretaria da Vara do Trabalho.

5 - Q113387 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; )
Maria, advogada da empresa Rural, foi intimada pelo Diário Oficial
Eletrônico para cumprir determinação de magistrado em cinco dias.
Porém, Maria está com dúvidas a respeito da contagem do prazo
processual indagando João, seu colega de trabalho, a respeito da
respectiva contagem. João deverá responder que os prazos processuais
a) são, em qualquer hipótese, contínuos, irreleváveis e improrrogáveis,
por expressa determinação legal.
b) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do
vencimento, e são contínuos e releváveis.
c) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do
vencimento, e são contínuos e irreleváveis.
d) que terminarem aos sábados ou domingos vencerão antecipadamente
na primeira sexta-feira antecedente.
e) contam-se com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do
vencimento, e são contínuos e irreleváveis.

COMENTÁRIOS:

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A contagem dos prazos processuais


será realizada conforme previsão do art. 775 da CLT, a seguir transcrito, diante
de sua importância:

“Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do


dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos
e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo
estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de
força maior, devidamente comprovada“.

Como as demais alternativas tratam do mesmo assunto, não precisam


ser analisadas em separado.

6 - Q213532 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; )
De acordo com a CLT, em regra, os atos processuais praticados no
Processo Trabalhista serão
a) sempre públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 às 18 horas.
b) públicos salvo quando as partes estabelecerem o contrário e realizar-
se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.
c) públicos salvo quando o contrário determinar o juiz e realizar-se-ão
nos dias úteis das 6 às 18 horas.
d) públicos salvo quando envolver pessoa pública de notoriedade social e
a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, independente
de autorização expressa do juiz.
e) públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social e
realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A prática dos atos processuais segue a
regra do art. 770 da CLT, a seguir transcrito:

“Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário


determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

6 (seis) às 20 (vinte) horas. Parágrafo único - A penhora poderá


realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização
expressa do juiz ou presidente”.

Percebe-se que os atos são públicos e realizados nos horários descritos na


alternativa “E” da FCC.

Letra “A”: errado, pois não são sempre públicos, podendo haver restrição da
publicidade, sendo realizados das 6h às 20h.
Letra “B”: errado, pois a restrição à liberdade não decorre da vontade das
partes, e sim, do interesse social.
Letra “C”: errado, pois quem determina a restrição à publicidade é o interesse
social e não a vontade do Juiz. Além disso, serão os atos realizados das 6h às
20h.
Letra “D”: errado, pois é o interesse social que justifica a restrição da
publicidade, bem como a penhora somente é realizada em domingos e feriados
com autorização do Juiz.

7 - Q202488 ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito


Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Nulidades; )
É INCORRETO afirmar que
a) os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário
determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20
horas.
b) as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das
partes, as quais deverão ser arguidas somente em razões recursais.
c) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá
nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
d) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador
nomeado em juízo.
e) na Justiça do Trabalho, o não comparecimento do reclamante à

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

audiência inicial importa o arquivamento da reclamação, e o não


comparecimento do reclamado importa em revelia, além de confissão,
quanto à matéria de fato.

COMENTÁRIOS:
A alternativaINCORRETA É A LETRA “B”. A informação contida na alternativa
“B” está conflitando com o art. 795 da CLT, que trata das nulidades processuais.
Transcreve-se o dispositivo legal para análise:

“As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação


das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que
tiverem de falar em audiência ou nos autos”.

Percebe-se que a FCC diz que a parte deve arguir em razões recursais, enquanto
o dispositivo da CLT afirma “primeira vez que tiverem de falar em audiência ou
nos autos”. As nulidades tratadas no dispositivo são as relativas, pois as
absolutas podem ser reconhecidas de ofício pelo Magistrado, bem como serem
alegadas pelas partes em qualquer tempo e grau de jurisdição.

Letra “A”: correta, em sintonia com o art. 770 da CLT.


Letra “C”: correta, pois em conformidade com o art. 794 da CLT.
Letra “D”: correta, pois de acordo com o art. 793 da CLT.
Letra “E”: correta, pois em conformidade com o art. 844 da CLT.

8 - Q202043 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; )
No tocante aos atos processuais, o fato impeditivo, destinado a garantir o
avanço progressivo da relação processual e a obstar o seu retorno para
fases anteriores do procedimento é
a) a preclusão.
b) a prescrição.
c) a decadência.
d) a litispendência.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

e) o impulso exofficio.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A preclusão é a perda da possibilidade
de realização de um ato processual. Não realizado o ato no prazo adequado,
surgirá a preclusão temporal, uma das suas espécies, permitindo o progresso do
processo e a impossibilidade de retorno à momentos anteriores. A preclusão
proporciona a marcha avante do processo. Como principais espécies de
preclusão temos:
a. Temporal: ligada ao prazo para a prática de atos processuais;
b. Lógica: relacionada à pratica de atos incompatíveis no processo.
c. Consumativa: ligada à prática do ato processual e a impossibilidade, regra
geral, de sua repetição.

Em relação ao tema preclusão temporal, destaca-se o art. 183 do CPC:

“Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de


declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo,
porém, à parte provar que o não realizou por justa causa. §
1o Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade
da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por
mandatário. § 2o Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte
a prática do ato no prazo que Ihe assinar”.

9 - Q25234 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista


Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos
e Prazos; )
Ana Maria, representante legal da empresa XUBA, recebeu intimação na
reclamação trabalhista proposta por Ana Joaquina, sua ex-funcionária.
Considerando que a intimação ocorreu no sábado e que segunda-feira é
feriado nacional, será considerada que a intimação foi realizada
a) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na terça-
feira.
b) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na segunda-

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

feira.
c) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta-feira.
d) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-
feira.
e) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na
terça-feira.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta ao questionamento
encontra-se na Súmula nº 262, I do TST, a seguir redigida:

“Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se


dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no
subsequente”.

Conforme informações constantes na questão da FCC, a intimação foi recebida


no sábado, o que faz com que seja presumidamente recebida no primeiro dia
útil, ou seja, na terça-feira, já que segunda-feira é feriado. Sendo recebida a
intimação na terça (por presunção), o início da contagem do prazo será na
quarta-feira.
Como as demais alternativas tratam do mesmo tema, não precisam ser
analisadas em separado.

10 - Q299001 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do


Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Reconhecendo a importância da forma dos atos processuais para garantir
o bom desenvolvimento do processo até que se alcance a sua finalidade,
o legislador trabalhista adotou um sistema de nulidades composto de
diversas regras, entre as quais destaca-se:
a) a instrumentalidade é a técnica da prevalência da forma na prática dos
atos processuais sobre o fim dos mesmos; o ato processual deve se ater à
observância das formas, sob pena de ser declarado nulo e,
consequentemente, não atingir sua finalidade.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

b) o desrespeito à forma prevista para a prática do ato implica na sua


nulidade, podendo o mesmo, no entanto, ser aproveitado caso tenha
alcançado sua finalidade.
c) a simples desconformidade do ato processual com a forma
estabelecida para sua prática permite ao juiz declarar a nulidade do
mesmo, bastando, para tanto, que haja requerimento expresso da parte
interessada.
d) a nulidade de um ato processual pode ser alegada pela parte a
qualquer tempo, sendo certo, porém, que os atos posteriores que não
sejam consequência do ato considerado nulo e que dele não dependam
poderão ser aproveitados.
e) a nulidade fundada em incompetência deve ser declarada de ofício,
devendo o juiz que se julgar incompetente determinar a remessa do
processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua
decisão.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Um dos princípios mais importantes
em relação às nulidades processuais denomina-se instrumentalidade das
formas, que descreve que o ato processual, mesmo se realizado de forma
diversa da prevista em lei, será considerado válido se atingir a sua finalidade.
Isso significa dizer que a finalidade é mais importante que a forma, não
devendo ser considerado nulo o ato se a sua finalidade foi atingida. Dois
dispositivos do CPC tratam do tema, a saber: Artigos 154 e 244, sendo que o
primeiro será transcrito a seguir:

“Os atos e termos processuais não dependem de forma


determinada senão quando a lei expressamente a exigir,
reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe
preencham a finalidade essencial”.

Vejamos as demais assertivas da FCC:


Letra “A”: errado, pois conforme dito, a instrumentalidade se apega mais à
finalidade do que com a forma do ato processual.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

Letra “C”: errado, pois o Juiz deve verificar se houve o respeito à finalidade, não
devendo declarar a nulidade do ato nessa hipótese.
Letra “D”: errado, já que existem as nulidades relativas que não podem ser
alegadas pelas partes a qualquer tempo, pois sofrem preclusão. Essas, conforme
art. 795 da CLT, devem ser alegadas na primeira vez que as partes tiverem que
falar nos autos.
Letra “E”: errado, pois duas são as espécies de incompetência: absoluta e
relativa. Somente a primeira deve ser declarada de ofício, com remessa dos
autos ao Juízo competente, conforme art. 795, §1º da CLT. A relativa deve ser
alegada pela parte, conforme art. 112 do CPC e Súmula nº 33 do STJ.

11 - Q302227 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Nulidades; )
Conforme dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho relativos às
nulidades e exceções processuais, é INCORRETO afirmar que
a) se a parte recusante houver praticado algum ato pelo qual haja
consentido na pessoa do Juiz, não mais poderá alegar exceção de
suspeição, salvo sobrevindo novo motivo.
b) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá
nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
c) as nulidades não serão declaradas, como regra, senão mediante
provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que
tiverem de falar em audiência ou nos autos.
d) dentre os motivos, em relação à pessoa das partes, em que o Juiz é
obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado estão a inimizade
pessoal e a amizade íntima.
e) a nulidade sempre será pronunciada, mesmo quando for possível
suprir-lhe a falta ou repetir o ato, diante do princípio da irretroatividade
dos atos processuais.

COMENTÁRIOS:

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmativa de que a nulidade


sempre será pronunciada, encontra-se em conflito com o art. 796 da CLT, assim
redigido:

“Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for


possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida
por quem lhe tiver dado causa”.

Percebam que se o vício puder ser suprido ou o ato realizado novamente, não
haverá declaração de nulidade. Assim também ocorrerá quando argüido o vício
por quem lhe tiver dado causa. Nessa hipótese, por lógica, não será possível a
declaração de nulidade. Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: correta, pois em conformidade com o art. 801, § único da CLT.
Letra “B”: correta, já que de acordo com o art. 794 da CLT.
Letra “C”: correta, pois de acordo com o art. 795 da CLT.
Letra “D”: correta, pois tais hipóteses de suspeição encontram-se no art. 801 da
CLT.

12 - Q263458 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área


Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Recursos; Nulidades; )
No processo do trabalho, considerando as normas específicas e a
jurisprudência sumulada do TST é correto afirmar:
a) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é
válida, diante do princípio do jus postulandi.
b) A nulidade não será declarada senão mediante provocação das partes,
devendo ser pronunciada ainda que for arguida por quem lhe tiver dado
causa.
c) Haverá nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir
salário quando o pedido for de reintegração, ante a falta de previsão
legal.
d) Na Justiça do Trabalho as decisões interlocutórias não ensejam recurso

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

imediato, salvo nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de


incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo e cepcionado.
e) Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, as exceções serão
alegadas como matéria de defesa, não havendo suspensão do feito, ainda
que se trate de exceções de suspeição ou incompetência.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A FCC considerou a alternativa “D”
correta em decorrência da Súmula nº 214 do TST. Percebam que a regra geral
no processo do trabalho realmente é a irrecorribilidade imediata das decisões
interlocutórias, conforme art. 893, §1º da CLT. Ocorre que a Súmula nº 214 do
TST traz 3 situações excepcionais, sendo que uma delas,a aliena “C”, trata do
julgamento da exceção de incompetência, de forma como foi afirmado pela
banca examinadora. Não é a única, pois a Súmula também traz outras duas
alíneas (“a” e “b”), mas a FCC considerou correta a assertiva. Transcreve-se a
referida súmula para fixação:

“Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as


decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho
contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal
Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante
recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado,
consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT”.

Vejamos as demais assertivas:


Letra “A”: errada, pois contrária a Súmula nº 427 do TST.
Letra “B”: errada, já que contrária ao art. 796 da CLT.
Letra “C”: errada, pois a Súmula nº 396 do TST traz entendimento contrário.
Letra “E”: errada, pois o art. 799 da CLT diz que haverá a suspensão do
processo. Também o art. 306 do CPC.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
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13 - Q249300 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Em relação às nulidades no processo do trabalho, considere:

I. O princípio do prejuízo está intimamente ligado ao princípio da


instrumentalidade das formas e é explicitamente albergado pela CLT.
II. Não se declara a nulidade se inexistir vício processual que possa ter
acarretado prejuízo às partes, consoante o princípio da convalidação,
explicitamente gravado na CLT.
III. A CLT abriga o princípio da transcendência, segundo o qual às
nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes,
as quais deverão argui-las na primeira vez em que tiverem de falar em
audiência ou nos autos.
IV. O princípio da convalidação, albergado pela CLT, só é aplicável às
nulidades relativas, que dependem de provocação da parte interessada,
não se aplicando às nulidades absolutas ou quando a parte provar
legítimo impedimento para a prática do ato.
V. O princípio da economia processual está contido na CLT, ao estabelecer
que a nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta
ou repetir-se o ato.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, IV e V.
b) I, II e V.
c) I, II e III.
d) II, III e V.
e) I e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Apenas as assertivas I, IV e V estão
corretas, nos termos dos comentários abaixo destacados:

I. Perfeito, pois somente há declaração de nulidade se a finalidade do ato


não for alcançada, o que acarreta prejuízo às partes, conforme
previsto no art. 794 da CLT.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
– FCC Prof. Bruno Klippel – Aula 03

II. Errado, pois o princípio da convalidação diz que a nulidade pode não
ser reconhecida se, por exemplo, o ato puder ser refeito, isto é, o vício
será sanado, convalidado.
III. Errado, pois também existem as nulidades absolutas, que não
precisam de provocação das partes, já que podem ser reconhecidas de
ofício pelo Magistrado, nos termos do art. 795, §1º da CLT.
IV. Correta, pois as nulidades absolutas, por ferirem interesse do Estado,
não se sujeitam à convalidação, ou seja, os vícios continuam a existir
mesmo que não alegados pelas partes, haja vista que o próprio Juiz
pode reconhecê-los de ofício.
V. Correta, pois o art. 796 da CLT traz essas hipóteses de convalidação.

14 - Q241032 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Nulidades; )
Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, em relação à
matéria de nulidades, é correto afirmar que:
a) As nulidades somente serão declaradas se forem arguidas em recurso
de revista ao TST.
b) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele
dependam ou sejam consequência.
c) O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade não precisa declarar os
atos a que se estende.
d) Ainda que seja possível repetir-se o ato, a nulidade será pronunciada.
e) Ainda que dos atos inquinados não resulte manifesto prejuízo às
partes, a nulidade deverá ser declarada de ofício pelo juiz.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A declaração de nulidade parte de
várias premissas, uma das quais trata da economia, ou seja, da possibilidade de
aproveitamento dos atos processuais. O art. 798 da CLT diz que:

“A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele


dependam ou sejam conseqüência”.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
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Perceba que os atos anteriores ao vício serão mantidos, não serão anulados. Os
posteriores não necessariamente serão anulados, pois podem não estar
relacionados ao vício, ou seja, podem não ser conseqüência direta do ato
viciado. Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errado, pois as nulidades absolutas podem ser argüidas a qualquer
tempo, bem como reconhecidas de ofício pelo Magistrado, conforme art. 795,
§1º da CLT.
Letra “C”: errado, pois diverso do que afirma o art. 798 da CLT.
Letra “D”: errado, pois contrário ao que dispõe o art. 797 da CLT.
Letra “E”: errado, pois em desconformidade com o que é apregoado no art. 795
da CLT.

15 - Q213041 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista


Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade
a) não poderá ser declarada mediante provocação das partes, mas
apenas se arguida exofficio pelo Juiz.
b) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
c) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto
prejuízo às partes litigantes.
d) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores
que dele dependam, ou sejam consequência.
e) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou
repetir-se o ato.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Mais uma questão baseada no art. 795
da CLT. Para que você possa memorizar os dispositivos da CLT ligados às
nulidades processuais, transcrevo os mesmos abaixo, por serem apenas 4
artigos:

“Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do


Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados
manifesto prejuízo às partes litigantes. Art. 795 - As nulidades

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não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as


quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar
em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser
declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de
foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. §
2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará,
na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com
urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for
possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida
por quem lhe tiver dado causa. Art. 797 - O juiz ou Tribunal que
pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. Art.
798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que
dele dependam ou sejam conseqüência”.

Conforme dispõe o art. 795 da CLT, a nulidade somente é declarada se houver


prejuízo às partes ou se for uma nulidade absoluta, em que o prejudicado é o
Estado, desde que não seja possível refazer o ato e que o mesmo não tenha
atingido a sua finalidade (Art. 154 do CPC).
Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errada, pois as nulidades relativas devem ser argüidas pelas partes
prejudicadas, não podendo ser declaradas de ofício pelo Juiz, como ocorre com a
incompetência relativa, nos termos da Súmula nº 33 do STJ.
Letra “B”: errada, pois o art. 796 “b” da CLT não permite tal alegação por quem
gerou (deu causa) à nulidade.
Letra “D”: errada, pois os atos anteriores não são atingidos, conforme art. 798
da CLT.
Letra “E”: errada, pois o art. 796 da CLT diz que se for possível suprir a falta,
não será pronunciada a nulidade.

16 - Q249306 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; Dissídios Individuais; )

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Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual


trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em
súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o
reclamado para comparecer em audiência que será a primeira
desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações,
ainda que se trate de empregados da mesma empresa, sem a participação
da entidade sindical.
c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no
processo trabalhista, com o advento das novas competências, como por
exemplo, as indenizações por danos morais e por acidente do trabalho e as
responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista
verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa
previsão legal, deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização
do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o
seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui
ônus de prova do destinatário.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta da questão encontra-se em
consonância com a Súmula nº 16 do TST, que alude ao prazo de recebimento
da notificação postal, que é de 48h a contar de sua postagem. Trata-se de uma
presunção relativa, que pode ser desconstituída pelo destinatário, sendo seu o
ônus da provar o não recebimento ou o recebimento posterior às 48h, que pode
acarretar a ausência do prazo mínimo de 5 dias a que alude o art. 841 da CLT.
Lembre-se que entre o recebimento da notificação e a realização da audiência,
deve ser respeitado o prazo mínimo de 5 dias, para que o reclamado tenha
tempo hábil de preparar a defesa. Transcreve-se a Súmula nº 16 do TST para
conhecimento:

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
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“Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito)


horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou
a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de
prova do destinatário”.

Vejamos as demais alternativas:


Letra “A”: errada, pois os prazos foram invertidos. Conforme art. 840 da CLT, a
notificação será remetido em 48h, para audiência que será a primeira
desimpedida depois de 5 dias.
Letra “B”: errada, pois o art. 842 da CLT autoriza a acumulação, sem a
necessidade de participação do Sindicato.
Letra “C”: errada, pois a reclamação trabalhista verbal continua sendo possível,
nos moldes do art. 840 da CLT, mesmo com as novas competências
estabelecidas pela EC nº 45/04.
Letra “D”: errada, pois os autos são remetidos à Secretaria para realização da
notificação, independentemente de prévio juízo de admissibilidade pelo
Magistrado.

17 - Q1075 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área


Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Reclamação Trabalhista; )
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, considere as seguintes
assertivas a respeito da forma de reclamação e de notificação nos dissídios
individuais:
I. Recebida e protocolada a reclamação, em regra, o escrivão ou secretário,
dentro de 15 dias, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao
reclamado, que será notificado posteriormente, para comparecer à
audiência do julgamento.
II. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado
criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a
notificação por edital.
III. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão
ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma
empresa ou estabelecimento.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Estão corretas as assertivas II e III,
conforme análise a seguir realizada:

I. Errada, pois o art. 841 da CLT diz que o escrivão ou secretário, dentro
de 48 horas, remeterá a notificação para o reclamado.
II. Correta, pois o §1º do art. 841 da CLT afirma que a notificação será
postal, mas que será realizada por edital caso o reclamado crie
embaraços ao seu recebimento ou não seja encontrado. Não há, nessa
hipótese, notificação por Oficial de Justiça, pois esse realiza atos no
processo de execução.
III. Correta, pois essa é a redação do art. 842 da CLT, abaixo transcrito:

“Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria,


poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de
empregados da mesma empresa ou estabelecimento”.

18 - Q925 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Técnico Judiciário - Área


Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Dissídios Individuais; )
De acordo com o Decreto Lei no 5.452/43, a reclamação trabalhista do
menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta
destes,
a) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato ou
curador nomeado em juízo.
b) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo Ministério
Público estadual.

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c) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo curador


nomeado em juízo.
d) apenas pelo curador nomeado em juízo ou pelo sindicato.
e) pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério
Público estadual ou curador nomeado em juízo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Trata-se de questão freqüente nas
provas de processo do trabalho da FCC. A resposta é sempre a transcrição do
art. 793 da CLT, cuja redação segue:

“A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por


seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria
da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
estadual ou curador nomeado em juízo”.

Percebam que a letra “E” além de estar de acordo com a redação da CLT, é a
única em que não se tem a informação “apenas”! As expressões “apenas”,
“nunca”, “sempre”, etc, geralmente trazem informações equivocadas. Assim,
cuidado com as mesmas!! Além disso, memorize o artigo 793 da CLT, que foi
transcrito, pois comum nas provas.

19 - Q173 ( Prova: FCC - 2007 - TRT-23R - Técnico Judiciário - Área


Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Dissídios Individuais; )
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios
individuais, a reclamação poderá ser apresentada pelos empregados
a) somente através de advogado ou do sindicato da classe.
b) somente através de advogado.
c) apenas por escrito.
d) pessoalmente.
e) através de qualquer colega de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Trata-se de questão simples, mas que
deve ser analisada com cuidado, pois por vezes o simples é desprezado e gera

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um erro grave! A resposta correta é “pessoalmente”, pois o art. 791 da CLT


prevê o jus postulandi na Justiça do Trabalho, que é possibilidade das partes
demandarem em juízo sem Advogado, tanto autor quanto réu. Contudo, deve-se
sempre atentar para a Súmula nº 425 do TST, que restringiu o jus postulandi,
afirmando em que 4 situações o Advogado é atualmente indispensável, a saber:
mandado de segurança, ação rescisória, ação cautelar e recursos para o TST.
As demais assertivas estão erradas. Vejamos:

Letra “A”: como visto, não há necessidade de Advogado (Art. 791 da CLT e
Súmula nº 425 do TST).
Letra “B”: como visto, não há necessidade de Advogado (Art. 791 da CLT e
Súmula nº 425 do TST).
Letra “C”: a petição inicial pode ser oral, nos termos do art. 840 da CLT.
Letra “E”: a ação trabalhista não pode ser ajuizada por meio de colega de
trabalho. O que ocorre é que o art. 843, §2º da CLT diz que, se por doença ou
outra situação o empregado não puder comparecer à audiência, poderá ser
representado por empregado da mesma categoria para evitar o arquivamento do
processo, mas trata-se de situação totalmente diferente.

20 - Q249302 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário
e sumaríssimo; )
São considerados requisitos essenciais da petição inicial do dissídio
individual trabalhista rito ordinário, conforme norma prevista na
Consolidação das Leis do Trabalho:
a) qualificação das partes, quesitos para prova pericial quando for pedida e
valor da causa.
b) qualificação das partes, as provas com que o autor pretende demonstrar
a verdade dos fatos alegados e rol de testemunhas.
c) designação da Vara a quem for dirigida, qualificação das partes e rol de
testemunhas.
d) qualificação das partes, breve exposição dos fatos que resulte o dissídio
e pedido.
e) designação da Vara a quem for dirigida, requerimento para a citação do

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réu e valor da causa.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Os requisitos da petição inicial
trabalhista do rito ordinário encontram-se no art. 840, §1º da CLT, abaixo
transcrito:

“Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do


Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a
qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição
dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a
assinatura do reclamante ou de seu representante”.

Não são requisitos indispensáveis:


a. Valor da causa;
b. Pedido de citação (notificação) do réu;
c. Indicação das provas com que pretende provar o alegado, o que
exclui a necessidade de indicação de rol de testemunhas.

As demais assertivas ficam excluídas automaticamente, pois trazem os


requisitos descritos acima.

21 - Q292982 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista


Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Reclamação Trabalhista; )
Hermes manteve contrato de trabalho com a empresa Gama
Transportadora de Cargas por três anos, sendo dispensado por justa causa,
sem receber nenhuma verba rescisória. Procurou a Vara do Trabalho do
município para ajuizar reclamação trabalhista. Conforme previsão contida
na Consolidação das Leis do Trabalho e jurisprudência atual e sumulada
pelo TST, Hermes
a) deve necessariamente constituir advogado para a propositura da
reclamação trabalhista.
b) pode postular sem a necessidade de advogado em todas as instâncias

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da Justiça do Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas
na primeira instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da
Justiça do Trabalho, desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria
Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se
às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A questão menciona o instituto do jus
postulandi, previsto no art. 791 da CLT, bem como na Súmula nº 425 do TST. O
jus postulandi é a possibilidade que as partes possuem de buscar o Poder
Judiciário Trabalhista sem Advogado. Vejamos:

“Os empregados e os empregadores poderão reclamar


pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as
suas reclamações até o final”.

Ocorre que o TST, por meio da Súmula referida, restringiu o cabimento do


instituto, afirmando que o mesmo está limitado às Varas do Trabalho e Tribunais
Regionais do Trabalho, por dizer que não se aplica aos recursos para o TST, bem
como às ações cautelares, mandados de segurança e ações rescisórias. Vejamos
a súmula:

“O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT,


limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal
Superior do Trabalho”.

As demais assertivas estão erradas, segundo a análise abaixo:

Letra “A”: errada, pois contraria o art. 791 da CLT.

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Letra “B”: errada, pois não cabe a interposição de recurso ao TST sem
Advogado.
Letra “C”: errada, pois também pode atuar perante o TRT sem Advogado.
Letra “D”: errada, pois o Sindicato deverá estar assistido por Advogado, caso
atue no TST, bem como nas ações rescisórias, cautelares e mandados de
segurança.

22 - Q249304 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Reclamação
Trabalhista; )
Afrodite ajuizou reclamatória trabalhista em face de Alfa & Gama Produções
Ltda., formulando pedidos de pagamento de verbas contratuais e
rescisórias. Atribuiu à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Em
despacho saneador, o Juiz competente extinguiu o processo sem resolução
do mérito por indeferimento da petição inicial, por estar desacompanhada
de documento indispensável à propositura da ação. Neste caso, com base
na legislação aplicável e jurisprudência sumulada pelo TST, a decisão
judicial está
a) correta, visto que o não atendimento de requisito essencial da petição
inicial de ação trabalhista, relativo ao acompanhamento dos documentos
indispensáveis à propositura da ação, assim como a não indicação do valor
correspondente aos pedidos ou indicação incorreta de endereço do réu,
implica o arquivamento da reclamação, que equivale à extinção do
processo sem resolução do mérito.
b) errada, visto que, neste caso, o Juiz deve determinar que o autor
emende ou complete a inicial, no prazo de 10 dias, e caso o autor não
cumpra a diligência, indeferir a petição inicial, extinguindo o processo sem
julgamento do mérito.
c) correta, visto que o indeferimento de plano da petição inicial e a
consequente extinção do processo sem resolução do mérito, está inserido
nos poderes relativos à ampla liberdade na direção do processo para o
andamento célere das causas.
d) errada, visto que o Juiz deveria aguardar a realização da audiência para,
naquele momento processual, indeferir a petição inicial e extinguir o

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processo sem julgamento do mérito.


e) errada, visto que o Juiz não poderia indeferir de plano a petição inicial,
mas sim aguardar a análise de preliminar do réu em contestação e decidir
no ato da audiência, acolhendo a preliminar e extinguindo o processo com
julgamento do mérito.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Percebam que o valor atribuído à causa
(R$100.000,00) é superior a 40 salários mínimos, razão pela qual o rito a ser
adotado é o ordinário. Assim, aplica-se o art. 284 do CPC em relação à
determinação de emenda da petição inicial caso esteja ausente algum
documento indispensável ao ajuizamento da demanda, conforme Súmula nº 263
do TST. O Juiz não deveria ter arquivado o feito (extinto sem resolução do
mérito, e sim, deveria ter concedido prazo de 10 dias para emenda da petição
inicial, ocasião em que o autor poderia ter juntado o documento, somente
extinguindo o feito caso a providência não fosse realizada no prazo aludido.
Vejamos o entendimento sumulado do TST:

“Salvo nas hipóteses do art. 295 do CPC, o indeferimento da


petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento
indispensável à propositura da ação ou não preencher outro
requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a
irregularidade em 10 (dez) dias, a parte não o fizer”.

Todas as demais assertivas trazem entendimentos diversos, razão pela


qual são excluídas de plano.

23 - Q85544 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Reclamação Trabalhista; )
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a reclamação
trabalhista verbal será distribuída
a) em vinte e quatro horas após a sua redução a termo.
b) em quarenta e oito horas após a sua redução a termo.

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c) dentro do prazo de quinze dias após a sua redução a termo.


d) antes de sua redução a termo.
e) dentro do prazo de cinco dias após a sua redução a termo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão, apesar de fácil, é
comumente encontrada nos concursos trabalhistas, sendo que o procedimento a
ser adotado na hipótese de ajuizamento de reclamação trabalhista verbal
encontra-se no art. 786 da CLT, que será abaixo transcrito:

“Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua


redução a termo. Parágrafo único - Distribuída a reclamação
verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior,
apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à
secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no
art. 731”.

Percebe-se, claramente, que haverá a distribuição da reclamação trabalhista


antes da sua redução à termo, ou seja, será primeiro distribuído o feito para, em
cinco dias, o reclamante comparecer à Vara do Trabalho para a redução à termo
(ou seja, colocar no papel a sua história). Se o reclamante não comparecer no
aludido prazo, haverá a perempção, que gera a impossibilidade de ajuizamento
da demanda pelo prazo de 6 meses, conforme art. 731 da CLT.
Todas as demais assertivas ficam eliminadas com a transcrição di
dispositivo legal acima.

24 - Q82554 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Reclamação Trabalhista; ) Danilo, 19 anos, trabalhava em
uma empresa onde realizava horas extras que nunca lhe foram
remuneradas. Por ter recebido proposta melhor de emprego, Danilo pediu
dispensa da referida empresa e decidiu ajuizar Reclamação Trabalhista em
face da mesma para reaver os valores relativos a tais horas. Diante dessa

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situação, é correto afirmar:


a) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de
assistência de seus pais ou responsáveis.
b) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos
pais ou responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.
c) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras
trabalhadas por Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser
ele menor de 21 anos de idade.
d) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos
autos autorização de seus pais ou responsáveis com fins específicos para
tal postulação.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a
Reclamação Trabalhista, porém, na audiência UNA ou inicial deve estar
acompanhado de seus pais ou responsáveis.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A resposta é bastante simples,
bastando lembrar que com 18 anos a pessoa já é capaz de praticar todos os atos
da vida civil, bem como os atos processuais. Possui, portanto, capacidade civil e
processual. O art. 792 da CLT afirma:

“Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos


e as mulheres casadas poderão pleitear perante a Justiça do
Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores ou maridos”.

Assim, por ser capaz, não há qualquer necessidade de assistência ou


representação de qualquer pessoa ou Sindicato da categoria. Simplesmente o
reclamante ajuizará a demanda e realizará todos os atos processuais por ser
totalmente capaz para a prática dos atos da vida civil (e atos processuais, por
conseqüência). As demais assertivas são facilmente descartadas, por
todas afirma a necessidade do obreiro estar assistido por alguém.

25 - Q57841 ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito


Processual do Trabalho / Audiências; Reclamação Trabalhista; )

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A perempção, no processo do trabalho, ocorre nas hipóteses de


a) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por quatro
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da
reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação aos mesmos
pedidos.
b) arquivamento da reclamação, por extinção sem resolução do mérito, em
razão da falta de liquidação dos pedidos apresentados no rito sumaríssimo,
por quatro vezes; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos.
c) abandono da causa, por mais de um ano, depois da intimação pessoal
do trabalhador, para dar andamento ao feito; e falta de confirmação da
reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação aos mesmos
pedidos.
d) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da
reclamação verbal apresentada ao distribuidor.
e) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da
reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação a pedidos
diferentes.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Em primeiro lugar, a perempção no
processo do trabalho é provisória, pelo prazo máximo de 6 meses,
diferentemente do que ocorre no processo civil, pois nos termos do art. 268, §
único do CPC, a perempção é definitiva, retirando por completo e “para sempre”
o direito de ação do autor, que não perde, por óbvio, o direito material, que
poderá ser alegado em defesa. Além disso, no processo do trabalho duas são as
hipóteses de perempção, a saber:
a. Art. 731 da CLT: ausência do reclamante à redução à termo da
reclamação trabalhista verbal, ajuizada conforme art. 840 e distribuída
antes de sua redução à termo, conforme art. 786 da CLT. Conforme esse
último dispositivo, o reclamante terá que comparecer à Vara do Trabalho
para a qual foi distribuída a sua ação, no prazo de 5 dias, para redução à

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termo, sob pena de perempção. Essa espécie ocorre pela ausência da


parte ao ato apenas uma vez!
b. Art. 732 da CLT: a segunda hipótese de perempção é a ausência
injustificada à audiência, acarretando a extinção do processo sem
resolução do mérito (arquivamento) por duas vezes. Explica-se: João
ajuizou RT em face de Maria, faltou à audiência e o processo foi
arquivado. Tornou a ajuizar a mesma ação, faltando novamente à
audiência, levando ao arquivamento do feito mais uma vez. Nesse
momento, surge a perempção conforme art. 732 da CLT, que impedirá o
ajuizamento da mesma ação pelo prazo de 6 meses.

Nenhuma outra situação gera a perempção no processo do trabalho,


razão pela qual podemos excluir todas as demais alternativas, de plano.

4. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS:

1 - Q280527 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do


Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; )
Em relação aos prazos no processo do trabalho, é entendimento
jurisprudencial dominante:
a) Os prazos contam-se com inclusão do dia do começo e inclusão do dia
do vencimento.
b) Os prazos que se vencerem em sábado ou domingo, terminarão na
segunda-feira seguinte.
c) Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará na
segunda-feira imediata, e a contagem, na terça-feira.
d) O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal
Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais.
e) Não se aplica o prazo em dobro para a interposição de embargos
declaratórios por pessoa jurídica de direito público.

2 - Q288774 ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito


Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; )
O seguinte comando do Código de Processo Civil é considerado

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INCOMPATÍVEL com o Processo do Trabalho, de acordo com entendimento


sumulado pelo TST:
a) Os atos processuais realizar se ão nos prazos prescritos em lei.
Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a
complexidade da causa.
b) Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão
contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo
geral, para falar nos autos.
c) Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o
dia do começo e incluindo o do vencimento.
d) Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco)
dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
e) Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração
judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar
que não o realizou por justa causa.

3 - Q249303 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; )
Os prazos
a) peremptórios decorrem de normas que permitem à parte dele dispor
para a prática de determinado ato.
b) peremptórios, em regra, podem ser objeto de convenção.
c) convencionais, em regra, não são dilatórios.
d) dilatórios podem ter a prorrogação autorizada pelo juiz a qualquer
momento.
e) dilatórios decorrem de normas de natureza dispositiva.

4 - Q249306 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; Dissídios Individuais; )
Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual
trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em
súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:

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a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado


o reclamado para comparecer em audiência que será a primeira
desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações,
ainda que se trate de empregados da mesma empresa, sem a
participação da entidade sindical.
c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no
processo trabalhista, com o advento das novas competências, como por
exemplo, as indenizações por danos morais e por acidente do trabalho e
as responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação
trabalhista verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa
previsão legal, deve enviar os autos imediatamente ao juiz para
realização do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o
seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui
ônus de prova do destinatário.

5 - Q113387 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; )
Maria, advogada da empresa Rural, foi intimada pelo Diário Oficial
Eletrônico para cumprir determinação de magistrado em cinco dias.
Porém, Maria está com dúvidas a respeito da contagem do prazo
processual indagando João, seu colega de trabalho, a respeito da
respectiva contagem. João deverá responder que os prazos processuais
a) são, em qualquer hipótese, contínuos, irreleváveis e improrrogáveis,
por expressa determinação legal.
b) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do
vencimento, e são contínuos e releváveis.
c) contam-se com a inclusão do dia do começo e exclusão do dia do
vencimento, e são contínuos e irreleváveis.
d) que terminarem aos sábados ou domingos vencerão antecipadamente

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
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na primeira sexta-feira antecedente.


e) contam-se com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do
vencimento, e são contínuos e irreleváveis.

6 - Q213532 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; )
De acordo com a CLT, em regra, os atos processuais praticados no
Processo Trabalhista serão
a) sempre públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 às 18 horas.
b) públicos salvo quando as partes estabelecerem o contrário e realizar-
se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.
c) públicos salvo quando o contrário determinar o juiz e realizar-se-ão
nos dias úteis das 6 às 18 horas.
d) públicos salvo quando envolver pessoa pública de notoriedade social e
a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, independente
de autorização expressa do juiz.
e) públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social e
realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.

7 - Q202488 ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito


Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos; Nulidades; )
É INCORRETO afirmar que
a) os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário
determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20
horas.
b) as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das
partes, as quais deverão ser arguidas somente em razões recursais.
c) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá
nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
d) a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
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nomeado em juízo.
e) na Justiça do Trabalho, o não comparecimento do reclamante à
audiência inicial importa o arquivamento da reclamação, e o não
comparecimento do reclamado importa em revelia, além de confissão,
quanto à matéria de fato.

8 - Q202043 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; )
No tocante aos atos processuais, o fato impeditivo, destinado a garantir o
avanço progressivo da relação processual e a obstar o seu retorno para
fases anteriores do procedimento é
a) a preclusão.
b) a prescrição.
c) a decadência.
d) a litispendência.
e) o impulso exofficio.

9 - Q25234 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista


Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos
e Prazos; )
Ana Maria, representante legal da empresa XUBA, recebeu intimação na
reclamação trabalhista proposta por Ana Joaquina, sua ex-funcionária.
Considerando que a intimação ocorreu no sábado e que segunda-feira é
feriado nacional, será considerada que a intimação foi realizada
a) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na terça-
feira.
b) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na segunda-
feira.
c) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta-feira.
d) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-
feira.
e) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na
terça-feira.

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para TRT/MG 3ª Região
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10 - Q299001 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do


Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Reconhecendo a importância da forma dos atos processuais para garantir
o bom desenvolvimento do processo até que se alcance a sua finalidade,
o legislador trabalhista adotou um sistema de nulidades composto de
diversas regras, entre as quais destaca-se:
a) a instrumentalidade é a técnica da prevalência da forma na prática dos
atos processuais sobre o fim dos mesmos; o ato processual deve se ater à
observância das formas, sob pena de ser declarado nulo e,
consequentemente, não atingir sua finalidade.
b) o desrespeito à forma prevista para a prática do ato implica na sua
nulidade, podendo o mesmo, no entanto, ser aproveitado caso tenha
alcançado sua finalidade.
c) a simples desconformidade do ato processual com a forma
estabelecida para sua prática permite ao juiz declarar a nulidade do
mesmo, bastando, para tanto, que haja requerimento expresso da parte
interessada.
d) a nulidade de um ato processual pode ser alegada pela parte a
qualquer tempo, sendo certo, porém, que os atos posteriores que não
sejam consequência do ato considerado nulo e que dele não dependam
poderão ser aproveitados.
e) a nulidade fundada em incompetência deve ser declarada de ofício,
devendo o juiz que se julgar incompetente determinar a remessa do
processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua
decisão.

11 - Q302227 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Nulidades; )
Conforme dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho relativos às
nulidades e exceções processuais, é INCORRETO afirmar que
a) se a parte recusante houver praticado algum ato pelo qual haja
consentido na pessoa do Juiz, não mais poderá alegar exceção de

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suspeição, salvo sobrevindo novo motivo.


b) nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá
nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes
litigantes.
c) as nulidades não serão declaradas, como regra, senão mediante
provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que
tiverem de falar em audiência ou nos autos.
d) dentre os motivos, em relação à pessoa das partes, em que o Juiz é
obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado estão a inimizade
pessoal e a amizade íntima.
e) a nulidade sempre será pronunciada, mesmo quando for possível
suprir-lhe a falta ou repetir o ato, diante do princípio da irretroatividade
dos atos processuais.

12 - Q263458 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área


Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Recursos; Nulidades; )
No processo do trabalho, considerando as normas específicas e a
jurisprudência sumulada do TST é correto afirmar:
a) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é
válida, diante do princípio do jus postulandi.
b) A nulidade não será declarada senão mediante provocação das partes,
devendo ser pronunciada ainda que for arguida por quem lhe tiver dado
causa.
c) Haverá nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir
salário quando o pedido for de reintegração, ante a falta de previsão
legal.
d) Na Justiça do Trabalho as decisões interlocutórias não ensejam recurso
imediato, salvo nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
e) Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, as exceções serão
alegadas como matéria de defesa, não havendo suspensão do feito, ainda

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que se trate de exceções de suspeição ou incompetência.

13 - Q249300 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Em relação às nulidades no processo do trabalho, considere:

I. O princípio do prejuízo está intimamente ligado ao princípio da


instrumentalidade das formas e é explicitamente albergado pela CLT.
II. Não se declara a nulidade se inexistir vício processual que possa ter
acarretado prejuízo às partes, consoante o princípio da convalidação,
explicitamente gravado na CLT.
III. A CLT abriga o princípio da transcendência, segundo o qual às
nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes,
as quais deverão argui-las na primeira vez em que tiverem de falar em
audiência ou nos autos.
IV. O princípio da convalidação, albergado pela CLT, só é aplicável às
nulidades relativas, que dependem de provocação da parte interessada,
não se aplicando às nulidades absolutas ou quando a parte provar
legítimo impedimento para a prática do ato.
V. O princípio da economia processual está contido na CLT, ao estabelecer
que a nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta
ou repetir-se o ato.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, IV e V.
b) I, II e V.
c) I, II e III.
d) II, III e V.
e) I e IV.

14 - Q241032 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista


Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Nulidades; )
Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, em relação à

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matéria de nulidades, é correto afirmar que:


a) As nulidades somente serão declaradas se forem arguidas em recurso
de revista ao TST.
b) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele
dependam ou sejam consequência.
c) O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade não precisa declarar os
atos a que se estende.
d) Ainda que seja possível repetir-se o ato, a nulidade será pronunciada.
e) Ainda que dos atos inquinados não resulte manifesto prejuízo às
partes, a nulidade deverá ser declarada de ofício pelo juiz.

15 - Q213041 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista


Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Nulidades; )
Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade
a) não poderá ser declarada mediante provocação das partes, mas
apenas se arguida exofficio pelo Juiz.
b) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
c) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto
prejuízo às partes litigantes.
d) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores
que dele dependam, ou sejam consequência.
e) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou
repetir-se o ato.

16 - Q249306 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e
Prazos; Dissídios Individuais; )
Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual
trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em
súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:
a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o
reclamado para comparecer em audiência que será a primeira
desimpedida, depois de 48 horas.
b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações,

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ainda que se trate de empregados da mesma empresa, sem a participação


da entidade sindical.
c) Diante da comple idade das matérias que podem ser discutidas no
processo trabalhista, com o advento das novas competências, como por
exemplo, as indenizações por danos morais e por acidente do trabalho e as
responsabilidades relativas à
terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista
verbal.
d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa
previsão legal, deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização
do juízo de admissibilidade.
e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o
seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui
ônus de prova do destinatário.

17 - Q1075 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área


Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Atos,
Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Reclamação Trabalhista; )
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, considere as seguintes
assertivas a respeito da forma de reclamação e de notificação nos dissídios
individuais:
I. Recebida e protocolada a reclamação, em regra, o escrivão ou secretário,
dentro de 15 dias, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao
reclamado, que será notificado posteriormente, para comparecer à
audiência do julgamento.
II. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado
criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a
notificação por edital.
III. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão
ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma
empresa ou estabelecimento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.

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b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

18 - Q925 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Técnico Judiciário - Área


Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Dissídios Individuais; )
De acordo com o Decreto Lei no 5.452/43, a reclamação trabalhista do
menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta
destes,
a) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato ou
curador nomeado em juízo.
b) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo Ministério
Público estadual.
c) apenas pela Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo curador
nomeado em juízo.
d) apenas pelo curador nomeado em juízo ou pelo sindicato.
e) pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério
Público estadual ou curador nomeado em juízo.

19 - Q173 ( Prova: FCC - 2007 - TRT-23R - Técnico Judiciário - Área


Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Dissídios Individuais; )
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios
individuais, a reclamação poderá ser apresentada pelos empregados
a) somente através de advogado ou do sindicato da classe.
b) somente através de advogado.
c) apenas por escrito.
d) pessoalmente.
e) através de qualquer colega de trabalho.

20 - Q249302 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário
e sumaríssimo; )

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São considerados requisitos essenciais da petição inicial do dissídio


individual trabalhista rito ordinário, conforme norma prevista na
Consolidação das Leis do Trabalho:
a) qualificação das partes, quesitos para prova pericial quando for pedida e
valor da causa.
b) qualificação das partes, as provas com que o autor pretende demonstrar
a verdade dos fatos alegados e rol de testemunhas.
c) designação da Vara a quem for dirigida, qualificação das partes e rol de
testemunhas.
d) qualificação das partes, breve exposição dos fatos que resulte o dissídio
e pedido.
e) designação da Vara a quem for dirigida, requerimento para a citação do
réu e valor da causa.

21 - Q292982 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista


Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Reclamação Trabalhista; )
Hermes manteve contrato de trabalho com a empresa Gama
Transportadora de Cargas por três anos, sendo dispensado por justa causa,
sem receber nenhuma verba rescisória. Procurou a Vara do Trabalho do
município para ajuizar reclamação trabalhista. Conforme previsão contida
na Consolidação das Leis do Trabalho e jurisprudência atual e sumulada
pelo TST, Hermes
a) deve necessariamente constituir advogado para a propositura da
reclamação trabalhista.
b) pode postular sem a necessidade de advogado em todas as instâncias
da Justiça do Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas
na primeira instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da
Justiça do Trabalho, desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria
Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se
às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.

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22 - Q249304 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do


Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Reclamação
Trabalhista; )
Afrodite ajuizou reclamatória trabalhista em face de Alfa & Gama Produções
Ltda., formulando pedidos de pagamento de verbas contratuais e
rescisórias. Atribuiu à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Em
despacho saneador, o Juiz competente extinguiu o processo sem resolução
do mérito por indeferimento da petição inicial, por estar desacompanhada
de documento indispensável à propositura da ação. Neste caso, com base
na legislação aplicável e jurisprudência sumulada pelo TST, a decisão
judicial está
a) correta, visto que o não atendimento de requisito essencial da petição
inicial de ação trabalhista, relativo ao acompanhamento dos documentos
indispensáveis à propositura da ação, assim como a não indicação do valor
correspondente aos pedidos ou indicação incorreta de endereço do réu,
implica o arquivamento da reclamação, que equivale à extinção do
processo sem resolução do mérito.
b) errada, visto que, neste caso, o Juiz deve determinar que o autor
emende ou complete a inicial, no prazo de 10 dias, e caso o autor não
cumpra a diligência, indeferir a petição inicial, extinguindo o processo sem
julgamento do mérito.
c) correta, visto que o indeferimento de plano da petição inicial e a
consequente extinção do processo sem resolução do mérito, está inserido
nos poderes relativos à ampla liberdade na direção do processo para o
andamento célere das causas.
d) errada, visto que o Juiz deveria aguardar a realização da audiência para,
naquele momento processual, indeferir a petição inicial e extinguir o
processo sem julgamento do mérito.
e) errada, visto que o Juiz não poderia indeferir de plano a petição inicial,
mas sim aguardar a análise de preliminar do réu em contestação e decidir
no ato da audiência, acolhendo a preliminar e extinguindo o processo com
julgamento do mérito.

23 - Q85544 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico

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Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /


Reclamação Trabalhista; )
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a reclamação
trabalhista verbal será distribuída
a) em vinte e quatro horas após a sua redução a termo.
b) em quarenta e oito horas após a sua redução a termo.
c) dentro do prazo de quinze dias após a sua redução a termo.
d) antes de sua redução a termo.
e) dentro do prazo de cinco dias após a sua redução a termo.

24 - Q82554 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Reclamação Trabalhista; ) Danilo, 19 anos, trabalhava em
uma empresa onde realizava horas extras que nunca lhe foram
remuneradas. Por ter recebido proposta melhor de emprego, Danilo pediu
dispensa da referida empresa e decidiu ajuizar Reclamação Trabalhista em
face da mesma para reaver os valores relativos a tais horas. Diante dessa
situação, é correto afirmar:
a) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de
assistência de seus pais ou responsáveis.
b) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos
pais ou responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.
c) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras
trabalhadas por Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser
ele menor de 21 anos de idade.
d) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos
autos autorização de seus pais ou responsáveis com fins específicos para
tal postulação.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a
Reclamação Trabalhista, porém, na audiência UNA ou inicial deve estar
acompanhado de seus pais ou responsáveis.

25 - Q57841 ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito


Processual do Trabalho / Audiências; Reclamação Trabalhista; )

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A perempção, no processo do trabalho, ocorre nas hipóteses de


a) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por quatro
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da
reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação aos mesmos
pedidos.
b) arquivamento da reclamação, por extinção sem resolução do mérito, em
razão da falta de liquidação dos pedidos apresentados no rito sumaríssimo,
por quatro vezes; e falta de confirmação da reclamação verbal, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos.
c) abandono da causa, por mais de um ano, depois da intimação pessoal
do trabalhador, para dar andamento ao feito; e falta de confirmação da
reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação aos mesmos
pedidos.
d) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da
reclamação verbal apresentada ao distribuidor.
e) arquivamento da reclamação, por ausência do trabalhador, por duas
vezes seguidas, em relação aos mesmos pedidos; e falta de confirmação da
reclamação verbal, por duas vezes seguidas, em relação a pedidos
diferentes.

5. GABARITOS:

1- D 2–B 3–E 4–E 5–E


6–E 7–B 8–A 9–C 10 – B
11 – E 12 – D 13 – A 14 – B 15 – C
16 – E 17 – E 18 – E 19 – D 20 – D
21 – E 22 – B 23 – D 24 – A 25 – D

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Meus prezados alunos, chegamos ao término de nossa aula 03, na qual


analisamos os temas PRAZOS, NULIDADES E PETIÇÃO INICIAL.
Todas as dúvidas podem ser tiradas por meio do fórum, bem como pelo
meu e-mail do Estratégia Concursos, qual seja:
brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br !

Até breve !
Forte abraço.

Tudo de bom. Sucesso!

BRUNO KLIPPEL
Vitória/ES

GRUPO – DICAS GRATUITAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS NO


FACEBOOK: https://www.facebook.com/groups/525961127461808/

GRUPO – ESTUDOS PARA TRT NO FACEBOOK:


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Meus livros no site da Livraria Saraiva:


http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ORDEMN2=E&ESTRUTN
1=&PALAVRASN1=BRUNO%20KLIPPEL

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