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Direito Processual do Trabalho para TRT-MG (Analista Judiciário - Área Jud e Of Just
Avaliador)
As atribuições são aquelas descritas no art. 711 da CLT, bem como aquelas que
estão inseridas no art. 719, sendo que o § único que foi negritado, afirma que
o regimento interno poderá criar outras atribuições.
3. Dos Distribuidores:
Diz o art. 713 da CLT que onde houver mais de uma Vara do Trabalho
com competência para processar o feito, será feita a distribuição do
mesmo. Vejamos:
Com base nos dispositivos acima transcritos, podemos destacar em relação aos
Oficiais de Justiça Avaliadores, o que segue, de forma bem objetiva e didática:
2. Partes e procuradores;
1.1. Partes;
1.1.1. Conceito;
A menoridade, segundo o Código Civil Brasileiro, cessa aos dezoito anos, quando
a pessoa torna-se maior e, para os menores, nas situações de emancipação,
descritas nos incisos do parágrafo único do art. 5º do CC.
Exemplo: imagine que José foi contratado aos 16 anos como empregado
de uma empresa. Aos 17 anos foi demitido, sem receber nenhuma verba
rescisória. José pretende ajuizar ação trabalhista em face do ex-
empregador, mas não sabe qual é o prazo que possui para tanto.
Conversando com um amigo, viu que tinha até 2 anos a contar da
rescisão do contrato, conforme art. 7º, XXIX da CF. Ocorre que esse
prazo não se inicia para José, já que menor. José pode esperar
completar 18 anos para começar a contar os 2 anos da prescrição bienal,
já que o art. 440 da CLT diz que não corre prazo de prescrição contra o
menor.
O tema ora em análise merece cuidado em seu estudo, pois vários pontos são
relevantes sob os aspectos teórico e prático.
Em primeiro lugar, a substituição processual também é denominada legitimidade
extraordinária, sendo previsto genericamente no art. 6º do CPC, que traz
importante regra: a legitimidade extraordinária só é possível nas hipóteses
previstas em lei. O que é a legitimidade extraordinária, enfim? De maneira mais
didática, comparam-se as espécies de legitimidade:
Ainda sobre a morte da pessoa física, importante frisar que se o empregador for
pessoa física e vier a falecer, o art. 483, §2º da CLT permite ao empregado
rescindir o contrato ou continuar a prestar os serviços, continuando o vínculo de
emprego com os herdeiros do ex-empregador.
Se João trabalha para a Empresa Alfa, que vem a ser vendida para a Empresa
Beta, o seu contrato de trabalho será mantido, sendo que a segunda passará a
ser integralmente responsável pelos débitos trabalhistas para com João. Assim,
se tal alienação se der no curso do processo, Alfa será substituída por Beta no
pólo passivo. Se a alteração ocorrer antes de ser ajuizada a reclamação
trabalhista, João incluirá no pólo passivo tão somente a Empresa Beta, por ser a
nova empregadora, com responsabilidade integral.
1.1.7. Litisconsórcio;
1.1.7.1. Conceito;
1.1.7.2. Classificações;
Quanto à posição:
Misto: será misto quando o litisconsórcio ocorrer ao mesmo tempo nos pólos
ativo e passivo, ou seja, houver mais de um autor e réu no mesmo processo.
Quanto à formação:
Inicial: trata-se de uma das mais simples classificações, pois apenas leva em
consideração o momento da formação do litisconsórcio. Se já presente na
petição inicial, será inicial. Trata-se da situação mais comum, quando, por
exemplo, na hipótese de responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços
(terceirização), ajuíza-se a demanda em face das duas empresas – terceirizada
(empregadora) e tomadora dos serviços, conforme Súmula nº 331 do TST, de
maneira a buscar o adimplemento por meio da segunda empresa, caso a
execução em face da primeira seja infrutífera.
1.1.8.1. Assistência;
Por fim, dispõe o art. 69 do CPC que o réu originário (nomeante) será
responsabilizado por perdas e danos se não nomear ou se nomear pessoa
errada, já que o vício da ilegitimidade se manterá e o processo será extinta sem
resolução do mérito, por culpa do réu.
1.1.8.3. Oposição;
Apesar da denunciação poder ser apresentada por autor e réu, mostra-se mais
comum quando realizada pelo último, sendo um bom exemplo quando
apresentada pelo empreiteiro em face do subempreiteiro, situação prevista no
art. 455 da CLT.
A denunciação da lide faz nascer uma lide secundária, que terá por mérito a
análise acerca do direito de regresso, sendo que a sentença julgará ambas,
1.2. Procuradores;
Tal fato é expressamente reconhecido pelo TST, que editou a Súmula n. 164,
afirmando a possibilidade de serem praticados atos processuais por quem detém
o mandato tácito.
A súmula em referência explica que o recurso firmado por quem não possui
procuração nos autos será inadmitido, por ausência de regularidade de
representação, salvo na hipótese do Advogado subscritor ser detentor de
mandato tácito.
Sobre o tema, ainda é importante frisar que tal forma de mandato outorga
apenas os poderes gerais ao Advogado, excetuando-se aqueles descritos no art.
38 do CPC, que são denominados especiais, pois intimamente ligados ao direito
material objeto do litígio. A existência dos poderes gerais está descrita no art.
791 §3º da CLT.
Antes de tratar das alterações na referida súmula, alguns pontos que devem ser
levados em consideração.
Sobre o tema em estudo, duas são as correntes doutrinárias e jurisprudenciais:
Minoritária: aplica os artigos 133 da CRFB/88 e 20 do CPC, afirmando
que após a Constituição de 1988, os honorários advocatícios são devidos
pela mera sucumbência, ou seja, quem for perdedor no objeto da
demanda, paga a quantia referente aos honorários ao advogado da parte
vencedora.
Majoritária: aplica as Súmulas nº 219 e 329 do TST, afirmando que os
honorários são devidos se presentes dois requisitos: parte assistida pelo
sindicato e beneficiária da assistência judiciária gratuita, conforme Lei nº
5584/70. Verifica-se que a verba não é devida pela mera sucumbência,
e sim, apenas quando presentes os requisitos legais.
! Para fazer jus à assistência judiciária gratuita, nos termos da
Lei n. 5584/70, a parte deve estar assistida pelo sindicato da
categoria e perceber quantia até 2 (dois) salários mínimos por
mês (ou recebendo quantia superior, declarar não ter
condições de arcar com os custos do processo).
3. Do Juiz;
Além disso, destaque para importante regra constante no art. 126 do CPC,
conhecida por princípio da indeclinabilidade do poder jurisdicional, cuja
idéia central é a seguinte: uma vez provocado o Poder Judiciário por meio do
exercício do direito de ação, o Juiz, por ser representante daquele Poder, não
poderá de julgar a lide, isto é, analisar o mérito, quando presentes os seus
requisitos. A inexistência de norma jurídica sobre a questão discutida pelas
partes ou a obscuridade na norma criada pelo Poder Legislativo, não impedem a
análise do pedido formulado, uma vez que ao Juiz cabe aplicar a analogia, os
costumes, princípios gerais do direito e equidade.
! A regra acima descrita também é encontrada no art. 4º da Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), antiga
Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), sendo a analogia
sempre o primeiro recurso a ser utilizado pelo Magistrado.
Ainda sobre a atuação do Juiz, o art. 128 do CPC dispõe sobre o princípio da
congruência, que impõe que a decisão do Juiz respeito os limites da petição
inicial, isto é, que julgue de acordo com os pedidos que foram formulados pelo
autor. Assim, se o autor requereu a condenação do réu ao pagamento de danos
materiais, não poderá condená-lo ao pagamento de danos morais. Se o pedido é
de condenação ao ressarcimento de quantia de R$100.000,00 (cem mil reais),
não poderá condenar ao pagamento de R$120.000,00 (cento e vinte mil), pois
nas duas situações o autor impôs um limite à atuação do Poder Judiciário, sob
pena da decisão ser eivada de nulidade. Os vícios que podem surgir são de três
espécies:
Decisão extra petita: Nessa espécie de vício, o Poder Judiciário analisa e
decide questão que não é objeto do pedido do autor e que não poderia ser
analisada de ofício pelo Magistrado, como danos materiais e danos
morais. Algumas matérias podem ser analisadas de ofício pelo Magistrado,
tais como custas, honorários advocatícios e juros, não configurando vício
a condenação nessas parcelas, mesmo sem pedido do autor, conforme
Súmula nº 211 do TST.
Decisão ultra petita: Nessa situação, o Poder Judiciário decide
exatamente o que foi pedido pelo autor, contudo, excede a quantidade
pleiteada, como ocorre se o pedido de condenação ao pagamento de
danos materiais for de R$100.000,00 e a condenação àquele título for
superior. Aqui, o problema é a quantidade, que se mostra superiora
àquele que foi pedida.
Decisão citra ou infra petita: Por fim, na decisão citra ou infra petita o
problema surge quando o Juiz deixa de analisar algum pedido formulado.
Trata-se de decisão omissa, que deve ser complementada.
! O fato do Juiz entender que a parte deva receber quantia
inferior à postulada, não enseja nulidade. Assim, se quero
R$100.000,00 de danos morais e o Poder Judiciário entende
devidos apenas R$10.000,00, posso recorrer para tentar
majorar a quantia. Contudo, não posso alegar que a decisão é
citra ou infra petita, pois o meu pedido for analisado.
Dispostos nos artigos 162, 163 e 557 do CPC, o Juiz poderá, ao atuar em um
processo, realizar os seguintes atos, a serem estudados separadamente:
despachos, decisões interlocutórias, sentenças, acórdãos e decisões
monocráticas. Estudam-se os atos em ordem invertida do art. 162 do CPC,
iniciando-se pelo mais simples (despacho) até o mais complexo (sentença), de
maneira a facilitar o aprendizado.
2.1.1. Despachos;
Previsto no §3º do art. 162 do CPC, são conceituados pelo legislador como “(...)
todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento
da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma”.
Tratadas no art. 162, §2º do CPC, possuem importância impar, já que podem
ser proferidas diversas vezes no curso do processo, quando decidirem incidentes
processuais, ou seja, questões que surgem no curso da demanda, mas que não
representam o objeto principal do litígio. Segundo a dicção legal, “decisão
interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão
incidente”.
2.1.3. Sentenças;
Um cuidado que se deve ter refere-se à redação do §1º do art. 162 do CPC, pois
uma interpretação pura e simples do dispositivo levaria o leitor a pensar que
todo ato judicial que extinguir o processo, com ou sem resolução do mérito, é
sentença, o que é uma inverdade, já que a exclusão de um litisconsorte ou o
indeferimento liminar da reconvenção são hipóteses típicas de decisão
interlocutória, apesar de seu conteúdo estar previsto nos artigos 267 e 269 do
CPC.
Assim, para diferenciar interlocutórias e sentenças, mais importante que o
conteúdo é a conseqüência que o ato processual traz para o procedimento, nos
seguintes termos: se todo o procedimento for extinto, o ato será sentença. Por
sua vez, se apenas parte do procedimento for extinto, o ato será interlocutória.
Por essa razão afirma-se que a exclusão do litisconsorte e o indeferimento
liminar da reconvenção são realizados por decisão interlocutória, já que apenas
parte do procedimento instaurado com a inicial foi extinto.
Em relação às características, tem-se:
Possui forma predeterminada, conforme art. 832 da CLT, em que
devem estar presentes, obrigatoriamente, relatório, fundamentação e
dispositivo.
Devem respeito ao que foi pedido pelas partes, sob pena de violação
ao princípio da congruência, previsto nos artigos 128 e 460 do CPC.
Exemplo: imagine que João tenha ajuizado açao trabalhista contra o ex-
empregador no ano passado. Esse ano, achando que a ação estava
2.1.4. Acórdãos;
Salienta-se que o acórdão é uma decisão colegiada e que tal espécie de decisão
é a regra geral dos tribunais, ante a presunção de que o julgamento proferido
por colegiado é melhor do que o juízo singular, pela troca de experiências e
discussões que aquele proporciona.
Apesar de mostra-se bastante comum o julgamento monocrático nos tribunais, é
importante fixar que a regra continua sendo o julgamento colegiado, que impõe
o proferimento de acórdão, uma vez que as decisões monocráticas somente
podem ser proferidas se preenchidas as hipóteses do art. 557 do CPC.
! Os acórdãos não são proferidos apenas nos julgamentos dos
recursos, e sim, em todos os procedimentos julgados por
colegiados, seja em questões administrativas ou judiciais.
3.3.1. Parte;
O Ministério Público poderá atuar também como fiscal da lei, conforme artigos
81 a 84 do CPC, atuando quando houver interesse de incapazes e interesse
público, não sendo possível o recurso do órgão ministerial quando o interesse for
privado, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 237 da SDI-1 do TST.
Quando houver a intervenção do órgão como fiscal da lei, essa ocorrerá em
todos os órgãos e instâncias, sendo o MP intimado de todos os atos processuais,
constituindo a ausência do ato em nulidade absoluta.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A condenação ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência no processo do trabalho difere,
num primeiro momento, do sistema aplicado ao processo civil. Nos
termos da Súmula nº 219, I do TST, a condenação não surge da mera
sucumbência, e sim, do preenchimento dos requisitos da assistência
judiciária gratuita, prevista no art. 14 da Lei nº 5584/70, que são dois: a.
assistência pelo sindicato da categoria; 2. Percepção de renda de até 2
salários mínimos ou declaração de pobreza, caso receba quantia superior.
Presentes tais requisitos, haverá a condenação ao pagamento da verba.
Ocorre que há situações em que a condenação nasce da mera
sucumbência, ou seja, aplica-se o mesmo sistema do processo civil.
Essas hipóteses estão nos incisos II e III da Súmula nº 219 do TST.
Transcreve-se na integralidade o verbete para análise:
Percebam que são 3 os incisos da súmula, sendo que nos incisos II e III
estão as hipóteses em que a condenação ao pagamento dos honorários de
sucumbência decorrem da mera sucumbência, ou seja, do sistema
“perdeu—pagou”. Tais hipóteses são:
a. Ação rescisória;
b. Ação em que o Sindicato atue como substituto processual;
c. Lide que não derive da relação de emprego, ou seja, em que se
discuta relação de trabalho.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta está em
conformidade com a importante Súmula nº 425 do TST, que trata do jus
postulandi das partes, instituto previsto no art. 791 da CLT.
Transcrevemos a Súmula do TST e o artigo da CLT, para comentarmos:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmação contida na letra “D”
está em total consonância com a OJ nº 373 da SDI-1 do TST, alterada em
2010, que atualmente possui a seguinte redação:
Letra “A”: errada, pois pode ocorrer também por meio do mandato tácito,
conforme previsão contida no art. 791, §3º da CLT.
Letra “B”: errada, pois a Súmula nº 436 do TST, que dispensa tais
documentos.
Letra “C”: errada, pois contraria a OJ nº 318 da SDI-1 do TST, que afirma
a ilegitimidade na hipótese.
Letra “E”: errada, pois contraria a OJ nº 371 da SDI-1 do TST, que diz
não ser condição de validade do mandato a data da outorga de poderes.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão trata do tema
“remessa necessária”, também denominada, como na questão, de duplo
grau de jurisdição obrigatório. Nesse ponto, mostra-se indispensável o
estudo da Súmula nº 303 do TST, que será transcrita a seguir:
Percebam a letra “C” afirma o que foi dito pelo TST no inciso II da Súmula
em comento: se a decisão, mesmo que desfavorável ao ente público,
estiver em consonância com Súmula do TST, não haverá remessa
necessária, por uma presunção de que a decisão está correta e que, por
isso, não precisa ser revista pela órgão superior (Tribunal).
Letra “A”: errada, pois podem ser revéis, caso não apresentem defesa,
conforme OJ nº 152 da SDI-1 do TST.
Letra “B”: errada, pois contraria o entendimento da OJ nº 238 da SDI-1
do TST.
COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmação contida na Letra
“E” está incorreta, pois contraria totalmente o conteúdo da Súmula nº
395 do TST, que será transcrita na íntegra, com o destaque posterior do
inciso que se aplica à hipótese tratada na questão:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A afirmação de que inexiste
previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à
audiência está contida na OJ nº 245 da SDI-1 do TST, que tantas vezes é
cobrada nos concursos. Transcreve-se:
Letra “B”: errada, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz que as pessoas
jurídicas de direito publico também podem ser consideradas revéis.
Letra “B”: correto, pois em conformidade com o art. 843, §2º da CLT.
Letra “C”: correto, já que de acordo com o art. 844 da CLT.
Letra “D”: correto, pois de acordo com o art. 846 da CLT.
Letra “E”: correto, já que de acordo com a Súmula nº 74, III do TST.
COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. A afirmação, muito comum
nos concursos, de que os litisconsortes com procuradores diferentes
possuem prazos em dobro nos autos, apesar de constar no art. 191 do
CPC, não é aplicável ao processo do trabalho, tendo em vista o
entendimento da OJ nº 310 da SDI-1 do TST, a seguir transcrita:
I. incorreta, já que a Súmula nº 377 do TST diz que a regra geral é que o
preposto deve ser empregado da reclamada. Somente não precisa se
aquele for empregador doméstico ou micro e pequeno empresário.
II. correta, pois de acordo com o Art. 793 da CLT.
III. correta, já que em conformidade com o art. 791 da CLT. Vejam que
não é preciso levar em consideração as restrições da Súmula nº 425 do
TST.
IV. correta, já que o dissídio coletivo não é ação descrita na Súmula nº
425 do TST como necessária a contratação de Advogado, razão pela qual
pode ser dito que é uma situação em que é possível a contratação
(apesar de não ser necessária).
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A informação acerca da
representação dos trabalhadores em audiência, quando ajuizada ação
plúrima, encontra-se no art. 843 da CLT, a seguir transcrito para
verificação:
Letra “A”: errado, pois não existe tal previsão. A representação por
Advogado, mesmo que munido de procuração, não evita as conseqüências
do art. 844 da CLT (arquivamento e revelia), nos termos da Súmula nº
122 do TST.
Letra “B”: não há tal previsão na CLT. A previsão é para a hipótese de
impossibilidade de comparecimento do art. 843, §2º da CLT, em que pode
haver a representação por empregado da mesma categoria ou pelo
Sindicado.
Letra “D”: incorreto, pois conflita com o art. 793 da CLT, a seguir
transcrito: “A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por
seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça
do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador
nomeado em juízo”.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A alternativa correta trata do
jus postulandi, previsto no art. 791 da CLT, que é a possibilidade das
partes reclamarem em juízo sem a necessidade de Advogado. Tal regra
continua em vigor mesmo após a CF/88, não havendo conflito com a
regra da indispensabilidade do Advogado para a administração da Justiça.
Nos termos do dispositivo da CLT, temos:
Letra “B”: errado, pois o §2º do art. 791 da CLT diz ser facultativa tal
assistência.
Letra “C”: errado, pois o §3º do art. 791 da CLT trata do mandato tácito,
que surge quando há a inclusão do nome do Advogado na ata de
audiência.
Letra “D”: errado, pois contraria o §1º do art. 791 da CLT.
Letra “E”: errado, pois o art. 793 da CLT diz que poderá ser ajuizada
pelos representantes legais, pela Procuradora da Justiça do Trabalho, pelo
sindicato, pelo Ministério Público Estadual ou curador nomeado pelo juízo.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Perceba que na hipótese temos
hipótese de regularização da representação processual em grau recursal,
o que é inviável nos termos da Súmula nº 383 do TST. Se não foi juntada
a procuração quando da interposição do recurso, não é possível a
interposição tardia do mesmo, regularizando-se a representação,
conforme transcrição a seguir:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A necessidade do preposto ser
empregado da empresa reclamada independe do vínculo de emprego
discutido nos autos, de efêmero ou longo. Na hipótese trazida na questão,
o prazo de 10 anos do contrato é irrelevante, tendo sido utilizado apenas
para atrapalhar o candidato. Nos termos da Súmula nº 377 do TST, a
necessidade do preposto ser empregado somente é relevado quando o
empregador é doméstico ou micro ou pequena empresa. Na questão da
FCC, não constam tais informações, razão pela qual entende-se que há
necessidade de que o preposto seja empregado em todas elas.
Transcrevo a Súmula nº 377 do TST, por sua importância para as provas:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. As únicas alternativas corretas
são a I e III, conforme análise pormenorizada abaixo:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A questão é fácil se o candidato
lembrar o percentual dos honorários advocatícios de sucumbência na
Justiça do Trabalho, que nos termos da Súmula nº 219 do TST, não pode
ser superior a 15%. Apenas com essa informação já seria possível afirmar
que a letra “E” é a correta, pois é a única que traz tal informação. As
demais falam em 10%, 20%, 25% e 30%. Nos termos da Súmula, temos:
17 - Q99984 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; )
A procuração apud acta é o mandato
a) com vigência previamente estipulada.
b) passado a advogado dativo para fins específicos e determinados logo
após a intimação da reclamada.
c) passado em audiência perante o Juiz do Trabalho.
d) para fins genéricos com permissão expressa para substabelecer.
e) para fins genéricos que veda expressamente substabelecimento.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O mandato apud acta também é
denominado de mandato tácito, previsto no art. 791, §3º da CLT, sendo
aquele que surge da apresentação do Advogado à audiência
representando uma das partes, fazendo-se a inclusão de seus dados na
ata de audiência. Não há necessidade de procuração expressa, escrita,
bastando a inserção dos dados do causídico na ata de audiência, para que
o mesmo tenha os poderes gerais para o foro, ou seja, para a prática dos
atos processuais. Assim, o mandato apud acta ou mandato tácito é
passado em audiência perante o Juiz do Trabalho, conforme
afirmação do art. 791, §3º da CLT, a seguir transcrito:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A dispensa da juntada do
instrumento de mandato para os entes públicos listados na questão
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Percebe-se claramente que
Danilo em maior de 18 anos, ou seja, plenamente capaz para a prática
dos atos da vida civil e também os processuais. Assim, pode Danilo
ajuizar a sua reclamação trabalhista independentemente da assistência
dos seus pais ou responsáveis. Aos menores de 18 anos é que a CLT
confere proteção ao afirmar no art. 793 que:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Novamente a resposta em
relação aos honorários advocatícios de sucumbência é facilmente
resolvida pela análise do percentual, nunca superior a 15%, conforme
disposição contida no inciso I da Súmula nº 219 do TST. Perceba que
somente a alternativa “C” traz o percentual correto. Nos termos do
entendimento sumulado:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Novamente a resposta em
relação ao tema regularidade de representação encontra-se na Súmula nº
395 do TST, que será novamente transcrita para análise:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. O benefício da justiça gratuita,
previsto no art. 790, §3º da CLT, não pode ser confundido com a
Assistência Judiciária Gratuita da Lei nº 5584/70, pois institutos diversos.
Para a concessão da justiça gratuita, basta a percepção de quantia igual
ou inferior ao dobro do mínimo legal ou declaração do interessado de que
não pode arcar com os custos do processo, nos termos da CLT, podendo,
inclusive, ser deferido de ofício. Já a Assistência Judiciária Gratuita, além
da questão financeira, exige a assistência pelo sindicato da categoria.
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Apenas as assertivas II e IV
estão corretas. Vejamos:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A resposta ao questionamento
novamente encontra-se na Súmula nº 395 do TST, tantas vezes objeto
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A alternativa CORRETA é a letra
“E”, que traz a necessidade do preposto ser empregado apenas nas
hipóteses narradas em III e IV, ou seja, nas ações ajuizadas em face de
sociedade anônima e da empresa privada Roma. Nas demais, a ação foi
ajuizada em face de empregador doméstico e de micro-empresa, sendo
que nessas duas situações, conforme Súmula nº 377 do TST, o preposto
não precisa ser necessariamente empregado. Vejamos:
COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Novamente a FCC exige o
conhecimento acerca do art. 793 da CLT, que prevê o ajuizamento de
ação de empregado menor de 18 anos. Transcreve-se novamente o
dispositivo para conhecimento:
17 - Q99984 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; )
A procuração apud acta é o mandato
a) com vigência previamente estipulada.
b) passado a advogado dativo para fins específicos e determinados logo
após a intimação da reclamada.
c) passado em audiência perante o Juiz do Trabalho.
d) para fins genéricos com permissão expressa para substabelecer.
e) para fins genéricos que veda expressamente substabelecimento.
5. GABARITOS:
1- C 2- E 3- D 4- C 5- E
6- A 7- E 8- A 9- E 10- C
11- C 12- A 13- D 14- A 15- A
16- E 17- C 18- C 19- A 20- C
21- E 22- E 23- E 24- B 25- E
26- E
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Até breve !
Forte abraço. Tudo de bom. Sucesso!
BRUNO KLIPPEL
Vitória/ES