Professional Documents
Culture Documents
Direito Processual do Trabalho para TRT-MG (Analista Judiciário - Área Jud e Of Just
Avaliador)
1. PRAZOS PROCESSUAIS;
9.1. Classificação;
Nessa situação, adota-se o art. 185 do CPC, que afirma ser o prazo de 5 (cinco)
dias, uma vez que no silêncio do legislador e do julgador, as partes devem estar
atreladas à alguma regra sobre o prazo de que dispõem. Assim, se a parte for
intimada para “juntar aos autos o contrato social da reclamada”, como não há
prazo legal sobre a matéria e o juiz não fixou prazo concreto, o contrato social
deverá ser juntado aos autos dentro de 5 (cinco) dias.
3ª regra: considera-se dia não útil aquele que o expediente forense não
for completo, isto é, se o expediente terminar antes da hora normal, o
prazo será prorrogado para o próximo dia útil.
! Se por qualquer motivo não houver expediente forense
completo (suspeita de bomba, falta de luz, etc), o prazo será
prorrogado para o próximo dia útil, uma vez que a parte possui
direito a praticar o ato até o último minuto do último dia.
Por fim, destaque para a regra contida na Súmula nº 385 do TST, que trata da
demonstração de feriado local ou de dia sem expediente forense, quando da
interposição do recurso.
Segundo a regra em estudo, se houver algum feriado local (municipal e
estadual) que interfira na contagem do prazo recursal, em seu início ou término,
esse deverá ser comprovado nos autos, para que o juízo de admissibilidade seja
realizado corretamente, de forma a que o TRT e TST tenham possibilidade de
aferir corretamente a tempestividade do apelo. Na ausência de qualquer
comprovação, serão levados em consideração apenas os feriados nacionais, de
conhecimento público, o que pode levar os juízos a quo e ad quem a entender
pela intempestividade, criando sérios prejuízos ao recorrente, mas que deverão
ser suportados pelo mesmo, já que era seu ônus demonstrar qualquer anomalia
na contagem do prazo ocasionada por feriado local.
2. NULIDADES;
2.1. Princípios relacionados às nulidades;
2.2.1. Irregularidades:
Trata-se da mais simples forma de nulidade, pois são vícios que não impedem
que o ato processual produza efeitos. Podem ser ignorados ou reconhecidos de
ofício pelo Magistrado, ou mediante requerimento das partes.
! Reconhece-se uma irregularidade quando é verificado um
vício de forma, mas que não traz qualquer conseqüência
negativa. Um despacho está a lápis ou uma folha não está
numerada nos autos. Isso não retira do processo a sua força
vinculante, não impede que o Estado atue de forma a dizer o
direito material.
Outra hipótese é o descumprimento dos prazos para a prática de atos pelo Juiz
ou Servidor. Se a sentença não for proferida em 10 (dez) dias, de acordo com o
art. 190 do CPC, poderá ser proferida posteriormente? Produzirá os seus efeitos
normalmente? As respostas são positivas.
Como já dito, as irregularidades podem ser simplesmente ignoradas, por não
produzirem efeitos negativos, ou corrigidas de ofício pelo Juiz ou a requerimento
simples por qualquer das partes ou interessados.
Por fim, como exemplo de irregularidades, tem-se o art. 833 da CLT e 463 do
CPC, que tratam dos erros materiais existentes na sentença e que podem ser
corrigidos pelas formas acima descritas.
2.2.4. Inexistência;
Afirma-se que o ato processual sequer nasce. Assim, não pode produzir qualquer
efeito legal. Como exemplos correntes na doutrina, têm-se: sentença sem
assinatura do Juiz e ato praticado por advogado sem procuração e que não foi
ratificado no prazo a que alude o art. 37 do CPC. Também pode ser citado o ato
praticado por fac-símile (Lei nº 9.800/99), sem o devido encaminhamento no
prazo de 5 (cinco) dias dos originais.
! O vício não pode ser sanado, sendo o ato simplesmente
desconsiderado para qualquer fim, haja visto não produzir
efeitos jurídicos.
3. PETIÇÃO INICIAL;
3.2. Indeferimento;
3.3. Emenda;
Pode-se afirmar que a emenda da petição inicial sempre será a primeira opção
no processo do trabalho, quando a peça de ingresso contiver algum vício. Isso
significa dizer que, antes de indeferir aquela peça, arquivando o feito, deve o
Magistrado determinar prazo para que o autor a complete, conforme dicção do
art. 284 do CPC.
Alguns aspectos de relevo sobre o tema devem ser tratados:
Obrigatoriedade da emenda: interpretação literal do disposto no art.
284 do CPC nos conduz à conclusão de que o Magistrado deve intimar o
autor para emendar a petição inicial, já que o legislador afirmar que
aquele determinará que o autor a emenda ou complete. Tal idéia está
totalmente de acordo com os princípios da celeridade e economia
processuais, razão pela qual se mostra como norma de ordem pública.
3.4. Aditamento;
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmativa acerca da suspensão dos
prazos recursais no recesso forense e férias coletivas do Ministros do TST, está
de acordo com o inciso II da Súmula nº 262 do TST, a seguir transcrito:
Letra “A”: errada, pois os prazos são contados com a exclusão do primeiro dia e
inclusão do último.
Letra “B”: errada, pois o prazo é prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, e
não, na segunda-feira seguinte, pois se esse dia não for útil, será novamente
prorrogado.
Letra “C”: errada, pois não se pode falar em segunda e terça-feira, e sim, em dia
subsequente. Realizada a notificação no sábado, a intimação será
presumidamente realizada no dia útil seguinte e o início da contagem no
subsequente, conforme Súmula nº 262 do TST.
Letra “E”: errada, pois o DL 779/69 diz em prazo em dobro para a interposição
de recursos, inclusive os embargos de declaração.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A aplicação do art. 191 do CPC, que
trata da dobra do prazo quando os litisconsortes tiverem diferentes
procuradores, é incompatível com o processo do trabalho, conforme OJ nº 310
da SDI-1 do TST, uma vez que viola o princípio da celeridade processual.
Transcreve-se a OJ, uma vez que muitas vezes é exigida nos concursos
trabalhistas:
Letra “A”: essa regra, descrita no art. 177 do CPC, é compatível com o processo
do trabalho. Caso a lei seja omissa, o Juiz fixará o prazo. Sendo omisso o juiz, o
prazo será de 5 dias, conforme art. 185 do CPC.
Letra “C”: tal regra é compatível com o processo do trabalho, pois tanto no
processo civil, quanto no trabalhista, a regra de contagem do prazo é a mesma,
ou seja, haverá a exclusão do primeiro dia e inclusão do último.
Letra “D”: perfeito, nos termos do art. 185 do CPC.
Letra “E”: o art. 183 do CPC, que trata da preclusão temporal, é compatível com
o processo do trabalho.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Os prazos dilatórios realmente
decorrem de normas de natureza dispositiva, pois podem ser alterados por
vontade das partes. Os prazos peremptórios decorrem de normas de ordem
pública, em que há o interesse do Estado, não sendo possível a sua alteração
por vontade das partes. Os prazos convencionais, como aquele previsto no art.
265 do CPC, que trata da suspensão do processo, são em regra dilatórios,
podendo ser alterados por vontade das partes. Vale a pena transcrever os
artigos 181 e 182 do CPC, que tratam da matéria:
“Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou
prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia
se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em
motivo legítimo. § 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo
da prorrogação. § 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da
parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo,
reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas
comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer
prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. Parágrafo
único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o
limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos”.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. O recebimento da notificação pelo
reclamado está de acordo com a Súmula nº 16 do TST, que presume o
recebimento daquela na prazo de 48h, sendo um presunção relativa. A mesma
Súmula afirma ser ônus do destinatário a prova do não recebimento ou do
recebimento posterior àquele prazo. Nos termos do entendimento sumulado,
temos:
Letra “A”: errado, pois em desconformidade com o art. 841 da CLT. Houve a
inversão dos prazos. A remessa é feita em 48h, para a audiência em, pelo
menos, 5 dias.
Letra “B”: errado, pois contraria o art. 842 da CLT, que não fala em participação
do sindicato.
Letra “C”: errado, pois a petição trabalhista verbal continua sendo compatível
com o processo do trabalho, conforme art. 840 da CLT.
Letra “D”: errado, pois não há juízo de admissibilidade da petição inicial. Deve
ser realizada a notificação do reclamado pelo Secretaria da Vara do Trabalho.
COMENTÁRIOS:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A prática dos atos processuais segue a
regra do art. 770 da CLT, a seguir transcrito:
Letra “A”: errado, pois não são sempre públicos, podendo haver restrição da
publicidade, sendo realizados das 6h às 20h.
Letra “B”: errado, pois a restrição à liberdade não decorre da vontade das
partes, e sim, do interesse social.
Letra “C”: errado, pois quem determina a restrição à publicidade é o interesse
social e não a vontade do Juiz. Além disso, serão os atos realizados das 6h às
20h.
Letra “D”: errado, pois é o interesse social que justifica a restrição da
publicidade, bem como a penhora somente é realizada em domingos e feriados
com autorização do Juiz.
COMENTÁRIOS:
A alternativaINCORRETA É A LETRA “B”. A informação contida na alternativa
“B” está conflitando com o art. 795 da CLT, que trata das nulidades processuais.
Transcreve-se o dispositivo legal para análise:
Percebe-se que a FCC diz que a parte deve arguir em razões recursais, enquanto
o dispositivo da CLT afirma “primeira vez que tiverem de falar em audiência ou
nos autos”. As nulidades tratadas no dispositivo são as relativas, pois as
absolutas podem ser reconhecidas de ofício pelo Magistrado, bem como serem
alegadas pelas partes em qualquer tempo e grau de jurisdição.
e) o impulso exofficio.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A preclusão é a perda da possibilidade
de realização de um ato processual. Não realizado o ato no prazo adequado,
surgirá a preclusão temporal, uma das suas espécies, permitindo o progresso do
processo e a impossibilidade de retorno à momentos anteriores. A preclusão
proporciona a marcha avante do processo. Como principais espécies de
preclusão temos:
a. Temporal: ligada ao prazo para a prática de atos processuais;
b. Lógica: relacionada à pratica de atos incompatíveis no processo.
c. Consumativa: ligada à prática do ato processual e a impossibilidade, regra
geral, de sua repetição.
feira.
c) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta-feira.
d) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-
feira.
e) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na
terça-feira.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta ao questionamento
encontra-se na Súmula nº 262, I do TST, a seguir redigida:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Um dos princípios mais importantes
em relação às nulidades processuais denomina-se instrumentalidade das
formas, que descreve que o ato processual, mesmo se realizado de forma
diversa da prevista em lei, será considerado válido se atingir a sua finalidade.
Isso significa dizer que a finalidade é mais importante que a forma, não
devendo ser considerado nulo o ato se a sua finalidade foi atingida. Dois
dispositivos do CPC tratam do tema, a saber: Artigos 154 e 244, sendo que o
primeiro será transcrito a seguir:
Letra “C”: errado, pois o Juiz deve verificar se houve o respeito à finalidade, não
devendo declarar a nulidade do ato nessa hipótese.
Letra “D”: errado, já que existem as nulidades relativas que não podem ser
alegadas pelas partes a qualquer tempo, pois sofrem preclusão. Essas, conforme
art. 795 da CLT, devem ser alegadas na primeira vez que as partes tiverem que
falar nos autos.
Letra “E”: errado, pois duas são as espécies de incompetência: absoluta e
relativa. Somente a primeira deve ser declarada de ofício, com remessa dos
autos ao Juízo competente, conforme art. 795, §1º da CLT. A relativa deve ser
alegada pela parte, conforme art. 112 do CPC e Súmula nº 33 do STJ.
COMENTÁRIOS:
Percebam que se o vício puder ser suprido ou o ato realizado novamente, não
haverá declaração de nulidade. Assim também ocorrerá quando argüido o vício
por quem lhe tiver dado causa. Nessa hipótese, por lógica, não será possível a
declaração de nulidade. Vejamos as demais assertivas:
Letra “A”: correta, pois em conformidade com o art. 801, § único da CLT.
Letra “B”: correta, já que de acordo com o art. 794 da CLT.
Letra “C”: correta, pois de acordo com o art. 795 da CLT.
Letra “D”: correta, pois tais hipóteses de suspeição encontram-se no art. 801 da
CLT.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A FCC considerou a alternativa “D”
correta em decorrência da Súmula nº 214 do TST. Percebam que a regra geral
no processo do trabalho realmente é a irrecorribilidade imediata das decisões
interlocutórias, conforme art. 893, §1º da CLT. Ocorre que a Súmula nº 214 do
TST traz 3 situações excepcionais, sendo que uma delas,a aliena “C”, trata do
julgamento da exceção de incompetência, de forma como foi afirmado pela
banca examinadora. Não é a única, pois a Súmula também traz outras duas
alíneas (“a” e “b”), mas a FCC considerou correta a assertiva. Transcreve-se a
referida súmula para fixação:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Apenas as assertivas I, IV e V estão
corretas, nos termos dos comentários abaixo destacados:
II. Errado, pois o princípio da convalidação diz que a nulidade pode não
ser reconhecida se, por exemplo, o ato puder ser refeito, isto é, o vício
será sanado, convalidado.
III. Errado, pois também existem as nulidades absolutas, que não
precisam de provocação das partes, já que podem ser reconhecidas de
ofício pelo Magistrado, nos termos do art. 795, §1º da CLT.
IV. Correta, pois as nulidades absolutas, por ferirem interesse do Estado,
não se sujeitam à convalidação, ou seja, os vícios continuam a existir
mesmo que não alegados pelas partes, haja vista que o próprio Juiz
pode reconhecê-los de ofício.
V. Correta, pois o art. 796 da CLT traz essas hipóteses de convalidação.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A declaração de nulidade parte de
várias premissas, uma das quais trata da economia, ou seja, da possibilidade de
aproveitamento dos atos processuais. O art. 798 da CLT diz que:
Perceba que os atos anteriores ao vício serão mantidos, não serão anulados. Os
posteriores não necessariamente serão anulados, pois podem não estar
relacionados ao vício, ou seja, podem não ser conseqüência direta do ato
viciado. Vejamos as demais assertivas:
Letra “A”: errado, pois as nulidades absolutas podem ser argüidas a qualquer
tempo, bem como reconhecidas de ofício pelo Magistrado, conforme art. 795,
§1º da CLT.
Letra “C”: errado, pois diverso do que afirma o art. 798 da CLT.
Letra “D”: errado, pois contrário ao que dispõe o art. 797 da CLT.
Letra “E”: errado, pois em desconformidade com o que é apregoado no art. 795
da CLT.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Mais uma questão baseada no art. 795
da CLT. Para que você possa memorizar os dispositivos da CLT ligados às
nulidades processuais, transcrevo os mesmos abaixo, por serem apenas 4
artigos:
Letra “A”: errada, pois as nulidades relativas devem ser argüidas pelas partes
prejudicadas, não podendo ser declaradas de ofício pelo Juiz, como ocorre com a
incompetência relativa, nos termos da Súmula nº 33 do STJ.
Letra “B”: errada, pois o art. 796 “b” da CLT não permite tal alegação por quem
gerou (deu causa) à nulidade.
Letra “D”: errada, pois os atos anteriores não são atingidos, conforme art. 798
da CLT.
Letra “E”: errada, pois o art. 796 da CLT diz que se for possível suprir a falta,
não será pronunciada a nulidade.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta da questão encontra-se em
consonância com a Súmula nº 16 do TST, que alude ao prazo de recebimento
da notificação postal, que é de 48h a contar de sua postagem. Trata-se de uma
presunção relativa, que pode ser desconstituída pelo destinatário, sendo seu o
ônus da provar o não recebimento ou o recebimento posterior às 48h, que pode
acarretar a ausência do prazo mínimo de 5 dias a que alude o art. 841 da CLT.
Lembre-se que entre o recebimento da notificação e a realização da audiência,
deve ser respeitado o prazo mínimo de 5 dias, para que o reclamado tenha
tempo hábil de preparar a defesa. Transcreve-se a Súmula nº 16 do TST para
conhecimento:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Estão corretas as assertivas II e III,
conforme análise a seguir realizada:
I. Errada, pois o art. 841 da CLT diz que o escrivão ou secretário, dentro
de 48 horas, remeterá a notificação para o reclamado.
II. Correta, pois o §1º do art. 841 da CLT afirma que a notificação será
postal, mas que será realizada por edital caso o reclamado crie
embaraços ao seu recebimento ou não seja encontrado. Não há, nessa
hipótese, notificação por Oficial de Justiça, pois esse realiza atos no
processo de execução.
III. Correta, pois essa é a redação do art. 842 da CLT, abaixo transcrito:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Trata-se de questão freqüente nas
provas de processo do trabalho da FCC. A resposta é sempre a transcrição do
art. 793 da CLT, cuja redação segue:
Percebam que a letra “E” além de estar de acordo com a redação da CLT, é a
única em que não se tem a informação “apenas”! As expressões “apenas”,
“nunca”, “sempre”, etc, geralmente trazem informações equivocadas. Assim,
cuidado com as mesmas!! Além disso, memorize o artigo 793 da CLT, que foi
transcrito, pois comum nas provas.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Trata-se de questão simples, mas que
deve ser analisada com cuidado, pois por vezes o simples é desprezado e gera
Letra “A”: como visto, não há necessidade de Advogado (Art. 791 da CLT e
Súmula nº 425 do TST).
Letra “B”: como visto, não há necessidade de Advogado (Art. 791 da CLT e
Súmula nº 425 do TST).
Letra “C”: a petição inicial pode ser oral, nos termos do art. 840 da CLT.
Letra “E”: a ação trabalhista não pode ser ajuizada por meio de colega de
trabalho. O que ocorre é que o art. 843, §2º da CLT diz que, se por doença ou
outra situação o empregado não puder comparecer à audiência, poderá ser
representado por empregado da mesma categoria para evitar o arquivamento do
processo, mas trata-se de situação totalmente diferente.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Os requisitos da petição inicial
trabalhista do rito ordinário encontram-se no art. 840, §1º da CLT, abaixo
transcrito:
da Justiça do Trabalho.
c) pode propor a reclamação trabalhista sem constituir advogado, apenas
na primeira instância.
d) não precisa constituir advogado para atuar em todas instâncias da
Justiça do Trabalho, desde que esteja assistido pelo Sindicato da Categoria
Profissional.
e) pode reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, limitando-se
às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A questão menciona o instituto do jus
postulandi, previsto no art. 791 da CLT, bem como na Súmula nº 425 do TST. O
jus postulandi é a possibilidade que as partes possuem de buscar o Poder
Judiciário Trabalhista sem Advogado. Vejamos:
Letra “B”: errada, pois não cabe a interposição de recurso ao TST sem
Advogado.
Letra “C”: errada, pois também pode atuar perante o TRT sem Advogado.
Letra “D”: errada, pois o Sindicato deverá estar assistido por Advogado, caso
atue no TST, bem como nas ações rescisórias, cautelares e mandados de
segurança.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Percebam que o valor atribuído à causa
(R$100.000,00) é superior a 40 salários mínimos, razão pela qual o rito a ser
adotado é o ordinário. Assim, aplica-se o art. 284 do CPC em relação à
determinação de emenda da petição inicial caso esteja ausente algum
documento indispensável ao ajuizamento da demanda, conforme Súmula nº 263
do TST. O Juiz não deveria ter arquivado o feito (extinto sem resolução do
mérito, e sim, deveria ter concedido prazo de 10 dias para emenda da petição
inicial, ocasião em que o autor poderia ter juntado o documento, somente
extinguindo o feito caso a providência não fosse realizada no prazo aludido.
Vejamos o entendimento sumulado do TST:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão, apesar de fácil, é
comumente encontrada nos concursos trabalhistas, sendo que o procedimento a
ser adotado na hipótese de ajuizamento de reclamação trabalhista verbal
encontra-se no art. 786 da CLT, que será abaixo transcrito:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A resposta é bastante simples,
bastando lembrar que com 18 anos a pessoa já é capaz de praticar todos os atos
da vida civil, bem como os atos processuais. Possui, portanto, capacidade civil e
processual. O art. 792 da CLT afirma:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Em primeiro lugar, a perempção no
processo do trabalho é provisória, pelo prazo máximo de 6 meses,
diferentemente do que ocorre no processo civil, pois nos termos do art. 268, §
único do CPC, a perempção é definitiva, retirando por completo e “para sempre”
o direito de ação do autor, que não perde, por óbvio, o direito material, que
poderá ser alegado em defesa. Além disso, no processo do trabalho duas são as
hipóteses de perempção, a saber:
a. Art. 731 da CLT: ausência do reclamante à redução à termo da
reclamação trabalhista verbal, ajuizada conforme art. 840 e distribuída
antes de sua redução à termo, conforme art. 786 da CLT. Conforme esse
último dispositivo, o reclamante terá que comparecer à Vara do Trabalho
para a qual foi distribuída a sua ação, no prazo de 5 dias, para redução à
nomeado em juízo.
e) na Justiça do Trabalho, o não comparecimento do reclamante à
audiência inicial importa o arquivamento da reclamação, e o não
comparecimento do reclamado importa em revelia, além de confissão,
quanto à matéria de fato.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
5. GABARITOS:
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Até breve !
Forte abraço.
BRUNO KLIPPEL
Vitória/ES